Hoje nas notícias: Popularidade de Costa, reformas e gás

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Em tempos de crise devido ao Covid-19, o número de beneficiários de subsídios do Estado continua a aumentar, atingindo já sete milhões de pessoas. Apesar dos efeitos negativos, os portugueses aplaudem a atuação do Governo, bem como do Presidente da República durante a pandemia, sendo reflexo disso a enorme popularidade que ambos têm conquistado. Destaque ainda para a idade da reforma dos funcionários públicos, que superou os 64 anos, e para a “guerra” entre Portugal e Espanha por causa do gás.

Popularidade de Costa atinge recorde, mas Marcelo é imbatível

A popularidade do primeiro-ministro português tem crescido devido à gestão da pandemia de coronavírus em Portugal. De acordo com a sondagem da Pitagórica para a JN/TSF, António Costa mantém a tendência de subida, alcançando uma taxa de aprovação de 74% junto do eleitorado. Atingiu um recorde, mas continua aquém do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cuja popularidade voltou a aumentar, apresentando agora uma taxa de aprovação de 83%. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Subsídios do Estado já chegam a sete milhões de pessoas

O impacto económico da pandemia somou muita gente às listas de apoios da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. O número de beneficiários de subsídios do Estado ascende já a sete milhões de pessoas. Entre os novos apoios criados pelo Governo para fazer face à pandemia está o pagamento parcial dos salários a trabalhadores em lay-off, os apios a trabalhadores independente e aos pais que fiquem em casa com os filhos, além das baixas de doentes com Covid-19. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Idade média de reforma no setor público subiu para 64 anos. É a mais alta de sempre

Os funcionários públicos nunca se reformaram tão tarde. No ano passado, a idade média de passagem à reforma dos trabalhadores do Estado foi de 64,3 anos. A série longa da Caixa Geral de Aposentações revela que em 2019 a idade média de reforma subiu quase dois anos (1,7), o segundo maior salto registado no histórico e que apenas se assemelha a 2016, quando também aumentou 1,7 anos (passando para os 62,8 anos). Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Portugal e Espanha em conflito por causa do gás natural

Espanha poderá avançar com um desconto de 13,9% nas tarifas aplicáveis aos terminais espanhóis de gás natural liquefeito, uma medida que está a gerar desconforto na Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) de Portugal. Para o regulador português, a medida “terá fortes efeitos prejudiciais para o mercado português e para o desenvolvimento do Mibgas [mercado ibérico de gás natural” e irá “beneficiar as infraestruturas espanholas”, prejudicando o terminal de Sines. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo permite 13 de maio em Fátima com fiéis mas sem peregrinos

O primeiro-ministro, António Costa, vai abrir a primeira exceção no estado de calamidade para permitir a realização das celebrações do 13 de maio em Fátima. Os contactos com Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, resultaram num acordo para a realização da celebração no interior da Basílica de Fátima, com a participação de eclesiásticos e fiéis, respeitando as normas de distanciamento social, mas sem a presença de peregrinos nem de cerimónias ao ar livre. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

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Lufthansa perto de um acordo para uma ajuda do Estado alemão

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

As negociações, que duram há várias semanas, dizem respeito a uma ajuda total de 10 mil milhões de euros, segundo o semanário Der Spiegel publicado neste fim de semana.

A principal companhia aérea da Europa, a Lufthansa, disse estar perto de alcançar um acordo de auxílio por parte do Estado alemão depois de este ter ameaçado cessar o pagamento, devido ao impacto do novo coronavírus.

“Temos discussões intensas e construtivas com o Governo alemão” e “em nossa opinião essas discussões podem ser concluídas num futuro próximo”, disse a direção da companhia numa mensagem enviada aos funcionários e à qual a agência de notícias francesa France Presse (AFP) teve acesso.

“O apoio do Estado alemão seria um passo essencial para garantirmos nosso futuro” e fazer com que os aviões descolassem novamente, acrescentou a direção da companhia aérea, numa altura em que as negociações pareciam ter ficado bloqueadas nos últimos dias.

As negociações, que duram há várias semanas, dizem respeito a uma ajuda total de 10 mil milhões de euros, segundo o semanário Der Spiegel publicado neste fim de semana.

Contudo, o Estado exige contrapartidas, já que pretende deter 25,1% do capital da empresa mas ter voz nas decisões, acrescenta o jornal.

A administração da Lufthansa recusa-se a ser influenciada pelos poderes políticos dos países em que atua – Alemanha, Áustria, Suíça e Bélgica –, na condução dos negócios.

Na Suíça, o Governo garantirá 1,2 mil milhões de euros de empréstimos às subsidiárias suíças da Lufthansa, a Swiss e Edelweiss.

Na Áustria, a Austrian Airlines (AUA), uma subsidiária da Lufthansa, pediu na terça-feira um auxílio público de 767 milhões de euros para superar o impacto da epidemia de Covid-19.

A Lufthansa realizará uma assembleia-geral na terça, por meios virtuais.

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Trump diz que vacina vai estar disponível até final do ano

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

"Estamos a pressionar (...) vários grupos [farmacêuticos] estão, penso, muito perto" de encontrar uma vacina contra o Covid-19.

O Presidente dos Estados Unidos considerou, no domingo, que uma vacina contra o Covid-19 vai estar disponível até final de 2020.

