BCP e Nos acabam com a festa do PSI-20
As exceções no índice PSI-20 continuam a ser a EDP e EDP Renováveis. Ambas negoceiam nos valores mais elevados de sempre, a navegar a onda das políticas verdes.
A festa de ano do PSI-20 foi interrompida esta sexta-feira pela pressão do BCP e Nos. O banco liderado por Miguel Maya tem sido um dos grandes vencedores da semana, o que poderá ter levado a correções. Outras cotadas em forte destaque são a EDP e EDP Renováveis, mas estas continuam o rally.
Após ter aberto no verde, a bolsa de Lisboa inverteu passadas poucas horas e recua 0,5% para 5.255,35 pontos, mantendo-se ainda assim em níveis pré-pandemia. A inversão não é acompanhada pelas bolsas europeias, que continuam a negociar em terreno positivo e a beneficiar do impulso que a vacinação e a eleição de Joe Biden nos EUA tem dado. Tanto o Stoxx 600 como o alemão DAX ganham 0,6%.
A pressionar o PSI-20 está o BCP, que recua 2,75% para 0,1417 euros por ação. Os títulos subiram 15% nas primeiras quatro sessões do ano — graças à perspetiva de recuperação do setor –, o que poderá ter gerado uma correção. Também os “peso-pesados” Nos e Jerónimo Martins seguem em baixa, a cair 2% e 0,6%, respetivamente.
As empresas mais expostas ao exterior, nomeadamente ao mercado norte-americano, poderão estar a refletir cautela face aos recentes acontecimentos no país. A Navigator perde 1,6%, a Altri 1,2% e a Semapa 0,53%. A Galp Energia desvaloriza 0,84% para 9,25 euros por ação, apesar de o petróleo negociar em alta. O brent sobe 0,8% para 54,81 dólares por barril e o crude WTI avança 0,65% para 51,16 euros.
EDP e EDP Renováveis entre as preferidas do Goldman Sachs
As exceções no índice continuam a ser a EDP e EDP Renováveis. A casa-mãe sobe 1,15% para 5,634 euros por ação (o valor mais alto de sempre) e a subsidiária 0,4% para 25,90 euros, tendo já tocado esta manhã um novo máximo histórico de 26,35 euros. As duas empresas têm navegado a onda das políticas verdes e a perspetiva dos analistas é que assim continue.
O Goldman Sachs divulgou, esta sexta-feira, uma análise em que estima que o Green Deal da União Europeia implique um investimento acumulado de 10 biliões de euros (mais 50% que a anterior previsão) e colocou as duas portuguesas entre as preferidas para beneficiar deste plano.
“Entre os campeões do clima, as empresas com recomendação de “compra” EDP / EDPR, RWE e Enel estão na nossa lista de preferidas“, diz o Goldman Sachs, lembrando que recomenda a compra também da SSE, Iberdrola e Orsted. “Vemos também potencial de subida em empresas com profundo legado de valor nos seus portefólios, que estejam a transitar para o estatuto de campeão do clima (como a Engie)”. Também o BNP emitiu esta sexta-feira uma nota sobre a EDP Renováveis, em que deixou de recomendar a compra, mas subiu o preço-alvo.
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