Criadores pretendem remodelar Superliga europeia após êxodo dos ingleses

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

"Dadas as correntes circunstâncias, vamos reconsiderar os passos a dar para remodelar o projeto", adiantaram os criadores da Superliga europeia de futebol em comunicado.

Os criadores da Superliga europeia de futebol revelaram esta quarta-feira, em comunicado, que pretendem remodelar aquela competição, depois de os seis clubes ingleses terem anunciado o seu abandono.

“Apesar da anunciada partida dos clubes ingleses, forçados a tal decisão devido à pressão exercida sobre eles, estamos convencidos de que a nossa proposta está completamente alinhada com as leis e regulamentos europeus, como foi demonstrado pela recente decisão judicial de proteger os direitos da Superliga”, pode ler-se no comunicado distribuído, após uma reunião telemática dos clubes que se mantêm.

Aquela estrutura acrescenta: “Dadas as correntes circunstâncias, vamos reconsiderar os passos a dar para remodelar o projeto, tendo sempre em conta que os nossos principais objetivos são oferecer aos adeptos a melhor experiência possível, além de garantir os mecanismos de solidariedade para toda a comunidade do futebol.”

As equipas espanholas do Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid e os italianos Juventus, Inter de Milão e AC Milan mantêm a proposta de uma nova competição europeia, “porque o sistema atual não funciona”. A saída dos ingleses Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham não provoca nenhuma alteração, acrescentam.

Os seis clubes ingleses co-fundadores da denominada Superliga europeia de futebol – Arsenal, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Chelsea – anunciaram a sua desistência da competição.

O Manchester City foi o primeiro dos clubes ingleses a oficializar, na terça-feira, a saída da Superliga, seguindo-se, pouco depois e praticamente ao mesmo tempo, Arsenal, Liverpool, Manchester United e Tottenham, antes de o Chelsea consumar o abandono de toda a ‘elite’ do futebol britânico, já na madrugada desta quarta-feira.

Com o anúncio da saída do Chelsea, o grupo de clubes fundadores da Superliga fica reduzido a metade, restando apenas seis dos primeiros 12 emblemas que foram anunciados há pouco mais de 48 horas: os espanhóis Real Madrid, FC Barcelona e Atlético de Madrid e os italianos AC Milan, Inter de Milão e Juventus.

Contudo, a comunicação social internacional adianta que Atlético de Madrid, AC Milan e Inter de Milão também se preparam para oficializar a saída em breve.

UEFA elogia abandono dos seis clubes ingleses do projeto

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, saudou esta quarta-feira a retirada de seis clubes ingleses, dos 12 promotores de uma Superliga privada, prometendo reconstruir a “unidade do futebol europeu”.

“O importante agora é seguir em frente e reconstruir a unidade do desporto e seguirmos em frente – juntos -“, afirma o presidente da UEFA em comunicado.

Ceferin, num gesto de apaziguamento diz que que é importante “mudar de ideias” e que “é admirável reconhecer um erro” referindo-se aos seis clubes que “reconsideraram”.

“Esses clubes cometeram um grande erro mas agora estão de volta e eu sei que têm muito a oferecer não só às nossas competições mas a todo o futebol europeu”, escreveu.

Entre os clubes ingleses que fizeram “meia-volta”, o Manchester City e o Chelsea estão nas semifinais da Liga dos Campeões.

Os outros seis clubes dissidentes, liderados pelo Real Madrid, anunciaram que vão “reconsiderar os passos mais adequados para reformular o projeto”.

No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição previa ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

(Notícia atualizada às 9h13 com o elogio da UEFA ao abandono dos seis clubes ingleses)

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Galp Energia recupera mais de 1% e PSI-20 sobe

Após uma forte queda na sessão anterior, a Galp Energia está a recuperar e a ajudar o PSI-20 a subir no início da sessão desta quarta-feira.

O PSI-20 está a valorizar 0,26% para os 4.960,84 pontos no arranque desta quarta-feira, recuperando das perdas da sessão anterior. Após ter penalizado fortemente o índice nacional esta terça-feira, a Galp Energia está a subir mais de 1,5% e a liderar os ganhos em Lisboa.

As bolsas europeias registaram esta terça-feira a sua pior sessão desde dezembro e de madrugada a negociação asiática também sofreu perdas. Em causa está o aumento do número de casos em todo o mundo, colocando em causa a recuperação económica esperada para os próximos meses, principalmente se for necessário mais confinamentos.