“Pensamos ter uma vacina até final deste ano”, declarou Donald Trump, durante uma emissão especial do canal de televisão Fox News, emitida a partir do Lincoln Memorial, monumento em Washington em homenagem ao 16.º Presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln.

“Os médicos vão dizer que eu não devia dizer isto. Eu digo o que penso”, acrescentou.

“Estamos a pressionar (…) vários grupos [farmacêuticos] estão, penso, muito perto”, disse.

Questionado sobre como reagiria se outro país tivesse uma vacina antes dos Estados Unidos, Trump respondeu: “É indiferente. Apenas quero uma vacina que funcione”.

Uma centena de projetos de vacina contra o Covid-19 estão em curso em todo o mundo, incluindo uma dezena já em fase de ensaios clínicos, de acordo com dados divulgados pelo instituto de Londres de higiene e medicina tropical (London School of Hygiene & Tropical Medicine).

O Presidente norte-americano, que defendeu, uma vez mais, um regresso prudente, mas “tão rápido quanto possível” à atividade no país, mostrou-se otimista sobre as perspetivas económicas.

O ano de 2021 vai ser “incrível”, afirmou Trump, que voltou a defender as decisões que tomou desde o início da epidemia no país.

“Penso que salvámos milhões de vidas”, reiterou.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67.674) e mais casos de infeção (mais de 1,15 milhões) no mundo.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 246 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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Empresas da bolsa podem perder 1,4 mil milhões com o Covid-19

Primeiros efeitos do Covid-19 nos resultados das cotadas da bolsa de Lisboa já se fazem sentir, mas serão muito maiores. Apenas duas empresas deverão ter capacidade para crescer em 2020.

Além dos problemas de saúde pública, o coronavírus prepara-se para causar a pior recessão de que há memória. Com as empresas paralisadas, é inevitável que os negócios sejam afetados. O impacto inicial para as cotadas do PSI-20 será visto já na época de resultados do primeiro trimestre, que já arrancou, mas o buraco no acumulado do ano será muito maior. E pode mesmo ultrapassar os mil milhões de euros.

O cenário menos negativo é que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caia 3,36%, segundo as estimativas do Caixa Banco de Investimento (BI) a que o ECO teve acesso. O banco calculou o impacto em 15 das 18 empresas do PSI-20 (excluindo BCP, Pharol e Novabase).

Com base nestas estimativas, a redução poderá ser de, pelo menos, 417,13 milhões de euros em 2020, face ao total de 12.429,80 milhões de euros arrecadados pelas empresas em análise em 2019. Já o cenário mais pessimista chega a uma quebra de 8,47% no EBITDA, o equivalente a 1.434,67 milhões de euros.

Das empresas analisadas, apenas duas conseguem ficar à tona com uma variação anual de 0% ou até um aumento de 10%. Por outro lado, há sete empresas em que o Caixa BI considera que o impacto do Covid-19 será “significativo”.

Apenas três cotadas deverão sofrer impacto limitado

Fonte dos dados: Caixa Banco de Investimento

Preços do petróleo e do papel aumentam risco

A Galp é uma das oito empresas em que o impacto da Covid-19 será significativo. O Caixa BI aponta a elevada dependência dos preços do petróleo, que estão a ser fortemente penalizados, bem como pelas restrições nos transportes. “O impacto nas margens de refinação tende a ser negativo”, dizem os analistas.

A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva foi a primeira cotada do PSI-20 a apresentar resultados do período entre janeiro e março e esse efeito já é visível. O lucro afundou 72% face ao período homólogo e margem de refinação diminuiu para 1,9 dólares por barril (contra 2,3 no primeiro trimestre de 2019). As refinarias de Matosinhos e de Sines foram paradas.

"Dependente dos preços do petróleo, [a Galp] deverá sofrer com a revisão em baixa da procura. As restrições nos transportes podem afetar os preços. O impacto nas margens de refinação tende a ser negativo.”

Caixa Banco de Investimento

O CEO anunciou esperar que o Covid-19 tenha um impacto negativo de mil milhões de euros em CAPEX e OPEX. Além destes, a estimativa do Caixa BI é que o EBITDA da Galp caia entre 10% (menos 238,10 milhões de euros) e 20% (menos 476,20 milhões de euros) face aos 2.381 milhões registado em 2019.

A Galp não é, no entanto, a única cotada exposta à variação dos preços das matérias-primas. Também a Altri e a Navigator estão entre as empresas mais em risco, devido à elevada dependência do desempenho dos preços da pasta de papel, que é, por sua vez, influenciada pelo consumo na China.

"A Sonae fica habitualmente sob holofotes quando diz respeito a uma desaceleração no PIB, sendo que a acumulação de riscos macroeconómicos a nível internacional tendem a ter um impacto severo em economias mais frágeis como Portugal.”

Equipa de research

Caixabank

O consumo é outro fator chave para avaliar o impacto da Covid-19 nas cotadas do PSI-20. A atividade Ibersol — responsável por restaurantes de fast food — é “muito influenciada” pelo estado de emergência. As características das retalhistas do índice deixam a Sonae — empresa com maior exposição ao retalho não alimentar e centros comerciais — em maior risco do que a Jerónimo Martins, que tem maior foco no retalho alimentar e maior diversificação geográfica do negócio.

