Restrições cancelam 102 voos da TAP para Moçambique e Marrocos

Proibições impostas pela União Europeia e por Marrocos já obrigaram ao cancelamento de mais de uma centena de voos, só até 13 de dezembro.

As restrições impostas na sequência da descoberta da nova variante da Covid-19 já obrigaram a TAP a cancelar 102 voos para Maputo e três cidades marroquinas: Casablanca, Marraquexe e Agadir. Estes dados, avançados pela companhia aérea, dizem respeito apenas ao período entre 28 de novembro e 13 de dezembro.

Os Estados-membros da União Europeia decidiram na passada sexta-feira, dia 26 de novembro, suspender temporariamente os voos de sete países da África Austral, incluindo Moçambique, após a identificação da Ómicron na África do Sul. Uma decisão que está a ser muito contestada pelos países abrangidos.

Os últimos voos a ligar Maputo e Lisboa realizaram-se no sábado passado. O Ministério da Administração Interna informou esta quarta-feira que a suspensão estará em vigor, pelo menos, até dia 9 de janeiro. O que significa que o número de voos cancelados pela TAP acabará por ser superior. Estão já agendados dois voos de repatriamento, a 4 e 6 de dezembro.

Já no caso de Marrocos, foi este país que no dia 28 anunciou a suspensão de todos os voos provenientes do estrangeiro a partir da meia-noite de segunda-feira, durante duas semanas.

Com esta nova variante, as vendas estão a abrandar um pouco. Tivemos de suspender os voos com Marrocos e Moçambique, o que não são boas notícias”, afirmou Sílvia Mosquera, Chief Commercial & Revenue Officer (CCRO) da TAP, durante o 46.º Congresso da Associação de Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

A responsável disse também que a companhia adotou, desde quarta-feira, uma nova política de reservas, permitindo a sua alteração sem a cobrança de qualquer taxa. “Aumentámos a flexibilidade em todas as tarifas, todas são super flexíveis, com zero taxas de mudanças”, afirmou esta quinta-feira.

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GoParity cria cartões oferta para investir em projetos sustentáveis

A plataforma de investimento criou cartões oferta, a partir de cinco euros, que possibilitam o investimento em projetos de impacto positivo.

A pensar num futuro mais sustentável, a GoParity quer dar a oportunidade a todos de participarem numa solução de investimento ético, através de cartões oferta digitais ou físicos — e plantáveis –, com um custo que começa nos cinco euros. Estes cartões permitem o investimento em projetos de impacto positivo.

“A resposta à pandemia trouxe uma aceleração da atividade económica à qual o nosso planeta e infraestruturas não estavam prontos para responder. Esse efeito fez-se sentir do preço da eletricidade e dos combustíveis, à falta de recursos, acentuando ainda mais um modelo económico-social insustentável, que favorece as desigualdades económicas e que prejudica irreversivelmente o meio ambiente”, começa por explicar Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity, em comunicado.

“Este contexto faz deste Natal um desafio ainda maior no que respeita à sustentabilidade das nossas escolhas e consumo: se mais do que nunca queremos mostrar a nossa gratidão e amizade àqueles que temos à volta e que connosco estiveram nestes tempos difíceis, este é também um momento de fazer escolhas conscientes e de liderar pelo exemplo. É a pensar nisso que deixamos à nossa comunidade o desafio de tomar uma decisão sustentável quando escolher os presentes, este ano”, acrescenta.

Ao oferecer este cartão oferta de Natal está a contribuir para a realização e materialização de projetos de impacto social e ambiental, mas também a encorajar e dar a possibilidade a mais pessoas de fazer o mesmo ao investir nestas soluções.

Saiba como funciona aqui.

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Siza admite novos apoios ao turismo, mas não a fundo perdido

"Mais do que dar apoios a fundo perdido para as empresas não fecharem a porta completamente, é ajudar à reconstituição do balanço", disse o ministro da Economia.

O ministro da Economia admite novos apoios para as empresas do turismo, mas diferentes dos que foram atribuídos até aqui. Pedro Siza Vieira diz que a situação atual é diferente e que, por isso, as empresas já não precisam de apoios a fundo perdido, mas sim de ajudas à reconstituição dos balanços. Com um programa minimamente pensado, o governante espera deixar isso preparado caso haja uma mudança de Governo.

“Admito que possamos ter alguns apoios mais específicos. Já não estamos numa situação de não haver clientes. Por isso, mais do que propriamente dar apoios a fundo perdido para as empresas não fecharem a porta completamente, é ajudar à reconstituição do balanço das empresas que ficaram muito degradadas”, disse o ministro esta sexta-feira, durante o 46.º Congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

Pedro Siza Vieira adiantou que até há uma ideia mais ou menos pensada. “Tinha pensado num programa em que, por cada euro que o empresário invista para reduzir a dívida, o Estado investe um euro“, detalhou o governante.

