Produção na construção afunda 13,6% na Zona Euro no segundo trimestre

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Apesar da queda, houve uma melhoria mensal, com a produção na construção a recuperar em junho 4% na zona euro e 2,9% na UE face a maio de 2020.

A produção na construção recuou 13,6% na zona euro no segundo trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo de 2019, afundando também 10% face aos três primeiros meses do ano, anunciou esta quinta-feira o Eurostat.

Dados do gabinete de estatísticas comunitário revelam que, entre abril e junho de 2020, quando as medidas de contenção para a covid-19 entraram em vigor e começaram depois a ser aliviadas, ambos os segmentos da produção na construção – construção de edifícios e engenharia civil – foram afetados, caindo na zona euro respetivamente 14,2% e 10,5% na comparação homóloga e 10,4% e 7,9% na variação em cadeia.

No conjunto da União Europeia (UE), a produção na construção caiu, no segundo trimestre, 12% face ao mesmo período de 2019, devido às quedas na construção de edifícios (12,5%) e engenharia civil (9,4%).

Relativamente ao trimestre anterior, o primeiro deste ano, registou-se no segundo trimestre um decréscimo de 8,9% no total da produção na construção na UE, em resultado das diminuições na construção de edifícios (9,2%) e engenharia civil (8%).

Só atentando no mês de junho, marcado pelo abrandamento das medidas restritivas para a pandemia, a produção na construção caiu 5,9% na zona euro e 5,8% na UE face ao mesmo mês de 2019. Ainda assim, houve uma melhoria mensal, com a produção na construção a recuperar em junho 4% na zona euro e 2,9% na UE face a maio de 2020.

Entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos mensais de junho foram verificados em França (+12,0%), Hungria (+6,1%) e Bulgária (+4,7%), enquanto as maiores descidas se registaram na Eslovénia ( 7,1%), Suécia ( 6,6%) e Eslováquia ( 4,9%).

Já na comparação homóloga, os maiores decréscimos na produção na construção foram observados na Eslováquia (17,8%), Hungria (15,7%) e Eslovénia (15,3%), com os maiores aumentos a serem observados na Roménia (+6,9%), Alemanha (+1,4%), Finlândia (+1,2%) e Holanda (+0,8%).

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Escola Digital vai entregar 100 mil computadores às escolas

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Programa prevê a aquisição de computadores, conectividades e serviços para dotar as escolas públicas de meios necessários que permitam a alunos e professores utilizar recursos didáticos e educativos.

O programa Escola Digital, que prevê a distribuição de computadores por alunos e professores, vai disponibilizar na primeira fase 100 mil equipamentos, contou à Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).

“O diretor-geral da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) disse que, nesta primeira fase, o objetivo é entregar 100 mil equipamentos às escolas, sendo dada prioridade aos alunos mais carenciados“, revelou Jorge Ascenção, presidente da Confap.

Elementos da Confap estiveram na semana passada reunidos com responsáveis da DGEstE para debater várias questões sobre o próximo ano letivo, que começa entre 14 e 17 de setembro, sendo um dos temas o programa Escola Digital.

Em abril, o primeiro-ministro António Costa prometeu que durante o novo ano letivo estaria assegurada a universalidade de acesso em plataforma digital, rede e equipamento para todos os alunos do ensino básico e secundário”.

As escolas públicas têm cerca de 1,2 milhões de alunos que em março deixaram ter aulas presenciais devido à evolução da pandemia de Covid-19.

O ensino à distância veio revelar que havia uma percentagem de estudantes que estava desligada da escola, por falta de equipamentos ou de rede.

No mês passado, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou uma verba de 400 milhões de euros para o programa Escola Digital que prevê, entre outras medidas, a distribuição de equipamentos por alunos e docentes.

Na altura, Tiago Brandão Rodrigues explicou que o programa seria implementado de forma faseada e que seria dada prioridade aos alunos abrangidos por ação social escolar (ASE), até se conseguir chegar à universalidade da medida.

A Lusa contactou o gabinete do ministério da Educação, mas não obteve resposta até ao momento.

Segundo a Confap, será dada prioridade às situações de ASE, mas com a flexibilidade de acordo com as necessidades dos alunos, nomeadamente numa situação de confinamento.

