Fitch diz que fim das moratórias é “elefante na sala” para bancos portugueses

Agência norte-americana também duvida que a solução das garantias públicas para as reestruturações vá ser um "game changer" na transição para o pós-moratórias.

A Fitch considera que o fim das moratórias é o “elefante na sala” para os bancos portugueses, e duvida que a solução das garantias públicas para as reestruturações dos créditos vá ser um “game changer” na transição para o período pós-moratórias.

A banca portuguesa tinha mais de 36 mil milhões de euros em crédito abrangido pela moratória pública no final de agosto, representando cerca de 18% do total dos empréstimos às famílias e empresas. Entretanto, a medida expirou no final de setembro e milhares de clientes tiveram de retomar as prestações ao banco a partir de então.

Para o analista da Fitch Rafael Quina o montante de moratórias em Portugal é “significativo”. “O stock é muito alto. Eram 36 mil milhões de moratórias no final de agosto. A moratória acabou há dias”, disse o responsável num webinar realizado esta sexta-feira sobre a banca portuguesa.

Rafael Quina adiantou que há bancos mais expostos do que outros. “Caixa Geral de Depósitos, BPI e Totta serão menos afetados do que os restantes bancos”, destacou.

Por outro lado, Banco Montepio e Novo Banco encontram-se numa posição mais vulnerável neste capítulo, na medida em que têm mais crédito em moratória em stage 2 e stage 3, isto é, com maior nível de risco, de acordo com o mesmo analista.

Segundo dados da agência de rating norte-americana, os seis principais bancos do sistema nacional tinham entre dois mil milhões e 2,5 mil milhões de euros de moratórias em stage 3, já marcados como estando em situação de incumprimento.

Solução para as moratórias não será “game changer”

Questionado sobre a solução do Governo para o fim das moratórias, nomeadamente em relação à linha de garantias de 1.000 milhões para reestruturações dos contratos de crédito, Rafael Quina disse “não estar certo se a medida será um game changer” que ajudará numa transição tranquila para o pós-moratórias.

Estas garantias irão cobrir 25% do crédito em moratória da empresa do setor vulnerável que for reestruturado, mas as condições não agradaram aos bancos nem aos empresários. Quina reconheceu que as condições de acesso são “complexas”.

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Um em cada cinco cidadãos da UE está em risco de pobreza ou exclusão social

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

No ano passado, existiam 96,5 milhões de pessoas na UE em risco de pobreza ou de exclusão social, representando 21,9% da população, com Portugal a acompanhar esta tendência (20%).

Cerca de um em cada cinco cidadãos da União Europeia (21,9%) encontrava-se, em 2020, em risco de pobreza ou de exclusão social, com Portugal a acompanhar esta tendência (20,0%), segundo dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat.

O relatório do gabinete oficial de estatísticas da UE revela que, no ano passado, existiam 96,5 milhões de pessoas na UE em risco de pobreza ou exclusão social, representando 21,9% da população – um aumento face aos 21,1% de 2019 -, com o Eurostat a apontar que, entre estas, 27,6 milhões estavam “gravemente privadas em termos materiais e sociais”.

Portugal encontra-se sensivelmente a meio da tabela, ligeiramente abaixo da média comunitária, com 20% da população em risco de pobreza ou de exclusão social, valor idêntico ao do Luxemburgo, e que representa, ainda assim, um recuo relativamente aos 21,1% de 2019.

Os Estados-membros com situações mais graves são a Roménia, onde 35,8% dos cidadãos foram identificados como estando em situação de risco, seguida da Bulgária (33,6%), da Grécia (27,5%) e, em quarto lugar, da Espanha (24,5%).

No extremo oposto da lista, os Estados-membros da UE com menor proporção da população em risco de pobreza ou de exclusão sociais são a República Checa (11,5%), a Eslováquia (13,8%) e a Eslovénia (14,3%).

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Leão promete “boas notícias nos preços da eletricidade para as empresas”

O ministro das Finanças diz que as medidas do Governo vão baixar em 30% as tarifas de acesso para industriais o que permitirá compensar os preços altos grossistas

O ministro das Finanças, João leão, prevê “boas notícias nos preços da eletricidade para as empresas” em 2022. No dia em que é esperado que a ERSE apresente a sua proposta tarifária para o próximo ano, o ministro disse em entrevista ao ECO que “no que toca à parte mais industrial, o Governo fez injeções massivas de fundos no âmbito do Fundo Ambiental para reduzir drasticamente tarifas de acesso”.