Esta quarta-feira é de recuperação ligeira com o índice lisboeta a seguir os passos das principais praças europeias. O Stoxx 600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,4%. O alemão DAX, o francês CAC e o britânico FTSE sobem 0,3% enquanto o espanhol IBEX avança 0,6%.

Em Lisboa, cinco cotadas seguem em baixa, duas estão inalteradas e as restantes valorizam. O destaque vai para a Galp Energia que sobe 1,74% para os 9,47 euros, após ter registado uma queda de 3,52% na sessão desta terça-feira.

Segue-se a Novabase com uma valorização de 1,51% para os 4,04 euros e a Ramada Investimento com uma subida de 1,06% para os 5,72 euros. Outras cotadas como o BCP, a Jerónimo Martins ou a REN estão a valorizar menos de 1%.

A conter a subida do PSI-20 está a EDP que desvaloriza 0,88% para os 4,93 euros e os CTT que cedem 0,7% para os 3,53 euros.

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Presidência portuguesa anuncia acordo provisório sobre neutralidade climática em 2050

  • ECO e Lusa
  • 21 Abril 2021

Negociadores concordaram em priorizar a redução das emissões sobre as remoções”, introduzindo-se “um limite de 225 megatoneladas de CO2 equivalente à contribuição de remoções para a meta líquida.

A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (EU) e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo político provisório que legisla o objetivo da neutralidade climática da União Europeia (UE) em 2050.

“Os negociadores do Conselho Europeu [ao qual Portugal preside] e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo político provisório que legisla o objetivo da neutralidade climática da União Europeia em 2050 e a meta de redução coletiva líquida das emissões de gases com efeito de estufa (emissões após a dedução de remoções) em pelo menos 55% no ano de 2030, por comparação com 1990”, pode ler-se no comunicado.

“Estamos satisfeitos com o acordo provisório hoje alcançado. A Lei Europeia do Clima é a ‘lei das leis’, definindo o enquadramento da legislação climática da UE para os próximos 30 anos”, salientou o ministro do Ambiente e da Ação Climática português.

“Hoje sentimos orgulho por termos lançado os alicerces de um objetivo climático ambicioso e capaz de congregar o apoio de todos. Com este acordo, enviamos uma mensagem forte ao mundo – precisamente na véspera da Cimeira de Líderes dedicada ao Clima, a 22 de abril – e abrimos caminho para que a Comissão avance, em junho, com a proposta do pacote climático ‘preparados para os 55’, sublinhou João Pedro Matos Fernandes, citado na mesma nota.

Por seu lado, a Comissão Europeia congratulou-se com o acordo provisório sobre a Lei Europeia do Clima alcançado entre os colegisladores. “O acordo obtido sobre este elemento essencial do Pacto Ecológico Europeu deixa-me profundamente satisfeita”, declarou a presidente Ursula von der Leyen. “O nosso compromisso político de nos tornarmos o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050 é agora também um compromisso jurídico. A Lei do Clima coloca a UE numa trajetória ecológica para toda uma geração e consubstancia o compromisso vinculativo que assumimos para com os nossos filhos e netos”.

“É um momento histórico para a UE”, acrescentou Frans Timmermans, vice-presidente executivo do Pacto Ecológico Europeu. “Alcançámos um acordo ambicioso para inscrever o nosso objetivo de neutralidade climática numa legislação vinculativa, que orientará as nossas políticas nos próximos 30 anos. A Lei do Clima moldará a recuperação ecológica da UE e assegurará uma transição ecológica socialmente justa. Com o acordo de hoje, é também reforçada a nossa posição proeminente à escala mundial na luta contra a crise climática. Quando, no Dia da Terra, se reunirem os líderes mundiais, a UE levará para a mesa das negociações esta excelente notícia, que, esperamos, servirá de inspiração para os nossos parceiros internacionais”.

No que diz respeito ao objetivo para 2030, a presidência portuguesa indicou também que “os negociadores concordaram quanto à necessidade de priorizar a redução das emissões sobre as remoções”, introduzindo-se “um limite de 225 megatoneladas de CO2 equivalente à contribuição de remoções para a meta líquida”.

