Governo diz que é “importante clarificar” alteração que o Parlamento fez ao apoio aos recibos verdes

Há dúvidas sobre como interpretar a alteração feita pelo Parlamento ao apoio aos independentes. Governo alerta para potenciais injustiças e apela a clarificação por parte dos deputados.

A alteração ao apoio aos trabalhadores independentes aprovada, no Parlamento, pela oposição está a gerar dúvidas. O diploma em causa dita que a ajuda passe a ser calculada com base no rendimento médio anual mensualizado de 2019, quando até aqui era considerado a base de incidência contributiva dos 12 anteriores ao pedido. O Governo entende que, com esta alteração, o apoio passa, então, a ser igual à faturação e não ao rendimento relevante para a Segurança Social, mas os deputados garantem que a intenção foi apenas mudar o ano de referência e não avançar com uma alteração estrutural. A ministra do Trabalho defende, por isso, que é importante “clarificar a intenção” dos partidos.

À revelia do PS, os deputados aprovaram, no início do mês, a alteração da base do cálculo do apoio à redução da atividade dos trabalhadores independentes, determinando que não deve ser considerada para esse fim a média da base de incidência contributiva dos 12 meses anteriores ao pedido, mas o rendimento médio anual mensualizado do trabalhador no ano de 2019.

Uma vez que nos últimos 12 meses estes profissionais viram as suas atividades prejudicadas pela pandemia e pelas restrições impostas para a conter, esta alteração ao desenho do apoio significa que, em alguns casos, a Segurança Social terá de passar a transferir valores mais elevados para os beneficiários, têm defendido os partidos da oposição.

O Governo sublinha, contudo, que esta alteração tem uma outra consequência, que pode gerar injustiças entre os beneficiários. Segundo explicou, esta terça-feira, Ana Mendes Godinho, numa audição parlamentar, até aqui tinha sido considerado para o cálculo a base de incidência, que não corresponde ao total da faturação, mas ao rendimento relevante a partir do qual se apuram as contribuições a pagar à Segurança Social. No caso da prestação de serviços, o rendimento relevante equivale a 70% da faturação. Já no caso da venda de bens, corresponde a 20%. Tal significa que trabalhadores com faturações iguais podem ter de fazer descontos diferentes, uma vez que o rendimento considerado nesse cálculo é diferente.

Ao considerar como ponto de partido a base de incidência, o apoio tinha sido sensível até aqui a essas nuances, prevendo uma transferência maior para quem tenha feito contribuições sobre uma parte maior da sua faturação. A alteração feito pelo Parlamento, entende o Governo, vem eliminar essa sensibilidade, ao substituir a base de incidência pelo rendimento médio anual mensualizado de 2019.

Diz o Executivo que isso significa que deve ser considerado, no apuramento do apoio, o total da faturação de 2019, desligando a prestação na íntegra das contribuições feitas para a Segurança Social. Tal implica uma mudança “total na fórmula de cálculo e no sistema informático”, alertou a ministra do Trabalho, esta terça-feira, sublinhando que há mesmo situações em que a Segurança Social não dispõe dos dados necessários para aplicar essa alteração, nomeadamente nas situações em que há contabilidade organizada.

Na mesma audição, o deputado José Soeiro, do BE (partido do qual partiu a proposta da alteração em causa) defendeu, contudo, que não está em causa “nenhuma alteração estrutural do sistema”, uma que o “Parlamento não alterou decreto original onde se estabelecem as fórmulas de calcular os rendimentos“, mas apenas “fez remeter o rendimento de referência para 2019. “Por isso, não há nenhuma alteração estrutural nas regras de aferição do rendimento relevante, apenas uma alteração do ano de referência”, assegurou.

Também João Almeida, do CDS-PP (partido que também votou a favor desta alteração), entende que, “da parte do Parlamento, não houve nenhuma alteração das fórmulas de cálculo“, mas somente a mudança do ano de referência.

Tudo somado, a ministra do Trabalho salientou que, sendo essa a interpretação dos deputados, é “importante clarificar” qual é, afinal, a intenção do diploma que recebeu “luz verde” do BE, PCP, PSD, CDS, PAN, IL e CH. “São dimensões técnicas completamente diferentes, que têm um impacto brutal e implicações determinantes na aplicação” do apoio, frisou Ana Mendes Godinho.