À margem da entrevista, o ministro falou mesmo de um “esforço muito substancial de verbas para alocar ao défice tarifário” para garantir um não aumento do preço da eletricidade no ano que vem.

João Leão especificou que este “financiamento foi de várias centenas de milhões de euros, cerca de 250 milhões de euros das licenças de carbono, mais 150 milhões de euros de verbas adicionais do Orçamento do Estado, e outras, para reduzir o défice tarifário”.

O governante referiu-se à redução de 30% nas tarifas de acesso à rede para industriais já anunciada pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, fruto de uma almofada total e massiva de 815 milhões de euros que o Governo transferirá para impedir que os consumidores sintam na pele os efeitos da escalada dos preços grossistas.

Leão reconhece que os preços vão continuar altos no Mibel, mas as medidas do Governo vão permitir compensar esse efeito. “As empresas negoceiam de forma diferente, mais de curto ou de meio prazo. Mas a redução das tarifas será tão substancial e expressiva que terão um efeito que vai contrabalançar [o outro efeito grossista]”, garantiu em entrevista ao ECO, realizada no ISEG.

Quanto aos preços da energia para 2022, cuja proposta da ERSE será conhecida esta sexta-feira, o ministro sublinha que “este ano o regulador pode incorporar medidas muito significativas por parte do Governo”. Ou seja, as tais almofadas já anunciadas de 815 milhões de euros.

“Há duas dimensões. A parte das famílias e aí o sinal que temos é de estabilidade, quando outros países assistem a um aumento. E na parte industrial, na média e alta tensão, o Governo fez injeções massivas, no âmbito do Fundo Ambiental, para reduzir drasticamente as tarifas de acesso à rede. A parte regulada, que são as tarifas, vão-se reduzir de forma substancial”, rematou.

Questionado sobre se no próximo ano será necessário o Governo gastar de novo tanto dinheiro para garantir que os preços da eletricidade não sobem, o ministro disse que “neste momento estamos a assistir a um preço no mercado grossista que não é expectável que se mantenha muito tempo”.

“As indicações que temos a nível europeu é que o preço tem a ver com as ligações de gás à Rússia, o que faz subir muito o preço do gás e o da eletricidade. As expetativas é que se reduzam a partir da primavera/verão”, disse Leão.

Veja aqui a entrevista completa a João Leão:

http://videos.sapo.pt/AYG5ds8D8cYHUQpTa3Co

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Adaptar Turismo paga 75% dos investimentos das PME até 15 mil euros

Programa para ajudar micro, pequenas e médias empresas do turismo a adaptarem-se à Covid-19 vai pagar 75% de alguns investimentos até 15 mil euros. Pode ser majorado até 85% e 20 mil.

O Programa Adaptar Turismo tem uma dotação de cinco milhões de euros para apoiar micro, pequenas e médias empresas do setor a adaptarem-se às alterações provocadas pela pandemia. As empresas vão poder beneficiar de subvenções a fundo perdido de 75% das despesas elegíveis, pelo menos, até um limite de 15 mil euros por empresa e um mínimo de 2.500 euros.

A medida do Governo foi publicada esta sexta-feira no Diário da República e é financiada pelo Turismo de Portugal. As empresas que estiverem encerradas administrativamente no contexto da Covid-19 e se enquadrem nas atividades previstas no diploma podem ver a taxa do incentivo ser majorada para 85%. O teto sobe para 20 mil euros nestes casos.

O programa só admite uma candidatura por cada empresa e exclui despesas como os trabalhos em próprio benefício, a aquisição de bens usados ou o IVA recuperável. Mas pode abranger outras despesas, como custos com a requalificação, modernização e ampliação de espaços, aquisição de dispositivos de pagamento automático, serviços de consultoria, entre outros.

Os interessados vão poder candidatar-se a este apoio através de um formulário na internet, a ser disponibilizado pelo Turismo de Portugal. As decisões sobre as candidaturas são adotadas no prazo de 10 dias úteis após a data da sua apresentação.

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Leão não abre mão da meta do défice na negociação do OE

O ministro lembra que o cenário macroeconómico é a “referência em todas as análises” externas sobre a economia portuguesa e que, com a geringonça, nunca foi alterado entre a entrega e a votação final.