A Sonae fica habitualmente sob holofotes quando diz respeito a uma desaceleração no PIB, sendo que a acumulação de riscos macroeconómicos a nível internacional tendem a ter um impacto severo em economias mais frágeis como Portugal. A Sonae está muito exposta às dinâmicas de consumo em Portugal e parte do seus ativos têm exposição a consumo discricionário”, alerta o CaixaBank numa outra nota de research.

Os cálculos do Caixa BI apontam uma perda entre 10% (menos 69,5 milhões) e 20% (menos 139 milhões) no EBITDA da dona do Continente, face aos 695 registados em 2019. Já em relação à dona do Pingo Doce, a variação esperada situa-se entre 0% e -10% (104,5 milhões) em relação aos resultados de 1.045 milhões de euros de 2019.

REN e Nos poderão aumentar resultados

A Jerónimo Martins é, assim, uma das três cotadas do PSI-20 em que o impacto deverá ser apenas moderado. Além destas, há ainda outras cinco em que o efeito será limitado, com as utilities a destacarem-se. É o caso da EDP e da EDP Renováveis (cujos resultados deverão cair, no pior cenário, até 10%), mas é a REN a preferida dos analistas.

O Caixa BI estima que o EBITDA se mantenha inalterado em 486,2 milhões de euros ou até cresça 10% até 534,82 milhões. Da mesma forma, o CaixaBank também recomenda a compra de ações das utilities ibéricas, incluindo a portuguesa REN, apontando para fatores como “estabilidade regulatória com crescimento limitado, sólida geração de cash flow e elevados e sustentados dividendos”. Acrescenta que os próximos três a quatro anos serão “um período incomum de elevadas receitas nas redes”.

A elétrica liderada por Rodrigo Costa é, assim, uma das únicas cotadas do PSI-20 que poderão aumentar os resultados. O mesmo acontece com a Nos. O “limitado impacto no negócio de telecom dado que o consumo não deverá sofrer alterações” e “em casos extremos, poderá até espoletar consumo adicional” leva o Caixa BI a estimar que o EBITDA da empresa continue próximos dos 641 milhões de 2019 ou até suba 10% para 705,1 milhões.

"O nosso cenário mais otimista, que é o cenário base, é que a Nos mantenha a estabilidade e consiga atingir um crescimento do EBITDA na ordem de um só dígito. Mas o segmento de audiovisual e cinema é muito cíclico.”

Credit Suisse

Apesar de concordar no otimismo sobre as telecomunicações, o Credit Suisse é mais conservador, tendo mesmo revisto em baixa a avaliação que faz da Nos. “O nosso cenário mais otimista, que é o cenário base, é que a Nos mantenha a estabilidade e consiga atingir um crescimento do EBITDA na ordem de um só dígito”, diz.

Mas alerta que “o segmento de audiovisual e cinema é muito cíclico — cerca de metade das receitas da Nos vêm de operar a maior cadeia de cinemas em Portugal — e durante o confinamento, todos os cinemas estão fechados. Mesmo depois do fim do confinamento, antecipamos que os clientes deverão demorar a regressar aos cinemas”.

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📹 O que são as provisões dos bancos? Perguntou ao Google, nós respondemos

Face à subida expectável do incumprimento das famílias e empresas afetadas pela crise, os bancos preparam-se para aumentar as provisões. Mas o que é isto? Para que servem? O ECO explica-lhe.

Com a crise económica provocada pela pandemia do coronavírus, os bancos antecipam uma subida significativa do número de famílias e empresas a falharem os pagamentos dos créditos. Para fazer face a potenciais perdas, as instituições preparam-se para aumentar as suas provisões. Mas o que é isto? Para que servem? O ECO explica-lhe.

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5 coisas que vão marcar o dia

Pequeno comércio começa a abrir portas. Refinaria de Sines inicia a suspensão de atividade por um mês e Banco de Portugal divulga dados sobre evolução da dívida pública referente a março.

Com o fim do período de estado de emergência, o pequeno comércio começa esta segunda-feira a abrir portas, depois de mais de um mês e meio de confinamento. A fábrica da Mitsubishi, no Tramagal, vai recomeçar a produzir e a refinaria da Galp começa a suspensão de atividade em Sines. O Banco de Portugal divulga os dados sobre a evolução da dívida pública referentes ao mês de março.

Pequeno comércio volta a abrir portas

Com o fim do estado de emergência, e subsequente declaração de estado de calamidade pública, o Governo deu “luz verde” para começar a reabrir a economia, ainda que de forma faseada. Esta segunda-feira, abre o pequeno comércio, designadamente as lojas com até 200 metros quadrados, como cabeleireiros, livrarias, bem como stands de automóveis.

Fábrica da Mitsubishi no Tramagal retoma produção

A fábrica da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) em Tramagal, Abrantes, vai retomar a produção automóvel esta segunda-feira, após a empresa ter colocado 400 trabalhadores em lay-off, no início de abril. A fábrica da MFTE suspendeu a produção no dia 23 de março, por duas semanas, medida que se prolongaria até 5 de abril para prevenir a expansão da pandemia de Covid-19, tendo decidido posteriormente colocar os trabalhadores em lay-off.

