Vendas a retalho sobem em outubro na Zona Euro e UE e caem em Portugal

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

As vendas a retalho aumentaram em outubro 4,3% na Zona Euro e 4,2% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2019, com Portugal em contraciclo a recuar 0,7%.

As vendas a retalho aumentaram, em outubro, 4,3% na Zona euro e 4,2% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2019, com Portugal em contraciclo a recuar 0,7%, de acordo com o Eurostat.

Segundo o gabinete estatístico europeu, a subida homóloga em ambas as zonas é acompanhada na comparação mensal, sendo que face a setembro, o volume das vendas a retalho avançou 1,5% tanto na Zona Euro quanto na UE, com Portugal a crescer ligeiramente acima da média (1,6%).

Na comparação homóloga, as maiores subidas nas vendas a retalho registaram-se na Irlanda (13,8%), Dinamarca (12,5%) e na Lituânia (8,5%) enquanto os principais recuos foram observados na Eslovénia (-11,1%), em Malta (-7,2%) e na Bulgária (-5,3%).

Face a setembro, a Dinamarca (8,3%), a Croácia (5,5%) e a França (2,8%) reportaram as maiores subidas nas vendas a retalho e a Eslovénia (-1,4%), a Eslováquia (-1,2%), a Holanda (-0,7%) e o Luxemburgo (-0,3%) os únicos recuos.

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Web Summit from home: o que não perder no 2.º dia

Da saúde à tecnologia, passando pelo desporto, há muitos oradores para ver no Web Summit. Selecionamos o que não pode mesmo perder na primeira edição totalmente online do evento.

O segundo dia da Web Summit, que este ano é totalmente online, vai trazer caras ligadas a alguns dos principais temas que marcam 2020. Na saúde, para falar dos desafios ligados à pandemia, os mais de 100 mil participantes vão poder ouvir a ministra Marta Temido ou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde. Entre os oradores do segundo dia, numa altura em que as ferramentas digitais ganharam uma nova importância, encontram-se também os líderes da Microsoft e do Zoom.

Um dos primeiros destaques do dia encontra-se no canal dedicado aos criadores. O evento arranca ao meio-dia com o treinador português José Mourinho, que vai receber o prémio de inovação no desporto da Web Summit.

No canal principal, às 12h30, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis fala sobre como construir uma economia europeia para as pessoas. Uma hora depois, uma conversa sobre os desafios que as cidades enfrentam vai juntar os presidentes da Câmara de Lisboa, Londres e Toronto.

Já o canal dedicado a Portugal arranca às 14h00 com a ministra da Saúde, Marta Temido, que irá falar sobre a forma como o país está a lidar com a pandemia de Covid-19. Este canal irá também contar com intervenções de fundadores de startups de cinco minutos, como é o caso de André Jordão, fundador e CEO da Barkyn, às 14h20, e do fundador da OutSystems, Paulo Rosado, às 15h45.

Ainda no palco nacional, o CEO da Galp fala sobre os desafios da descarbonização às 15h50. Passando para o canal dedicado à sociedade, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchéz tem uma mensagem para os participantes da Web Summit, às 16h40. Também neste palco, o presidente da Microsoft, Brad Smith, irá discutir, às 17h45, o papel da tecnologia na recuperação económica.

Voltando novamente ao palco principal, às 16h30 é a vez de Julie Sweet, CEO da Accenture, arrancar conversa com Sanda Ojiambo e Drake Baer sobre “Estratégia para um mundo melhor”. De seguida, o fundador e CEO da Zoom, Eric Yuan, uma das empresas que ganhou destaque neste ano, ao providenciar uma ferramenta para as empresas comunicarem por videochamada, vai falar sobre o novo panorama, às 17h30.

A fechar o palco principal, estará, às 20h30, o vice-presidente do Tik-Tok, a falar sobre o presente e o futuro da empresa e, logo a seguir, às 21h00, o Centre Channel encerra trabalhos com uma das caras que se tornou conhecida do público este ano, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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Ursula von der Leyen ameaça avançar com a bazuca sem Hungria e Polónia

  • ECO
  • 3 Dezembro 2020

Todos os líderes têm de dar luz verde aos quadros financeiros, o que levou a um impasse nas negociações. No entanto, a presidente da Comissão Europeia garantiu que vai "salvar o Fundo de Recuperação".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará a ponderar avançar com o Fundo de Recuperação europeia com 25 países (excluindo Hungria e Polónia) se não houver rapidamente progressos nas negociações. A possibilidade terá sido avançada pela própria numa videochamada esta quarta-feira com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, de acordo com o Politico (acesso livre, conteúdo em inglês).

