Governo sorteia 54 casas de renda acessível em 10 cidades

Habitações estão localizadas em Águeda, Beja, Figueira da Foz, Guarda, Mação, Paços de Ferreira, Reguengos de Monsaraz, Santo Tirso, Sines e Trancoso.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) vai abrir um novo concurso de renda acessível, com 54 casas espalhadas de norte a sul do país. As candidaturas abrem a 7 de abril e as habitações serão atribuídas por sorteio.

No âmbito do Programa de Arrendamento Acessível (PAA), o Governo vai sortear 54 casas — T1 a T4 — com rendas abaixo do valor de mercado, informou o Ministério da Habitação esta quinta-feira em comunicado. Os imóveis estão localizados em dez cidades: Águeda, Beja, Figueira da Foz, Guarda, Mação, Paços de Ferreira, Reguengos de Monsaraz, Santo Tirso, Sines e Trancoso.

Os contratos de arrendamento que venham a ser celebrados destinam-se a habitação permanente dos futuros inquilinos, sublinha a nota. Para se inscreverem, os interessados devem estar registados na Plataforma do Arrendamento Acessível e reunir as condições e requisitos previstos.

As candidaturas arrancam a 7 de abril e manter-se-ão abertas durante 10 dias. O processo é feito no Portal da Habitação, sendo o sorteio posteriormente realizado no mesmo site.

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Há mais 11 mortes e 592 infetados com Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia o país soma 822.314 casos e 16.859 óbitos por Covid-19.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira dá conta de mais 592 infetados com SARS-CoV-2 e 11 mortes com a doença. Desde o início da pandemia o país soma 822.314 casos e 16.859 óbitos por Covid-19.

Segundo a DGS, já 778.912 pessoas recuperaram da doença, mais 702 que na quarta-feira. Atualmente, há 26.543 casos ativos, menos 121 que no dia anterior.

O número de internados continua a diminuir, estando agora 538 pessoas hospitalizadas (menos 20 que na quarta-feira). No entanto, nos cuidados intensivos estão mais dois doentes que no dia anterior (129 no total).

Boletim de 1 de abril

Mais de metade das mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (seis). As restantes foram assinaladas no Norte (quatro) e Centro (uma). Quanto aos novos casos, é também Lisboa que regista o maior número (267). Segue-se o Norte (150), Algarve (64), Centro (41), Alentejo (35), Madeira (26) e Açores (nove).

O boletim desta quinta-feira indica ainda que estão mais 150 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde depois de terem contacto com algum caso positivo. No total, estão 15.950 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h17)

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Bastonária recomenda adiar submissão da declaração de IRS para a próxima semana

  • Lusa
  • 1 Abril 2021

Ordem dos Contabilistas recomenda que a declaração de IRS não seja submetida na primeira semana do prazo de entrega "porque o portal das Finanças ainda está a ser ajustado e a serem detetados erros".

A Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) recomenda “sempre” que a declaração de IRS não seja submetida na primeira semana do prazo de entrega deste procedimento fiscal, que começou esta quinta-feira, revelou a bastonária da OCC, Paula Franco.

“Recomendamos sempre que na primeira semana não se envie [ao fisco a declaração de IRS], porque [o sistema do portal das Finanças] ainda está a ser ajustado e a serem detetados erros”, disse a bastonária, em declarações à Lusa.

Paula Franco ressalva, no entanto, que se as declarações forem submetidas já nesta primeira semana, também “não há qualquer problema“, já que que a Ordem tem “vários testemunhos” de entregas já concretizadas, no prazo que está em curso, “que correram bem”, ainda que “algumas com erros, mas que se conseguem ultrapassar”.

A bastonária lembra que os primeiros dias, do prazo de submissão das declarações de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) “são sempre de ajustes“, razão pela qual diz ser “normal” que, mesmo depois de feitos testes ao sistema, quando entra em funcionamento a entrega da declaração para todos os cidadãos, aconteça “muitas vezes” serem detetados outro tipo de erros.

“Mas nada que impeça o envio do IRS”, ressalva Paula Franco, advertindo os contribuintes para a necessidade de verificarem os valores, mesmo aqueles que optam pela declaração automática que é previamente preenchida pelo fisco.

“Em qualquer altura, seja agora ou mais tarde, os dados têm sempre de ser confirmados, pois existe risco de algo não estar inscrito nos rendimentos ou deduções”, avisou.

