World Travel Awards nomeia três portugueses para melhor hotel de cidade da Europa

Três hotéis portugueses estão nomeados para a categoria de melhor hotel de cidade da Europa nos World Travel Awards. As votações para eleger os vencedores estão abertas até 14 de julho deste ano.

O Epic Sana Lisboa Hotel, o Inspira Santa Marta Hotel e o InterContinental Porto Palácio das Cardosas estão nomeados para a categoria de melhor hotel de cidade da Europa, na 28.ª edição dos World Travel Awards. Os vencedores serão anunciados na gala que se vai realizar no dia 15 de setembro na Rússia.

Os três hotéis portugueses estão na corrida na categoria de “Melhor Hotel de Cidade na Europa” e estão a competir com unidades de vários países como a Alemanha, Grécia, Suíça, Rússia, França, Turquia e Países Baixos. As votações para eleger os vencedores nas diferentes áreas do turismo, estão abertas ao público até 14 de julho de 2021, no site dos World Travel Awards.

O InterContinental Porto, com vista privilegiada para a Avenida dos Aliados, está nomeado pela quarta vez consecutiva. Para Vincent Poulingue, diretor geral do hotel, “é um “orgulho imenso” ser distinguidos como um dos melhores hotéis de cidade da Europa. “Toda a nossa equipa trabalha arduamente para proporcionar uma estadia perfeita a todos os nossos clientes e esta nomeação é uma recompensa desse mesmo trabalho”, refere citado em comunicado.

O Inspira Santa Marta Hotel foi considerado em 2018 como o melhor luxury eco/green hotel do mundo e passado um ano voltou a conquistar a mesma categoria, mas a nível europeu, na edição dos The World Luxury Hotel Awards. Este ano, o Inspira Santa Marta Hotel está nomeado pelo World Travel Awards na categoria de melhor hotel de cidade da Europa. Para o administrador da marca Inspira Hotel, Paulo Moura, esta distinção prende-se com o facto de trabalharem muito no fator da sustentabilidade e inovação. O administrador está “confinante na vitória”.

O ano passado, o Epic Sana Lisboa Hotel foi nomeado na categoria de melhor hotel de negócios de luxo e melhor hotel de cidade.

Considerados os “óscares do turismo”, os World Travel Awards distinguem a excelência de vários setores, desde companhias aéreas a hotelaria. Recorde-se que Portugal também está na corrida para “Melhor Destino de Turismo de Aventura da Europa” e para “Melhor Destino da Europa”. Para além disso, a cidade do Porto, Lisboa e os Arquipélagos da Madeira e dos Açores também estão nomeados como melhores destinos em diferentes categorias.

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Dress for Success Lisboa lança LabEmprego para integrar mulheres no mercado de trabalho

O LabEmprego oferece um acompanhamento personalizado e composto por quatro fase, desde a elaboração do currículo, passando pela formação e terminando na correspondência entre vaga e candidata.

A Dress for Success Lisboa está empenhada em combater o desemprego feminino no país. O LabEmprego junta-se, agora, às restantes iniciativas da associação para conseguir alcançar esse objetivo. Trata-se de uma “jornada única para a integração de mulheres no mercado de trabalho”, lê-se em comunicado.

A iniciativa surge com o apoio do PACT Fund da Deloitte e proporciona acompanhamento a cada beneficiária, através de um circuito personalizado que começa na elaboração do currículo e termina no match entre candidata e vaga. As mulheres que forem acompanhadas pelo LabEmprego irão passar por quatro etapas.

Em primeiro lugar, será analisado o perfil da candidata, com o objetivo de elaborar um currículo, criar uma página de LinkedIn e realizar simulações de emprego. A segunda fase do circuito tem a ver com a análise e desenvolvimento de competências, oferecendo o acesso a formações e webinars desenvolvidos pela Dress for Success. Segue-se o programa de mentoria, composto por seis sessão de acompanhamento personalizado e “direcionado para pessoas que encontrem em fase de reorientação profissional”, explica a associação.

Finalmente, a quarta etapa do circuito que o LabEmprego proporciona é focada na correspondência entre candidata e vaga. Para encontrar esse match, a associação recorre às parcerias que tem com empresas de diferentes setores, como é o caso da Multipessoal. “Estas traduzem-se num acesso privilegiado, por parte da Associação, às oportunidades disponíveis. Através da sua base de dados, a Dress for Success Lisboa fará o match perfeito entre o perfil requerido pela empresa e a candidata adequada”, pode ler-se.