Refinaria de Sines suspende atividade durante um mês

Depois de Matosinhos, a Galp decidiu também suspender a atividade na refinaria de Sines, uma vez que a capacidade de armazenagem está a chegar ao limite. A Galp garante que o encerramento temporário não vai afetar o fornecimento do mercado e que não terá efeitos nos trabalhadores afetos à refinaria. A paragem tem a duração de um mês.

Como vai a dívida pública?

O Banco de Portugal vai divulgar os dados sobre a evolução da dívida pública referentes ao mês de março, período em que a pandemia de Covid-19 já estava instalada em Portugal. Em fevereiro, a dívida pública portuguesa subiu pelo segundo mês consecutivo, tendo registado um aumento de 3.050 milhões de euros para 255 mil milhões de euros. Este foi o valor mais elevado desde maio do ano passado.

BPI presta contas ao mercado

O BPI vai apresentar os resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre do ano, dados estes que poderão já refletir o impacto económico da Covid-19. Tendo em conta o que outros bancos europeus estão a fazer, será relevante perceber qual o montante de provisões que será feito pelo banco liderado por Pablo Forero, bem como o impacto que essas provisões terão no resultado líquido.

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Esta app vai dizer-lhe se esteve perto de alguém com Covid-19. Saiba como vai funcionar

Chama-se STAYAWAY e pode vir a ser a aplicação móvel de "bandeira" em Portugal para o rastreio de eventuais contactos com pessoas infetadas pelo novo coronavírus. Saiba como e quando vai funcionar.

É uma app portuguesa, com certeza. Chama-se STAYAWAY, está a ser desenvolvida pelo INESC TEC e promete um “rastreio rápido e anónimo” do contágio pelo novo coronavírus. Numa altura em que vários países europeus estudam a adoção destas tecnologias no combate à pandemia, esta solução, que se insere no projeto “monitorCovid19.pt”, está entre as mais bem posicionadas para se tornar a app de “bandeira” contra o vírus em Portugal.

Esta segunda-feira deu-se início à reabertura gradual da economia portuguesa, com cabeleireiros, stands de automóveis e o pequeno comércio a reabrirem portas depois de semanas a fio de isolamento social, prevendo-se um “aumento muito grande da interação social”, justifica ao ECO um dos administradores do INESC TEC, Rui Oliveira. “Quisemos desenvolver um sistema baseado numa app que corre nos telemóveis, que pretendemos que seja um auxiliar para as entidades de saúde no rastreio e identificação de potenciais infetados com Covid-19″, explica.

Quando uma pessoa é diagnosticada com Covid-19, os profissionais de saúde fazem perguntas e tentam identificar e alcançar outras pessoas com quem o doente se cruzou nos últimos dias. Esta prática, conhecida por contact tracing, não é escalável, consome recursos e pode ser falível. É aqui que entra em cena a STAYAWAY, permitindo “aliviar muito os serviços de saúde nesse rastreamento, fazendo com que cada pessoa seja capaz de, por si, independentemente, avaliar se nos últimos 14 dias” esteve próximo de alguma pessoa entretanto diagnosticada com a doença.

O objetivo é que funcione de forma simples e sem esforço da parte do utilizador. Quando estiver disponível, basta que o utilizador a descarregue da Play Store (Android) ou da App Store (iOS), autorize o uso do Bluetooth do telemóvel e, daqui em diante, não terá de se preocupar mais com ela. A aplicação ficará a correr no aparelho, em segundo plano, e vai gerando códigos aleatórios de cinco em cinco minutos, que são transmitidos por Bluetooth para os telemóveis nas redondezas. À medida que um telemóvel vai emitindo os códigos que vai gerando, vai também tomando nota dos códigos que for recebendo. Como o Bluetooth tem um alcance limitado, é possível, deste modo, confirmar que os dois aparelhos estiveram próximos se ambos tiverem registado códigos gerados um pelo outro.

Ao mesmo tempo, esses códigos vão sendo centralizados num sistema integrado (API), que é consultado diariamente por todos os aparelhos que tenham a aplicação em funcionamento. Ora, no caso de uma pessoa, entretanto, ser diagnosticada com Covid-19, a intenção é que receba com os resultados do teste um código único e temporário, que poderá, voluntariamente, introduzir na aplicação para se autoidentificar como infetada. Desta forma, os aparelhos em que os seus códigos estejam registados — ou seja, todos os telemóveis que nos últimos 14 dias tenham estado próximo do telemóvel da pessoa doente — recebem um alerta a dizer que houve esse contacto próximo com alguém infetado pelo novo coronavírus.

Dados serão públicos e anónimos. Mas há dúvidas quanto à eficácia

Segundo Rui Oliveira, a informação vai ser totalmente pública, anónima e armazenada num servidor localizado em território nacional. Os utilizadores são, assim, alertados apenas sobre a ocorrência de um contacto e não sobre a identidade de uma pessoa infetada. “Tudo o que a aplicação recolhe são números gerados aleatoriamente e que, por definição, não fazem qualquer referencia à identidade do telemóvel ou à identidade do utilizador. Como está feita, permite muito facilmente garantir a qualquer pessoa que a privacidade será assegurada”, remata o cientista e investigador.

Noutras partes do mundo, soluções de contact tracing deste tipo têm gerado desconforto, não só do ponto de vista da privacidade dos cidadãos, mas também devido à sua eficácia, ou possível falta dela. Para funcionar e ter capacidade de mitigar a pandemia, um estudo recente da Universidade de Oxford concluiu que estes aplicativos têm de ser usados continuamente por 60% da população de uma determinada área, já para não falar de que, na União Europeia, qualquer solução deste género tem de ser voluntária de forma a não violar o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD).

