Mais saudáveis e digitais. Pandemia está a alterar os hábitos de consumo

A pandemia de Covid-19 está a alterar o comportamento do consumidor e a acelerar a transformação digital a nível mundial, revela estudo da Accenture.

O Covid-19 veio alterar o comportamento dos consumidores e provocar mudanças estruturais, tanto a nível pessoal como a nível do consumo. Com o mundo confinado os consumidores optaram por compras online, escolhas mais sustentáveis, não só ao nível da alimentação mas também do exercício físico, revela o novo estudo da Accenture.

“A escala de mudanças identificadas no nosso estudo sugere claramente que se trata de uma mudança a longo prazo. Conseguimos comprimir, numa questão de semanas, mudanças que provavelmente levariam anos. O novo comportamento e consumo do consumidor deverá durar mais do que a pandemia, estendendo-se muito além de 18 meses e possivelmente durante grande parte da década atual”, explica Oliver Wright, accenture consumer goods & services global lead.

Com os ginásios fechados, seis em cada dez consumidores afirma que com esta pandemia começaram a praticar mais exercício físico em casa e mais de metade dos entrevistados (57%) assume que está a praticar mais desporto. Já 60% dos entrevistados assumem gastar mais tempo nos cuidados pessoais e no bem-estar mental.

Com a implementação de medidas de higienização mais apertadas, os inquiridos admitem comprar mais produtos de higiene pessoal e de limpeza, assim como alimentos enlatados e frescos em relação há duas semanas. E com muitas das lojas fechadas, destaca-se também o facto de comprarem menos artigos de moda, beleza e aparelhos eletrónicos.

64% dos consumidores indicaram que estão mais preocupados com o desperdício alimentar e que, eventualmente, continuarão a ter esse cuidado daqui para frente.

Para além do desperdício alimentar, as pessoas estão preocupadas com aquilo que comem e 50% dos consumidores afirmaram comprar alimentos com maior consciência da sua saúde e que irão continuar a fazê-lo, sendo que 45% dos consumidores indicaram ainda que fazem compras mais sustentáveis e que irão manter esse cuidado no futuro.

Pandemia está acelerar a transformação digital

Com o país em confinamento os inquiridos admitem recorrer mais ao consumo online, sobretudo na área da alimentação. Segundo o estudo, o número de consumidores que indicaram estar interessados em comprar ou aumentar o uso que fazem de tecnologia aumentou substancialmente: um em cada cinco entrevistados indicou que as compras mais recentes foram realizados online.

“Os resultados do nosso estudo revelam como as pessoas que não se sentiam tão à vontade com o e-commerce e outras tecnologias digitais foram pressionadas a superar as suas hesitações — e essa mudança é enorme. As organizações que agora se adaptam, têm que ter como palavras de ordem: confiança, relevância e conveniência”, destaca Jill Standish, global retail lead da Accenture.

Mais da metade dos entrevistados afirmou que, provavelmente, aumentará o uso de assistentes virtuais ativados por voz, aplicações de partilha de recomendações, aplicações self-service, dispositivos domésticos inteligentes e wearables.

Para Oliver Wright esta transformação digital vai contribuir para um planeta mais verde. “A pandemia poderá fomentar uma era de consumo mais sustentável e saudável nos próximos dez anos, fazendo com que os consumidores sejam mais conscientes nas compras que fazem, bem como na utilização do seu tempo no que se refere a questões globais de sustentabilidade — sugerindo uma utilização humana mais saudável do planeta”.

A informação para este barómetro foi recolhida entre 2 e 6 de abril, junto de uma amostra com mais de três mil consumidores em quinze países, nos cinco continentes.

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Com 48 inquilinos, Renato Ferreira propôs a sua própria moratória. “Não quero contrapartidas. Basta que me avisem”

Renato Ferreira propôs aos inquilinos o adiamento das rendas, mesmo antes de ser declarado o estado de emergência. Mas ficou surpreendido quando viu uma maior adesão nos arrendatários comerciais.

O Governo criou um regime excecional de adiamento do pagamento das rendas para esta altura de pandemia, com condições próprias, para ajudar os inquilinos com perdas de rendimentos. Mas há senhorios que se anteciparam a esta decisão e propuseram, por iniciativa própria e com condições mais flexíveis, uma moratória próprias para as rendas. Um deles é Renato Ferreira.

