Empresa da Sonae entra no negócio de acquiring com a Easypay

Num acordo inicial de três anos, a Easypay vai disponibilizar à Universo IME os terminais automáticos que permitem pagamentos através de MBWay e Referências Multibanco, direcionados a PME.

A Universo IME, fintech integrada no grupo Sonae, estabeleceu uma parceria de três anos com a Easypay para a entrada numa nova área de negócio de acquiring (serviço de aceitação) em Portugal, dirigida a pequenas e médias empresas (PME).

A Easypay, fundada em 2007 e sediada em Lisboa, vai disponibilizar as funcionalidades de pagamento para esta nova área, incluindo os terminais de pagamento automático (TPA) que permitem efetuar pagamentos através de MBWay e Referências Multibanco.

Com a evolução do setor e os consumidores a exigirem pagamentos seguros, rápidos e convenientes, estes “terminais inovadores” são dirigidos a comerciantes e empresas que queiram “potenciar o seu negócio através da diversidade na tipologia de pagamentos”, destaca numa nota de imprensa.

“É certo que já existem terminais de pagamento em Portugal que permitem utilizar o MBWay, área que será dinamizada com a entrada de um novo player e novos TPA. No entanto, o pagamento com Referência Multibanco é uma inovação no mercado, lançada agora pela Universo IME, que conta com a tecnologia da Easypay”, refere Sebastião Lancastre.

Advocatus Summit Lisboa 2020 - 10NOV20
Sebastião Lancastre, CEO da Easypay.Hugo Amaral/ECO

O CEO da Easypay frisa ainda que, com esta nova área de negócio, a fintech da Sonae “posiciona-se como mais um operador que pretende impulsionar e dinamizar o setor com inovações de pagamento”. É que os pagamentos online, contactless e MBWay ganharam tração com a pandemia e, completa, “importa trazer às PME novas possibilidades de pagamento que contribuam para acelerar ainda mais a sua utilização”.

Do portefólio da Universo IME, que tem Carlos David como diretor de operações (COO), fazem parte um conjunto de produtos – englobando soluções de financiamento, seguros e pagamentos físicos e digitais –, com destaque para o Cartão Universo, da Sonae Financial Services.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Extinção do SEF aprovada na especialidade no Parlamento

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

A proposta aprovada contempla a criação da Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMS) e a passagem das competências policiais do SEF para a PSP, GNR

A proposta do PS e do Bloco de Esquerda sobre a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi aprovada esta quarta-feira na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

A proposta de alteração do PS e do BE à iniciativa do Governo contempla a criação da Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMS) e a passagem das competências policiais do SEF para a PSP, GNR e Polícia Judiciária.

Esta proposta, que deverá ser votada na sexta-feira no plenário da Assembleia da República, contou com os votos do PS, Bloco de Esquerda e da deputada Joacine Katar Moreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CP não pode “ser gerida como uma repartição pública”, diz ex-presidente

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

Ex-presidente da CP diz que "sanear a dívida histórica" da empresa de comboios e retirá-la do "perímetro orçamental do Estado" é o melhor caminho.

O ex-presidente da CP, Nuno Freitas, avisou esta quarta-feira no Parlamento que a empresa de comboios “não pode ser gerida como uma repartição pública”, impondo-se sanear a sua dívida histórica e retirá-la do perímetro orçamental do Estado.

Não vale a pena ir procurar gente que conhece o negócio, não vale a pena ir à procura de alguém que conhece profundamente o negócio do caminho-de-ferro em Portugal, para depois a empresa ser gerida como uma repartição pública”, disse Nuno Freitas em audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

O ex-presidente da CP foi chamado a requerimento do PSD, para prestar esclarecimentos sobre a decisão de abandonar o cargo no final de setembro, três meses antes do final do mandato. “É imperativo concretizar o saneamento da dívida histórica, porque esse é o primeiro passo para podermos tirar a CP do perímetro orçamental do Estado e a CP poder ser gerida da mesma forma que é gerida qualquer empresa da sua dimensão“, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal aplicou 1,58 milhões em coimas no terceiro trimestre

Entre julho e setembro, regulador aplicou 56 processos de contraordenação, num total de 1,58 milhões de euros em coimas.

