Charles Michel convida Biden para se juntar a líderes da UE em cimeira virtual

  • Lusa
  • 23 Março 2021

"Está na hora de reconstruir a nossa aliança transatlântica”, disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu. Biden vai participar na cimeira virtual desta semana.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou esta terça-feira ter convidado o Presidente norte-americano, Joe Biden, para participar na cimeira virtual de líderes desta semana, dedicada à resposta à pandemia da covid-19, falando na “reconstrução da aliança transatlântica”.

Estou ansioso por dar as boas-vindas a Joe Biden na reunião do Conselho Europeu desta semana”, anuncia Charles Michel através da sua conta oficial da rede social Twitter.

Numa mensagem publicada com uma imagem das bandeiras europeia e norte-americana, o responsável acrescenta: “Convidei o Presidente dos Estados Unidos a juntar-se à nossa reunião para partilhar os seus pontos de vista sobre a nossa cooperação futura”.

Está na hora de reconstruir a nossa aliança transatlântica”, adianta Charles Michel.

Em causa está a reunião do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, no qual os líderes europeus voltarão a abordar a resposta coordenada à pandemia de covid-19, nomeadamente numa altura de novos aumentos de casos de infeção ao nível comunitário e de imposição de novas medidas restritivas.

Tal cenário levou, nomeadamente, Charles Michel a optar por uma cimeira virtual e à distância em vez de presencial em Bruxelas.

Entretanto, também através da rede social Twitter, o porta-voz de Charles Michel precisou que Joe Biden irá juntar-se ao primeiro dia da cimeira, na quinta-feira, para um debate sobre a futura cooperação entre os Estados Unidos e a União Europeia que começa pelas 20:45 locais (19:45 em Lisboa).

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Sindicato considera que vitória na Groundforce foi “parcial”

  • Lusa
  • 23 Março 2021

Plataforma de Sindicatos de Terra do Grupo TAP defendeu que a solução para o problema da Groundforce "passará sempre por eliminar" o acionista privado, Alfredo Casimiro.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) disse esta terça-feira que a resolução do problema de liquidez na Groundforce, que permitiu o pagamento dos salários em atraso, é uma “vitória parcial” para os trabalhadores.

A estrutura explica que fala de “uma vitória parcial”, porque considera que “a solução encontrada para chegar liquidez à empresa de modo a que esta pudesse fazer face às suas responsabilidades, é uma solução única, portanto não repetível”. O Sitava questionou depois “como é que se vai resolver a situação nos meses seguintes”, garantindo que a SpDH/Groundforce “é uma empresa saudável, sem qualquer desequilíbrio estrutural que a coloque em risco económico”.

Para o sindicato, “essa realidade demonstra-nos que a crise que estamos a atravessar é conjuntural e por isso superável, assim queiram os acionistas, principalmente o acionista maioritário que por isso mesmo tem muito mais responsabilidades”.

“Parece-nos óbvio que capitalistas sem capital muito dificilmente poderão fazer parte de qualquer solução, e se esses capitalistas adotarem como forma de vida enganar o próximo, então ainda menos. Não podemos esquecer que vivemos os últimos vinte dias a assistir ao tal capitalista (como ele próprio se intitulou) a tentar iludir o país em geral e os trabalhadores em particular”, disse o Sitava, referindo-se a Alfredo Casimiro, da Pasogal, maior acionista da Groundforce, com 50,1% do capital.

O sindicato defende que “uma grande empresa como a SpDH/Groundforce, com a importância que tem na economia nacional e particularmente no ecossistema do turismo, não pode estar nas mãos de aventureiros, sobretudo de aventureiros falidos que em boa verdade nunca deveriam ter entrado na empresa”, acrescentando que “a necessária estabilidade da nossa empresa só será conseguida se o outro acionista o minoritário deixar de o ser, ainda que provisoriamente”.

No dia 18 de março, a Plataforma de Sindicatos de Terra do Grupo TAP defendeu que a solução para o problema da Groundforce “passará sempre por eliminar” o acionista privado, Alfredo Casimiro, que “não tem qualquer condição” para continuar. “Uma solução passará sempre por eliminar este acionista privado. Não nos compete a nós encontrar alternativa, mas temos essa perceção”, afirmou o presidente da plataforma de sindicatos, André Teives, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Na ótica da plataforma de sindicatos de terra, Alfredo Casimiro “não tem qualquer condição” para continuar na Groundforce, que detém em 50,1% (os restantes 49,9% são detidos pelo grupo TAP). Por sua vez, o Sitava, também ouvido pela mesma comissão parlamentar, defendeu que qualquer solução de futuro para a empresa de handling (assistência em aeroportos) tem de manter a “ligação umbilical” que atualmente tem com a TAP, acionista e seu principal cliente.