Por outro lado, “também concordaram que a União Europeia deve ter como objetivo atingir um volume maior de sumidouros de carbono até 2030”.

Na mesma nota salienta-se que o acordo provisório “inclui outros componentes, tais como a formação de um Conselho Científico Consultivo Europeu para as Alterações Climáticas, composto por 15 especialistas científicos seniores de diferentes nacionalidades, com no máximo dois membros nacionais do mesmo Estado-Membro por mandato de quatro anos”.

O conselho independente ficará responsável por “fornecer aconselhamento científico e reportar as medidas da UE, as metas climáticas e os valores indicativos para os gases com efeito de estufa, bem como a sua consonância com a Lei Europeia do Clima e os compromissos internacionais da UE à luz do Acordo de Paris”.

Por outro lado, os negociadores “concordaram que a Comissão irá propor um objetivo climático intermédio para 2040, caso seja pertinente, o mais tardar seis meses depois da primeira avaliação global levada a cabo sob o Acordo de Paris”.

Ao mesmo tempo, “irá estimar e publicar um orçamento indicativo para os gases com efeito de estufa da União, para o período 2030-2050, conjuntamente com a respetiva metodologia”.

Este acordo provisório “também estabelece a ambiciosa meta de que a UE se esforce por alcançar o patamar das emissões negativas após 2050”, pode ler-se no comunicado.

Tanto o Conselho como o Parlamento têm ainda de validar o acordo.

Esta lei está no cerne do Pacto Ecológico Europeu, de maneira a permitir que a UE se apresente como um dos líderes no combate às alterações climáticas durante a Cimeira sobre o Clima, que está a ser organizada pelos Estados Unidos e que terá lugar a 22 de abril.

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Vendas no mercado nacional vão ter seguro de crédito de 500 milhões de euros

  • ECO
  • 21 Abril 2021

Quase um ano depois, o Governo vai avançar com uma medida que constava do PEES: irá criar um seguro de crédito de 500 milhões de euros para as vendas das empresas no mercado nacional.

O seguro de crédito para as vendas das empresas no mercado nacional — uma medida que constava do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) de junho de 2020 — vai concretizar-se agora, avança esta quarta-feira o Público (acesso condicionado). Este é um mecanismo semelhante ao atribuído às exportadoras, sendo que esta cobertura irá até a um máximo de 500 milhões de euros.

Esta medida irá ajudar dezenas de milhares de empresas nas vendas no mercado interno, evitando a exigência de pagamentos antecipados ou pronto-pagamento. Citando relatos de vários empresários, o Público refere que a inexistência deste seguro de crédito em 2020 terá levado à perda de clientes entre empresas pela dificuldade em arriscar perante a probabilidade de falha de pagamento.

De acordo com o Ministério das Finanças, há um despacho conjunto de João Leão e Siza Vieira pronto para ser publicado em Diário de República, entrando em vigor no dia seguinte. Posteriormente serão assinados acordos com seguradoras de crédito. A medida, que foi aprovada pela Comissão Europeia uma vez que envolve ajudas de Estado, estará em vigor até ao final deste ano.

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Portugal vai recomendar vacina da Johnson & Johnson para maiores de 60 anos

  • ECO
  • 21 Abril 2021

Portugal deverá seguir o procedimento definido, há duas semanas, para a administração da vacina da AstraZeneca.

Depois da Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter sustentado a confiança na vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, é agora da responsabilidade dos países definirem as recomendações para a sua administração. De acordo com o Diário de Notícias (acesso pago), e com a RTP (acesso livre), Portugal deverá seguir o procedimento definido há duas semanas para a vacina da AstraZeneca.

As autoridades de saúde deverão recomendar a aplicação desta vacina em indivíduos com idade superior a 60 anos. “Face à exposição da EMA é muito provável que haja uma decisão semelhante à que foi tomada com a vacina da AstraZeneca“, adiantaram fontes ao Diário de Notícias.

Esta é uma decisão que deverá ser tomada esta quarta-feira, numa reunião entre a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Infarmed. Ao que tudo indica, neste momento também se decidirá quando é que as 31.200 doses da vacina da Johnson & Johnson que já se encontram em território nacional podem começar a ser administradas.