A Hungria e a Polónia vetaram os orçamentos europeus, travando a entrada em vigor do novo orçamento da União Europeia — o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 –, bem como o Fundo de Recuperação europeu (Próxima Geração UE) com 750 mil milhões de euros para apoiar a economia. No total, tratam-se de 1,8 biliões de euros da Europa a serem distribuídos pelos países entre 2021 e 2027.

Todos os líderes têm de dar luz verde pelo que o veto deixou as negociações num impasse. No entanto, Von der Leyen terá garantido a Sassoli que quer “salvar o fundo de recuperação” e que para isso poderá “propor o reforço da cooperação a 25”, segundo explicaram duas fontes próximas ao Politico. A decisão — que não deverá ser tomada antes do próximo encontro marcado para 10 e 11 de dezembro — poderá implicar mudanças no atual quadro em cima da mesa.

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Trabalhadores seniores são os que mais sentem efeitos da pandemia

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

De entre as quatro gerações que atualmente coexistem no mercado de trabalho – Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z – são os primeiros que se mostram mais impactados.

Os trabalhadores seniores, com uma média de idades de 60 anos, são os que mais sentem os efeitos da pandemia, sendo os que maior importância dão ao local de trabalho, segundo um estudo da consultora EY divulgado esta quinta-feira.

O estudo da EY “Motivação de Geração em Geração” arrancou no início de 2020, com um questionário a 1.300 trabalhadores, com o propósito de perceber quais os fatores que mais impactam a motivação de cada faixa etária no mercado laboral e voltou depois a ser realizado, em maio, um novo inquérito para aferir sobre os efeitos da pandemia de covid-19.

Em causa estão quatro gerações de trabalhadores, divididas em baby boomers (nascidos entre 1946 e 1960), geração X (entre 1961 e 1979), millennials (entre 1980 e 1995) e geração Z (nascidos a partir 1996). “De entre as quatro gerações que atualmente coexistem no mercado de trabalho – Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z – são os primeiros que se mostram mais impactados pelos desafios impostos pela pandemia”, conclui o estudo.

Segundo o documento, “são estes trabalhadores, com uma média de idade de 60 anos, quem mais sente os efeitos do atual contexto”. “O impacto é mais expressivo na importância que atribuem hoje ao espaço físico de trabalho: se, antes, era a geração que menos importância atribuía ao local de trabalho, é agora aquela que mais o privilegia”, continua o estudo.

O documento indica ainda que os baby boomers “passaram a colocar mais peso em temas como o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, priorizando a necessidade de serem informados sobre a estratégia da empresa” bem como a “valorizar mais a autonomia na função desempenhada”.

De acordo com o estudo, a obrigatoriedade do teletrabalho “veio também trazer maior dinâmica à forma como as gerações valorizam a proximidade entre o local de trabalho e o local de residência”. “Antes da pandemia, mais de metade dos participantes Millennials (nascidos entre 1980 e 1995) e da Geração Z (nascidos a partir 1996) consideravam esta proximidade relevante; agora, apenas um terço”, lê-se no documento.

Todas as gerações auscultadas atribuem agora, por sua vez, maior importância à inovação tecnológica da empresa para a qual trabalham. Por outro lado, antes da pandemia, eram as gerações mais jovens quem mais ponderava sair da empresa no próximo ano, enquanto que atualmente “são os Baby Boomers quem mais equaciona essa possibilidade”, diz o estudo.

“O clima de incerteza sobre o futuro da economia e do mercado de trabalho originou um recuo das gerações mais jovens, em particular da Geração Z, que é, agora, aquela que menos poderá abraçar um novo desafio profissional nos tempos mais próximos”, aponta Anabela Silva, responsável pela área de ‘People Advisory Services’ da EY.

A primeira fase do estudo (antes da pandemia) conclui que, apesar das diferenças, as quatro gerações “estão alinhadas em reconhecer a relevância positiva que o bom ambiente de trabalho, a boa relação com as chefias e a colaboração entre colegas tem para a sua motivação”.

