Preços na produção industrial sobem na Zona Euro e na União Europeia em março

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Segundo o Eurostat, em março, em comparação com o mês homólogo de 2020, os preços na produção industrial aumentaram 4,3% na Zona Euro e 4,5% na UE.

Os preços na produção industrial aumentaram, em março, na Zona Euro e na União Europeia (UE), com Portugal a registar o terceiro maior avanço mensal (2,3%), segundo dados do Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, em março, em comparação com o mês homólogo de 2020, os preços na produção industrial aumentaram 4,3% na Zona Euro e 4,5% na UE.

Na comparação com fevereiro deste ano, os preços da produção industrial subiram 1,1% na Zona Euro e 1,2% na UE.

Na variação homóloga, os maiores aumentos de preços na produção industrial foram registados na Irlanda (21,2%), Dinamarca (10,4%) e Bélgica (9,3%), enquanto as únicas descidas foram registadas em Chipre (-3,0%) e na Eslováquia (-0,6%).

Em termos mensais, os maiores aumentos foram registados na Irlanda (7,9%), Espanha (2,5%) e Portugal (2,3%), enquanto a única diminuição foi registada na Estónia (-1,6%).

Face a março de 2020, os preços na produção industrial aumentaram, em Portugal, 3,7%.

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É assim que vão ser fiscalizados os milhões da “bazuca” da UE

Os milhões que vêm da "bazuca europeia" serão controlados através de quatro pilares. Saiba quais são.

A caminho de terras lusas vêm vários milhares de milhões de euros da Comissão Europeia, naquela que é a chamada “bazuca” da União Europeia (UE). Com esses fundos europeus cada vez mais perto, foi pensado um modelo de governação, que prevê a criação de uma comissão que irá coordenar todo o processo, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E também vai fiscalizar a aplicação de todos os euros.

O modelo de governação do PRR, que por sua vez vai coordenar a “bazuca” europeia, tem quatro níveis de coordenação, cada um deles composto por vários participantes, conforme detalha o decreto-lei publicado esta quarta-feira em Diário da República. São eles: nível estratégico de coordenação política, nível de acompanhamento, nível de coordenação técnica e de monitorização e nível de auditoria e controlo.

A coordenação política ficará a cargo da Comissão Interministerial, que será presidida pelo primeiro-ministro e composta pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas da economia, transição digital, negócios estrangeiros, presidência, finanças, planeamento, ambiente e ação climática. Esta comissão “funciona em plenário” e cada um dos membros do Executivo deve acompanhar os investimentos e reformas do PRR.

À Comissão Interministerial cabe aprovar o PRR e as suas alterações a submeter à UE, coordenar a política e a estratégia global do PRR, aprovar as propostas de revisão dos investimentos e das reformas que integram o PRR e apreciar e aprovar os relatórios semestrais e anuais.

A coordenação de acompanhamento, por sua vez, será da responsabilidade da Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA), cujo presidente será “uma personalidade independente de reconhecido mérito” escolhida pelo primeiro-ministro. Será ainda composta por nove personalidades designadas pela Comissão Interministerial, pelos membros não governamentais do Conselho de Concertação Territorial, pelo presidente do Conselho Económico e Social e membros não governamentais da Comissão Permanente de Concertação Social e representantes de vários setores.

À CNA competirá acompanhar a execução do PRR, as medidas de informação, comunicação e de promoção de uma maior transparência e os progressos na implementação do PRR, mas também propor recomendações de melhoria dos mecanismos de implementação, emitir parecer sobre os relatórios semestrais ou anuais e analisar os relatórios de avaliação de resultados e de impacto do PRR.

A coordenação técnica e de gestão compete à estrutura de missão “Recuperar Portugal”, que já foi criada por resolução do Conselho de Ministros. Entre as responsabilidades estão a coordenação da execução das reformas e investimentos do PRR, o assegurar da interação e os contactos com a Comissão Europeia durante o período de execução do PRR e o fornecimento de apoio técnico às equipas das áreas governativas coordenadoras e entidades executoras das reformas e investimentos do PRR.

Além disso, este pilar terá ainda de preparar e submeter à Comissão Europeia os pedidos de desembolso dos financiamentos do PRR semestrais, elaborar os relatórios anuais e semestrais, implementar um sistema de gestão e controlo interno, adotar medidas antifraude eficazes e proporcionadas e promover a avaliação dos resultados do PRR.