O Banco de Portugal (BdP) aplicou 1,58 milhões de euros em coimas entre julho e setembro, dos quais 225 mil euros acabaram por ser suspensos, revelou a instituição financeira esta quarta-feira. Foram, assim, instalados 56 processos de contraordenação.

No terceiro trimestre do ano, o supervisor instaurou 56 processos de contraordenação, tendo decidido sobre 44 deles. Foi assim que se alcançou um total de 1,58 milhões de euros em coimas, dos quais 225 mil euros acabaram suspensos na sua execução.

No universo de 44 processos decididos, 22 diziam respeito a infrações de natureza prudencial, nove a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, oito a infrações de natureza comportamental e cinco a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário, detalha o regulador liderado por Mário Centeno.

Os 1.581.500 euros aplicados em coimas entre julho e setembro comparam com os 14,3 milhões aplicados no mesmo período do ano passado. Em 2020, ano de pandemia, o BdP instaurou 36 processos de contraordenação, tendo decidido sobre 31 deles.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem a 8.ª luz mais cara da UE e no gás está em sétimo lugar

Do que os portugueses pagam na fatura da luz, 54% são energia e redes, 29% custos de interesse económico geral (CIEG) e 17% taxas e impostos. 

Nos preços da eletricidade a diferença é grande e no gás também. Para melhor. Em meados do ano passado, o Eurostat revelava que os preços da luz em Portugal eram os quartos mais caros da União Europeia, tal como os do gás natural.

Agora, no primeiro semestre de 2021, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vem mostrar, de acordo com os dados do gabinete de estatística europeu que os preços da energia elétrica em Portugal já estão mais baixos do que Espanha, do que a média da UE27 e também da Zona Euro.

“Portugal é o oitavo país da União Europeia com os preços mais elevados, sendo que os preços mais baixos ocorrem, em geral, nos países do leste da Europa”, refere o boletim da ERSE.

Alemanha, Bélgica, Irlanda, Dinamarca, Espanha, Itália e Áustria são os países europeus que pagam eletricidade mais cara que Portugal. No extremo oposto, os Países Baixos, Hungria, Bulgária, Croácia e Lituânia são os países que pagam mais (entre 0,10 e 0,15 euros por kWh) pela energia que consomem. Portugal está entre os 0,20 e os 0,25 euros por kWh. A Alemanha paga bem mais do 0,30 euros por kWh.

Do que os portugueses pagam na fatura, 54% são energia e redes, 29% custos de interesse económico geral (CIEG) e 17% taxas e impostos. No entanto, o Eurostat engloba tudo e vê os portugueses a pagarem 46% de impostos na conta da luz.

Explica a ERSE que “a componente de taxas e impostos publicada pelo Eurostat, que integra os CIEG, apresenta para Portugal um peso de 46% do preço total pago pelos consumidores. Os CIEG, que estão incluídos nesta componente, representam cerca de 29% do preço total”.

De acordo com o boletim da ERSE, que tem por base informação publicada pelo Eurostat relativa aos preços de eletricidade na União Europeia, no primeiro semestre de 2021, Portugal registou uma descida dos preços de eletricidade nos segmentos doméstico (-1,7%) e não doméstico (-1,8%), face ao semestre homólogo de 2020.

“Observam-se preços médios superiores em Espanha, na Área do Euro e na União Europeia, quer para os consumidores domésticos (cerca de 12%, 10% e 3% acima dos preços de Portugal, respetivamente), quer para os consumidores não-domésticos (cerca de 0,2%, 19% e 11% acima).

Ou seja, face aos vizinhos ibéricos as famílias pagam menos 12% nas faturas e as empresas apenas menos 0,2%.

Entre 2016 e 2018, Portugal observou preços superiores aos de Espanha, da União Europeia e da Área do Euro, situação que se inverteu no primeiro semestre de 2019. O país registou uma descida dos preços de eletricidade no segmento não-doméstico (-1,8%), face ao semestre homólogo de 2020.

