TAP devia libertar 250 “slots” por semana que não usa em Lisboa, diz CEO da Ryanair

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

CEO da Ryanair diz que acumulação de "slots" pela TAP bloqueia a concorrência e a recuperação do turismo. O'Leary defende que Governo tem de forçar a transportadora portuguesa a libertá-los.

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, defendeu, esta segunda-feira, que a TAP devia libertar, pelo menos, 250 slots no aeroporto de Lisboa, que não usa e acusou a companhia aérea portuguesa de bloquear a concorrência.

“Nós achamos que a TAP devia libertar no mínimo 250 slots por semana [no aeroporto de Lisboa]”, disse o responsável do grupo aéreo irlandês, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Michael O’Leary acusou a TAP de bloquear slots (autorizações para descolar e aterrar num determinado período de tempo) na Portela, por saber com antecedência que não as vai usar, mas só as libertar com aviso prévio tardio de duas a três semanas antes de cancelar os respetivos voos.

“O Governo tem de forçar a TAP a libertar slots não utilizados em Lisboa”, sublinhou o presidente executivo da Ryanair, argumentando que a acumulação de slots pela TAP, que viu a sua rota reduzida nos últimos tempos, bloqueia a concorrência e a recuperação do turismo.

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5G: Vodafone Portugal já pode iniciar exploração comercial das frequências

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

Decisão ocorre "na sequência do pagamento efetuado pela empresa dos valores devidos" pelo espetro que ganhou no leilão 5G, explica a Anacom.

A Vodafone Portugal já pode iniciar a exploração comercial das frequências 5G, depois da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) ter aprovado esta segunda-feira a emissão do título dos direitos de utilização de frequências (DUF) à operadora.

Em comunicado, a entidade liderada por João Cadete de Matos salienta que aprovou esta segunda-feira a decisão relativa à emissão do título dos DUF atribuídos à Vodafone Portugal, a qual foi “adotada na sequência do pagamento efetuado pela empresa dos valores devidos” pelo espetro que ganhou no leilão 5G.

“Assim se conclui, para esta empresa, o processo do leilão e atribuição das frequências” e “a partir de agora” a Vodafone Portugal “pode dar início à exploração comercial das frequências atribuídas”, refere a Anacom.

A Autoridade Nacional de Comunicações “continuará a dar, como tem vindo a fazer, máxima prioridade à emissão dos títulos na sequência da concretização, por parte dos licitantes, dos pagamentos e do envio das respostas às audiências prévias relativas aos projetos de decisão relativos a esses títulos”.

Na semana passada, mais concretamente no dia 26 de novembro, a Anacom aprovou a emissão do título dos DUF atribuídos à NOS e à Dense Air. Os DUF do leilão 5G foram atribuídos a cinco entidades: Dense Air, Dixarobil Telecom, Meo (Altice Portugal), NOS, Nowo Communications e Vodafone Portugal.

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Têxtil Polopiqué dá prémio de 200 euros a todos os trabalhadores

Isabel Carneiro, do grupo Polopiqué, acredita que setor têxtil tem capacidade para aumentar salários e que as remunerações devem acompanhar aumento do custo de vida.

O salário mínimo vai aumentar 40 euros, passando a retribuição mínima mensal garantida a ser de 705 euros já no próximo ano, medida com impacto em vários setores e que levou o Governo a atribuir às empresas 112 euros por cada trabalhador que recebe o salário mínimo. No setor têxtil, acredita Isabel Carneiro, diretora-geral do grupo Polopiqué, há capacidade para aumentar salários e que as remunerações devem acompanhar a subida do custo de vida.

No início de 2021, no setor têxtil, o grupo Polopiqué liderado por Luís Guimarães fixou um salário mínimo de 700 euros, acima dos 665 euros de salário mínimo nacional. Além disso, apesar de as dificuldades sentidas no setor, provocadas pela pandemia da Covid-19, a empresa atribuiu um prémio de 200 euros aos colaboradores. Este bónus é, normalmente, um prémio laboral que está associado a um reconhecimento por algo que os funcionários fizeram em prol da empresa. “Mas uma empresa deve estar ainda atenta aos fenómenos económicos e sociais do meio onde se insere“, salienta Isabel Carneiro.

Para além de não praticar o salário mínimo — medida que abrange cerca de 550 trabalhadores das várias empresas –, o grupo Polopiqué oferece a todos os colaboradores, bem como aos seus familiares, seguro de saúde e vida e, na cantina da empresa, disponibiliza refeições com um custo simbólico de um euro, valor que é encaminhado para instituições de solidariedade.