A propósito desta alteração ao apoio à redução da atividade, a ministra do Trabalho adiantou, também, que os meses de janeiro e fevereiro foram, respetivamente, o segundo e o terceiro meses com apoios médios mais altos desde março de 2020. Aliás, no mês de fevereiro, 38% dos beneficiários receberam o valor mínimo, tendo sido, portanto, o segundo mês com a percentagem mais baixa de trabalhadores a receber esse montante. Logo, disse a ministra, se a intenção do Parlamento for mesmo só mudar o ano de referência, haveria trabalhadores que poderiam ficar a receber menos. Ainda assim, essa clarificação agilizaria a operacionalização, afirmou a mesma.

O apoio à redução da atividade dos trabalhadores independentes varia entre 291,4 euros e 665 euros. A alteração à base do cálculo desta medida foi promulgada por Marcelo Rebelo de Sousa, apesar das críticas do Governo (que já anunciou que irá enviar o diploma para o Tribunal Constitucional), mas ainda não foi publicada em Diário da República, pelo que ainda não está em vigor.

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“Explosão” de multimilionários em ano de pandemia. Bezos lidera

Ranking da Forbes dá conta de um forte aumento no número de multimilionários. Há 2.755 ultra ricos, com Bezos à frente de Musk. EUA dominam a lista, enquanto Portugal tem apenas um representante.

A pandemia provocou uma forte recessão global. Arrasou negócios, castigou muitas famílias, mas outras ficaram mais ricas do que nunca, aproveitando os recordes nas bolsas. O número de multimilionários “explodiu”, de acordo com a Forbes. A lista aumentou de forma expressiva, com Jeff Bezos a liderar pelo quarto ano consecutivo, à frente de Elon Musk, sendo que no ranking “fala-se” português através das herdeiras de Américo Amorim.

O número de multimilionários subiu em 660, passando para um recorde de 2.755 ultra ricos, de acordo com a lista da publicação de referência norte-americana. E 493 são novas entradas, muitas delas resultantes de colocações em bolsa de empresas, dos recordes nas cotações das ações, mas também da loucura em torno das criptomoedas.

No total, a fortuna destes multimilionários ascende, atualmente, a 13,1 biliões de dólares, um aumento de oito biliões face a 2020, de acordo com dados da Forbes.

No topo do ranking não há novidades. Jeff Bezos, o patrão da Amazon, volta a liderar a lista da Forbes, acumulando uma fortuna de 177 mil milhões de dólares. Em ano de pandemia, as compras online dispararam, o que contribuiu para engordar a conta bancária do multimilionário norte-americano que ninguém conseguiu destronar.

A fortuna de Elon Musk pareceu um foguetão a levantar voo. O dono da Tesla disparou para o segundo lugar do ranking, aparecendo nesta 35.ª lista anual da Forbes com um total de 151 mil milhões de dólares.

Em terceiro está Bernard Arnault e a família, à frente de Bill Gates, que tem uma fortuna avaliada em 124 mil milhões de dólares, mais do que os 97 mil milhões de Mark Zuckerberg.

Buffett, Larry Page e Sergey Brin, da Google, e Larry Ellison, da Oracle, estão também no top, sendo que a fechar o ranking dos 10 mais ricos surge ainda Mukesh Ambani, que com negócios de petróleo, telecomunicações e retalho apresenta uma fortuna de 84,5 mil milhões.

Nos 10 mais ricos, oito são norte-americanos, havendo apenas um francês e um indiano a impedir o pleno. No global, entre os 2.755 ultra ricos, os EUA dominam, com 724 afortunados, seguidos da China que bate a Europa.

Portugal conta apenas com um representante no ranking da Forbes, as herdeiras de Américo Amorim. De acordo com a publicação norte-americana, a fortuna de Maria Fernanda Amorim e as três filhas, entre elas Paula Amorim, acionista da Galp Energia, ascende a 4,7 mil milhões de dólares.

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Inscrições para escola de verão internacional da Nova SBE já estão abertas

A Creative Lisboa Summer School de 2021 arranca com duas fases. A primeira decorre em julho, entre 18 e 31, e a segunda acontece de 1 a 14 de agosto.

Vem aí uma nova escola de verão internacional da Nova SBE. A Creative Lisboa Summer School decorre entre julho e agosto no campus de Carcavelos e destina-se a alunos entre os 14 e os 18 anos, oriundos de qualquer parte do mundo. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas através do site creativelisboa.pt.