Portugal passa da quarta fatura de gás mais cara para a sétima

No que diz respeito ao gás, Portugal também melhorou bastante e ocupa agora o sétimo lugar, depois dos Países Baixos, Dinamarca, França, Eslováquia, República Checa e Áustria. No fim da tabela, com o gás mais barato está a Hungria, Roménia, Bulgária, Croácia e Polónia.

Diz o boletim da ERSE que no primeiro semestre de 2021, Portugal registou uma descida dos preços de gás natural no segmento doméstico (-3,6%), face ao semestre homólogo de 2020. Aqui, as famílias pagam preços mais reduzidos em Espanha (-2,4%) e na União Europeia (-5,8%).

Olhando para a fatura, 73% são energia e redes e 27% impostos e taxas.

No segmento não-doméstico esta descida foi mais acentuada (-15,8%) por se dever, sobretudo, à redução dos preços de aprovisionamento de gás natural nos mercados internacionais.

“Os preços médios de gás natural (sem IVA) praticados em Portugal para os consumidores não-domésticos, no primeiro semestre de 2021, são inferiores aos preços médios de Espanha, aos preços médios dos países da Área do Euro e da União Europeia. Por outro lado, no primeiro semestre de 2021, verifica-se uma subida genérica dos preços de gás natural, em função da recuperação económica que leva a uma maior procura de gás”, diz a ERSE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A sua equipa é bem-sucedida? Sete estratégias para melhorá-la

Realizar atividades de team building, recrutar perfis distintos e apostar em sessões de brainstorming são algumas das estratégias sugeridas pela Adecco.

O que é para si uma boa equipa? “Uma boa equipa é constituída por pessoas que sabem como colaborar eficazmente”. Esta é a opinião da empresa especializada em recursos humanos Adecco Portugal. Já o papel do líder é “encontrar formas de ajudar a equipa a tornar-se mais forte”, com o objetivo de resolver problemas e alcançar os objetivos da empresa.

Conheça sete estratégias que vão ajudá-lo a construir uma equipa de trabalho bem-sucedida, segundo a Adecco Recrutamento Especializado:

1. Implemente atividades de coesão de equipas

“Quando feitas corretamente, as atividades de coesão de equipas são uma grande oportunidade para os funcionários se conhecerem melhor uns aos outros. Os gestores podem organizar eventos especiais, atividades ou programar perguntas para ‘quebrar o gelo’ e fomentar uma maior camaradagem entre os membros da equipa”, refere a Adecco, em comunicado. Almoços de equipa, happy hours depois do trabalho, equipas para jogar futebol ou treinar no ginásio e voluntariado são algumas das atividades que pode promover na sua organização, sugere a recrutadora.

2. Dê a todos a oportunidade de falar

Ao encorajar todos a ouvir enquanto os outros falam, as pessoas vão sentir que as suas ideias são valorizadas, o que ajuda a criar um ambiente onde as pessoas estão motivadas a participar, defende a recrutadora. Pode haver alguns membros mais tímidos, por isso esteja atento e “não deixe passar uma reunião sem lhes solicitar um contributo para o tópico em discussão”.

3. Realize sessões de brainstorming

As sessões de brainstorming encorajam uma maior colaboração. “Antes de cada sessão, dê à equipa alguma informação básica sobre qual a tarefa ou problema que deseja discutir. Devem vir à reunião preparados com algumas ideias e podem expandir-se neles juntos.”

4. Conheça (e dê a conhecer) os papéis de todos

Fundamental no sucesso de uma equipa é que todos conheçam as responsabilidades dos colegas. “Sempre que contratar um novo funcionário, mostre o que cada membro da equipa faz. Poderá mesmo criar um documento que descreva as responsabilidades gerais de cada pessoa. Isto pode ajudar cada membro da equipa a compreender melhor o que os seus colegas de trabalho fazem. Depois, sabem a quem recorrer para obter ajuda ou apoio”, aconselha a Adecco Portugal.

