Tribunal da Concorrência reduz e suspende coima à TAP. Transportadora tem de pedir desculpa

  • Lusa
  • 2 Setembro 2020

A juíza determinou como condição, para a suspensão do pagamento da coima de 220.000 euros, a obrigação de publicação pela TAP de um reconhecimento público de que violou normas de voos noturnos.

O Tribunal da Concorrência reduziu para 220.000 euros a coima de 500.000 euros aplicada pela ANAC à TAP por violação das restrições às operações noturnas, suspendendo o pagamento com obrigação da publicação de desculpas à população.

A sentença proferida esta quarta-feira pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS) considerou parcialmente procedente a impugnação apresentada pela Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) à condenação, pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), por 24 infrações, cometidas em 2014 e 2015, por violações da faixa horária e das restrições de operação no período noturno no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

A juíza Vanda Miguel determinou como condição para a suspensão do pagamento da coima única de 220.000 euros aplicada esta quarta-feira a obrigação de publicação, durante um mês, pela TAP, de um reconhecimento público de que violou normas relativas a voos no período noturno, pedindo desculpas à população pelos danos e implicações na sua saúde e comprometendo-se a desenvolver todos os esforços para que estas situações não voltem a acontecer, com indicação, querendo, de todas as medidas que já adotou nesse sentido.

A suspensão do pagamento, por um período de dois anos, obriga à publicação, nas páginas da internet da ANA e da ANAC, durante 30 dias consecutivos, de uma declaração de reconhecimento de ter operado no aeroporto de Lisboa, em seis voos realizados em 2014 e 2015, em período noturno não permitido devido ao nível de ruído das aeronaves utilizadas. Nessa publicação, a TAP tem de incluir um “pedido de desculpa expresso a toda a população que vivia ou trabalhava junto das áreas afetadas pelo ruído produzido”.

Tem ainda de declarar ter “tomado consciência dos efeitos negativos que tais condutas podem provocar nas populações assim afetadas, como danos diretos na sua saúde, por força do seu impacto na qualidade do sono, com aumento do risco de lesões vasculares, hipertensão arterial, podendo comprometer o desenvolvimento cognitivo das crianças e criar problemas do foro psicológico, como ansiedade e irritabilidade”, afirma a sentença hoje proferida.

Nessa publicação, a TAP tem igualmente de se comprometer a “desenvolver todos os esforços para que, no futuro, tal não volte a suceder, podendo, se assim entender ser relevante, publicar, de igual forma, todas as medidas que entretanto já adotou com vista a cumprir as normas em causa e a minimizar o ruído produzido pelas aeronaves, em prol da saúde e do descanso das populações e do próprio ambiente”.

Na decisão, de outubro de 2019, a ANAC autuou a TAP por violações graves da faixa horária e muito graves por violação das restrições de operação em período noturno, tendo a transportadora recorrido para o TCRS.

No seu pedido de impugnação, a TAP referiu que as situações visadas aconteceram no período em que decorria o mundial de futebol no Brasil, com limitações à movimentação aeronáutica impostas pelas autoridades brasileiras e atraso na entrega de seis aeronaves de reforço de frota que se destinavam a absorver o presumível aumento do tráfego de passageiros, bem como a dificuldade de alojamento na Grande Lisboa em situações de atrasos relevantes ou cancelamentos.

O TCRS absolveu a TAP em metade das infrações, reconhecendo que alguns atrasos da transportadora se deveram a motivos de força maior, nomeadamente para garantir a segurança dos voos, condenando a empresa pela prática de 12 infrações.

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Nasdaq ultrapassa barreira dos 12 mil pontos pela primeira vez

Índices S&P 500 e Nasdaq já tocaram novos recordes no arranque do sessão. O rally acionista continua com a ajuda das tecnológicas, apesar de a empresa liderada por Elon Musk contrariar.