As conclusões mostram também que, independentemente da geração, “pessoas com filhos valorizam a autonomia, enquanto que quem não tem filhos privilegia a oportunidade de crescimento”. “Curiosamente, são as gerações seniores aquelas que mais dão valor à inovação tecnológica nas empresas” e, ao contrário do esperado, “não são as gerações mais jovens que valorizam o papel social e ambiental das empresas, mas sim as mais experientes”, conclui ainda o estudo.

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Novas tabelas de IRS evitam que pensionistas com aumento sejam taxados

As novas tabelas de retenção na fonte foram desenhadas de modo a evitar que os pensionistas que beneficiem do aumento extraordinário sejam taxados, o que aconteceria à luz das tabelas hoje em vigor.

O Executivo de António Costa teve em conta o aumento extraordinário das pensões até 658,2 euros no desenho das tabelas de retenção na fonte de IRS, que irão vigorar ao longo de 2021 e que foram conhecidas esta quinta-feira. O Ministério das Finanças explica que os escalões mais baixos são agora atualizados “por forma a manter o nível de rendimento líquido dos pensionistas beneficiados” pelo referido reforço de 10 euros.

“As tabelas de retenção na fonte aplicáveis aos rendimentos de pensões são atualizadas nos escalões mais baixos, por forma a manter o nível de rendimento líquido dos pensionistas beneficiados pelo aumento extraordinário das pensões mais baixas“, sublinha o Ministério de João Leão, em comunicado.

No Orçamento do Estado para 2021, ficou previsto que todas as pensões até 658,2 euros (1,5 vezes o Indexante dos Apoios Sociais) irão beneficiar de um aumento extraordinário de 10 euros, a partir de janeiro de 2021.

Ora, as tabelas de retenção na fonte que vigoraram em 2020 determinavam que apenas os rendimentos até 659 euros estavam livres de imposto, o que significa que, se as tabelas se mantivessem inalteradas, em 2021 algumas das pensões que até aqui estavam isentas de IRS passariam a ser taxadas.

O Governo decidiu, contudo, aumentar o patamar mínimo a partir do qual é exigida retenção na fonte para 686 euros, dando margem para que todas as pensões que beneficiem do referido aumento extraordinário continuem sem ter de reter IRS.

Essa subida do limite mínimo a partir do qual há lugar a retenção na fonte acomoda também o anunciado aumento do salário mínimo nacional, que o Governo já disse que será superior a 23,75 euros.

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Simulações oficiais das Finanças. Portugueses “ganham” entre 69 cêntimos e 15 euros por mês com novas taxas de IRS

Já são conhecidas as tabelas de retenção na fonte de IRS que irão vigorar em 2021. O Ministério das Finanças divulgou simulações que refletem o "alívio fiscal" previsto no próximo ano.

Os contribuintes portugueses vão ficar com mais rendimento na carteira, ao fim de cada mês do próximo ano. Isto porque, de acordo com as tabelas de retenção na fonte publicadas esta quinta-feira — e que vigorarão em 2021 –, as taxas de IRS que serão aplicadas mensalmente aos rendimentos do trabalho dependente e das pensões serão mais baixas do que as de 2020. De acordo com as simulações do Ministério das Finanças, um solteiro, com um dependente, poderá ter um “ganho”, por exemplo, de 30,8 euros, no conjunto do ano, se tiver um salário de 1.110 euros.

As novas tabelas de retenção na fonte de IRS constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e refletem o “alívio fiscal” anunciado pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021. De acordo com o Executivo, as novas taxas garantem às famílias portuguesas uma liquidez adicional de 200 milhões de euros, ao longo do próximo ano.

A par do referido despacho, o Ministério das Finanças divulgou simulações que refletem o impacto das novas taxas nos rendimentos dos portugueses. “Disponibilizam-se algumas simulações que permitem identificar os valores de poupança para diferentes agregados e rendimentos”, salienta o gabinete de João Leão, em comunicado.

Por exemplo, um solteiro, sem dependentes e com um salário de 685 euros via retido, em 2020, 0,1% do seu rendimento todos os meses, isto é, 0,69 euros. Em 2021, passará a ficar isento de retenção na fonte, o que representará um “ganho” no conjunto do ano de 9,59 euros (14 vezes os tais 69 cêntimos).