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“Comissão de acompanhamento do PRR deve poder travar projetos”, diz Costa Silva

  • ECO
  • 21 Abril 2021

Depois de ter elaborado a visão estratégica do plano de recuperação, António Costa Silva foi convidado pelo primeiro-ministro para ser o presidente da comissão de acompanhamento do PRR.

António Costa Silva vai ser o presidente da comissão de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e espera ter poderes para conseguir travar projetos, se necessário. Além disso, “pode haver projetos que são executados, depois faz-se o balanço e podem ser corrigidos”, admite, exigindo que seja feita uma avaliação de custo-benefício de cada benefício.

Para o autor da visão estratégica que antecedeu o plano é necessário “descobrir modelos que assegurem a participação dos cidadãos, dos interlocutores, dos atores, na execução destes programas“. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o gestor diz que é preciso deixar as “lutas partidárias” de lado e contribuir para um consenso nacional na execução deste plano, garantindo que será “completamente independente”, inclusive do Governo.

Ao seu lado, na comissão de acompanhamento, terá outros independentes da sociedade civil, mas Costa Silva não revela quem serão ou quem os irá escolher, ainda que tenha o objetivo de promover a pluralidade. “Era muito importante na execução de um programa destes, que é um programa nacional, que interessa ao país todo, refletir o pluralismo das opiniões, chegar a um consenso, a um compromisso“, afirma. Garantindo que “ninguém é dono da verdade”, o gestor quer fazer parte do esforço de “fazer funcionar o país também de baixo para cima”.

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Hoje nas notícias: Janssen, PRR e seguro de crédito

  • ECO
  • 21 Abril 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Na atualidade desta quarta-feira, o destaque vai para a recomendação de limite mínimo de idade (60 anos) que Portugal deverá fazer para a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, após a Agência Europeia do Medicamento ter confirmado uma possível ligação entre a toma e a formação de coágulos. Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, António Costa Silva diz que a comissão de acompanhamento deverá poder travar projetos. E o Governo avança com um seguro de crédito de 500 milhões de euros para o mercado nacional.

Portugal vai recomendar vacina da Johnson & Johnson com limite de idade

Depois de a Agência Europeia do Medicamento ter sustentado a confiança na vacina da Johnson & Johnson, cabe agora aos países definir as recomendações para a sua toma. Em Portugal, deverá ser seguido o procedimento adotado para a vacina da AstraZeneca – recomendando-se a sua administração apenas a indivíduos acima dos 60 anos.Face à exposição da EMA é muito provável que haja uma decisão semelhante à que foi tomada com a vacina da AstraZeneca“, adiantaram fontes ao Diário de Notícias.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

“Comissão de acompanhamento do PRR deve poder travar projetos”, diz Costa Silva

António Costa Silva vai ser o presidente da comissão de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e espera ter poderes para conseguir travar projetos, se necessário. Além disso, “pode haver projetos que são executados, depois faz-se o balanço e podem ser corrigidos”, admite. Para o autor da visão estratégica que antecedeu o plano é necessário “descobrir modelos que assegurem a participação dos cidadãos, dos interlocutores, dos atores, na execução destes programas“. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o gestor diz que é preciso deixar as “lutas partidárias” de lado e contribuir para um consenso nacional na execução deste plano.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Vendas no mercado nacional vão ter seguro de crédito de 500 milhões

O seguro de crédito para as vendas das empresas no mercado nacional — uma medida que constava do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) de junho de 2020 — vai concretizar-se agora. Este é um mecanismo semelhante ao atribuído às exportadoras, sendo que esta cobertura irá até a um máximo de 500 milhões de euros. Esta medida irá ajudar dezenas de milhares de empresas nas vendas no mercado interno, evitando a exigência de pagamentos antecipados ou pronto-pagamento.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Recorde de novos mestrados para atrair alunos estrangeiros

A decisão do Governo de colocar um fim nos estudos integrados das universidades faz disparar o número de cursos disponibilizados em Portugal. Entre eles, registou um número recorde de cursos de mestrados, com o intuito de chamar à atenção de estudantes provenientes de países estrangeiros. Recentemente, a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior recebeu já um total de 121 pedidos de validação.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Ativista que interrompeu António Costa acusado de desobediência qualificada