Wall Street negoceia, em mais uma sessão, em alta, com as ações tecnológicas a liderarem o rally acionista. O S&P 500 e o Nasdaq já renovaram máximos históricos no arranque da sessão desta quarta-feira, com os investidores a refletir a confiança na vacina para travar o coronavírus. O índice tecnológico ultrapassou mesmo a barreira dos 12 mil pontos pela primeira na sua história.

O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas nos EUA anunciou que a vacina poderá vir a estar disponível mais cedo que o esperado se houver resultados positivos nos ensaios clínicos em curso. Estas declarações são das principais causas para o entusiasmo, apesar de terem sido também conhecidos dados que indicam que as empresas norte-americanas criaram menos de metade dos empregos previstos em agosto.

Neste cenário, o Dow Jones sobe 0,56% para 28.757,57 pontos, enquanto o S&P 500 ganha 0,5%, para 3.544,33 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avança 0,91% para 12.048,56 pontos.

A nível empresarial, as gigantes tecnológicas são vistas como resistentes à pandemia e continuam em alta: Facebook, Amazon e Alphabet (dona da Google) ganham cerca de 1%. A Apple e Netflix seguem na linha de água, enquanto a Tesla contraria e continua a corrigir desde que anunciou que vai aumentar o capital em cinco mil milhões de dólares.

A Nvidia valoriza 4,6% após vários bancos de investimento terem revisto em alta os preços-alvo para as ações gravas aos novos chips em colaboração com a Micron Technology e a Samsung. A Guess e a Macy’s disparam 18% e 9%, respetivamente, após terem apresentado contas.

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Europa perto do número de contágios que tinha no pico da pandemia

  • Lusa
  • 2 Setembro 2020

"A população mais velha está a ser mais afetada, o que é demonstrativo de um aumento nos contágios”, diz a diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças.

A diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) alertou que a Europa está perto de atingir o número de casos de Covid-19 que registava no pico da pandemia, em março, dado os aumentos.

“O vírus não andou a dormir durante o verão, não tirou férias, e o que verificamos esta semana é que a taxa de notificação [de casos de Covid-19] na União Europeia [UE] e no Reino Unido está agora nos 46 por 100 mil habitantes”, observou Andrea Ammon.

Falando numa audição, por videoconferência, na comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu, em Bruxelas, a responsável observou que esta taxa “já esteve abaixo dos 15” por 100 mil habitantes, pelo que “existe um aumento” do número de infeções na Europa.

“Estamos a assistir a este aumento há já cinco semanas e, embora tenha sido um aumento mais lento do que o verificado em março, estamos quase a chegar aos números de março”, avisou Andrea Ammon.

Acresce que “o número real de infeções é sempre superior às estatísticas oficiais”, alertou a responsável, indicando que esta situação “não é exclusiva da Covid-19” por se verificar nos surtos de doenças.

Ainda assim, a especialista sublinhou que “a situação epidemiológica nos países não é agora a mesma” que se verificava há seis meses, altura do pico da pandemia de Covid-19 na Europa.

Isto porque, de acordo com Andrea Ammon, a taxa de notificação “depende de vários fatores”, sendo “o mais relevante o número de testes que são feitos”, área na qual também se registou um incremento, com mais deteções e rastreamento.

Mas apesar do aumento do número de testes, o que o ECDC verificou foi que “houve realmente mais infeções” nos últimos dias, segundo a diretora deste centro europeu, que o justificou com o total de casos positivos entre a população testada.

Andrea Ammon relaçou, também, que no início de agosto “eram os mais jovens que estavam a ser mais afetados”, o que se demonstrava pelo baixo número de hospitalizações na Europa.

Porém, essa situação mudou: “Agora vemos que a população mais velha está a ser mais afetada, o que é demonstrativo de um aumento nos contágios”.

A diretora do ECDC afirmou, ainda, que “não existe uma imagem homogénea na UE” relativa à pandemia.