As aulas vão começar com o regresso ao ensino presencial, mas em cima da mesa continua a hipótese de as escolas terem de avançar para o ensino misto ou mesmo à distância, dependendo estas medidas do eventual aparecimento de casos de infeção de covid-19 entre a comunidade escolar.

Os pais defendem que os equipamentos devem pertencer às escolas e estar disponíveis em caso de necessidade.

Em declarações recentes à Lusa, também os diretores escolares sugeriram que este programa deveria seguir um modelo semelhante ao da distribuição de manuais escolares: “São gratuitos mas a titulo de empréstimo”, resumiu Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

A Confap propõe ainda que as despesas com computadores e outros equipamentos imprescindíveis no processo educativo devam ser elegíveis em sede de IRS.

Em média, no ano letivo de 2018/2019 havia nas escolas um computador com ligação à internet para quase cinco alunos (4,9), segundo dados da Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) publicados em julho.

No entanto, tanto diretores escolares como pais têm alertado para o facto de se tratar de um parque informático envelhecido. Os dados da DGEEC indicam que 84% dos equipamentos têm mais de três anos.

O programa Escola Digital prevê a aquisição de computadores, conectividades e serviços para dotar as escolas públicas de meios necessários que permitam a alunos e professores aceder e utilizar recursos didáticos e educativos digitais.

Além da aquisição de computadores, o programa prevê também um plano para capacitação digital dos docentes.

O Escola Digital é um programa conjunto dos ministérios da Educação e da Economia e Transição Digital.

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Lojas passam a ter mais tempo para pagar rendas. Têm 24 meses

Revisão do regime excecional para as situações de mora nos contratos de arrendamento não habitacional dá mais tempo para lojas pagarem rendas em atraso. Senhorios têm linha de crédito.

Aprovada no final de julho, a revisão ao regime excecional para as situações de mora no pagamento da renda nos contratos de arrendamento não habitacional vai agora entrar em vigor. Já foi publicada em Diário da República, permitindo a que, a partir desta sexta-feira, as lojas tenham mais tempo para pagar valores em falta, isto enquanto os senhorios ganham acesso a uma linha de crédito para suprir situações de falta de liquidez.

Criado no âmbito da pandemia, o regime excecional foi alterado no final da última legislatura, mediante proposta do Governo que acabou por ser ajustada com os contributos dos vários partidos com assento no Parlamento. Foi agora publicada a lei, que “entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação”, ou seja, esta sexta-feira, 21 de agosto.

Com a entrada em vigor, a lei vem alargar até ao terceiro mês subsequente ao do encerramento da atividade a possibilidade de diferimento das rendas às lojas, embora não às que estão inseridas em centros comerciais. Também vem permitir que os montantes de rendas vencidos durante o ano de 2020 possam ser pagos apenas a partir de janeiro de 2021, em 24 mensalidades.

Além disso, institui um mecanismo negocial formal em que senhorios e inquilinos podem chegar a um melhor entendimento do que o previsto na lei, que pode passar, como pediam as lojas, por um perdão de rendas.

A alteração à lei prevê também medidas para os senhorios. “Os senhorios cujos arrendatários deixem de pagar as rendas podem solicitar a concessão de uma linha de crédito com custos reduzidos, a regulamentar, para suportar a diferença entre o valor da renda mensal devida e o valor resultante da aplicação ao rendimento mensal ou à faturação mensal do senhorio, de uma taxa de esforço máxima de 35%, cuja demonstração é efetuada nos termos da portaria a aprovar pelo membro do governo responsável pela área da economia”, diz a lei.

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Nas notícias lá fora: Boeing, Gmail e dinheiro grátis

Depois de ter sido testado na Finlândia, o rendimento básico incondicional vai agora ser experimentado na Alemanha. E os 737 Max ganham um novo nome, após acidentes polémicos.

Na Alemanha, 120 pessoas vão passar a receber cheques de 1.200 euros, todos os meses, sem qualquer condição, numa experiência do rendimento básico incondicional. Do outro lado do Atlântico, Kamala Harris é candidata à vice-presidência dos EUA, enquanto a Boeing muda o nome dos aviões 737 Max após os polémicos acidentes. No mundo digital, há uma falha no Gmail que está a afetar milhares de utilizadores. Nos mercados norte-americanos, a pandemia cortou para metade a recompra de ações.

