Microsoft já capacitou mais de 282 mil pessoas. É quase o triplo do previsto no Memorando de Entendimento com o Governo

A tecnológica faz um balanço positivo dos resultados já alcançados para reforçar a estratégia de transição digital do país, nos setores público e privado, e acelerar a recuperação económica.

A Microsoft já dotou mais de 282 mil pessoas com mais competências digitais, quase o triplo do previsto no memorando de entendimento com o Governo no âmbito da estratégia de transição digital do país, nos setores público e privado. O objetivo inicial era capacitar 100 mil portugueses até ao final de 2022.

“Num contexto desafiante, os resultados alcançados no primeiro ano de Memorando são muito encorajadores e refletem o compromisso do nosso país com o futuro. Queremos continuar a apoiar a formação, a inovação e a adoção tecnológica, nesta jornada de capacitação digital para que, todos juntos, sejamos agentes de mudança e de recuperação económica. Estamos orgulhosos do que atingimos no primeiro ano, mas queremos, sem dúvida, superar os objetivos e continuaremos a trabalhar para alcançar mais e melhores resultados”, diz Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal, citada em comunicado.

Pessoas Awards 2020
Paula Panarra, diretora-geral Microsoft PortugalHugo Amaral/ECO

“Em tempos atípicos, marcados pelo contexto pandémico, em que o digital ganhou uma importância crítica para as pessoas, empresas e setor público, é importante olhar para a transição digital do nosso país como um desígnio de todos”, afirma o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo. E acrescenta: “O balanço que se faz agora espelha o seu compromisso [da Microsoft] com esta criação de um Portugal competitivo, que aposta na inovação e capacitado para o futuro. Um Portugal digital.”

Pessoas

As iniciativas previstas no Memorando de Entendimento dividem-se em três pilares estratégicos: pessoas, empresas e Estado digital. No âmbito do primeiro pilar — as pessoas — destacam-se os resultados da “Global Skills Initiative”, uma iniciativa que levou a Microsoft a capacitar já mais de 282 mil pessoas em Portugal, superando o objetivo inicial de capacitar 100 mil portugueses até ao final de 2022.

“A iniciativa prevê o desenvolvimento de competências necessárias para responder aos desafios do atual mercado de trabalho e contexto pós-pandemia e disponibiliza o acesso gratuito a cursos em português, com base em conteúdos da Microsoft, LinkedIn e GitHub. Através da Jornada de Transformação da Educação e no âmbito da renovação da parceria com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), a Microsoft disponibilizou a solução de produtividade e colaboração Microsoft Office Online a 771.000 alunos portugueses e certificou, até ao momento, mais de 12 mil professores“, lê-se em comunicado.

Empresas

Já no âmbito do pilar dedicado às empresas, a Microsoft contratou mais de 300 pessoas, apostando em dar continuidade ao plano de crescimento de recursos humanos altamente qualificados em Portugal, no espaço de um ano. E ainda tem 200 vagas por preencher.

Já o programa “Portugal Startup em Startup”, lançado no final de setembro de 2021 com o objetivo de promover a descentralização e o empreendedorismo no interior do país e regiões autónomas, conta já com 19 startups. “Nesta área, registou-se ainda um crescimento de 233% no investimento realizado através de serviços cloud no programa ‘Microsoft for Startups’, totalizando já 1.535.000 euros.”

Através da rede de parceiros Microsoft foram também certificados mais de 2.782 profissionais, nas áreas de Azure, Business Apps e Modern Work.

Estado digital

A tecnológica superou também o compromisso inicial de disponibilizar 20 conteúdos formativos de base tecnológica para funcionários públicos até final de 2022 e realizou já 36 webinars no primeiro ano da parceria estabelecida. “O consórcio ‘Internet Segura’ impactou ainda 122.277 alunos, 1.252 escolas e 399 voluntários (colaboradores da Microsoft) envolvidos no programa.”