“As empresas são as pessoas. O seu bem-estar e o seu compromisso connosco são a energia que precisamos para ultrapassar os desafios. Entendemos que os nossos colaboradores devem ser remunerados de forma condizente com o aumento do custo de vida que de uma forma genérica com a pandemia tem subido exponencialmente, desde logo as rendas a alimentação os transportes, bens necessários em qualquer agregado familiar”, afirma Isabel Carneiro.

Sem tecer comentários sobre a discussão na concertação social sobre o aumento do salário mínimo nacional e compensação para empresas, Isabel Carneiro diz apenas que, no setor têxtil, há capacidade para subir a remuneração mínima garantida. “Consideramos que os salários devem acompanhar o aumento do custo de vida atual”, refere.

Sendo uma referência mundial no setor têxtil, a portuguesa Polopiqué exporta para 47 países, conta com um volume de negócios de aproximadamente 90 milhões de euros e emprega cerca de mil pessoas.

SMN passa para 705 euros. Empregadores vão receber apoio

A discussão na concertação social, na passada sexta-feira, levou a um acordo: o salário mínimo nacional (SMN) vai mesmo subir para os 705 euros, no próximo ano. “Na sequência da auscultação dos parceiros sociais, o Governo irá aumentar o valor do salário mínimo nacional para 705 euros em 2022, com efeitos a 1 de janeiro”, confirmou o Executivo de António Costa. Em causa está uma subida de 40 euros face ao atual valor da retribuição mínima mensal garantida (665 euros), que corresponde, notou o Governo, ao maior acréscimo bruto de sempre do salário mínimo e a um salto de 39,6% face a 2015 (altura em que a retribuição mínima estava em 505 euros).

Para compensar a subida do salário mínimo, será dado aos empregadores um apoio monetário, que deverá custar aos cofres do Estado “à volta de 100 milhões de euros”, indicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, à saída da reunião com os parceiros sociais. Em 2022, as empresas vão receber até 112 euros por cada trabalhador que receba 705 euros mensais.

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Passageiros dos Açores e Madeira com destino ao continente dispensados de teste negativo

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

O Governo esclareceu esta segunda-feira que os s passageiros provenientes dos Açores e da Madeira com destino ao continente ficam dispensados de apresentar um teste negativo à Covid.

Os passageiros provenientes dos Açores e da Madeira com destino ao continente português estão dispensados de apresentar teste negativo à Covid-19 para embarcar a partir de quarta-feira, esclareceu esta segunda-feira à Lusa fonte da Presidência do Conselho de Ministros.

Na quinta-feira passada, no anúncio das novas medidas definidas em Conselho de Ministros, o chefe do executivo, António Costa, referiu que, a partir de 1 de dezembro, “os testes passam a ser obrigatórios para qualquer entrada em território nacional, seja qual for o ponto de origem e seja qual for a nacionalidade do passageiro”.

Posteriormente, o Governo divulgou o comunicado com as decisões da reunião, especificando que a exigência do teste negativo é relativa a “todos os voos com destino a Portugal continental”, o que excluiria as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

A Resolução que regulamenta a declaração da situação de calamidade no âmbito da pandemia da covid-19, publicada no sábado em Diário da República, determina no seu artigo 19.º as “regras aplicáveis à entrada em território nacional por via aérea em matéria de testagem e controlo de temperatura”, mas o número 1 desse artigo define as condições para “passageiros de voos com destino ou escala em Portugal continental”, ou seja, que também teriam de ser aplicadas aos passageiros com origem nos Açores e na Madeira.

As companhias aéreas só devem permitir o embarque dos passageiros de voos com destino ou escala em Portugal continental mediante a apresentação, no momento da partida, de comprovativo de realização laboratorial de teste de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) ou de teste rápido de antigénio (TRAg) para despiste da infeção por SARS-CoV-2 com resultado negativo, realizado nas 72 ou 48 horas anteriores à hora do embarque, respetivamente […]”, lê-se no número 1 do artigo 19.º.

Contudo, questionada pela agência Lusa, a Presidência do Conselho de Ministros (PCM) esclareceu que “o teste negativo é exigido a todos os passageiros que cheguem a território continental provenientes de voos internacionais, não se aplicando, portanto, aos voos das regiões autónomas”.