A escola de verão internacional de 2021 arranca com duas fases. A primeira decorre em julho, entre 18 e 31, e a segunda acontece de 1 a 14 de agosto. As inscrições para a primeira fase da escola de verão estão abertas até 16 de junho, enquanto para a segunda fase terminam a 30 de junho. Para cumprir as regras fixadas pela DGS relativamente à Covid-19, as cinco turmas serão reduzidas a um total de 106 vagas disponíveis.

“Com foco nas áreas criativas e com uma oferta de cursos de photography, film, creative writing, marketing & design e the business of sports, todos lecionados em língua inglesa, a Creative Lisboa é um projeto da Nova SBE, em parceria com a Crealearn”, lê-se em comunicado. O objetivo desta iniciativa é proporcionar aos alunos uma experiência pré- universitária, através da qual poderão estudar e viver no campus durante duas semanas.

A escola de verão da Nova SBE oferece aulas práticas baseadas em projetos, workshops, visitas guiadas e atividades de teambuilding. “É a experiência perfeita para que os alunos explorem as áreas que mais os apaixonam e compreendam qual o caminho que estas lhes poderão proporcionar a nível profissional ou lúdico. O principal objetivo é que os alunos tenham um contacto real com os desafios e o dia-a-dia das profissões nas áreas de que gostam”, explica a faculdade da Universidade Nova de Lisboa.

A experiência não termina, contudo, na sala de aula. Todos os dias, durante o período da tarde, os alunos podem escolher diferentes atividades que vão desde aulas de culinária ou de surf, a jogos de de praia, passeios de barco ou sessões de ioga.

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World Travel Awards nomeia três portugueses para melhor hotel de cidade da Europa

Três hotéis portugueses estão nomeados para a categoria de melhor hotel de cidade da Europa nos World Travel Awards. As votações para eleger os vencedores estão abertas até 14 de julho deste ano.

O Epic Sana Lisboa Hotel, o Inspira Santa Marta Hotel e o InterContinental Porto Palácio das Cardosas estão nomeados para a categoria de melhor hotel de cidade da Europa, na 28.ª edição dos World Travel Awards. Os vencedores serão anunciados na gala que se vai realizar no dia 15 de setembro na Rússia.

Os três hotéis portugueses estão na corrida na categoria de “Melhor Hotel de Cidade na Europa” e estão a competir com unidades de vários países como a Alemanha, Grécia, Suíça, Rússia, França, Turquia e Países Baixos. As votações para eleger os vencedores nas diferentes áreas do turismo, estão abertas ao público até 14 de julho de 2021, no site dos World Travel Awards.

O InterContinental Porto, com vista privilegiada para a Avenida dos Aliados, está nomeado pela quarta vez consecutiva. Para Vincent Poulingue, diretor geral do hotel, “é um “orgulho imenso” ser distinguidos como um dos melhores hotéis de cidade da Europa. “Toda a nossa equipa trabalha arduamente para proporcionar uma estadia perfeita a todos os nossos clientes e esta nomeação é uma recompensa desse mesmo trabalho”, refere citado em comunicado.

O Inspira Santa Marta Hotel foi considerado em 2018 como o melhor luxury eco/green hotel do mundo e passado um ano voltou a conquistar a mesma categoria, mas a nível europeu, na edição dos The World Luxury Hotel Awards. Este ano, o Inspira Santa Marta Hotel está nomeado pelo World Travel Awards na categoria de melhor hotel de cidade da Europa. Para o administrador da marca Inspira Hotel, Paulo Moura, esta distinção prende-se com o facto de trabalharem muito no fator da sustentabilidade e inovação. O administrador está “confinante na vitória”.

O ano passado, o Epic Sana Lisboa Hotel foi nomeado na categoria de melhor hotel de negócios de luxo e melhor hotel de cidade.

Considerados os “óscares do turismo”, os World Travel Awards distinguem a excelência de vários setores, desde companhias aéreas a hotelaria. Recorde-se que Portugal também está na corrida para “Melhor Destino de Turismo de Aventura da Europa” e para “Melhor Destino da Europa”. Para além disso, a cidade do Porto, Lisboa e os Arquipélagos da Madeira e dos Açores também estão nomeados como melhores destinos em diferentes categorias.