A concretizar-se, seria uma medida dirigida às micro e pequenas empresas mais devastadas pela pandemia, como as agências de viagens. A ideia é “fazer a redução do passivo”, algo que “pode ter um efeito grande”. “Espero poder colocar isso no terreno dentro de algum tempo”, afirmou.

Quando? “Se houver uma mudança de Governo, ficaremos em funções até à tomada de posse do novo, e espero deixar isso montado”, disse Siza Vieira, admitindo o pior dos cenários, a queda do atual Executivo. “Mas tenho a convicção que isto vai acontecer mais cedo ou mais tarde”, remata.

Durante os três dias de congresso da APAVT, as agências de viagens repetiram a necessidade de mais apoios, pelo menos até à Páscoa. “Todos sabemos, há muito tempo, que os apoios foram insuficientes, frequentemente tardios, bem como, demasiadas vezes, foram difíceis os processos administrativos de acesso aos mesmos”, disse Pedro Costa Ferreira, presidente da associação.

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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Governo cria mecanismo travão para revisão de preços dos medicamentos

O objetivo deste mecanismo é "garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e evitar a erosão dos medicamentos com preços mais baixos".

O Governo decidiu manter os países de referência para a revisão dos preços de medicamentos no próximo ano, e criar um critério excecional que prevê a aplicação de um mecanismo travão por intervalos de preços. Além disso, volta a suspender parcialmente a revisão dos preços dos genéricos, devido à pandemia.

Os países de referência, para efeitos de autorização dos preços dos novos medicamentos, bem como para a revisão anual de preços dos medicamentos do mercado hospitalar e do mercado de ambulatório, continuam assim a ser Espanha, França, Itália e Eslovénia. Já para a revisão do PVP (preço de venda ao público) máximo dos medicamentos não genéricos, em 2022, “é criado um critério excecional a utilizar na revisão anual de preços, com a aplicação de um mecanismo travão por intervalos de preços.

O objetivo deste mecanismo é “garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e evitar a erosão dos medicamentos com preços mais baixos”. Isto já que, durante a pandemia deu-se um “marcado crescimento da despesa com medicamentos”, sendo por isso necessário garantir, para além da sustentabilidade, “a melhor disponibilidade de medicamentos e a mitigação de ruturas”, explica o Governo na portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República.

O mecanismo é aplicado por intervalos de preços. As disposições para a revisão de preços ficam suspensas “para todos os medicamentos cujo PVP máximo em vigor seja inferior ou igual a 15,00 euros”. Já para todos os medicamentos com PVP máximo superior a 15 euros e até 30 euros é “criado um critério excecional que estabelece que da aplicação do regime de revisão anual de preços previsto no artigo 16.º da Portaria n.º 195-C/2015, de 30 de junho, na sua redação atual, não pode resultar uma redução superior a 5% em relação ao PVP máximo em vigor“, lê-se na portaria.

Finalmente, “para todos os medicamentos com PVP máximo superior a 30 euros, é criado um critério excecional que estabelece que da aplicação do regime de revisão anual de preços previsto no artigo 16.º da Portaria n.º 195-C/2015, de 30 de junho, na sua redação atual, não pode resultar uma redução superior a 10% em relação ao PVP máximo em vigor”.

Já no que diz respeito aos medicamentos genéricos, “uma vez que os mesmos se encontram sujeitos ao sistema de preços de referência, por questões de equidade, mantém-se a obrigatoriedade da sua revisão anual de preços, em 2022, cujo preço máximo é superior ao preço máximo do medicamento de referência”.

Para os medicamentos não genéricos, os titulares de autorização de introdução no mercado têm de apresentar até 15 de janeiro de 2022 as listagens dos preços a praticar, que entram em vigor no dia 1 de fevereiro seguinte. Já para os medicamentos genéricos, as listagens têm de ser entregues até 15 de fevereiro, para entrar em vigor no dia 1 de março seguinte.

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“Não vale a pena ter um novo aeroporto” sem a TAP, diz Siza

Ministro da Economia diz que TAP "é uma das empresas mais críticas do país". Sem a empresa, "não vale a pena ter um novo aeroporto significativo", indicou.

O ministro da Economia considera que a TAP “é uma das empresas mais críticas” para o futuro do país. Por isso, acredita que “não vale a pena ter um novo aeroporto” sem a companhia aérea nacional. E justifica, referindo que o movimento aeroportuário cresceu em Lisboa “porque a TAP cresceu” e que outros operadores acabaram por ser motivados a operar em território nacional.