Estabelecer parcerias com empresas em diversas áreas é, precisamente, a grande aposta da Dress for Success Lisboa para 2021/2022, de modo a garantir o maior número possível de oportunidades e ter um papel cada vez mais ativo no combate ao desemprego.

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Lucro do Banco Finantia cai 34% para 23,7 milhões em 2020

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

O lucro consolidado do Banco Finantia caiu 34%, para 23,7 milhões de euros, em 2020 face ao ano fiscal anterior, embora a solidez financeira tenha melhorado, revelou a instituição financeira.

O lucro consolidado do Banco Finantia caiu 34%, para 23,7 milhões de euros, em 2020 face ao ano fiscal anterior, revelou esta terça-feira a instituição financeira, embora tenha realçado que a sua solidez financeira melhorou no ano passado.

“Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, que resultou numa recessão a nível mundial, a postura do banco foi conservadora, o que lhe permitiu terminar o ano com os seus rácios de capital mais elevados”, justifica o Banco Financia em comunicado.

Nesse sentido, a solidez financeira, medida pelo rácio Common Equity Tier 1 (CET 1), que avalia o capital de melhor qualidade, aumentou para 27,3%, um dos “mais elevados” registados pela banca europeia no ano passado, assegura o Banco Finantia.

A margem financeira, por sua vez, situou-se em 55,7 milhões de euros, em linha com o valor do ano anterior (55,8 milhões).

As operações financeiras, comissões e outros proveitos financeiros fixaram-se em 19,3 milhões de euros, contra 39,6 milhões de euros em termos homólogos, lê-se no comunicado.

o produto bancário, antes de imparidades e provisões, atingiu 51,4 milhões euros, menos 31% do que o contabilizado no ano anterior (74,9 milhões de euros).

 

As imparidades e provisões aumentaram para 2,7 milhões de euros no ano passado, contra um milhão de euros no ano anterior.

Os custos operacionais do Banco Finantia cifraram-se em 23,8 milhões de euros, uma queda de 8% que compara com os 26 milhões de euros observados em 2019.

O rácio de eficiência (‘cost-to-income’) situou-se em 46% no ano passado, enquanto a rentabilidade do capital próprio (ROE), antes de impostos, foi de 5,9%, contra 11,1% no ano anterior.

Os depósitos, por seu turno, cresceram 1% em 2020, para 950 milhões de euros, face a 2019, lê-se também no comunicado.

O total do ativo atingiu 2.105 milhões no final do ano passado, menos 2% que no ano precedente (2.157 milhões euros).

Os capitais próprios, entretanto, situaram-se em 479 milhões de euros, um acréscimo de 4% face a 2019 (462 milhões de euros).

O banco realçou ainda que este ano vai continuar a assumir “um posicionamento prudente, privilegiando a defesa dos interesses dos clientes, colaboradores e acionistas”.

Em termos de linhas de negócios, adaptará a sua orientação estratégica à evolução dos acontecimentos, focando-se mais “nas atividades não intensivas em capital – operações de renda fixa em mercados de capitais, prestação de serviços de assessoria financeira e ‘private banking’, incluindo a consultoria para investimentos”, lê-se na nota divulgada.

Até ao final deste ano o Banco Finantia deverá concluir o processo de fusão por incorporação do Banco Finantia Spain no Banco Finantia com a criação de uma sucursal do Banco Finantia em Espanha, sendo que a fusão vai permitir “simplificar a organização do grupo e reforçar a qualidade dos serviços” prestados aos clientes dos dois países, conclui.

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Mercadona e Iberdrola instalam 40 pontos de carregamento elétrico em 20 lojas

Em 2021 serão inauguradas oito novas lojas da Mercadona que também disponibilizarão pontos de carregamento elétrico.

A Mercadona e a Iberdrola uniram-se numa parceria para a mobilidade elétrica através de 40 pontos de carregamento distribuídos por 20 lojas localizadas nos distritos de Aveiro (5), Braga (2), Porto (12) e Viana do Castelo (1), onde os pontos de carregamento disponíveis estão agora integrados na rede de mobilidade elétrica MOBI.E e com uma potência de 22 kW.

