CIN quer ser mais sustentável. Investe 200 mil euros para produzir 31% da energia que consome

CIN investiu numa unidade de produção fotovoltaica em regime de auto consumo. O projeto vai permitir uma autonomia global de cerca de 31% da energia consumida nas instalações da Maia.

A CIN, marca portuguesa de tintas e vernizes, acaba de investir 200 mil euros na instalação de uma unidade de produção fotovoltaica, no centro de distribuição da Maia. Este projeto vai permitir a redução da emissão de 94,9 toneladas de CO2 por ano, o equivalente à diminuição da exploração de 21 hectares de floresta e a retirada de 53 carros da estrada.

“A preocupação com a sustentabilidade é algo inerente à cultura da empresa. A CIN quer estar alinhada a uma estratégia que permita disponibilizar os melhores produtos, diminuindo simultaneamente o impacto ambiental da sua atividade”, explica Fernando Pinheiro, diretor de projetos e engenharia da empresa que conta com mais de um século de história.

Com o objetivo em mente de minimizar o impacto ambiental e reduzir a pegada ecológica da atividade industrial, esta nova unidade fotovoltaica vai permitir à empresa produzir parte da energia que consome. Está prevista uma autonomia global de cerca de 31% face ao consumo de energia total. A energia produzida é suficiente para abastecer 87 habitações domésticas.

“O investimento nesta nova unidade fotovoltaica permite a utilização de uma energia ecoeficiente e não põe em causa os níveis de produção habituais e necessários”, refere o diretor de projetos e engenharia da CIN.

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Fundação Champalimaud lidera consórcio internacional de investigação sobre Covid-19

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Aliando a investigação clínica em cancro e em doenças infecciosas, o consórcio vai juntar equipas de investigadores de Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Arábia Saudita, Sudão.

A Fundação Champalimaud lidera um consórcio internacional de investigação clínica cujo objetivo é compreender melhor a natureza da covid-19 e desenvolver um tratamento para esta doença que já matou 251 mil pessoas e infetou cerca de 3,6 milhões.

Segundo um comunicado da Fundação Champalimaud, o consórcio vai juntar equipas de investigadores de Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Irlanda, Arábia Saudita, Sudão e Estados Unidos, aliando a investigação clínica em cancro e em doenças infecciosas.

Além da Fundação Champalimaud, a parceria conta também com o UCL de Londres, o Instituto francês Gustave Roussy, o Centro de Medicina Experimental da Queen’s University de Belfast e o Centro de Doenças Infecciosas de Roma, entre outros.

Em comunicado, a fundação refere que pela primeira vez centros de cancro e de doenças infecciosas trabalham em conjunto em desenvolvimentos clínicos com o objetivo de mudar o rumo da covid-19.

A imunologia clínica encontra-se numa encruzilhada em que a investigação biológica e clinicamente relevante se cruza com a prática clínica nas doenças infecciosas e no cancro, embora muitas vezes não exista uma interface cruzada entre estas disciplinas.

A nota sublinha que as abordagens imunológicas na vacinação, na gestão clínica e na terapia biológica e celular do cancro e das doenças infecciosas têm vários aspetos em comum.

Uma interface estruturada e aberta com troca de dados clínicos, desenvolvimento de estudos clínicos e conceitos de tratamento, beneficiará ambos os campos, a imunoterapia oncológica e as terapias direcionadas ao hospedeiro – nas quais a resposta imunitária do paciente é manipulada ativamente para alcançar um resultado mais favorável”, defende a fundação portuguesa.

O consórcio está aberto à adesão de outros participantes que subscrevam a partilha de conhecimentos de investigação especializada, bem como a promoção ativa de conceitos clínicos promissores estando previsto para breve uma página de web, onde será disponibilizada informação sobre projetos, organizações envolvidas e indicações sobre como outras entidades se podem juntar a esta iniciativa.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou cerca de 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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Uma em cada três empresas da hotelaria e restauração não pagou salários em abril

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Como consequência da ausência de faturação e de recursos, 32% das empresas não conseguiram pagar salário a 30 de abril e 12% apenas conseguiu pagar uma parte.