“Eu acho mesmo que a TAP é, provavelmente, uma das empresas mais críticas para o nosso futuro coletivo. Assumo isso claramente. Mas também não vale a pena ter um novo aeroporto significativo sem a TAP”, disse Pedro Siza Vieira esta sexta-feira, durante o 46.º Congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Aveiro.

O responsável pela pasta da Economia enalteceu a importância da companhia aérea para o país, como o contributo de quase 2% do PIB que a TAP teve para as exportações em 2019. “Fazer desaparecer uma companhia com características da TAP teria um impacto negativo na nossa balança comercial. Conseguiríamos ainda ter alguma conectividade aérea, mas teríamos um grande impacto negativo”, acrescentou.

Além disso, justificou, “o movimento aeroportuário cresceu em Lisboa porque a TAP cresceu. O crescimento da TAP motivou outros operadores a virem para Portugal”. Sem a TAP, a Portela “seria um aeroporto secundário, na melhor das hipóteses”.

“História do [novo] aeroporto é lamentável”

Pedro Siza Vieira falou ainda da questão do novo aeroporto de Lisboa, referindo tratar-se de uma “história absolutamente lamentável”. “Estamos a falar da organização do sistema político. Qualquer uma das três opções tem prós e contras. Mas a incapacidade se tomar uma decisão onde alguns setores ainda acham que há aspetos que não são favoráveis é absolutamente lamentável”, disse.

Referindo que houve mesmo momentos em que perdeu a esperança de se aumentar a capacidade aeroportuária em Lisboa, o ministro referiu que Portugal “precisa mesmo de um aeroporto”. Isso é “incontestável”.

“Estes foram anos perdidos” nesta matéria, continuou, recordando como foi necessário alterar a lei que permitia às autarquias ter uma palavra a dizer quanto à escolha da localização do novo aeroporto. “Era preciso mesmo mudar a lei, se não nunca [se] ia tomar uma decisão”, disse.

E, concordando com as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esperar que “uma das vantagens destas eleições [legislativas] seja que o sistema político seja capaz de responder ao que disse o Presidente da República: que os partidos se entendam de uma vez quanto ao novo aeroporto“.

O Governo pediu em março uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para o novo aeroporto de Lisboa, estando em cima da mesa três opções: Portela como aeroporto principal e Montijo como complementar; Montijo como principal e Portela como complementar; novo e único aeroporto em Alcochete. O Executivo aponta para 2023 a entrega desse documento, ou seja, antes de 2023 não haverá um novo aeroporto.

(Notícia atualizada às 11h20 com mais informação)

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Gabriela Rodrigues Martins e Dulce Franco passam a consultoras

Pedro Rebelo de Sousa deixa o lockstep mas continua managing partner. Dulce Franco, Gabriela Rodrigues Martins e Anabela Gonçalves Ferreira passam a consultoras. José Jacome mantém-se como sócio.

Ao fim de pouco mais de um ano, Gabriela Rodrigues Martins, Dulce Franco e Anabela Gonçalves Rodrigues deixam de ser sócias da SRS Advogados e passam a consultoras do escritório. José Jácome mantém-se como sócio do escritório fundado por Pedro Rebelo de Sousa. Estas alterações terão efeito a partir de janeiro.

As entradas destes três sócios — tal como a de Rita Gana Abreu, que saiu em dezembro de 2020 — faziam parte do escritório AAA, com quem a SRS se integrou em setembro de 2020.

“No contexto de início de celebração dos 30 anos da SRS Advogados e na senda das recentes alterações encetadas, designadamente o plano de sucessão em curso, o sócio fundador – Pedro Rebelo de Sousa – deixou o lockstep da sociedade, permanecendo ainda no entanto como Managing Partner. Neste contexto, três dos 33 Sócios da SRS (Dulce Franco, Gabriela Rodrigues Martins e Anabela Gonçalves Ferreira) decidiram antecipar o estatuto de Consultor, para o qual transitarão em breve”, explicou fonte oficial do escritório à Advocatus.

A SRS Advogados tem também em curso a reformulação da sua imagem institucional, “refletindo as opções estratégicas definidas anteriormente à crise pandémica”, adiantou a mesma fonte.

Foi em junho de 2020 que a SRS Advogados e a AAA fecharam um acordo de fusão de integração. A SRS, fundada há mais de 25 anos por Pedro Rebelo de Sousa, e a AAA, que tinha Gabriela Martins e Dulce Franco, ex-sócias da PLMJ, na liderança, concluíram a operação de integração em setembro do mesmo ano.