Em 2021 serão inauguradas oito novas lojas da Mercadona que também disponibilizarão pontos de carregamento elétrico. Para carregar o veículo, os clientes precisam apenas de ter um cartão de um comercializador de eletricidade para mobilidade elétrica (CEME). Desta forma, e a uma tarifa de operação (OPC) competitiva de 0,02 €/min, podem carregar a bateria do carro enquanto fazem as suas compras.

“A Iberdrola defende que o caminho para desenvolver produtos e serviços passa por conhecer melhor os clientes, percebendo as suas necessidades e convertendo-as em soluções. Se queremos mudar o mercado energético, tornando-o mais verde, temos de ajudar os consumidores, pois serão eles os nossos principais parceiros nesta transformação”, defende Pedro Torres, diretor de Smart Mobility na Iberdrola Portugal.

Já para Marta Cortizas, diretora regional de Obras e Expansão da Mercadona Portugal, “esta aposta da Mercadona, em parceria com a Iberdrola, permite não só reduzir o impacto ambiental em matéria de sustentabilidade como também oferecer um serviço mais eficaz e cómodo”.

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Desemprego aumenta em fevereiro para 8,3% na Zona Euro e 7,5% na UE

No segundo mês do ano, o desemprego manteve-se estável face a janeiro mas subiu quando comparado com o mesmo período de 2020.

O desemprego estabilizou na Zona Euro e na União Europeia (UE) em fevereiro deste ano, na comparação em cadeia. No entanto, face ao período homólogo, a taxa de desemprego aumentou, em fevereiro, para os 8,3% na Zona Euro e os 7,5% na UE, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

Na Zona Euro, a taxa de desemprego aumentou, na variação homóloga, de 7,3% para 8,3%, o que representa um número absoluto de 13,571 milhões de pessoas desempregadas. Na UE, o desemprego subiu de 6,5% em fevereiro de 2020 para 7,5% no mesmo mês de 2021, para um total de 15,953 milhões de desempregados.

Desde 2013 tinha-se vindo a registar uma tendência decrescente no desemprego na UE, mas a pandemia fez disparar este indicador em 2020. No final do ano passado começou a registar-se um regresso à normalidade, mas o início de 2021 foi marcado por novos confinamentos na Europa, voltando a impactar o emprego.

No que respeita ao desemprego dos jovens, a taxa fixou-se nos 17,3% na Zona Euro e nos 17,2% na UE, um aumento face aos, respetivamente, 15,4% e 15,0% homólogos, mas registando um ligeiro recuo na comparação com as taxas de janeiro: 17,4% em ambas as zonas. Em fevereiro, havia 2,967 milhões de pessoas com menos de 25 anos desempregadas, das quais 2,394 milhões na Zona Euro.

O gabinete de estatísticas da UE revela ainda dados do desemprego consoante o género, que revelam que as taxas de desemprego se mantiveram estáveis em fevereiro, face ao mês anterior. São de 7,9% para as mulheres na UE e 7,1% para os homens. Já na Zona Euro, o desemprego entre as mulheres subiu para 8,8% em fevereiro, enquanto entre os homens se ficou inalterado nos 7,9%.

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ISEG vê PIB a cair até 3,5% no primeiro trimestre. No primeiro confinamento caiu 13,9%

Economistas do ISEG antecipam que PIB cairá, no máximo, 3,5% em cadeia no primeiro trimestre e 5,6% em termos homólogos. A confirmar-se, esta quebra fica bastante aquém face ao primeiro confinamento.

O grupo de análise económica do ISEG estima que a economia portuguesa tenha contraído entre 2,5% e 3,5%, em cadeia, no primeiro trimestre, por causa do segundo confinamento. Em termos homólogos, a quebra terá sido entre 4,6% e 5,6%. Após dois trimestres de recuperação, o PIB volta a cair, mas numa dimensão bem inferior à do primeiro confinamento. No segundo trimestre de 2020, o PIB caiu 13,9% em cadeia e 16,3% em termos homólogos.

Com os dados quantitativos incompletos disponíveis para o primeiro trimestre de 2021, estima-se que o PIB trimestral tenha decrescido entre 3,5% e 2,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e decrescido entre 5,6% e 4,6% em relação ao trimestre homólogo de 2020“, escrevem os economistas do ISEG na síntese de conjuntura de março divulgada esta terça-feira.

Esta estimativa encontra-se em linha com a de outras instituições. O Fórum para a Competitividade estima que o PIB vá cair entre 1 a 3% em cadeia e entre 3,5% a 5,5% em termos homólogos. Na última atualização das suas previsões em fevereiro, a Comissão Europeia estimou uma contração em cadeia do PIB português de 2,1% no primeiro trimestre, a maior entre os 27 Estados-membros.