Por fim, a nível de auditoria e controlo, será criada a Comissão de Auditoria e Controlo (CAC), que será presidida por um representante da Inspeção-Geral de Finanças e constituída por mais duas pessoas: um representante da Agência e uma personalidade com carreira de reconhecido mérito na área da auditoria e controlo, cooptada pelos restantes membros.

Da lista de funções da CAC constam o supervisionamento do sistema de gestão e controlo interno da estrutura de missão “Recuperar Portugal”, a emissão de pareceres prévios sobre os pedidos de desembolso dos financiamentos do PRR semestrais e a realização de auditorias ao funcionamento do sistema de gestão e controlo do PRR.

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Tem até hoje para se candidatar às rendas acessíveis da Câmara de Lisboa

Esta quarta-feira é o último dia para se candidatar à 5.ª fase do Programa de Renda Acessível da Câmara de Lisboa. Há 118 habitações a sorteio.

Esta quarta-feira é o último dia que tem para se candidatar à quinta fase do Programa Renda Acessível (PRA) da Câmara de Lisboa, que prevê a disponibilização de habitações com rendas abaixo do valor de mercado. O processo de candidatura é feito através da plataforma disponível no site Habitar Lisboa e a escolha dos futuros inquilinos será feita por sorteio.

Os interessados em arrendar uma das 118 habitações que fazem parte deste programa têm de apresentar as respetivas candidaturas até às 17h desta quarta-feira. Os futuros inquilinos, que serão escolhidos por sorteio cerca de uma semana depois de terminar o prazo, mudar-se-ão para uma casa em Lisboa, cuja renda corresponde a um terço do rendimento líquido do agregado familiar.

Estas 118 habitações são de proprietários privados e estão arrendadas por estes à Câmara de Lisboa através do Programa Renda Segura. Por sua vez, a autarquia subarrenda estes imóveis a preços mais baixos, através do PRA. As tipologias das habitações vão de T0 a T4 e as características, localização e fotos podem ser consultadas na Plataforma Habitar Lisboa.

A curto prazo, o objetivo da autarquia é colocar no mercado 6.000 casas com rendas acessíveis mas, a médio prazo, a meta é bem superior. “O nosso objetivo de médio prazo é ir bastante além das 6.000 casas. Estamos a iniciar um processo na cidade de Lisboa que durante muitas décadas não construiu nem reabilitou casas em número significativo para as classes médias”, disse Fernando Medina, na altura de lançamento do PRA.

Rendimento bruto máximo anual de 35 mil euros por pessoa

Na hora de efetuar a candidatura, esta deve ser feita de acordo com as necessidades de cada agregado: uma pessoa pode concorrer a um T0 ou T1, enquanto duas pessoas têm direito a um T0, um T1 ou um T2. No caso de três ou quatro pessoas, o máximo é um T3 e, para famílias numerosas (cinco ou mais pessoas), o mínimo é um T3 e o máximo um T5.

Para ser elegível ao PRA, o valor do rendimento bruto do agregado habitacional deve situar-se entre o salário mínimo nacional (8.400 euros por ano por pessoa) e um máximo de 35 mil euros por ano por pessoa. Já no caso de duas pessoas, o máximo são 45 mil euros anuais e, no caso de mais de duas pessoas, o teto máximo é de 45 mil euros anuais mais 5.000 euros por ano por cada dependente.

O valor mensal da renda acessível da CML corresponde a 30% (taxa de esforço) multiplicado pelo rendimento mensal líquido do agregado, em duodécimos. Caso o agregado inclua dependentes (conforme a declaração do IRS), a taxa de esforço é reduzida em 2% por cada pessoa dependente.

No caso de um T0, a renda mínima que poderá ser cobrada é de 150 euros, enquanto a máxima será de 400 euros. Já no caso de um T1, a renda variará entre um mínimo de 150 euros e um máximo de 500 euros. Um T2 poderá custar, no máximo 600 euros e, a partir de T3, a renda máxima nunca poderá ultrapassar os 800 euros.

  • Como calcular o valor da renda?

No caso de uma pessoa que ganhe o salário mínimo mensal (534 euros líquidos), aplicando-lhe uma taxa de esforço de 30%, isso corresponderá a uma renda de 187 euros mensais para um T0 ou um T1.

Já um casal com um filho, que receba 800 euros mensais líquidos cada um, pagará uma renda de 523 euros mensais por um T2 ou um T3. Enquanto um casal com dois filhos, em que o salário conjunto dos pais é de 2.200 euros líquidos mensais, pagará 600 euros por um T2 ou 667 euros por um T3.