5. Reconheça os talentos de cada pessoa

Em vez de tentar tornar todos os membros da equipa excelentes em tudo, é preferível “ajudar cada pessoa a desenvolver as suas capacidades únicas”. E, quando alguém usa essas capacidades e talentos para ajudar a equipa, dê um feedback positivo para reconhecer os seus esforços. “Ouvir o que eles fazem bem pode ajudá-los a permanecer motivados a trabalhar arduamente.”

6. Contrate personalidades diferenciadas

“Contratar tanto introvertidos como extrovertidos pode ajudar a criar uma equipa mais equilibrada. Além disso, uma mistura de pensadores analíticos e criativos é boa”, defende a Adecco. A mistura de personalidades pode conduzir, inclusive, a melhores sessões de brainstorming, obtendo melhores resultados graças à perspetiva única de cada pessoa.

7. Defina objetivos

É desejável ajudar cada membro a estabelecer os seus próprios objetivos, mas também estabelecer objetivos comuns a toda a equipa. Ao definir os objetivos, lembre-se que devem ser “realistas”, para poderem ser alcançados, e, ao mesmo tempo, “suficientemente ambiciosos e desafiantes”, para ajudar cada pessoa a crescer no seu papel no seio da equipa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Goodwin e CMS assessoram Equistone na aquisição da Gardengate

Para assessorar a Equistone, a CMS contou com uma equipa multidisciplinar liderada pelos sócios Francisco Xavier de Almeida, de Corporate M&A and Baking & Finance, e Patrick Dewerbe, de Fiscal.

A Goodwin e a CMS assessoraram a Equistone Partners Europe (“Equistone”) na aquisição de uma participação maioritária na Gardengate, um dos principais fabricantes europeus de portões e portas de alumínio.

Para assessorar a Equistone, a CMS contou com uma equipa multidisciplinar liderada pelos sócios Francisco Xavier de Almeida, de Corporate M&A and Baking & Finance, e Patrick Dewerbe, de Fiscal, na qual também participaram: Susana Estêvão Gonçalves (Fiscal); David Apolónia e Miguel Santos Ferreira (Fusões e Aquisições Corporativas); Catarina Arriaga Sampaio e Afonso Elias (Banca e Finanças).

Na vertente comercial, a Garrigues assessorou a Crest Capital Partners, liderada pelo sócio Mário Lino Dias (Corporate M&A) e com a participação de: Rafaela Reina e Pedro Callapez (Corporate M&A); Fernando Castro Silva e José Diogo Mègre Pires (Fiscal). Os mutuantes foram assessorados pela Mayer Brown e a Garrigues com a participação de Susana Pimenta de Sousa, Miguel Pimentel, Pedro Lemos Carvalho e Inês Freire de Andrade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parceiros sociais mantêm visão negativa sobre proposta do Governo na lei laboral

  • Lusa
  • 20 Outubro 2021

"Pensamos que esta discussão não obedece às necessidades das empresas, obedece sim à agenda política do Governo", atirou líder da CCP. Sindicatos também criticam propostas do Governo.

Os presidentes das confederações patronais reiteraram esta quarta-feira a visão negativa sobre as alterações à lei laboral, com a CIP a considerar ser “problema do Governo” que esta questão se tenha tornado uma das matérias centrais para aprovar o OE2022.

Os presidentes da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António saraiva, e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, falavam à entrada da reunião da Concertação Social onde os parceiros sociais e o Governo vão discutir, entre outros temas, a proposta de alterações à lei laboral que será apreciada pelo Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Afirmando ter um sentimento “negativo” face à proposta do Governo de alterações à lei laboral, António Saraiva considerou que o facto de a legislação laboral se ter tornado um dos temas centrais para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é “um problema do Governo e dos seus parceiros políticos”. “Não somos políticos, defendemos a competitividade, as empresas, entendemos que ela não está só não está defendida no Orçamento do Estado como vem agravar, com esta discussão completamente descontextualizada, porque ao Orçamento o que é do Orçamento e à legislação e à concertação o que é da concertação”, disse António Saraiva, referindo que não credita em bruxas quando questionado sobre a possibilidade de abertura do Governo para mexer na legislação laboral.