Uma em cada três empresas da hotelaria e restauração não conseguiram pagar salários em abril, alerta a associação representativa do setor, que sublinha a “situação dramática” que muitas empresas atravessam por causa da pandemia de Covid-19.

Em comunicado, a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) cita o seu mais recente inquérito, realizado entre 30 de abril e o início deste mês e com 1.722 respostas válidas, que indica que como consequência da ausência de faturação e de recursos 32% das empresas não conseguiram pagar salário a 30 de abril e 12% apenas conseguiu pagar uma parte.

“A perspetiva de curto prazo é avassaladora, com 60% das empresas a estimarem zero vendas no mês de maio e 27% a admitirem mesmo avançar para a insolvência”, alerta a AHRESP, lembrando que cerca de 70% das empresas assumem que não vão conseguir pagar salários este mês, caso o apoio do lay-off não chegue a tempo.

O inquérito indica ainda que 18% das empresas admitem que não vão conseguir manter a totalidade dos postos de trabalho até ao final do ano.

Os dados referentes ao mês de abril revelam “um quadro muito preocupante” para estas atividades económicas, pois cerca de 80% estiveram encerradas e não tiveram qualquer faturação.

No caso específico do lay-off, recorda a AHRESP, “apesar de 59% das empresas terem recorrido a este mecanismo, 77% aplicaram o regime à totalidade dos seus trabalhadores”.

“Mais preocupante é o facto de 76% não terem recebido o apoio até à data de 30 de abril”, acrescenta.

Segundo os dados da AHRESP, a importância deste modelo de apoio através da Segurança Social é demonstrada pela intenção de renovação do recurso ao lay-off simplificado por 90% das empresas inquiridas.

Quanto às linhas de financiamento, apenas 39% das empresas recorreram a estes mecanismos de apoios financeiros, sendo o mais referenciado a linha do Turismo de Portugal dirigida a microempresas.

“No entanto, das empresas com processos aprovados, 67% ainda não tinham o dinheiro disponível”, refere a associação.

A AHRESP alerta ainda que, com a provável data de 18 de maio para a reabertura dos estabelecimentos de restauração e bebidas, e com a redução de 50% na lotação, “20% das empresas referem que não vão reabrir os seus estabelecimentos”.

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Lisboa na linha de água. Galp e BCP pesam na bolsa

Bolsas europeias estão em queda perante sinais preocupantes na maior economia da região. Lisboa, segue a tendência, com o BCP e a Galp Energia a pesarem no mercado de capitais português.

Depois de na sessão anterior terem valorizado, as praças europeias voltam a cair, penalizadas pelos dados económicos preocupantes divulgados na Alemanha. Em Lisboa, BCP e Galp Energia arrastam a praça nacional para o vermelho.

O índice de referência nacional perde 0,33% para 4.208, 000 pontos, com dez das 18 cotadas em terreno negativo. Na Europa, o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores europeias, desvaloriza 0,08%, o francês CAC perde 0,13%, o espanhol IBEX-35 cai 0,48% e o alemão desvaloriza 0,17%, depois de se saber que as encomendas nas fábricas alemãs caíram 15,6% em março, período em que a maior economia europeia parou devido ao Covid-19. Este poderá ser o pior registo em série desde 1991.

Por cá, e a pesar no desempenho da praça lisboeta está o BCP e a Galp Energia. Os títulos dos banco liderado por Miguel Maya perdem 2,05% para os 9,58 cêntimos, numa altura em que os resultados da banca europeia estão a revelar a forte pressão provocada pelo Covid-19. O Intesa Sanpaolo registou prejuízos.

A Galp Energia cai 0,34% para 10,375 euros. Esta desvalorização dos títulos da petrolífera acontece numa sessão marcada pela correção dos preços do petróleo. Em Londres, o Brent desvaloriza 0,03%, mas mantém-se acima dos 30 dólares, enquanto em Nova Iorque o WTI perde 0,86%, com o barril a rondar os 24 dólares.

Destaque ainda, pela negativa, para a Mota-Engil, cujos títulos perdem 1,09% para 1,09 euros.

No polo oposto, a evitar uma queda mais expressiva da bolsa de Lisboa, está a Jerónimo Martins, a valorizar 0,61% para os 15,60 euros. Nota positiva também para a EDP, com a empresa liderada por António Mexia a avançar 0,46% para 3,892 euros.