A parceria entre a Microsoft e o Governo português visa disponibilizar recursos para a transformação digital, sendo os objetivos principais os de capacitar os portugueses com competências digitais, promover e desenvolver as competências tecnológicas na nova geração, apoiar e acompanhar a transformação digital junto das empresas.

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Parlamento marca primeira reunião da Comissão Permanente para 9 de dezembro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

O parlamento marcou a primeira reunião da Comissão Permanente para 9 de dezembro, com a preparação do Conselho Europeu e uma audição da ministra da Saúde.

O parlamento marcou esta terça-feira a primeira reunião da Comissão Permanente, que substituirá o plenário depois da dissolução, para 9 de dezembro, com a preparação do Conselho Europeu e uma audição da ministra da Saúde na agenda.

Nessa reunião, será também lida a mensagem do Presidente da República relativamente ao veto do diploma que pretendia despenalizar a eutanásia, informou a porta-voz da conferência de líderes, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha.

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Funcionários públicos vão ter aumentos entre seis e 57 euros em 2022

Os salários de todos os trabalhadores da Administração Pública vão ser atualizados em 0,9% no próximo ano. Medida irá custar 225 milhões de euros ao Estado.

A partir de janeiro do próximo ano, todos os trabalhadores da Administração Pública vão ver os salários crescer 0,9%. O Governo ainda mostrou abertura para ir além, caso a inflação anual registada em novembro superasse a esperada, mas tal acabou por não acontecer. Resultado: os ordenados dos trabalhadores do Estado beneficiarão de subidas entre seis euros e 57 euros, segundo os cálculos do ECO.

Na última reunião com os sindicatos sobre a evolução dos salários, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, anunciou que o Governo estava preparado para acompanhar a inflação média dos últimos 12 meses verificada a 30 de novembro, deduzida de 0,1 pontos percentuais (relativos à deflação registada em 2020), nas atualizações remuneratórias previstas para 2022, caso esse valor fosse superior à subida de 0,9% já proposta.

Esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) veio indicar, contudo, que a variação média do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá ficado em 1,02%, não sendo, portanto, suficiente para proporcionar aos funcionários públicos atualizações salariais acima do previsto.

Ao ECO, fonte do Ministério da Administração Pública confirmou que, face ao valor provisório publicado pelo gabinete de estatísticas, deverá manter-se a atualização salarial de 0,9%, “cumprindo o compromisso assumido pelo Governo”.

Deste modo, o quinto nível da Tabela Remuneratória Única (TRU) – posição de entrada dos assistentes técnicos — subirá, a partir de janeiro, dos atuais 703,13 euros brutos mensais para 709,46 euros. Em causa está um acréscimo de 6,33 euros.

Já o décimo quinto nível da TRU — posição de entrada dos técnicos superiores licenciados — será atualizado dos atuais 1.205,08 euros para 1.215,93 euros, um salto de 10,85 euros por mês. De notar que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 chegou a prever um reforço mais significativo deste nível da TRU, mas o chumbo parlamentar desse documento “deitou por terra” essa valorização.

Com apenas a subida de 0,9% assegurada, o aumento mais expressivo será sentido, então, pelo último nível da TRU, que passará dos atuais 6.369,73 euros para 6.427,06 euros brutos mensais. Trata-se de uma subida de 57,33 euros, sendo que neste nível pode estar, indica a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, por exemplo, o Procurador-Geral da República.

Por outro lado, o nível mais baixo da tabela remuneratória — que serve de entrada aos assistentes operacionais — subirá dos atuais 665 euros para 705 euros, não 0,9%, mas cerca de 6% (ou 40 euros), já que foi esse o aumento decidido pelo Governo para o salário mínimo nacional.

A primeira posição dos assistentes operacionais (705 euros) ficará assim a cerca de quatro euros da primeira posição dos assistentes técnicos (709,46 euros), situação que os sindicatos criticaram e que a ministra da Administração Pública, quando questionada, justificou com a necessidade de avançar apenas com as atualizações que garantam a manutenção do poder de compra, tendo em conta o chumbo do OE2022 e a governação do país em duodécimos.