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Dress for Success Lisboa lança LabEmprego para integrar mulheres no mercado de trabalho

O LabEmprego oferece um acompanhamento personalizado e composto por quatro fase, desde a elaboração do currículo, passando pela formação e terminando na correspondência entre vaga e candidata.

A Dress for Success Lisboa está empenhada em combater o desemprego feminino no país. O LabEmprego junta-se, agora, às restantes iniciativas da associação para conseguir alcançar esse objetivo. Trata-se de uma “jornada única para a integração de mulheres no mercado de trabalho”, lê-se em comunicado.

A iniciativa surge com o apoio do PACT Fund da Deloitte e proporciona acompanhamento a cada beneficiária, através de um circuito personalizado que começa na elaboração do currículo e termina no match entre candidata e vaga. As mulheres que forem acompanhadas pelo LabEmprego irão passar por quatro etapas.

Em primeiro lugar, será analisado o perfil da candidata, com o objetivo de elaborar um currículo, criar uma página de LinkedIn e realizar simulações de emprego. A segunda fase do circuito tem a ver com a análise e desenvolvimento de competências, oferecendo o acesso a formações e webinars desenvolvidos pela Dress for Success. Segue-se o programa de mentoria, composto por seis sessão de acompanhamento personalizado e “direcionado para pessoas que encontrem em fase de reorientação profissional”, explica a associação.

Finalmente, a quarta etapa do circuito que o LabEmprego proporciona é focada na correspondência entre candidata e vaga. Para encontrar esse match, a associação recorre às parcerias que tem com empresas de diferentes setores, como é o caso da Multipessoal. “Estas traduzem-se num acesso privilegiado, por parte da Associação, às oportunidades disponíveis. Através da sua base de dados, a Dress for Success Lisboa fará o match perfeito entre o perfil requerido pela empresa e a candidata adequada”, pode ler-se.

Estabelecer parcerias com empresas em diversas áreas é, precisamente, a grande aposta da Dress for Success Lisboa para 2021/2022, de modo a garantir o maior número possível de oportunidades e ter um papel cada vez mais ativo no combate ao desemprego.

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Lucro do Banco Finantia cai 34% para 23,7 milhões em 2020

  • Lusa
  • 6 Abril 2021

O lucro consolidado do Banco Finantia caiu 34%, para 23,7 milhões de euros, em 2020 face ao ano fiscal anterior, embora a solidez financeira tenha melhorado, revelou a instituição financeira.

O lucro consolidado do Banco Finantia caiu 34%, para 23,7 milhões de euros, em 2020 face ao ano fiscal anterior, revelou esta terça-feira a instituição financeira, embora tenha realçado que a sua solidez financeira melhorou no ano passado.

“Num ano marcado pela pandemia de Covid-19, que resultou numa recessão a nível mundial, a postura do banco foi conservadora, o que lhe permitiu terminar o ano com os seus rácios de capital mais elevados”, justifica o Banco Financia em comunicado.

Nesse sentido, a solidez financeira, medida pelo rácio Common Equity Tier 1 (CET 1), que avalia o capital de melhor qualidade, aumentou para 27,3%, um dos “mais elevados” registados pela banca europeia no ano passado, assegura o Banco Finantia.

A margem financeira, por sua vez, situou-se em 55,7 milhões de euros, em linha com o valor do ano anterior (55,8 milhões).

As operações financeiras, comissões e outros proveitos financeiros fixaram-se em 19,3 milhões de euros, contra 39,6 milhões de euros em termos homólogos, lê-se no comunicado.

o produto bancário, antes de imparidades e provisões, atingiu 51,4 milhões euros, menos 31% do que o contabilizado no ano anterior (74,9 milhões de euros).

 

As imparidades e provisões aumentaram para 2,7 milhões de euros no ano passado, contra um milhão de euros no ano anterior.

Os custos operacionais do Banco Finantia cifraram-se em 23,8 milhões de euros, uma queda de 8% que compara com os 26 milhões de euros observados em 2019.

O rácio de eficiência (‘cost-to-income’) situou-se em 46% no ano passado, enquanto a rentabilidade do capital próprio (ROE), antes de impostos, foi de 5,9%, contra 11,1% no ano anterior.

Os depósitos, por seu turno, cresceram 1% em 2020, para 950 milhões de euros, face a 2019, lê-se também no comunicado.