The Guardian

737 Max tem novo nome para fugir aos desastres do passado

O 737 Max ganhou má fama depois de dois acidentes que vitimaram mais de três centenas de pessoas, levando as autoridades a obrigarem a que todos os aparelhos ficassem em terra. Agora, numa altura em que a Boeing está ainda a tentar recuperar desta crise, e quando se junta a provocada pela pandemia, a fabricante norte-americana decidiu deixar cair a designação “Max”, passando o 737 a ser identificado apenas como 737-8.

Leia a notícia completa no The Guardian (conteúdo em inglês, acesso livre).

Financial Times

Pandemia cortou para metade recompra de ações nos mercados norte-americanos

A pandemia de coronavírus abanou os mercados em todo o mundo. Nas praças norte-americanas, o surto de Covid-19 provocou uma diminuição na recompra de ações, no segundo trimestre do ano. A recompra de títulos por parte das empresas (uma forma de remunerar os acionistas) caiu para metade, tendo atingido mínimos de oito anos, face à incerteza resultante da crise pandémica. No total, entre abril e junho, foram gastos 89,7 mil milhões de dólares (75,3 mil milhões de euros) na recompra de ações, menos 46% do que no período homólogo.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Business Insider

Alemanha testa rendimento básico incondicional

Depois da Finlândia, é a vez de a Alemanha testar o rendimento básico incondicional (RBI). A partir desta semana, 120 alemães vão receber, mensalmente, um cheque de 1.200 euros, sem qualquer condição. O objetivo é estudar a experiência destas pessoas e compará-la com a de outros alemães que não receberão este apoio. O teste será financiado por doações e deverá durar três anos. O conceito do rendimento básico incondicional nasceu na Utopia de Thomas Moore e, desde então, têm sido várias as experiências em torno deste apoio, em diversos países.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Kamala Harris é candidata à vice-presidência dos EUA

Kamala Harris aceitou a nomeação para candidata à vice-presidência dos Estados Unidos, durante a convenção nacional do Partido Democrata. Harris faz história como a primeira mulher de ascendência negra e indiana a aceitar a nomeação por parte de um grande partido. A senadora da Califórnia acompanhará Joe Biden na disputa das presidenciais dos Estados Unidos, a 3 de novembro, contra Donald Trump.

Leia a notícia completa na Reuters (conteúdo em inglês, acesso livre)

TechCrunch

Não consegue usar o Gmail? Há uma falha que afeta milhares de utilizadores

Não está a conseguir utilizar alguns dos serviços da Google? Não está sozinho. Milhares de utilizadores do Gmail, Google Drive e do Google Meet estão a sentir dificuldades na utilização destas ferramentas, tratando-se, alegadamente, de um problema técnico por parte da empresa detida pela Alphabet.

Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Boeing muda nome do 737 Max após desastres

Boeing decidiu deixar cair a designação Max, passando o 737 a chamar-se apenas 737-8.

O 737 Max ganhou má fama depois de dois acidentes que vitimaram mais de três centenas de pessoas, levando as autoridades a obrigarem a que todos os aparelhos ficassem em terra. Agora, a Boeing decidiu mudar-lhe o nome.

Numa altura em que a Boeing está ainda a tentar recuperar da crise provocada pelos desastres com este aparelho, que obrigaram a uma revisão de todas as aeronaves, a fabricante norte-americana tenta dar nova vida ao Max, diz o The Guardian (conteúdo em inglês/acesso livre).

Procurando afastar-se dos acidentes, e na tentativa de atrair novas encomendas numa altura em que o setor da aviação vive uma grave crise por causa da pandemia do novo coronavírus, a Boeing decidiu deixar cair a designação Max, passando o 737 a chamar-se apenas 737-8.

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Não consegue usar o Gmail? Há uma falha que afeta milhares de utilizadores

Milhares de utilizadores do Gmail, Google Drive e do Google Meet não conseguem aceder aos serviços da Google. Empresa está a "investigar o problema".