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Isenção de ISV chegou a 1.145 famílias numerosas desde 2016

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Famílias numerosas beneficiam de uma isenção correspondente a 50% do Imposto Sobre Veículos (ISV), até ao limite de 7.800 euros, na compra de viaturas ligeiras de passageiros.

Um total de 1.145 famílias numerosas beneficiou desde 2016 de isenção de 50% no Imposto Sobre Veículos (ISV) na compra de viaturas ligeiras com mais de cinco lugares, disse à Lusa fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Em causa está uma medida fiscal através da qual as famílias com mais de três dependentes a cargo ou que, tendo três dependentes, pelo menos dois deles tenham menos de oito anos, beneficiam de uma isenção correspondente a 50% do Imposto Sobre Veículos (ISV), até ao limite de 7.800 euros, na compra de viaturas ligeiras de passageiros com determinados limites de emissões.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) precisou que o total de pedidos de famílias numerosas ascendeu a 1.145 entre 2016 e o final de abril de 2021, tendo por referência o ano da matrícula dos veículos.

Este benefício abrange veículos ligeiros de passageiros, adquiridos em estado novo ou usado, com uma lotação superior a cinco lugares e com emissões de dióxido de carbono (CO2) NEDC iguais ou inferiores a 150g/km ou emissões de CO2 WLTP iguais ou inferiores a 173 g/km.

O benefício fiscal apenas é reconhecido a um veículo por agregado familiar e só pode ser atribuído uma vez em cada cinco anos.

De acordo com os dados da AT, o número total de pedidos ascendeu a 233 em 2016, aumentando para 238 em 2017 e 299 um ano depois.

Os mesmos dados dão conta de 179 pedidos face a carros matriculados em 2019 e 160 em 2020. Este ano, registaram-se 36 pedidos, até 23 de abril.

As regras deste benefício determinam que os beneficiários das isenções de imposto “não podem alienar, a título oneroso ou gratuito, alugar ou emprestar o automóvel objeto de isenção antes de decorrido o prazo de 12 meses, contado a partir da data da atribuição da matrícula nacional”.

Na ausência de cumprimento desta regras, haverá “lugar à liquidação integral do imposto e a responsabilidade penal ou contra-ordenacional”, conforme indica a mesma fonte oficial da AT.

Por outro lado, sempre que um veículo que beneficie das isenções seja transmitido, em vida ou por morte, e depois de ultrapassado o período de intransmissibilidade (12 meses), “a pessoa relativamente à qual não se verifiquem os respetivos pressupostos, há lugar a tributação em montante proporcional ao tempo em falta para o termo de cinco anos, segundo as taxas em vigor à data da concessão do benefício, ainda que a transmissão se tenha devido à cessação da respetiva atividade”.

Após o período de cinco anos, o veículo pode ser vendido, não havendo lugar a qualquer ónus em sede de ISV.

Um ofício circulado da AT sobre este benefício esclarece que são considerados dependentes “os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiveram sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quem incumbe a direção do agregado familiar, que, não tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida, tenham frequentado no ano a que o imposto respeita o 11.º ou 12.º anos de escolaridade, estabelecimento de ensino médio ou superior”, bem como os “filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de subsistência, quando não aufiram rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais elevado”.

Relativamente aos elementos do agregado que podem conduzir os veículos objeto desta isenção, tem sido entendimento da AT considerar que podem conduzi-los quer os beneficiários quer os respetivos dependentes.

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Pablo Iglesias retira-se da política após vitória da direita em Madrid

  • Lusa e ECO
  • 5 Maio 2021

O candidato às eleições regionais de Madrid do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado que obteve.

O candidato às eleições regionais de Madrid do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado que obteve e do sucesso da direita. “Abandono todos os meus lugares, vou deixar a política no sentido da política partidária”, disse Iglesias a um grupo de ativistas do seu partido, depois de se saber o resultado das eleições regionais de Madrid.

Pablo Iglesias é o líder do Unidas Podemos e foi vice-presidente no Governo minoritário do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, tendo abandonado o executivo em março para concorrer às eleições regionais de Madrid que se realizaram esta terça-feira. O resultado destas eleições significa por isso um contratempo para o Partido Socialista (PSOE) de Sánchez.

A direita espanhola e a sua candidata, uma personalidade em ascensão na política espanhola, Isabel Díaz Ayuso, tiveram uma vitória esmagadora nas eleições regionais para a Assembleia da Comunidade de Madrid, alcançando quase a maioria absoluta.