Em entrevista ao Jornal Económico, há duas semanas, Pedro Rebelo de Sousa considerou a fusão “desafiante, porque todas as fusões são desafiantes. Acho que foi muito positivo e o resultado prático foi, indiscutivelmente, o acrescentar de competências, experiência e clientes, como é óbvio. Uma fusão que criou valor. Depois, o trabalhar de todas as vertentes também nos obrigou a reformular desde já a nossa estrutura de partnership. Aliás, criando o começo de um caminho que, naturalmente, trará uma meta a relativo médio prazo, curto prazo, o phasing out da minha pessoa, o que é perfeitamente lógico e natural”.

“Quero com a maior alegria informar clientes, parceiros e amigos que concluímos a fusão por integração da equipa da sociedade AAA. Todos se encontram já nas nossas instalações”, anunciou em setembro de 2010, nas redes sociais da firma, Pedro Rebelo de Sousa.

Para o líder da SRS, a fusão nasceu de uma “indesmentível” soma de equipas de sucesso. “Advogadas e advogados com carreiras de sucesso e talentos reconhecidos numa estratégia de fortalecimento da estrutura existente. É nestes períodos desafiantes, como o que vivemos, que estas sinergias são fundamentais para continuarmos no caminho da liderança em Portugal e no contexto do mercado internacional“, acrescentou o managing partner.

A SRS tinha cerca de 125 advogados, enquanto a AAA tinha 20 advogados, mas esta integração permitiu à sociedade liderada por Pedro Rebelo de Sousa o reforço de competências na área de corporate. Gabriela Martins é advogada da família Amorim e da Galp, por exemplo, enquanto Dulce Franco tem, entre os seus clientes, a AutoEuropa.

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Nas notícias lá fora: BCE, Google e vacinas da Covid-19

O BCE deverá evitar assumir compromissos a longo prazo na sua reunião deste mês. A Google voltou a adiar indefinidamente o regresso aos escritórios, que estava previsto para janeiro.

Na sua reunião deste mês, o Banco Central Europeu (BCE) deverá definir políticas para um período relativamente curto, evitando, para já, compromissos a longo prazo. As ações da empresa chinesa Didi vão sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque e passar a negociar em Hong Kong, numa altura em que o Partido Comunista Chinês aperta o controlo sobre o setor tecnológico. Já a Google, preocupada com a nova variante do coronavírus, voltou a adiar o regresso dos trabalhadores aos escritórios para depois de 10 de janeiro. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional desta sexta-feira.

Reuters

BCE deverá evitar compromisso a longo prazo em dezembro

O Banco Central Europeu (BCE) deverá definir políticas para um período relativamente curto na sua reunião deste mês, dada a incerteza acrescida, mas não deve atrasar uma decisão, uma vez que os mercados precisam de orientação, disse esta sexta-feira a presidente, Christine Lagarde. Os decisores políticos conservadores tinham exortado o BCE a evitar assumir compromissos a longo prazo em dezembro, devido às recentes leituras elevadas da inflação e o ressurgimento da pandemia, incluindo o aparecimento da variante Ómicron. “Há formas de dar clareza sem assumir compromissos a longo prazo e eu erraria ao não assumir um compromisso a muito longo prazo, porque há demasiada incerteza”, apontou Lagarde à Reuters.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Chinesa Didi vai sair da Bolsa de Nova Iorque e mudar para Hong Kong

A chinesa Didi Chuxing, considerada a “Uber chinesa”, deverá sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque para cotar as suas ações em Hong Kong. Este passo representa um afastamento dos mercados de capitais dos EUA, numa altura em que Pequim tem estado a impor limitações aos principais grupos de tecnologia do país.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Seis vacinas contra a Covid-19 podem funcionar como reforço

Um estudo no Reino Unido, que testou sete vacinas contra a Covid-19 diferentes como doses de reforço, concluiu que a maioria resultou em aumentos de anticorpos no organismo. As vacinas da Moderna e do consórcio Pfizer/BioNTech registaram o melhor desempenho nas pessoas que já tinham a vacinação completa. Todas as sete vacinas no estudo aumentaram a imunidade após a vacina da AstraZeneca, enquanto seis aumentaram os níveis de anticorpos após a da Pfizer.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Reuters

Google adia regresso obrigatório aos escritórios para depois de 10 de janeiro

A Alphabet, empresa “mãe” da Google, disse na quinta-feira que vai adiar indefinidamente o seu plano de regresso ao escritório em janeiro a nível mundial, devido à preocupação crescente em torno da nova variante Ómicron do coronavírus e a alguma resistência à sua imposição de vacinação contra a Covid-19. Em agosto, a Google tinha dito que esperava que os seus trabalhadores voltassem ao escritório cerca de três dias por semana a partir de, o mais tardar, 10 de janeiro.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Cinco Días