A Lusa questionou também a PCM sobre o controlo da exigência de teste negativo no caso de passageiros de voos com origem no estrangeiro com destino direto ou escala nos aeroportos dos Açores ou da Madeira, tendo a mesma fonte indicado que se aplica o que consta da Resolução do Conselho de Ministros ao nível das medidas especiais em matéria de testagem.

“Relativamente à última questão, aplica-se o estabelecido no artigo 23.º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 157/2021 a qualquer voo internacional cujo destino final seja Portugal continental. No caso de voos cujo destino seja os arquipélagos dos Açores ou da Madeira, trata-se de um assunto da autonomia das regiões autónomas”, acrescenta.

O documento publicado no sábado em Diário da República prevê a dispensa de apresentação do comprovativo de teste negativo quando o passageiro for portador de um certificado digital Covid-19 da União Europeia, “um certificado digital relativo a uma vacina contra a covid-19” ou ainda um “comprovativo de vacinação que ateste o esquema vacinal completo”, conforme determinado na lei, mas essa dispensa não se aplica até 9 de janeiro de 2022, o que resulta na exigência, pelo menos até essa data, do teste negativo para o embarque da generalidade dos passageiros com destino a Portugal.

Os cidadãos com certificado digital covid da União Europeia na modalidade de recuperação podem apresentá-lo às companhias aéreas em vez do teste negativo, conforme previsto no diploma.

Além disso, “os cidadãos nacionais e os cidadãos estrangeiros com residência legal em território continental, bem como o pessoal diplomático colocado em Portugal que, excecionalmente, não sejam portadores de comprovativo” do teste negativo, devem realizá-lo “à chegada, antes de entrar em território continental, a expensas próprias”, ou seja, suportando os custos.

Para isso, é indicado, serão “encaminhados pelas autoridades competentes”.

A obrigatoriedade de os cidadãos não vacinados fazerem um teste negativo aplica-se, “com as necessárias adaptações, às fronteiras terrestres, marítimas e fluviais”.

As companhias aéreas que transportem passageiros sem teste negativo à covid-19 incorrem em multas de 20 mil euros por pessoa e o Governo vai também “agravar as sanções acessórias que podem culminar com a suspensão das licenças de voo dessas companhias para território nacional”, conforme referiu o primeiro-ministro.

“É obrigação de todas as companhias de aviação, no momento do check-in, só permitirem o embarque dos voos para Portugal de pessoas que provem estar devidamente testadas e não podem transportar para Portugal ninguém que não esteja devidamente testado”, disse António Costa na quinta-feira.

“Queria deixar uma mensagem muito clara às companhias de aviação: consideramos que é uma profunda irresponsabilidade transportar pessoas que não estão testadas e desembarcar pessoas em território nacional que não estão testadas”, acrescentou, indicando que o Governo pretende manter as fronteiras abertas.

Portugal continental vai entrar na quarta-feira em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19. Entre outras medidas, passa a ser obrigatória a apresentação de certificado digital covid da União Europeia para aceder a hotéis, restaurantes, ginásio e eventos com lugares marcados, bem como a apresentação de teste negativo (mesmo para vacinados) nas visitas em lares e hospitais, recintos desportivos e bares e discotecas.

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Wall Street recupera após perdas motivadas pela Ómicron

A semana arranca com uma tendência positiva nas bolsas, após quedas motivadas pela nova variante do coronavírus na sessão passada. Farmacêuticas e tecnológicas destacam-se nos ganhos.

Wall Street arranca a primeira sessão da semana a recuperar das perdas motivadas pela nova variante do coronavírus. Apesar de ainda existirem receios quanto aos riscos associados à Ómicron, os investidores estão a tirar partido das movimentações nos mercados, e a apostar nas cotadas mais resistentes à pandemia.

As notícias de que foi descoberta uma nova variante na África do Sul, que influencia a transmissibilidade do vírus e a reação às vacinas, têm feito levantar preocupações. A Organização Mundial de Saúde apelidou-a de Ómicron e classificou-a como uma “variante preocupante”, esta sexta-feira, no dia em que se soube que a B.1.1.529 já chegou à Europa.

Na sessão dessa sexta-feira, que foi mais curta em Wall Street devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, o índice de referência Dow Jones registou o pior dia desde outubro de 2020.

No entanto, os investidores estão a reavaliar os riscos desta nova variante e, no arranque desta segunda-feira, o industrial Dow Jones recupera e sobe 0,34% para 35.017,71 pontos, enquanto o índice de referência financeiro, S&P 500, valoriza 0,74% para 4.628,75 pontos.