Isto porque o patamar mínimo a partir do qual os rendimentos são taxados subirá em 2021 de 659 euros para 686 euros, acomodando anunciado aumento do salário mínimo e o reforço extraordinário das pensões mais baixas previsto no Orçamento do Estado para 2021.

Num outro exemplo, um solteiro, com um dependente, e um salário de 1.100 euros mensais pode esperar um “ganho” mensal de 2,20 euros (30,8 euros, no conjunto do ano), em 2021, já que a taxa de retenção que lhe é aplicada passará de 11% para 10,8%.

Já um solteiro, com dois dependentes, e um salário de 1.750 euros mensais beneficiará de um “ganho” mensal mais robusto: sete euros. No conjunto do ano, são mais 98 euros na carteira, por força da queda em 0,4 pontos percentuais da taxa de retenção na fonte de IRS, de 17,8% para 17,4%.

O Ministério das Finanças dá ainda exemplos de contribuintes que sejam casados. No caso de um casado (um titular), sem dependentes e com um salário de 700 euros, a taxa de retenção baixará, em 2021, de 2,4% para 2,3%, o que significará mais 0,7 euros na carteira, ao fim do mês. Tudo somado, são mais 9,8 euros, no conjunto do ano.

Já se esse casado (um titular) tiver um dependente e um salário de 1.225 euros, o “ganho” esperado é de 1,23 euros, em termos mensais, e 17,15 euros, em termos anuais. Isto porque a taxa de IRS a aplicar todos os meses baixará de 7% para 6,9%.

Num outro caso, um casado (um titular), com dois dependentes, e um salário de 1.400 euros pode esperar ter mais 1,4 euros na carteira, ao fim do mês (19,6 euros, no conjunto do ano). A taxa de retenção na fonte a aplicar nesta situação cairá de 7,2% para 7,1%.

Já no caso dos contribuintes casados que façam parte de agregados com dois titulares tendem a ter “ganhos” mais significativos por via do “alívio” que consta das novas tabelas de retenção na fonte.

Por exemplo, um casado (dois titulares), sem dependentes, e com um salário de 900 euros passará a ser alvo de uma taxa de retenção de 10,2%, quando em 2020 foi-lhe aplicada uma taxa de 10,4%. Tal é sinónimo de mais 1,8 euros todos os meses e 25,2 euros, no conjunto do ano.

De um “alívio” ainda mais expressivo beneficiarão, por exemplo, os contribuintes casados (dois titulares), com um dependente, e um salário de 1.750 euros. Em 2021, a taxa de retenção na fonte passará de 19,9% para 19,5%, libertando mais sete euros todos os meses. Ao fim do ano, o “ganho” será de 98 euros.

Na mesma linha, um contribuinte casado (dois titulares), com dois dependentes, e um salário de 3.100 euros, passará a receber, todos os meses, mais 15,5 euros de salário líquido de IRS (são mais 217 euros, no conjunto do ano). Isto porque a taxa de retenção na fonte a aplicar neste caso descerá de 26,5% para 26%.

Ainda falta praticamente um mês para 2020 terminar, mas o Governo já divulgou as tabelas de retenção na fonte que irão vigorar em 2021, de modo a dar “previsibilidade no processamento de salários e pensões, cujos sistemas têm de ser adaptados”.

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Novas tabelas de IRS antecipam 200 milhões de euros de liquidez às famílias

As novas tabelas de IRS trazem algum "alívio" para as famílias portuguesas em 2021, deixando 200 milhões de euros por reter.

O Governo já publicou as novas tabelas de retenção na fonte de IRS, que irão vigorar em 2021. O Ministério das Finanças sublinha que as taxas agora divulgadas refletem um esforço de aproximação entre o imposto retido e o imposto efetivamente devido, com vista a “aumentar a liquidez das famílias”. Esta medida terá um impacto de cerca de 200 milhões de euros no rendimento disponível das famílias, ao longo do próximo ano, de acordo com o Governo.

Estas novas tabelas não refletem uma baixa de IRS, mas antes um ajuste nas taxas de retenção. Isto querer dizer que o alívio que os portugueses vão sentir em 2021 todos os meses será por conta de um reembolso menor que vão ter em 2022 quando acertarem as contas com o Fisco.