Os economistas do ISEG consideram que “os dados dos indicadores quantitativos disponíveis para o primeiro trimestre sugerem um aprofundar da queda da atividade em janeiro e fevereiro, devido às restrições de atividade impostas pelo segundo confinamento, seguida de uma melhoria relativa em março, após o início do desconfinamento parcial, mas também devido ao efeito base do primeiro confinamento presente na comparação homóloga“.

A melhoria foi transversal a todos os setores, incluindo o comércio a retalho e os serviços, com os indicadores de clima e de sentimento económico a melhorar significativamente tanto em Portugal como na Zona Euro. Contudo, “no final do mês [de março] assistiu-se a um retrocesso nos processos de desconfinamento em alguns países que pode ter voltado a refrear as expectativas“, alerta o ISEG, repetindo um alerta feito pelo Fórum sobre o “enquadramento externo ambivalente”, pelos mesmos motivos.

Quanto à previsão anual, os economistas do grupo de análise económica remetem a revisão para o momento posterior à divulgação da estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro trimestre deste ano. A última previsão do ISEG apontava para um crescimento entre 2,5% a 4,5% em 2021. As últimas previsões divulgadas também ficam dentro desse intervalo, com o Banco de Portugal a prever um crescimento do PIB de 3,9% e o Conselho das Finanças Públicas a apontar para os 3,3%.

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Luís Filipe Vieira já não vai a julgamento por suspeitas no caso BPN

  • ADVOCATUS
  • 6 Abril 2021

O presidente do Benfica estava a ser acusado de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais num processo ligado ao BPN. O despacho de arquivamento saiu esta terça-feira.

As acusações de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, num dos processos ligados ao BPN, foram arquivadas esta terça-feira, segundo o despacho de arquivamento a que a Advocatus teve acesso.

O dirigente ‘encarnado’ detinha 80% das ações e presidia ao grupo Inland, que beneficiou de um crédito do BPN, no valor de 17,4 milhões de euros, para financiar um aumento de capital do fundo imobiliário BPN Real Estate.

De acordo com este documento, datado de 30 de março último, e assinado pelos procuradores da República Inês Bonina e Pedro Roque, não existem “indícios suficientes da prática de crime” pelos arguidos Luís Filipe Vieira e José Manuel Gouveia, administrador da Inland.

Forçosa será a conclusão de que da prova produzida não resultam indícios suficientes que Luís Filipe Vieira e José Manuel Gouveia tivessem conhecimento e dado o seu acordo à sua atuação relacionada com o financiamento concedido pelo BPN à administradora Transibérica”, lê-se ainda no referido despacho.

Nesse sentido, os procuradores referem que “apenas de que o arguido Manuel Armindo Duarte, fazendo uso da sua proximidade entre todos os envolvidos, agiu como elemento de ligação entre o grupo Inland, Luís Filipe Vieira, José de Oliveira e Costa e Manuel Rein Redondo, permitindo gerar uma relação de confiança e de convicção de que os interesses de todos seriam acautelados”.

“Relativamente ao arguido Luís Filipe Vieira, os únicos indícios que permitem fundamentar que conhecia os específicos contornos dos factos, que concordou e teve envolvimento nos mesmos, reduzem-se ao facto de deter a maioria do capital da Inland e de, à data, exercer o cargo de presidente do conselho de administração do grupo, com voto de qualidade e de lhe estar atribuído o pelouro financeiro”, lê-se ainda no despacho de arquivamento.

Admitindo “uma dúvida razoável”, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal refere que esta, “não sendo preenchida com prova, impõe o arquivamento dos autos”.

O processo remonta a 2009, data da nacionalização do BPN, quando a administração do banco denunciou ao Ministério Público que esta empresa detida por Vieira teria sido beneficiária de um crédito do BPN à Transibérica, empresa espanhola representada por um ex-administrador da Inland, tendo em vista a aquisição de ações da ex-Sociedade Lusa de Negócios (SLN), na altura dona do BPN.

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Mais de um milhão de declarações de IRS entregues em menos de uma semana

Em menos de uma semana foram já submetidas mais de um milhão de declarações de rendimentos à Autoridade Tributária. No total, deverão chegar quase seis milhões até ao final da campanha de IRS.