“Vi o que se estava a passar em Itália, mesmo antes do estado de emergência, e percebi que era inevitável que essa situação chegasse aqui. Então comecei a pensar como é que os inquilinos iriam ultrapassar esta situação“, começa por contar ao ECO Renato Ferreira, com 48 imóveis arrendados no Porto, a maioria deles na zona da Baixa. Da cerca de meia centena de rendas que este senhorio tem, 18 são habitacionais e 30 comerciais.

Renato Ferreira propôs uma moratória própria aos seus 48 inquilinos.D.R.

“Mandei email para todos os inquilinos e disse-lhes que viria aí, provavelmente, um estado de emergência, com perda de receitas, e propus-lhes uma moratória unilateral. Vocês ficam a dever a rendas e pagam-nas quando puderem“, recorda, acrescentando que esperava uma maior adesão por parte dos arrendatários habitacionais. Mas foi exatamente o oposto. “É curioso que 60% dos que aceitaram são arrendatários comerciais”, diz, notando que “a maioria dos inquilinos habitacionais agradeceu, mas recusou” a proposta.

A ideia é simples, explica Renato Ferreira. “Eu não estou a perdoar as rendas. Mas também não vou aplicar coimas. Não quero contrapartidas, nem provas por carta, nada. Basta que me avisem. E assim que a situação estabilizar, começam a pagar”, nota, reiterando que “se não der para pagar agora, paga-se mais tarde”.

Este senhorio, de nacionalidade brasileira mas a viver em Portugal há cerca de 20 anos, está disposto a esperar “cerca de dois meses” e depois “voltar a conversar com os inquilinos”. Nessa altura, “quem conseguir pagar em duodécimos [como prevê o regime do Governo], paga”. Quanto a quem não conseguir, Renato Ferreira diz que será preciso “encontrar uma solução”. Mas uma coisa é certa. “Não me sinto confortável em pôr um inquilino na rua”, porque “este é um momento bastante peculiar”, diz.

Esta abertura e iniciativa deve-se, em parte, ao modo como as leis funcionam no Brasil, explica. “Enquanto a legislação em Portugal é mais favorável ao inquilino, no Brasil é muito equilibrada. E é natural que os senhorios e os inquilinos negoceiem tudo”, diz, adiantando que a maior renda que recebe atualmente é de cerca de 7.000 euros e que “as pessoas que pagam rendas de 500 ou 600 euros é que seguram a economia”.

Questionado se colocou a hipótese de, perante esta moratória, pedir um empréstimo ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para colmatar a perda de rendas, Renato Ferreira responde prontamente que não. “Temos de deixar certas ideias do Governo para quem realmente precisa. Se eu tivesse um único imóvel e dependesse dele para sobreviver, não tenho a menor dúvida de que iria aderir. Mas não é o caso”, afirma.

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“Só unida e com uma resposta comum a Europa se poderá reconstruir”

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

"Hoje, como em 1950, só unida e com uma resposta comum a Europa se poderá reconstruir", disse o primeiro-ministro, celebrando o Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que, tal como em 1950, quando foram lançadas as bases para o projeto europeu, “só unida e com uma resposta comum a Europa se poderá reconstruir”.

Na rede social Twitter, António Costa desejou um feliz Dia da Europa, que assinala os 70 anos da histórica “Declaração Schuman”.

“Hoje, como em 1950, só unida e com uma resposta comum a Europa se poderá reconstruir, reforçando-se enquanto Comunidade de valores, espaço de prosperidade partilhada e líder na resposta aos grandes desafios globais”, defendeu o primeiro-ministro.

Numa outra publicação, o primeiro-ministro publicou ainda o excerto da sua declaração sobre este dia, que integra um vídeo publicado na página do Twitter do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no qual os 27 líderes da União Europeia dizem o que significa este projeto.

“A União Europeia é uma comunidade de valores. É o maior espaço económico de prosperidade partilhada e é a nossa força para enfrentar os desafios globais”, enaltece António Costa no vídeo.

Na mensagem que acompanha esta vídeo, o primeiro-ministro refere que um “reencontro com a História 70 anos depois da Declaração Schuman”, considerando que desde a Segunda Guerra Mundial que não se sofria “na sociedade e na economia uma crise desta magnitude”.