Quanto ao tecnológico Nasdaq, avança 1,47% para 15.719,42 pontos, impulsionado pelo Twitter, que sobe 6,27% depois de notícias de que o CEO Jack Dorsey estará a planear deixar o cargo.

Pelo Velho Continente, o dia também é marcado pela recuperação das ações, mesmo após o “susto” da nova variante. O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 1,29%, uma tendência acompanhada pelas principais praças europeias. O índice alemão Dax, por exemplo, avança 0,9% e o francês Cac-40 ganha 1,46%.

A contribuir para o sentimento positivo nos mercados encontram-se ainda as farmacêuticas que estão responsáveis pelas vacinas contra a Covid-19, depois de a Moderna e a Pfizer terem sinalizado que deverão ter atualizações às vacinas para a variante Ómicron prontas no próximo ano. A Pfizer avança 1,85%, enquanto a Moderna sobe 9,49% e a BioNTech valoriza 2,14%.

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“Não prevejo grandes dificuldades no PRR período de transição”, diz Nelson de Souza

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

Ministro do Planeamento reconhece "aumento brutal” de fundos, que no período de transição “quase triplica" o valor à disposição pelo menos até 2023. É uma "responsabilidade muito grande" de execução.

O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, reafirmou esta segunda-feira que será acionado em janeiro o pedido de primeiro desembolso de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e recusou a possibilidade de dificuldades no período de transição.

“Posso garantir que durante o tempo que este Governo ainda tem de vida, que está marcada por preceitos constitucionais, não vai existir qualquer tipo de impacto que vai travar o PRR“, disse o ministro, à margem da conferência ‘Os desafios da economia portuguesa no pós-pandemia’, organizada pelo Banco de Portugal e pelo semanário Expresso.

Nelson de Souza acrescentou que o PPR “está a seguir o seu curso normal”, que os investimentos estão contratados com a Comissão Europeia e que os meios “estão à disposição”, quer os financeiros, quer os materiais, quer as condições jurídicas.

“E assim vai continuar, incluindo o pedido do primeiro desembolso que há-de ocorrer durante o próximo mês de janeiro“, afirmou o governante, ressalvando que, para além disso, “não compete a este Governo garantir seja o que for, mas que competirá ao próximo” Governo. “No período de transição, até entrada em vigor do próximo Governo, não prevejo também grandes dificuldades”, disse ainda.

Na intervenção na conferência, o ministro do Planeamento reconheceu o “aumento brutal” de fundos, que no período de transição “quase triplica” o valor à disposição pelo menos até 2023, que disse traduzir uma “responsabilidade muito grande” de execução e ser uma responsabilidade coletiva.

“Temos de ser nós a responder, a sociedade a responder, têm de ser os empresários a responder. É uma questão de sermos capazes de coletivamente saber responder e corresponder a este desafio”, afirmou Nelson de Sousa, ressalvando não estar a alienar responsáveis, mas destacar tratar-se de uma responsabilidade coletiva.

Portugal foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas o seu PRR para aceder aos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência – elemento central do fundo de recuperação acordado na UE para superar a crise da Covid-19 – e o primeiro a vê-lo aprovado, tendo sido também dos primeiros países a receber verbas.

No início de agosto, a Comissão Europeia desembolsou 2,2 mil milhões de euros a Portugal referente ao pré-financiamento de 13% do PRR.

O PRR português, que recebeu ‘luz verde’ da Comissão em 13 de junho e foi formalmente aprovado pelo Conselho Ecofin exatamente um mês depois, tem um valor global de 16,6 mil milhões de euros, designadamente 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido e 2,7 mil milhões empréstimos em condições favoráveis.

Em causa está o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, avaliado em 672,5 mil milhões de euros (a preços de 2018) e elemento central do fundo de 750 mil milhões de euros aprovado pelos líderes europeus em julho de 2020 para a recuperação económica da UE da crise provocada pela pandemia de Covid-19.

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Mais 13 mortes e 1.635 casos de Covid-19. Incidência continua a subir

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Novembro 2021

Desde o início da pandemia, o país soma 1.144.342 casos de infeção e 18.430 mortes por Covid-19. Há 1.071.544 pessoas recuperadas da doença.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 1.635 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.144.342, num dia da semana em que há tipicamente menos casos, por causa do fim de semana, e em que também se confirmou a chegada a Portugal da nova variante Ómicron, detetada pela primeira vez na África Austral.

O boletim diário desta segunda-feira revela ainda mais 13 mortes nas últimas 24 horas, para um total de 18.430 óbitos. A incidência média no território nacional subiu para 325,9 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) desceu para 1,17.

