Techstars e Semapa Next apresentam startups aceleradas a 200 investidores internacionais

As dez participantes na 2.ª edição do programa de aceleração internacionais vão apresentar os seus projetos a mais de duas centenas de investidores internacionais.

Mais de 200 investidores internacionais vão assistir, online, ao demo day da segunda edição do programa de aceleração que junta a Techstars e a Semana Next.

Esta quinta-feira, dez startups de Portugal, Estados Unidos, Austrália, Israel e França apresentam-se ao painel de investidores internacionais e contam os passos do projeto que estiveram a desenvolver ao longo dos últimos meses, procurando financiamento para as respetivas startups.

Pela primeira vez e, devido à pandemia, o programa a decorrer em Lisboa foi conduzido através de sessões online e os pitches das startups não serão exceção: todo o demo day será virtual.

"Aproveitámos para explorar a oportunidade do formato virtual para reforçar o programa com conteúdos adicionais sobre gestão de crise, adaptação estratégia e gestão de tesouraria durante crises económicas.”

Hugo Augusto

Managing director da Techstars Lisbon

Depois do arranque em março, o programa teve de se adaptar ao contexto de pandemia da Covid-19: a aceleração decorreu, assim, virtualmente, um modelo que a Techstars já tem há anos. “A experiência de vários anos da Techstars, através do seu programa virtual Techstars Anywhere, permitiu ajustar a programação rapidamente com o mínimo de disrupção. (…) aproveitámos para explorar a oportunidade do formato virtual para reforçar o programa com conteúdos adicionais sobre gestão de crise, adaptação estratégia e gestão de tesouraria durante crises económicas. Também adicionámos sessões com mentores que viveram as crises de Internet em 2000, ataque de 11 de setembro em 2001 e crise financeira de 2008 para partilharem os fatores críticos para se sobreviver com sucesso em situações similares”, detalha Hugo Augusto, managing director da Techstars Lisbon, citado em comunicado.

Acelerar o crescimento das suas startups a partir de Portugal foi uma decisão estratégica para estes empreendedores. Só dos Estados Unidos, onde existem tech hubs muito maduros, tivemos quatro startups participantes, o que é demonstrativo da qualidade do ecossistema empreendedor em Portugal, e em particular, em Lisboa”, refere o responsável.

Com participantes das áreas de tecnologia industrial, transportes, viagens, e sustentabilidade, nesta edição do programa de aceleração participaram, além dos projetos internacionais, as portuguesas Rnters, EmotAi e Secret City Trails.

Para Ricardo Pires, CEO da Semapa Next, o balanço da segunda edição do programa de aceleração de 12 semanas é “extremamente positivo”. “Selecionámos 10 startups entre centenas de candidaturas, e desenvolveu-se um trabalho intenso nestes últimos meses para o qual estamos orgulhosos de termos contribuído. (…) A ambição global que move estas equipas no desenvolvimento de soluções que produzem impacto positivo na sociedade nos mais diversos setores de atividade deixa-nos orgulhosos e motivados para continuar a apoiar e promover o seu crescimento”, sublinha o responsável.

A Semapa Next já apoiou cada uma das startups aceleradas com 120 mil dólares.

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Instituto alemão prevê uma queda de 6,6% no PIB em 2020

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

As novas previsões do instituto económico alemão Ifo apontam para uma queda de 6,6% no PIB, que supõe uma contração maior do que a registada do que em 2009.

O instituto económico alemão Ifo prevê para este ano uma queda do produto interno bruto (PIB) de 6,6%, o que supõe uma contração maior do que a registada em 2009 (5,7%), quando ocorreu a crise financeira global.

As novas previsões são uma atualização das apresentadas na primavera e divulgadas por este instituto, com sede em Munique.

As primeiras previsões apontavam para uma contração de 6,2%, como consequência dos efeitos da pandemia na economia alemã.

No entanto, o Instituto considera que em 2021 já haverá uma expansão, prevendo-se um crescimento de 10,2%.

De acordo com o instituto, se os efeitos da pandemia persistirem por apenas cinco meses, a contração será de 3,9%. Contudo, se levar mais de um ano para normalizar a situação, a queda do PIB poderá chegar a 9,3% este ano.