O Partido Popular (PP) obteve 65 assentos, mais 35 do que tinha elegido na votação de 2019, quando estão contados 97% dos votos. Segundo os dados oficiais, o Más Madrid superou em pouco mais de 2.000 votos o Partido Socialista (PSOE) e tornou-se a força política mais votada à esquerda, ao eleger 24 deputados regionais.

Tal como o Cidadãos, que fica de fora da Assembleia, o PSOE é o grande derrotado das eleições, tendo perdido 13 deputados regionais em comparação com a última votação, tendo conquistado também 24. O Vox é a quarta força na Comunidade de Madrid, ao eleger 13 deputados regionais, mais um do que há dois anos, enquanto a coligação Unidas Podemos, com Pablo Iglésias como candidato, subiu de sete para 10 o total de assentos.

Sem maioria absoluta, Diaz Ayuso poderá necessitar do apoio do partido de extrema-direita Vox para se manter na presidência da Comunidade de Madrid, o que foi muito criticado por todos os partidos de esquerda durante a campanha eleitoral.

Apesar de, nas eleições de maio de 2019, o PSOE ter sido o mais votado, Díaz Ayuso — na altura desconhecida a nível nacional — tornou-se presidente da região de Madrid, à frente de uma coligação que formou com o Cidadãos (direita-liberal) com o apoio parlamentar do Vox. Quando, em meados de março, dissolveu o parlamento regional e pôs fim à aliança com o Cidadãos, convocando eleições antecipadas, parece ter procurado capitalizar a popularidade que esta política lhe deu entre uma parte da população de Madrid.

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Serviço de internet por satélite de Musk já tem 500 mil encomendas

  • ECO
  • 5 Maio 2021

"A única limitação é a alta densidade de utilizadores nas áreas urbanas", disse Elon Musk, sem adiantar uma data específica para o lançamento do serviço que será disponibilizado também em Portugal.

A SpaceX já recebeu mais de 500 mil encomendas para o seu serviço de internet via satélite Starlink, não prevendo quaisquer problemas técnicos para responder a essa procura, disse o fundador da empresa, Elon Musk.

“A única limitação é a alta densidade de utilizadores nas áreas urbanas”, tweetou Musk esta terça-feira, em resposta a uma publicação de um jornalista da CNBC, em que este referia que os depósitos de 99 dólares que as pessoas fizeram para “reservar” o serviço eram totalmente reembolsáveis ​​e não garantiam o mesmo. “Mais um desafio quando chegamos à faixa dos vários milhões de utilizadores”, acrescentou.

A SpaceX ainda não definiu uma data para o lançamento do serviço Starlink, mas este provavelmente não será oferecido em 2021, tal como tinha sido planeado anteriormente. A empresa planeia colocar 12.000 satélites, num processo que custará cerca de dez mil milhões de dólares.

Este serviço também ficará disponível em Portugal, dado que a SpaceX criou a empresa Space Exploration Technologies Portugal – SXPT, de forma a fornecer internet via satélite no mercado português até ao final de junho, de acordo com o regulador Anacom.

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) aprovou no mês passado o plano da SpaceX para implantar alguns satélites Starlink numa órbita terrestre mais baixa do que o planeado, mas incluiu uma série de condições para garantir a segurança do plano.

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Falta de chips afeta carros da Stellantis. Vai continuar e ter “grande impacto” na produção

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Oito das 44 fábricas do grupo Stellantis estão diretamente afetadas pela escassez de chips e outros componentes eletrónicos estando suspensas algumas linhas de montagem técnicas.

A escassez mundial de semicondutores impediu o fabricante de automóveis Stellantis de produzir 190 mil veículos no primeiro trimestre, mas não fez travar as vendas, anunciou esta quarta-feira o segundo maior construtor europeu.

O grupo — construtor automóvel nascido da fusão da PSA com a Fiat Chrysler (FCA) — que reúne 14 marcas, entre as quais Jeep e Maserati, prevê que a falta de componentes eletrónicos, fabricados principalmente na Ásia e sujeitos a uma procura fora do normal, vai manter-se e provocar um “grande impacto” no segundo trimestre.

Tal como a Ford ou a Volkswagen, as fábricas não podem funcionar caso não disponham de componentes necessários no fabrico das viaturas devido à elevada procura do setor informático. A crise sanitária fez aumentar o número de pessoas em regime de teletrabalho provocando uma consequente procura exponencial de componentes eletrónicos necessários para o setor informático.