Por parte do Sindicato dos Aeroportos de Manutenção e Aviação (STAMA), João Eusébio Varzielas acusou a gestão de Alfredo Casimiro de não ter sido “nada eficaz”. “A empresa engordou e muito [com Alfredo Casimiro], não nas áreas em que deveria ter crescido, engordou em áreas operacionais, em valores que se cifram nos 11 milhões ao ano, [mas] a recuperação de que tanto se fala foi unicamente feita à custa da depreciação do acordo de empresa em 2012″, apontou o responsável do STAMA.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Groundforce, representada por Erasmo Vasconcelos, sublinhou, ainda, que o “Estado e o senhor Casimiro não podem ser apenas acionistas para retirada de dividendos”, e considerou “inaceitável” que uma empresa que dá lucros e que é estratégica para a economia esteja a passar pelo “drama” que está a viver.

A Groundforce e a TAP chegaram nesse dia a um entendimento que desbloqueia provisoriamente o impasse na empresa e permite pagar os salários aos 2.400 trabalhadores, informou esta terça-feira fonte oficial da Pasogal. A Pasogal disse ainda que “resolvida a urgência”, “continuará a empenhar os seus melhores esforços, certamente com o apoio dos acionistas Pasogal e TAP, no sentido de resolver a questão de fundo”.

A TAP compra equipamentos da SPdH/Groundforce por cerca de sete milhões de euros, o que permitiu desbloquear o pagamento dos salários e impostos em atraso, passando a empresa de handling a pagar à companhia aérea pelo aluguer deste material. Os trabalhadores da Groundforce ficaram a saber, no final de fevereiro, que devido ao impacto da pandemia, a empresa não tinha dinheiro para o pagamento de salários e iniciaram uma série de manifestações a pedir a intervenção do Governo.

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O que mudou no Artigo 60.º? Finanças fizeram um “desenho” para explicar aos deputados

PSD e BE insinuam que a alteração ao Artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais foi feita para beneficiar a EDP. Governo diz que não. Explica que nada tem a ver e até fez um desenho aos deputados.

O Orçamento do Estado do ano passado trouxe muitas novidades, algumas delas em matéria de benefícios fiscais. Entre essas, houve uma revisão do artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) que, agora, está a gerar confusão. O PSD, tal como o BE, desconfia que a mudança aprovada no Orçamento foi feita à medida do negócio da EDP e aproveitada pela empresa para evitar o pagamento de pelo menos 110 milhões de euros em imposto do selo. E o Ministério das Finanças até fez um “desenho” para explicar isso mesmo.

No Parlamento, no âmbito da audição sobre o caso da venda da concessão de seis barragens da EDP à Engie, por uma soma de 2,2 mil milhões de euros em que a elétrica ficou isenta do pagamento do imposto do selo, o artigo 60.º do EBF centrou atenções. João Leão, ministro das Finanças rejeitou as insinuações à direita e à esquerda.

“A alteração ao artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, feita no OE 2020, e aprovada por este Parlamento, não tem a ver com o tema que aqui estamos a discutir hoje”, o da venda das barragens da EDP, garantiu o ministro, referindo que “a isenção do imposto de selo não se aplica a trespasses de concessões de barragens, mesmo em reestruturações empresariais”. E Mendonça Mendes, o secretário de Estado, reforçou a ideia.

Para suportar estas afirmações, foi mostrado um desenho aos deputados. Recorrendo à máxima de que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, o Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais socorreu-se de um “desenho” que foi, entretanto, partilhado pelo seu gabinete.

Com este esquema, Mendonça Mendes quis explicar de forma simples o que mudou com a alteração ao artigo da polémica. Neste percebe-se que nos processos de cisão, a única mudança teve a ver com o imposto do selo quando em causa está uma cisão para arrendamento. Aí, em vez de 5%, passa a haver isenção do referido imposto.

Mendonça Mendes procurou, assim, afastar as dúvidas quanto à alteração à medida da EDP ao EBF. E, com outro “desenho”, procurou desmontar a proposta de alteração ao mesmo artigo que o PSD apresentou e que propõe a revogação da atual redação. A mudança incide sobre a alínea b do número 1 do artigo 60.º do EBF.

A lei diz que as empresas que se reorganizem, em resultado de operações de reestruturação ou acordos de cooperação, beneficiam da “isenção do imposto do selo, relativamente à transmissão dos imóveis referidos na alínea anterior ou de estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, necessários às operações de reestruturação ou aos acordos de cooperação”.

O PSD quer que a lei volte a ter a redação anterior ao OE 2020 em que se previa que essas empresas beneficiam da “isenção do imposto do selo, relativamente à transmissão dos imóveis referidos na alínea anterior, ou à constituição, aumento de capital ou do ativo de uma sociedade de capitais necessários às operações de reestruturação ou aos acordos de cooperação”.