Não está a conseguir utilizar alguns dos serviços da Google? Não está sozinho. Milhares de utilizadores do Gmail, Google Drive e do Google Meet estão a sentir dificuldades na utilização destas ferramentas, tratando-se, alegadamente, de um problema técnico por parte da empresa detida pela Alphabet.

Esta falha nos serviços está a ser sentida especialmente na Índia, Austrália, Japão e em partes dos EUA, mas também há registos na Europa, de acordo com o TechCrunch (conteúdo em inglês), com base nos registos do DownDetector. A Google já reconheceu a falha e está a “investigar o problema”.

No caso do Gmail, há utilizadores que não conseguem fazer login, sendo que outros conseguem entrar mas não estão a receber emails na app da caixa de correio da Google. No caso do Google Drive existem relatos de impossibilidade de fazer upload de ficheiros para a nuvem.

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Quase 55 mil já se candidataram ao ensino superior. Número já supera total de vagas

Já quase 55 mil estudantes candidataram-se ao ensino superior, ultrapassando as cerca de 51 mil vagas disponíveis e o total de candidaturas apresentadas na primeira fase do concurso de 2019.

Em menos de 15 dias, quase 55 mil estudantes já apresentaram as suas candidaturas ao ensino superior. De acordo com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), o número de candidatos às instituições portuguesas registado até agora já ultrapassa o total verificado na primeira fase do concurso em 2019 e supera as vagas disponíveis.

Segundo avançou, esta quinta-feira, o Jornal de Notícias e confirmou, entretanto, o ECO, entre o dia 7 e o dia 19 de agosto, deram entrada na DGES 54.733 candidaturas, no âmbito do concurso nacional de acesso e ingresso no ensino superior público.

Em 2019, as candidaturas arrancaram a meio de julho. Já este ano, a pandemia de coronavírus levou ao adiamento dos exames e, consequentemente, à alteração dos calendários, tendo o concurso nacional arrancado só no referido dia 7 de agosto. Terminará agora a 23 de agosto, 17 dias depois do prazo estabelecido em 2019.

De resto, este ano, há cerca de 51 mil vagas disponíveis nas várias instituições de ensino superior (o valor mais elevado dos últimos sete anos), ou seja, o número de candidaturas apresentadas até agora já ultrapassa os lugares à disposição, nesta primeira fase de acesso. De notar que, só no primeiro dia do concurso, 12.169 alunos candidataram-se ao ensino superior, cerca do dobro do que tinha sido registado em 2019.

Todo o processo de candidatura deve ser feito online, através do site da Direção-Geral do Ensino Superior. Os resultados serão conhecidos a 28 de setembro, data em que também se inicia a segunda fase do concurso, que terminará depois a 9 de outubro.

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Há mais voos, mas ocupação dos aviões não vai além de metade

  • ECO
  • 20 Agosto 2020

O número de passageiros a circular nos aeroportos nacionais disparou 300%, mas a taxa de ocupação dos aviões ainda não ultrapassou os 55%.

Os aeroportos nacionais registaram, em julho, uma subida de 300% do número de passageiros, face ao mês anterior, mas a taxa de ocupação dos aviões não foi além dos 55%. Os dados são do regulador da aviação civil e indicam que, em julho de 2019, o load factor estava 31 pontos percentuais acima do registado agora, isto é, a taxa de ocupação estava nos 86%, avança o Jornal de Negócios, esta quinta-feira.

Nos primeiros sete meses do ano, passaram pelos aeroportos portugueses 10,7 milhões de passageiros, ou seja, cerca de um terço do total registado no período homólogo. Pelo aeroporto Humberto Delgado em particular, passaram 533 mil pessoas, mais 236% do que em junho, mas menos 82,8% do que em julho de 2019. O aeroporto lisboeta e o do Funchal registaram as maiores quebras, em termos homólogos.

No que diz respeito à distribuição por transportadoras aéreas, foi a Ryanair a que mais vezes foi escolhida pelos passageiros que passaram por Portugal, num total de 228,5 mil. Quanto aos voos, Lisboa chegou a metade do que tinha registado no ano passado. Em julho, o aeroporto Humberto Delgado contou com uma média de 310 partidas e chegadas diárias, ou seja, 53% do tráfego em 2019.