O Ministério Público acusou o ativista Francisco Pedro de desobediência qualificada, por ter interrompido um discurso do primeiro-ministro, tirando-lhe o microfone, no jantar de aniversário do Partido Socialista de 23 de abril de 2019, como forma de protesto contra a construção do aeroporto no Montijo. Um crime que pode envolver uma pena de prisão que pode ir até aos dois anos. “Parece-me claro que há uma tentativa de tentar castigar quem ousa bater-se por aquilo em que acredita, por uma causa justa”, disse à Renascença o ativista do movimento Extinction Rebellion Portugal.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre)

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Portugal é o país da Zona Euro com maior risco de retoma lenta

A crise é outra, mas o padrão é o mesmo: a divergência entre o norte e o sul da Europa vai marcar a recuperação da economia pós-pandemia. Portugal é o país com maior risco de ter uma retoma lenta.

A equipa de research do banco holandês ING prevê que a dicotomia tradicional da Zona Euro entre o norte e o sul da Europa vai manter-se após a crise pandémica. Já se sabe que a Covid-19 teve um maior impacto nos países do Sul e agora perspetiva-se que a retoma seja mais lenta nestas zonas. Portugal não é exceção, pelo contrário: é o país mais vulnerável a ter uma retoma mais lenta, de acordo com o indicador de vulnerabilidade do ING.

A análise é clara ao dizer que a probabilidade de haver uma retoma rápida é muito mais favorável aos países que estão no centro e norte da Europa, ao passo que os da periferia correm o risco de uma “queda prolongada”. E mesmo as subvenções do Plano de Recuperação e Resiliência, que são maiores para os países mais afetados, não vão resolver o prolongamento dessa divergência, antecipam os analistas.

O índice de vulnerabilidade da ING, que mede o risco de uma retoma económica fraca, confirma a existência da divisão entre o norte e o sul, tal como na crise financeira e na crise das dívidas soberanas, e mostra que Portugal é o país da Zona Euro com um risco maior de ter uma recuperação lenta. Ao seu lado está Itália, Grécia e Espanha, exatamente os países mais afetados pela pandemia em 2020 em termos económicos.

Fonte: banco holandês ING.

Do outro lado da tabela está o Luxemburgo, a Irlanda, a Holanda, a Estónia e a Bélgica, sendo que estes países deverão ter uma retoma mais rápida do que a média da Zona Euro. No meio estão países como a Alemanha e França que figuram ligeiramente melhor do que a média europeia.

Os países do sul até podem ter uma recuperação forte no curto prazo, mas a preocupação dos analistas está na fase de recuperação pós-pandemia em que uma retoma lenta traga ao de cima “substanciais efeitos secundários negativos” provocados pelo intenso período da Covid-19.

O banco holandês exemplifica com o potencial de aumento das falências nestes países, incluindo Portugal, por causa do peso de certos setores nestas economias, como é o caso do turismo. Além disso, a percentagem de PME na economia também é mais elevada, em média, e a situação financeira pré-crise das empresas também era pior, em média. Tudo junto, o risco de problemas no setor privado é muito maior.

O principal mitigador deste risco é o estímulo orçamental, nomeadamente os orçamentos nacionais e as subvenções europeias. Até ao momento, segundo os analistas, as previsões dos países da Zona Euro têm sido “modestas” para 2021 e 2022, em comparação com 2020, perspetivando um redução do défice. “Isto põe a Zona Euro em risco de ficar para trás de países como os EUA que puseram um estímulo amplo no terreno para a fase de retoma”, assinalam os analistas.

Países mais vulneráveis mantêm estímulos durante mais tempo

Fonte: banco holandês ING.

A questão é que, se a média já tem este risco face aos Estados Unidos, esta esconde diferentes situações entre países europeus. E aqui há uma tendência que poderá ajudar a conter a divergência: o estímulo parece que irá ser retirado mais rapidamente em países com melhor desempenho enquanto as economias mais afetadas vão deixar os estímulos atuar durante mais tempo. Também o Plano de Recuperação europeu irá dar um maior impulso os países do Sul, o que poderá contribuir para uma maior divergência, mas sem resolver o assunto.

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Do Ambiente às Finanças, com quem falou a EDP sobre a venda das barragens?

A EDP não comunicou o negócio de venda das barragens ao Ministério das Finanças nem a à Autoridade Tributária, mas manteve contactos com o Ministério do Ambiente, APA, DGEG, REN, ERSE, entre outras.

O CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, foi recentemente ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a venda de seis barragens no Douro à francesa Engie, mas os deputados da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território não ficaram satisfeitos e pediram esclarecimentos adicionais.

A elétrica respondeu em detalhe a mais de 20 perguntas dos deputados e esclareceu, entre outras questões, com quem falou e não falou antes, durante e depois de concluído o negócio de venda do portfólio de aproveitamentos hidroelétricos na bacia do Douro.

A EDP informou a Autoridade Tributária do negócio antes da sua realização?

Em resposta aos deputados, a EDP confirmou que não fez qualquer comunicação prévia à AT. E diz porquê: “Tal comunicação não era aplicável em virtude de não se verificar nenhuma das características-chave previstas no artigo 5º da Lei nº 26/2020”. Além disso, o tema também não foi discutido no âmbito do Fórum dos Grandes Contribuintes e da Unidade de Grandes Contribuintes.

A elétrica esclarece ainda que não apresentou qualquer pedido de informação vinculativa prévia à AT, pois “entendeu não existirem dúvidas relativamente ao enquadramento fiscal da operação”.

A empresa foi questionada pelo Ministério do Ambiente e da Ação climática, ou outro organismo do Estado, sobre a necessidade de pagar importo de selo?

Aqui a resposta a EDP é “não”, referindo que cabe à Administração Fiscal assegurar a liquidação e cobrança dos impostos e exercer as ações de inspeção e justiça tributária.

Quais os membros do Governo e órgãos da administração pública com quem a EDP comunicou antes da realização do negócio?

A EDP explica que falou com as “entidades cuja aprovação era necessária”: APA, DGEG, REN, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Secretária de Estado do Ambiente, municípios onde estão localizadas as barragens, ERSE, Ministério do Ambiente, DGERT e OMIE.

Os contratos celebrados no âmbito deste negócio são do conhecimento do Governo?

De acordo com a EDP, não foram disponibilizados a quaisquer entidades competentes, contactadas no âmbito do processo, quaisquer contratos celebrados com o comprador. “Nem teria qualquer obrigação de o fazer, uma vez que se tratam de contratos celebrados entre duas entidades privadas”, sublinha a empresa, esclarecendo que nem a APA, DGEG ou REN solicitaram os documentos.

Houve algum contacto da EDP com o Ministério das Finanças?

A empresa esclarece que não contactou nem discutiu a transação com o Ministério das Finanças “uma vez que a realização da transação não se encontrava dependente de qualquer autorização ou parecer emitido pelo mesmo”. Houve no entanto uma reunião entre a EDP e a Parpública, no qual a empresa apresentou a transação de venda das barragens e o racional económico da mesma.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Conselho de Finanças Públicas analisa execução orçamental, no dia em que o IGCP faz dois leilões de bilhetes do Tesouro.

Serão conhecidos vários indicadores económicos esta quarta-feira, nomeadamente dados sobre o mercado de trabalho e sobre a balança de pagamentos do país. Já o Conselho das Finanças Públicas analisa a execução orçamental em 2020, no dia em que a OCDE divulga um relatório sobre as medidas ficais aplicadas na pandemia e que Portugal volta ao mercado.

IGCP volta ao mercado com leilões de bilhetes do Tesouro

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar esta quarta-feira dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidades em 16 de julho de 2021 e 18 de março de 2022. Os leilões a três e 11 meses têm um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

Eurostat publica dados sobre o mercado de trabalho

O Eurostat divulga esta quarta-feira os dados anuais do inquérito ao mercado laboral, bem como indicadores sobre a educação, no decorrer do ano de 2020, bastante marcado pela pandemia de Covid-19. Para além disso, o gabinete de estatísticas da União Europeia vai também divulgar dados relativos às horas de trabalho no último trimestre do ano passado.

Conselho das Finanças Públicas avalia execução orçamental

O organismo liderado por Nazaré Costa Cabral publica o parecer sobre a “evolução orçamental das administrações públicas em 2020“. É uma análise às contas públicas do ano passado. Entre janeiro e setembro de 2020, o Conselho das Finanças Públicas analisou as contas públicas, em contabilidade nacional, e calculou que a carga fiscal estava nos 33,5% nesse período, abaixo dos 33,8% no período homólogo.

Que medidas fiscais foram aplicadas na pandemia?