Estas declarações são semelhantes às do chefe-adjunto do programa de doenças do ECDC, Piotr Kramarz, que em entrevista à agência Lusa publicada no passado disse que a Europa está a enfrentar, a duas velocidades, a pandemia de Covid-19, com alguns países já a registar ressurgimentos do vírus, enquanto outros nem saíram da primeira vaga.

“O que estamos a verificar é um aumento do número de casos […]. Estes números estão a aumentar em muitos países, têm vindo a aumentar em diferentes períodos de tempo, mas definitivamente [mais] nas últimas semanas”, contextualizou Piotr Kramarz, aludindo às subidas acentuadas, nas últimas semanas, no número de casos diários em países como Itália, Espanha, França e Alemanha, que foram aliás os mais afetados desde o início da pandemia na Europa.

De acordo com o cientista, não se pode, porém, afirmar que esta é já a segunda vaga do novo coronavírus na Europa: “Alguns países, provavelmente, ainda nem saíram da primeira vaga, enquanto outros tiveram uma redução do número de casos e, agora, estão a assistir a um aumento”.

Piotr Kramarz ressalvou, ainda assim, que o aumento do número de casos pode nem sempre significar o reaparecimento da covid-19, dado poder estar ligado ao incremento dos testes.

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Há mais 390 infetados com Covid-19. Morreram três pessoas nas últimas 24 horas

Nas últimas 24 horas foram identificados 390 novos casos do novo coronavírus em Portugal. A região Norte voltou a concentrar o maior número de novas infeções, superando a região de Lisboa.

No dia em que se assinalam seis meses desde que a pandemia chegou a Portugal, a Direção-Geral de Saúde (DGS) identificou 390 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 58.633 o número total de infetados. O número de vítimas mortais subiu para 1.827, após terem sido contabilizadas mais três mortes nas últimas 24 horas.

Em termos regionais, a região Norte voltou a concentrar o maior número de novas infeções, superando a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que tem concentrado as maiores preocupações. Dos 390 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 184 foram registados no Norte (47,2% do total), seguidos de Lisboa, que contabilizou 168 novas infeções (43%).

Boletim epidemiológico de 2 de setembro:

Ainda assim a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (30.208 casos de infeção e 671 mortes), seguindo-se do Norte (21.125 casos e 849 mortes), do Centro (4.853 casos e 253 mortes), do Algarve (1.123 casos e 17 mortes) e do Alentejo (949 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 214 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 161 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 337 estão internados (menos 13 face ao dia anterior), dos quais 41 em unidades de cuidados intensivos (menos um). Há ainda 33.914 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 84 do que no balanço de segunda-feira.

Os dados revelados esta quarta-feira dão ainda conta de mais 129 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 42.233 pessoas recuperaram da doença. Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 14.573 casos ativos, mais 258 do que no dia anterior.

Marta Temido alerta para “tendência crescente” de contágios

Na conferência de imprensa desta quarta-feira, a ministra da Saúde voltou a fazer uma atualização quanto ao rácio de contágios da Covid-19 em Portugal, que tem aumentado nos últimos dias. “A taxa de incidência a sete dias é de 22,9 novos casos por 100 mil habitantes e a taxa de incidência a 14 dias é de 38,2 novos casos por 100 mil habitantes“, disse Marta Temido, em declarações transmitidas pelas televisões.

Nesse contexto, a ministra da Saúde alerta para a “tendência crescente” de contágios dos últimos dias, isto numa altura em que a ameaça de Portugal voltar a ser excluído dos corredores aéreos britânicos estará cada vez mais evidente. Segundo escreve o The Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), o limite definido pelo Governo britânico é 20 casos por cada 100 mil habitantes. Portugal estará assim no limite, podendo voltar a sair da lista onde entrou a 20 de agosto. Certo é que a decisão oficial só é conhecida esta quinta-feira.