O Dia da Europa, que assinala os 70 anos da “Declaração Schuman”, é celebrado hoje maioritariamente online, face à pandemia do novo coronavírus, em cerimónias e conferências quer ao mais alto nível quer em iniciativas nacionais e regionais.

O Dia da Europa assinala o aniversário da histórica “Declaração Schuman”, um discurso proferido em Paris, em 09 de maio de 1950, por Robert Schuman, o então ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa.

A sua visão passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço.

Considera-se que a UE atual teve início com a proposta de Schuman.

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Casos de coronavírus aumentam 0,5%. Portugal regista 1.126 mortes

Número de infetados pelo novo coronavírus aumentou 0,5% para 27.406 casos nas últimas 24 horas. Governo diz que primeira semana de desconfinamento é "encorajadora".

Portugal registou 138 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas. Trata-se de um aumento de 0,5% face ao dia anterior, elevando para 27.406 o total de pessoas infetadas no país. Também subiu o número de mortes provocadas pela pandemia: mais 12 até à meia-noite para um total de 1.126 vítimas mortais.

A taxa de crescimento de novos casos volta assim a descer depois da aceleração verificada nos últimos três dias. As autoridades de saúde já tinham afastado uma relação do aumento de novos casos com as medidas de desconfinamento do início da semana e os números deste sábado parecem confirmar essa ideia.

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde fez um primeiro balanço em relação à primeira semana de reabertura gradual da economia. “Estamos quase a chegar ao final da primeira semana de desconfinamento e, de forma geral, penso que aquilo que é a perceção de todos nós e a informação que resulta dos relatórios que vamos produzindo é encorajadora“, disse Marta Temido.

"Estamos quase a chegar ao final da primeira semana de desconfinamento e, de forma geral, penso que aquilo que é a perceção de todos nós e a informação que resulta dos relatórios que vamos produzindo é encorajadora.”

Marta Temido

Ministra da Saúde

Há mais boas notícias do último balanço da Direção-Geral de Saúde: menos 27 internamentos (815 no total, hoje em dia) e menos sete internamentos em cuidados intensivos (120 no total), dados que vêm aliviar ainda mais a pressão que tem sido exercida sobre os hospitais nas últimas semanas.

Por outro lado, também aumentou o número de casos recuperados: 77 recuperações registadas nas últimas 24 horas, sendo que já recuperaram 2.499 pessoas que foram infetadas pelo novo coronavírus.

Por regiões, o Norte continua a ser a região mais afetada: contou mais 45 novos casos para um total de 15.854, cerca de 60% do total do país.

Porém, a região de Lisboa e Vale do Tejo parece ter agora o ponto mais ativo do surto, como tinha sublinhado a diretora geral de saúde, Graças Freitas, por causa da situação de Azambuja: foram confirmados mais 73 infeções nas últimas 24 horas, com aquela região a contabilizar um total de 7.166 casos.

A análise mostra que o valor médio do R nos últimos dias 5 era de 1,04. Este valor que se apurou para os dias 1 a 5 de maio mostra que o número de novos casos a cada geração é constante e que precisamos de manter cuidados sobretudo nesta fase de desconfinamento”, referiu a ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa.

Temido adiantou ainda que a “curva de mortalidade por Covid-19 mostra uma diminuição consistente desde o dia 15 de abril, o que também é relevante”.

Novas regras para lares, creches, transportes públicos e futebol

A ministra adiantou ainda que o trabalho do Ministério de Saúde tem passado hoje em dia pelo apoio à definição de regras de saúde pública para a retoma das atividades. Já o fez para a restauração, por exemplo.

Seguir-se-ão outros setores, que “são temas em preparação em termos técnicos e que serão divulgados em tempo oportuno”: visitas a lares de idosos, creches, utilização dos transportes públicos e futebol, referiu Marta Temido. Serão divulgadas nos próximos dias.

A ministra disse que ainda é “prematuro” avançar com medidas para o acesso às praias. “É algo que o Governo fará depois de recebido os inputs das várias autoridades”, disse.

Sobre a Festa do Avante!, depois de o primeiro-ministro ter admitido a realização do evento, Marta Temido referiu que as regras ainda vão ser pensadas e definidas pela DGS e “serão oportunamente partilhadas com os organizadores”. “Estamos a falar de um evento que se realiza em setembro. Temos de dar passos pequenos mas seguros para que não sejamos traídos pela nossa vontade de retomar a normalidade”, declarou.

