Nas notícias lá fora: Credit Suisse, AstraZeneca e impostos

Impacto causado pelo colapso da Archegos leva à saída de mais um responsável do Credit Suisse. Vendas da vacina Covid-19 da AstraZeneca chegaram aos 275 milhões de dólares.

O colapso da empresa de investimento Archegos continua a causar estragos, desta vez levando à saída do responsável da comissão de risco do Credit Suisse. Já para a AstraZeneca, as vendas da vacina contra a Covid-19 atingiram os 275 milhões de dólares, no primeiro trimestre deste ano. Pelo Reino Unido, os preços das casas aumentam com o anúncio inesperado de uma extensão de benefícios fiscais na venda de propriedades. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Bloomberg

Líder da comissão de risco do Credit Suisse sai após colapso da Archegos

O líder da comissão de risco do Credit Suisse, Andreas Gottschling, vai deixar o cargo depois de alguns investidores de relevo indicarem que vão votar para o destituir após o impacto de 5,5 mil milhões de dólares resultante do colapso da Archegos Capital Management. Consultoras de acionistas, incluindo a Glass Lewis, terão urgido os investidores do banco a votarem contra a reeleição do responsável para outro mandato anual.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

AstraZeneca gera 275 milhões de dólares em vendas de vacinas contra a Covid-19

A AstraZeneca gerou 275 milhões de dólares em receitas da vacina sem fins lucrativos contra a Covid-19, que desenvolveu com a Universidade de Oxford, no primeiro trimestre. Já as vendas de medicamentos contra o cancro e o crescimento em mercados emergentes ajudaram a farmacêutica a superar as expectativas de lucros e vendas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Preços de casas britânicas dão maior salto desde 2004 com extensão dos benefícios fiscais

Os preços das casas britânicas saltaram 2,1% em abril, o maior aumento mensal em mais de 17 anos, depois de o ministro das Finanças anunciar uma extensão da isenção de impostos que acabava em março. Os preços das casas estão 7,1% acima do nível registado no ano passado e perto da taxa de crescimento de dezembro, que foi a mais alta em quase seis anos depois de os confinamentos devido à pandemia aumentarem a procura por casas mais espaçosas.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Planos de Biden são oportunidade “única na vida” de acabar com o abuso fiscal global, diz secretário-geral da OCDE

As propostas do presidente norte-americano Joe Biden para impedir as multinacionais de transferirem os lucros para paraísos fiscais são uma oportunidade “única na vida” de acabar com o abuso fiscal e podem ser assinadas em meses, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Ángel Gurría adianta que um acordo global para os impostos sobre as empresas está próximo e pode ser assinado neste verão.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

El País

Empresas espanholas pagaram imposto de 8,3% dos lucros

Em ano de pandemia, o fisco espanhol arrecadou muito menos em impostos. A “fatura” afundou para o nível mais baixo em 20 anos, com a receita obtida junto das grandes empresas a registar uma quebra acentuada que levou a que a taxa de imposto aplicada sobre estas tenha recuado para apenas 8,3% dos lucros, bastante aquém da taxa base de 25%.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

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Lisboa segue Europa com BCP a liderar ganhos no PSI-20

Lisboa está a negociar em terreno positivo, acompanhando os ganhos da generalidade das praças europeias. BCP soma mais de 2% e puxa pelo PSI-20.

Depois de na sessão anterior a praça de Lisboa ter alcançado máximos de janeiro, o PSI-20 prolonga os ganhos, ainda que menos expressivos. A bolsa nacional segue os ganhos da generalidade dos mercados europeus, à boleia do BCP.

Pela Europa, o Stoxx 600 está a subir 0,1% à semelhança britânico FTSE 100, enquanto o alemão DAX valoriza 0,3% e o fancês CAC-40 avança 0,2%. Ao mesmo tempo, o espanhol IBEX-35 está inalterado. Em Lisboa, o PSI-20, avança 0,24% para 5.095.710 pontos, com 13 das 18 contadas em “terreno” positivo, uma cotada inalterada e quatro no “vermelho”.

O banco liderado por Miguel Maya destaca-se ao avançar 2,37% para cotar nos 12,51 cêntimos, depois de ter fechado a sessão anterior a valorizar 4,44%, beneficiando do sentimento positivo vivido no setor bancário.

A puxar pelo índice de referência nacional está ainda a EDP, cujas ações avançam 0,09% para 4,999 euros. Ao mesmo tempo, e ainda pelo setor energético a REN sobe 0,41% para cotar nos 2,45 euros, enquanto a Galp Energia, que arrancou a sessão no “vermelho” está agora a avançar 0,04% para os 9,66 euros.

O Brent, de referência europeia, cede 0,38% para os 66,32 dólares, ao passo que o WTI está a perder 0,32% para os 64,67 dólares, em Nova Iorque.

A Ramada é, contudo, a cotada que mais valoriza, ao disparar 4,06% para 7,18 euros. Nota positiva ainda para a Novabase, que sobe 1,25% para os 4,05 euros.

Em contraciclo, e a impedir uma subida mais acentuada do PSI-20 está a queda da Jerónimo Martins. As ações da dona do Pingo Doce caem 0,15% para 15,20 euros, num movimento de correção da forte valorização registada na sessão anterior em reação às contas dos primeiros três meses do ano.

 

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Governo esconde reformas negociadas com Bruxelas para PRR

  • ECO
  • 30 Abril 2021

Governo publicou versão síntese das reformas estruturais no Plano de Recuperação e Resiliência. Detalhes serão disponibilizados depois de fecharem negociações com Bruxelas.

A versão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional disponibilizada ao público não contempla a lista das reformas que o país terá de fazer, pormenores e o calendário com que o primeiro-ministro se vai comprometer perante a Comissão Europeia, avança o Expresso (acesso pago). Governo quer publicar depois de fechar negociações.