O número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 continua a aumentar, inclusive aquelas que necessitam de cuidados intensivos. Neste momento, há 809 doentes internados em unidades hospitalares em Portugal, mais 45 em relação a domingo, sendo que 111 deles estão em unidades de cuidados intensivos (mais sete nas últimas 24 horas). Ainda assim, a maioria dos infetados está a recuperar em casa.

Quanto aos casos ativos, há mais 651 face ao balanço anterior, correspondendo a um total de 54.368 casos ativos em Portugal. O boletim dá ainda conta de 61.850 contactos sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto direto com pessoas infetadas, mais 1.220 comparativamente a domingo.

Há também a registar a recuperação de mais 971 pessoas, para um total de 1.071.544 pessoas recuperadas da doença.

Boletim epidemiológico de 29 de novembro de 2021:

O Norte foi a região com mais novos casos nas últimas 24 horas, registando 575 das 1.635 novas infeções. Em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), foram confirmados 490 novos casos, o Centro registou 284 infeções, o Algarve teve mais 156 casos e o Alentejo registou 37 novas infeções. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registaram, respetivamente, 20 e 73 novos casos.

o maior número de mortes do boletim desta segunda-feira é atribuído à região de LVT que, do total de 13, confirmou mais quatro óbitos. A Madeira registou mais três óbitos, enquanto o Centro e o Algarve confirmaram, cada um, dois óbitos, e o Norte e os Açores mais um óbito cada.

Incidência continua a subir, mas R(t) desce

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do R(t), que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 1,17 a nível nacional e 1,18 no continente. Trata-se, portanto, de uma ligeira descida a nível nacional face ao balanço anterior (estava em 1,19 a nível nacional e em 1,2 no continente), o que coloca Portugal na “zona vermelha” da matriz de risco do Governo.

Por sua vez, a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) voltou a subir, estando agora em 325,9 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e em 327,5 casos por 100 mil habitantes no continente (na última atualização estes valores eram 279,8 por 100 mil habitantes e 280,2 por 100 mil habitantes, respetivamente).

(Notícia atualizada às 15h06)

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Despesa superior ao orçamentado “ajuda” duodécimos em 2022, diz Leão

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

O ministro das Finanças diz que a despesa em 2021 foi três vezes superior ao orçamentado, o que "ajuda" caso seja necessário reativar apoios em duodécimos em 2022.

O ministro das Finanças, João Leão, disse esta terça-feira que a despesa em 2021 foi “mais de três vezes” que o orçamentado, sobretudo devido à pandemia de Covid-19, o que “ajuda” caso seja necessário reativar apoios em duodécimos.

“A despesa, sobretudo a que tem a ver com o apoio à economia, está a crescer mais de três vezes do que estava orçamentado porque tivemos uma terceira vaga muito forte no inverno deste ano”, disse o ministro de Estado e das Finanças à margem da sessão pública de cumprimentos ao administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino.

O ministro disse que as Administrações Públicas têm “nesse sentido, no que toca a despesa às famílias e às empresas, excedido bastante o que estava orçamentado”.

“Também ao nível do Serviço Nacional de Saúde [SNS], fizemos investimentos bastante significativos na área de contratações e também despesas com medicamentos, vacinas, que fizeram com que a despesa ficasse muito acima”, reconhecendo João Leão que as “despesas relacionadas com a pandemia cresceram muito acima do que estava esperado, porque a pandemia teve efeitos mais significativos” que surpreenderam.

Questionado se face à incerteza em relação à nova variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, o Governo terá agilidade para reativar os apoios em 2022 em regime de duodécimos, o ministro afirmou que a execução orçamental do ano de 2021 contribui para essa possibilidade.

“Como o regime de duodécimos do próximo ano vai vigorar com base no Orçamento de 2021, que estava preparado com verbas previstas para o combate à pandemia, dá-nos uma ajuda para fazer face a essa dimensão”, reconheceu João Leão. “Temos verbas extraordinárias nos orçamentos que nos permitem ajudar a combater os efeitos da pandemia”, acrescentou ainda.

O governante lembrou que o regime de duodécimos, que obrigará à gestão mensal do total da despesa de 2021 dividido por 12, não abrange o sistema de Segurança Social.

“Uma parte importante dos apoios no âmbito veio via sistema de Segurança Social, que é um sistema que não está sujeito a um regime de duodécimos. Dá-nos uma flexibilidade adicional para fazer face à pandemia caso se venham a agravar muito as condições e afetem mais a atividade económica”, sustentou.