João Leão referiu esta sexta-feira que não está disponível para deixar derrapar a meta do défice, fixada em 3,2% na proposta do Governo, durante a fase de negociação do Orçamento do Estado para 2022 com os partidos da esquerda.

Durante uma conferência organizada pelo ECO, o ministro das Finanças sublinhou que o cenário macroeconómico é “importante porque é o cenário de referência em todas as análises [externas] sobre o país e mesmo internamente”, frisando que nos últimos seis anos houve “a preocupação” de não o alterar.

“Não significa que, dentro do quadro de escolhas, não haja margem para ouvir as preocupações e fazer os ajustamentos. Mas [desde o regresso do PS ao poder] não me recordo de ter havido alterações no cenário macroeconómico desde que o Governo apresentou o OE até à aprovação final”, insistiu o governante.

Sobre a folga para negociar medidas com o PCP e o BE, João Leão recordou que “as negociações não têm só dimensões financeiras”, mas, mesmo dentro dessa dimensão, “pode haver um reequilíbrio”. Isto porque o OE é “um exercício de escolhas e pode passar por redirecionar medidas mais num sentido ou noutro”, sem aumentar a despesa.

“Temos de ter sempre disponibilidade para ouvir e tentar, dentro do quadro possível, ver as alternativas, desde que sejam boas para o país. Temos de chegar a soluções que sejam positivas para o país”, salientou.

Já questionado sobre a possibilidade de governar com duodécimos, o ministro das Finanças declarou que “é sempre muito importante” ter o documento aprovado no Parlamento. E elencou as razões: para conseguir executar as medidas propostas e porque é “fundamental para a credibilidade e perceção internacional”. “Dá um sinal de estabilidade”, reforçou.

Negociar “até à última”

Em declarações aos jornalistas, no final da conferência realizada pelo ECO em Lisboa, João Leão admitiu que “[tem] sempre negociações difíceis e exigentes com os partidos que viabilizam o OE” e que a única diferença este ano foi o “calendário mais exigente” na preparação do documento, em referência às eleições autárquicas.

“Equilíbrio e ponderação” são as palavras de ordem do ministro das Finanças para as negociações que ainda vão acontecer nas próximas semanas para “ver os ajustamentos que [pode] fazer” e tentar garantir o voto positivo do PCP e do Bloco. “Até à última, estaremos sempre disponíveis para esse diálogo, mas num quadro de responsabilidade”, salvaguardou.

Veja aqui a entrevista completa a João Leão:

http://videos.sapo.pt/AYG5ds8D8cYHUQpTa3Co

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Orçamento em duodécimos “cria dificuldades na execução do PRR”, admite Leão

João Leão admite que “há soluções que podem ser exploradas”, mas “o chumbo do OE “cria dificuldades adicionais”, disse na conferência do ECO.

O ministro das Finanças admite que se a proposta de Orçamento do Estado para 2022 não seja aprovada isso vai criar dificuldades de execução a Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Um alerta feito pelo Presidente da República na quarta-feira e em antecipação do encontro com os partidos políticos. e dramatizando a possibilidade de um chumbo do Orçamento à esquerda.

A inexistência de um novo Orçamento cria dificuldades na execução do PRR”, reconheceu João Leão na conferência organizada esta sexta-feira pelo ECO em conjunto com o ISEG.

João Leão admite que “há soluções que podem ser exploradas”, mas “o chumbo do OE “cria dificuldades adicionais”, admitiu.

Em causa está o risco de o país ter de viver em duodécimos, ou seja com 1/12 do orçamento do ano passado. Sem aprovação de um novo orçamento, as entidades públicas que mais vão beneficiar do PRR podem não ter autorização de despesa suficientemente grande para poder avançar com a execução dos projetos o que pode comprometer as metas e marcos acordados com a Comissão Europeia e dos quais estão dependentes a libertação de mais tranches dos cerca de 16 mil milhões de euros do PRR.

Para além do PRR a questão coloca-se também ao nível do tradicional quadro comunitário de apoio, o Portugal 2020, embora não de forma tão premente porque os projetos já estão aprovados, muitos são executados por promotores privados (são eles que têm de colocar a contrapartida nacional) e alegadamente com cabimento orçamental, uma vez que já só faltam dois anos para acabar de executar os quase 26 mil milhões de euros. No Orçamento do Estado para 2022 está previsto que no âmbito do PT2020, Portugal deverá receber 4,2 mil milhões de euros este ano e 5,91 mil milhões no seguinte. O atual quadro apresentava uma taxa de execução de 66%, no final de agosto e de compromisso de 112%. Mas o objetivo é executar 17% do quadro, para conseguir uma taxa acumulada de execução de 88% no final desse ano.