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Alerta da Fed arrasa bolsas europeias. Lisboa cai quase 1%

Depois de recuperar após quatro sessões em queda, a bolsa nacional volta a perder valor. Segue as quedas da Europa após ao alertas da Fed para o impacto da Covid-19 na economia.

Dia cinzento nas bolsas. Depois do alerta da Reserva Federal norte-americana quanto ao impacto da pandemia na maior economia do mundo, que pesou nas praças norte-americanas, as bolsas europeias estão em queda. Lisboa segue a tendência negativa, recuando quase 1%, com praticamente todas as cotadas a negociarem abaixo da “linha de água”.

Wall Street atingiu novos recordes, mas acabou por encerrar em queda com a Fed a revelar através das minutas da última reunião que espera um forte impacto da pandemia na economia dos EUA. Os receios quanto ao impacto da pandemia na economia mundial estão a levar as praças europeias a registarem quedas em torno de 1%.

Em Lisboa, a tendência é também de queda. Depois de ter interrompido as quedas na última sessão, a praça nacional volta a perder valor, com o PSI-20 a ceder 0,92% para os 4.367,27 pontos. Praticamente todas as cotadas recuam.

A pesar na bolsa nacional estão os títulos do setor energético, com a Galp Energia a perder 1,3% para os 9,204 euros, enquanto a EDP regista uma queda de 0,63% para 4,273 euros.

A liderar as quedas estão, contudo, os títulos das empresas de pasta e papel, mais expostas ao comportamento da economia mundial tendo em conta que a quase totalidade das suas receitas são obtidas nos mercados internacionais. A Semapa cai mais de 2%, enquanto a Navigator e a Altri recuam mais de 1,5%.

Nota ainda para as quedas de mais de 1% do BCP e da Jerónimo Martins, enquanto a Sonae recua 1,07% para 59,95 cêntimos, depois de ter revelado que desfez a parceria com Isabel dos Santos e passou a deter 33,45% da Nos. A operadora liderada por Miguel Almeida segue a cair 0,44% para 3,586 euros.

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Teletrabalho veio para ficar nas “big four”. Flexibilidade, rotatividade e apps são o novo normal

Teletrabalho voluntário ou regresso ao escritório? O trabalho remoto tem sido regra para a Deloitte, EY, PwC e KPMG, que já estão a implementar os planos pós-pandemia e ninguém antecipa voltar a 100%.

Após meses de confinamento devido à pandemia, empresas e trabalhadores tentam adaptar-se à nova realidade. Segurança, flexibilidade e produtividade são algumas das razões que levado empresas (em especial grandes tecnológicas) a considerar dar continuidade ao teletrabalho, mesmo num cenário pós-pandemia.

Nas quatro maiores empresas de auditoria e consultoria a nível global (as big four), o teletrabalho também foi regra e todas procuram agora um equilíbrio entre o trabalho remoto e o presencial. Apesar das diferentes estratégias — entre quem tem empresas em espelho ou deu liberdade de escolha a quem queira ficar em casa –, há algo em comum: para já, ninguém pensa num regresso a tempo inteiro.

PwC deixa porta aberta a trabalho remoto

No Reino Unido, a PwC já informou que o regresso ao escritório para os 22.000 trabalhadores no Reino Unido é “voluntário”, apesar de a previsão apontar que os escritórios não deverão ultrapassar 50% da capacidade até ao final do ano, avançou esta terça-feira o The Guardian (conteúdo em inglês, acesso livre).

Em Portugal, fonte oficial da empresa explica à Pessoas que “irá prevalecer o maior equilíbrio entre o tempo de escritório e o tempo de teletrabalho”, principalmente devido à incerteza sobre uma possível segunda vaga da pandemia que possa obrigar ao novo confinamento. Esta decisão, por agora, “materializar-se-á no reforço da política já existente do trabalho remoto.”

Em Portugal, os trabalhadores da Pwc estiveram em teletrabalho deste 12 de março e o regresso gradual aos escritórios começou a 1 de junho.