A previsão de primavera do governo alemão, divulgada no final de abril, colocava a queda do PIB este ano em 6,3%.

Esta estimativa até superou a apresentada anteriormente pelos principais institutos económicos, que calcularam queda de 4,2%.

A Alemanha evitou a recessão em 2019, aumentando seu PIB em 0,6%, após avançar 1,5% em 2018 e 2,5% em 2017.

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📹 Pagamentos por conta: o que são e o que pode mudar no IRC

O Governo pode vir a suspender os pagamentos por conta (PPC) este ano devido à pandemia. Luís Leon, partner da Deloitte, explica porque é que a medida é importante para as empresas.

http://videos.sapo.pt/taoMfN4zcccPwtIvpdVO

A suspensão dos pagamentos por conta (PPC) em 2020 é uma das medidas que o Governo está a ponderar para ajudar as empresas a enfrentarem a pandemia. Com poucas perspetivas de lucros este ano, muitas acabarão por não ter de pagar IRC, apesar de, nos termos da lei em vigor, terem de ir adiantando uma percentagem do imposto ao Estado em três momentos ao longo do ano.

Mas o que são os pagamentos por conta? Qual o seu racional? E como é que a sua suspensão pode ajudar as empresas a superarem esta crise? O fiscalista Luís Leon, partner da Deloitte, explica que, sem a suspensão dos PPC este ano, este tipo de imposto não passará de “um empréstimo ao Estado”. Eventualmente, o Estado acabará por ter de o devolver no verão de 2021. É algo que “faz pouco sentido” num ano em que a tesouraria das empresas já está a ser castigada pela paralisação da economia, diz.

“Se o ano de 2020 for de tal modo desastroso, em que uma empresa não tenha qualquer lucro, não vai pagar imposto. Ora, se não tem de pagar imposto, faz pouco sentido que tenha que emprestar dinheiro ao Estado via pagamentos por conta nos dois primeiros, em julho e em setembro, e depois ficar à espera para receber o reembolso no verão do próximo ano, quando, fruto da pandemia que estamos a viver, é neste momento que as empresas têm um problema de tesouraria”, afirma Luís Leon em conversa com o ECO.

Os últimos dados disponíveis, referentes a 2018, apontam para que os pagamentos por conta rendam aos cofres do Estado quase quatro mil milhões de euros em impostos adiantados. É um valor que, com a suspensão dos PPC em 2020 que está a ser avaliada pelo Executivo, libertará um montante semelhante para ajudar a tesouraria do tecido empresarial nacional.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 28 Maio 2020

Retoma da produção do Boeing 737 Max, fecho da fábrica da Nissan em Barcelona, disparo dos negócios das gigantes tecnológicas e aprovação da lei de segurança de Hong Kong em destaque.

A Boeing decidiu retomar a produção do 737 Max, parado em terra desde março de 2019, mas as notícias em torno dos efeitos da pandemia continuam a marcar a imprensa internacional. A Nissan reportou uma quebra acentuada nas vendas de abril a nível global e anunciou que vai fechar a fábrica de Barcelona. Já a Glaxosmith anunciou que vai produzir mil milhões de doses de adjuvante para ajudar na vacinação contra o Covid-19. Enquanto a pandemia prossegue, as gigantes tecnológicas aproveitam para avançar com negócios de M&A. Na China, o arranque do dia é marcado pela aprovação da lei de segurança nacional de Hong Kong.

CNBC

Boeing retoma produção do 737 Max impedido de voar há mais de um ano

A fabricante aeronáutica Boeing anunciou ter reiniciado a produção do 737 Max, um modelo de avião comercial que está impedido de voar desde março de 2019, após dois acidentes que mataram 346 pessoas. “O programa 737 reiniciou a montagem de aeronaves a um ritmo lento, implementando mais de uma dúzia de iniciativas que visam melhorar a segurança no local de trabalho e a qualidade do produto”, adiantou a multinacional norte-americana, sem revelar a data em que a aeronave vai retomar os voos comerciais.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

El País

Nissan com quebra de 41,6% nas vendas globais. Fecha fábrica em Barcelona

As vendas globais da Nissan Motor caíram 41,6% em abril, em relação a igual período do ano passado, e nos primeiros quatro meses do ano acumula uma redução de 31,1%, anunciou esta quinta-feira a construtora. O contexto difícil devido à pandemia levou a fabricante automóvel a anunciar ao Governo espanhol que vai fechar a fábrica de Barcelona, mandando mais de 3.000 funcionários para o desemprego.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