Na perspetiva do Governo, o que o PSD propõe, com esta alteração, é “injusto para os empresários”, exemplificando-o com um esquema em que mostra que com o modelo atual a separação de um negócio de uma cadeia de restaurantes de uma outra de mercearias fica isenta de imposto do selo. Ao contrário, com esta proposta do PSD, no caso de uma cisão, havendo um arrendamento, mesmo que apenas numa das mercearias, há lugar ao pagamento do referido imposto.

“Com a proposta do PSD, esta cisão pagará 5% de imposto do selo sobre o valor total da operação, apenas por força da existência de um contrato de arrendamento”, refere o exemplo. E sublinha o “total”, procurando demonstrar o que diz ser uma injustiça.

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“Levantamento de patentes não resolve o problema das vacinas”, diz Marta Temido

Marta Temido defende que "o levantamento das patentes não resolve o problema" das vacinas, já que um dos grandes entraves diz respeito à aquisição de matérias-primas para fabricar as vacinas.

A ministra da Saúde garante que está a ser feito um esforço a nível europeu para aumentar a capacidade de produção de vacinas, mas aponta que “o levantamento das patentes não resolve o problema”, já que um dos grandes entraves diz respeito à aquisição de matérias-primas necessárias para fabricar as vacinas.

O processo de produção de vacinas esta pulverizado por vários continentes“, apontou Marta Temido, durante uma audição na comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social, acrescentando que “não seria por quebrar as patentes que resolveríamos o problema”.

Em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda, Moisés Ferreira, Marta Temido explicou que apesar de existirem vários países europeus a fabricarem as vacinas, um dos grandes entraves diz respeito ao “processo produção de matérias-primas” para a produção de vacinas, destacando que neste âmbito há “poucas alternativas”, dando como exemplo que apenas Reino Unido, Índia e Estados Unidos.

Além disso, a ministra da Saúde garantiu que está a ser feito um esforço a nível europeu para reforçar a capacidade produtiva e assegura que a União Europeia vai usar todos os mecanismos necessários “para garantir que os direitos dos europeus são respeitados”.

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Parecer da APA desaconselhou venda das barragens da EDP em julho de 2020

O documento da APA datado de julho de 2020 pedia "um parecer jurídico que avalie se fica garantido o interesse público com a transmissão de cada uma destas concessões". 

Um parecer interno da Agência Portuguesa do Ambiente, referido esta terça-feira pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua no Parlamento e datado de 30 julho de 2020, concluiu que “não estavam reunidas as condições para autorizar as transmissões dos aproveitamentos hídricos de Foz Tua e Baixo Sabor face ao estado de implementação das medidas ambientais, sendo que os três do Douro Internacional estão associados a processos judiciais [a nível nacional e comunitário] em curso face ao valor definido para o equilíbrio económico e financeiro [78,1 milhões atribuídos em 2007, face aos 1,7 mil milhões definidos mais recentemente] na sequência da prorrogação dos prazos”.

E rematava: “Propõe-se que seja solicitado um parecer jurídico que avalie se fica garantido o interesse público com a transmissão de cada uma destas concessões”.

Uma conclusão que, na opinião da líder bloquista, prova que o Governo devia ter travado a venda das seis barragens do Douro à francesa Engie, que acabou por se concretizar em dezembro de 2020 com luz verde da APA e da REN.

Em resposta, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, voltou a dizer que o Governo não impediu o negócio porque não quis e que “teria caído o carmo e a trindade” se o Estado exercesse o seu direito de preferência e desembolsasse à cabeça 2,2 mil milhões de euros para comprar as barragens.

Sobre o parecer, garantiu que se trata apenas de um “documento intermédio” e que a Agência Portuguesa do Ambiente “fez o que diz a lei num processo complexo [de venda de seis barragens da EDP à Engie] que demorou 11 meses a ser concluído e que originou muita discussão interna”.

“O que encontra nessa discussão interna, que cita, também encontra nas cartas escritas pela APA à EDP, enviadas ao Parlamento”, disse o governante, defendendo que este mesmo parecer foi fundamental para que os entraves encontrados fossem ultrapassados e se conseguisse chegar a uma aprovação final dada pela Agência Portuguesa do Ambiente que permitiu que o negócio avançasse e as barragens passassem para as mãos da elétrica francesa.

Matos Fernandes garantiu que ao longo do processo a APA impôs na sua análise um reforço das garantias ambientais, técnicas e da capacidade financeira do comprador das barragens.

O parecer da APA, a que o ECO teve acesso, considera que “o potencial adquirente do título possui as habilitações, capacidade técnica e financeira, que seriam exigidas num procedimento concursal de atribuição de uma concessão desta natureza”, mas “desconhece o modo operandos em Portugal e a legislação nacional”.