Já no que diz respeito ao Portugal 2030, a questão não é de legalidade mas de legitimidade política. O próximo quadro comunitário também tem verbas inscritas no Orçamento do próximo ano — 106,2 milhões de euros em 2021 e 474 milhões de euros em 2022 –, por via do recebimento do pré-financiamento anual, bem como do reembolso do financiamento de execução prevista, isto porque o Governo parte do princípio que é possível aprovar os programas operacionais ainda em 2021. Se o Governo cair e estiver apenas limitado a funções de gestão tem a legitimidade política para negociar um Acordo de Parceria e definir regulamento e condições de acesso aos fundos ou contratar pessoas para gerir os programas?, questionam os especialistas ouvidos pelo ECO.

Veja aqui a entrevista completa a João Leão:

http://videos.sapo.pt/AYG5ds8D8cYHUQpTa3Co

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SLCM reforça equipa com três novas advogadas

Beatriz Paredes, Filipa Teixeira Diniz e Leonor Sarmento Fontes reforçaram as áreas de contencioso, imobiliário e fusões & aquisições, societário da SLCM.

A Serra Lopes, Cortes Martins & Associados (SLCM) reforçou as áreas de contencioso, imobiliário e fusões & aquisições, societário com a contratação de três novas advogadas: Beatriz Paredes, Filipa Teixeira Diniz e Leonor Sarmento Fontes.

“O recrutamento de jovens profissionais com elevado potencial corresponde a uma visão de crescimento assente na constante valorização do talento, e numa cultura societária que aposta na prestação de serviços jurídicos de elevado valor acrescentado com proximidade aos clientes. Na SLCM, que teve a sua génese há sessenta anos, sabemos bem que a diferenciação – alicerçada na qualidade e competência profissional das nossas pessoas – é determinante para construir relações de confiança e de parceria, estáveis e duradouras”, sublinha Luís Cortes Martins, managing partner da SLCM.

Beatriz Paredes vai reforçar a equipa da área de imobiliário da SLCM. A advogada transita da CAMMP Sociedade de Advogados. Por outro lado, Filipa Teixeira Diniz integrará a equipa de fusões & Aquisições, societário, transitando da pbbr. Após oito anos ao serviço da PLMJ, Leonor Sarmento Fontes reforça a área de contencioso da SLCM.

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Toyota corta produção em 15% devido à falta de “chips”

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

A Toyota anunciou uma redução de cerca de 15% ou 150.000 veículos na produção de novembro devido à escassez global de "chips" e ao risco colocado por problemas energéticos na China.

A Toyota anunciou uma redução de cerca de 15% ou 150.000 veículos na produção de novembro, devido à escassez global de chips e ao risco colocado por problemas energéticos na China.

O fabricante de automóveis reduzirá a produção no Japão em cerca de 50.000 unidades e a produção internacional em cerca de 100.000 unidades, pondo o volume de produção deste mês entre 850.000 e 900.000 veículos, afirmou num comunicado.

O corte na produção segue-se a uma redução de 40% na produção entre setembro e outubro devido ao impacto nas operações da Toyota do ressurgimento de contágios por Covid-19 no Sudeste Asiático, que causou problemas na sua cadeia de fornecimento de componentes.

A produção da Toyota em novembro de 2020 foi de cerca de 830.000 unidades, e a de setembro deste ano foi de entre 500.000 e 600.000, tal como a sua estimativa para o mês corrente, de acordo com os números fornecidos pela empresa.

“A produção real tem permanecido abaixo dos níveis previstos desde agosto”, disse a Toyota, que fez reajustamentos de produção desde então, uma vez que o Japão e outros países da região estavam a registar picos em novos casos da doença.

O fabricante de automóveis apontou a escassez de semicondutores como o principal fator para o novo corte, e fontes da empresa disseram ao jornal Nikkei que os problemas energéticos na China representam uma nova desvantagem para a receção de componentes.

“Como esperamos que a escassez de semicondutores continue a longo prazo, iremos considerar a utilização de substitutos sempre que possível. Desta forma, faremos todos os esforços para assegurar que entregamos o maior número de carros aos nossos clientes o mais rapidamente possível”, disse a Toyota.