Estes detalhes sobre as reformas estruturais, que estão a ser negociados formalmente com a Comissão Europeia, não constam no documento publicado para os cidadãos, que inclui apenas uma versão resumida destes compromissos. O Governo tem em vista revelar os pormenores depois de fechar as negociações com Bruxelas.

Os PRR vão estar sujeitos a uma fiscalização apertada, seguindo marcos definidos pelos Executivos. O plano nacional terá seguido com 1.654 indicadores de metas a cumprir, entre reformas e investimentos. Já na versão pública apenas constam 300, uma “versão síntese” com os indicadores decisivos.

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Adultos já recuperaram emprego, mas jovens ainda estão longe disso

A taxa de desemprego de 6,5% em março surpreendeu até o Governo, mas esconde duas realidades muito diferentes: os adultos já recuperaram o nível do emprego enquanto os jovens ainda estão longe disso.

A taxa de desemprego atingiu em março deste ano o valor mais baixo desde maio, recuperando quase na totalidade o impacto provocado pela crise pandémica. Este é um número inesperado perante o segundo confinamento, até pelo próprio Governo, e que poderá levar a uma revisão em baixa da previsão anual inscrita no Programa de Estabilidade (7,3%).

Contudo, há duas realidades completamente diferentes no mercado de trabalho em Portugal: por um lado, o emprego dos adultos, que tendem a ter maior segurança pelo tipo e duração do contrato, já recuperou o nível que tinha antes da crise pandémica; por outro lado, o emprego dos jovens entre os 16 e os 24 anos, que tendem a ser mais precários, não recuperou e atingiu em março o valor mais baixo desde 2013.

O número de jovens empregados baixou em 59,8 mil pessoas (valores ajustados de sazonalidade) quando se compara março de 2021 com fevereiro de 2020, o último mês com a atividade económica normalizada. Antes da Covid-19, havia 299 mil jovens entre os 16 e os 24 anos a trabalhar, o que compara com 239,2 mil em março deste ano. Ainda assim, este nem foi o pior mês: em junho de 2020 havia apenas 235,9 mil jovens empregados, o valor mais baixo desde 2013, durante a crise anterior.

Já nos adultos, que vão dos 25 aos 74 anos, a população empregada até subiu em 4,5 mil pessoas, passando de 4.457,3 milhares de pessoas em fevereiro do ano passado para 4.461,8 milhares de adultos empregados em março deste ano. Ou seja, o emprego adulto não só recuperou como já superou o valor registado imediatamente antes da pandemia e tal aconteceu num período marcado pelo segundo confinamento.

Na ótica do desemprego, a conclusão é semelhante. A taxa de desemprego dos adultos baixou para 5,4% em março de 2021, melhor do que os 5,6% registados em fevereiro de 2020. Em alguns meses do ano passado essa taxa foi ainda menor, mas tal esteve relacionado com o aumento significativo dos inativos por causa das restrições à mobilidade, o que baixou o número de desempregados (é preciso estar ativamente à procura de emprego para se ser considerado desempregado).

No caso dos jovens, a taxa de desemprego em março de 2021 era de 23%, bem acima dos 18,7% registados em fevereiro de 2020. E a diferença já foi maior quando atingiu os 27,8% em junho do ano passado quando o número de desempregados jovens atingiu os 90,7 mil, tendo aliviado nos meses seguintes até aos 71,4 mil em março deste ano.

Contudo, como mostram os números dos postos de trabalho, estes menos quase 20 mil desempregados não o deixaram de ser porque conseguiram um emprego. Na verdade, essa evolução da taxa de desemprego reflete a passagem de uma parte significativa dos jovens nessa idade (cerca de 50 mil em comparação com o ano passado) da população ativa para a inatividade por causa da pandemia. A população inativa jovem subiu dos 630 mil há um ano para 681 mil em março.

João Leão admite revisão da taxa de desemprego em 2021

No debate sobre o Programa de Estabilidade 2021-2025 esta quinta-feira no Parlamento, o ministro das Finanças, João Leão, admitiu que a taxa de desemprego anual de 2021 pode ficar abaixo dos 7,3% estimados pelo Governo no Programa de Estabilidade 2021-2025. “Olhe para a taxa de desemprego: 6,5%”, disse, respondendo a Afonso Oliveira (PSD), para depois acrescentar que “provavelmente até vai ficar, no cômputo do ano, abaixo do que temos no nosso Programa de Estabilidade”.

Esta expectativa surge após o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter adiantado que a taxa ficou nos 6,5% em março, surpreendendo pela positiva o Ministério das Finanças: “A taxa de desemprego anunciada hoje pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] está em valores muito abaixo do que eram expectáveis”, reconheceu. Para o ministro esta é a medida de “eficácia” dos apoios do Governo, algo que repetiu diversas vezes durante o debate.

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Quase dois terços dos portugueses considera Justiça incapaz de investigar casos de corrupção

  • ECO
  • 30 Abril 2021

Sondagem revela que 62% dos portugueses consideram que a Justiça não tem capacidade para investigar corrupção e 83% diz que os políticos e altos cargos públicos não são devidamente fiscalizados.

Quase dois terços dos portugueses (62%) consideram que a Justiça portuguesa não tem capacidade para investigar casos de corrupção, revela a sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias/Diário de Notícias/TSF. Ao mesmo tempo, 83% dos inquiridos diz que os políticos e altos cargos públicos não são devidamente fiscalizados.