(Notícia atualizada às 14h44)

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Aplicação da PwC usa Bluetooth e GPS para rastreio do coronavírus

A PwC está a trabalhar numa aplicação de rastreio de contactos com o novo coronavírus que recorre ao Bluetooth dos telemóveis. Usa o GPS para alertas e recomendação de pontos relevante nas redondezas.

À medida que prossegue o debate público sobre se Portugal deve ou não adotar uma app de rastreio de contactos com o coronavírus, vão surgindo mais alternativas que prometem empenhar tecnologia no combate ao Covid-19. Entre elas está o CoronaManager, um aplicativo para smartphone que avisa se o utilizador esteve perto de uma pessoa infetada.

A app é um projeto da consultora PwC e, entre outras coisas, permite receber alertas para evitar deslocações a zonas onde se observem focos de infeção, contactar diretamente as autoridades ou a linha Saúde 24 e registar a evolução do estado de saúde e sintomas. Mas é a rastreabilidade por Bluetooth que coloca esta ferramenta na categoria das aplicações de contact tracing e que têm conquistado fãs e adversários nas últimas semanas.

À semelhança de outras soluções do mesmo tipo, o CoronaManager recorre a códigos aleatórios gerados a cada 15 minutos pelo Bluetooth do smartphone, que são emitidos num raio de alguns metros. Enquanto isso, o aparelho vai registando em simultâneo os códigos que vai recebendo. Entretanto, se um utilizador for marcado como infetado, os telemóveis onde os seus códigos estejam registados são notificados por terem estado próximo de um doente com Covid-19.

Uma apresentação do CoronaManager que tem sido divulgada pela PwC.PwC

“Não há centralização de dados num servidor central. Os dados são mantidos localmente no smartphone e isso garante uma maior proteção” dos dados pessoais dos utilizadores, garante Miguel Dias Fernandes, consulting partner da PwC e um dos responsáveis por este projeto. Além disso, quer o uso do Bluetooth como a introdução dos dados médicos do utilizador são meramente opcionais e “a participação na app é voluntária”, diz.

Há, contudo, uma particularidade pela qual Miguel Dias Fernandes garante que o CoronaManager “é muito mais abrangente” do que qualquer outra aplicação de contact tracing que esteja a ser desenvolvida para o Covid-19. Se o utilizador o permitir, o CoronaManager acede às coordenadas do utilizador por GPS para lhe indicar, no âmbito da pandemia, pontos relevantes nas redondezas, tais como hospitais, farmácias e centros de saúde. “É relevante ter dados georreferenciados”, considera o responsável, que aponta que o GPS é também usado para o envio dos alertas de ocorrências numa determinada zona.

É, porém, um tipo de funcionalidade que tem causado desconforto às autoridades de proteção de dados na União Europeia, e não só. Confrontado com a posição da Comissão Europeia, que considerou recentemente que “os dados de localização não são necessários nem recomendados para efeitos de aplicações de localização de contactos”, Miguel Dias Fernandes responde: “Gerir este desconfinamento e este novo normal com tecnologia é muito mais fácil. Não podemos ser fundamentalistas.”

A PwC pretende que o CoronaManager seja um aplicativo “privado” que tenciona vender a empresas, governos e municípios, por exemplo. “Estamos a tentar falar com os principais responsáveis governamentais e apresentar a nossa. [Sabemos que] o INESC TEC está a desenvolver outra e não vemos isto como haver uma única app, diz Miguel Dias Fernandes.

A intenção é que haja interoperabilidade entre sistemas mas, até ao momento, ainda não terão ocorrido conversações ao nível nacional, garante. É, contudo, algo que defende ter de ocorrer. “Bastava haver um mini grupo de trabalho ou grupo de coordenação. Estamos a falar de três ou quatro apps“, aponta o responsável.

Os vários proponentes deste tipo de soluções para combater a pandemia estão também à espera que o Governo se pronuncie sobre se pretende ou não a adoção destas soluções. Para as mesmas funcionarem, é necessário que as autoridades de saúde desenvolvam uma forma de certificar que um determinado cidadão foi diagnosticado com o novo coronavírus. Esta certificação é necessária para impedir que qualquer pessoa possa dar-se como infetada mesmo sem o estar, o que poderia gerar falsos alertas de proximidade aos utilizadores.