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PS quer blindar contratos de arrendamento até setembro

  • ECO
  • 6 Maio 2020

Caducidade e denúncia de contratos de arrendamento, bem como a execução de hipotecas de habitação própria e permanente, podem ficar suspensas até 30 de setembro.

O PS quer prolongar a proteção aos contratos de arrendamento. Proposta prevê que o regime excecional que proíbe a denúncia de contratos que está em vigor até ao final de junho seja prolongado até final de setembro, diz o Jornal de Negócios (acesso pago).

De acordo com a proposta dos socialistas, deverão ficar suspensas a caducidade e a denúncia de contratos de arrendamento e a execução de hipotecas de habitação própria e permanente, no âmbito das normas especiais resultantes da situação de pandemia, até 30 de setembro.

Tanto PSD como o Bloco de Esquerda têm propostas que vão no sentido de manter a lei tal como está, ou seja, a proibição de pôr fim aos contratos e de execução de hipotecas deverá manter-se até aos 60 dias seguintes ao fim da aplicação das medidas de emergência. Serão todas debatidas e votadas esta quinta-feira no Parlamento.

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Já pode apoiar as PME em Portugal através do Instagram. Há gift cards e angariações de fundos

Uma das soluções que chega agora a Portugal é um "Gift Card", através do qual os utilizadores do Instagram podem contribuir para o negócio das pequenas e médias empresas.

A partir desta quarta-feira vai poder ajudar as pequenas e médias empresas através do Instagram. A rede social de partilha de imagens lançou duas soluções de apoio às PME em Portugal, que contemplam formas de os utilizadores contribuírem para as empresas mais afetadas pela pandemia de coronavírus.

Uma das soluções que chega agora a Portugal é um “Gift Card“, sendo que as empresas presentes no Instagram “podem adicionar ao perfil um botão de apelo à ação – Action Button – ou ainda, publicar um sticker Gift Card’ nas stories”, explica a rede social, em comunicado.

Para os utilizadores que quiserem ajudar as PME em causa, basta carregar no botão de apelo à ação ou no sticker que forem colocados na rede social e serão encaminhados para uma compra no site da empresa, onde podem contribuir para o negócio.

Os utilizadores do Instagram vão poder comprar “gift cardsInstagram

A outra solução que é lançada estava já disponível no Facebook e chega agora ao Instagram. É a ferramenta de angariação de fundos que, tal como o nome indica, permite que uma PME portuguesa “possa solicitar aos clientes que ajudem o seu negócio neste período especialmente crítico e garantam a sua sustentabilidade”.

A Diretora Geral do Facebook em Espanha e Portugal defende que “as PME são a parte mais importante da economia e uma parte muito importante da comunidade do Instagram”. “Sabemos que a crise do Covid-19 é um grande desafio para muitos deles e estas novas ferramentas vão facilitar esse auxílio aos negócios que mais sofrem os efeitos da crise”, acrescenta Irene Cano, citada em comunicado.

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Plafond dos seguros de crédito vai aumentar em mil milhões

  • ECO
  • 6 Maio 2020

O Governo quer aumentar o montante global das garantias de Estado para os seguros de crédito para os três mil milhões de euros. É uma das 14 medidas para relançar as exportações.

O Governo pretende reforçar o plafond das garantias do Estado para seguros a crédito em mil milhões de euros. A verificar-se, o montante global passará dos dois mil milhões de euros para os três mil milhões de euros. Além disso, o Executivo delineou outras 13 medidas para impulsionar as exportações e atrair investimento, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

No total são 14 medidas inseridas no Programa Internacionalizar 2020, com o intuito de contrariar as previsões do Banco de Portugal relativamente à quebra de vendas ao exterior. Dado que a pandemia reduziu os montantes cedidos pelas seguradoras a crédito, o Executivo quer aproveitar as apólices dos países da OCDE e reforçar o plafond para os três mil milhões de euros. Além disso, está ainda previsto o financiamento para encomendas internacionais.