Segundo o Governo, as novas tabelas refletem a “aproximação entre o imposto retido e imposto a pagar”, que “visa aumentar a liquidez das famílias, sobretudo as de classe média e aquelas cujo rendimento foi afetado em consequência da crise pandémica”.

Tal como já estava previsto no Orçamento do Estado para 2021, esta medida garantirá às famílias portuguesas uma liquidez adicional de 200 milhões de euros, ao longo do próximo ano. Em causa está um “grande impacto no rendimento disponível das famílias”, destaca o Ministério das Finanças.

O Governo sublinha, além disso, que tem vindo a ajustar as tabelas de retenção na fonte de IRS ao longo dos últimos anos, pelo que as taxas agora conhecidas dão “continuidade à ação de esbater o diferencial entre nas tabelas de retenções na fonte onde existe o maior desfasamento entre o valor das retenções realizadas e o valor final de imposto a pagar pelos trabalhadores dependentes”.

Ainda falta praticamente um mês para o próximo ano, mas o Executivo decidiu publicar já as tabelas de retenção (em vez de em janeiro, como nos últimos anos), de modo a dar “previsibilidade no processamento de salários e pensões, cujos sistemas têm de ser adaptados”.

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Salários até 686 euros ficam isentos de retenção na fonte de IRS em 2021

O Governo publicou as tabelas de retenção na fonte de IRS que serão aplicadas em 2021. O limite a partir do qual o rendimento é taxado vai subir para 686 euros.

No próximo ano, os trabalhadores por conta de outrem e os pensionistas com rendimentos até 686 euros mensais vão ficar isentos de retenção na fonte. Tal valor reflete uma subida de 27 euros do patamar a partir do qual os salários e pensões são taxados. As novas tabelas de IRS que irão vigorar em 2021 já foram publicadas em Diário da República pelo Governo.

As novas tabelas de retenção na fonte de IRS constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais conhecido esta manhã e permitem calcular o desconto mensal a aplicar aos salários e às pensões, ao longo do próximo ano.

Em 2021, o limite até ao qual não se aplicará qualquer taxa de retenção na fonte será de 686 euros, mais 27 euros do que em 2020. Esta atualização acontece a par da anunciada subida do salário mínimo nacional e do aumento extraordinário das pensões mais baixas.

A manter-se o patamar em vigor em 2020, qualquer subida da remuneração mínima garantida acima de 24 euros significaria que esses trabalhadores passariam a ser alvo de retenção na fonte, daí que as novas tabelas prevejam agora um aumento desse limite para dar mais margem para acomodar a atualização do SMN, mantendo a tradicional isenção de IRS.

No que diz respeito às pensões, o Orçamento do Estado para 2021 determina que será aplicado um aumento extraordinário de dez euros às pensões até 658 euros. Ora, uma vez que, em 2020, os rendimentos acima de 659 euros foram obrigados a fazer retenção na fonte, tal significaria que, a manter-se essa fasquia em 2021, essas pensões passariam assim a ser taxadas. O desenho das tabelas agora conhecido também acomoda essa atualização.

De notar que, em 2021, as tabelas de retenção na fonte refletem, também, uma redução média de 2% das taxas, medida que o Governo incluiu no Orçamento do Estado para injetar mais liquidez no bolso das famílias portuguesas. O Executivo indicou que esse alívio garantirá às famílias portuguesas uma liquidez adicional de 200 milhões de euros, ao longo do próximo ano.

Veja aqui as novas tabelas de retenção de IRS

 

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Já se conhecem tabelas de retenção para 2021. Saiba quanto vai descontar de IRS todos os meses

O ano de 2020 ainda não terminou, mas o Governo já publicou as tabelas de retenção na fonte de IRS que irão vigorar em 2021. Já é possível calcular, por isso, quanto vai descontar, todos os meses.

O Governo já publicou em Diário da República as tabelas de retenção na fonte de IRS, que irão vigorar em 2021 e que pode consultar abaixo. Os trabalhadores dependentes e os pensionistas já podem, portanto, calcular quanto irão ter de descontar de IRS todos os meses, no próximo ano.