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Reino Unido vai impor quarentena a viajantes que chegam

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

O primeiro-ministro Boris Johnson está a preparar-se para anunciar a obrigatoriedade de quarentena para os visitantes no Reino Unido, a partir de junho. Medida será mal recebida pelo setor do turismo.

O Reino Unido vai impor uma quarentena de 14 dias aos viajantes que chegam ao país, na fase de minoração das medidas de contenção no combate à pandemia de Covid-19.

O jornal diário The Times avança na edição deste sábado que o primeiro-ministro Boris Johnson está a preparar-se para anunciar a obrigatoriedade de quarentena para os visitantes no Reino Unido, a partir de junho, como parte da estratégia para o desconfinamento que vai apresentar no domingo.

De acordo com o jornal, o Governo britânico vai exigir aos viajantes que cheguem a aeroportos ou portos nacionais – oriundos de qualquer país, exceto da vizinha Irlanda –, para declararem a morada onde pretendem passar 14 dias isolados.

A falta de cumprimento desta regra pode levar a multas até 1.143 euros ou à deportação, consoante a gravidade da situação e será apenas aberta exceção para os camionistas que transportam mercadorias básicas.

A medida está a ser mal recebida pelo setor do turismo e da aviação.

Em declarações ao The Times, a diretora da Associação de Operadoras Aeroportuárias, Karen Dee, disse que a medida terá “um efeito devastador no setor da aviação e na economia em geral”, incluindo os setores da manufatura, turismo e hotelaria.

Para a fase de desconfinamento, segundo o jornal, Boris Johnson deve anunciar, no domingo, a reabertura dos centros de jardinagem, já na próxima semana, que devem aplicar medidas de distanciamento social.

O jornal The Daily Telegraph antecipa ainda que o primeiro-ministro britânico recomendará o uso de máscaras nos transportes públicos, em era de regresso ao trabalho em ambiente presencial.

O ministro dos Transportes, Grant Shapps, deve anunciar ainda este sábado, no briefing diário do Governo, uma provisão de cerca de 280 milhões de euros para aumentar as ciclovias nas estradas britânicas, na tentativa de a população usar mais este meio de transporte.

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Pandemia abana mundo do trabalho. Veja o impacto em cinco gráficos

Apesar da pandemia de coronavírus, nos primeiros três meses do ano taxa de desemprego manteve-se estável. Já há, contudo, sinais do impacto do surto: caiu a população empregada e as horas trabalhadas.

A pandemia de coronavírus levou muitas empresas a fecharem temporariamente as suas portas, mandando para casa milhares de trabalhadores. No total dos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego manteve-se, ainda assim, estável em relação ao trimestre anterior. Os efeitos do surto de Covid-19 no mundo do trabalho são, contudo, visíveis em três outros indicadores: a população empregada, as horas efetivamente trabalhadas e a população empregada ausente.

Segundo os dados divulgados, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego fixou-se nos 6,7%, de janeiro a março de 2020. Este valor é igual àquele que tinha sido registado no último trimestre de 2019 e 0,1 pontos percentuais (p.p) abaixo do mesmo período de 2019. Entre os jovens, a taxa de desemprego subiu para 19,7%, mais 0,2 p.p. do que no quarto trimestre de 2019.

No mesmo sentido, a população desempregada diminuiu 1,6%, em termos homólogos, e 1,2% na variação em cadeia. Nos primeiros três meses do ano, havia 348,1 mil pessoas incluídas nesse universo.

O recuo homólogo, diz o ECO, explica-se sobretudo pelos decréscimos nos seguintes segmentos populacionais: mulheres (caiu 4,4%), pessoas dos 35 aos 44 anos (caiu 25,1%), com o 3º ciclo do ensino como grau de escolaridade (caiu 11,2%) e à procura de emprego há 12 ou mais meses (caiu 7,8%).

Apesar desses dois sinais de estabilidade, o INE nota que já há reflexos da pandemia de coronavírus no mercado de trabalho. É o caso do emagrecimento da população empregada. Este universo encolheu 0,3% em relação ao período homólogo, sendo esta a “primeira variação homóloga negativa desde o terceiro trimestre de 2013”.