GlaxoSmith vai produzir mil milhões de doses de adjuvante para vacina do Covid

A farmacêutica GlaxoSmithKline confirmou o plano de produzir mil milhões de doses de um sistema adjuvante para a vacina pandémica, e apoiar a imunização contra o Covid-19 em 2021. O adjuvante pode reduzir a quantidade de vacina necessária por dose, permitindo que mais pessoas sejam imunizadas e criar imunidade mais duradoura, disse a farmacêutica em comunicado. Adianta ainda que irá avançar com essa produção em várias localizações do mundo: Europa, EUA e Canadá.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

Tecnológicas reforçam aposta no M&A apesar de escrutínio político

As gigantes da tecnologia estão numa euforia no que respeita ao mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla inglesa), acumulando aquisições e investimentos estratégicos, apesar do crescente escrutínio regulatório durante a turbulência do mercado liderada por coronavírus. A Alphabet, Amazon, Apple, Facebook e Microsoft anunciaram 19 negócios este ano, de acordo com dados do Refinitiv, representando o ritmo mais rápido de aquisições até esta data desde 2015.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Parlamento chinês aprova lei de segurança nacional de Hong Kong

A Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, aprovou esta quinta-feira, por maioria, a controversa proposta de lei de segurança nacional de Hong Kong, que provocou nova onda de protestos naquela região. O projeto de lei foi aprovado durante o encerramento da sessão anual do legislativo chinês, cujos cerca de 3.000 delegados são na maioria membros do Partido Comunista da China (PCC), partido único do poder no país asiático.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Parlamento chinês aprova lei de segurança nacional de Hong Kong

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

A Assembleia Popular Nacional aprovou, por maioria, a controversa proposta de lei de segurança nacional de Hong Kong, que provocou nova onda de protestos na região semiautónoma.

A Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, aprovou esta quinta-feira, por maioria, a controversa proposta de lei de segurança nacional de Hong Kong, que provocou nova onda de protestos na região semiautónoma.

O projeto de lei foi aprovado durante o encerramento da sessão anual do legislativo chinês, cujos cerca de 3.000 delegados são na maioria membros do Partido Comunista da China (PCC), partido único do poder no país asiático.

O texto fica nas mãos de um Comité jurídico da APN, que ficará encarregado de escrever uma versão final que deverá ser ratificada pelo Comité Permanente do órgão legislativo.

A China procura assim incluir a “lei de segurança nacional de Hong Kong” no terceiro anexo da Lei Básica, a miniconstituição de Hong Kong, em vez de enviá-la para revisão no Conselho Legislativo da região semiautónoma, dada a oposição maciça que provavelmente encontraria.

A proposta recebeu 2.878 votos a favor, um contra e seis abstenções.

A lei proíbe “qualquer ato de traição, separação, rebelião, subversão contra o Governo Popular Central, roubo de segredos de estado, a organização de atividades em Hong Kong por parte de organizações políticas estrangeiras e o estabelecimento de laços com organizações políticas estrangeiras por parte de organizações políticas de Hong Kong”.

Entre os sete artigos propostos por Pequim, está uma disposição para um mecanismo legal que permite ao Comité Permanente da APN articular legislação que vise prevenir e punir uma série de suposições, incluindo “subversão contra o poder do Estado”.

O artigo 23 da Lei Básica estipula que a cidade avance com legislação nesse sentido, mas isso revelou-se difícil, face à resistência da população de Hong Kong, que teme uma redução das suas liberdades.

Na China continental, os tribunais recorrem frequentemente à lei de segurança nacional, incluindo acusações como “separatismo” ou “subversão do poder do Estado”, para prender dissidentes ou ativistas, que desafiam o domínio do Partido Comunista Chinês.

Com a legislação aprovada pela APN, o regime chinês está efetivamente a contornar o Governo de Hong Kong, minando a relativa autonomia concedida ao território, uma das maiores praças financeiras do planeta, e essencial no fluxo de capitais e investimento entre a China e o resto do mundo.