Estes aumentos transversais dos salários da Função Pública custaram cerca de 225 milhões de euros, segundo o Governo, e resultarão numa série de alterações à Tabela Remuneratória Única. O ECO fez os cálculos e pode agora consultar abaixo a nova TRU.

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Galp Energia e Jerónimo Martins pressionam PSI-20 em dia de perdas na Europa

Lisboa terminou a sessão com perdas ligeiras, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias. Galp Energia e Jerónimo Martins pressionam PSI-20.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta terça-feira com perdas ligeiras, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias. A pressionar o desempenho do índice de referência nacional esteve a Galp Energia e a Jerónimo Martins.

Pela Europa, o Stoxx 600 cedeu 0,6%, o alemão DAX recuou 0,89%, o francês CAC-40 caiu 0,55%, o britânico FTSE 100 cedeu 0,44% e o espanhol IBEX-25 tombou 2,03%. O sentimento dos mercados foi influenciado pelas preocupações relativas à variante Ómicron, que tem levado diversos países a aplicar restrições de viagem, bem como pelo facto de ter sido revelado que a inflação em território europeu continua a acelerar, tendo atingido os 4,9% em novembro.

Lisboa não escapou às perdas registadas nas restantes praças europeias. O PSI-20 recuou 0,56% para 5.433,050 pontos, com 12 das 19 cotadas em terreno negativo, uma inalterada e sete no “verde”.

A condicionar o desempenho do índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor energético. A Galp Energia cedeu 1,45% para 8.268 euros, penalizada pela queda das cotações de petróleo nos mercados internacionais. O Brent, referência para as importações nacionais, desvaloriza 3,7%, para 70,72 dólares o barril, enquanto o WTI recua 4,56%, para 66,76 dólares.

Ao mesmo tempo, a EDP cedeu 0,66%, para 4,834 euros, enquanto a EDP Renováveis somou 0,71%, para 22,62 euros. Ainda pela energia, a REN desvalorizou 0,40%, para 2,465 euros, ao passo que a Greenvolt avançou 0,13% para 6,13 euros.

Entre os “pesos-pesados” nota ainda para os deslizes da Jerónimo Martins e da Nos. Os títulos da empresa dona do Pingo Doce cederam 1,46% para 19.215 euros, ao passo que as ações da empresa de telecomunicações caíram 0,59% para 3,3620 euros.

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Banco Económico tem até 7 de dezembro para apresentar Plano de Reestruturação

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

O banco pediu uma moratória de 15 dias que foi aceite pelo banco central angolano. O prazo para a apresentação do plano de reestruturação termina agora a 7 de dezembro.

O Banco Económico pediu ao Banco Nacional de Angola uma moratória de 15 dias para apresentar um Plano de Reestruturação, informou esta terça-feira o vice-governador do banco central, Rui Miguéns.

Rui Miguéns, que falava em conferência de imprensa realizada no final da reunião do Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola, disse que o pedido foi aceite, a contar 15 dias a partir do dia 22 deste mês.

A indicação inicial era para o dia 22, o banco pediu uma moratória e esse processo está a decorrer. Aceitamos a moratória e estamos a dar tempo suficiente para que o banco possa apresentar, pediram 15 dias e nós estamos a dar esse prazo”, referiu.

O banco central angolano está a finalizar a solução para a recapitalização do Banco Económico, instituição que surgiu após falência do Banco Espírito Santo Angola (BESA).

O plano de reestruturação a ser apresentado pelo Banco Económico deve “a incorporação total de perdas no capital social” como determinou em outubro o banco central angolano.

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Como se comportou o mercado de M&A em Portugal durante a pandemia?

  • ECO + ABREU ADVOGADOS
  • 30 Novembro 2021

Qual a evolução do número e volume de operações de M&A durante a pandemia? Quais os setores mais ativos? Estes e outros dados serão relevados numa sessão online dia 9 de dezembro.