Os portugueses já entregaram mais de um milhão de declarações de IRS à Autoridade Tributária em menos de uma semana, mantendo o ritmo que tinha sido registado no ano passado.

Os dados que constam no site do fisco apontam para 1.071.266 declarações submetidas até esta terça-feira, 6 de abril. Mais tarde, às 14h50, o Ministério das Finanças disse ao ECO que havia 1.099.300 declarações submetidas. A campanha do IRS arrancou oficialmente a 1 de abril, mas, tal como em anos anteriores, já foi possível simular e entregar no dia 31 de março.

Logo no primeiro dia oficial da entrega da declaração de IRS, mais de 565 mil declarações tinham sido entregues. Este foi o segundo ano consecutivo em que mais de meio milhão de pessoas procede à entrega da declaração do IRS no primeiro dia do prazo numa altura em que os portugueses ainda têm limitações à circulação.

Em poucos dias, até esta manhã de dia 6 de abril, foram já submetidas quase um sexto das declarações de rendimentos que deverão chegar, este ano, à Autoridade Tributária, num total de quase seis milhões de declarações, tendo em conta o número do ano passado. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

No ano passado o Governo não se comprometeu com prazos para efetuar o reembolso, num período marcado pela elevada incerteza e adaptação à nova realidade da pandemia. Um ano depois, ainda com o vírus a circular, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já disse que está confiante de que será possível regressar aos prazos anteriores que estavam à volta dos 11 dias. António Mendonça Mendes prometeu um regresso ao “padrão de rapidez e de segurança” que se verificava antes de 2020.

A entrega da declaração de IRS em 2021, referente aos rendimentos auferidos em 2020, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT através do 217 206 707. Cerca de dois terços dos contribuintes beneficiam do IRS Automático, se preferirem, o que facilita o preenchimento da declaração.

(Notícia atualizada às 15h35 com mais informação)

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Críticas de instrumentalização do Parlamento aquecem audição de Moedas no inquérito ao Novo Banco

“O PS já está a ver o engenheiro Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa. Prepare-se, senhor engenheiro, que isto é só o início”, disse Duarte Pacheco, criticando o comportamento do PS.

A comissão de inquérito ao Novo Banco já tinha deixado sinais de que ia aquecer com a audição do antigo secretário de Estado adjunto de Pedro Passos Coelho e assim foi. O PSD acusou o PS de instrumentalizar o Parlamento para fins políticos ao chamar Carlos Moedas a depor, numa atitude que considerou “desprezível” e “vergonhosa” da parte dos socialistas. “O PS já está a ver o engenheiro Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa. Prepare-se, senhor engenheiro, que isto é só o início”, atirou o deputado Duarte Pacheco.

“Estão dispostos a utilizar tudo para que isso não se concretize. Esta instrumentalização do Parlamento é uma vergonha para o PS e para o Parlamento”, prosseguiu Duarte Pacheco, virado para o deputado socialista João Paulo Correia. Na ótica do PSD, Carlos Moedas foi chamado ao inquérito ao Novo Banco por se ter candidatado contra Fernando Medina à Câmara de Lisboa. “Perante este comportamento do PS, não compactuamos com a instrumentalização e campanha eleitoral que quer aqui fazer e não temos nenhuma pergunta a colocar”, acrescentou o deputado social-democrata.

A intervenção de Duarte Pacheco não ficou sem resposta. João Paulo Correia considerou que não “é anormal” chamar Carlos Moedas, pois teve contacto privilegiado com Ricardo Salgado antes da queda do BES. “Anormal é propor audições de Francisco Louçã, Daniel Bessa, João Salgueiro [como o PSD queria]. Isso é que é instrumentalizar a comissão de inquérito”, respondeu o deputado socialista.

A troca de acusações foi constante durante as cerca de duas horas e meia que durou a audição — a mais curta desta comissão de inquérito — e nem o próprio Carlos Moedas, que foi chamado ao Parlamento pelo PS para explicar a reunião e o telefonema que teve com Ricardo Salgado antes da resolução, se conteve.