A forma como o projeto de lei foi promulgado levou Washington a anunciar que não tratará mais Hong Kong como tendo autonomia face a Pequim.

Ativistas em Hong Kong reclamaram que a lei minará as liberdades civis e pode ser usada para suprimir a atividade política.

Hong Kong é há um ano palco de manifestações, iniciadas em protesto contra uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

O Governo de Hong Kong acabou por retirar a proposta, cedendo a uma das exigências dos manifestante, mas a decisão não foi suficiente para travar os protestos antigovernamentais em prol de reformas democráticas e contra a alegada crescente interferência de Pequim no território.

No ano passado, o Governo chinês acusou repetidamente Washington de fomentar os protestos, sem avançar com evidências.

A Declaração sino-britânica de 1984, que serviu para acordar a retrocessão de Hong Kong do Reino Unido para a China, em 1997, estabeleceu a manutenção por 50 anos, a partir da data de transferência, de uma série de liberdades inexistentes na China continental.

Tóquio pede ao regime chinês para manter sistema “livre e aberto” de Hong Kong

Na sequência da aprovação da proposta de lei de segurança nacional de Hong Kong, o Governo do Japão pediu esta quinta-feira que Pequim mantenha um sistema “livre e aberto” em Hong Kong.

O Executivo japonês, através de um comunicado, afirma “estar seriamente preocupado” com a decisão do poder legislativo de Pequim e pediu que o “desenvolvimento democrático e estável” de Hong Kong se mantenha sob o princípio de “Um País dois Sistemas”.

O Japão vai comunicar a posição ao executivo de Pequim e afirma que vai cooperar com outros países para responder à situação “de forma apropriada”. Para os democratas da Região Administrativa Especial de Hong Kong a nova legislação vai atingir a autonomia da antiga colónia britânica assim como afeta “os direitos, liberdades e garantias” estabelecido em 1997 depois das negociações com Londres.

(Notícia atualizada com a reação de Tóquio às 10h49)

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Comissão encoraja Estados-membros a apresentar planos para Mecanismo de Recuperação e Resiliência em outubro ou abril

Este instrumento, no valor de 560 mil milhões de euros, é de adesão voluntária e contempla subvenções e empréstimos.

Os Estados-membros poderão apresentar os planos para o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que faz parte do pacote apresentado pela Comissão Europeia de resposta à crise pandémica, em outubro ou em abril. Este instrumento, no valor de 560 mil milhões de euros, contempla subvenções e empréstimos que serão atribuído dando prioridade às “maiores necessidades” e aos países mais afetados.

Os planos poderão ser submetidos a Bruxelas em abril, com o Programa Nacional de Reformas, mas também podem enviar a proposta com esboço da proposta de Orçamento do Estado, em outubro, opção que é inclusivamente “encorajada”, explicou o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em conferência de imprensa.

A Comissão Europeia irá depois avaliar e acordar os planos, num “processo cooperativo”. As propostas serão avaliadas tendo em conta os desafios e recomendações do semestre europeu, mas também outros aspetos, nomeadamente se contribuem para reforçar resiliência e coesão e se contêm medidas que contribuem para a transição verde e digital.

“Este apoio estará disponível para todos os Estados-membros, mas iremo-nos concentrar nos países mais afetados e onde as necessidades são maiores”, frisou o responsável, indicando que o objetivo é “evitar que as disparidades existentes entre países, regiões ou pessoas se agravem ainda mais”.

Os países terão de esboçar os planos e propor que reformas e projetos de investimento pretendem levar a cabo. Mas também devem propor marcos para a sua implementação, aos quais o financiamento está condicionado. À medida que os objetivos e metas forem sendo cumpridos, o dinheiro será pago, em tranches “ao longo do progresso”. O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, sublinha que este mecanismo é voluntário.

Gentiloni assegurou também que “isto não é um programa de ajustamento com um nome diferente”. Neste instrumento, 250 mil milhões de euros são distribuídos em empréstimos e 310 mil milhões de euros através de subvenções (a fundo perdido) para os Estados-membros. Além dos investimentos necessários para a transição verde e digital, este dinheiro poderá também ser utilizado para resolver os desafios sociais resultantes da crise pandémica como o desemprego, a educação, a investigação e inovação, a área da saúde, a administração pública, o ambiente de negócios e o setor financeiro.