O barómetro da Aximage revela alguma descrença dos portuguesas para investigar os casos de corrupção. Quando questionados sobre se consideram que a Justiça tem capacidade para investigar casos de corrupção, 32% dos inquiridos responderam afirmativamente, enquanto 62% consideram que não. E a desconfiança aumenta na fiscalização dos políticos e altos cargos públicos, com 83% dos portugueses a afirmarem que estes profissionais não são devidamente fiscalizados e apenas 14% a considerarem que são.

Os tribunais são a instituição que os portugueses menos confiam, com 62% dos inquiridos a admitirem uma confiança “muito pequena” ou”pequena”, e 15% a responderem que tem uma confiança “grande” ou “muito grande”. Por outro lado, é nas forças policiais que os inquiridos têm maior confiança no que toca a instituições ligadas à Justiça, com 58% a revelarem uma confiança “grande” ou “muito grande”. Os cidadãos com 65 ou mais anos são os que mais confiam nos polícias.

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Hoje nas notícias: Reformas estruturais, Justiça e carros

  • ECO
  • 30 Abril 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Com o fim do estado de emergência, o presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim defende que o teletrabalho devia deixar de ser obrigatório. Numa altura em que os crimes como a corrupção marcam a agenda pública, uma sondagem revela que a maioria dos portugueses considera que a Justiça não é capaz de investigar casos de corrupção. Um estudo sobre o sistema fiscal europeu no setor automóvel mostra que o Fisco arrecada 1.528 euros em impostos por carro. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Governo esconde reformas negociadas com Bruxelas

A versão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nacional disponibilizada publico não contempla a lista das reformas que o país terá de fazer, pormenores e o calendário com que o primeiro-ministro se vai comprometer perante a Comissão Europeia. Estes detalhes, negociados com Bruxelas, não constam no documento publicado para os cidadãos, que inclui apenas uma versão resumida destes compromissos. O Governo tem em vista revelar os pormenores depois de fechar as negociações com Bruxelas.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Maioria dos portugueses considera Justiça incapaz de investigar casos de corrupção

Quase dois terços dos portugueses consideram que a Justiça portuguesa não tem capacidade para investigar casos de corrupção, revela a sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias/Diário de Notícias/TSF. Ao mesmo tempo, 83% dos inquiridos diz que os políticos e altos cargos públicos não são devidamente fiscalizados.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível)

“Teletrabalho deixa de fazer sentido. Deveria ser revertido com o fim do estado de emergência”, diz Rios de Amorim

O presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim considera que os sucessivos estados de emergência penalizaram vários setores e defende que o teletrabalho devia acabar com o fim do estado de exceção. “As medidas do teletrabalho deixaram de fazer sentido”, afirma António Rios de Amorim em entrevista ao Diário de Notícias, acrescentando que “o regime do teletrabalho, no meu ponto de vista, deveria ser revertido com o fim do estado de emergência”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Algoritmo está a despedir “às cegas” trabalhadores da TAP

A TAP está a avançar para rescisões de contrato tendo por base um algoritmo para identificar trabalhadores que tenham faltas injustificadas. No entanto, este tem algumas falhas, por exemplo ao não distinguir faltas justificadas de injustificadas, denuncia o advogado António Garcia Pereira. O algoritmo foi criado pela Boston Consulting Group, consultora contratada pela companhia aérea para desenhar o plano de reestruturação.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Fisco arrecada 1.528 euros em impostos por carro

O Estado arrecada, por ano, 1.528 euros em impostos por cada automóvel, segundo um estudo da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. Este valor contempla impostos sobre a venda mas também sobre a circulação (IC) e sobre os próprios combustíveis (ISP). Globalmente, Estado arrecadou 9,6 mil milhões de euros em impostos sobre os automóveis em 2019. O estudo, que analisou 13 países, mostra que é na Bélgica que as receitas médias são maiores (3.187 euros por veículo), enquanto Grécia e Espanha ficam no fim da tabela (1.264 euros e 1.068 euros, respetivamente).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Governo requisita ZMar para isolar doentes em Odemira

O ZMar, que rejeitou um acordo para a cedência do espaço, passa, enquanto o estado de calamidade se mantiver, a ser gerido por entidades públicas. Haverá, depois, lugar a indemnização.

São Teotónio e Longueira-Almograve, duas freguesias do município de Odemira, inspiram grandes preocupações ao Governo no combate à pandemia em Portugal. Daí que o Executivo tenha decidido colocá-las numa cerca sanitária, avançando com medidas de rastreio e isolamento dos infetados por Covid-19. Para garantir o confinamento obrigatório dos doentes, avançou com a requisição temporária do ZMar.

“A situação epidemiológica, particularmente grave no município de Odemira, bem como a falta de acordo com a sociedade comercial supra indicada, fundamenta que, por razões de interesse público e nacional, com caráter de urgência se reconheça a necessidade de requisitar temporariamente o ZMar Eco Experience e os respetivos serviços“, refere o despacho dos gabinetes do Primeiro-Ministro e do Ministro da Administração Interna.

Assim, é “decretada a requisição temporária, por motivos de urgência e de interesse público e nacional, da totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes que compõem o empreendimento ZMar Eco Experience, sito na Herdade A-de-Mateus, em Longueira-Almograve, Odemira”, diz o despacho, acrescentando que “a declaração de requisição abrange a prestação de serviços necessários ao funcionamento do empreendimento em condições de higiene e segurança“.

Esta requisição, válida enquanto a declaração da situação de calamidade for aplicável ao concelho de Odemira, é vista pelo Executivo como “estritamente indispensável para a proteção da saúde pública na contenção e mitigação da pandemia no município de Odemira e nos municípios limítrofes, mediante a alocação do espaço à realização do confinamento obrigatório e do isolamento profilático por pessoa a quem o mesmo tenha sido determinado”.