Comentando a situação dos lesados do BES, que fora levantada por João Paulo Correia, Carlos Moedas respondeu que os culpados não foram do Governo a que pertenceu, “o Governo que disse não a Ricardo Salgado”. E também disse que o problema em Portugal não foi aquele telefonema entre si e Salgado [em que o ex-presidente do BES expôs os problemas no Luxemburgo e solicitou uma reunião com o presidente da Caixa], mas antes os “favorzinhos” e “jeitinhos” dos governos anteriores. “Esta semana é uma semana importante nesse aspeto”, referiu o antigo secretário de Estado, isto quando a decisão instrutória do processo da Operação Marquês — que ditará se José Sócrates irá ou não a julgamento por mais de 30 crimes — está marcada para esta sexta-feira, dia 9 de abril.

Por várias vezes Moedas fez questão de sublinhar que o “Governo de Passos Coelho foi o único que disse não a Ricardo Salgado” e também lembrou os dez anos que se completam esta terça-feira desde que a troika foi chamada a Portugal.

Antes, os outros partidos também haviam deixado críticas aos socialistas. André Silva, do PAN, acusou o PS de “preferir brincar às campanhas eleitorais” quando a comissão de inquérito poderia ter chamado o hacker Rui Pinto e tentar perceber o desvio de fundos para offshores. “O mesmo PS que tanto dramatiza com leis ad hominem do PAN sobre o cargo de governador do Banco de Portugal é o mesmo partido que para velar pelos interesses de Medina pede uma audição ad hominem em cima do joelho“, criticou o deputado do PAN.

Do CDS, Cecília Meireles, que também pertenceu ao Governo de Passos Coelho como secretária de Estado do Turismo, disse que Carlos Moedas “cometeu o pecado de candidatar-se à câmara da capital do país” e que “se tivesse ficado descansado na sua vida, não estaria aqui hoje”.

Já no final João Paulo Correia voltou a destacar a importância de ouvir novamente os ex-responsáveis políticos aquando da queda do BES e adiantou que o grupo parlamentar vai requerer a troca de correspondência entre a ex-ministra das Finanças e o Banco de Portugal no início de junho e que, segundo o deputado, mostram que o Governo já sabia dos problemas do banco naquela altura.

Já no fecho dos trabalhos, o presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, fez um resumo: “Foi uma audição atípica, mas muito interessante do ponto de vista político.”

(Notícia atualizada às 12h32)

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Ex-CEO da Groundforce diz que cumpriu o seu papel no impasse vivido na empresa

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

Paulo Neto Leite, destituído de CEO da Groundforce, afirma que cumpriu o seu papel e que aceita as consequências das suas decisões no impasse vivido na empresa.

Paulo Neto Leite, destituído de CEO da Groundforce na segunda-feira, afirma que cumpriu o seu papel e que aceita as consequências das suas decisões no impasse vivido na empresa, que permitiram chegar a um acordo com a TAP.

“Cumpri o meu papel neste processo, sempre de acordo com o dever fiduciário e sempre, em todo o momento, guiado pelos meus princípios e pela minha consciência. Não sei estar de outra forma na vida”, disse Paulo Neto Leite numa carta enviada aos trabalhadores na segunda-feira à noite, a que a Lusa teve acesso.

Paulo Neto Leite deixou na segunda-feira de ser presidente executivo (CEO) da Groundforce, cargo que passará a ser exercido pelo presidente do Conselho de Administração, Alfredo Casimiro, acionista privado da empresa de handling, segundo foi anunciado.

Após o anúncio do afastamento do cargo, Paulo Neto Leite escreveu aos trabalhadores da empresa de handling (assistência nos aeroportos), dizendo que “em todos os momentos” está “preparado para suportar as consequências” das suas decisões.

“[…] E nunca tomei uma decisão que me proteja, favoreça ou vá contra as minhas convicções”, lê-se na carta.

Neste âmbito, explica que em 19 de março, dia em que, depois de semanas de negociações, a Groundforce e TAP chegaram a um acordo, tomou “a decisão possível que permitiria o pagamento dos salários dos trabalhadores, protegendo assim a empresa e defendendo os seus stakeholders“.

“A partir desse momento continuei focado na única coisa que me preocupava nesse momento: garantir a continuidade da empresa, com a solução que permitia injetar liquidez através do aval do Estado a um empréstimo bancário”, acrescenta no dia em que o Conselho de Administração da empresa, liderado por Alfredo Casimiro, decidiu afastá-lo da liderança executiva, mas mantendo-se como administrador.

Ao longo destes anos dei o meu melhor e o melhor de mim, permitindo que todos os stakeholders beneficiassem do resultado de uma empresa saudável, próspera e operacionalmente eficiente. É um momento de garantir que estamos preparados para o futuro e para garantir a sustentabilidade da nossa empresa. Será por isso que continuarei a lutar todos os dias, como tenho feito até ao momento, agora noutro papel”, conclui.

