António Feijó eleito presidente da Fundação Calouste Gulbenkian
O novo presidente da Fundação Calouste Gulbenkian entrará em funções a 3 de maio de 2022.
O administrador António Feijó foi esta quarta-feira eleito presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa, sucedendo no cargo a Isabel Mota, revelou à agência Lusa fonte oficial.
De acordo com um comunicado da FCG, o novo presidente da Fundação Calouste Gulbenkian entrará em funções a 3 de maio de 2022. Isabel Mota iniciou funções como presidente do conselho de administração da FCG em maio de 2017.
A decisão da passagem de testemunho foi decidida esta quarta-feira numa reunião do conselho de administração plenário da Gulbenkian, que elegeu, por voto secreto, o professor universitário e investigador António M. Feijó.
O novo presidente sucederá a Isabel Mota, que em maio chegará ao fim do seu mandato, não podendo ser reconduzida, tal como previsto nas normas da Fundação, por ter atingido o limite de idade, indica o comunicado.
Administrador não executivo da FCG desde 2018, António M. Feijó é atualmente pró-reitor da Universidade de Lisboa, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, diretor da Imprensa da Universidade de Lisboa e diretor não-executivo da Fundação da Casa de Mateus.
Ex-diretor da Faculdade de Letras, foi também presidente do Conselho Geral Independente da RTP.
Doutorado em Literatura Inglesa e Norte-Americana pela Brown University, é mestre em Literatura Inglesa e Norte-Americana pela State University de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Tem publicações sobre literatura inglesa, norte-americana e portuguesa, bem como traduções e versões dramatúrgicas de Shakespeare, Thomas Otway e Fernando Pessoa, entre outros autores.
Em 2015, publicou “Uma Admiração Pastoril pelo Diabo (Pessoa e Pascoaes)” (Imprensa-Nacional Casa da Moeda), que recebeu o Prémio Jacinto do Prado Coelho, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, e, em 2016, publicou uma versão “ligeiramente alterada” da sua tradução de “Hamlet”, de Shakespeare.
Em 2017 publicou, com Miguel Tamen, “A Universidade como deve ser” (Fundação Francisco Manuel dos Santos).
Com Tamen, também promoveu a discussão dos “Livros de Bob Dylan”, em Lisboa, quando o criador de “Forever young” e “Shelter from the storm” foi distinguido com o Nobel da Literatura.
É autor da peça “Turismo Infinito”, sobre a voz de Fernando Pessoa, que o Teatro Nacional de São João estreou em 2009, com direção de Ricardo Pais.
Comissariou exposições sobre literatura, na Fundação Calouste Gulbenkian (2008) e na Fundação Cupertino de Miranda (2018, em colaboração).
Isabel Mota foi eleita presidente do conselho de administração da FCG em dezembro de 2016, na altura para suceder a Artur Santos Silva, vindo a destacar como domínios prioritários de intervenção, até 2022, as áreas de coesão e integração social, sustentabilidade e conhecimento para a sua estratégia geral de intervenção.
A Fundação Gulbenkian é uma instituição sem fins lucrativos criada em 1956 com bens do mecenas arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), cujas principais atividades são exercidas em quatro áreas estatutárias: arte, beneficência, educação e ciência.
Possui um instituto de investigação científica, uma orquestra própria, um coro, uma biblioteca de arte e arquivo, salas de espetáculos e duas coleções de arte, uma de arte antiga e outra de arte contemporânea, expostas ao público nos seus museus.
A Gulbenkian atribui bolsas e subsídios em várias áreas, além de prémios, nomeadamente o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, o Prémio Maria Tereza e Vasco Vilalva, na área da recuperação de património e o Prémio Branquinho da Fonseca para literatura infantil e juvenil.
(Atualizado com mais informação às 19h17)
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