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Confiança dos consumidores portugueses recupera com desconfinamento. Tem maior subida mensal de sempre

Confiança dos consumidores registou o maior aumento da série, após ter apresentado em abril a maior redução face ao mês anterior e o valor mínimo desde maio de 2013. Continua em terreno negativo.

Com o início do desconfinamento, os consumidores começaram a recuperar a confiança. Em maio, o indicador da confiança dos consumidores registou o maior aumento da série, após ter apresentado em abril a maior redução face ao mês anterior e o valor mínimo desde maio de 2013, revela esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, o índice continua em terreno negativo (-32,1 em maio contra os -41,6 de abril).

“Em maio, o indicador de confiança dos consumidores recuperou parcialmente, registando o maior aumento da série, após ter apresentado em abril a maior redução face ao mês anterior e o valor mínimo desde maio de 2013″, esclarece o gabinete de estatísticas. E o que explica esta recuperação? A resposta está na inversão das expectativas relativas à evolução da economia nacional e pessoal.

“O aumento do indicador de confiança dos consumidores em maio resultou das recuperações das perspetivas relativas à evolução da situação económica do país, da condição financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes, após as diminuições históricas observadas no mês anterior”, explica o INE, acrescentando que, “em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar contribuíram negativamente para a evolução do indicador“.

O inquérito aos consumidores foi realizado entre 3 a 15 de maio, datas que marcam o início do período de desconfinamento em Portugal, cuja primeira fase arrancou a 4 de maio e prolongou-se até dia 17. O INE admite ser “possível que tal tenha contribuído para a alteração de sentimento que se verificou em alguns dos inquéritos”. “Neste contexto, para evidenciar alterações de muito curto prazo, a análise aqui efetuada baseia-se exclusivamente nos valores efetivos mensais (dados brutos ou corrigidos de sazonalidade)”, esclarece.

À exceção das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar, a melhoria das expectativas dos consumidores foi transversal aos vários aspectos do inquérito: do confinamento para o desconfinamento, os portugueses passaram a estar mais otimistas com a situação económica do país, a situação futura do agregado familiar, a poupança, a realização de compras importantes e a evolução do desemprego. Apesar da melhoria, as expectativas continuam a ser marcadamente negativas.

Clima económico também recupera, mas ligeiramente

À semelhança do indicador de confiança dos consumidores, também o clima económico, que mede o pulso às expectativas dos empresários, recuperou ainda que de forma ténue. “O indicador de clima económico apresentou um ligeiro aumento em maio após ter atingindo o valor mínimo da série no mês anterior“, escreve o INE.

A recuperação foi “moderada” no setor da construção e obras públicas assim como no comércio. Contudo, na indústria transformadora e nos serviços, o indicador de confiança voltou a cair, “prolongando as quedas abruptas registadas em abril e atingindo novos mínimos”.

“Nos serviços, destacaram-se as secções de ‘alojamento, restauração e similares’ e de ‘atividades artísticas, de espetáculo, desportivas e recreativas’ que apresentaram os valores mais baixos dos respetivos indicadores de confiança”, esclarece ainda o gabinete de estatísticas.

Sentimento económico mostra os “primeiros sinais de recuperação”

O sentimento económico europeu “mostrou os primeiros sinais de recuperação” em maio, após as fortes quedas registadas em março e em abril. O indicador do sentimento económico divulgado esta quinta-feira pela Comissão Europeia aumentou 2,6 pontos para os 67,5 pontos na Zona Euro e subiu 2,9 pontos para os 66,7 pontos na União Europeia.

Uma das componentes que mais ajudou foi o indicador das expectativas de emprego que aumentou 11,3 pontos para os 70,2 pontos na Zona Euro, apesar de continuar em níveis historicamente baixos.

Na Zona Euro, a recuperação do sentimento económico resultou também da melhoria da confiança nos consumidores e na indústria que “neutralizou cerca de um quinto da queda combinada de março e abril“, explica a Comissão Europeia.

Porém, tal como em Portugal, a confiança dos consumidores continuou em tendência negativo, apesar de ter desacelerado o ritmo da queda. Por países, a maior subida do sentimento económico registou-se na Holanda e Alemanha, seguindo-se Espanha.