Mesmo os contribuintes mais inexperientes e com dificuldades devem fazer esse esforço, alertou, esclarecendo que, perante a declaração de IRS automático, devem verificar “alínea a alínea” se está tudo correto, lembrando a importância desta verificação pelos arrendatários, para que as rendas possam ser contabilizadas pelo fisco como despesa.

Quanto aos problemas no acesso ao portal das Finanças, denunciado nas redes sociais, a bastonária admitiu que os sistemas informáticos não têm capacidade, muitas vezes, para corresponder a todos os acessos dos contribuintes.

“Deviam ter [essa capacidade], efetivamente, se pensarmos em termos daquilo que seria perfeito. Mas, na prática, aquilo que temos verificado é que os problemas dos sites existem sempre e há sempre alturas em que não estão com capacidade para absorver todo o tipo de acessos“, considerou.

Paula Franco explicou que quando surge um grande fluxo de pessoas a tentar aceder ao portal das Finanças, “inevitavelmente há problemas” e que hoje, com o início oficial da campanha de IRS, é possível que existam muitos acessos e isso bloqueie o site.

“Infelizmente isso é normal”, concluiu a bastonária.

O prazo oficial de entrega do IRS arrancou esta quinta-feira e, tal como em anos anteriores, foi já possível fazer simulações e entregar a declaração em dias anteriores, registando-se já, até às 11:41 desta quinta-feira, a submissão de 253.596 declarações de IRS.

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Isentar de IRS as medidas Covid foi “decisão mais correta pela natureza dos apoios”, diz Mendonça Mendes

  • ECO
  • 1 Abril 2021

O secretário de Estado aponta que foi necessário um "trabalho muito apurado para fazer distinção" entre as medidas extraordinárias aplicadas devido à pandemia.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais reitera que a distinção entre as medidas extraordinárias que pagam IRS, nomeadamente com o complemento de estabilização e apoio aos recibos verdes a não estarem sujeitos a tributação, foi a “decisão mais correta do ponto de vista do que é a natureza dos apoios que se está a prestar a estas pessoas”, decorrendo da perda de rendimentos, em entrevista à Antena 1.

Questionado sobre esta opção, António Mendonça Mendes aponta que “muitas das prestações criadas para manutenção de postos de trabalho ou compensação da perda de rendimentos não têm integração no sistema como ele existia”. Desta forma, foi necessário um “trabalho muito apurado para fazer distinção”.

Por um lado, há a compensação de retribuições, como o lay-off, que “tem a ver com salário”, e depois há “apoios pagos diretamente pela Segurança Social aos trabalhadores”, que, não tendo enquadramento na Lei de Bases, “não são consideradas prestações sociais”. Desta forma, o Governo entendeu “clarificar em termos de lei que esses apoios Covid são equiparados a apoios sociais e nessa medida não são sujeitos a tributação”.

Com esta clarificação, entre as medidas extraordinárias, só o lay-off simplificado e o apoio aos pais pagam IRS. Já o apoio à retoma progressiva é outra das medidas extraordinárias que estão sujeitas a IRS, mas como o apoio foi pago ao empregador, deve ser declarado na Modelo 3 como “salário normal”, isto é, rendimento da categoria A.

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Atividade industrial da Zona Euro cresce a um ritmo sem precedente em março

  • Lusa
  • 1 Abril 2021

A atividade do setor industrial da Zona Euro expandiu-se em março a um ritmo sem precedente, devido aos aumentos recordes de encomendas, das exportações e do consumo, avança a IHS Markit.

A atividade do setor industrial da Zona Euro expandiu-se em março a um ritmo sem precedente, graças a aumentos recordes de encomendas, das exportações e do consumo, anunciou esta quinta-feira a IHS Markit.

O índice PMI (Purchasing Managers’ Index) industrial da Zona Euro da IHS Markit subiu para 62,5 pontos em março, contra uma estimativa flash de 62,4 pontos e os 57,9 pontos em fevereiro.

Em março no setor industrial da Zona Euro registaram-se aumentos máximos da produção, das novas encomendas e da procura externa e interna.

Os atrasos sem precedentes do lado da oferta impulsionaram o aumento mais pronunciado dos custos das entregas nos últimos 10 anos.

Comentando os dados finais do PMI industrial, o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, sublinhou que “o setor transformador na Zona Euro está em franca expansão”, porque em março a produção e as encomendas aumentaram a um ritmo sem precedentes nos quase 24 anos de história do cálculo dos PMI.