O responsável do INESC TEC confirma o número e está consciente da dimensão da ambição. Mas acredita ser possível, mantendo o caráter voluntário, alcançar a referida “fatia” de 60% da população: “Se todos nós conseguirmos informar as pessoas de que existe esta aplicação e de qual é o objetivo da mesma, tenho dificuldade em encontrar uma razão racional que faça com que alguém não a instale”, diz, considerando que a ferramenta permite aos cidadãos ganharem “uma vantagem” com um possível diagnóstico mais rápido da doença, ao mesmo tempo que também vão contribuindo com as suas informações para o funcionamento do sistema.

Desde já, uma possível ajuda para escalar a STAYAWAY poderá ser a aliança anunciada pela Google e pela Apple, que estão a trabalhar em conjunto para embutirem na generalidade dos telemóveis em todo o mundo uma funcionalidade que permite o contact tracing em plena pandemia. Ainda não há data para o lançamento desta novidade, mas estará para breve, e a intenção do INESC TEC é a de adotar imediatamente o protocolo destas gigantes assim que esteja disponível.

“A Google e a Apple têm tido uma atitude de extremo cuidado e razoabilidade, de verdadeira colaboração. O que eles vão fornecer não é uma app, é um enriquecimento da API do Bluetooth dos sistemas operativos que eles têm [Android e iOS]. Já temos as certificações e devem estar a lançá-la mais dia, menos dia. Mal a Google e a Apple disponibilizam as novas API, passamos a usar essa”, revela Rui Oliveira.

O INESC TEC está também a trabalhar com entidades estrangeiras para garantir que a aplicação que se encontra a desenvolver possa ser compatível com outras que sejam adotadas noutros países. Avançando, o conceito permitirá, no futuro, saber se houve proximidade com uma pessoa infetada mesmo durante uma deslocação ao estrangeiro.

Por razões naturais, se não houver apoio do Governo, não fará sentido lançar a aplicação.

Rui Oliveira

Administrador do INESC TEC

Aplicação lançada no fim de maio. Mas só se o Governo a quiser

Nesta fase, a intenção do INESC TEC é a de disponibilizar a STAYAWAY ao público no final de maio, eventualmente com outro nome. Mas há uma condicionante: tudo depende da vontade do Governo e das autoridades de saúde.

Sem o alto patrocínio das entidades oficiais, os investigadores do INESC TEC prometem não disponibilizar esta aplicação. “Por razões naturais, se não houver apoio do Governo, não fará sentido lançar a aplicação. Porque, não havendo apoio do Governo, deverá, julgo eu, significar que as autoridades de saúde não se juntam ao projeto”, confessa Rui Oliveira.

Essa condicionante existe, desde logo, porque a aplicação, para funcionar, precisa que as autoridades de saúde aceitem gerar e fornecer um código às pessoas diagnosticadas com Covid-19 junto com os resultados dos testes de diagnóstico que sejam positivos. Por isso, “sem as autoridades de saúde, isto não pode existir”, reconhece o administrador do INESC TEC.

Ainda assim, Rui Oliveira diz ter bons sinais de que o Governo está a estudar adotar uma solução deste tipo. A instituição científica tem mantido contactos próximos com o ministério da tutela e o protótipo já foi apresentado a vários ministros, ao Presidente da República, aos parceiros sociais e a representantes dos partidos com assento parlamentar. Perante estas perspetivas, o administrador conclui: “Não quero, com isto, dizer que sei que [o Governo] vai apoiar ou deixar de apoiar. Mas tomei nota de que haverá vontade em considerar uma aplicação destas.”

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Empresas podem cortar salários mesmo sem pedido de lay-off aprovado

Pediu acesso ao lay-off em abril e ainda não recebeu resposta da Segurança Social? Pode pagar já apenas os dois terços do salário previstos neste regime. Apoio do Estado chega até 15 de maio.

Mesmo os empregadores que tenham pedido para aderir ao lay-off simplificado e ainda não tenham recebido resposta da Segurança Social podem aplicar já os cortes salariais previstos ao abrigo desse regime, bem como a isenção das contribuições sociais a cargo da empresa. Os advogados ouvidos pelo ECO explicam que a carta enviada aos trabalhadores a comunicar a adesão ao novo lay-off é suficiente para justificar essa redução do ordenado.

No pacote de medidas lançadas pelo Governo em resposta à pandemia de coronavírus, está incluída uma versão simplificada do lay-off destinada aos empregadores mais afetados pelo surto de Covid-19 e que permite suspender os contratos de trabalho ou reduzir a carga horária dos trabalhadores, que passam a receber, assim, pelo menos, dois terços da sua remuneração.

Esse valor é pago em 70% pela Segurança Social e em 30% pela empresa, no caso da suspensão do contrato; E no caso da redução horária, o Estado só comparticipa em 70% o valor necessário para que, em conjunto com a remuneração devida pelas horas mantidas, o trabalhador receba, no mínimo, os tais dois terços.

Em ambos os casos, tem de ser o empregador a adiantar a totalidade do valor (os dois terços da remuneração ou o equivalente às horas mantidas), transferindo a Segurança Social depois o montante que fica a cargo do Estado ao abrigo deste regime.