“Estranha-se que face ao interesse agora manifestado que [a Engie] não tenha concorrido em 2008 aos concursos internacionais, estando ciente que passando o período inicial em que vai manter alguns contratos com a EDP, que vai recorrer às várias empresas associadas à Engie, todas sediadas em França, reduzindo assim as valência locais”, escreve a APA no mesmo parecer.

E frisou ainda: “Os aproveitamentos hidroelétricos representam muito mais do que um simples negócio de energia, nomeadamente quando estão em causa as grandes hídricas”.

Matos Fernandes voltou ainda a sublinhar que “não cabe ao ministério do Ambiente a cobrança de impostos” e que “a existência do pagamento de imposto de selo caberá, a seu tempo, a quem o sabe decidir: à Autoridade Tributária”.

Quanto aos recentes ataques do líder do PSD, Rui Rio, à sua atuação no processo de venda das barragens da EDP, o ministro acusou mais uma vez a oposição de “mentir aos transmontanos” e de lhes prometer impostos indevidos, tendo depois feito uma “judicialização da política” com uma denúncia à PGR quando isso não se verificou.

Sobre o memorando do Movimento Terras de Miranda, que recebeu a avisar que o negócio da venda das barragens poderia constituir-se como uma estratégia de planeamento fiscal agressivo, Matos Fernandes, acusou os autores desse mesmo memorando de exigir uma “mudança da lei à medida do negócio, que recusei”. Classificando este movimento como um “grupo de interesses”, disse ainda que o mesmo apenas zela pelos interesses próprios, “propondo alterações legislativas a seu próprio favor”.

O ministro anunciou que nas próximas semanas vão ser apresentados pelo Governo novos projetos de investimento para a região onde estão inseridas as barragens do Douro. Concluiu anunciando que o grupo de trabalho criado pelo Governo para as barragens do Douro deverá apresentar as suas conclusões até ao final de abril, com cerca de 200 projetos que serão tornados públicos e implementados pelas autarquias, nos quais a EDP e a Engie serão parceiros.

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Airbnb revela destinos mais lucrativos. Casas em Aljezur podem render 2.700 euros no verão

A plataforma de reserva de alojamento afirma que é no sul de Portugal que manter um alojamento pode ser mais lucrativo. Faro, Beja e Setúbal são as cidades mais rentáveis.

O ano passado foi abalado pela pandemia, mas as expectativas para este ano são um pouco mais animadoras. Uma pesquisa do Airbnb concluiu que, em 2020, a maioria dos viajantes procurou destinos de férias mais perto de casa e essa tendência deverá manter-se este verão. Assim, aliciando os proprietários a entrarem no mercado de curto arrendamento, a plataforma afirma que ter um alojamento no sul do país pode render facilmente mais de mil euros durante os três meses no verão.

Numa altura em que já se contam proprietários a migrar para o arrendamento de média ou até mesmo longa duração, o Airbnb vem mostrar que o short-term continua a ser uma boa opção, apesar da crise que o setor turístico atravessa. Uma pesquisa da plataforma de reserva de alojamento norte-americana mostra que “durante os meses de verão de 2020 houve um aumento de viajantes que procuram destinos de férias mais perto de casa e esta tendência deverá manter-se em 2021”, lê-se no comunicado enviado esta terça-feira.

Numa análise a território nacional, o Algarve, o Alentejo e o Minho foram as regiões onde os anfitriões típicos tiveram mais receitas durante o verão de 2020, refere o Airbnb, acrescentando que três dos dez distritos onde os anfitriões típicos ganharam mais dinheiro durante este período de tempo (1 de junho a 31 de agosto de 2020) situam-se no sul de Portugal.

A liderar a lista de cidades mais rentáveis está Faro, com uma média de 1.480 euros em receitas encaixadas no verão de 2020. Atrás aparece Beja (1.470 euros) e a fechar o top 3 está Setúbal (1.270 euros). A lista conta ainda com Braga (1.070 euros), Viana do Castelo (1.060 euros), Leiria (1.030 euros), Santarém (800 euros), Aveiro (770 euros), Évora (720 euros) e o Porto (670 euros).

A pesquisa da plataforma concluiu ainda que, em Portugal, “as zonas rurais ou de baixa densidade populacional também foram as preferidas pelos viajantes”, com os anfitriões típicos a encaixarem quase 1.050 euros durante o verão de 2020. “Quase 60% do rendimento total gerado pelos anfitriões na Airbnb em Portugal durante o verão de 2020 foi registado em destinos não urbanos e de baixa densidade populacional”, lê-se.