O total do ativo atingiu 2.105 milhões no final do ano passado, menos 2% que no ano precedente (2.157 milhões euros).

Os capitais próprios, entretanto, situaram-se em 479 milhões de euros, um acréscimo de 4% face a 2019 (462 milhões de euros).

O banco realçou ainda que este ano vai continuar a assumir “um posicionamento prudente, privilegiando a defesa dos interesses dos clientes, colaboradores e acionistas”.

Em termos de linhas de negócios, adaptará a sua orientação estratégica à evolução dos acontecimentos, focando-se mais “nas atividades não intensivas em capital – operações de renda fixa em mercados de capitais, prestação de serviços de assessoria financeira e ‘private banking’, incluindo a consultoria para investimentos”, lê-se na nota divulgada.

Até ao final deste ano o Banco Finantia deverá concluir o processo de fusão por incorporação do Banco Finantia Spain no Banco Finantia com a criação de uma sucursal do Banco Finantia em Espanha, sendo que a fusão vai permitir “simplificar a organização do grupo e reforçar a qualidade dos serviços” prestados aos clientes dos dois países, conclui.

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Mercadona e Iberdrola instalam 40 pontos de carregamento elétrico em 20 lojas

Em 2021 serão inauguradas oito novas lojas da Mercadona que também disponibilizarão pontos de carregamento elétrico.

A Mercadona e a Iberdrola uniram-se numa parceria para a mobilidade elétrica através de 40 pontos de carregamento distribuídos por 20 lojas localizadas nos distritos de Aveiro (5), Braga (2), Porto (12) e Viana do Castelo (1), onde os pontos de carregamento disponíveis estão agora integrados na rede de mobilidade elétrica MOBI.E e com uma potência de 22 kW.

Em 2021 serão inauguradas oito novas lojas da Mercadona que também disponibilizarão pontos de carregamento elétrico. Para carregar o veículo, os clientes precisam apenas de ter um cartão de um comercializador de eletricidade para mobilidade elétrica (CEME). Desta forma, e a uma tarifa de operação (OPC) competitiva de 0,02 €/min, podem carregar a bateria do carro enquanto fazem as suas compras.

“A Iberdrola defende que o caminho para desenvolver produtos e serviços passa por conhecer melhor os clientes, percebendo as suas necessidades e convertendo-as em soluções. Se queremos mudar o mercado energético, tornando-o mais verde, temos de ajudar os consumidores, pois serão eles os nossos principais parceiros nesta transformação”, defende Pedro Torres, diretor de Smart Mobility na Iberdrola Portugal.

Já para Marta Cortizas, diretora regional de Obras e Expansão da Mercadona Portugal, “esta aposta da Mercadona, em parceria com a Iberdrola, permite não só reduzir o impacto ambiental em matéria de sustentabilidade como também oferecer um serviço mais eficaz e cómodo”.

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Desemprego aumenta em fevereiro para 8,3% na Zona Euro e 7,5% na UE

No segundo mês do ano, o desemprego manteve-se estável face a janeiro mas subiu quando comparado com o mesmo período de 2020.

O desemprego estabilizou na Zona Euro e na União Europeia (UE) em fevereiro deste ano, na comparação em cadeia. No entanto, face ao período homólogo, a taxa de desemprego aumentou, em fevereiro, para os 8,3% na Zona Euro e os 7,5% na UE, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat.

Na Zona Euro, a taxa de desemprego aumentou, na variação homóloga, de 7,3% para 8,3%, o que representa um número absoluto de 13,571 milhões de pessoas desempregadas. Na UE, o desemprego subiu de 6,5% em fevereiro de 2020 para 7,5% no mesmo mês de 2021, para um total de 15,953 milhões de desempregados.

Desde 2013 tinha-se vindo a registar uma tendência decrescente no desemprego na UE, mas a pandemia fez disparar este indicador em 2020. No final do ano passado começou a registar-se um regresso à normalidade, mas o início de 2021 foi marcado por novos confinamentos na Europa, voltando a impactar o emprego.

No que respeita ao desemprego dos jovens, a taxa fixou-se nos 17,3% na Zona Euro e nos 17,2% na UE, um aumento face aos, respetivamente, 15,4% e 15,0% homólogos, mas registando um ligeiro recuo na comparação com as taxas de janeiro: 17,4% em ambas as zonas. Em fevereiro, havia 2,967 milhões de pessoas com menos de 25 anos desempregadas, das quais 2,394 milhões na Zona Euro.