Quanto ao número de surtos do país, Marta Temido revelou ainda que há 177 surtos ativos, com a região Norte a ser alvo da “maior atenção”, registando-se 86 nesta região, seguida por Lisboa e Vale do Tejo (61 surtos), do Algarve (12 surtos) e do Centro e do Alentejo (ambos com nove surtos). Além disso, confirmou a existência de cinco casos de Covid-19 na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. De acordo com a ministra, trata-se de dois enfermeiros e três assistentes operacionais “com uma ligação conhecida entre estes casos”.

Uso de máscara generalizado “não é meio mais eficaz”. “Mas não enjeitamos tomar medidas”, diz ministra

Face ao aumento dos contágios na última semana, que, segundo a ministra da Saúde se situam em “340 novos casos diários”, em média, o Governo reconhece que existe agora “maior transmissibilidade da doença”. Contudo, Marta Temido descarta, por enquanto, o uso generalizado de máscara, referindo que há meios mais eficazes para travar a Covid-19.

“Há países [na Europa] em que não é obrigatória a utilização de máscaras. E, portanto, temos de fazer uma ponderação daquilo que estamos a enfrentar”, notou Marta Temido, acrescentando que “sendo um meio de controlo adequado a determinados espaços não é o meio mais eficaz com aquilo que é o nosso conhecimento atual”, notou.

Dando o exemplo do regresso às aulas, a ministra considera que há outras formas de prevenir o vírus, como a etiqueta respiratória, a desinfeção das mãos e dos espaços, bem como, a app de rastreio Stayaway Covid. “Não enjeitamos a hipótese de tomar novas medidas, mas nesse momento é isso que temos em cima da mesa”, concluiu.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h22)

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Ramalho garante que vai apagar “incêndio” no Novo Banco após “fogo posto”

Em fim de mandato, António Ramalho abriu a porta à continuidade à frente do Novo Banco. Diz que vai apagar um incêndio que lavrava de forma perigosa no banco, sabendo que "foi fogo posto".

Em fim de mandato, António Ramalho abriu a porta à continuidade à frente do Novo Banco, assegurando que vai apagar um “incêndio que lavrava de forma perigosa” no banco. “Sabemos que foi fogo posto”, disse o presidente do Novo Banco, que também deixou críticas a comentadores, jornalistas e políticos que apenas querem saber da “fatura da água”.

“O meu conselho de administração aceitou um dia ser chamado como bombeiro para apagar um fogo que lavrava de forma extraordinariamente alta e perigosa. Custa-me, por vezes, que a comunicação social, comentadores e políticos se esqueçam disso e procurem verificar a conta da água”, disse António Ramalho em conferência de imprensa, dois dias depois de a Deloitte ter entregue a auditoria especial que revelou perdas de 4.000 milhões com origem no BES.

“Não nos esquecemos que estamos cá para apagar este incêndio. Apagaremos esse incêndio, mas também sabemos que foi fogo posto”, atirou o presidente do Novo Banco já no final da conferência de imprensa.

Antes, questionado sobre se tinha ânimo para continuar à frente dos destinos do Novo Banco, António Ramalho tinha deixado a porta aberta nesse sentido. “Ficaremos e tenderemos a ficar até a restruturação do banco estar concluída, até o banco se encontrar numa situação normal em que venha a ter lucros, o que acontecerá em 2021.

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Ryanair vai reajustar operação em Portugal. Fará queixa contra ajuda à SATA

  • ECO
  • 2 Setembro 2020

A companhia aérea low-cost está a considerar descontinuar rotas e reduzir postos de trabalho em Portugal.

A Ryanair vai reajustar a operação em Portugal, tendo em vista descontinuar rotas e reduzir postos de trabalho, adiantou o presidente executivo da empresa, em entrevista ao Expresso (acesso livre). Para além disso, a companhia aérea low-cost irá também avançar com uma queixa contra o apoio estatal à SATA.