A partir deste momento, a “operação do empreendimento objeto de requisição compete ao município de Odemira, com o apoio da autoridade de saúde e do responsável da segurança social territorialmente competentes”, nota o despacho.

O ZMar, que rejeitou um acordo para a cedência do espaço, passa, enquanto o estado de calamidade se mantiver, a ser gerido por entidades públicas, havendo no entanto direto a indemnização por parte do Estado pelo uso dos equipamentos.

Esse “pagamento de indemnização pelos eventuais prejuízos resultantes da requisição, calculada nos termos do Código das Expropriações, com as necessárias adaptações, é responsabilidade do Ministério das Finanças”, remata o mesmo despacho.

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Os dias felizes estão de volta à indústria dos casamentos

Os casamentos e batizados podem realizar-se com um máximo de 50% da lotação. A indústria está otimisma em relação à retoma dos casamentos e já vê a luz ao fundo do túnel.

Em 2020, a indústria dos casamentos estava a lutar para sobreviver à Covid-19, mas este ano o cenário já começa a parecer mais cor-de-rosa. Os casamentos e batizados já podem realizar-se com 50% da lotação a partir de sábado e o setor já começa a ver a luz ao fundo do túnel.

A indústria já pode começar a preparar a boda, a estender a passadeira vermelha e a rezar para que o desconfinamento não volte a recuar. Perante o cenário, os telefones já começaram a tocar com pedidos de reagendamento, as noivas começam a sentir-se mais seguras e há quem não queira esperar mais para tornar o dia de sonho em realidade.

“Já se começa a ver a luz ao fundo do túnel”. “A procura por roupa de casamento comunhão e batizados disparou”. “Tenho esperança que a luz ao fundo do túnel não se apague e mesmo devagar vamos andando em busca do prejuízo”. “A vontade das pessoas viajar está uma coisa louca”. O setor expressa otimismo face à retoma na indústria dos casamentos e batizados.

Pedro Ferreira, que detém a Quinta do Burguês, a Quinta da Ferreirinha e a Quinta da Lage, todas localizadas em Santo Tirso, explica que os casamentos já arrancaram. Na semana passada já fizeram o primeiro com 25% da capacidade e esta semana têm mais dois casamentos agendados. Para o responsável das quintas de eventos, a autorização do Governo é uma lufada de ar fresco para o setor.

O responsável das três quintas conta ao ECO que a partir de maio têm 250 casamentos agendados, 30 batizados e seis comunhões. Apesar do número ser promissor, Pedro Ferreira conta que muitos casamentos foram adiados para 2022. “Temos pessoas que não querem desconvidar pessoas, algumas vivem no estrangeiro e têm muitos convidados fora do país e não sabem se podem vir a Portugal e outros não querem realizar o casamento de sonho com restrições como a redução da lotação do espaço e o uso de máscara”, explica Pedro Ferreira.

Quinta da Lage em Santo TirsoQuinta do Burguês

Para além dos casamentos, Pedro Ferreira adianta que estão a sentir uma “procura bastante elevada” de pedidos para batizados e comunhões. No entanto, alerta que são eventos muito mais pequenos que o normal. “Antes eram 50 a 60 pessoas, hoje são entre 10 a 20”, refere.

Apesar de estar otimista com a retoma, Pedro Ferreira destaca que têm mais custos com a realização de eventos, tendo em conta que é necessárias alargar o staff para fazer determinado serviço até porque não é recomendado o tradicional buffet e têm que ter mais funcionários a servir a comida. Para além disso, como existe limite de pessoas por mesas, as quintas têm que ter mais pessoas para fazer o serviço a acrescentar aos custos com máscaras para o staff, aos produtos de desinfeção que “são bastantes caros” e aos “custos fixos das quintas que são os mesmos quer seja um casamento com 100 pessoas ou 300”, afirma o responsável.

“Este ano é tentar correr atrás do prejuízo e minimizar as perdas do ano passado”, afirma o responsável das quintas. No ano passado, Pedro Ferreira registou uma quebra de 70% no volume de negócios.

No dia mais feliz das suas vidas, o vestido de noiva é o ex-líbris. Princesa, rústico, sereia, com ou sem cauda, existem vestidos para todos os gostos e para todas as carteiras. A estilista portuguesa Micaela Oliveira diz que já começa a ver “a luz ao fundo do túnel” e que já sente “imensa procura” por vestidos de noiva para este ano e para o próximo.

Num ano normal sem pandemia, iriam sair das mãos da estilista mais de cem vestidos de noiva, este ano esse número fica reduzido a metade ou até menos. Micaela Oliveira conta que tem muitas noivas que decidiram adiar mais um ano, porque preferem não estar na indecisão ou aguardar a evolução da pandemia para reagendar os casamentos.

Em relação às noivas que decidiram casar este ano, a estilista conta que as noivas que adiaram o casamento o ano passado já estão a fazer as marcações para reverem o vestido e fazer as alterações necessárias. “É um momento muito complicado para as noivas porque aquele encanto do casamento acabou por desvanecer um bocadinho. Ainda existe magia, mas o entusiasmo é menor porque já é o prolongar de um sonho. Com estas novas medidas as noivas já começam a ficar mais animadas e positivas”, conta Micaela Oliveira.

Alguns vestidos já estavam praticamente concebidos e um ano depois é necessário fazer alguns ajustes, tendo em conta que algumas noivas engordaram, outras emagreceram e algumas até engravidaram. Micaela Oliveira adianta que para além destes exemplos, algumas noivas repensaram o casamento todo e vão fazer um conceito completamente diferente.

Este ano é tentar correr atrás do prejuízo e minimizar as perdas do ano passado.