O gabinete de estatísticas da UE revela ainda dados do desemprego consoante o género, que revelam que as taxas de desemprego se mantiveram estáveis em fevereiro, face ao mês anterior. São de 7,9% para as mulheres na UE e 7,1% para os homens. Já na Zona Euro, o desemprego entre as mulheres subiu para 8,8% em fevereiro, enquanto entre os homens se ficou inalterado nos 7,9%.

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ISEG vê PIB a cair até 3,5% no primeiro trimestre. No primeiro confinamento caiu 13,9%

Economistas do ISEG antecipam que PIB cairá, no máximo, 3,5% em cadeia no primeiro trimestre e 5,6% em termos homólogos. A confirmar-se, esta quebra fica bastante aquém face ao primeiro confinamento.

O grupo de análise económica do ISEG estima que a economia portuguesa tenha contraído entre 2,5% e 3,5%, em cadeia, no primeiro trimestre, por causa do segundo confinamento. Em termos homólogos, a quebra terá sido entre 4,6% e 5,6%. Após dois trimestres de recuperação, o PIB volta a cair, mas numa dimensão bem inferior à do primeiro confinamento. No segundo trimestre de 2020, o PIB caiu 13,9% em cadeia e 16,3% em termos homólogos.

Com os dados quantitativos incompletos disponíveis para o primeiro trimestre de 2021, estima-se que o PIB trimestral tenha decrescido entre 3,5% e 2,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e decrescido entre 5,6% e 4,6% em relação ao trimestre homólogo de 2020“, escrevem os economistas do ISEG na síntese de conjuntura de março divulgada esta terça-feira.

Esta estimativa encontra-se em linha com a de outras instituições. O Fórum para a Competitividade estima que o PIB vá cair entre 1 a 3% em cadeia e entre 3,5% a 5,5% em termos homólogos. Na última atualização das suas previsões em fevereiro, a Comissão Europeia estimou uma contração em cadeia do PIB português de 2,1% no primeiro trimestre, a maior entre os 27 Estados-membros.

Os economistas do ISEG consideram que “os dados dos indicadores quantitativos disponíveis para o primeiro trimestre sugerem um aprofundar da queda da atividade em janeiro e fevereiro, devido às restrições de atividade impostas pelo segundo confinamento, seguida de uma melhoria relativa em março, após o início do desconfinamento parcial, mas também devido ao efeito base do primeiro confinamento presente na comparação homóloga“.

A melhoria foi transversal a todos os setores, incluindo o comércio a retalho e os serviços, com os indicadores de clima e de sentimento económico a melhorar significativamente tanto em Portugal como na Zona Euro. Contudo, “no final do mês [de março] assistiu-se a um retrocesso nos processos de desconfinamento em alguns países que pode ter voltado a refrear as expectativas“, alerta o ISEG, repetindo um alerta feito pelo Fórum sobre o “enquadramento externo ambivalente”, pelos mesmos motivos.

Quanto à previsão anual, os economistas do grupo de análise económica remetem a revisão para o momento posterior à divulgação da estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro trimestre deste ano. A última previsão do ISEG apontava para um crescimento entre 2,5% a 4,5% em 2021. As últimas previsões divulgadas também ficam dentro desse intervalo, com o Banco de Portugal a prever um crescimento do PIB de 3,9% e o Conselho das Finanças Públicas a apontar para os 3,3%.

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Luís Filipe Vieira já não vai a julgamento por suspeitas no caso BPN

  • ADVOCATUS
  • 6 Abril 2021

O presidente do Benfica estava a ser acusado de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais num processo ligado ao BPN. O despacho de arquivamento saiu esta terça-feira.

As acusações de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, num dos processos ligados ao BPN, foram arquivadas esta terça-feira, segundo o despacho de arquivamento a que a Advocatus teve acesso.

O dirigente ‘encarnado’ detinha 80% das ações e presidia ao grupo Inland, que beneficiou de um crédito do BPN, no valor de 17,4 milhões de euros, para financiar um aumento de capital do fundo imobiliário BPN Real Estate.

De acordo com este documento, datado de 30 de março último, e assinado pelos procuradores da República Inês Bonina e Pedro Roque, não existem “indícios suficientes da prática de crime” pelos arguidos Luís Filipe Vieira e José Manuel Gouveia, administrador da Inland.