A Abreu Advogados juntou-se à plataforma de análise de dados Transactional Track Report (TTR) para apresentar o estudo “Portugal M&A: Moving Forward After Covid-19”, no próximo dia 9 de dezembro, às 9h, numa sessão em que participará Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

A sessão, que pode acompanhar online mediante registo, apresenta um retrato aprofundado do mercado de fusões e aquisições em Portugal ao longo de todo o período de pandemia, desde a fase de maiores restrições e confinamento até aos últimos meses de abertura e recuperação da economia.

Qual a evolução do número de operações durante a pandemia e como se compara com os últimos cinco anos? Quais os setores mais ativos do mercado? Como se comportou o investimento estrangeiro no setor? Estes e outros dados serão analisados durante a sessão, que contará com a abertura de Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, comentário e participação de Rita Araújo, Executive Board Member da AICEP, e um painel de oradores onde se inclui Isabel Duarte Lima, Managing Partner da HCapital, Marco Lourenço, Managing Director e Head of M&A and ECM, na Caixa Banco de Investimento, moderado pelo jornalista António Costa, Publisher do ECO, que se juntam à equipa da Abreu Advogados: Ana Sofia Batista, José Maria Corrêa de Sampaio, Manuel Santos Vítor, Marta Romano de Castro e Hugo Teixeira.

Para assistir à sessão online, inscreva-se aqui.

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Grécia torna vacina contra a Covid obrigatória para maiores de 60 anos. Há multas de 100 euros por mês

A Grécia vai tornar obrigatória a vacina contra a Covid aos maiores de 60 anos. A partir de 16 de janeiro, quem não cumprir incorre numa multa de 100 euros por mês.

A Grécia decidiu tornar a vacinação contra a Covid obrigatória para todos os cidadãos com mais de 60 anos. A medida entra em vigor a 16 de janeiro e os cidadãos que se recusem ser vacinados incorrem numa multa mensal de 100 euros, por cada mês em que não receberem a vacina, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

As coimas serão impostas pelas autoridades fiscais àqueles que não forem vacinados e as receitas arrecadadas serão doadas para os hospitais da Grécia que lutam contra a pandemia. O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, disse que esta “não é uma punição”, mas antes “um imposto de saúde”.

Na Grécia há 580 mil pessoas com mais de 60 anos não vacinadas contra a Covid, sendo que em novembro apenas 60 mil se vacinaram. Nesse sentido o primeiro-ministro grego usa o exemplo de Portugal para comparar os dois países, referindo que na Grécia 83% da população desta faixa etária está vacinada contra a Covid, ao passo que em Portugal a percentagem ascende aos 98%.

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Powell alerta que Ómicron aumenta incerteza quanto a inflação

Mais uma variante do novo coronavirus pode arrefecer a economia e a contratação de trabalhadores, bem como aumentar a incerteza quanto à inflação, defende o presidente da Fed.

O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, considera que o aparecimento de mais uma variante do novo coronavirus pode arrefecer a economia e a contratação de trabalhadores, bem como aumentar a incerteza quanto à inflação, já que fatores que a impulsionam poderão continuar no próximo ano.

O recente aumento em casos com o novo coronavirus e a emergência da variante omicron “coloca riscos descendentes para o emprego e a atividade económica e aumenta a incerteza sobre a inflação”, segundo declarações de Powell, preparadas para serem apresentadas aos senadores da comissão da Banca, na terça-feira. A nova variante pode também agravar ainda mais a situação nas cadeias logísticas acrescentou.

Já no discurso, Powell alertou que, embora a Fed continue a esperar que a inflação caia “significativamente” no próximo ano, “parece que os fatores que impulsionam a inflação continuarão no ano que vem”. Desta forma, defende que “está a na altura de retirar o termo temporário da inflação”, sinalizando assim que as taxas de juro deverão mesmo subir mais cedo do que o esperado.

Nas passadas duas semanas, outros dirigentes da Fed têm dito que o banco central deve considerar abandonar a sua política de baixas taxas de juro mais depressa do que planeia, citando a preocupação com o crescimento dos preços, cujo ritmo é o maior de três décadas. Mas as observações de Powell sugerem que a incerteza adicional trazida pela variante Ómicron pode complicar as próximas decisões da Fed.