Espanha quer igualar receitas fiscais europeias sem aumentos significativos de impostos

A ministra das Finanças e da Administração Pública de Espanha, María Jesús Montero, defendeu na quinta-feira que “os impostos são uma alavanca fundamental para redistribuir a riqueza e garantir um Estado social”. Nesse sentido, garantiu que a reforma fiscal que delineará para o país em 2022 visará atingir o nível médio europeu de receita com impostos, assegurando que tal não significará aumentos generalizados de impostos e que a reforma será levada a cabo em paralelo com a recuperação económica da crise provocada pela pandemia de Covid-19. Espanha está sete pontos abaixo da média europeia em receitas fiscais face ao PIB.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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Há 564 surtos ativos em Portugal, mais de metade em escolas

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2021

Na segunda-feira Portugal continental registava 44 surtos em lares, 338 em escolas e 16 em instituições de saúde.

As autoridades de saúde registam esta semana um total de 564 surtos ativos, a maioria em escolas, pouco mais de metade do máximo atingido em fevereiro, quando chegou a haver 921 surtos ativos no país, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), na segunda-feira Portugal continental registava 44 surtos em lares, 338 em escolas e 16 em instituições de saúde.

Do total de surtos ativos no início da semana, a maioria (280) localiza-se na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), seguida da ARS Norte (119), ARS centro (102) e ARS Algarve (35). Na ARS do Alentejo registavam-se 28 surtos ativos.

Estes 564 surtos ativos em território continental contrastam com os valores de fevereiro, quando o país atingiu um máximo de 921 surtos ativos.

De acordo com os dados da DGS, a 29 de novembro registavam-se 44 surtos ativos em lares de idosos, envolvendo 830 casos de covid-19. Em fevereiro, quando o país bateu o recorde de surtos em lares, havia 405 surtos, quase 10 vezes mais, com 12 mil infetados.

“A diminuição drástica neste contexto demonstra a importância que a vacinação tem tido no controlo da pandemia e na proteção da população mais vulnerável”, sublinha a DGS.

Dados relativos a segunda-feira passada registam 338 surtos ativos em estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado – escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais. No total, havia 2.959 casos de covid-19 resultantes destes surtos, que dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes, parte dos quais já estarão recuperados.

A DGS dá ainda conta da existência, na mesma data, de 16 surtos em instituições de saúde, com 132 casos confirmados.

Um surto ativo é constituído por dois ou mais casos confirmados com ligação epidemiológica entre si no tempo e no espaço.

Só depois de terem decorrido 28 dias após a data do diagnóstico do último caso confirmado (dois períodos de incubação sem novos casos) o surto é dado como encerrado, explica a autoridade de saúde.

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 1.154.817 pessoas e provocou, desde o início da pandemia, 18.471 mortes.

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“Grande maioria das empresas familiares portuguesas não gere adequadamente a sucessão”

A Inditex e o dono da Delta são algumas das empresas familiares onde tem havido mexidas na liderança. A Pessoas falou com um especialista que aconselha as empresas sobre como preparar a sucessão.

Marta Ortega, filha de Amancio Ortega, o fundador da Inditex, vai substituir Pablo Isla na presidência do grupo dono da Zara, da Massimo Dutti e a Oysho. Em Portugal, Rui Miguel Nabeiro, neto do fundador do grupo dono da Delta, passou a assumir a presidência executiva do grupo Nabeiro. O que têm em comum? Assumem a liderança de empresas familiares. E qual a chave para uma mudança bem-sucedida? Muita preparação. O que nem sempre acontece. “A grande maioria das empresas familiares portuguesas não gere adequadamente a sucessão”, afirma João Rodrigues Pena, managing partner e fundador da Arboris, empresa que apoia e aconselha as empresas familiares em processos de sucessão.

Passe a liderança de avô para neto, de tio para sobrinho ou de pai para filha, com uma liderança externa pelo meio, há um fator que deve ser comum a todos eles: a preparação. “Para se conseguir que esse caminho tenha sucesso é fundamental que haja todo um processo de preparação. E a grande maioria das empresas familiares portuguesas não gere adequadamente a sucessão”, afirma João Rodrigues Pena, em conversa com a Pessoas.

Não foi o caso do grupo têxtil espanhol. “O pai, Amancio Ortega, mantém as mesmas funções — uma função mais rica e mais feliz que conseguiu criar para si, dedicando-se à componente mais criativa e de desenvolvimento a longo prazo da Inditex — e Marta Ortega agarra as funções de Pablo Isla. Mas isto não acontece por acaso. A gestora foi preparada do ponto de vista académico e de experiência profissional, fazendo a sua carreira sempre no grupo Inditex (o que não é considerada a melhor prática) e, ao mesmo tempo, desenvolveu as suas capacidades técnicas enquanto gestora em várias universidades internacionais. Fez uma série de cursos e preparou-se muito bem para o lugar de CEO”, descreve João Rodrigues Pena.