Entre as várias medidas, está ainda previsto uma aposta no digital, com várias iniciativas de promoção em plataformas digitais, a criação de um benefício fiscal de apoio à internacionalização, assim como a isenção do imposto de selo operações de financiamento à internacionalização, escreve o Negócios.

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Sócios-gerentes de microempresas com até dez funcionários também vão ter apoio

  • ECO
  • 6 Maio 2020

O Governo vai alargar o apoio aos sócios-gerentes, passando a abranger também os de microempresas com até dez trabalhadores. A garantia é dada pelo secretário de Estado Tiago Antunes.

O Governo vai alargar o apoio do Estado aos sócios-gerentes de microempresas com até dez trabalhadores. Atualmente, a medida abrange apenas os sócios-gerentes que não tenham trabalhadores a cargo e nos casos em que a faturação não supere os 60 mil euros.

A garantia é dada pelo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença: “Neste momento o que temos apenas é uma cobertura dos sócios-gerentes que não têm trabalhadores a cargo. Vamos passar a aplicar esse apoio aos sócios-gerentes de microempresas que tenham até dez trabalhadores.”

Nos termos atuais, o apoio aos sócios-gerentes sem trabalhadores a cargo é calculado com base no referencial da “média da base de incidência contributiva dos meses em que tenha existido registo de remunerações no período dos 12 meses imediatamente anteriores” à data do requerimento. Funciona em dois escalões, com um apoio máximo de 438,81 euros para quem tenha uma remuneração registada como base de incidência inferior a 658,22 euros (1,5 IAS) e um máximo de 635 euros para casos em que essa remuneração seja igual ou superior aos referidos 1,5 IAS.

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Novos inspetores da ACT colocados a centenas de kms de casa

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Governo requisitou inspetores de outros serviços, ao abrigo da mobilidade, e alguns estão a preencher as vagas nas áreas de residência dos inspetores ex-estagiários.

Metade dos 45 estagiários recentemente nomeados inspetores da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) permanecem colocados a centenas de quilómetros de casa, apesar das indicações anteriores de que ficariam na área de residência durante a pandemia.

A denúncia é feita pelo Sindicato dos Inspetores do Trabalho (SIT), que detalhou à Lusa vários exemplos.

Os 45 ex-estagiários estavam em concurso interno desde 2015, com reta final marcada para julho, mas o Governo decidiu integrá-los de imediato.

O estágio, que realizavam num dos 35 serviços da ACT em todo o país, passa por três provas – teórica, prática e tese. O Governo decidiu antecipar o fim da parte prática e nomeá-los de imediato inspetores, para reforçar os meios da ACT para fazer cumprir a legislação laboral adotada no contexto do Covid-19.

Porém, os ainda inspetores estagiários receberam instruções prévias do júri do estágio segundo as quais seriam temporariamente colocados nos serviços próximos da área de residência.

Com o assunto “afetação temporária”, o aviso n.º 23, de 14 de abril, a que a Lusa teve acesso, estabelece o seguinte: “De forma excecional, atendendo ao quadro pandémico e à facilitação que pretendemos seja dada aos inspetores estagiários que têm residência familiar a mais de 50 km de distância do SD [Serviço Desconcentrado] onde estão a estagiar, em articulação com o júri e os dirigentes dos SD cuja área de jurisdição abranja o concelho de residência do estagiário, farão as intervenções com visita integrando equipa nesse SD, sempre acompanhados de inspetor”.

“Esta expectativa saiu frustrada, já que, três dias depois de serem nomeados inspetores pela ministra do Trabalho, a Direção da ACT emitiu orientações que os voltam a colocar nos locais de estágio”, afirmou a presidente do SIT, Carla Cardoso.

Paralelamente, o Governo requisitou 150 inspetores de outros serviços e está a recrutar outros funcionários da administração púbica, ao abrigo da mobilidade, e alguns destes estão a preencher as vagas nas áreas de residência dos inspetores ex-estagiários, numa “gestão de recursos humanos ineficiente”, considera, em declarações à Lusa, Carla Cardoso.

“As pessoas sentem-se defraudadas”, relata a sindicalista, contando que conhece, também, inspetores “à espera de voltarem para a área de residência há anos”.