O presidente da Fed assegurou que serão utilizadas as ferramentas necessárias para lidar com a inflação. Além disso, adiantou também que a retirada de estímulos à economia será discutida na próxima reunião do banco central norte-americano.

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Greves na Portway começam a 17 de dezembro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

"Os quatro dias de paralisação total no Natal e Ano Novo vão ter muito mais impactos do que a greve na Groundforce no verão passado, a 17 e 18 de julho", considera a Portway.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) informou esta terça-feira que as greves parciais na Portway começam a 17 de dezembro em vez de se iniciarem no dia 9 do mesmo mês, segundo um comunicado.

“Por lapso já assumido perante os associados, bem como agora publicamente, as greves parciais decretadas não tiveram em conta o facto de dia 8 de dezembro ser feriado, ora indica o Código de Trabalho que a contagem dos dias só pode considerar ‘dias úteis'”. Por isso, “as greves parciais ao invés de se iniciarem a 9, iniciar-se-ão a dia 17 de dezembro inclusive”, lê-se na mesma nota.

O STAMA avançou com três pré-avisos de greve na Portway para vários dias em dezembro, incluindo uma paralisação “total” nos dias 22, 23, 29 e 30, segundo um comunicado do dia 24 de novembro.

A decisão foi tomada depois de uma reunião que se realizou entre a estrutura sindical e a empresa de ‘handling’ (assistência em terra), na DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), sobre o cumprimento do Acordo de Empresa (AE) na Portway.

Assim, o sindicato emitiu três avisos prévios de greve, sendo que o primeiro, pelos “abusos na adaptabilidade”, previa uma paralisação “de uma hora à entrada, duas horas à saída com início a 9 de dezembro (inclusive) e até 31 de dezembro (inclusive)”.

O segundo aviso, contra “as inconformidades no pagamento de trabalho extraordinário”, tinha prevista “uma greve a todo o trabalho extraordinário, incluindo-se neste o trabalho em dias feriado, inicia-se a 9 de dezembro, por período indeterminado, ou até que a situação seja sanada”. Estes dois avisos iniciam-se agora a 17 de setembro.

Por fim, em protesto contra o que chama “atropelos à avaliação de desempenho”, o STAMA decidiu avançar com uma “greve total nos dias 22 e 23 de dezembro e 29 e 30 de dezembro”.

No comunicado divulgado esta terça, a estrutura sindical voltou a criticar o posicionamento da empresa de handling (assistência em terra nos aeroportos), referindo um email e uma carta “onde categoricamente ameaça a organização sindical”, “coagindo” os trabalhadores “por intimidação”.

“É ainda importante referir que o facto da ação sindical não prejudicar a regra de ouro da aviação – a segurança, mas e pelo contrário, a ameaça velada, conforme sentimento generalizado dos trabalhadores, fragiliza de sobremaneira a estabilidade exigida aos trabalhadores a laborar em cenário aeroportuário e com isso a segurança”, disse o STAMA.

A Portway contestou a greve de convocada pelo STAMA, alegando que “não existe qualquer motivo razoável” para a paralisação e que esta bloqueará os aeroportos no Natal e Ano Novo.

Em comunicado, a Portway diz que não é verdade que não cumpra o Acordo de Empresa e defende que é o sindicato quem está a ignorar o estabelecido em matéria de avaliações de desempenho, uma vez que o processo das avaliações de desempenho ainda decorre, que “as avaliações são passíveis de recurso por parte dos trabalhadores” e que esse processo de reavaliação “não está esgotado”.

“Os quatro dias de paralisação total no Natal e Ano Novo vão ter muito mais impactos do que a greve na Groundforce no verão passado, a 17 e 18 de julho”, considera a Portway, em comunicado.