Teletrabalho é uma escolha dos trabalhadores da EY

Há cinco anos que a EY tem implementado o programa EY@Work, que permite aos colaboradores trabalharem à distância sempre que necessitem, e assim vai continuar. “Mantemos a firme convicção de que o nosso maior ativo são as pessoas, pelo que a valorização dos recursos humanos é uma prioridade. A escolha continuará a ser das pessoas, que, além da possibilidade de trabalhar nas suas casas, terão os clientes e as nossas instalações sempre prontas a recebê-las“, sublinha Telma Franco, brand marketing & communications director na EY.

“Este modelo, que tem funcionado naturalmente na EY, intensificou-se com a pandemia. A força laboral, como em muitas outras atividades, teve de passar a trabalhar a partir de casa, o que levou a ajustes ao normal funcionamento da nossa atividade em termos físicos e ao nível de reorganização dos fluxos de trabalho“, sublinha.

A responsável recorda ainda que o desempenho em teletrabalho tem sido muito positivo, o que permitiu recrutar 75 trabalhadores durante o estado de emergência, numa experiência 100% remota.

KPMG quer voltar, mas com flexibilidade

Desde 1 de junho, as equipas da KPMG estão a trabalhar em regime de rotatividade, em “espelho”, adaptadas à logística de cada uma das áreas. Há pouco mais de um ano, a consultora mudou as instalações para o edifício FPM41, cuja configuração de espaços mais amplos aumenta a segurança dos trabalhadores que regressem ao escritório.

Para ajudar a reorganizar o regresso aos escritórios, a KPMG cedeu lugares de estacionamento aos trabalhadores que costumavam utilizar transportes públicos e adaptou a app KPMG Care App — uma app criada pela KPMG para ajudar os serviços de saúde suíços — ao meio corporativo. Através desta aplicação, os trabalhadores podem agendar salas de reuniões ou open spaces antes de chegar ao escritório, o que permite otimizar a utilização dos espaços e garantir a segurança de quem se desloca para o escritório.

Na KPMG Care App podem ainda fazer um diagnóstico de sintomas comuns de Covid-19, cujo resultado indica se devem dirigir-se ao escritório ou permanecer em casa em teletrabalho.

À Pessoas, fonte oficial da empresa explica ainda que poderão rever as regras em setembro, mas sublinha que o ideal seria regressar aos escritórios, mantendo um regime de flexibilidade para os trabalhadores, pois há funções mais complexas e de caráter colaborativo, que podem sair prejudicadas em regime de teletrabalho.

Deloitte adota regime opcional de part-time

Também a Deloitte adotou o regime de teletrabalho em março, na altura em que o país foi atingido pela pandemia da Covid-19, e ainda antes da declaração do Estado de Emergência. No final de junho, a consultora adiantou que tinha implementado um “programa de part-time”, de adesão voluntária, ou seja, um “regime opcional de redução de carga horária”, que deverá vigorar até 30 de setembro. A Deloitte referia também, nessa altura, o compromisso de contratar cerca de 250 jovens recém-formados de forma faseada em outubro e janeiro de 2021.

Atualmente, a consultora tem em curso o modelo de trabalho rotativo, em que 50% dos trabalhadores se dividem nas idas ao escritórios por períodos de 15 dias. O objetivo é “proteger todas as interações profissionais, garantir a segurança dos seus profissionais e, simultaneamente, assegurar a qualidade e rigor dos serviços”, refere fonte oficial da empresa.

Contactada pela Pessoas esta semana, a empresa não adiantou mais detalhes sobre a continuidade deste regime no “pós-pandemia”, mas assegura que continuará atenta à evolução das recomendações das autoridades de saúde.

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Opositor de Putin hospitalizado por suspeitas de envenenamento

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

Alexei Navalny, de 44 anos, foi hoje hospitalizado por suspeitas de envenenamento e está sob tratamento intensivo.

O dirigente da oposição russa, Alexei Navalny, de 44 anos, foi hoje hospitalizado por suspeitas de envenenamento e está sob tratamento intensivo, disse a sua porta-voz numa mensagem publicada na rede social Twitter.

O principal opositor do Presidente russo Vladimir Putin sentiu-se mal durante um voo quando regressava a Moscovo proveniente de Tomsk, uma cidade na Sibéria, disse Kira Yarmysh.

O avião fez uma aterragem de emergência em Omsk, na Sibéria, devido ao agravamento do estado de saúde de Navalny.