Pedro Ferreira

Responsável da Quinta do Burguês, Quinta da Ferreirinha e Quinta da Lage

“Temos noivas que tiveram que adaptar-se às condições, reduzir o número de convidados e optaram por alterar o próprio conceito. Uma noiva que seria uma princesa cheia de brilhos passou a uma noiva mais rústica. A pandemia acabou pode mudar algumas mentalidades e alguma forma de estar”, adianta a estilista.

O ano passado a estilista registou uma quebra abrupta superior a 90%. No entanto, a estilista está otimista com o plano de desconfinamento e destaca que sente as noivas “mais animadas”.

Vestido Micaela OliveiraMicaela Oliveira

Para além dos vestidos de noiva, a estilista cria vestidos de batizados e comunhão e conta que já têm muita procura desse tipo de vestidos principalmente para junho. Micaela Oliveira confirma que este segmento também está a retomar.

À semelhança da estilista Micaela Oliveira, a loja de franchising Pili Carrerra Porto, que cria coleções de roupa para batizado e comunhões, não tem mãos a medir para os pedidos dos clientes. A funcionária Catarina Marques conta que há duas semanas “a procura por roupa de comunhão disparou”, o telefone não pára de tocar e as mensagens de Facebook estão sempre a cair. Conta que neste momento tem mais de 100 mensagens para ler com pedidos de esclarecimentos de roupa de batizados e comunhão.

Atualmente, a marca de moda infantil está a vender entre 10 a 15 roupas de batizado e comunhões por semana. A roupa de batizado pode custar entre 70 a 200 euros, enquanto a roupa de comunhão pode variar dos 150 aos 500 euros.

Em relação à retoma, apesar das vendas estarem no bom caminho, a funcionária conta que “as pessoas ainda compram a medo porque têm receio que os batizados e comunhões sejam cancelados”, apesar de manter a esperança que o cenário não vai piorar.

Para além da quinta e do vestido, o cabelo e a maquilhagem é um serviço obrigatório para as noivas que sempre projetaram um dia de sonho. Nesse dia não se olha a gastos e as noivas querem ter o melhor serviço possível. O ECO falou com a Jenny Make Up Land, que se localiza no centro do Porto, e oferece serviços de maquilhagem e cabelo ao domicílio por todo o país. A proprietária do espaço conta que já têm um serviço de maquilhagem e cabelo no dia 1 de maio.

A proprietária do espaço, Jennifer Miranda, conta que as “noivas estão numa fase que vão para a frente com os serviços que estão marcados” e que já não têm as taxas de cancelamento e de adiamentos que tinham até ao mês de fevereiro.

A Jenny Make Up Land já tem agendados entre 120 a 130 serviços de maquilhagem e cabelo ao domicílio até inícios de novembro, mas Jennifer Miranda adianta que ainda existem algumas noivas que optaram por adiar o casamento para o próximo ano. “Algumas pessoas adiaram o casamento por viverem no estrangeiro e outros porque querem um casamento grande e não estão para desconvidar algumas pessoas”, refere.

Cabelo e maquilhem Jenny Makeup LandJenny Makeup Land

A proprietária do espaço de beleza conta que, ao contrário de outros anos que já tinham a agenda fechada, em 2021 continuam a fazer novas marcações. “As pessoas, devido à instabilidade, decidiram marcar as coisas mais em cima da hora”, explica Jennifer Miranda.

O ano passado, a quebra da Jenny Make Up Land foi “gigantesca”. A proprietária conta que tinham 150 casamentos agendados e fizeram apenas nove. Apesar de já terem mais de uma centena de serviços marcados, destaca que “não vão recuperar tudo aquilo que foi perdido”. Prevê uma recuperação entre 50% a 60% caso isto não volte a descambar”.

Do lado dos homens, “os fatos de cerimónia começa a ter bastante procura” e quem o diz é Carlos Rodrigues, manager do segmento de homem da Hugo Boss, do El Corte Inglês em Vila Nova de Gaia. O manager da marca conta ao ECO que desde que o Governo autorizou a realização dos casamentos já começa a verificar-se procura para fatos de cerimónia e explica que este “é um negócio muito forte da Hugo Boss” e que pode ser uma “alavanca” na retoma.

Para registar o dia, o fotógrafo é uma peça fundamental. O fotógrafo Humberto Barbosa tem 21 casamentos marcados e 5 batizados a partir de 19 de maio, mas confessa que muitos noivos optaram por adiar o casamento para 2022 porque não querem estar sujeitos as restrições. Num ano normal, o fotógrafo tinha cerca de 30 casamentos. Apesar da retoma, Humberto Barbosa acredita que o segmento dos casamentos só volta à “normalidade” em 2024.

No que respeita aos batizados, o fotógrafo feirense conta que começam a receber “muitos pedidos”. Ao contrário de todos os intervenientes, Humberto Barbosa registou um aumento no volume de negócios porque acabou por adaptar-se e trabalhar outros nichos de mercado, como a moda e a publicidade. No entanto, no segmento dos casamentos, a quebra rondou entre os 80% a 90%. O fotógrafo conta que em 2020 tinham 30 casamentos e acabaram por fotografar apenas três.

Agências otimistas com retoma dos casamentos. Maldivas é o destino eleito

Com o país e o mundo em pandemia, as viagens ficaram completamente interditas o ano passado. Depois de um ano fechados, as pessoas estão desejosas por voltar a viajar.

Fabiana Gomes, funcionária da agência de viagens Esmoriztur, conta ao ECO que a “vontade das pessoas em viajar está uma coisa louca” e que mesmo antes da decisão do Governo de autorizar a realização de casamentos com 25% da lotação, sentiram “imensa procura a partir do início de abril sem os receios de outrora”, diz Fabiana Gomes.