A tendência ascendente foi generalizada em toda a Zona Euro, embora centrada na Alemanha, que registou uma expansão recorde particularmente forte durante o mês, uma vez que as fábricas beneficiaram do aumento da procura interna e de uma retoma do crescimento das exportações, acrescentou Williamson.

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Mais de 250 mil declarações de IRS já foram submetidas no Portal das Finanças

  • Lusa
  • 1 Abril 2021

Oficialmente o prazo de entrega começou esta quinta-feira, mas desde o último dia de março foi possível fazer simulações no portal e até submeter a declaração.

Mais de 250 mil contribuintes já submeteram a declarações de IRS, segundo estatísticas do Portal das Finanças, apesar de se registarem constrangimentos no acesso ao portal no primeiro dia de entrega da declaração deste imposto.

Oficialmente o prazo de entrega começou esta quinta-feira, mas desde o último dia de março foi possível fazer simulações no portal e até submeter a declaração, razão pela qual, até às 24h00 de quarta-feira, o Portal das Finanças registou a entrega de 198.399 declarações de Imposto sobre as Pessoas Singulares (IRS).

Segundo fonte oficial das Finanças, até às 11h41 desta quinta-feira foram submetidas 253.596 declarações.

Sobre os constrangimentos no acesso ao portal, denunciados nas redes sociais, o Ministério das Finanças disse à Lusa que “é natural, e comum todos os anos, que nas primeiras horas exista uma sobrecarga de acessos ao sistema, e que por outro lado, sejam necessárias correções ao sistema em face das alterações introduzidas este ano“.

“É por isso que apelamos a que não haja uma ‘corrida’ nas primeiras horas”, sublinhou o gabinete de João Leão.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, em declarações à Antena 1, afirmou esta quinta-feira que, este ano, é “expectável” que os reembolsos cheguem mais cedo aos bolsos dos contribuintes, mas apelou a que os contribuintes não se apressem na entrega.

“Os portugueses habituaram-se que os reembolsos fossem cada vez mais rápidos”, disse, recordando que o ano passado foi excecional, e menos rápido, porque o início da campanha de IRS coincidiu com o confinamento.

A nossa expetativa é que possamos voltar aos prazos que tínhamos há dois anos“, disse, referindo-se a um prazo inferior a duas semanas, como em 2019.

Quanto ao valor do reembolso, o governante lembrou que “dependerá muito das despesas que foram feitas” pelos contribuintes, e registadas no e-fatura, admitindo que “é um facto objetivo que foram registadas menos despesas no portal” relativas ao ano passado.

O governante apelou a “que não haja corrida aos primeiros dias” de submissão da declaração de impostos, mas ressalvou que o Fisco “está em condições” de assegurar uma campanha com tranquilidade e reembolsos com rapidez.

As primeiras liquidações não são feitas em massa, mas em menor escala para afinar questões de adaptação do sistema, explicou, adiantando que alterações introduzidas nos impostos, como este ano 30% do rendimento dos jovens não ser tributado, “tem de ser testada em contexto real”, sendo por isso mais seguro adiar submeter a declaração de IRS.

A entrega da declaração anual do IRS relativa aos rendimentos auferidos em 2020 arranca esta quinta-feira, prolongando-se até 30 de junho, com quase de dois terços dos contribuintes a poderem, se assim o quiserem, beneficiar do IRS automático.

Tal como sucede desde 2018 entrega da declaração do IRS tem de ser feita exclusivamente por via eletrónica o que implica que os contribuintes estejam na posse de uma senha válida de acesso ao Portal das Finanças.

Com o alargamento do IRS automático a novas tipologias de rendimentos, o universo potencial de agregados familiares que pode este ano beneficiar deste automatismo ascende a 3,5 milhões, de acordo com o número indicado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, à Lusa, o que equivale a quase dois terços dos que no ano passado entregaram declaração de IRS.

No ano passado, foram entregues cerca de 5,6 milhões de declarações de IRS, 523 mil das quais logo no primeiro dia.

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Moody’s mais otimista para a banca portuguesa. Sobe outlook

Agência de rating elevou o outlook da banca nacional para "estável" em "resultado da melhoria das condições económicas à medida que a região recupera da pandemia".

A Moody’s reviu em alta a sua visão sobre alguns dos sistemas bancários europeus, tendo decidido elevar o outlook que tem para a banca portuguesa de “negativo” para “estável”. Recuperação da economia após a forte quebra por causa da pandemia explica o otimismo da agência de notação financeira norte-americana.