Mas os maiores lucros foram observados nos alojamentos localizados em destinos de praia, com o Algarve e o Alentejo a ocuparem o topo da lista. Aljezur lidera com um total de 2.700 euros de receitas arrecadadas no verão de 2020, à frente de Sagres (2.210 euros) e Setúbal (1.870 euros). Atrás aparece Loulé (1.850 euros), Olhão (1.800 euros), Carvoeiro (1.780 euros), Lagos (1.750 euros), Grândola (1.720 euros), Vila Nova de Milfontes (1.630 euros) e Odemira (1.615 euros).

“As viagens deste verão serão sobre o restabelecimento da ligação com os nossos entes queridos, em destinos próximos e seguros. O interesse em viagens domésticas é uma boa notícia para os atuais e potenciais anfitriões, que numa época de incerteza económica podem ter acesso a rendimentos adicionais“, diz Mónica Casañas, General Manager of Airbnb Marketing Services SL, citada em comunicado.

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Play Up: “Prestamos muita atenção aos detalhes, focamo-nos em transmitir os nossos valores em tudo o que fazemos”

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  • 23 Março 2021

A Play Up foi E-Commerce no Ano em Vestuário e Calçado para Criança, tendo arrecadado 10 distinções na edição de 2020 do Portugal E-Commerce Awards.

A Play Up é uma marca de roupa de bebé e criança com design e fabrico 100% português, com um foco forte na sustentabilidade e responsabilidade social.

Na edição de 2020 do Portugal E-Commerce Awards, uma iniciativa do Lisbon Awards Group, em parceria com o ECO, que visa distinguir os melhores projetos de e-commerce no país, foi E-Commerce do Ano em Vestuário e Calçado para Criança, tendo arrecadado 9 distinções de ouro nas categorias Melhor Engagement de Redes Sociais, Melhor Acondicionamento dos Artigos, Melhor a Cumprir Prazos de Envio/Entrega, Melhor Design/Imagem, Melhor ‘explicação’ dos Artigos à Venda, Melhor Helpcenter, Melhor Packaging dos Artigos, Processo de Devolução de Artigos Mais Simples, Processo de Reposição do Valor da Compra Devolvida; e uma prata em Maior Variedade de Artigos.

Andreia Guedes, E-commerce Manager B2C e B2B da Play Up, explica nesta entrevista os valores que têm guiado a marca e o desenvolvimento de e-commerce como pilar fundamental para cumprir os objetivos estratégicos no âmbito do consumo sustentável e da economia circular.

Quais eram as vossas expectativas quando se candidataram ao Portugal E-Commerce Awards?

Ao longo dos últimos três anos temos investido no nosso e-commerce, sobretudo em muitas das categorias avaliadas pelo Portugal E-Commerce Awards. Esta nossa aposta deu-nos segurança para nos candidatarmos e ficarmos bem posicionados no nosso setor. Acreditamos que o facto de termos vencido 10 distinções, deve-se ao trabalho árduo desenvolvido pela nossa equipa, a fim de proporcionar a melhor experiência de compra e serviço pós-venda aos nossos clientes.

Qual foi a ideia ou necessidade que deu origem ao vosso e-commerce?

Numa primeira fase, sentimos a necessidade de evoluir para o online devido ao nosso projeto de internacionalização. Queríamos encurtar a distância com os nossos clientes revendedores, espalhados um pouco por todo o mundo, e o e-commerce foi a solução ideal. Mais tarde, com a redefinição do propósito e dos valores da Play Up em torno de uma prática mais sustentável, ética e justa, surgiu a vontade de comunicar uma mensagem pedagógica ao máximo de pessoas possível e alertar para o consumo consciente. A partir daqui, começámos a investir mais no nosso projeto de e-commerce para o cliente final, seguindo a nossa intenção de reduzirmos a enorme pegada ecológica gerada pelo setor têxtil.

E-commerce em 2015 e agora em 2021 – como consideram este crescimento e evolução?

A nossa maior evolução ocorreu a partir de 2018, altura em que iniciámos o trabalho de otimização de processos e da própria usabilidade da loja online. Em 2020, com o confinamento e o encerramento dos pontos de venda físicos, assistimos a um crescimento exponencial das vendas e atingimos os melhores valores de faturação de sempre. Estes resultados vieram confirmar a importância do investimento contínuo nos nossos sites e áreas de suporte ao bom funcionamento da loja online. Sentimos também que o abrandamento imposto pela pandemia veio salientar muitos dos valores que já preconizávamos, despertando uma maior consciência coletiva acerca dos hábitos de consumo.

Como é que a pandemia e o confinamento alteraram as vossas rotinas?

Para a equipa de e-commerce e apoio ao cliente, apenas foi necessário adaptarmo-nos ao teletrabalho. O desempenho das nossas funções depende do acesso à Internet e de um computador e, por isso, as nossas rotinas não foram afetadas.

Qual foi a característica funcional ou política de e-commerce que deu origem ao vosso prémio no Portugal E-Commerce Awards?