As novas tabelas constam de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e indicam que o valor dos salários ou pensões a partir do qual se começará a descontar IRS, em 2021, vai aumentar dos atuais 659 euros para 686 euros. Tal significa que mais contribuintes passarão a não ter de reter imposto, no próximo ano.

Essa subida do patamar mínimo da retenção na fonte acontece a par da anunciada subida do salário mínimo nacional. Apesar do impacto da pandemia na economia, o Governo assegurou que quer aumentar a remuneração mínima garantida em mais de 20 euros.

Ora, a manter-se o limite mínimo que esteja em vigor em 2020 e a partir do qual é preciso reter IRS (que está 24 euros acima do SMN), tal atualização significaria que provavelmente esses trabalhadores passariam a estar sujeitos a retenção na fonte. Daí que as novas tabelas reforcem esse patamar mínimo, dando mais margem para acomodar a subida do salário mínimo, cujo valor deverá ser conhecido nas próximas semanas.

As novas tabelas de retenção refletem, além disso, a redução das taxas prevista no Orçamento do Estado para 2021 e que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais disse que seria “muito direcionada” para os contribuintes com rendimentos de trabalho dependente e que integrem agregados com um ou dois titulares, já que é aí que se verifica o maior desajustamento entre o imposto retido e o imposto efetivamente devido.

Em causa está um alívio fiscal, em média, de 2%, que varia em função do escalão de rendimento. No Orçamento do Estado, o Governo indicou que essa medida garantirá às famílias portuguesas uma liquidez adicional de 200 milhões de euros, ao longo do próximo ano.

António Mendonça Mendes já tinha adiantado que as novas tabelas de retenção na fonte seriam publicadas este mês, a tempo do processamento dos salários e das remunerações de janeiro.

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Comunicação e cooperação aumentam motivação no trabalho, revela estudo

A boa comunicação é um dos fatores de motivação no trabalho que não escolhem gerações. Mas há diferenças. Os "baby boomers" privilegiam o escritório e os mais jovens procuram mais desafios, revela EY.

Conhecer as motivações dos trabalhadores pode ajudar a atrair e a reter talento. O bom ambiente de trabalho, uma boa relação com as chefias e a colaboração entre colegas, são fatores de motivação transversais a todas as gerações. Mas há diferenças. A geração dos babyboomers, nascida no início dos anos 40 e que é hoje a mais velha no mercado de trabalho, foi a que sentiu mais impacto com os desafios trazidos pela pandemia: é a que mais privilegia o espaço de trabalho físico e a que agora procura mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Por outro lado, a geração mais nova –Geração Z — quer mais oportunidades de crescimento profissional, sendo também a menos propensa a mudar de emprego.

São algumas das conclusões do estudo “Motivação de Geração em Geração”, realizado pela consultora EY com respostas de 1.300 trabalhadores de diferentes faixas etárias em Portugal, antes e durante a pandemia da Covid-19. O inquérito teve por base seis fatores que podem contribuir para a motivação: a empresa; desenvolvimento e carreira; remuneração e benefícios; ambiente de trabalho; comunicação; e natureza das tarefas realizadas.

Baby boomers sentiram maior impacto e antecipam saídas

Entre as quatro gerações no mercado de trabalho – baby boomers, Geração X, millennials e Geração Z –, são os primeiros, nascidos entre 1946 e 1960, que dizem ter sentido um maior impacto pelos desafios impostos pela pandemia. Os baby boomers passaram a valorizar mais a autonomia na função desempenhada e a desejar ter mais informação sobre as estratégias da empresa.

De acordo com a EY, se antes estes trabalhadores atribuíam pouca importância ao espaço físico de trabalho, são agora a geração que mais o privilegia. Devido à pandemia, o equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal também se tornou mais importante para os baby boomers.

“O clima de incerteza sobre o futuro da economia e do mercado de trabalho originou um recuo das gerações mais jovens, em particular da Geração Z, que é, agora, aquela que menos poderá abraçar um novo desafio profissional nos tempos mais próximos”, aponta Anabela Silva, partner e responsável pela área de people advisory services da EY, citada em comunicado.

Antes da pandemia, eram as gerações mais jovens quem mais ponderava sair da empresa durante o próximo ano, refere a EY. O novo estudo revela que os baby boomers são quem mais equaciona essa possibilidade.