Acresce que os mais de 20 inspetores ex-estagiários que trabalham longe de casa regressam para junto das famílias ao fim de semana, por vezes de transportes públicos, o que representa um risco acrescido de contágio no contexto epidémico atual.

Além disso, a colocação a centenas de quilómetros era temporária – terminava quando terminasse o estágio, em julho – e agora “não tem fim à vista”, alerta Carla Cardoso.

Em 25 de abril, 36 dos inspetores ex-estagiários subscreveram um pedido de esclarecimento dirigido à inspetora-geral do Trabalho, ao qual ainda não obtiveram resposta.

Nesse documento, enviado à Lusa, os recém-inspetores perguntam também quando tomarão formalmente posse (foram apenas nomeados em Diário da República).

Os novos inspetores sabem já que a terceira fase do estágio, a tese, mantém-se e que terão de realizar uma prova, com nota final, após a qual será feita a distribuição pelos locais definitivos de colocação. Só não sabem quando, porque o final desta fase de resposta à pandemia, e ao seu impacto no mundo do Trabalho, não tem data certa.

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Hoje nas notícias: Sócios-gerentes, exportações e rendas

  • ECO
  • 6 Maio 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os sócios-gerentes de microempresas também vão ter apoio do Estado no âmbito do choque económico provocado pela pandemia. Na imprensa nacional, destaque ainda para as medidas de relançamento das exportações, mas também para uma proposta de alteração à lei que blinda os contratos de arrendamento e que pretende alargar esta proteção aos inquilinos até ao final de setembro.

Governo vai alargar apoio a sócios-gerentes de microempresas

O Governo pretende alargar o apoio extraordinário do Estado aos sócios-gerentes também aos sócios-gerentes de microempresas com até dez funcionários. A intenção foi revelada numa entrevista pelo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes. Até agora, este apoio, criado no âmbito da pandemia do coronavírus, abrangia apenas os sócios-gerentes sem trabalhadores por conta de outrem nos casos em que a faturação não supera os 60 mil euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

PS quer blindar contratos de arrendamento até final de setembro

O PS entregou no Parlamento uma proposta para estender a blindagem dos contratos de arrendamento até 30 de setembro. A medida visa, de forma efetiva, prolongar a suspensão da caducidade e das denúncias de contratos de arrendamento e a execução de hipotecas de habitações próprias e permanentes. Mediante a lei em vigor, passada pelo Governo, estas medidas excecionais para ajudar as famílias no período da pandemia são válidas até 30 de junho.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo reforça em mil milhões as garantias para seguros de crédito

O Governo está a trabalhar num conjunto de 14 medidas para promover a retoma das exportações portuguesas. No pacote, inserido no Programa Internacionalizar 2030, estão medidas para a adoção de processos digitais, bem como o desenvolvimento de competências e reconversão de recursos humanos nessa área. Outra medida passa por aumentar o plafond global das garantias de Estado para os seguros de crédito de 2.000 milhões para 3.000 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Ferro Rodrigues cria abono para suprir perda de subsídio de refeição na AR

A Assembleia da República vai pagar um abono aos cerca de 200 trabalhadores do Parlamento que estão em regime de teletrabalho. A intenção do presidente, Eduardo Ferro Rodrigues, é a de que estes funcionários não sejam prejudicados em relação à função pública pela perda do subsídio de refeição.

Leia a notícia completa no jornal i (ligação indisponível).

Burlas por MB Way disparam durante a quarentena

As burlas por MB Way dispararam entre janeiro e abril deste ano, com a GNR a receber 1.521 denúncias e a PSP 2.590, num total de 4.111 queixas durante esse período. Em média foram apresentadas 34 denúncias por dia, um número quase quatro vez superior às queixas apresentadas em 2019. De acordo com os dados oficiais, os lesados terão perdido cerca de 3,5 milhões de euros (a GNR relata perdas de 1,5 milhões de euros e a PSP de cerca de 2 milhões).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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BE quer subsídio excecional e temporário para trabalhadores sem apoios

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

"Há centenas de milhares de trabalhadores que perderam o emprego, rendimento ou atividade e estão desprotegidos", diz o deputado do BE, José Soeiro.

O BE propõe a criação de um subsídio excecional e temporário para todos os trabalhadores que perderam rendimento ou atividade devido à pandemia, mas que estão excluídos dos outros apoios e prestações.