“O outlook sobre cinco sistemas bancários europeus foram revistos para ‘estável’ de ‘negativo'”, refere a Moody’s numa nota a que o ECO teve acesso. Entre esses cinco sistemas está o de Portugal, mas também o da Noruega, Hungria, Finlândia e o da Eslováquia, em “resultado da melhoria das condições económicas à medida que a região recupera da pandemia”, diz.

“Prevemos que qualquer deterioração na qualidade dos ativos dos bancos seja moderada e que os seus lucros aumentem assim que as economias recuperem da forte quebra registada por causa da crise pandémica”, diz a Louise Lundberg, vice-presidente da Moody’s.

“Apesar de alguns sinais positivos, o clima de negócios permanecerá desafiante à medida que os governos dos vários países começam, gradualmente, a retirar as medidas de apoio e as economias recuperam a diferentes velocidades”, acrescenta a especialista.

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Desconfinamento reforça recuperação da economia, diz o Banco de Portugal

O desconfinamento puxou pela economia na última semana de março, mostra o indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal.

A economia portuguesa voltou a recuperar na quarta semana de março. A conclusão resulta do “indicador diário de atividade económica” do Banco de Portugal, que mede o pulso à atividade económica através de indicadores como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas e os pagamentos com cartão.

O “salto” na recuperação, superior até ao da semana passada, prende-se com o facto de a comparação ser feita com o ano passado. Ora, no ano passado, por esta altura, o país já estava em confinamento por causa da pandemia.

“Na quarta semana de março, o indicador diário de atividade económica voltou a registar uma variação homóloga muito superior à da semana anterior. Tal reflete o agravamento acentuado dos indicadores no mesmo período de 2020, aquando do primeiro estado de emergência, acentuando a evolução em termos homólogos”, explica o Banco de Portugal. Ainda assim, acrescenta que “esta recuperação é reforçada pela atual fase de desconfinamento”.

Indicador diário de atividade económica:

Fonte: Banco de Portugal

De forma a apresentar a informação sem o efeito da pandemia, o Banco de Portugal passou também a apresentar o indicador diário comparado com 2019.

“Para mitigar a influência na análise económica deste efeito base muito marcado, calcula-se a taxa bienal, o que corresponde a acumular as taxas de variação do DEI em dias homólogos, para dois anos consecutivos”, explica o supervisor liderado por Mário Centeno. Mesmo assim, a conclusão é a de que a melhorou.

Indicador acumulado a dois anos:

Fonte: Banco de Portugal

O indicador diário de atividade económica tem sido publicado todas as quintas-feiras pelo Banco de Portugal, para permitir avaliar a evolução da economia com mais frequência. Isto porque o indicador principal, o PIB, é apenas atualizado de três em três meses.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h21)

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Fusões e aquisições tiveram melhor início de ano desde 1980

  • ECO
  • 1 Abril 2021

Foram fechados negócios no valor de 1,3 biliões de dólares nos primeiros três meses do ano.

A atividade global de fusões e aquisições teve o início de ano mais forte em quatro décadas, de acordo com o Financial Times. Com a abundância de aquisições nos Estados Unidos e as SPAC (sigla em inglês para empresas veículo para realizar aquisições) a assumirem um papel cada vez expressivo, nem a recuperação lenta da economia depois dos confinamentos travou esta atividade. Foram fechados negócios no valor de 1,3 biliões de dólares nos primeiros três meses de 2021, mais do que em qualquer primeiro trimestre desde, pelo menos, 1980. Este aumento deu aos bancos de investimento o seu trimestre mais lucrativo em, pelo menos, 20 anos, trazendo mais de 37 mil milhões de dólares em comissões.

As aquisições feitas nos EUA foram responsáveis por grande parte deste aumento, com mais 160% que no primeiro trimestre de 2020 (altura em que o país, e o mundo, foram atacados em força pela Covid-19). Vários dos maiores negócios envolveram SPAC. Nos EUA, o valor das fusões de SPAC totalizou 172 mil milhões de dólares, representando mais de um quarto do valor total das transações.

É o terceiro trimestre consecutivo em que o valor dos negócios ultrapassa esta fasquia, tendo caído para pouco mais de metade desse valor na primavera do ano passado. Em plena pandemia, o objetivo era salvar empresas e não comprar outras. De acordo com o jornal britânico, o ressurgimento das fusões e aquisições deve-se, em parte, ao pacote de estímulos, ainda sob governação de Trump, de mais de três biliões de dólares.