Mas porque é que nem todas as empresas familiares conseguem fazer esta preparação de sucessão? Em primeiro lugar, por tratar-se de um processo “longo, delicado, trabalhoso, exigente e que não pode envolver emoções”.

A paixão do fundador tem de manter-se sempre de sucessor em sucessor, seja ele profissional ou não.

João Rodrigues Pena

Managing partner e fundador da Arboris

Contudo, defende João Rodrigues Pena, há uma segunda razão: “Algumas vezes acontece que o presidente e CEO já tem o olho posto no seu filho para ser o sucessor. Ou seja, está a fazer um jogo — nada positivo para os interesses da empresa e dos acionistas –, no sentido que será o seu filho e não os sobrinhos, por exemplo, a assumir, mas apenas por uma questão de orgulho de pai“, explica o especialista em aconselhamento a empresas com raiz familiar, acrescentando que este é, talvez, o grande desafio em temas de sucessão.

Procedimentos a adotar

Para garantir um bom processo de sucessão, planeado e preparado antecipadamente, João Rodrigues Pena diz que é preciso, em primeiro lugar, criar uma cultura de convívio na família, no sentido de “garantir que a visão que se vai construir sobre os diferentes possíveis sucessores da geração vindoura é uma visão isenta e objetiva”, dando como exemplo o caso da família Mello.

No Monte da Ravasqueira, uma espécie de retiro para a família, juntam-se, com alguma regularidade, os mais de 40 netos de José Manuel de Mello, o fundador. “Isso garante a unidade dos filhos, primos, sobrinhos… Mas também a objetividade e um espírito extremamente saudável de legado”, justifica.

Esta cultura combate diretamente a questão do “orgulho de pai” que o fundador da Arboris elenca como o fator mais desafiante. É preciso “olhar para um sobrinho como um filho” e que isso seja algo”natural”.

Uma vez construída essa visão isenta e objetiva, João Rodrigues Pena diz que começam a existir conversas no seio do núcleo acionista sobre as características dos possíveis sucessores. Características que não dizem respeito apenas a requisitos académicos, mas também a aspetos de liderança, de sensibilidade emocional e, sobretudo, “o apetite pela função, o amor pelo grupo”. “A paixão do fundador tem de manter-se sempre de sucessor em sucessor, seja ele profissional ou não”, afirma.

Idealmente, um bom sucessor terá um “excelente curso universitário”, “experiências de grande relevo a nível internacional” e “funções que acrescentam valor àquilo que será a sua função enquanto CEO”, enumera. Ao contrário de Marta Ortega, é desejável que, no currículo, constem experiências profissionais noutras empresas, especialmente lá fora. “E aos 30/35 anos voltar para trabalhar na empresa da família. A prova de fogo será um cargo de diretor, administrador… É importante perceber como se comporta, como é visto pelas pessoas chave da empresa…”

[Às vezes] é preciso ir buscar alguém de fora para tomar conta do negócio, mas são fases transitórias porque o ideal é ser estar sempre ao leme alguém da família e com uma posição acionista muito importante

João Rodrigues Pena

Managing partner e fundador da Arboris

Finalmente, a última etapa, é a da transição, que, defende João Rodrigues Pena, deve ser feita com o CEO a passar a presidente não executivo e de uma forma progressiva.

E a liderança de fora?

Ainda assim, em alguns casos, no momento da sucessão, não há possíveis sucessores na família. “Algumas empresas passam por esta fase, em que não têm um sucessor de família (ou porque não tem idade ou porque não é um bom candidato, logo à partida) para tomar conta do negócio. Aí é preciso ir buscar alguém de fora para tomar conta do negócio, mas são fases transitórias porque o ideal é ser estar sempre ao leme alguém da família e com uma posição acionista muito importante.”

Amancio Ortega, fundador da Inditex.

Foi o que aconteceu no grupo Inditex. “A partir de um certo ponto o império necessita outro tipo de skills para se consolidar e para continuar a crescer. Foi aí que veio o Pablo Isla, porque Amancio Ortega não tinha filhos ainda com idade suficiente, nem com formação suficiente, para sucedê-lo diretamente”, explica.