A companhia aérea irlandesa está a avaliar a operação em Portugal, sendo que, na decisão, pesa a quebra da procura, bem como as negociações que ainda decorrem com o sindicato da tripulação de cabine e com os aeroportos nacionais, detidos pela ANA. O CEO, Eddie Wilson, insurge-se também contra os apoios estatais às companhias aéreas, aprovados pela Comissão Europeia.

Com o apoio às empresas, “os consumidores vão perder por causa da redução da concorrência. É uma vergonha”, defende. Para combater esta situação, a Ryanair avançou já com queixas contra seis companhias no Tribunal de Justiça da União Europeia. Depois da TAP, a empresa faz também mira à SATA, que viu aprovado um apoio de 133 milhões de euros.

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L’Oréal volta a abrir capital aos trabalhadores. Plano inclui Portugal

É a segunda vez que o grupo lança plano de participação aos colaboradores. Operação será lançada em 57 países, e inclui a equipa em Portugal.

O grupo L’Oréal vai abrir, pela segunda vez, o capital à participação dos seus trabalhadores. A multinacional anunciou, em comunicado, que vai lançar o seu segundo plano de participação dos colaboradores em 57 países, incluindo Portugal, para abrir a possibilidade aos trabalhadores de estarem “mais ligados ao desenvolvimento do grupo”.

A iniciativa foi anunciada, pela primeira vez, em 2018, integrada no âmbito do programa Share & Care, de política social, que data de 2013. “Este programa, lançado em 2013, visa garantir aos colaboradores do grupo em todo o mundo as melhores práticas sociais em quatro pilares: segurança, saúde, equilíbrio e bem-estar. O Share & Care integra um leque muito amplo de benefícios, desde seguros, subsídios e parcerias variadas a programas de parentalidade, de flex work e de assistência aos colaboradores”, esclarece a empresa em comunicado.

“Depois do sucesso do primeiro plano, queremos envolver novamente os nossos colaboradores na prosperidade do grupo. Este segundo participação no capital é uma nova oportunidade para os colaboradores que desejem apoiar o desenvolvimento da empresa e participar no seu projeto estratégico”, justifica Jean-Paul Agon, CEO da L’Oréal.

O plano está limitado a 500.000 ações, e o período para a subscrição decorre entre 17 de setembro e 2 de outubro, com liquidação prevista para 3 de novembro. O preço de compra de ações será fixado a 14 de setembro e beneficiará de um desconto de 20% aplicado sobre o preço médio de abertura das ações da L’Oréal na bolsa Euronext Paris nos vinte dias de negociação anteriores à decisão, adianta ainda a empresa. No grupo trabalham cerca de 86 mil pessoas.

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Bloco de Esquerda pede comissão de inquérito ao Novo Banco

"Não aceitamos que este buraco no Novo Banco seja inevitável e que tenha de ser pago pelos contribuintes", disse a deputada Mariana Mortágua,

O Bloco de Esquerda vai propor uma nova comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. A deputada Mariana Mortágua anunciou esta quarta-feira a intenção após ter sido concluída a auditoria da Deloitte. Disse ainda que o partido quer conhecer a auditoria que o Banco de Portugal tem sobre a venda do banco em 2017.

“Não queremos repetir a auditoria que já foi feita ao BES. Esta comissão de inquérito deverá centrar-se sobretudo no que não foi alvo de investigação na última comissão de inquérito“, explicou Mortágua, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. Por um lado, o partido quer analisar o processo de resolução do Banco Espírito Santo e, por outro, perceber as condições de venda ao Lone Star.

Para isso, considera essencial ter acesso ao relatório interno sobre a resolução que está no poder do Banco de Portugal, mas o governador Mário Centeno recusou o pedido. “Quero dizer ao sr. governador do BdP que o BE não aceita esta resposta e vai tentar por todos os meios obter este documento que é essencial para apurar as responsabilidades do Banco de Portugal e para compreender as perdas que hoje todos os contribuintes estão a pagar”, apontou Mariana Mortágua.