Oito das 44 fábricas do grupo Stellantis estão diretamente afetadas pela escassez de chips e outros componentes eletrónicos estando suspensas algumas linhas de montagem técnicas, indicou o diretor financeiro do grupo, Richard Palmer, durante uma conferência de imprensa. “As nossas reservas baixaram, sobretudo na América do Norte“, indicou Palmer.

Mesmo assim, o grupo apresentou um valor bruto de negócio correspondente a 34,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre, um aumento de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2020. A empresa Stellantis vendeu no primeiro trimestre 1.567 milhões de veículos, um valor que reflete “uma grande procura por parte dos consumidores e um bom desempenho do setor das vendas.

O grupo mantém as perspetivas para 2021, nos principais mercados, com um aumento de vendas de 10% na Europa, 8% na América do Norte e 20% na América do Sul. Para impulsionar as vendas, o grupo conta lançar o novo Opel Mokka e com a produção de Jeep Wagoneer e Grand Cherokee.

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Lone Star passa fatura de 12 milhões ao Fundo de Resolução por processos do BES

Em causa estão pedidos do acionista americano ao abrigo de um mecanismo de compensação ao banco por conta de decisões judiciais desfavoráveis relacionadas com a resolução do BES.

Os donos americanos do Novo Banco já pediram 12 milhões de euros ao Fundo de Resolução para compensar o impacto de decisões negativas dos tribunais em Portugal e Espanha relacionadas com a medida de resolução do BES, revela a auditoria do Tribunal de Contas.

Estes pedidos foram feitos ao abrigo de um mecanismo de compensações criado aquando da venda de 75% do capital do banco ao fundo Lone Star, através da sociedade Nani Holdings, em outubro de 2017, e que prevê pagamentos em benefício do banco em relação a eventuais efeitos negativos de decisões futuras decorrentes da resolução do BES e que resultassem em responsabilidades ou contingências para o Novo Banco.

As primeiras 12 faturas já começaram a chegar ao fundo liderado por Máximo dos Santos por conta de decisões desfavoráveis em tribunais portugueses e espanhóis, num montante que totaliza os 12 milhões de euros. Ainda nenhum pagamento foi realizado, ainda assim, pois nenhuma decisão judicial transitou em julgado. Só depois da decisão definitiva e de se saber se o dano está coberto por este mecanismo é que haverá lugar à compensação.

“Até à presente data, a Nani Holdings (contraparte do Fundo de Resolução no contrato de compra e venda) já dirigiu ao Fundo de Resolução 12 reclamações ao abrigo deste mecanismo, no valor e 12 milhões de euros relativamente a decisões judiciais de tribunais portugueses e espanhóis que, não respeitando a medida de resolução, condenaram o Novo Banco e a sua sucursal em Espanha por responsabilidades do BES que não transitaram para o Novo Banco nos termos da medida de resolução”, segundo uma resposta do banco ao Tribunal de Contas no âmbito da auditoria agora revelada.

E acrescenta: “Até à presente data não foi efetuado qualquer pagamento ao Novo Banco por parte do Fundo de Resolução ao abrigo deste mecanismo. Daqui decorre que apenas quando existe uma decisão final transitada em julgado é possível determinar se essa decisão em concreto e o dano daí decorrente está coberto por este mecanismo compensatório”.

Ainda que este valor de 12 milhões seja quase irrelevante face às injeções que o Novo Banco já recebeu do Fundo de Resolução, num total de cerca de oito mil milhões desde 2014, a verdade é que nenhuma das partes tem estimativas para aquilo que poderá ser o impacto dos litígios em tribunal por causa da resolução do BES, aplicada em agosto de 2014.

"Até à presente data, a Nani Holdings (contraparte do Fundo de Resolução no contrato de compra e venda) já dirigiu ao Fundo de Resolução 12 reclamações ao abrigo deste mecanismo, no valor e 12 milhões de euros relativamente a decisões judiciais de tribunais portugueses e espanhóis que, não respeitando a medida de resolução, condenaram o Novo Banco e a sua sucursal em Espanha por responsabilidades do BES que não transitaram para o Novo Banco.”

Novo Banco

Além da resolução do BES, que veio impor perdas de seis mil milhões de euros a acionistas e obrigacionistas do banco (como mandam as regras da resolução), este mecanismo de compensação cobre eventuais efeitos negativos que possam advir para o Novo Banco em relação à decisão de dezembro de 2015 sobre a retransmissão de obrigações seniores no valor 2.000 milhões de euros do Novo Banco para o banco mau.