A Play Up recebeu 10 distinções das quais destacamos: o Melhor Packaging, Melhor a Cumprir Prazos de Envio/Entrega, Melhor “Explicação” dos Artigos à Venda, Melhor Apoio ao Cliente, Processo de Devolução de Artigos Mais Simples e Melhor Processo de Reposição do Valor da Compra Devolvida. Estes resultados são fruto das otimizações constantes que vamos implementando, com o objetivo de proporcionar aos nossos clientes a melhor experiência possível em todos os momentos de interação com a Play Up. Acima de tudo, tentamos manter a coerência do nosso conceito enquanto marca, tanto no plano físico (apoio ao cliente e serviço pós-venda) como na esfera digital (redes sociais e a própria usabilidade do site). Prestamos muita atenção aos detalhes, focamo-nos em transmitir os nossos valores em tudo o que fazemos.

Com o grande crescimento de e-commerce nos últimos tempos, como é que se conseguem distinguir da concorrência?

Tentamos ao máximo ser fiéis aos nossos princípios e convicções. A sustentabilidade e a responsabilidade social, o conforto e a qualidade das peças são as bases da Play Up e isso transparece nas nossas plataformas digitais. Mais do que uma loja online, vemos o nosso site como um livro aberto, onde partilhamos os passos dados no sentido de nos tornarmos, cada vez mais, uma marca amiga do ambiente: a preferência pelo uso de fibras naturais, orgânicas e recicladas nas nossas peças, a redução do uso de matérias-primas sintéticas e matérias-primas virgens, o incentivo à reutilização e extensão do tempo de vida da roupa, e a utilização de embalagens feitas exclusivamente a partir de materiais reciclados.

Por outro lado, distinguimo-nos pela singularidade das coleções que criamos. Cada coleção tem um tema e conta uma história, o que nos permite obter uma coerência de cores, texturas, formas e desenhos autênticos. Esta estética minimalista descreve o nosso modo de estar e está bem representada no mundo online.

Numa vertente mais técnica, preocupamo-nos com a inovação constante dos nossos processos internos. Tentamos sempre antecipar necessidades, o que nos permite ser mais ágeis e ter maior capacidade de adaptação às atualizações frequentes na área do e-commerce.

Quais são os maiores desafios para quem trabalha na área do e-commerce?

A constante mutação dos comportamentos dos consumidores e dos mercados. Muitas vezes, um desenvolvimento solicitado para o site, deixa rapidamente de ser atual.

Quais foram as vantagens da participação no Portugal E-Commerce Awards?

A principal vantagem é a credibilidade, uma vez que fomos reconhecidos por uma entidade externa e especialista na área do e-commerce. De algum modo, sentimos também que nos confere competência, demonstrando que estamos no bom caminho. Por outro lado, este tipo de iniciativas dá sempre visibilidade às marcas que nelas participam.

Quais as tendências que apontam nesta área para o futuro?

O futuro continuará a ser orientado para o consumidor, de modo a proporcionar uma experiência personalizada, em todo e qualquer ponto de contacto com o cliente final.

Com a constante atualização e desenvolvimento desta área, como é que se acompanham todas estas tendências?

Não se conseguem acompanhar todas as tendências em simultâneo, por questões de gestão de orçamento. O mais importante é nunca deixar de olhar com sentido crítico para dentro da nossa organização e apostar em desenvolvimentos cuja relação investimento/retorno seja a mais vantajosa. Uma das nossas preocupações será sempre melhorar a experiência do consumidor final com a nossa marca.

Qual o futuro do e-commerce na sua marca: alternativa ou o caminho a seguir?

O e-commerce é, sem dúvida, um dos caminhos que continuaremos a percorrer com muito entusiasmo e dedicação. Queremos continuar a crescer de forma consciente e o online permite-nos chegar mais longe nesta missão de influenciarmos os nossos clientes a adotarem medidas de consumo responsáveis e sustentáveis. Mantemos também o desejo de transitar para uma economia circular e vemos o e-commerce como um pilar fundamental para esta mudança.

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Bolsa de Lisboa contraria perdas da Europa. EDPR e Jerónimo Martins sobem mais de 2%

As empresas mais expostas ao exterior travaram o PSI-20. Em especial, a Galp Energia recuou quase 2% a refletir a queda dos preços do petróleo.

A bolsa de Lisboa fechou em alta, contrariando a tendência negativa que se viveu nas praças europeias. Grandes cotadas do índice nacional como a Jerónimo Martins ou a família EDP foram responsáveis pelo desempenho positivo, enquanto a Galp Energia impediu maiores ganhos. O PSI-20 valorizou 0,81% para 4.878,09 pontos.

A eólica EDP Renováveis ganhou 2,3% para 17,76 euros, enquanto a casa-mãe EDP subiu 1,82% para 5,024 euros, num dia em que as atenções voltam a estar centradas no grupo devido à polémica dos impostos relacionados com a venda das barragens.