Além deste relatório, o BE criticou também a auditoria da Deloitte, que considera não cumprir o objetivo de ser um mecanismo parar apurar responsabilidades sobre a gestão do Novo Banco depois da venda ao Lone Star.

“A auditoria da Deloitte, tendo algumas informações sobretudo sobre a carteira de crédito do NB, não nos permite apurar a gestão atual do Novo Banco, nomeadamente no que diz respeito à venda de carteiras de crédito que, como todos sabemos e já foi tornado público, foram feitas com enormes descontos. A auditoria é descritiva e não crítica. Não vai fundo e não tira conclusões sobre conflitos de interesses, sobre vendas a partes relacionadas ainda com relações ainda que distantes de propriedade ou sobre o preço de venda e alternativas de venda”, diz.

A auditoria da Deloitte aos atos de gestão do BES/Novo Banco refere-se ao período entre 2000 e 2018 (ou seja, abarcando quer o período antes quer depois da resolução do BES e criação do Novo Banco), decorre desde o ano passado e deveria ter ficado concluída em julho, tendo sido entregue ao Governo esta segunda-feira. As informações divulgadas pelo Governo (já que o documento não é público) revelam perdas líquidas de 4.042 milhões de euros.

“Consideramos que o Parlamento não tem dois elementos essenciais: a auditoria à resolução feita pelo próprio BdP e a auditoria da Deloitte”, diz a deputada sobre a razão para pedir a comissão de inquérito. “Queremos apurar responsabilidades porque não desistimos de proteger o interesse público. Não aceitamos que este buraco no Novo Banco seja inevitável e que tenha de ser pago pelos contribuintes“, acrescenta.

(Notícia atualizada às 13h00)

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Empresário alemão investe cerca de 8 milhões em hotel e adega numa quinta no Alentejo

  • Lusa
  • 2 Setembro 2020

O hotel, que está em construção, terá 20 quartos e um restaurante e irá permitir aos visitantes degustarem os vinhos da Quinta do Paral.

Um empresário alemão está a investir cerca de oito milhões de euros na construção de um hotel de charme e na ampliação da adega na sua quinta vitivinícola no concelho de Vidigueira, distrito de Beja, no Alentejo.

Trata-se de Dieter Morszeck, neto do fundador e antigo presidente da marca de malas de luxo Rimowa, que, em 2017, após ter vendido a marca, comprou 85 hectares na Quinta do Paral para “realizar o sonho” de construir um negócio de família que “envolvesse a sua paixão pela criação de vinhos e um hotel de luxo”, explica a empresa vitivinícola, em comunicado enviado à agência Lusa.

Na Quinta do Paral, o empresário desenvolveu um projeto de produção de vinhos com “foco na sustentabilidade e na tradição alentejana” e agora está a fazer um novo investimento de cerca de oito milhões de euros, que inclui a construção de um hotel de charme e a ampliação da adega.

Segundo a empresa, o hotel, num investimento estimado de 6,5 milhões de euros, está em construção, terá 20 quartos e um restaurante e irá permitir aos visitantes degustarem os vinhos da Quinta do Paral “num ambiente único e requintado”. Na adega, o empresário tem realizado vários investimentos num valor total de 1,3 milhões de euros para aumentar a capacidade de fermentação, armazenagem e estágio de vinhos.

“Sempre sonhei em construir um negócio de família onde criássemos vinhos excecionais, que refletissem o caráter do seu ‘terroir’. No Alentejo, mais propriamente na Vidigueira, encontrei todas as condições para realizar este sonho”, conta Dieter Morszeck, citado no comunicado. Segundo o empresário, “o objetivo da Quinta do Paral passa por criar vinhos únicos e de qualidade superior” e “proporcionar experiências inigualáveis”, através do hotel de charme e do enoturismo.