A empresa sublinha ainda que as greves convocadas na Groundforce “foram motivadas pelo não pagamento de salários, enquanto na Portway, onde todos os pagamentos foram, até à data, escrupulosamente cumpridos, o STAMA convoca uma greve com muito maior potencial de dano ao setor, ao país e aos passageiros, por discordarem das avaliações de desempenho”.

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“Nenhuma empresa parada conquista novos clientes”, avisa administração da Efacec em dia de greve

Em resposta aos trabalhadores que estão em greve, a Efacec afirma que "a produção mantém um ritmo variável dependendo das encomendas que tem em curso” e que "demonstra viabilidade económica".

Os trabalhadores da Efacec voltaram à greve esta terça-feira para exigir a intervenção do Governo na compra de matérias-primas e a demissão da atual administração. A empresa liderada por Ângelo Ramalho responde aos grevistas e destaca que “nenhuma empresa parada conquista novos clientes e tem receitas” de centenas de milhões.

“A Efacec continua firme na sua missão, demonstrando viabilidade económica e estratégica. Prova disso são os nossos indicadores financeiros e de negócio de 2021, reveladores dos resultados que temos alcançado, apesar de todos os desafios que enfrentamos”, afirma a empresa em comunicado.

A empresa que está em processo de reprivatização assume que “tem sentido o impacto global em todos os setores e áreas, devido à disrupção nas cadeias de abastecimento, causada pela pandemia”, mas garante que “a produção mantém um ritmo variável dependendo das encomendas que tem em curso”.

Contrariamente às declarações dos trabalhadores que dizem que “estão praticamente sem trabalho“, a Efacec afirma que “continua a entregar produtos e soluções, de elevado e distinto conhecimento técnico, e a liderar projetos de elevada relevância estratégica para o país”.

“A atividade comercial e a escolha dos nossos clientes são a prova evidente, assim como as receitas do grupo que serão superiores a centenas de milhões de euros”, adianta a empresa em comunicado.

A Efacec destaca ainda que “está confiante no futuro, encarando com otimismo a expectável recuperação da economia e a conclusão do processo de reprivatização, apoiada na normalização das operações e no retomar do ciclo de crescimento sustentável em todas as unidades de negócio”.

(Notícia atualizada às 16h00 com mais informações)

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Líder do PCP alerta para “profundo descontentamento” com aumentos salariais

  • Lusa
  • 30 Novembro 2021

"Arrisco-me a dizer que o sentimento da maioria é de um profundo descontentamento, tendo em conta o histórico em relação aos salários e às carreiras", disse Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou esta terça-feira que o sentimento dos trabalhadores da administração pública em relação ao aumento dos salários “é de um profundo descontentamento”, uma vez que são insuficientes.

Interpelado sobre como é que via os aumentos anunciados para os trabalhadores da administração pública, o líder comunista respondeu que os funcionários do Estado “é que julgarão” se os aumentos são satisfatórios ou não.

“Durante quase uma década, tirando uma situação excecional, não tiveram qualquer aumento, além da desvalorização das suas carreiras e profissões. Enfim, arrisco-me a dizer que o sentimento da maioria é de um profundo descontentamento, tendo em conta o histórico em relação aos salários e às carreiras, e agora terem sido confrontados com um aumento desta natureza”, sustentou, no final de uma reunião com a secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), Isabel Camarinha, em Lisboa.

Jerónimo de Sousa foi questionado sobre o ‘chumbo’ do diploma do PCP que previa limitar os contratos a prazo e reverter o alargamento do período experimental por PS, PSD e CDS e se isso empurrava os socialistas para um futuro Governo de direita.

Na resposta, o secretário-geral comunista disse que este foi apenas mais um exemplo, desde 2019, em que o PS votou com a direita, enquanto apregoava que era um partido alinhado à esquerda.

A atualização salarial da função pública para 2022 deverá manter-se em 0,9%, como proposto pelo Governo, tendo em conta a variação média da inflação anual em outubro, publicada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a estimativa rápida do INE, a variação média anual em outubro da inflação foi de 1,02% e, retirando a habitação, foi de 0,99%.