A Toyota reviu em setembro a sua previsão de produção para 2021 para nove milhões de unidades, menos 3% do que anteriormente estimado. O fabricante mantém este objetivo após o anúncio de hoje e também as suas previsões financeiras para o ano fiscal em curso, pois considera que as reduções de custos irão compensar o declínio nas vendas.

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Objetivo é “iniciar uma trajetória clara de redução da dívida” em 2022, diz Leão

O Orçamento do Estado já foi entregue no Parlamento mas as negociações continuam para a sua aprovação. O ministro das Finanças justifica as opções do Governo e as perspetivas para o próximo ano.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 já foi entregue no Parlamento, tendo sido recebida com críticas de vários partidos, nomeadamente aqueles que habitualmente viabilizam o documento, bem como de algumas associações e sindicatos, que já avançaram para greves. O ministro das Finanças, João Leão, vai explicar as opções tomadas pelo Governo na preparação do documento, numa entrevista ao ECO.

Entre as principais medidas previstas no OE está o desdobramento de escalões do IRS, bem como o englobamento obrigatório das mais-valias com a venda de títulos mobiliários com menos de um ano e o alargamento do IRS Jovem. Encontra-se ainda incluído um aumento do abono de família, um aumento extraordinário das pensões mais baixas e um incentivo fiscal à recuperação das empresas.

Acompanhe aqui a entrevista a João Leão, realizada no ISEG.

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Mercado automóvel na Europa em níveis de 1995

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

O mercado automóvel europeu encontrava-se em setembro em níveis registados em 1995 apresentando uma queda de 23,1% em relação ao ano anterior, influenciado pela escassez de chips.

O mercado automóvel europeu encontrava-se em setembro em níveis registados em 1995 apresentando uma queda de 23,1% em relação ao ano anterior, disseram esta sexta-feira os fabricantes.

Em setembro de 2020, os fabricantes conseguiram recuperar da situação de confinamento que se verificou no bloco europeu devido à crise sanitária, mas em setembro de 2021 os dados indicam “uma escassez de veículos causada pela falta de semicondutores”, refere o comunicado da Associação de Fabricantes Europeus divulgado esta sexta-feira.

Entre setembro de 2020 e setembro de 2021, os principais mercados registaram baixas significativas: na Alemanha verificou-se uma queda de 25,7%, em Itália 32,7%, França 20,5% e Espanha 15,7%.

Cumulativamente, desde o início de 2021, mais de 7,5 milhões de veículos foram vendidos, mas o valor corresponde a menos 500 mil viaturas vendidas em relação ao mesmo período do ano anterior.

A procura de componentes eletrónicos é muito elevada no setor automóvel, sobretudo para os veículos equipados com complexos sistemas eletrónicos, com sistema ABS para “airbags” e com equipamentos para ajuda no estacionamento.

No contexto de retoma da atividade após o levantamento das restrições sanitárias, os fabricantes encontram-se em situações de concorrência com outras indústrias que necessitam de “chips”: computadores ou telefones móveis que captam uma grande parte dos componentes fabricados e que ficam no continente asiático.

Se a escassez “não for resolvida rapidamente, as perspetivas devem ser ainda mais reduzidas” em outubro, disse a British Builders Association na terça-feira.

Esta situação “deve prolongar-se em 2022”, especialmente porque “novos surtos da variante delta do Covid-19 afetam importantes países produtores na Ásia”.

No mês de setembro, apenas o grupo Hyundai-Kia registou subidas nas vendas de veículos.

Mesmo assim, nos primeiros nove meses do ano, os líderes Volkswagen e Stellantis conseguiram manter uma progressão de 8,1% das vendas, para o grupo alemão, e 8,3% para o consórcio franco-italo-americano, depois de valores “catastróficos” em 2020.

Apesar dos valores satisfatórios da Dacia, o grupo Renault registou quedas nas vendas desde o início do ano (-6,5%), assim como a Daimler (-5,6%), Ford (-11,2%) e Nissan (-12,4%).

A BMW-Mini registou um aumento de 10,9%, Toyota 19,8% e Volvo 7,4%.

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Aposta no Totoloto sobe para um euro, mas prémios serão maiores

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Outubro 2021

Desde 2011 que o valor de apostas no Totoloto era de 90 cêntimos, subindo agora para um euro.

Os preços das apostas do Totoloto vão aumentar de 90 cêntimos para um euro, uma subida de 10 cêntimos face ao valor de aposta fixado desde 2011. Este aumento é justificado com prémios mais altos e potencialmente mais atrativos para os apostadores.