O formulário de acesso ao lay-off simplificado foi disponibilizado no final de março e, ao longo do mês de abril, mais de 90 mil empresas apresentaram pedidos nesse sentido à Segurança Social. Ainda não foi possível, contudo, dar resposta a todos esses empregadores, estando muitos deles agora a processar salários sem saberem se o Estado aprovará ou não o seu requerimento de adesão ao lay-off.

No entanto e mesmo sem esse “sim” da Segurança Social, as empresas podem aplicar, já nos ordenados referentes a abril, os cortes salariais previstos ao abrigo do regime em causa, isto é, podem pagar desde já só dois terços da remuneração aos trabalhadores cujos contratos foram suspensos ou a remuneração equivalente às horas mantidas (com o mínimo dos tais dois terços) aos trabalhadores abrangidos pela outra modalidade de lay-off.

“Não é preciso esperar pelo deferimento da Segurança Social. A carta entregue aos trabalhadores é suficiente“, garante o advogado André Pestana Nascimento. Por lei, um empregador que recorra ao lay-off tem de comunicar, “por escrito aos trabalhadores a decisão, indicando a duração previsível”. É a essa nota que o especialista ouvido pelo ECO se refere como suficiente para justificar os cortes salariais até 33%.

A advogada Madalena Caldeira acrescenta que essa mesma carta é também suficiente para o empregador ficar isento, de imediato, das contribuições sociais a seu cargo. Essa isenção está prevista ao abrigo do lay-off simplificado, cujas regras estão fixadas no decreto 10-G.

Se entretanto a Segurança Social negar acesso ao lay-off ao empregador, o trabalhador passa a ter direito ao pagamento do restante salário, embora não seja claro de que forma poderá pedi-lo. André Pestana Nascimento lembra que, no limite, é sempre possível recorrer aos tribunais ou à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

A ministra do Trabalho garantiu que até 5 de maio serão pagos os apoios a todos os empregadores cujos pedidos de lay-off entraram até 10 de abril e mereceram um “sim” da Segurança Social. Os pedidos que entraram nos restantes dias de abril deverão ser pagos até 15 de maio. Inicialmente, o Executivo tinha indicado o dia 28 de abril como data para todos os pagamentos, mas acabou por ser colocado em prática este novo calendário face ao grande volume de requerimentos.

De notar que dos 38 mil pedidos que foram analisados até ao final de abril, apenas 61% foram deferidos. Os restantes “voltaram para trás”, quer por falhas no preenchimento do requerimento (por exemplo, falta da indicação do IBAN) quer porque a situação contributiva do empregador não estava regularizada.

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Angolana Fortaleza Seguros lança proteção Covid-19

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2020

A seguradora angolana parceira do Banco Millennium Atlântico lança "Seguro Covid-19", com cobertura e capital para hospitalização e morte em internamento.

A Fortaleza, seguradora angolana parceira do Banco Millennium Atlântico, lançou o “Seguro Covid-19”. Com oferta de subscrição vigora até dia 4 de maio e a apólice é válida durante 60 dias após a subscrição, indica a informação no site da companhia. O produto foi concebido para apoiar os titulares e beneficiários, com cobertura e capital, para casos de hospitalização por doença do novo coronavírus e morte em internamento.

O “Seguro Covid-19” é dirigido a particulares e empresas, tendo idade limite de subscrição definida nos 59 anos. Com a iniciativa, a Fortaleza Seguros “reforça o seu compromisso com a comunidade, contribuindo para o bem-estar das famílias angolanas”, revela a imprensa local citando comunicado da companhia.

Na página da empresa são indicadas as exclusões profissionais, sendo que o seguro não é aplicável a médicos, profissionais de saúde, elementos de forças de proteção civil, segurança pública e defesa. Também ficam excluídas “as pessoas com pré-existência de covid-19”, detalha o folheto informativo do produto.

Além destas, o produto prevê outras exclusões parciais como, por exemplo, pessoas com doença crónica beneficiam de cobertura de internamento, mas ficam excluídas da cobertura em caso de morte.

A Fortaleza Seguros tem como parceiro o Banco Millennium Atlântico, participado pelo grupo Millennium_bcp. De acordo com estatísticas do regulador angolano de seguros (ARSEG) relativas a 2018, a Fortaleza era quinta maior do mercado local de seguros.

Angola é o segundo país com menos casos covid-19 na comunidade CPLP

O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu para 1.191 num intervalo de 24 horas, com mais de 24 mil casos registados em 52 países, indicou o Jornal de Angola.

Entre países africanos de língua oficial portuguesa (Palop), Cabo Verde lidera em número de infeções, com 68 casos e uma morte. A Guiné-Bissau contabiliza 50 pessoas contagiadas pela covid-19, Moçambique cerca de 40 casos e São Tomé e Príncipe três, “Seguro Covid-19”

No entanto, dados atualizados a 2 de maio, na revelam que, de um total próximo dos 32,9 milhões de habitantes, apontavam-se cerca de 1 150 pessoas já testadas em Angola. O registo atualizado indica 35 casos covid-19 positivos, duas mortes, onze recuperados e 22 internados.