Em relação às viagens de lua-de-mel, a funcionária da agência de viagens Esmoriztur adianta que “não estão a sentir quebras” neste tipo de viagens e que já têm marcação de viagens de lua-de-mel para o fim do verão, nomeadamente setembro, outubro e novembro. Fabiana Gomes diz que os casais já estão “cansados de esperar”.

O destino de preferência dos futuros récem casados é apenas um, Maldivas. Fabiana Gomes conta que “mesmo sem ser lua-de-mel, o que as pessoas querem este ano é maioritariamente Maldivas, até porque se aperceberam que é uma ilha longínqua e os casos de Covid-19 são poucos ou nenhuns. No fundo é o que toda a gente procura, fugir do Covid”, destaca. Uma viagem às Maldivas custa, no mínimo, 4.000 euros por casal apenas uma semana.

No ano a agência de viagens, localizada em Esmoriz, registou “quebras gigantescas” na ordem dos 80%. Apesar de já se sentir o cheirinho da retoma e dos destinos paradisíacos, Fabiana Gomes confessa que têm “receio que o desconfinamento volte a recuar”, apesar de mencionar que “a esperança é sempre a ultima a morrer”. “Tenho esperança que a luz ao fundo do túnel não se apague e mesmo devagar vamos andando em busca do prejuízo”, conclui.

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Restaurantes abrem, mas ainda há regras a cumprir

Distanciamento entre as mesas e cadeiras, o uso de máscara fora dos momentos de consumo e a higienização das mãos à entrada e saída dos estabelecimento são regras que continuam a ter de ser cumpridas.

A partir deste sábado, o setor da restauração regressam praticamente à normalidade. Os clientes podem permanecer nos estabelecimentos até às 22h30, seja durante a semana ou aos fins de semana e feriados. Além do mais, o Governo anunciou também que passa a ser permitida a presença de grupos de dez pessoas nas esplanadas, número que baixa para as seis se estiverem em espaços interiores.

“Esta medida dará um novo alento e esperança a estes setores, enormemente impactados pela pandemia”, reagiu a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) em comunicado enviado às redações. Congratulando-se com a decisão do Governo, a AHRESP apelou “a todos os empresários e clientes que continuem a ser escrupulosos no cumprimento das regras e boas práticas ao nível das medidas de proteção e combate à pandemia”. “Na atual situação, a irresponsabilidade de poucos pode prejudicar o bem de todos”, acrescentou a associação.

Apesar de a palavra de ordem ser, neste momento, “reabertura”, há que ter em conta que há várias regras que se mantêm dentro dos cafés, restaurantes e pastelarias. O Guia de Boas Práticas da AHRESP, concebido em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e que foi atualizado no início deste mês, oferece um conjunto de recomendações que devem continuar a ser seguidas. Isto porque, tal como esclarece o comunicado do Conselho de Ministro, “regras de segurança e de distanciamento” que estão em vigor “nos estabelecimentos ou locais abertos ao público” devem continuar a ser cumpridas.

A garantia de uma distância mínima entre as mesas e cadeiras é algo que vai continuar a acontecer a partir deste fim de semana. As regras ditam que, neste momento, as cadeiras e mesas devem estar dispostas de forma a garantir que as pessoas estão, pelo menos, a dois metros umas das outras, tanto nos espaços interiores como exteriores.

A mesma distância deverá existir nos corredores entre mesas dentro dos estabelecimentos, podendo ser menor (1,5 metros) nas esplanadas. Mas, regra geral, os dois metros são a distância a que as pessoas devem sempre tentar manter de outras pessoas quando frequentam estabelecimentos desta natureza.

Outra das medidas que continua a vigorar diz respeito à utilização de máscara. Neste momento, é obrigatório o uso de máscara no interior dos estabelecimentos, quando em circulação, algo que é válido tanto para clientes, como para trabalhadores. Algo que também deve acontecer quando os consumidores estão sentados à mesa, a não ser que estejam a comer ou a beber. “Diria que, se tivéssemos que fazer uma aposta, há 99,99999% de probabilidade de que a obrigatoriedade do uso de máscara se prolongue até atingirmos o grau de imunidade de grupo, no verão”, disse António Costa, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira.

O primeiro-ministro esclareceu ainda que continuará também a existir uma proibição de existência de “serviço de bebidas alcoólicas fora das refeições”, nos “restaurantes e estabelecimentos similares”. Isto de forma a “não transformar esses estabelecimentos em bares” que, como relembra, é uma “atividade que se mantém encerrada neste momento”.

A higienização das mãos, seja com água e sabão ou álcool-gel, à entrada e saída dos estabelecimentos é algo que terá de continuar a acontecer. Já os colaboradores destes espaços terão também de continuar a cumprir as medidas de higiene das mãos, de forma a diminuir as possibilidades de propagação da doença. Para que tudo isto seja possível, os restaurantes deverão continuar, assim, a disponibilizar o desinfetante de mãos nos acessos ao estabelecimento.

Uma desinfeção frequente dos espaços e das superfícies, nomeadamente dos de maior risco de transmissão, terá também de continuar a acontecer. É o que acontece, por exemplo, com os terminais de pagamento automático, as ementas individuais, as mesas e as cadeiras, que têm sempre de ser desinfetadas após cada utilização. Os clientes devem ainda evitar pagar as suas refeições em dinheiro, efetuando a transação, preferencialmente, através de métodos contactless.

Restaurantes, cafés e pastelarias devem ainda promover, sempre que possível, uma boa ventilação dos espaços. O Guia de Boas Práticas recomenda que tal seja feito através da abertura de portas ou janelas. Mas se não for possível, o recurso a sistemas de ventilação ou de ar condicionado podem ser também uma boa solução.