Neste capítulo, um dos litígios mais relevantes que correm no tribunal tem o Goldman Sachs e vários fundos internacionais como autores devido a um empréstimo de 835 milhões ao BES pouco tempo antes de ser resolvido.

“Não é possível ao Novo Banco quantificar ou estimar os possíveis efeitos negativos de decisões judiciais sobre a resolução do BES que o Fundo de Resolução deva compensar ao abrigo do contrato de compra de venda”, disse o banco ao tribunal.

O relatório e contas do Fundo de Resolução do ano passado também deixava um cenário de incerteza quanto aos encargos que poderá ter de assumir no futuro: “Acrescenta-se que existem processos noutras jurisdições, para além de Espanha, com valores materiais que ainda não tiveram desenvolvimentos relevantes, mas dos quais poderão emergir responsabilidades para o Fundo de Resolução, cujo fundamento será avaliado de forma casuística. (…) tratando-se de ações judiciais sem precedentes jurídicos, não é possível estimar com fiabilidade o potencial efeito financeiro contingente“.

Todavia, o fundo deixava então uma ponta de otimismo em relação a este desfecho, notando que as intervenções do Banco de Portugal e do Fundo de Resolução foram admitidas pelos tribunais em Portugal e que foi já proferida uma decisão de um Tribunal Supremo favorável aos interesses do Banco de Portugal e do Fundo de Resolução.

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BCP brilha na bolsa de Lisboa com um ganho de 3%

Principais praças europeias negociam em alta, a corrigir após as perdas da última sessão. Lisboa está a acompanhar o movimento com banca e energia a ajudarem.

O “verde” domina na bolsa de Lisboa, que acompanha o sentimento positivo que se vive nas pares europeias. Apesar dos comentários da secretária de Estado do Tesouro norte-americana Janet Yellen sobre uma eventual subida dos juros nos EUA ter penalizado Wall Street, a Europa não se deixou contagiar e recupera das perdas da última sessão.

O Stoxx 600 e o alemão DAX seguem a subir 0,7%, enquanto o fracês CAC 40 ganha 0,5%, o britânico FTSE 100 avança 0,6% e o espanhol IBEX 35 soma 0,9%. O português PSI-20 valoriza mais de 1% para 5.100,16 pontos, com 15 das 18 cotadas em “terreno” positivo.

O grande destaque está no BCP, que sobe 2,9% para 0,1283 euros por ação, seguido de perto pelas energéticas. A EDP Renováveis avança 2,7% para 19,67 euros, a EDP sobe 1,09% para 4,65 euros e a Galp Energia sobe 0,9% para 10,03 euros.

A generalidade dos “pesos pesados” do índice está a ajudar na sessão: os CTT ganham 1,6% para 3,85 euros, a Nos soma 0,54% para 2,976 euros e a Jerónimo Martins ganha 0,46% para 15,16 euros.

Em sentido contrário, só mesmo a Semapa que — em pleno processo de oferta pública de aquisição (OPA) pelo maior acionista, a Sodim — desliza 0,17% para 12.08 euros.

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Nas notícias lá fora: Juros nos EUA, Starlink e a Covid-19

  • ECO
  • 5 Maio 2021

Das medidas da UE para controlar as empresas que obtiveram ajudas públicas aos juros nos EUA, passando pela atualidade do coronavírus, saiba quais são as notícias que estão a marcar o dia lá fora.

Bruxelas vai passar a controlar empresas internacionais subsidiadas na União Europeia. Nos EUA, a ex-presidente da Fed volta atrás e diz que, afinal, não espera uma subida dos juros. Destaque ainda para o serviço de internet via satélite de Elon Musk, que já recebeu mais de 500 mil encomendas.

El País

Bruxelas vai controlar empresas internacionais subsidiadas na UE

A Comissão Europeia vai passar a controlar as compras de empresas europeias por empresas estrangeiras subsidiadas pelos seus Governos, uma proposta que inclui ainda um maior controlo dos concursos públicos. A ideia é acabar com a concorrência desleal de empresas de capital público. Embora não tenha sido diretamente referido, esta decisão tem como foco a China, que tem vindo a adquirir várias empresas na União Europeia. Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Wall Street Journal

Yellen recua nos comentários sobre subida de juros nos EUA

A secretária de Estado do Tesouro e ex-presidente da Reserva Federal Janet Yellen clarificou que não espera — nem recomenda — que o banco central suba juros em resultado do impacto da despesa pública na inflação. A explicação foi feita ao fim do dia desta terça-feira, depois de a norte-americana ter dito, no início do dia, que as taxas de juro no país podem ter de subir para controlar o “sobreaquecimento” da economia, que a recuperação pode provocar. Leia a notícia completo no Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Serviço de internet via satélite de Musk com 500.000 pré-encomendas