(Notícia atualizada às 10h40 com mais informação)

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Subsídio de desemprego sobe em abril para o valor mais alto em 15 anos

  • ECO
  • 28 Maio 2020

O valor médio mensal do subsídio de desemprego subiu para os 514,4 euros em abril, numa altura em que se verifica um aumento no número de desempregados.

O valor médio mensal do subsídio de desemprego atingiu os 514,4 euros em abril, o mais elevado em, pelo menos, 15 anos, avança o Expresso (acesso pago). Este é o número mais alto da série de dados mensais da Segurança Social que está disponível e que teve início em 2005.

A série revela que foi durante os anos da troika que se tinham registaram os valores médios mensais mais altos de apoio aos desempregados, em 2011 e 2013. Os dados relativos a abril deste ano, que incluem todas as prestações sociais de desemprego, tinham sido divulgados na semana passada, mas foram agora corrigidos, devido a um erro no ficheiro, adiantou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O valor médio destas prestações sociais situa-se apenas 120,6 euros abaixo do valor do salário mínimo (635 euros mensais). Este valor é registado numa altura em que se verifica um aumento no número de desempregados, situação decorrente da pandemia que teve um impacto negativo em muitas empresas e negócios.

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EasyJet anuncia redução de 4.500 postos de trabalho

  • Lusa e ECO
  • 28 Maio 2020

A companhia aérea low cost reduz em 30% o número de trabalhadores e junta-se assim aos seus concorrentes British Airways, Ryanair ou Virgin Atlantic, que anunciaram recentemente cortes de empregos.

A companhia aérea britânica EasyJet anunciou esta quinta-feira a redução de 4.500 postos de trabalho, quase um terço dos seus efetivos, para lidar com o choque da pandemia de Covid-19.

“A EasyJet lançará em breve um processo de consulta de funcionários com propostas para reduzir o número de trabalhadores até 30%, refletindo a frota reduzida, a otimização da rede e bases, para aumentar a produtividade e promover maneiras eficientes de trabalhar”, disse um porta-voz da empresa, citado pela AFP

Com este anúncio, a empresa junta-se assim aos seus concorrentes British Airways, Ryanair ou Virgin Atlantic, que anunciaram recentemente cortes de empregos.

A EasyJet, cuja atividade está parada há semanas, diz que desta forma pretende preservar as suas finanças e adaptar-se ao tráfego aéreo mais fraco por um longo período.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Bolsa de Londres, a companhia aérea com sede no aeroporto de Luton, em Londres, indicou que terá uma frota menor e que o processo de consulta com os funcionários começará nos próximos dias. A empresa informou que tomará medidas “decisivas” para reduzir custos em vários setores de sua atividade, como nos aeroportos, manutenção e equipamentos comerciais.

“Percebemos que estes são tempos muito difíceis e precisamos de considerar decisões muito difíceis que terão impacto sobre as pessoas, mas queremos proteger o maior número possível de empregos a longo prazo”, disse o diretor executivo da empresa, Johan Lundgren. O responsável acrescentou que a companhia aérea está focada em fazer o que é melhor para o seu sucesso “a longo prazo”.

Percebemos que estes são tempos muito difíceis e precisamos de considerar decisões muito difíceis que terão impacto sobre as pessoas, mas queremos proteger o maior número possível de empregos a longo prazo.

Johan Lundgren

Diretor executivo da empresa

Johan Lundgren reiterou que a easyJet voltará a voar a 15 de junho, com um número reduzido de rotas, e que espera que a procura aumente pouco a pouco, mas estima que os níveis que a companhia aérea atingiu em 2019 só serão vistos novamente dentro de três anos.

Nesta situação, “estamos a planear reduzir o tamanho da nossa frota e otimizar a rede e as nossas bases“, acrescentou. A easyJet parou a sua frota de aeronaves em março passado, quando as fronteiras internacionais começaram a fechar para conter a pandemia de Covid-19.

(Notícia atualizada com mais informação às 9h27)

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Orey acredita na continuidade se plano de recuperação for aprovado e cumprido

  • Lusa
  • 28 Maio 2020

Se o plano de recuperação for aprovado pelos credores e homologado pelo tribunal, a atividade principal da Orey será a gestão e administração dos negócios associados ao transportes e logística.