Bom ambiente e relações saudáveis no trabalho aumentam motivação

Apesar das diferenças, as quatro gerações têm características em comum: consideram que um bom ambiente de trabalho, a boa relação com as chefias e a colaboração entre colegas pode contribuir para a sua motivação no local de trabalho. Também o desenvolvimento profissional, através da formação e desafios constantes, é valorizado por todas as gerações.

Antes da pandemia, mais de metade dos millennials (nascidos entre 1980 e 1995) e da Geração Z (nascidos a partir 1996) consideravam importante a proximidade entre o local de residência e o local de trabalho. No estudo realizado depois da pandemia, apenas um terço dá importância a esta proximidade. No inquérito, a maioria dos trabalhadores desta geração diz sentir-se pouco desafiado profissionalmente.

Os baby boomers destacam ainda o reconhecimento do seu trabalho e são dos que mais privilegiam a autonomia. O impacto da pandemia nesta geração reflete-se ainda na importância atribuída ao espaço físico de trabalho: antes, era a geração que menos importância atribuía ao espaço físico de trabalho, que agora considera ser da máxima importância.

Para a Geração X (nascidos entre 1961 e 1979), a remuneração é um fator determinante para a escolha de novos projetos profissionais e o reconhecimento profissional é um fator de motivação. Por último, a Geração Z — a mais nova no mercado de trabalho –, valoriza as perspetivas de evolução na carreira. Ao contrário das restantes, dão menos importância à autonomia e estão à procura de novos projetos profissionais.

Empresas podem contribuir para a motivação

Devido à pandemia, todas as gerações atribuem mais importância à inovação tecnológica da empresa, mas são as gerações seniores aquelas que mais dão valor à inovação tecnológica nas empresas. Da mesma forma, não são as gerações mais jovens que valorizam o papel social e ambiental das empresas, mas sim as mais experientes, revela o estudo.

“É assim essencial que as organizações criem um projeto integrado de gestão do talento assente na gestão da performance, desenvolvimento e carreiras, para conseguir cumprir as expectativas de todas as gerações e reconhecer o mérito e o talento”, alerta a EY.

Tendo em conta os resultados do estudo, a consultora acredita que a aposta no employer branding, no desenvolvimento e aposta na formação, a promoção de um bom ambiente de trabalho, a boa comunicação e a atenção à remuneração e aos benefíciosque, de acordo com o estudo, é fator de insatisfação transversal a todas as gerações –, pode ajudar a ter trabalhadores mais motivados.

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Espanha prepara aumento do salário mínimo para mil euros

  • ECO
  • 3 Dezembro 2020

O aumento, que será negociado nas próximas duas semanas com os parceiros sociais, poderá avançar numa altura de crise económica causada pela pandemia e pelas restrições impostas.

O Governo espanhol está a preparar um decreto para aumentar o salário mínimo nacional no país para mil euros no início do próximo ano, segundo o El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol). Nas próximas semanas, o Executivo irá negociar os termos da subida com os parceiros sociais.

Apesar de o tecido empresarial não concordar com a subida do salário mínimo nacional, o secretário de Estado do Emprego e da Economia Social, Joaquin Perez Rey, afirmou na quarta-feira que o Ministério vai reunir nas próximas duas semanas para que os parceiros sociais estabeleçam os critérios necessários para que a subida avance.

O aumento poderá ser concretizado numa altura de forte crise económica causada pela pandemia e pelas restrições impostas para a combater. Mas o Governo de coligação liderado por Pedro Sanchéz comprometeu-se com uma subida de 60% ao longo da legislatura, o que implicaria colocá-lo em 1.200 euros mensais. Em Portugal, também se discute o aumento do salário mínimo, mas em 23,75 euros face aos 635 euros de 2020.

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Governo vai criar agência de emprego para pessoas com deficiência

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2020

Governo vai criar agência de emprego para deficientes, um programa de investimento de apoio ao trabalho, mas também às empresas que contratem. Deverá arrancar no primeiro trimestre de 2021.

O Governo vai criar uma agência de emprego para deficientes, um programa de investimento de apoio ao trabalho, mas também às empresas que contratem, que será de âmbito nacional e que deverá arrancar no primeiro trimestre de 2021.