Forçosa será a conclusão de que da prova produzida não resultam indícios suficientes que Luís Filipe Vieira e José Manuel Gouveia tivessem conhecimento e dado o seu acordo à sua atuação relacionada com o financiamento concedido pelo BPN à administradora Transibérica”, lê-se ainda no referido despacho.

Nesse sentido, os procuradores referem que “apenas de que o arguido Manuel Armindo Duarte, fazendo uso da sua proximidade entre todos os envolvidos, agiu como elemento de ligação entre o grupo Inland, Luís Filipe Vieira, José de Oliveira e Costa e Manuel Rein Redondo, permitindo gerar uma relação de confiança e de convicção de que os interesses de todos seriam acautelados”.

“Relativamente ao arguido Luís Filipe Vieira, os únicos indícios que permitem fundamentar que conhecia os específicos contornos dos factos, que concordou e teve envolvimento nos mesmos, reduzem-se ao facto de deter a maioria do capital da Inland e de, à data, exercer o cargo de presidente do conselho de administração do grupo, com voto de qualidade e de lhe estar atribuído o pelouro financeiro”, lê-se ainda no despacho de arquivamento.

Admitindo “uma dúvida razoável”, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal refere que esta, “não sendo preenchida com prova, impõe o arquivamento dos autos”.

O processo remonta a 2009, data da nacionalização do BPN, quando a administração do banco denunciou ao Ministério Público que esta empresa detida por Vieira teria sido beneficiária de um crédito do BPN à Transibérica, empresa espanhola representada por um ex-administrador da Inland, tendo em vista a aquisição de ações da ex-Sociedade Lusa de Negócios (SLN), na altura dona do BPN.

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Mais de um milhão de declarações de IRS entregues em menos de uma semana

Em menos de uma semana foram já submetidas mais de um milhão de declarações de rendimentos à Autoridade Tributária. No total, deverão chegar quase seis milhões até ao final da campanha de IRS.

Os portugueses já entregaram mais de um milhão de declarações de IRS à Autoridade Tributária em menos de uma semana, mantendo o ritmo que tinha sido registado no ano passado.

Os dados que constam no site do fisco apontam para 1.071.266 declarações submetidas até esta terça-feira, 6 de abril. Mais tarde, às 14h50, o Ministério das Finanças disse ao ECO que havia 1.099.300 declarações submetidas. A campanha do IRS arrancou oficialmente a 1 de abril, mas, tal como em anos anteriores, já foi possível simular e entregar no dia 31 de março.

Logo no primeiro dia oficial da entrega da declaração de IRS, mais de 565 mil declarações tinham sido entregues. Este foi o segundo ano consecutivo em que mais de meio milhão de pessoas procede à entrega da declaração do IRS no primeiro dia do prazo numa altura em que os portugueses ainda têm limitações à circulação.

Em poucos dias, até esta manhã de dia 6 de abril, foram já submetidas quase um sexto das declarações de rendimentos que deverão chegar, este ano, à Autoridade Tributária, num total de quase seis milhões de declarações, tendo em conta o número do ano passado. Os contribuintes têm até ao final de junho para o fazer, mas muitos procuram acelerar este processo, obtendo mais rapidamente o reembolso, caso exista lugar a tal.

No ano passado o Governo não se comprometeu com prazos para efetuar o reembolso, num período marcado pela elevada incerteza e adaptação à nova realidade da pandemia. Um ano depois, ainda com o vírus a circular, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já disse que está confiante de que será possível regressar aos prazos anteriores que estavam à volta dos 11 dias. António Mendonça Mendes prometeu um regresso ao “padrão de rapidez e de segurança” que se verificava antes de 2020.

A entrega da declaração de IRS em 2021, referente aos rendimentos auferidos em 2020, é feita exclusivamente através do Portal das Finanças, sendo que os contribuintes podem recorrer à linha de apoio da AT através do 217 206 707. Cerca de dois terços dos contribuintes beneficiam do IRS Automático, se preferirem, o que facilita o preenchimento da declaração.

(Notícia atualizada às 15h35 com mais informação)

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Críticas de instrumentalização do Parlamento aquecem audição de Moedas no inquérito ao Novo Banco

“O PS já está a ver o engenheiro Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa. Prepare-se, senhor engenheiro, que isto é só o início”, disse Duarte Pacheco, criticando o comportamento do PS.