O Conselho de Administração da Orey Antunes afirmou na quarta-feira, em comunicado ao mercado, que no cenário de aprovação e cumprimento do plano de recuperação da sociedade comercial, a “sustentabilidade e continuidade” estão asseguradas.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sociedade Comercial Orey Antunes (SCOA) informa ter depositado no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa o plano de recuperação.

“A versão final do Plano de Recuperação, depositado pela SCOA junto do tribunal no âmbito do PER [Processo Especial de Revitalização], tem por base uma proposta aos credores detentores de créditos não subordinados e créditos subordinados”, adianta o comunicado.

Segundo a Orey Antunes, “o plano de recuperação proposto considera que a sociedade é suscetível de recuperação, sendo esta, na perspetiva da sociedade, a solução que melhor tutela os interesses dos credores”.

Se o plano de recuperação for aprovado pelos credores e homologado pelo tribunal, a SCOA esclarece que a sua atividade principal será a gestão e administração dos negócios associados ao setor de transportes e logística, refere à CMVM.

“Tendo em consideração as perspetivas futuras, estima-se que as receitas da SCOA serão suficientes para assegurar as operações da sociedade e o reembolso da dívida reestruturada, de acordo com os termos a aprovar no PER. Assim, no cenário de aprovação e cumprimento do plano de recuperação, é expectativa do Conselho de Administração que a sustentabilidade e continuidade da SCOA se encontrarão asseguradas”, acrescenta.

O grupo opera em Portugal, Espanha, Angola e Moçambique, principalmente, segundo a informação que consta do sítio oficial na internet.

Em novembro do ano passado, a Orey Antunes requereu um PER e apontou a existência de créditos de 63,4 milhões de euros sobre a empresa, propondo um perdão de 90% a 95%, dependendo de negociação, e perdão de juros de 100%, relativamente aos perto de 37,451 milhões de euros de créditos comuns.

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Paula Amorim perde processo contra Novo Banco

  • ECO
  • 28 Maio 2020

Duas empresas do grupo Amorim reclamavam ao Novo Banco o pagamento de mais de 179 milhões de euros investidos, em papel comercial do Grupo Espírito Santo.

O grupo Amorim tinha avançado para tribunal para reclamar, ao Novo Banco, o pagamento de mais de 179 milhões de euros investidos, em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014. No entanto, o Supremo Tribunal de Justiça chumbou o recurso, confirmando o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, adianta o Correio da Manhã (acesso pago).

O investimento foi feito através de duas empresas do grupo Amorim sediadas na Holanda, a Oil Investments e a Topbreach. As empresas argumentavam que o Novo Banco “é responsável pelo pagamento peticionado [mais de 179 milhões de euros] pela violação dos deveres do BES enquanto intermediário financeiro, tendo-lhe essa responsabilidade sido transmitida”, segundo o acórdão.

No entanto, o Novo Banco contrapôs que “a alegada dívida do BES não foi para si transferida, sendo clara a posição do Banco de Portugal no sentido de fazer abranger nos passivos excluídos da transferência para o Novo Banco quaisquer posições passivas relacionadas com os instrumentos de dívida emitidos por empresas do Grupo GES.” O Novo Banco foi assim absolvido neste processo.

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Plano de apoio à TAP “terá critérios ambientais”, diz Matos Fernandes

  • ECO
  • 28 Maio 2020

O plano de apoio à companhia aérea “terá nos seus múltiplos critérios também critérios ambientais”, assegurou João Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática garante que o plano de apoio à TAP terá critérios ambientais, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago). Este plano não é ainda conhecido na sua totalidade, estando ainda a ser discutido entre o Governo e a administração da companhia aérea. O plano de apoio “terá nos seus múltiplos critérios também critérios ambientais”, assegurou João Matos Fernandes

Na mesma entrevista, o ministro defendeu que crê que as metas do Plano Nacional Energia e Clima são “absolutamente realistas”, apontando que o setor que está mais avançado é o eletroprodutor e “o que tem de dar o salto maior é o da agricultura”. Matos Fernandes adiantou ainda que poderá ser feito um leilão de energia solar de maior dimensão no próximo ano e que a queda no preço do petróleo pode acelerar o phasing out dos benefícios fiscais atribuídos aos combustíveis.

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