Na última ronda negocial com os sindicatos, em 17 de novembro, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, afirmou que para a atualização salarial dos funcionários públicos seria tida em conta a inflação anual verificada em 30 de novembro, descontada a deflação de 0,1% que se verificou em 2020.

Contas feitas, a atualização salarial será então de 0,9% como proposto inicialmente pelo Governo, que garantiu que nunca seria inferior a esse valor.

“A principal e talvez a única preocupação sempre foi fazer com que os trabalhadores da Administração Pública não percam poder de compra”, afirmou na altura Alexandra Leitão.

Segundo explicou a ministra, “se à data da aprovação do diploma [relativo à atualização salarial], que será posterior a 30 de novembro, a inflação média anual dos últimos 12 meses, calculada a 30 de novembro, for superior àquela que conduz à atualização dos 0,9% o Governo acompanhará esse aumento”.

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Nos e Vodafone avançam para teletrabalho em dezembro

Face à evolução da pandemia, as duas operadoras colocaram em pausa o modelo híbrido de trabalho. Trabalhadores têm opção de trabalhar de forma 100% remota a partir de 1 de dezembro.

A Nos e a Vodafone vão colocar em pausa o atual modelo híbrido de trabalho. A partir de 1 dezembro, os trabalhadores destas empresas podem exercer funções de forma 100% remota e a dona do Meo vai aplicar o teletrabalho sempre que possível. A decisão das operadoras surge depois de o aumento dos casos de Covid-19 ter levado o Governo a recomendar o teletrabalho até ao final do ano, com caráter obrigatório na primeira semana de janeiro.

Na Nos, a ordem é ir para casa. “A segurança e proteção das nossas pessoas tem sido, desde o primeiro momento, a nossa prioridade. A partir do dia 1 de dezembro deixa de vigorar o modelo de três dias fixos nos escritórios, que tínhamos em vigor desde outubro, e é introduzida a possibilidade de trabalho em remoto total para os colaboradores que o queiram adotar, com flexibilidade para os colaboradores se deslocarem ou trabalharem nos edifícios, sempre que pretendam ou tenham necessidade”, adianta fonte oficial da operadora à Pessoas. “Todas as restantes medidas de proteção nunca deixaram de estar em vigor, pelo que este modelo não implica alterações de fundo”, reforça.

“A Nos cumprirá integralmente a recomendação de teletrabalho obrigatório, para todas as funções em que tal seja possível, na semana de 2 a 9 de janeiro de 2022”, garante ainda a empresa.

“É entendimento da Nos que o Governo e as entidades de saúde são quem na verdade sabe se as medidas são suficientes”, acrescenta também a empresa liderada por Miguel Almeida quando instada a comentar as medidas de contenção anunciadas pelo Executivo.

O mesmo será feito pela Vodafone. A operadora liderada por Mário Vaz “acompanha a evolução da pandemia e seguirá naturalmente todas as recomendações do Governo e das autoridades de saúde nesta matéria”.

Desde finais de setembro a regressar ao escritório num modelo híbrido, a operadora decidiu colocar esse modelo em pausa, pelo menos para já. “Face à evolução epidemiológica e às novas medidas de controlo pandémico, a Vodafone decidiu acionar uma medida excecional ao seu modelo de trabalho híbrido, passando a ser possível aos colaboradores solicitarem o regime de exceção aos dois dias por semana de trabalho presencial, durante o mês de dezembro“, diz fonte oficial à Pessoas.

A dona do Meo irá aplicar o regime de teletrabalho sempre que possível. “A Altice Portugal encontra-se em contacto permanente com a Direção-Geral da Saúde, acompanhando as orientações e recomendações das entidades competentes e aplicando o regime de teletrabalho, sempre que este seja compatível com a atividade desempenhada dos seus colaboradores”, adianta fonte oficial da operadora.

“A empresa manterá o seu Plano de Contingência de forma a dar prioridade na defesa e proteção da empresa e dos seus colaboradores”, adiantou ainda fonte oficial da companhia ao ECO.

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