Além destas, também a Jerónimo Martins — que somou 2,04% para 13,51 euros –, o BCP — que subiu 1,93% para 0,1161 euros — e a Nos — que avançou 1,5% para 3,126 euros — protagonizaram fortes ganhos. O maior foi, ainda assim, de uma das mais pequenas cotadas e única representante da tecnologia no índice: a Novabase disparou 5,75% para 3,68 euros por ação.

Em sentido contrário, as empresas mais expostas ao exterior foram mais penalizadas. No papel e pasta de papel, a Altri caiu 2,25% para 5,855 euros, a Navigator 1,09% para 2,73 euros e a Semapa 0,34% para 11,76 euros, enquanto, na construção, a Mota-Engil perdeu 1,54% para 1,402 euros.

A Galp Energia recuou 1,8% para 9,894 euros, a refletir a queda dos preços do petróleo causada pelos receios do efeito dos novos confinamentos na procura pela matéria-prima. Em Londres, o brent tomba 3,62% para 62,28 dólares por barril, enquanto o crude WTI negociado em Nova Iorque cai 3,9% para 59,17 dólares.

O desenvolvimento da pandemia é, aliás, a principal causa para o pessimismo nos mercados. O índice pan-europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,1%, enquanto o alemão DAX recuou 0,2%, o britânico FTSE 100 e o francês CAC 40 cederam 0,3% e o espanhol IBEX 35 perdeu 0,1%.

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Confia na vacina da AstraZeneca? 74% dos leitores do ECO dizem que sim

  • Tiago Lopes
  • 23 Março 2021

O Infarmed e a Direção-Geral da Saúde voltaram a autorizar a vacina da AstraZeneca em Portugal, mas será que os portugueses mantém a confiança nesta vacina?

A vacina da AstraZeneca voltou a ser administrada em Portugal Continental — nos Açores e na Madeira já tinha sido retomada a vacinação — depois de no dia 15 de março, a Direção-Geral da Saúde e o Infarmed terem decido suspender o uso desta vacina no seguimento de vários relatos de casos graves de coágulos sanguíneos em algumas pessoas a quem fora inoculada.

“Como sabem o plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne a vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira (22 de março). Vamos retomar o plano, acelerando-o e recuperando o atraso que foi feito”, garantiu o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

No momento em que Portugal decidiu suspender a vacina, outros países já tinham tomado esta decisão, como, por exemplo, Itália, Espanha, Noruega, França, Suécia, Dinamarca, Finlândia, entre outros.

Após a suspensão, Portugal voltou a autorizar a vacina da AstraZeneca depois da Agência Europeia do Medicamento ter concluído que os benefícios de tomar a vacina da AstraZeneca continuam a ser muito superiores aos riscos.

Com receio que a desconfiança dos portugueses aumentasse em relação a esta vacina, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo lembrou que “o princípio no processo de vacinação é a não escolha da vacina, porque as vacinas aprovadas são igualmente boas e seguras”, avisando que quem se recusar a receber a vacina vai para o fim da fila e mesmo nessa altura não vai poder escolher qual a marca a tomar.

Para ajudar a perceber qual o sentimento dos portugueses em relação à vacina da AstraZeneca, o ECO lançou um questionário no Facebook com a seguinte pergunta: Quando for chamado para a vacinação contra a Covid-19, se a vacina for a da AstraZeneca, aceita?

Num universo de 1.800 votantes, 74% responderam de forma afirmativa, enquanto 26% responderam que não aceitam a vacina da AstraZeneca.

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Montijo: Deputados aprovam audição de Pedro Nuno Santos no Parlamento

  • Lusa
  • 23 Março 2021

A pedido do CDS, o ministro será ouvido no Parlamento, juntamente com o Conselho de Administração da ANAC, Conselho de Administração e Comissão Executiva da ANA e dois professores.

Os deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação aprovaram a audição do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos no Parlamento, a propósito do aeroporto do Montijo, disse o vice-presidente da entidade, Pedro Coimbra.

Além do governante serão também ouvidos o Conselho de Administração da Autoridade Nacional da Avião Civil (ANAC), Conselho de Administração e Comissão Executiva da ANA – Aeroportos de Portugal (Vinci Aeroportos), bem como os professores Vital Martins Moreira e Pedro Matias Pereira. Estas audições, que ainda não têm data marcada, foram pedidas por um requerimento do CDS-PP.

O Governo enviou no início do mês ao Parlamento uma proposta no sentido de eliminar da legislação em vigor a formulação que faz depender do parecer de autarquias locais a construção de um aeroporto nacional, conferindo-lhes um poder de veto na matéria. Segundo esse diploma, as autarquias vão passar a ter 20 dias para emitir parecer sobre a construção de aeródromos e aeroportos, sendo que em relação aos segundos o parecer é facultativo e não vinculativo.