A alteração foi publicada esta sexta-feira em Diário da República, entrando em vigor no sábado e produzindo efeitos a partir do sorteio n.º 85 deste jogo da Santa Casa da Misericórdia, a realizar em 23 de outubro.

Além da atualização do valor das apostas, a portaria que altera o regulamento do Tolototo refere que, “da importância para prémios, 10% destinam-se à constituição e manutenção de um fundo que garanta o valor mínimo de um milhão de euros para o primeiro prémio”. Ao mesmo tempo, deve assegurar, quando necessário, o direito ao pagamento dos prémios da categoria especial “Número da Sorte”.

Em setembro, o Governo publicou um decreto-lei para aumentar os prémios do Totoloto e do Totobola. Com efeito, o limite máximo de receitas afetas a estes jogos subiu para 65%.

Os sorteios do Totoloto realizam-se todas as quartas-feiras e sábados e continuam a cativar muitos portugueses. Na mesma linha, esta sexta-feira, há o maior jackpot de sempre no Euromilhões: são 220 milhões de euros de primeiro prémio.

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Nas notícias lá fora: 5G, Facebook e ETF de bitcoin

Espanha prevê instalar 14.500 torres e antenas 5G. "CMVM" dos EUA vai permitir primeiro ETF de bitcoin do país. Facebook quer monitorizar cada movimento do usuário através de IA.

O plano de desenvolvimento do 5G em Espanha prevê a implantação ou renovação de 14.500 torres e antenas. A “CMVM” dos EUA pode estar em vias de permitir o primeiro ETF de bitcoin do país, enquanto o Facebook quer monitorizar cada movimento dos utilizadores através da inteligência artificial. Estas são algumas das notícias que marcam a atualidade internacional.

Cinco Días

Espanha prevê instalar 14.500 torres e antenas de 5G

O plano de desenvolvimento da rede 5G promovido pelo Governo espanhol prevê a implantação ou renovação de 14.500 torres e antenas para a quinta geração. O orçamento do plano ascende a 1,405 milhões de euros: 235 milhões de euros em 2021, 600 milhões de euros em 2022, e os restantes 570 milhões de euros em 2023. Os contratos serão adjudicados antes do final de 2023, com implementação a ser concluída até ao final de 2025.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

The Economic Times

“CMVM” dos EUA pode dar “luz verde” ao primeiro ETF de bitcoin

O regulador dos mercados financeiros dos EUA pode vir a permitir que o primeiro ETF de futuros de bitcoin na bolsa norte-americana comece a ser negociado na próxima semana. “É amplamente esperado que o quarto trimestre veja progressos significativos quanto a um ETF de bitcoin nos EUA”, disse Ben Caselin, chefe de investigação e estratégia da AAX. Esta sexta-feira, a bitcoin atingiu um máximo de seis meses, aproximando-se dos 60.000 dólares. Os ETF são fundos de investimento que transacionam na bolsa.

Leia a notícia completa no The Economic Times (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

Governo britânico garante que haverá prendas no Natal

O ministro britânico dos transportes, Grant Shapps, disse esta sexta-feira que está confiante de que as pessoas poderão comprar presentes no Natal, depois de os contentores de transporte de brinquedos e artigos elétricos terem sido desviados do maior porto do país, por estar demasiado congestionado. “As pessoas poderão receber coisas no Natal”, assegurou o governante à Sky News.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

Business Insider

Facebook quer monitorizar cada movimento através de IA

O Facebook está a trabalhar em tecnologia que irá monitorizar a vida humana num novo nível, disse a empresa numa publicação no Twitter. O Facebook prevê um futuro em que os óculos inteligentes “se tornem tão úteis na vida quotidiana como os smartphones”. A ideia é desenvolver inteligência artificial que “veja” o mundo como os humanos, a partir de uma perspetiva de primeira pessoa.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

Rainha de Inglaterra está irritada por líderes mundiais não agirem na crise climática

A rainha de Inglaterra criticou a inação dos líderes mundiais na abordagem à crise climática, admitindo-se “irritada” por estes “falarem mas não agirem”, numa altura que Isabel II deverá marcar presença na cimeira climática COP26 em Glasgow. O Príncipe Carlos disse também que está preocupado com o encontro: “O problema é conseguir ação no terreno”, afirmou.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso pago/conteúdo em inglês).

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