Colaboradores e clientes deverão, ainda, cumprir sempre as medidas de etiqueta respiratória definidas pela DGS. Nomeadamente, quando sem máscara, devem tossir ou espirrar para um lenço de papel ou para o braço, de forma a cobrir o nariz e a boca e a evitar uma propagação de gotículas.

O ECO contactou a AHRESP para saber se haveria alguma alteração prevista às regras, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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Twitter surpreende nos resultados, dececiona nas previsões

  • Lusa
  • 30 Abril 2021

A rede social apresentou lucros acima do previsto, mas as perspetivas para as receitas neste segundo trimestre ficaram aquém do estimado pelos analistas.

À semelhança dos seus pares de plataformas online, a rede social Twitter apresentou resultados do primeiro trimestre melhores do que esperado.

Nos primeiros três meses do ano, a empresa baseada em San Francisco lucrou 68 milhões de dólares (56 milhões de euros), o que compara com um prejuízo homólogo de 8,4 milhões de dólares (6,9 milhões de euros)​​​​​​​.

A faturação aumentou 28%, para 1,04 mil milhões de dólares (858 milhões de euros)​​​​​​​.

A Twitter teve 199 milhões de utilizadores diários, em média, no período em apreço.

Por comparação, a Facebook teve 1,88 mil milhões de utilizadores diários, em média, em março de 2021, um crescimento homólogo de 8%.

Ao contrário, a Twitter não revela números mensais de utilizadores.

As suas previsões para o segundo trimestre situam-se no intervalo entre 980 milhões e 1,08 mil milhões de dólares​​​​​​​ (808,4 milhões a 891 milhões de euros)​​​​​​​. O ponto médio está abaixo dos 1,06 mil milhões esperado pelos analistas (874 milhões de euros).

Estas previsões foram mal recebidas e as ações da empresa estavam a cair 8,9% nas transações eletrónicas, fora de horas.

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TAP pode pedir indemnização se a Groundforce não pagar aluguer dos equipamentos

Primeiro pagamento mensal de 462 mil euros à TAP tem de ser feito esta sexta-feira pela Groundforce. Com um conflito entre as duas partes sobre os contratos, Casimiro não irá fazer a transferência.

Há novo conflito entre a Groundforce e a TAP. A administração da empresa de handling decidiu anular os contratos de venda e aluguer de equipamentos assinados com a companhia aérea, mas a TAP rejeita base legal para isso. Esta sexta-feira era a primeira data de pagamento do prestação mensal e, se o montante não for recebido, a TAP pode rasgar o acordo e pedir uma indemnização.

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, anunciou, na quarta-feira à noite, que o conselho de administração tinha aprovado a anulação dos contratos com efeito imediato por ter recebido opiniões negativas do conselho fiscal, do auditor e de juristas. No entanto, a companhia aérea garante que esses pareceres não existem, que a justificação não é legal e que o acordo é válido.

Assim, continuam “plenamente em vigor” as obrigações da Groundforce para com a TAP, “nomeadamente o pagamento da primeira prestação de aluguer devida, que se vence sexta-feira, dia 30 de abril de 2021“, diz a TAP. Questionado pelo ECO, representante do acionista Alfredo Casimiro confirmou que a transferência não será feita.

O contrato, a que o ECO teve acesso, prevê que se a Groundforce não cumprir os termos do acordo com a TAP — incluindo uma prestação mensal de 461.762 euros mensais mais IVA — a companhia aérea pode cessar o contrato de aluguer dos equipamentos que comprou. E a empresa de handling não só terá de pagar as prestações em atraso e juros de mora, como também uma indemnização de 20%.

"Decidiu o Conselho de Administração iniciar negociações com a TAP até um período máximo de seis meses, de modo a encontrar uma solução com vista a refazer os contratos de forma justa e equilibrada para ambas as partes, permitindo a continuidade e o futuro da Groundforce.”

Presidente do Conselho de Administração da Groundforce

O “incumprimento de qualquer uma das obrigações” da Groundforce, que podendo ser remediado, não o seja no prazo máximo de oito dias a contar do envio de uma interpelação ou de forma imediata, em caso de incumprimento de obrigações “insuscetíveis de sanação” é uma das razões é uma razões que a TAP pode alegar para resolver o contrato.

Além do incumprimento, há uma série de outras razões que poderão abrir a porta a uma rescisão por iniciativa da TAP, como suspensão de atividade da Groundforce por mais de três meses, a venda da Groundforce a um outro acionista ou a ocorrência de uma situação substancialmente adversa. Se acontecer, “a resolução far-se-á por simples declaração do locador dirigida ao locatário por escrito”, refere o contrato.

Em caso de resolução, qualquer que seja o fundamento, a Groundforce fica obrigada a, “cumulativamente”, restituir os bens, pagar os alugueres, comissões e outros encargos ou despesas da sua conta vencidos e não pagos, “pagar a título de indemnização por perdas e danos uma importância equivalente a 20% dos alugueres vincendos sem prejuízo do direito à reparação integral por dano superior“, bem como pagar custos relacionados com a recuperação da posse, seguro ou reparação dos bens, juros de mora e ressarcir quaisquer danos e prejuízos decorrentes da mora.

"A colocação em causa da validade e eficácia dos mencionados contratos sem qualquer fundamento válido é extremamente prejudicial, inclusivamente para a própria viabilidade financeira da Groundforce.”

Conselho de Administração da TAP

Em causa está o contrato de aluguer de ativos como tratores, escadas, autocarros e todo o tipo de equipamentos utilizados na prestação de serviços nos aeroportos. Após a venda por 6,97 milhões de euros, o contrato refere uma opção de compra que pode ser exercida pela Groundforce até fim de maio. Para isso, tem de ter toda a situação fiscal regularizada e tem de pagar 6,57 milhões de euros. Não é, no entanto, certo qual o futuro do contrato dadas as posições contrárias das duas partes.