A SpaceX recebeu mais de 500 mil encomendas de seu serviço de internet via satélite Starlink e não prevê problemas técnicos para responder a essa procura, disse o fundador Elon Musk. “A única limitação é a alta densidade de utilizadores em áreas urbanas”, tweetou o responsável, em resposta a um jornalista. Ainda não há uma data para o lançamento do serviço Starlink, mas o serviço comercial provavelmente não será oferecido em 2020, tal como tinha sido planeado anteriormente. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Estados Unidos oferecem cerveja e dinheiro para incentivar vacinação

Dinheiro, bilhetes para museus e até canábis estão a ser oferecidos por vários estados norte-americanos de forma a incentivar as pessoas a serem vacinadas contra o novo coronavírus. Embora o país continue a administrar milhões de vacinas por dia, o foco mudou para aqueles que estão relutantes em serem vacinados, aumentando as preocupações quanto à dificuldade de se atingir a imunidade de grupo. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Nação mais vacinada do mundo reintroduz restrições à medida que casos aumentam

As Seychelles, que vacinaram quase metade de toda a população contra a Covid-19, fecharam escolas e cancelaram atividades desportivas durante duas semanas devido ao aumento dos casos de infeção. Entre as medidas adotadas estão a proibição de mistura de pessoas que não morem juntas e o encerramento de bares. “Apesar de todos os esforços excecionais que estamos a fazer, a situação da Covid-19 no nosso país é crítica agora”, diz a ministra da Saúde. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Cerca de 46% das empresas “zombie” da anterior crise recuperaram

  • Lusa
  • 5 Maio 2021

Um estudo mostra que cerca de 46% das empresas "zombie" recuperaram a viabilidade económica nos primeiros três anos após terem sido identificadas como tal.

Cerca de 46% das empresas “zombie” da anterior crise recuperaram a viabilidade económica nos primeiros três anos após terem sido identificadas como tal, revela um estudo sobre a recessão de 2008-2013 da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

“A probabilidade de recuperação das empresas ‘zombie’ não é nula” e as que recuperaram a viabilidade económica “necessitaram de três anos e dois meses para o fazerem”, lê-se no estudo “Crise e crédito: lições da recessão de 2008-2013”. De acordo com o documento, entre 2005 e 2016, em média, cerca de 46% das empresas ‘zombie’ recuperaram a sua viabilidade económica e financeira, 28% encerraram e 26% mantiveram-se nesse estado.

Segundo os autores, uma empresa ‘zombie’ é “toda a empresa sobre-endividada que, sendo incapaz de responder aos compromissos financeiros por falta de rendibilidade, mantém a sua atividade suportada na condescendência dos credores”.

A incidência de empresas ‘zombie’ na economia portuguesa é elevada, quer em número de empresas, quer em recursos captados, representando entre 2005 e 2016 cerca de 11% do tecido empresarial e 6% do emprego total, indica o estudo. As reformas do regime de insolvência de 2012 aceleraram o processo de liquidação das empresas ‘zombie’ e aumentaram a probabilidade destas recuperarem após a reestruturação, indica o documento.

O estudo conclui ainda que, durante o período recessivo de 2008-2013, o risco de encerramento das novas empresas fortemente endividadas, nos primeiros anos de vida, foi três vezes maior do que o das empresas menos endividadas. Os autores consideram que a análise sobre a recessão de 2008-2013 poderá vir a ser útil para a formulação de políticas no atual contexto dominado pela crise causada pela pandemia.

“Dada a magnitude do choque negativo a que se assiste, uma deterioração drástica nos balanços das empresas desencadeará necessariamente um aumento no risco de encerramento de um número significativo de empresas viáveis”, afirmam os autores, defendendo que “políticas contracíclicas destinadas a aliviar os problemas de liquidez das empresas são, pois, da maior relevância”.

Os autores alertam para que “importa garantir que as políticas públicas canalizam os recursos para as empresas mais viáveis” com vista ao crescimento da economia. “Uma estratégia que inclua a reorganização de ativos e da força de trabalho, a mudança tecnológica e a reestruturação da dívida faz aumentar a probabilidade de recuperação das empresas económico-financeiramente viáveis”, pode ler-se no documento.