Na variação em cadeia, a população empregada (4.865,9 mil pessoas) diminuiu 0,9% “à semelhança do que sucedeu na maioria dos primeiros trimestres da série iniciada em 2011, tendo este decréscimo sido superior ao observado no trimestre precedente”, frisa o INE.

No mesmo sentido, o aumento da fatia de trabalhadores ausentes entre a população empregada reflete, em parte, o intenso recurso ao lay-off das empresas face à crise pandémica.

Com uma subida homóloga de 52,6% (33% na variação em cadeia) para 9,3% da população empregada (425,1 mil pessoas), esta fatia registou, de resto, a maior variação homóloga, em termos absolutos, num dos primeiros trimestre da série iniciada em 2011. Isto à boleia dos milhares de trabalhadores cujos contratos de trabalho foram suspensos ou os horários foram reduzidos à luz do regime de lay-off.

O terceiro reflexo que já é possível registar da pandemia no mercado de trabalho diz respeito ao volume das horas efetivamente trabalhadas, que desceu 5,3%, em termo homólogos e 5,2% na variação em cadeia. “Estas últimas variações constituíram a maior redução trimestral e a segunda maior diminuição homóloga observadas num primeiro trimestre da série iniciada em 2011“, destaca o INE.

Tudo somado, de janeiro a março, foram efetivamente trabalhadas, em média, menos 1,5 horas por semana que no trimestre anterior e menos 1,6 horas que no mesmo trimestre de 2019. Esta explica-se, por um lado, pelo aumento da população empregada ausente e, por outro, pela redução dos horários registada, por exemplo, em algumas empresas que recorreram ao lay-off.

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Costa admite Festa do Avante! se forem cumpridas recomendações da DGS

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

Primeiro-ministro admite que a Festa do Avante!, organizada pelo PCP, poderá realizar-se desde que sejam cumpridas as regras sanitárias da Direção-Geral da Saúde.

O primeiro-ministro, António Costa, admite que a Festa do Avante! poderá realizar-se desde que sejam cumpridas as orientações sanitárias da Direção-Geral da Saúde (DGS), porque a atividade política dos partidos “não está proibida”.

“A atividade política do PCP ou de qualquer outro partido não está proibida, nem nos passa pela cabeça, creio eu que a ninguém, proibir a atividade política. Agora, essas atividades vão ter de ser realizadas de acordo com as regras [da DGS]. No meu partido tínhamos o congresso marcado para maio, está adiado sine die” devido à pandemia de covid-19, afirmou António Costa durante uma entrevista no Porto Canal.

O primeiro-ministro sublinhou que “não há nada que permita na Constituição, na lei, onde quer que seja, a proibição do exercício de atividades políticas”.

Contudo, o chefe do Governo advertiu que as atividades partidárias, na qual se enquadra a rentrée comunista, “têm de respeitar as normas de saúde, como, aliás, o PCP disse logo que respeitaria”.

"A atividade política do PCP ou de qualquer outro partido não está proibida, nem nos passa pela cabeça, creio eu que a ninguém, proibir a atividade política. Agora, essas atividades vão ter de ser realizadas de acordo com as regras”

António Costa

Primeiro-ministro

António Costa acrescentou que “cada partido é responsável, obviamente, pela forma como organiza” a sua agenda.

O Governo anunciou, na quinta-feira, que a realização de festivais de música está proibida em Portugal até 30 de setembro, depois de uma reunião do Conselho de Ministros.

O comunicado do Conselho de Ministros explicita que, para os espetáculos entre 28 de fevereiro e 30 de setembro de 2020 que não se realizem por causa da pandemia, está prevista “a emissão de um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago, garantindo-se os direitos dos consumidores”.

As duas decisões ainda vão ser submetidas à apreciação da Assembleia da República.

Esta proposta de lei veio colocar um ponto final nas dúvidas sobre possíveis adiamentos ou cancelamentos das edições deste ano das centenas de festivais de música que se realizam em Portugal entre junho e setembro.

Nesse dia, o PCP remeteu para mais tarde uma decisão quanto ao cancelamento do Avante e, através de uma resposta envidada à Lusa, escreveu, em dois parágrafos, que o Avante! “não é um simples festival de música, é uma grande realização político cultural que se realiza desde 1976, muitos anos antes da existência daquele tipo de festivais”.