Recordando também um caso em Portugal, mais antigo, o managing partner e fundador da Arboris diz que, há situações, em que uma liderança externa serve até para “pôr ordem na casa”. Foi o caso da Jerónimo Martins. Alexandre Soares dos Santos deixou a presidência executiva do grupo dono do Pingo Doce em 2004 e Luís Palha da Silva, que era CFO do retalhista, foi escolhido para assegurar a transição, num momento complicado no grupo, depois da saída do Brasil. Até que, em abril de 2010, o Pedro Soares dos Santos assumiu o cargo de administrador-delegado e, em 2013, assume como CEO, cargo onde se mantém desde então.

O ideal é, evidentemente, que haja uma dinastia, um percurso ininterrupto de geração para geração. Muitas vezes não há condições para ter essa dinastia, então é preciso dar um salto numa geração.

Entre os casos de maior sucesso, João Rodrigues Pena aponta a Bial, cuja liderança foi entregue a António Portela, em janeiro de 2011, marcando a chegada da quarta geração da família à frente do grupo farmacêutico, fundado em 1924 pelo seu bisavó Álvaro Portela. “Estar a conversar com o pai e depois com o filho é fantástico. O pai preparou muito bem o filho, ou então teve muita sorte”.

A par da Bial distingue o caso do grupo Nabeiro – Delta Cafés, que teve outras particularidades. ” Primeiro, com a passagem para o seu filho, falhou. Mas rapidamente o comendador Nabeiro viu que tinha de ir à geração abaixo, ao seu neto, filho da sua filha. Formou-o nesse sentido e o Rui Miguel está a fazer um trabalho extraordinário.”

Rui Nabeiro, fundador do grupo Nabeiro, e Rui Miguel Nabeiro, CEO do grupo NabeiroPaula Nunes / ECO

Não há uma receita para o sucesso. Na gestão de empresas familiares, cada empresa, cada família, é um caso. “Se há palavra que se aplica aqui é customização. Enquanto o caso do grupo Nabeiro não passou por uma gestão profissionalizada pelo meio, no caso da Mota-Engil passou por três. O ideal é, evidentemente, que haja uma dinastia, um percurso ininterrupto de geração para geração. Muitas vezes não há condições para ter essa dinastia, então é preciso dar um salto numa geração, e pode dar-se esse salto diretamente ou indiretamente.”

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Plano da UE para o hidrogénio verde pode agravar preços da luz e gás na Europa

“A UE deve garantir que a produção de hidrogénio seja associada à nova geração de energia renovável. Caso contrário, os altos preços de gás e eletricidade vão subir mais", diz a T&E.

O plano da União Europeia para tornar o hidrogénio verde num elemento obrigatório da matriz energética dos 27 até 2030 pode fazer disparar a procura por energia elétrica renovável em quase um quinto (17%) da procura global nesse ano. Isto é o equivalente a adicionar o consumo de eletricidade da França (500 TWh), por exemplo, mostra a mais recente análise da Transporte e Meio Ambiente (T&E).

Só por si, isso aumentaria drasticamente a pressão sobre a procura de eletricidade num momento em que os preços da energia estão já em em alta e a bater recordes nos mercados grossistas ao longo de 2021.

“Qualquer aumento na produção de hidrogénio será imprudente sem a construção de energias renováveis ​​adicionais, diz a T&E num novo estudo.

“A UE está a jogar uma estratégia de hidrogénio de alto risco. Precisamos de hidrogénio para os navios e aviões, mas é imprudente acumular pressão desnecessária sobre o vento e a energia solar quando a eletricidade limpa será necessária para alimentar o número crescente de carros elétricos e bombas de calor para as casas das famílias”, disse Geert Decock, responsável de eletricidade e energia da T&E.

Ou seja, a rede de energia a nível europeu está a descarbonizar-se gradualmente com mais energias renováveis, menos carvão e outros combustíveis fósseis e menos eletricidade gerada a partir da queima do gás natural. No entanto, sem mais energias renováveis ​​adicionais que sejam vinculadas às metas de hidrogénio, o plano da UE provavelmente resultará em que as energias renováveis já previstas ​​sejam desviadas da rede e minem a economia de emissões dos veículos elétricos, tornando a rede mais suja.

Com o gás sendo o combustível fóssil marginal mais comum para preencher lacunas, essa estratégia seria extremamente cara com os preços do gás já tão altos.

Como parte do pacote ‘Fit for 55’, a Comissão Europeia apresentou várias propostas para impulsionar o uso de hidrogénio renovável. Isso inclui uma meta de 2,6% para os combustíveis renováveis ​​de hidrogénio verde e combustíveis sintéticos ou renováveis a serem usados ​​nos transportes, bem como a substituição de 50% do hidrogénio cinzento (gerado a partir do gás natural) usado na indústria.