Os autores avisam que “a reestruturação e a insolvência envolvem custos significativos, designadamente o desemprego, o que conduz à necessidade de adequado acompanhamento por parte das entidades públicas”. O estudo foi coordenado por Carlos Carreira, professor da Universidade de Coimbra e investigador, e teve como autores Paulino Teixeira, Ernesto Nieto-Carrillo e João Eira.

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Já foi infetado por Covid-19? Saiba como vai ser vacinado

Recuperados da Covid começam a ser vacinados no final de maio. DGS clarifica que pessoas infetadas antes da vacinação tomam só uma dose. Infetados após a 1ª toma, levam a 2ª dose seis meses depois.

Há já algum tempo se questionava quando seriam vacinados os recuperados da Covid-19. Numa fase inicial e dada a escassez de vacinas, as autoridades de saúde optaram por deixar este grupo em “stand-by“, uma vez que a maioria dos infetados desenvolve alguma imunidade ao vírus SARS-CoV-2 e, portanto, estão menos suscetíveis a desenvolverem sintomas graves da doença.

Com a maior disponibilidade de vacinas a partir deste trimestre, a Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou que as pessoas que já foram infetadas pelo novo coronavírus, há, pelo menos, seis meses, iriam começar a ser vacinadas assim que os maiores de 60 anos estiverem todos vacinados, ou seja, no final de maio. “Nós estamos no início de maio, portanto, na terceira semana de maio, no máximo, na quarta semana de maio temos as pessoas todas vacinadas com mais de 60 anos. Portanto, está muito para breve começarmos a vacinar as pessoas que recuperaram da doença”, disse Henrique Gouveia e Melo na RTP3.

Nesse sentido, a DGS publicou agora uma atualização à norma relativa à campanha de vacinação contra a Covid-19 que clarifica como vai decorrer a vacinação dos recuperados da Covid-19. Assim, a instituição liderada Graça Freitas estipula que “as pessoas que recuperaram de infeção por SARS-CoV-2” e cujo diagnóstico foi feito “há, pelo menos, seis meses” vão agora passar a ser vacinadas (isto é, depois de finalizada a vacinação dos maiores de 60 anos), “acordo com a faixa etária a que pertencem”, tal como acontece com a generalidade dos casos nesta segunda fase do plano.

Nesse sentido, a generalidade destes utentes, vai tomar apenas uma dose da vacina, independentemente “de ser uma vacina com esquema vacinal de uma ou duas doses”, com exceção das pessoas que estejam recuperadas também há mais de seis meses e que “e que apresentem condições de imunossupressão” lê-se na norma 002/2021 da DGS, atualizada esta terça-feira. Neste casos, ou seja, os utentes que sofram de imnosuprresão (por exemplo, com HIV mas não só), tomam duas doses da vacina nas vacinas cujo esquema vacinal é de duas doses (caso da Pfizer, Moderna e AstraZeneca) ou tomam apenas uma dose nas vacinas cujo esquema vacinal é de dose única (Janssen).

Além disso, outra das grandes diferenças centra-se nas pessoas que tomaram uma dose da vacina contra a Covid, mas que após esta primeira toma foram infetados pelo novo coronavírus. Nesses casos, as pessoas devem ser “vacinadas com uma dose da mesma vacina, após seis meses da notificação da infeção por SARS-CoV-2”, assinala a DGS.

Isto significa, portanto, que pessoas que ficaram infetadas após a primeira toma da vacina, tomam a segunda dose, seis meses depois da infeção. De sublinhar que quer seja infetado antes ou depois de iniciar o processo de vacinação, os seis meses são contados a partir do primeiro dia em que foi notificado o caso de infeção por Covid-19.

Depois de a população com mais de 80 anos estar praticamente toda vacina, neste momento o foco é imunizar a população com mais de 60 anos, já que foi nestas faixas etárias que se registaram 96% dos óbitos pelo novo coronavírus. Neste segundo trimestre, Portugal espera receber mais de nove milhões de doses de vacinas, pelo que, dada a maior disponibilidade de vacinas o objetivo é administrar 100 mil vacinas por dia, a curto prazo.

Nesta segunda fase do plano de vacinação, além da vacinação ser realizada por faixa etária decrescentes (dos 79 aos 16 anos) será ainda dada prioridade a utentes com patologias mais graves, como Neoplasia maligna ativa, doentes oncológicos ativos (que estejam a fazer quimioterapia ou radioterapia), pessoas em situação de transplantação, pessoas com imunodepressão, doenças neurológicas (como epilepsia refratária), doenças epáticas, bem como doenças mentais como esquizofrenia, entre outros.

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