A redação do comunicado do Conselho de Ministros foi depois alterada no mesmo, referindo-se agora a proibição, até 30 de setembro, à realização de “festivais e espetáculos de natureza análoga”, e não apenas a “festivais de música” como constava inicialmente.

Questionado ainda, durante a entrevista, sobre se o PS vai apoiar a eventual recandidatura do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 2021, António Costa respondeu que “a articulação” do chefe de Estado com o Governo, com o parlamento, a “articulação entre todos os partidos políticos, com os parceiros sociais, tem sido absolutamente exemplar e tem sido um fator de diferenciação, aliás, de Portugal, na cena internacional”.

O primeiro-ministro espera ainda que “haja o maior consenso possível no desenho de um programa de recuperação económica que teremos que relançar, quando tivermos desenhado o quadro europeu”.

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Sondagem coloca PS na frente, PSD com a maior subida e Chega em quinto lugar

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

Estudo da Eurosondagem mostra que o PS sobe nas intenções de voto, mas vê estreitar-se a sua vantagem sobre o PSD. O Chega surge como o quinto partido.

O PS sobe nas intenções de voto, mas vê estreitar-se a sua vantagem sobre o PSD para 8,3 pontos percentuais (p.p.), num estudo da Eurosondagem em que o Chega surge como quinto partido.

A sondagem para o Porto Canal e jornal Sol dá aos socialistas 37,7% das intenções de voto, mais 1,3 p.p. do que o resultado obtido nas legislativas de outubro de 2019 e mais 8,3 p.p. que o PSD, o partido que mais sobe relativamente ao último estudo, realizado em fevereiro.

Num momento em que a ação política é condicionada pela pandemia de Covid-19, o partido liderado por Rui Rio obtém 29,4% das intenções de voto, registando a maior subida face ao barómetro de fevereiro (2,2 p.p.).

O Chega mantém-se como quinto partido, alcançando 4,0% das intenções de voto, mais 2,7 p.p. que nas últimas legislativas e 0,4 p.p. que no estudo de fevereiro.

O BE continua na terceira posição com 8,3% (menos 1,2 p.p. que nas legislativas), seguido pela CDU (PCP/PEV), com 5,5% (-0,8 p.p.).

Atrás do Chega, surgem o CDS-PP, com 3,0% (-1,2 p.p.) e o PAN, com 2,5% (-0,8 p.p.).

A Iniciativa Liberal conta com 1,2% das intenções de voto, menos 0,1 p.p. que em outubro passado, e o Livre desaparece do radar dos partidos com representação parlamentar, surgindo agregado na rubrica “outros partidos, brancos e nulos”, que somam globalmente 8,4%.

No estudo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, surgem como as figuras mais populares com uma taxa de aprovação de 66,3% e 41%, respetivamente. Os menos populares são André Ventura, do Chega, com um saldo negativo de 0,4%, e João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, com -1,2%.

O estudo da Eurosondagem para o Sol e Porto Canal foi realizado entre os dias 04 e 07 de maio, através de 1.005 entrevistas telefónicas validadas, e tem uma margem de erro máxima de 3,09%.

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Investimento dos vistos gold cai 46% em abril para 28 milhões

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

O investimento captado através dos vistos gold caiu 46% em abril, face a igual mês de 2019, para 28 milhões de euros.

O investimento captado através dos vistos gold caiu 46% em abril, face a igual mês de 2019, para 28 milhões de euros, segundo com contas feitas pela Lusa com base em dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

No mês passado, o investimento total resultante da concessão de Autorização de Residência para Investimento (ARI) atingiu os 28.084.721,28 euros, uma quebra de 46% face a abril de 2019 (52 milhões de euros), e praticamente em linha com março (+0,35%).

Nos primeiros quatro meses do ano, o investimento captado através da ARI totalizou 147.734.585,61 euros, menos 40% face a igual período de 2019 (249 milhões de euros).

Em abril, foram concedidos 53 vistos gold, dos quais 45 por via do critério de aquisição de bens imóveis e oito através da transferência de capitais.

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No total, foram atribuídos 259 vistos dourados nos primeiros quatro meses do ano.

No mês passado, o investimento na compra de bens imóveis totalizou 24,4 milhões de euros e a transferência de capitais 3,6 milhões de euros.

Das 53 concessões de visto gold em abril, 15 foram provenientes da China, nove do Brasil, cinco do Irão, três da Rússia e dois da Dominica.