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Moscovo obriga a uso de programas russos em todos os telemóveis e computadores

  • Lusa
  • 1 Abril 2021

Nova legislação obriga a pré-instalação de software ou aplicações nacionais em todos os telemóveis, tablets, computadores ou outros aparelhos eletrónicos. Multas começam a ser aplicadas em julho.

Nova legislação russa torna obrigatória a pré-instalação de software ou aplicações nacionais em todos os telemóveis, tablets, computadores ou outros aparelhos eletrónicos. A lei entrou esta quinta-feira em vigor e aplica-se também aos equipamentos que tenham sido importados.

As infrações vão ser punidas por multas que vão começar a ser aplicadas a partir do próximo mês de julho.

A lei foi promulgada em 2019 pelo presidente Vladimir Putin e devia ter sido aplicada em julho de 2020, tendo sido apresentada como um meio de promoção das empresas tecnológicas russas face à concorrência estrangeira.

Os opositores afirmam que se trata de uma nova tentativa de controlo dos meios de comunicação eletrónicos.

Os serviços que têm de ser obrigatoriamente pré-instalados pertencem a dois gigantes de internet russos: Yandex e Mail.ru que fornecem “as redes sociais russas”, Odnoklassniki e VKontakte. A lista incluiu igualmente os programas da empresa Kaspersky Lab.

Na Rússia, esta controversa legislação é apelidada como “Lei anti-Apple”, numa referência ao fabricante norte-americano que, até ao momento, se tem recusado a pré-instalar outras aplicações que não sejam as da própria companhia.

As autoridades russas têm agravado drasticamente as formas de bloqueio das redes sociais estrangeiras e interditado portais ligados à oposição, assim como prejudicam o funcionamento de serviços de internet que dão voz à oposição e que se recusam a cooperar com o regime.

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Mortalidade em março ficou abaixo da média dos últimos cinco anos

  • ECO
  • 1 Abril 2021

Entre 8 e 21 de março faleceram 4.219 pessoas em território nacional, um número abaixo da média observada entre 2015 e 2019.

Entre 8 e 21 de março faleceram 4.219 pessoas em território nacional, um número abaixo da média observada entre 2015 e 2019. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o novo coronavírus foi responsável por 5,2% do total de mortes ocorrido neste período.

“Nas semanas 10 e 11 (8 a 21 de março) registaram-se em Portugal, respetivamente, 2.128 e 2.091 óbitos, menos 216 e menos 193 óbitos que a média de 2015-2019. O número de óbitos por Covid-19 foi de 129 e de 90, representando, respetivamente, 6,1% e 4,3% do total de óbitos”, refere o INE.

Estes números mostram que a mortalidade está a diminuir no país, tal como já se tinha verificado entre o final de fevereiro e o início de março, altura em que a mortalidade tinha ficado abaixo da média pela primeira vez desde junho do ano passado.

Uma análise mais fina mostra que 70,4% das mortes corresponderam a pessoas com 75 ou mais anos. O INE refere que, comparando com a média de 2015 a 2019, “o número de óbitos reduziu em todos os grupos etários, com exceção dos grupos 65-69 anos e 70-74 anos”. A maior redução observou-se no grupo etário de 85 a 89 anos, com menos 140 óbitos que a média 2015-2019 (-14,3%).

Já no que toca a regiões, o Norte, o Centro e a Área Metropolitana de Lisboa concentraram 81,8% dos óbitos. Em termos de número de óbitos por 100 mil habitantes, o Alentejo (54,3), o Centro (46,8) e o Algarve (42,6) apresentaram naquelas duas semanas valores superiores ao nacional (41). Ainda nesse período, 62,9% dos óbitos ocorreram em estabelecimento hospitalar.

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“Capitalização pública estava disponível e nenhum pedido foi apresentado”, diz Maria Luís Albuquerque sobre a resolução do BES

Ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque garante que não foi feito qualquer pedido de capitalização pública do BES em 2014. Lembra que a linha da troika tinha 6,4 mil milhões de euros.

A recapitalização pública do Banco Espírito Santo (BES) era uma possibilidade prevista na lei e havia uma linha disponível para que fosse feito, mas nenhum pedido foi apresentado. A garantia é dada pela ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, numa audição parlamentar esta quinta-feira no âmbito do inquérito ao Novo Banco.

A linha de capitalização pública estava disponível e nenhum pedido foi apresentado“, diz Maria Luís Albuquerque. Questionada sobre se a recapitalização pública foi discutida, respondeu: “Não foi. Havia essa possibilidade prevista na legislação, mas nunca foi discutida com o Governo”. A linha da troika tinha 6,4 mil milhões de euros.