Em declarações à Lusa, o deputado do BE José Soeiro detalhou o projeto de lei, que dá entrada no Parlamento esta quarta-feira, através do qual o partido pretende criar um subsídio extraordinário de desemprego e de cessação de atividade que terá o valor correspondente ao indexante de apoios sociais, que atualmente é de 438,81 euros, com duração máxima de seis meses.

“Neste momento estamos numa situação em que há centenas de milhares de trabalhadores que perderam o emprego, rendimento ou atividade e estão desprotegidos”, afirmou, explicando que “estão excluídos quer das prestações de desemprego que já existiam quer dos apoios extraordinários que, entretanto, foram criados”.

Neste universo de pessoas sem proteção social nesta crise provocada pela pandemia de Covid-19 estão “trabalhadores precários, informais, trabalhadores no autoemprego, trabalhadores das plataformas digitais, trabalhadoras domésticas, advogados e solicitadores e intermitentes da cultura”, enumerou José Soeiro.

Este subsídio, não acumulável com outros apoios, tem como objetivo ser “um mecanismo expedito” para responder aos trabalhadores sem qualquer tipo de apoio.

“É um apoio excecional, que tem um caráter temporário. Não estamos a redesenhar o sistema de proteção social com esta medida, estamos a criar uma medida que tem uma validade de seis meses, uma medida extraordinária, financiada pelo Orçamento do Estado, aliás como aconteceu com outros países”, referiu, dando o exemplo de Espanha.

José Soeiro reconhece que o valor de 438,81 euros é “baixo, mas em linha com o que está previsto como valores mínimos para trabalhadores que têm acesso à proteção social”.

“É o mínimo dos mínimos para garantir que as pessoas que neste momento estão com zero podem ter este apoio”, justificou.

Segundo o deputado do BE, este mecanismo “não exige um prazo de garantia nem que as pessoas tenham tido um determinado número de meses de descontos”, sendo a sua prova “muito simplificada”, podendo nalguns casos ser uma declaração sob compromisso de honra, que depois é verificada posteriormente pela Segurança Social.

José Soeiro fez ainda questão de assinalar que “nos últimos dias, o Governo já admitiu publicamente que havia um conjunto importante de trabalhadores informais ou trabalhadores independentes que não estão cobertos pelos apoios”.

“É para esses que nós queremos que haja um subsídio excecional de desemprego e de cessação de atividade que se aplica a todos estes trabalhadores”, afirmou.

O BE pretende agendar este projeto de lei para debate no parlamento “assim que possível, preferencialmente para a semana”.

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Airbnb vai despedir cerca de 25% dos funcionários em todo o mundo

  • Lusa
  • 6 Maio 2020

Além dos despedimentos, Airbnb vai reduzir os investimentos que não estejam diretamente envolvidos no arrendamento de imóveis.

A plataforma de arrendamento de unidades hoteleiras online Airbnb anunciou o despedimento de cerca de 25% dos cerca de 7.500 funcionários da empresa em todo o mundo, na sequência das restrições implementadas para mitigar a propagação da pandemia.

“Estamos a enfrentar coletivamente a crise mais dolorosa das nossas vidas”, afirmou em comunicado o fundador empresa, Brian Chesky, citado pela Associated Press.

A empresa sediada em São Francisco, no estado da Califórnia (Estados Unidos), avaliada há alguns meses em 31 mil milhões de dólares (mais de 28 mil milhões de euros), teve uma redução drástica da atividade devido às restrições às viagens implementadas por vários países para controlar a disseminação da pandemia, que consequentemente se traduziu em quebras de receita elevadas no setor do turismo.

A nota explicita que cerca de 1.900 trabalhadores vão ser despedidos e que a Airbnb vai reduzir os investimentos que não estejam diretamente envolvidos no arrendamento de imóveis. Estes investimentos incluem hotéis, transportes aéreos e produção de filmes.

O responsável admitiu que a empresa deverá ter uma quebra de receitas de mais de metade este ano. A empresa, que é privada, não divulga resultados financeiros.

A plataforma tem mais de sete milhões de propriedades para arrendamento no site.

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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