De acordo com a empresa, desde 2017, Dieter Morszeck, juntamente com a sua equipa e com a ajuda do enólogo Luis Morgado Leão, “tem vindo a criar vinhos únicos e distintos numa adega moderna, versátil, onde existe uma excelente seleção de barricas de carvalho francês, americano e do Cáucaso oriundas das melhores tanoarias do mundo”.

Atualmente, a Quinta do Paral tem 52 hectares de vinha – dos quais 12 são vinhas velhas “com mais de 50 anos” –, que “são sujeitos a práticas de proteção integrada, favoráveis ao ambiente, o que reduz significativamente a utilização de pesticidas, permitindo a criação de vinhos de qualidade superior”.

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Chats em mais de 30 línguas? Projeto arranca em Portugal

  • Trabalho
  • 2 Setembro 2020

MAIA vai ser desenvolvido pela Unbabel, Universidade Carnegie Mellon, ao INESC-ID e ao Instituto de Telecomunicações ao longo dos próximos 36 meses.

A Unbabel juntou-se à Universidade Carnegie Mellon, ao INESC-ID e ao Instituto de Telecomunicações para arrancar com o MAIA, um projeto de investigação que designa um “Multilingual AI Agent Assistants” com o objetivo de melhorar a capacidade de chats desenvolverem conversas em 30 línguas diferentes.

A ideia é que sejam desenvolvidos novos modelos que facilitem a comunicação entre agentes humanos e clientes internacionais, “tornando as plataformas de serviço live chat mais multilingues, escaláveis e capazes de garantir uma melhoria significativa na satisfação dos clientes”, explica a Unbabel em comunicado.

“O chat está a tornar-se cada vez mais no meio preferencial de contacto com clientes, mas tem ainda enormes desafios para ultrapassar, nomeadamente no que diz respeito ao apoio ao cliente em diversas línguas para melhorar a sua satisfação, mantendo simultaneamente a experiência de contacto entre dois humanos”, explica André Martins, vice-presidente de AI Research da Unbabel. O MAIA “vem permitir que possamos unir a eficácia da Inteligência Artificial e a empatia dos humanos, para um atendimento ao cliente mais eficaz, tornando todo o processo mais integrado e preciso”, detalha ainda, citado em comunicado.

“Este projeto é especialmente desafiante pela necessidade de considerarmos o contexto conversacional para garantir traduções precisas, corretas e culturalmente apropriadas. Por outro lado, a natureza interativa das conversas criam diferentes oportunidades para as tecnologias de tradução”, assinala Graham Neubig, associate professor na Universidade de Carnegie Mellon.

A investigação será feita ao longo de 36 meses.

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Santuário de Fátima prevê despedir até 50 trabalhadores

  • Lusa
  • 2 Setembro 2020

Devido à queda abrupta nas receitas causadas pela pandemia, o Santuário de Fátima tem em curso um plano de reestruturação que prevê o despedimento de até 50 funcionários.

O Santuário de Fátima tem em curso um plano de reestruturação que prevê o despedimento de até 50 trabalhadores devido à queda abrupta nas receitas causadas pela epidemia de covid-19, disse a porta-voz do espaço.

Em declarações à Lusa, Carmo Rodeia adiantou que o Santuário de Fátima iniciou um plano de restruturação interna que visa a redução de postos fixos devido à queda abrupta do número de peregrinos, sobretudo estrangeiros, devido à covid-19.

“Informou-se os trabalhadores da situação e deu-se a possibilidade de refletirem sobre a sua situação contratual de forma voluntária. Por isso é prematuro estarmos a falar em números concretos para a redução de postos, mas no final do processo estamos em crer que não chegará à meia centena”, disse, adiantando que o Santuário tem atualmente 308 colaboradores.

Carmo Rodeia explicou que a pandemia causou inúmeros constrangimentos na vida das pessoas e uma crise económica em todos os setores e o turismo não foi exceção, especialmente o turismo religioso, com um impacto muito significativo no fluxo de trabalho e na gestão económico-financeira do Santuário.