Com base em dados do mesmo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (Africa CDC), para o período entre 21 e 22 de abril, os órgãos de comunicação locais adiantam que o número de mortes registadas em África subiu de 1.158, para 1.191 enquanto o universo de infetados progrediu 23.505 para 24.686. Deste total de casos positivos, 6.425 já são dados como recuperados.

O norte de África seguia como a região mais atingida, com 10.469 casos, 841 mortes e 2.602 pessoas recuperadas, refere as fontes detalhando que a África Austral contabiliza 70 mortes, em 3.711 casos, e 1.121 doentes recuperados. Na África Ocidental, há registo de 5.774 contágios, 147 mortes e 1.613 doentes recuperados.

O Estado de Emergência em Angola foi inicialmente declarado a 27 de março por quinze dias e, entretanto, renovado por igual período até 25 de abril.

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China: prémios de seguro disparam 83% em março

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2020

Janeiro foi o mais forte em volume, com 118 mil milhões de euros em prémios. Fevereiro, primeiro mês inteiro de confinamento na China, foi o mais fraco do primeiro trimestre.

Globalmente, as seguradoras chinesas reuniram cerca de 217 mil milhões de euros em prémios no primeiro trimestre de 2020 (1ºT), revelam dados do regulador local citados na imprensa. Os 1,67 biliões de yuan que a China Banking and Insurance Regulatory Commission (CBIRC) compila para o trimestre traduzem incremento de 2,3% face ao volume agregado de prémios de seguro em período homólogo de 2019.

O ramo P&C (sigla internacional para património e acidentes) mostrou-se praticamente estagnado, com variação de apenas 0,3% e a juntar o equivalente a 38,5 mil milhões de euros em prémios nos primeiros três meses deste ano. Por seu lado, o ramo vida apresentou crescimento de 2,73% para 1,37 biliões de yuan (177,9 mil milhões de euros).

Considerada o epicentro de origem da pandemia, a cidade de Wuhan, na província de Hubei, região central da China, inaugurou o calendário global de isolamento sanitário a 23 de janeiro, tendo iniciado o relaxamento das medidas de confinamento social 76 dias depois, a 8 de abril. Ao longo deste último mês, as restantes regiões da China sucederam no relaxamento das medidas de isolamento que haviam sido impostas para travar a propagação da Covid-19 (SARS-CoV-2).

Só em março, período em que a Organização Mundial de Saúde declarou a Covid-19 como pandemia, as seguradoras do mercado chinês registaram aumento mensal de 83,4% angariando 492,7 mil milhões de yuans (64 mil milhões de euros) em prémios. Porém, esta subida assinalável não resulta apenas do efeito de antecipação do fim do confinamento, mas sobretudo porque compara com a fragilidade notada em fevereiro em todo o sistema financeiro. De resto, os dados disponíveis não permitem comparar março do ano corrente com igual mês de 2019.

Em janeiro, o conjunto das seguradoras chinesas realizaram 908,1 mil milhões de yuan (118 mil milhões de euros), mais 6,8% face ao volume de prémios de igual mês um ano antes. No entanto, o crescimento mais lento da atividade (face subida de 24% observada em janeiro de 2019) é justificado pelo efeito do alastramento do surto infeccioso a outras cidades da China e pela coincidência do período festivo de transição do Ano Lunar.

Por outro lado, como referido, a forte subida sequencial de fevereiro para março é explicada pela quebra em consequência da crise da Covid-19, mais sentida em fevereiro, notam as fontes.

No total, as receitas de prémios de seguros caíram 14,4% no segundo mês de 2020, face a fevereiro do ano anterior, para 286,7 mil milhões de yuan (cerca de 37,2 mil milhões de euros), revela a estatística chinesa.

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Willis Towers Watson cresce em faturação e lucros no 1ºT

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2020

A pandemia não teve impacto material nas contas do trimestre, mas face à evolução “difícil de prever”, a covid-19 pode afetar o resto do ano, assume a WTW.

A Willis Towers Watson (WTW) encerrou o primeiro trimestre (1ºT) de 2020 com a receita consolidada a crescer 6,7%, enquanto o resultado operacional progrediu a dois dígitos na comparação com igual período de 2019.

O grupo global de corretagem em seguros, consultoria de risco e capital e gestão de pessoas consolidou receitas de 2,47 mil milhões de dólares (cerca de 2,27 mil milhões de euros), refletindo expansão orgânica de 4% (ajustando a evolução às variações de câmbio, o negócio cresceu em torno de 7%).

Notando que o primeiro trimestre do exercício é normalmente forte em termos de resultados operacionais por refletir renovações contratuais em algumas das linhas de negócio, a WTW aponta 313 milhões de dólares (287,2 milhões de euros) de lucro líquido (ganhos depois de depreciações, amortizações e juros), um resultado financeiro 6,8% superior ao consolidado um ano antes. Considerando perto de 9 milhões de dólares de gastos associados a procedimentos da combinação com a Aon Plc, anunciada recentemente e em curso, o lucro líquido atribuível encolhe para menos de 305 milhões, indica o comunicado.

O lucro operacional depois de impostos (ebit) alcançou 360 milhões de dólares, equivalendo a cerca da 15% da receita, enquanto o resultado bruto (ebitda ajustado) situou-se em 680 milhões (+13% face ao homólogo), com margem a rondar os 28%.

