Administradora nomeada pelo Estado sai da gestão da TAP
Feitas as contas aos 11 gestores eleitos para o atual mandato, continuam apenas cinco administradores nomeados pelo Estado, bem como um outro ligado ainda à Azul de Neeleman: Raffael Quintas Alves.
O conselho de administração da TAP vai sofrer novas alterações. Após a saída dos gestores ligados aos acionistas privados, Antonoaldo Neves e Humberto Pedrosa, é agora uma administradora indicada pelo Estado a abandonar a posição: Ana Pinho. Dos 11 elementos eleitos para o triénio 2018/2020, estão apenas seis.
A cessação de funções como vogal do conselho de administração da TAP teve efeitos a partir de 31 de dezembro de 2020, sendo que a causa terá sido renúncia da própria. Segundo apurou o ECO, o pedido de demissão está relacionado com as limitações do estatuto de gestor público a que ficava obrigada quando o Estado passou a deter 72,5% da TAP.
Além das funções na TAP, é também vogal do conselho de administração e da comissão executiva da Fundação de Serralves, gerente da imobiliária Anapin e diretora da Associação Comercial do Porto.
Ana Pinho Macedo Silva ocupava a posição desde junho de 2017 e tinha sido reconduzida para o atual mandato por proposta do Estado (através da Parpública). Apesar de não ter anterior experiência na área da aviação, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, explicou que tinha sido escolhida pela “extensa experiência na liderança de organizações”.
A gestora era um dos seis membros do conselho de administração da TAP propostos pelo Estado. Os outros são o chairman Miguel Frasquilho, Diogo Lacerda Machado, Esmeralda Dourado, Bernardo Trindade e António Gomes de Menezes. Todos estes continuam na administração da TAP, mas a saída da Ana Pinho Macedo Silva não é única, pelo contrário.
O ECO contactou a TAP e o Governo para tentar perceber as razões da saída e se estariam relacionadas com a reestruturação da companhia aérea, mas não foi possível obter resposta até à publicação deste artigo.
O ex-CEO Antonoaldo Neves saiu com o vogal (e ex-acionista privado) David Neeleman, quando vendeu a posição que detinha ao Estado, numa operação que deu o pontapé de saída à reestruturação da companhia aérea. Desfeita a parceria entre Neeleman e Humberto Pedrosa, o empresário português continuou como acionista, mas não no conselho de administração. Devido ao risco de incompatibilidades entre a TAP e o grupo Barraqueiro, saíram Humberto Pedrosa e o filho David Pedrosa.
Feitas as contas aos gestores eleitos para o mandato para o triénio 2018/2020, continuam apenas cinco administradores nomeados pelo Estado, bem um outro ligado ainda à Azul de Neeleman: o administrador financeiro Raffael Quintas Alves. Em sentido contrário, entraram o CEO interino Ramiro Sequeira, bem como os vogais Alexandra Reis e José Manuel Rodrigues.
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