A social-democrata era a ministra das Finanças em funções quando, no fim de julho de 2014, as dificuldades do BES tornavam inevitável a rutura. Nos dias que se seguiram à apresentação de resultados, Governo, Banco de Portugal e a gestão do banco tiveram vários encontros em que Maria Luís Albuquerque relata ter informado Vítor Bento (que liderou o BES e mais tarde o Novo Banco após a saída de Ricardo Salgado) sobre a legislação disponível.

Os moldes em que Vítor Bento estaria a pensar numa recapitalização pública já não era a legislação em vigor“, explica, relatando que uma opção como a do Banif, por exemplo, já não existia devido à mudança na lei bancária europeia. A recapitalização ou a resolução teriam as mesmas consequências para acionistas ou credores subordinados.

Por outro lado, para os contribuintes, a nacionalização “teria multiplicado os custos não sei quantas vezes” e teria de estar sujeito às regras de auxílios de Estado. “A ideia de que era possível pôr-se dinheiro público para que ficasse lá muitos anos à espera que ganhasse valor era uma ideia romântica. Não era possível“. Explicou que foi feita uma estimativa aos custos da liquidação face ao impacto da resolução, não tendo sido calculada qualquer outra opção.

Finanças não validaram valor da resolução

Ao longo desse fim de semana, há uma série de reuniões e o Banco de Portugal viria a comunicar ao Governo que seria aplicada a medida de resolução. “Nessa altura não me ocorreu perguntar-lhe qual o valor necessário“, diz. “Nunca poderia dizer que sim ou não ao valor apurado”, garante. “Nunca estabeleci um teto ao valor, nem tinha condições para o fazer. Não estabeleci nenhum patamar máximo, a única coisa que me lembro de dizer é que era muito dinheiro“.

Após uma estimativa que apontava para um intervalo entre 5 e 5,5 mil milhões de euros, o valor da resolução foi colocado nos 4,9 mil milhões de euros. “Achei que era muito dinheiro”, aponta, mas rejeita que o Governo tenha tido qualquer influência na decisão relativa ao montante. Sobre a possibilidade de não ter havido “vontade política” para um valor mais alto, diz: “a interpretação política que foi feita a mim não me responsabiliza”.

"Nunca estabeleci um teto ao valor, nem tinha condições para o fazer. Não estabeleci nenhum patamar máximo, a única coisa que me lembro de dizer é que era muito dinheiro.”

Maria Luís Albuquerque

Ex-ministra das Finanças

Não só não discutiu o valor como não participou na divisão entre ativos bons e maus, que sublinha ser responsabilidade do Banco de Portugal e rejeita que o Governo devesse ter controlado de forma mais próxima as contas. “Eu não discuti o valor porque o Ministério das Finanças não participa na separação dos ativos e dos passivos. Não tem qualquer possibilidade de participar nessa separação ou nessas contas”.

Quando se faz uma resolução num fim de semana, não há tempo para fazer avaliações de ativos“, refere. A ex-ministra diz ainda nunca ter sido contactada sobre insuficiências na situação de capital, sublinhando que o balanço de abertura só foi fechado em dezembro pelo que o Novo Banco não chegou a incumprir com os rácios em capital. “Não fui contactada em agosto ou posteriormente sobre essa a matéria”.

Nesta segunda fase de inquérito, que se segue à fase de resolução, os deputados procuram apurar o que falhou na primeira tentativa de venda do banco, em 2015, ou seja, um ano depois da resolução (sendo que o prazo de venda era de dois anos). Chegou a haver sete bancos na corrida, mas a crise nos mercados asiáticos e as preocupações com a Grécia nesse verão levou o negócio a cair, segundo Maria Luís Albuquerque.

“Lamentavelmente não aconteceu”, diz, garantindo que nunca teve acesso às propostas e respetivas condições. “O que o Banco de Portugal me comunicou é que face ao grande interesse e à diminuição das incertezas externas e internas, haveria condições para relançar o processo de forma bem-sucedida. Esperava sinceramente que, no início desse processo de venda, fosse possível fazê-lo”.

O prolongamento do prazo de venda nunca foi pedido pelo Governo pois “um banco de transição deve ser vendido o mais rápido possível”, de acordo com a ex-governante. “Não tem acionista, tem muitas restrições à sua atividade. É, em termos práticos, um banco sem dono, que não tem um acionista que defina uma estratégia”.

(Notícia atualizada às 13h30)

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