Também o presidente da CCP reiterou a sua “visão negativa” sobre a proposta o Governo relativamente à legislação laboral – vertida na Agenda para o Trabalho Digno – referindo que as objeções da CCP “em relação aos temas laborais neste momento continuam as mesmas”. “Pensamos que esta discussão não obedece às necessidades das empresas, obedece sim à agenda política do Governo para aprovar o Orçamento e somos bastante críticos em relação à maior parte das questões apresentadas”, referiu, acrescentando que mantém uma “posição negativa”.

Questionado sobre um cenário de eleições antecipadas em caso de chumbo do OE2022, João Vieira Lopes afirmou que este é ainda o momento para ver como se vão desenrolar as negociações (entre o Governo e os partidos), salientando que da parte das empresas, estas gostam de estabilidade, “mas com um orçamento como este que saiu, muitos empresários neste momento começam a ficar muito ansiosos por ter outras soluções”.

A proposta de alteração à lei laboral também merece críticas às confederações sindicais, por motivos diferentes, com a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, a considerar que as medidas “não respondem aos problemas principais dos trabalhadores e do país”, nomeadamente no que diz respeito à caducidade das convenções coletivas, remunerações ou horário de trabalho.

A reunião da Concertação Social, que conta com a presença do primeiro-ministro, acontece nas vésperas do Conselho de Ministros de quinta-feira e a uma semana da votação na generalidade da proposta de OE2022, cuja viabilização não está assegurada, uma vez que tanto o BE como o PCP ameaçaram votar contra o documento caso não haja mudanças.

O Governo já apresentou algumas propostas de alteração à legislação laboral na Concertação Social, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, sendo a mais recente relacionada com a caducidade das convenções coletivas de trabalho.

Em concreto, o Governo propôs aos parceiros sociais a suspensão da caducidade das convenções coletivas por mais 12 meses, o que significa que esta medida poderá manter-se em vigor até março de 2024, e propôs ainda o reforço da arbitragem necessária.

O tema é uma das principais matérias das negociações no parlamento sobre o OE2022, mas o BE e o PCP querem que o Governo vá mais longe e reclamam o fim da caducidade das convenções coletivas.

Além da caducidade, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social propôs aos parceiros sociais a criminalização do trabalho totalmente não declarado e alterações nos contratos de trabalho temporários, avançando com um limite máximo até quatro renovações (contra as atuais seis).

O Governo quer ainda proibir as empresas que façam despedimentos coletivos de recorrerem ao outsourcing (contratação externa) durante os 12 meses seguintes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumidores queixam-se de falhas no reembolso do IVAucher

Desde a fase de arranque de utilização do IVAucher, o Portal da Queixa já foi inundado com reclamações. Falta de reembolso do saldo acumulado é o principal motivo reportado.

Os consumidores começaram, este mês, a usufruir do saldo do programa IVAucher. Contudo, a medida que previa beneficiar os contribuintes está, afinal, a transformar-se numa dor de cabeça para quem aderiu ao programa. Desde a fase de arranque de utilização do IVAucher, o Portal da Queixa já foi inundado com várias reclamações, sendo que o principal motivo é a falta de reembolso do saldo acumulado.

Apesar de já terem sido devolvidos mais de 5,5 milhões de euros aos consumidores, muitos consumidores estão a manifestar a sua insatisfação pelo facto de não conseguirem usufruir dos descontos acumulados. Há também casos de contribuintes indignados que apontam a falta de informação por parte das entidades aos clientes e outros alegam que a informação prestada pelas entidades estava errada, de acordo com o Portal da Queixa.

Entre as entidades que estão a ser alvo de reclamação dos portugueses estão a SaltPay (operadora do programa IVAucher), a Autoridade Tributária e Aduaneira, o Banco BIC, a Abanca, o Pestana Hotels, a Uber Eats e o Cartão Universo, detalha a maior rede social de consumidores de Portugal, em comunicado enviado esta quarta-feira.

Francisco Andrade é um dos consumidores que se queixaram. “Efetuei uma compra no dia 2 de outubro, num restaurante aderente ao programa IVAucher, tendo eu um saldo de 59 euros e, até hoje, não recebi qualquer reembolso. Gostaria de saber porque é que o banco CTT não está a efetuar o reembolso passados os dois dias, conforme anunciado, sendo este banco aderente“, lê-se numa das reclamações feitas no Portal da Queixa.