Como a Lusa noticiou, Alfredo Casimiro comunicou aos trabalhadores que “para garantir uma mais eficiente capacidade de resposta e uma necessária coesão na gestão da companhia, foi decidido em Conselho de Administração alterar a composição da Comissão Executiva passando o presidente do Conselho de Administração a assumir também a presidência da Comissão Executiva”.

Em comunicado, a Pasagol, de Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundforce (50,1%), explica que “a destituição de Paulo Neto Leite, com efeitos imediatos, justifica-se por um conjunto de situações que configuraram uma violação grave dos deveres de lealdade”.

“Os acionistas entenderam que a confiança no até aqui CEO foi ferida de morte e que este não tem condições para conduzir os negócios sociais da empresa ou para se envolver na procura de soluções sustentáveis para a Groundforce”, refere.

Em 19 de março, depois de várias negociações, a Groundforce e TAP chegaram a um acordo, em que a companhia aérea adquiriu por cerca de sete milhões de euros equipamentos da empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos), que passa a pagar à TAP pelo aluguer deste material. Este acordo permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa e pagar os salários em atraso aos 2.400 trabalhadores.

O acordo foi fechado com três votos a favor – os dois administradores nomeados pela TAP e o presidente executivo da empresa de handling, Paulo Neto Leite –, a abstenção do presidente do Conselho de Administração, Alfredo Casimiro, e um voto contra, disse então à Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo adiantou à Lusa a mesma fonte, os dois administradores da Groundforce nomeados pela TAP, acionista minoritário (49,9%), aprovaram o acordo, a que se juntou Paulo Neto Leite, que já tinha manifestado na véspera a sua intenção de validar o acordo proposto pela TAP.

Por seu lado, o presidente da Pasogal absteve-se e o outro administrador nomeado pelo acionista privado, Gonçalo Carvalho, votou contra.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português e que é acionista minoritário e principal cliente da empresa que presta assistência nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

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Governo já pagou 25,3 milhões de euros em apoios às rendas comerciais

Foram mais de 22 mil as empresas que pediram ao Estado uma ajuda para suportar o peso da renda. Governo já entregou 25,3 milhões de euros em apoios.

Foram mais de 22 mil as empresas que, em dois meses, pediram ao Estado uma ajuda para suportar o peso que a renda tem nas contas, numa altura em que estas estão a ser fortemente afetadas pela pandemia. O ministro da Economia adiantou esta terça-feira que já foram pagos 25,3 milhões de euros em apoios a estas empresas.

Desde 4 de fevereiro, dia em que arrancou o Apoiar Rendas, o Governo recebeu 22.373 candidaturas, num total de 62,3 milhões de euros. Desse total, já foram pagos 25,3 milhões de euros, disse Pedro Siza Vieira, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação. Ou seja, 17% da dotação deste programa está esgotada.

Esta iniciativa, destinada a empresas com quebras de faturação, prevê que o Estado suporte uma parte da renda, dependendo das perdas: 30% da renda no caso de perdas entre 25% a 40% e 50% da renda no caso de perdas superiores a 40%. No primeiro caso, a ajuda do Estado vai até 1.200 euros por mês (total de 7.200 euros em seis meses) e, no segundo caso, até 2.000 euros mensais (total de 12.000 euros).

Estes apoios cobrem seis rendas mas, apesar dos limites mensais definidos, há ainda limites no valor total do apoio a receber: um estabelecimento não pode receber mais de 12.000 euros em apoios (perda superior a 40%), enquanto uma empresa (que pode ter vários estabelecimentos), não pode receber mais de 40.000 euros.

Com uma dotação de 150 milhões de euros, metade da anunciada pelo ministro da Economia em dezembro, o programa foi recentemente a alargado a mais contratos e mais empresários: empresários em nome individual e sem trabalhadores a cargo e contratos de cessão de exploração.

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Governo alarga apoio aos trabalhadores sem proteção para ter em conta impacto do confinamento

O apoio ao rendimento dos trabalhadores vai ser alargado, anunciou a ministra do Trabalho. Quebras resultantes do confinamento do início de 2021 vão ser tidas em conta no acesso a esta medida.