A análise conclui que o plano de hidrogénio verde da UE aumentaria a procura por eletricidade renovável em quase um quinto (17%) da procura geral de eletricidade em 2030. Isso significa que 2,6% do hidrogénio verde e dos combustíveis eletrónicos exigirão mais eletricidade renovável em 2030 do que toda a eletricidade consumida por veículos elétricos a bateria (carros, autocarros, camiões) naquele ano.

Embora o hidrogénio seja essencial para a descarbonização de setores mais difíceis de eletrificar, como o transporte marítimo e a aviação, a meta estabelecida pela Comissão Europeia para o hidrogénio no transporte é quase o dobro do que é necessário para navios e aviões durante este período, diz a T&E, que defende uma percentagem de 1,6% para o hidrogénio.

Isso significaria combustíveis sintéticos líquidos usados ​​em veículos com motor de combustão, o que exigiria quatro vezes mais energia renovável para abastecer um carro movido a hidrogénio do que um elétrico a bateria.

“A UE deve garantir que qualquer produção de hidrogénio seja associada à nova geração de energia renovável. Caso contrário, os altos preços de gás e eletricidade de hoje parecerão uma pechincha em comparação com o que está para vir”, conclui Geert Decock.

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Já foram administradas mais de 1,4 milhões de doses de reforço da vacina contra a Covid-19

A DGS sublinha que a "intensificação do ritmo de vacinação continua a ser uma prioridade". A par do reforço contra a Covid-19, administraram-se dois milhões de doses da vacina contra a Gripe.

A campanha de vacinação continua a avançar, depois de ter sido intensificada perante o aumento de casos de coronavírus. Portugal já administrou mais de 1,4 milhões de doses de reforço da vacina contra a Covid-19, bem como mais de dois milhões de doses da vacina contra a gripe, anunciou a Direção-Geral da Saúde esta sexta-feira.

“No dia de ontem, 2 de dezembro, foi possível administrar mais de 105.000 vacinas no país, das quais mais de 40.720 vacinas contra a contra a gripe (3.559 em farmácias) e cerca de 64.400 doses de reforço da vacina contra a Covid-19”, detalha ainda o organismo liderado por Graça Freitas.

A DGS sublinha que a “intensificação do ritmo de vacinação continua a ser uma prioridade”, sendo que os Centros de Vacinação do país estão a avançar com a vacinação de “pessoas convocadas através de agendamento central e local, na sua capacidade máxima”. Admite também que podem ocorrer “eventuais constrangimentos pontuais”, para os quais pede compreensão.

O objetivo é dar a dose de reforço a 1,5 milhões de pessoas acima dos 65 anos até 19 de dezembro, sendo que entretanto foram revistos os critérios para esta dose adicional e o Governo está a planear ter 2,5 milhões de pessoas vacinadas com terceiras doses da vacina contra a Covid-19 em janeiro.

O reforço da vacinação contra a Covid-19 já tem então vindo a avançar nas faixas prioritárias, sendo que este fim de semana arranca o reforço para aqueles vacinados com a Janssen. Os centros de vacinação vão estar abertos a 5, 8, 12 e 19 de dezembro para vacinar pessoas com mais de 50 anos que tenham sido vacinados com este fármaco, sendo que os restantes “serão progressivamente agendados, por faixa etária, até janeiro”.

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Moedas vai cancelar concertos na passagem de ano

  • Lusa
  • 3 Dezembro 2021

"Haverá seguramente grandes restrições e dentro de um dia ou dois poderei anunciar essa decisão", indicou o presidente da autarquia de Lisboa.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que os concertos na noite de fim de ano serão cancelados, porque “criaria um grande aglomerado de pessoas”, alertando que anunciará “grandes restrições” nos próximos dias.

Em declarações ao canal de informação CNN Portugal, na noite de quinta-feira, o social-democrata adiantou ainda que está “a estudar se haverá ou não fogo-de-artifício”.

“Nos próximos dias tomarei a decisão de restringir aquilo que são os festejos do fim do ano, ou seja, não haverá os típicos concertos na noite do 31, porque isso criaria um grande aglomerado de pessoas. E estamos a estudar se haverá ou não o fogo de artifício […], mas tomarei uma decisão muito rapidamente. […] Haverá seguramente grandes restrições e dentro de um dia ou dois poderei anunciar essa decisão”, indicou.

A tomada de posição de Carlos Moedas surge um dia depois de o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira (Independente), ter cancelado os festejos de fim de ano na cidade nortenha, devido à situação pandémica.

“[…] Era nossa intenção fazer o fogo-de-artifício na praia, mas as circunstâncias são o que são e temos de nos ajustar”, explicou à imprensa o autarca, à margem da inauguração da iluminação de Natal, no Palácio de Cristal.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.471 pessoas e foram contabilizados 1.154.817 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 19 casos em Portugal.

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