A comissão de inquérito ao Novo Banco já tinha deixado sinais de que ia aquecer com a audição do antigo secretário de Estado adjunto de Pedro Passos Coelho e assim foi. O PSD acusou o PS de instrumentalizar o Parlamento para fins políticos ao chamar Carlos Moedas a depor, numa atitude que considerou “desprezível” e “vergonhosa” da parte dos socialistas. “O PS já está a ver o engenheiro Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa. Prepare-se, senhor engenheiro, que isto é só o início”, atirou o deputado Duarte Pacheco.

“Estão dispostos a utilizar tudo para que isso não se concretize. Esta instrumentalização do Parlamento é uma vergonha para o PS e para o Parlamento”, prosseguiu Duarte Pacheco, virado para o deputado socialista João Paulo Correia. Na ótica do PSD, Carlos Moedas foi chamado ao inquérito ao Novo Banco por se ter candidatado contra Fernando Medina à Câmara de Lisboa. “Perante este comportamento do PS, não compactuamos com a instrumentalização e campanha eleitoral que quer aqui fazer e não temos nenhuma pergunta a colocar”, acrescentou o deputado social-democrata.

A intervenção de Duarte Pacheco não ficou sem resposta. João Paulo Correia considerou que não “é anormal” chamar Carlos Moedas, pois teve contacto privilegiado com Ricardo Salgado antes da queda do BES. “Anormal é propor audições de Francisco Louçã, Daniel Bessa, João Salgueiro [como o PSD queria]. Isso é que é instrumentalizar a comissão de inquérito”, respondeu o deputado socialista.

A troca de acusações foi constante durante as cerca de duas horas e meia que durou a audição — a mais curta desta comissão de inquérito — e nem o próprio Carlos Moedas, que foi chamado ao Parlamento pelo PS para explicar a reunião e o telefonema que teve com Ricardo Salgado antes da resolução, se conteve.

Comentando a situação dos lesados do BES, que fora levantada por João Paulo Correia, Carlos Moedas respondeu que os culpados não foram do Governo a que pertenceu, “o Governo que disse não a Ricardo Salgado”. E também disse que o problema em Portugal não foi aquele telefonema entre si e Salgado [em que o ex-presidente do BES expôs os problemas no Luxemburgo e solicitou uma reunião com o presidente da Caixa], mas antes os “favorzinhos” e “jeitinhos” dos governos anteriores. “Esta semana é uma semana importante nesse aspeto”, referiu o antigo secretário de Estado, isto quando a decisão instrutória do processo da Operação Marquês — que ditará se José Sócrates irá ou não a julgamento por mais de 30 crimes — está marcada para esta sexta-feira, dia 9 de abril.

Por várias vezes Moedas fez questão de sublinhar que o “Governo de Passos Coelho foi o único que disse não a Ricardo Salgado” e também lembrou os dez anos que se completam esta terça-feira desde que a troika foi chamada a Portugal.

Antes, os outros partidos também haviam deixado críticas aos socialistas. André Silva, do PAN, acusou o PS de “preferir brincar às campanhas eleitorais” quando a comissão de inquérito poderia ter chamado o hacker Rui Pinto e tentar perceber o desvio de fundos para offshores. “O mesmo PS que tanto dramatiza com leis ad hominem do PAN sobre o cargo de governador do Banco de Portugal é o mesmo partido que para velar pelos interesses de Medina pede uma audição ad hominem em cima do joelho“, criticou o deputado do PAN.

Do CDS, Cecília Meireles, que também pertenceu ao Governo de Passos Coelho como secretária de Estado do Turismo, disse que Carlos Moedas “cometeu o pecado de candidatar-se à câmara da capital do país” e que “se tivesse ficado descansado na sua vida, não estaria aqui hoje”.

Já no final João Paulo Correia voltou a destacar a importância de ouvir novamente os ex-responsáveis políticos aquando da queda do BES e adiantou que o grupo parlamentar vai requerer a troca de correspondência entre a ex-ministra das Finanças e o Banco de Portugal no início de junho e que, segundo o deputado, mostram que o Governo já sabia dos problemas do banco naquela altura.

Já no fecho dos trabalhos, o presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, fez um resumo: “Foi uma audição atípica, mas muito interessante do ponto de vista político.”

(Notícia atualizada às 12h32)

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