Além de retirar o poder de veto às autarquias em relação a aeroportos nacionais, a proposta de alteração à lei publicada em 2007 com o objetivo de criar um “quadro normativo que, contribuindo para um harmonioso desenvolvimento regional, discipline a construção, ampliação ou modificação e a certificação e exploração das infraestruturas aeroportuárias”, prevê ainda que o parecer das autarquias seja emitido “no prazo máximo de 20 dia”.

Esta proposta concretiza a intenção anunciada pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação depois de a ANAC ter anunciado que indeferiu o pedido de apreciação prévia de viabilidade da construção do Aeroporto Complementar no Montijo, pelo facto de não existir parecer favorável de todos os concelhos afetados, como prevê a legislação em vigor. O processo, recorde-se, chegou ao regulador da aviação com dois pareceres favoráveis das câmaras do Barreiro e Montijo, dois desfavoráveis — do Seixal e Moita — e sem apresentação de parecer pela câmara de Alcochete.

Na ocasião, o ministério tutelado por Pedro Nuno Santos afirmou que vai avançar com a realização de um processo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de três soluções para a localização do novo aeroporto de Lisboa, sublinhando que o Governo se compromete a respeitar a solução que vier a ser identificada.

As três soluções são: a atual solução ‘dual’, em que o Aeroporto Humberto Delgado terá o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto do Montijo o de complementar, uma solução ‘dual’ alternativa, em que o Aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o Aeroporto Humberto Delgado o de complementar e a construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.

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TELLES assessora GuestReady na aquisição da The Porto Concierge

A operação foi acompanhada pelos advogados Diogo Damião e Tomás Paiva Rosado, associados da equipa de Societário, Comercial e M&A da TELLES.

A sociedade de advogados TELLES assessorou a GuestReady Group, líder mundial em gestão de arrendamentos de curta duração, na aquisição da The Porto Concierge, uma plataforma de gestão da Airbnb em Portugal.

A operação foi acompanhada pelos advogados Diogo Damião e Tomás Paiva Rosado, associados da equipa de Societário, Comercial e M&A da TELLES, tendo assessorado a GuestReady na aquisição de 100% da The Porto Concierge.

A GuestReady é uma empresa internacional de gestão de arrendamentos de curta duração fundada em 2016 e com presença ativa em Lisboa e no Porto desde 2018 e, atualmente, com mais de 600 imóveis sob gestão na área do Grande Porto e litoral norte.

Com a aquisição da The Porto Concierge, criada em 2014, a GuestReady visiona duplicar o seu investimento em Portugal e soma a quinta aquisição em quatro anos, contando atualmente com mais de 100 trabalhadores e prestando serviços em mais de 20 cidades em Portugal, Reino Unido, França, Suíça e Emirados Árabes Unidos.

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“É necessário manter estado de emergência para garantir que todos os passos são dados com segurança”, diz Costa

O primeiro-ministro defendeu que o estado de emergência se deverá manter até maio, para garantir que o desconfinamento é feito com segurança.

O primeiro-ministro mostrou concordância com a ideia do Presidente da República de que o estado de emergência se deve prolongar até maio, para acompanhar o desenrolar do plano de desconfinamento. Isto por forma a “garantir que todos os passos são dados com segurança”, reiterou António Costa.

Questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa apontou que é uma “iniciativa do Presidente da República que requer autorização da Assembleia da República. Mas, “da parte do Governo, é esse o entendimento: pelo menos até final deste processo [de desconfinamento], é necessário manter o estado de emergência para garantir que todos os passos são dados com segurança”, disse.

António Costa apontou também que os meses de janeiro e fevereiro foram “verdadeiramente dramáticos”, em várias frentes, pelo que agora que “conseguimos conquistar situação temos de conseguir manter assim”. O primeiro-ministro admitiu que a cada passo que dermos “aumenta risco de transmissão”, pelo que é necessário continuar a ter cuidado.

“O primeiro controlo que tem de existir é nós próprios”, sublinhou, reiterando que a situação “não é um jogo”, entre o “Governo que impõe restrições para chatear pessoas”, com as pessoas “que tentam contornar” as regras. Ainda assim, salientou que a “sociedade tem mostrado ser responsável ao longo deste ano, suportado muitos sacrifícios com custo muito grande na vida pessoal, familiar, afetiva, económica e laboral”.

Agora, “para garantir que a Páscoa não seja momento de convívio familiar, a proibição de circulação entre concelhos vigorará não só durante próximo fim de semana mas durante toda semana” e também no outro fim de semana, apontou o primeiro-ministro. “Autoridades estarão lá para fazer cumprir lei”, garantiu.

(Notícia atualizada às 16h55)

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