A OCDE lança uma edição especial do relatório Tax Policy Reforms 2021, que fornece uma visão geral das medidas fiscais introduzidas durante a crise Covid-19 em quase 70 jurisdições. O documento examina como as respostas variaram entre os países e evoluíram no último ano, oferecendo também algumas orientações sobre como as respostas podem ser adaptadas para enfrentar os desafios de curto prazo que os países enfrentam.

Banco de Portugal divulga dados da balança de pagamentos

O Banco de Portugal publica esta quarta-feira dados sobre a balança de pagamentos relativos ao mês de fevereiro deste ano. Para além disso, serão também conhecidos dados sobre o investimento direto nesse mês, bem como sobre o template de reservas internacionais de Portugal durante março de 2021.

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EDP diz que venda das barragens “não gera ganho”. Vai declarar mais valia de 216 milhões às Finanças

A empresa revelou aos deputados que "à venda de ações está associada uma mais-valia contabilística de 216 milhões de euros", que será agora declarada no Modelo 22 a entregar pela empresa às Finanças.

A EDP garante que “em termos reais e económicos, a transação [de venda de seis barragens no Douro à francesa Engie] não gera um ganho” para a empresa. “O preço recebido em 2020 pela EDP (cerca de 2,2 mil milhões de euros) não é superior ao valor despendido com estes aproveitamentos hídricos, com a regularização dos títulos de Miranda, Picote e Bemposta, em 2007, somado ao investimento nos reforços de potência e ao investimento em Baixo sabor, Feiticeiro e Foz Tua”, respondeu a elétrica às perguntas dos deputados e ao pedido de informação adicional enviado pela Comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, na sequência da audição do CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, perante aquela comissão.

No documento, ao qual o ECO/Capital Verde teve acesso, a EDP explica que “não existe neste processo mais-valia contabilística ou fiscal associada a cada uma das barragens, pois trata-se da venda de um portfólio, e não da venda ou trespasse de concessões”.

No entanto, revela que à venda de ações da Camirengia (empresa criada por cisão simples a partir da EDP Produção para deter as barragens) à Movhera (empresa criada pelo consórcio liderado pela Engie para adquirir estes ativos) “está associada uma mais-valia contabilística de 216 milhões de euros”, que será agora declarada no Modelo 22 a entregar pela empresa às Finanças (e que será escrutinado no âmbito da inspeção em curso pela Autoridade Tributária).

Ao todo são 28 páginas, 21 perguntas e 21 respostas, ao longo das quais a EDP confirma que não pagou o imposto de selo no valor de 110 milhões de euros, justifica porquê, e garante que cumpriu a lei e acautelou o interesse estratégico nacional na venda das barragens. O dossiê está agora entregue à Autoridade Tributária, que tem 12 meses para decidir se a EDP fez planeamento fiscal abusivo e se deve ou não 110 milhões de imposto de selo pela venda das seis barragens da EDP no Douro à francesa Engie, mas na esfera política o tema continua a servir de arma de arremesso entre oposição e Governo.

Esta terça-feira, o PSD entregou no Parlamento um novo requerimento dirigido ao Ministério do Ambiente e Ação Climática, no qual questiona porque não foi feita a “avaliação económica aprofundada” defendida num parecer intermédio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de julho de 2020. Nesse documento, frisam os sociais-democratas, os cálculos da APA “mostravam que a EDP mais do que triplicava o investimento realizado na transmissão das concessões” comparativamente ao valor pago ao Estado no âmbito da renegociação das concessões em 2007.

Tal como o ECO/Capital Verde já tinha noticiado, esta avaliação da APA apurou que o valor das barragens aumentou até 33 vezes entre 2007 e 2020, dando um salto de um valor contabilístico de 78,1 milhões para um valor atual de 1,7 mil milhões. A EDP vem agora esclarecer que este montante mais recente é “meramente indicativo” e não reflete a decomposição do preço oferecido pelo consórcio liderado pela Engie”.

A EDP diz que foi a própria APA a insistir em querer saber o valor individual de cada uma das barragens, “o que não constitui uma informação de que necessitasse para fazer a avaliação que lhe competia nos termos da lei”, aponta a elétrica.