Madalena reporta o mesmo problema na reclamação que fez. “Tenho saldo acumulado no programa IVAucher. Mas, até ao momento ainda não me foi creditado qualquer valor na minha conta, nem há qualquer movimentação na página das transações do programa. O que me surpreende, é que, no mesmo dia e horário e, na mesma loja, um familiar meu também fez uma compra semelhante à minha e já foi ressarcido de 50% do valor da mesma”.

Paulo Tenreiro é outro dos consumidores indignados, denunciando a falta de comunicação entre a SaltPay e a CGD. “Aderi ao IVAucher. Tenho saldo. Desde 01/10/2021 que tenho feito compras na restauração e cultura, mas sem qualquer devolução. Após muitas diligências com a SaltPay, finalmente fui informado que a Caixa Geral de Depósitos, o meu banco, não está a cumprir o programa do Governo, apesar de ter aderido conforme publicidade anunciada no próprio site do banco. A SaltPay descarta a responsabilidade por falta de comunicação da CGD”, escreveu.

Isabel Leal também recorreu ao Portal da Queixa, neste caso para dirigir uma reclamação à Uber Eats. “A Uber Eats anuncia a adesão ao programa IVAucher, mas depois não reporta o NIF aos restaurantes, o que faz com que a faturação não seja feita. No âmbito do programa IVAucher este erro torna-se ainda mais grave, porque acabamos por não ser reembolsados. Esta situação já ocorreu em quatro pedidos, que só foram feitos nesta aplicação devido ao programa IVAucher. Reembolsos Uber Eats até agora, zero”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente do Bundesbank demite-se “por razões pessoais” após dez anos no cargo

  • ECO e Lusa
  • 20 Outubro 2021

"Estou convencido de que mais de dez anos é uma boa medida de tempo para abrir outro capítulo para o Bundesbank, mas também para mim pessoalmente", escreveu Weidmann.

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, demitiu-se “por razões pessoais” com efeitos a partir de 31 de dezembro, após uma década na liderança do banco central alemão, anunciou esta quarta-feira a instituição.

Weidmann pediu esta quarta-feira ao Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, para deixar o cargo, que ocupa desde maio de 2011.

“Estou convencido de que mais de dez anos é uma boa medida de tempo para abrir outro capítulo para o Bundesbank, mas também para mim pessoalmente”, escreveu Weidmann numa carta aos trabalhadores do banco a quem agradeceu pelo que alcançaram juntos.

O ambiente em que operamos mudou muito e as tarefas do Bundesbank cresceram. A crise financeira, a crise da dívida soberana e, finalmente, a da pandemia levaram a decisões políticas e monetárias que terão um efeito duradouro”, disse Weidmann.

Weidmann salientou também que nos últimos dez anos considerou importante que “a voz clara orientada para a estabilização do Bundesbank continuasse a ser claramente audível”.

O presidente demissionário agradeceu aos membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), sob a liderança de Christine Lagarde, pelo “ambiente aberto e construtivo nas discussões por vezes difíceis dos últimos anos”. Também sublinhou o papel estabilizador da política monetária durante a pandemia, bem como a modificação bem-sucedida da estratégia do BCE.

Weidmann acredita que para o futuro será decisivo para o BCE “não só olhar unilateralmente para os riscos de deflação, mas também não perder de vista os perigos da inflação”.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) lamentou a saída de Jens Weidmann e realçou a sua “experiência inigualável que estava sempre pronto a partilhar”.

Em comunicado, Christine Lagarde afirma que “Jens é um bom amigo pessoal com cuja lealdade poderia sempre contar”, sublinhando que “como membro mais antigo do Conselho do BCE, tinha uma experiência inigualável que estava sempre pronto a partilhar”.

A presidente do BCE recordou que os dois tinham construído uma “relação muito forte e produtiva baseada no seu compromisso conjunto de aprofundar a unidade europeia, cumprindo o mandato de estabilidade de preços do BCE, ajudando a economia da zona euro durante a crise sem precedentes causada pelo novo coronavírus e estabilizando a economia global afetada pelos efeitos da pandemia”.