Por segmentos de negócio, a área de gestão de capital humano (e benefícios que as empresas asseguram a colaboradores) constituiu a maior fonte de receita no trimestre (850 milhões de dólares, ou mais 3% face a período homólogo do ano anterior), seguindo-se a atividade de corretagem e consultoria de risco empresarial (739 milhões, em progressão de 4%) e, em terceiro, os serviços de consultoria em investimento, resseguro e gestão de risco (615 milhões de dólares, a crescer os mesmos 4%).

Na perspetiva da gestão operacional, os negócios “investimento, resseguro e risco” geram a maior fatia (277 milhões de lucro e margem de 45% sobre a receita), seguindo-se a área “capital humano e benefícios”, com lucro operacional de 213 milhões e margem operacional de 25%.

Abordando os riscos e incertezas da pandemia, a WTW assume que sua posição comercial e financeira “dependerá de evolução futura, difícil de prever, incluindo a gravidade e o âmbito do surto da Covid-19, bem como os tipos de medidas impostas pelas autoridades governamentais para conter o vírus ou abordar o seu impacto e a duração dessas ações e medidas.”

A pandemia “não teve um impacto negativo material nos nossos resultados financeiros no primeiro trimestre do ano fiscal de 2020”, contudo, a companhia admite que o efeito da crise na atividade económica em geral “pode ter um impacto negativo nas receitas e resultados operacionais para o resto de 2020.”

Covid-19 já penaliza capital de resseguro

Poucos dias antes de anunciar os seus resultados trimestrais, a WTW, através da subsidiária Willis Re divulgou um relatório bianual em que a corretora analisa as relações entre capital global de resseguro, mercados de investimento e a variável rentabilidade.

De acordo com o Reinsurance Market Report, o capital global dedicado à indústria de resseguro ascendeu a 605 mil milhões de dólares no final de 2019, apontando um crescimento robusto de 15% face ao ano anterior.

O estudo que recolheu dados de 18 resseguradoras globais avança que a progressão foi sustentada sobretudo pelo retorno das apostas de investimento, apesar de uma contração estimada em 3% no designado capital alternativo. Este segmento, que engloba títulos ligados a seguros (Insurance-Linked Securities), tais como obrigações de catástrofes (cat bonds) e resseguros garantidos, registou declínio de 3%, para 91 mil milhões de dólares, segundo resulta da amostra que constitui a base do estudo.

Além da nota sobre o comportamento do capital alternativo, o relatório analisa a rentabilidade dos investimentos ao longo dos últimos três anos e conclui que a geração de capital nem sempre está ligada ao bom desempenho na atividade de subscrição.

Citado no comunicado que sintetiza os dados do relatório, James Kent, CEO da Willis Re adianta: “Esta análise demonstra como a base global de capital de resseguro é sensível aos mercados de investimento. Felizmente, o forte crescimento do capital em 2019, graças a estratégias de investimento criteriosas por parte de muitas empresas, colocou o setor em boa posição para resistir ao atual ambiente de volatilidade”.

No entanto, o relatório admite que a expansão do capital ressegurador em 2019 pode já ter sido anulada com arranque trágico de 2020. As fortes perturbações nos mercados de financeiros, em março e abril, devido ao choque da pandemia, tiveram impacto na base de capital dedicado ao resseguro, resultando em oscilações que variaram entre -5% e -20%, estima a instituição. Neste contexto, o RoE (Return on equity, ou rentabilidade dos capitais próprios) do investimento também arrisca cair para nível inferior ao do custo do capital de resseguro.

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Seguros franceses adotam solução IA contra fraudes no ramo automóvel

  • ECO Seguros
  • 3 Maio 2020

A solução tecnológica certificada permite detetar com precisão suspeitas de fraude nas participações de sinistro automóvel.

Em resultado de uma parceria a estabelecida entre a Shift Technology e a Agência Antifraude de Seguros (ALFA), as seguradoras francesas passam a dispor da “Force”, a solução baseada em inteligência artificial (IA) que permite identificar melhor e com mais precisão atividades suspeitas que penalizam numerosas seguradoras.

A ALFA é uma filial da Federação Francesa de Seguros (FFA) e foi especificamente criada para ajudar seguradoras filiadas a avançar na luta contra a fraude em matéria de seguros. Graças à parceria que cumpriu critérios de seleção e um processo de certificação, os membros da ALFA que operam no ramo automóvel estão agora mais aptos a identificar e reduzir a fraude cometida por redes organizadas, tais como acidentes encenados, danos prévios aos sinistros participados, ou lesões de terceiros não relacionados com os acidentes.

Comentando a adoção do recurso tecnológico no ramo automóvel, Maxence Bizien, diretor da agência antifraude nos seguros, comenta: “Em resultado da parceria com a Shift, a ALFA criou uma ferramenta única para o setor dos seguros. A possibilidade de identificar rápida e eficazmente as redes de fraude organizada que afetam várias companhias de seguros mudará a forma como as companhias abordam coletivamente a fraude, beneficiando em última análise os tomadores de seguros honestos”, conclui.

A Shift, tecnológica criada em 2014, é especialista em soluções de precisão baseadas em inteligência artificial (IA) para automação na gestão de sinistros, mas também para deteção de fraudes em diversos ramos da atividade seguradora. As soluções da tecnológica francesa já filtraram mais de 1 000 milhões de participações de sinistros em diversos ramos como património e danos, habitação e viagens.

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