Em entrevista publicada esta quinta-feira ao jornal Público, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a secretária de Estado para a Inclusão, Ana Sofia Antunes, adiantou que o emprego é uma prioridade para o próximo ano, destacando que o desemprego de pessoas com deficiência cresceu durante a pandemia de Covid-19 estando próximo dos 13 mil inscritos.

“A nossa prioridade vai para o investimento num programa de apoio à empregabilidade, criando investimentos adicionais não apenas das medidas de apoio ao emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional [IEFP], mas também incentivos às empresas para contratarem pessoas com deficiência”, disse.

Ana Sofia Antunes refere que gostava de “repensar algumas medidas que existem para reforçar apoios, nomeadamente o contrato de emprego apoiado em mercado aberto e criar majorações mais dignas desse nome ao nível de outras medidas que já existem”.

“Por exemplo, se dou um apoio a alguém que contrata uma pessoa sem deficiência, devo dar esse apoio acrescido de uma percentagem considerável se contrata uma pessoa com deficiência. Também temos de apoiar as pessoas que andam à procura de emprego. E aqui, sim, há uma resposta nova que está na hora de criar e que vamos tentar pôr no terreno, numa primeira fase com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, disse.

Questionada sobre se se trata de uma agência de emprego para pessoas com deficiência, a secretária de Estado sublinha que está pensada dessa forma, mas passa por uma parceria estreita entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Instituto Nacional para a Reabilitação e o IEFP.

“É um trabalho a três para que possamos fazer isto acontecer: o encontro entre pessoas que andem à procura de emprego e empresas que tenham vagas abertas ou estejam dispostas a abri-las para estas pessoas”, disse.

Ana Sofia Antunes explicou que a primeira equipa vai estar em Lisboa, mas o projeto deverá crescer a nível nacional.

“Numa primeira fase, provavelmente vamos estar a responder mais a Lisboa, mas vamos receber candidaturas de todo o país, e vamos fazer avaliações em todo o país”, disse, acrescentando que o projeto arranca no primeiro trimestre de 2021.

“Não consigo precisar ainda uma data. Há protocolos a serem finalizados. Às vezes, é preciso sinalizar, trabalhar as pessoas porque já desistiram de procurar, as famílias que não acreditam. É preciso fazer o encontro com a empresa adequada para receber essa pessoa e fazer o acompanhamento. As empresas sentem alguma insegurança. Terem alguém que podem contactar no caso de haver dúvidas ou problemas é importante”, realçou.

Questionada sobre se existe algum preconceito, Ana Sofia Antunes considera que “há uma natural resistência para aceitar o que é diferente”.

“Não vou dizer que haja uma tendência para tratar pior as pessoas com deficiência, mas acho que quem nunca trabalhou com uma pessoa com deficiência resiste. Nunca fez, não sabe como pode ser, acha que pode ser muito difícil. É preciso desconstruir”, disse.

Na entrevista ao Público, Ana Sofia Antunes recordou também que a Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência 2021-2025 está em discussão pública até à véspera de Natal e que até lá está a receber contributos para melhorar esta estratégia.

O documento, segundo o Público, abarca oito eixos, incluindo a igualdade e a não discriminação, a educação, o emprego e o lazer, o ambiente inclusivo, os apoios sociais e a promoção da vida independente.

“Não o fiz mais cedo, reconheço, por incapacidade. Tínhamos vivido um período de grande austeridade. Era precioso passar à ação de imediato. Daí avançarmos com a reformação das prestações sociais, a prestação social para a inclusão, o Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI). Tivemos este trabalho mais ou menos orientado no final do mandato passado, não nos pareceu ser o momento adequado para lançar uma nova estratégia”, disse.

A secretária de Estado referiu que estão a decorrer projetos-piloto há cerca de um ano, destacando que o MAVI abrange 870 beneficiários (números de outubro).

“Os projetos-piloto terão três anos. Há entidades que estão a desenvolver este piloto, têm pessoas em fila de espera e gostavam de alargar. Portanto, estamos a trabalhar para, através da publicação de uma portaria, podermos alargar em mais 25% os beneficiários. Queremos que pessoas com todos os tipos de deficiência possam aceder ao MAVI, porque é diferente ter assistência pessoal quando se tem uma deficiência motora ou uma deficiência visual ou uma deficiência cognitiva”, disse.

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