Lagarde salienta que, embora Weidmann tivesse opiniões claras sobre a política monetária, procurou sempre “pontos comuns no Conselho do BCE” com a sua empatia e vontade de chegar a acordo, algo que foi evidente na revisão da estratégia do BCE, onde contribuiu para o acordo unânime alcançado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal aprova acordos da Lufthansa e Easyjet na falida Air Berlin

O tribunal sediado no Luxemburgo rejeitou os recursos interpostos pela companhia polaca para contestar a divisão de ativos da Air Berlin, declarada insolvente em novembro de 2017.

O Tribunal Geral da União Europeia (TJUE), com sede no Luxemburgo, declarou esta quarta-feira a legalidade dos acordos que foram firmados há cerca de quatro anos pela Lufhansa e pela Easyjet para ficarem com os ativos da falida Air Berlin.

Na sequência da contestação que tinha sido apresentada pela concorrente LOT à aprovação pela Comissão Europeia daquelas duas operações, a instituição sediada no Luxemburgo veio negar provimento aos recursos interpostos pela companhia aérea polaca, julgando “improcedentes todos os fundamentos invocados em ambos os processos”.

Foi em 2016, para tentar resolver as dificuldades financeiras, que a Air Berlin avançou com um plano de restruturação que reduzia o número de rotas em mais de dois terços (de 387 para menos de 100) e também a frota para 75 aviões, tendo assinado com a Lufthansa um acordo para a sublocação de diversas aeronaves e respetiva tripulação.

No entanto, a principal acionista (Etihad Airways) deixou de fornecer apoio financeiro, via empréstimos, e a companhia germânica apresentou o pedido de insolvência em agosto de 2017. Para manter as operações enquanto negociava a venda de ativos, a Alemanha assegurou um empréstimo-ponte temporário de 150 milhões de euros, garantido pelo banco de fomento alemão (KfW), que foi aprovado por Bruxelas no âmbito das regras de ajuda de Estado.

A Comissão Europeia acabou depois por autorizar também as concentrações resultantes da partilha de ativos da transportadora insolvente, o que foi contestado pela polaca LOT. A Lufthansa comprou 81 aviões e assumiu os três mil funcionários da Air Berlim por 1.500 milhões de euros, ficando com as faixas horárias que detinha em alguns aeroportos, como Dusseldorf, Hamburgo, Munique ou Estugarda.

Antes de a Air Berlin ser declarada insolvente pelo tribunal a 1 de novembro de 2017, também os ativos concentrados sobretudo no aeroporto Tegel, em Berlim, foram comprados pela companhia de baixo custo britânica Easyjet por 40 milhões de euros. Incluindo os slots (período em que os aviões podem aterrar) e ficando com os contratos de leasing de 25 aviões A320 e cerca de mil funcionários.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Webtalk: os desafios legislativos e económicos da SUP

  • ECO + Sociedade Ponto Verde
  • 20 Outubro 2021

Os impactos que a nova diretiva de Plásticos de Uso Único teve em diversos setores de atividade foram debatidos por responsáveis da APIP, da Logoplaste, da Sociedade Ponto Verde e da Sonae.

A nova diretiva de Plásticos de Uso Único (SUP) entrou em vigor no dia 3 de julho deste ano, mas ainda causa algumas dúvidas, não só aos consumidores, mas também às empresas, que tiveram de encontrar alternativas para a substituição de vários artigos em plástico.

Na webtalk “Os desafios legislativos e económicos da SUP”, Amaro Reis, Presidente da Associação Portuguesa da Indústria dos Plásticos, Ana Alves, Diretora Comercial na Sonae, Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, e Paulo Correia, Chief Technology Officer da Logoplaste, explicam o que a nova diretiva veio mudar, qual a importância da sua aplicação no mercado e ainda apresentam a visão que têm para o futuro do plástico.

A webtalk “Diretiva SUP: Os desafios legislativos e económicos” contou com o apoio da Sociedade Ponto Verde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.