“A EDP recebeu mais de 10 ofertas, todas elas traduzindo-se num único preço a pagar pela compra da empresa detentora do portfólio de barragens. A determinação do preço pelo comprador resultou num preço único de 2,2 mil milhões de euros. Não foi definida uma repartição individual para cada barragem. A avaliação resultou da gestão integrada do portfólio que implica um prémio estratégico quantificado em 20-30% do valor global da transação, pelo projeto industrial, pela oportunidade de entrada no mercado português e ibérico e pelas sinergias associadas”, esclarece a elétrica em reposta aos deputados.

Ainda assim, alerta agora o PSD no seu mais recente requerimento que, a meio do seu processo de avaliação, a APA referiu não estar “em condições de autorizar a transmissão já que está em causa o interesse público e a situação não é clara face aos processos judiciais, nacional e comunitário, que estão a decorrer”.

“Esta é uma questão que não pode deixar de ser muito preocupante e que obriga a uma avaliação jurídica e económica aprofundada, avaliando também a necessidade de se dar conhecimento da presente situação ao Ministério Público, apesar de ser público”, referia a APA nesse parecer, citado pelos sociais-democratas, que agora questionam o Governo porque é que não se promoveu a reavaliação do equilíbrio económico e financeiro dos contratos de concessão, antes de autorizar o negócio da venda das barragens.

Nos esclarecimentos adicionais aos deputados, a EDP dá já a resposta pedida entretanto pelo PSD e diz que “o portfólio avaliado em 2007 pelas entidades independentes contratadas pelo Estado [no âmbito da extensão do domínio hídrico, hoje alvo de processo judicial a decorre no Ministério Público] não é diretamente comparável com o portfólio abrangido pela transação de 2020” de venda das barragens. E diz ainda que essa mesma transação, por si só, não implica uma reavaliação do valor económico dos títulos de utilização do domínio público hídrico, como tem vindo a ser defendido.

Em 2007, três das barragens (no Douro Internacional) foram avaliadas por bancos independentes, no total, em 891 milhões de euros, sendo que apenas 661 milhões foram de facto pagos pela EDP para ver as concessões que lhe tinham sido atribuídas estendidas até perto de 2030. Caso a empresa realizasse investimentos nas mesmas, tal como aconteceu, essa extensão aumentaria por mais alguns anos: até 2042 no caso de Miranda Douro; até 2063 no Picote; e até 2056 na Bemposta.

No entanto, frisa a elétrica, apesar dos 661 milhões pagos, para os registos contabilísticos ficaram apenas os 78 milhões referidos no parecer da APA. “Em termos reais, é possível demonstrar que o preço a receber não permite à EDP compensar na totalidade o custo suportado com as concessões do Douro Internacional, e que este é claramente superior ao valor a receber por parte do comprador”, tinha já referido a elétrica num outro documento a que o ECO teve acesso.

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As rendas que recebi foram inferiores às despesas com a casa. Posso recuperar o prejuízo?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e que querem saber como aumentar o seu reembolso, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS ainda agora começou, mas existem já muitas dúvidas na mente dos contribuintes. Para todos aqueles que veem o preenchimento do IRS como um “bicho-de-sete-cabeças” e que querem saber como podem “engordar” o seu reembolso, o Guia Fiscal 2021, da Deco Proteste, oferece respostas para muitas destas questões.

Os portugueses têm até ao final de junho para entregarem as declarações de IRS relativas a 2020. Num ano em que mais 250 mil contribuintes passaram a estar abrangidos pelo IRS Automático, para um total de 3,6 milhões de pessoas, o Fisco tem agora até 31 de julho para devolver às famílias os valores que lhes são devidos a propósito do IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para o ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas. Cada uma será partilhada num dia diferente deste mês de abril.

Em 2020, as rendas que recebi foram inferiores às despesas com a casa. Posso recuperar o prejuízo?

Sim. Pode deduzir esse prejuízo nos seis anos seguintes a eventuais rendimentos prediais que venha a obter. Mas, para isso, é preciso optar pelo englobamento no quadro 6F do Anexo F. Como obteve prejuízo em 2020, na nota de liquidação de 2021 já deverá estar indicado o montante que pode ser reportado até aos seis anos seguintes, no quadro “A título informativo”.

Este ano, quando preencher o quadro 4.1 do Anexo F (ou 4.2 para arrendamentos de longa duração), mencione as rendas recebidas e as despesas tidas. Não precisa de inscrever o prejuízo do ano anterior. O Fisco faz todos os cálculos.

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