Em mais de sete anos – o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 –, o investimento acumulado até março passado totalizou 5.139.988.415,56 euros, com a aquisição de bens imóveis a somar 4.638.251.988,90 euros.

Do total de investimento em compras de imóveis, 186.801.419,45 euros correspondem ao requisito de aquisição tendo em vista a reabilitação urbana.

os vistos atribuídos por transferência de capitais totalizaram 501.736.427,66 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 8.466 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019 e 259 em 2020.

Até abril, em termos acumulados, foram atribuídos 7.970 vistos gold por via da compra de imóveis, dos quais 519 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 479 e foram atribuídos 17 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.518), seguida do Brasil (895), Turquia (401), África do Sul (334) e Rússia (316).

Desde o início do programa foram atribuídas 14.552 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 515 em 2020.

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📹 Sabe onde são usados os apoios do Portugal 2020?

O ECO preparou um vídeo com algumas das principais áreas apoiadas pelos fundos do Portugal 2020. Em causa estão os incentivos concedidos desde o início do quadro até ao primeiro trimestre de 2020.

São 25,8 mil milhões de euros que Portugal tem para apoiar os investimentos em Portugal. No primeiro trimestre do ano, o Portugal 2020 tinha uma taxa de compromisso de 93% e uma taxa de execução de 47%. E sabe onde o dinheiro está a ser usado?

Por exemplo, o Sistema de Incentivos apoiou mais de 15 mil empresas, num total de 10,7 mil milhões de euros de investimento elegível. Foram intervencionados 571 quilómetros de linhas férreas, foram apoiadas 448 escolas, 633 centros de saúde e equipamentos sociais e mais de 41 mil trabalhadores em ações de formação em contexto empresarial. Os incentivos permitiram ainda apoiar a contratação de 78.532 pessoas, os estágios profissionais de mais de 93 mil e reabilitar mais de 5,9 mil habitações em áreas urbanas.

Mas há muito mais. À semelhança do que o ECO fez para o último trimestre de 2019, veja o novo vídeo atualizado da utilização dos fundos do Portugal 2020.

http://videos.sapo.pt/QC5WQkzssIhLAY1IDoDz

 

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Crise será paga pelo “esforço de todos” mas país poderá sair em melhores circunstâncias

  • Lusa
  • 9 Maio 2020

António Costa considerou que a crise financeira decorrente da pandemia vai ser paga “pelo esforço de todos”, mas defendeu que Portugal poderá sair deste período “em melhores circunstâncias”.

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que a crise financeira decorrente da pandemia vai ser paga “pelo esforço de todos”, mas defendeu que Portugal poderá sair deste período “em melhores circunstâncias” do que aquelas em que entrou.

“Com mais apoio comunitário ou menos apoio comunitário, isto vai ser pago pelo esforço de todos”, afirmou António Costa durante uma entrevista no Porto Canal.

O primeiro-ministro sublinhou que o Governo tem consciência de que as medidas aprovadas para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores permitem “mitigar a situação”, mas não a resolvem.

Contudo, o chefe do Governo mostrou-se confiante na recuperação do país.

“Isto vão ser meses muito difíceis, eu diria um ano muito difícil, mas em que temos condições, se conseguirmos continuar a conter a pandemia, para poder sair desta situação – e eu diria – [para] podermos sair desta situação em melhores circunstâncias do que aquelas em que entrámos”, referiu António Costa.

O primeiro-ministro advogou que “há um conjunto de novas atividades, designadamente na área industrial”, que o país tem “condições para criar”.

Durante a entrevista, Costa salientou que a pandemia colocou a descoberto a dependência da Europa na importação de produtos essenciais, considerando, por isso, que os países vão ter de “reaprender muito daquilo” que se habituaram a “mandar vir de fora”.

Neste domínio, Portugal “tem condições de excelência para poder estar na linha da frente dessa capacidade de reabsorção de muitas coisas”, considerou.

“A nossa indústria de confeções está cá, portanto, pode com facilidade readaptar as linhas de produção para deixar de produzir o que tem produzido nas últimas décadas, para passar a produzir muitas das coisas que deixámos de produzir”, complementou, sublinhando que a produção de “bens de maior valor” também se vai traduzir em mais postos de trabalho e “maior remuneração”.

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