Casimiro diz que os contratos “eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e os empregos dos seus 2.400 trabalhadores”. Além da anulação dos mesmos, o conselho de administração — onde os dois representantes indicados pela TAP não puderem votar por lhes ter sido alegado conflito de interesses — decidiu ainda iniciar negociações com a TAP até um período máximo de seis meses, de modo a encontrar uma “solução com vista a refazer os contratos de forma justa e equilibrada para ambas as partes”.

A TAP deixou claro que “não se iniciaram quaisquer negociações”, sublinhou que “não encontra qualquer justificação para que essas negociações devam acontecer” e alertou para os riscos da decisão. “A colocação em causa da validade e eficácia dos mencionados contratos sem qualquer fundamento válido é extremamente prejudicial, inclusivamente para a própria viabilidade financeira da Groundforce”, acrescentou.

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Hoje é o último dia para se candidatar ao programa Apoiar

O Apoiar, nas suas diferentes modalidades, já transferiu mais de 860 milhões de euros para os setores mais afetados pela pandemia. Candidaturas nas três vertentes terminam às 19h00.

Desta é de vez. Com o fim do estado de emergência terminam também as candidaturas ao programa Apoiar. Esta sexta-feira é o último dia para as empresas poderem aceder a este apoio, a fundo perdido, para compensar os impactos da pandemia nos setores mais afetados.

Depois de terem sido renovadas por quatro vezes, as candidaturas das três vertentes do programa vão encerrar. Se ainda não o fez, tem até às 19h00 horas desta sexta-feira para o fazer.

Só no primeiro trimestre, as empresas receberam 533 milhões de euros, de acordo com os dados da execução orçamental. “As medidas de apoios a custos fixos das empresas no âmbito do programa Apoiar têm uma execução de 533 milhões de euros no primeiro trimestre e já mais do que triplicaram em 2021 face ao valor de todo o ano de 2020″, avançou ao ECO fonte oficial do gabinete de João Leão. Em 2020, este programa, que foi lançado no final do ano, executou 143 milhões de euros.

O Apoiar, nas suas diferentes modalidades já transferiu mais de 860 milhões de euros para os setores mais afetados pela pandemia”, disse o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, no programa da RTP “Tudo é Economia”. Vestuário, calçado, ourivesaria e relojoaria foram alguns dos ramos do setor do comércio mais afetados, revelou. Um setor que recebeu transferências do Apoiar superiores a 220 milhões de euros.

Este programa contava com uma dotação de 1.100 milhões de euros (1.020 milhões de Feder mais 80 milhões de fundos nacionais para apoiar as empresas com mais de 250 trabalhadores, mas com um volume de negócios anual inferior a 50 milhões de euros, que já não são elegíveis para os apoios europeus). E o encerramento das candidaturas esteve sempre condicionado ao esgotar da dotação disponível. O ECO pediu ao Ministério da Economia e ao Compete um balanço deste apoio, mas até à publicação deste artigo não recebeu qualquer informação.

O Apoiar contava ainda com uma vertente para ajudar as empresas a fazer aos encargos com rendas. Nesse caso, a dotação disponibilizada era de 150 milhões de euros, metade do que o Executivo tinha anunciado inicialmente — 100 milhões de Feder e 50 milhões de fundos nacionais para as grandes empresas, com um volume de negócios anual inferior a 50 milhões de euros. Ficou também estipulada a possibilidade destes 100 milhões serem posteriormente substituídos por verbas do REACT-EU quando este estivesse disponível. O ECO questionou por diversas vezes o Ministério do Planeamento, que tem a tutela dos fundos comunitários, para saber se essa substituição já tinha sido feita, mas também nunca obteve resposta.

João Torres reconheceu a existência de atrasos nos pagamentos — “alguns desses atrasos são factuais”, disse –, mas justificou o facto com o “aligeirar das regras para que as empresas com dívidas ao Fisco e à Segurança Social” se pudessem candidatar aos apoios e terem “mais tempo para regularizar a situação”.

Lançado no final de 2020, o programa Apoiar prevê a atribuição de verbas a fundo perdido às empresas mais afetadas pelas restrições impostas para conter a propagação da Covid-19. Os subsídios correspondem a 20% das quebras de faturação, com limites definidos em função da dimensão e da situação dos requerentes.

Em março, o Governo decidiu reforçar este programa, alargando o universo de empresas potencialmente abrangidas — isto é, passando a incluir a panificação, a pastelaria e a fabricação de artigos de pirotecnia — e criando uma majoração dos limites dos subsídios para empresas com quebras superiores a 50%. Nestes casos, os limites passam a ser os seguintes:

  • 7.500 euros, no caso dos empresários em nome individual (sem majoração, o teto está nos 5.000 euros);
  • 18.750 euros, no caso das microempresas (sem majoração, o teto está nos 12.500 euros);
  • 103.125 euros, no caso das pequenas empresas (sem majoração, o teto está nos 68.750 euros);
  • 253.125 euros, no caso das médias empresas e das grandes empresas com volume anual de negócios igual ou inferior a 50 milhões de euros. (sem majoração, o teto está nos 168.750 euros).

Já ao nível das rendas, as empresas com quebras entre 25% e 40% têm direito a um apoio correspondente a 30% do valor da renda mensal de referência, até ao limite máximo de 1.200 euros por mês e por estabelecimento, durante seis meses. Já as empresas com quebras acima de 40% têm acesso a um subsídio equivalente a 50% do valor da renda mensal de referência, até ao limite máximo de 2.000 euros por mês e por estabelecimento, durante seis meses.

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