Segundo a porta-voz, Kira Yarmysh, “Alexei foi envenenado, intoxicado” e “agora está nos cuidados intensivos” no hospital de Omsk, na Sibéria.

“Achamos que Alexei foi envenenado com algo misturado no chá. Ele não bebeu mais nada esta manhã”, disse, acrescentando que “os médicos relataram que o veneno foi rapidamente absorvido pela bebida quente “.

O político está em estado grave, informou a agência de notícias estatal russa Tass, citando o médico-chefe do hospital.

No ano passado, Navalny foi levado às pressas da prisão para um hospital, onde cumpria pena após uma prisão administrativa, com o que a sua equipa disse ser suspeita de envenenamento.

Na altura os médicos disseram que ele teve um grave ataque alérgico e mandaram-no de volta para a prisão no dia seguinte.

Principal opositor a Vladimir Putin, o advogado, cujas publicações anticorrupção são amplamente compartilhadas nas redes sociais, já sofreu ataques no passado.

Em 2017, Navalny foi pulverizado nos olhos com um desinfetante quando deixava o seu escritório.

Navalny, os seus apoiantes e famílias são regularmente submetidos a prisões, revistas e pressão policial em toda a Rússia.

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Concessionários de praia contrataram menos 50% nesta época balnear

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

"Temos menos perto de 50% de contratações em relação aos anos anteriores, porque não foi preciso tanta gente”, diz o presidente Federação Portuguesa de Concessionários de Praia.

Este verão, os concessionários de praia contrataram menos funcionários, cerca 50%, por causa da pandemia da Covid-19, da redução da afluência e até dos elevados custos de assistência a banhistas.

“Em termos de pessoal para trabalhar nas praias temos menos perto de 50% de contratações em relação aos anos anteriores, porque, de facto, não foi preciso tanta gente”, revelou à Lusa o presidente Federação Portuguesa de Concessionários de Praia, João Carreira.

O responsável falava na praia da Sereia, em Almada, no distrito de Setúbal, onde é proprietário do restaurante Waikiki, numa manhã que se tornou ilustrativa das suas palavras devido à falta de sol e à pouca afluência das pessoas.

Esta tem sido uma característica deste verão “diferente”, causado pela pandemia da covid-19, mas João Carreira relatou que, a nível nacional, o número de utentes nas praias “melhorou substancialmente” em julho e agosto.

“No Algarve, felizmente, melhorou imenso a partir da segunda quinzena de julho. Melhorou muito e temos muitos turistas, nomeadamente espanhóis e alemães. Não direi todo o Algarve, mas, de facto, neste momento está com uma ocupação muito boa”, adiantou.

Já no Norte, o mês de julho foi “razoável” e não se pode comparar com anos anteriores, até porque a época balnear iniciou-se mais tarde, em 27 de junho, e termina já no dia 30 de agosto.

“É um ano atípico e, de alguma forma, é um ano negativo para todos os concessionários de praia”, considerou.

Segundo João Carreira, a época balnear está marcada por quebras na faturação e as elevadas despesas com a assistência a banhistas também dificultaram a vida dos empresários.

“A segurança das pessoas nas praias são todos os nadadores-salvadores que se encontram no litoral, que são contratados pelos concessionários, e, apesar de ser um tempo de Covid-19 e as faturações serem muito menores, os concessionários é que contratam e dão segurança nas praias”, explicou.

No entanto, aproveitou para agradecer às câmaras municipais que ajudaram os empresários com a contratação destes profissionais e criticou os municípios que não o fizeram, que “infelizmente deveriam ter outra postura”.

“Aqui, na Costa de Caparica, a Câmara de Almada foi uma das que não ajudou às despesas da segurança nas praias”, lamentou.

Resta um mês de época balnear em algumas zonas do país e a afluência vai começar a diminuir, mas João Carreira tem a esperança de que o próximo inverno “seja “simpático” para que as pessoas continuem a frequentar a praia e os estabelecimentos que vão continuar abertos.

“A praia é um local seguro, é lazer, é saúde e aconselho vivamente a que as pessoas venham fazer as suas caminhadas, dar os seus mergulhos. Apareçam porque estão em segurança”, apelou.

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