“Desde o início da pandemia que verificámos no Santuário uma diminuição muito expressiva do número de peregrinos, sobretudo estrangeiros. Entre os dias 13 de março e 30 de maio, o Santuário não teve peregrinos e desde que desconfinámos, retomando as celebrações com a presença de peregrinos, a verdade é que tivemos quebras em junho, julho e agosto nos grupos organizados, sobretudo grupos estrangeiros, superiores a 95%”, disse a porta-voz.

Carmo Rodeia explicou que o plano começou logo no início da pandemia quando se percebeu que iria impor restrições ao acolhimento de peregrinos e com a redução da atividade, nomeadamente ao nível formativo, catequético e cultural com a suspensão ou cancelamento de atividades diversas como por exemplo o Simpósio que costuma ocorrer em junho, encontros formativos e retiros.

Por isso, “de forma responsável e em nome da sustentabilidade do Santuário e para que em nenhum momento possam ficar comprometidas as condições necessárias para o cumprimento da sua missão, que é acolher os peregrinos, o Santuário decidiu implementar este plano de restruturação para garantir a paz social dentro da instituição”, sublinhou.

A porta-voz da instituição enalteceu também o “trabalho inexcedível” de todos os colaboradores do Santuário de Fátima.

“Foi-lhes [trabalhadores] apresentada a situação do Santuário que eles conhecem bem. Aliás, os trabalhadores têm sido inexcedíveis neste período de pandemia na colaboração em serviços que nem são da sua área de trabalho para corresponder às necessidades do Santuário”, contou.

Carmo Rodeia disse ainda que a instituição “garante que a redução dos postos de trabalho será a menor possível para que nunca comprometa aquela que é a missão do Santuário: acolher bem os peregrinos que vão a Fátima”.

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Novo Banco diz que demoraria 20 anos a vender imóveis se o fizesse ativo a ativo

Ramalho defendeu que o banco vendeu pacotes de imóveis "com sucesso", recusando ter acelerado as vendas para aproveitar o mecanismo de capital contingente. Afastou vendas de ativos ao Lone Star.

António Ramalho adiantou esta quarta-feira que o banco não teve outra solução senão avançar para as vendas em pacote de ativos imobiliários. “Se fossemos vender ativo a ativo, demoraríamos, se vendêssemos cinco por dia, mais de 20 anos”, referiu o presidente do Novo Banco, defendendo-se das críticas de que estaria a acelerar as vendas para aproveitar as condições do mecanismo de capital contingente. Ramalho voltou a assegurar que não vendeu ativos ao acionista Lone Star. “Nem me passaria pela cabeça”.

Duas operações de imobiliário colocaram o banco no centro da polémica nos últimos meses (Sertorius e Viriato), devido às perdas milionárias que tiveram de ser cobertas pelo Fundo de Resolução, com recurso a fundos públicos. Depois de um longo silêncio, o banco respondeu agora.

“Dada a granularidade da carteira (…) adotamos uma técnica por venda de pacote. Aqui confesso que não havia outra solução”, começou por dizer António Ramalho. Isto, para depois assegurar que os resultados das vendas “foram adequados e em linha com o que os outros bancos fizeram”.

“O banco vendeu porque foi obrigado, escolheu os melhores advisors, vendeu ao melhor preço e vendeu com sucesso”, frisou.

Vendas ao Lone Star? “Nem me passaria pela cabeça”

Ramalho também aproveitou a conferência de imprensa para afastar dúvidas sobre os beneficiários finais das vendas de ativos imobiliários.

Não o fez e nunca passou pela cabeça fazer vendas ao Lone Star“, referiu o presidente do Novo Banco, assegurando que o banco cumpre as regras que foram estabelecidas com o Fundo de Resolução.

(Notícia atualizada às 12h55)

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