A ministra do Trabalho anunciou, esta terça-feira, que o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (AERT) vai ser alterado de modo a chegar a mais beneficiários. Segundo Ana Mendes Godinho, as quebras de faturação registadas no primeiro trimestre de 2021, por efeito do confinamento, vão passar a ser tidas em conta no acesso a esta medida. Esta mudança terá efeitos retroativos, precisou a responsável no Parlamento.

O AERT foi criado no âmbito do Orçamento do Estado para 2021 e abrange os trabalhadores (por conta de outrem, independentes, estagiários, informais, sócios-gerentes e empresários em nome individual) que estejam em situação de desproteção económica, por terem perdido a proteção no emprego este ano, por estarem em desemprego involuntário sem acesso a proteção ou por registarem quebras significativas de faturação.

Assim, está atualmente previsto que uma das “vias” de acesso a esta medida para os trabalhadores independentes e os trabalhadores do serviço doméstico (que tenham, pelo menos, três meses de contribuições nos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento) é apresentar uma quebra do rendimento relevante médio mensal superior a 40%, no período de março a dezembro de 2020, face ao rendimento relevante médio mensal de 2019 e, cumulativamente, entre a última declaração trimestral disponível à data do requerimento do apoio e o rendimento relevante médio mensal de 2019.

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho anunciou, contudo, essa “via” vai sofrer agora alterações. Em vez de se considerar apenas as quebras registadas entre março e dezembro, vai passar a poder ser tida em conta, em alternativa, a quebra de faturação dos requerentes no primeiro trimestre de 2021 face ao rendimento médio de 2019. Isto de modo a “garantir que as quebras sofridas no confinamento serão tidas em conta”.

Ana Mendes Godinho detalhou que esta alteração terá efeitos retroativos, pelo que os trabalhadores que já tenham pedido a medida, mas não receberam ainda “luz verde” da Segurança Social vão também beneficiar desta mudança. Neste momento, há cerca de 21 mil pedidos pendentes, dos quais 60% não cumprem a quebra de faturação atualmente exigida. Esses trabalhadores poderão, assim, passar a receber o apoio, com a alteração agora anunciada.

O apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores prevê a atribuição de uma prestação que varia entre 50 euros e 501,16 euros, na generalidade dos casos. A concessão desta ajuda é atribuída mediante avaliação da condição de recursos, isto é, a Segurança Social verifica que a média dos rendimentos e património do agregado não ultrapassa o limiar da pobreza.

Simplificar planos prestacionais para regularizar dívidas à Segurança Social

Esta terça-feira, a ministra do Trabalho anunciou, também, que será criado um novo mecanismo para simplificar os planos prestacionais para regularização de dívidas à Segurança Social. “Deixamos de exigir garantias e passa a haver um diferimento tácito”, sublinhou a governante, referindo que a medida já foi assinada e está agora a aguardar publicação.

A ministra do Trabalho aproveitou, além disso, para fazer um balanço dos apoios extraordinários criados em resposta à Covid-19. Só em 2021 e até ao momento, foram pagos 951 milhões de euros em apoios, disse Ana Mendes Godinho, pela Segurança Social e pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “Isso significa mais 59% face à média da despesa mensal de 2020 com as medidas extraordinárias criadas no âmbito da Covid-19”, frisou a governante.

Também o ministro da Economia está a ser ouvido esta manhã no Parlamento, tendo avançado que, de dezembro a março, só a fundo perdido foram pagos 1.300 milhões de euros às empresas, “entre apoios ao emprego e outros apoios a fundo perdido”. Siza Vieira fez questão de salientar, ainda assim, que as medidas em causa têm como objetivo “mitigar o impacto da pandemia” e não compensar de modo integral esse impacto”. Aliás, em resposta ao PCP, o ministro da Economia reconheceu que, por exemplo, nos apoios a fundo perdido, há situações de empresas com quebras que continuam fora das medidas, mas adiantou que não há capacidade para ir caso a caso apreciar essas situações.

Quanto ao Apoiar (conjunto de programas de subsídios a fundo perdido), o ministro da Economia avançou que, no total, já foram apresentadas 91 mil candidaturas e foram aprovados 1.033 milhões de euros às empresas, dos quais 734 milhões de euros já foram pagos.

Tudo somado, Pedro Siza Vieira garantiu que o “Governo não poupou nos apoios” e até foi capaz de dar apoios para além do que estava no Orçamento do Estado, como aconteceu com o alargamento e reforço do programa Apoiar.

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