O ministro reiterou ainda a confiança de que o país irá cumprir a meta do défice de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) prevista no cenário macroeconómico adjacente à proposta de Orçamento do Estado para 2022, entretanto ‘chumbada’ pelo parlamento.

Na quinta-feira, o Ministério das Finanças divulgou que o défice das contas públicas nacionais melhorou 650 milhões de euros (ME) até outubro face ao mesmo mês de 2020, totalizando 6.673 milhões de euros.

“O défice das Administrações Públicas atingiu 6.673 ME até outubro em contabilidade pública, refletindo uma melhoria homóloga de 650 ME explicada pelo crescimento da receita (7,3%) ter sido superior ao da despesa (5,7%)”, segundo um comunicado do gabinete do ministro João Leão, que antecipou a Síntese da Execução Orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

O comunicado, referente às contas na ótica de caixa, adianta ainda que “a despesa primária aumentou 7,1% em resultado das medidas extraordinárias de apoio à economia e a forte dinâmica de crescimento da despesa do Serviço Nacional de Saúde”, que registou “um aumento muito elevado de 740 ME”.

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Novobanco dá mais um passo para arrestar casa e ações de Luís Filipe Vieira

Foi publicado no Portal Citius um pedido de execução de ações do Benfica e da casa de família de Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica.

Foi em setembro que o Novobanco pediu à Justiça que arrestasse as ações da Benfica SAD detidas por Luís Filipe Vieira e ainda a casa da família Vieira, na margem sul do Tejo.

Este pedido de arresto foi pedido por conta de dívidas de Luís Filipe Vieira e da empresa Promovalor ao Novobanco. O pedido de arresto tinha sido noticiado em setembro pelo Correio da Manhã.

Estas dívidas, no valor de 7,6 milhões de euros, eram as únicas que tinham o aval pessoal de Luís Filipe Vieira, daí o banco ter decidido pedir o arresto desses bens.

De acordo com uma nota publicada no Portal Citius, quem executa é o Novobanco e são quatro os executados: a sociedade Promovalor II, Luís Filipe Vieira, a mulher Vanda Ribeiro Vieira e ainda Manuel de Sousa Duarte.

Segundo explicou ao ECO uma fonte próxima deste processo, o Novobanco tem desde setembro um arresto decretado sobre as ações e o imóvel da família Vieira, sendo que nesta altura o ainda se aguarda a audição de testemunhas.

O que aconteceu agora, de acordo com a mesma fonte, é que deu entrada a execução “com base numa livrança (que é a acção principal da providência cautelar),” em que o banco nomeou à penhora as ações e o imóvel.

Este pedido de arresto do Novobanco seguiu-se ao anúncio feito no início de setembro por Luís Filipe Vieira que se preparava para vender as suas ações do Benfica, provavelmente ao investidor norte-americano John Textor.

O ex-presidente do Benfica é dono de 3,28% do capital da SAD do Benfica. Com as ações arrestadas, já não poderá alienar a sua posição.

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Sonae MC quer ter rede privativa com 680 postos de carregamento elétrico em 2022

  • Capital Verde
  • 29 Novembro 2021

O acesso a esta Rede Privada está reservado a clientes com app Continente Plug&Charge e a app Cartão Continente. Em um 1 hora é possível carregar até 200 km de autonomia a partir de 0,01€.

O Continente continua a reforçar a sua rede Plug&Charge por todo o país, prevendo instalar ainda este ano mais de 110 pontos de carregamento para veículos elétricos, criando uma “rede com dispersão nacional e preços competitivos iguais em todas as localizações”.

Em setembro foi inaugurado o primeiro hub Continente Plug&Charge do país, com 18 pontos de carregamento – incluindo dois de carregamento rápido (50kW), na loja de Matosinhos, seguindo-se de imediato a loja da Amadora.

No entanto, o projeto é mais ambicioso e prevê a instalação de 680 postos nas várias lojas do grupo até junho de 2022, com diversas Áreas de Carregamento (hubs) que vão criar uma nova Rede Privada de Carregamento da Sonae MC nas lojas Continente e Continente Bom Dia, distribuídas pelo país, com postos de carregamento rápido (50 kW DC) e normal (22 kW AC).

Em 2021, estão previstas então 31 novas localizações, permitindo criar uma rede com uma distância máxima entre hubs inferior a 100 km, sendo que, sempre que possível, todas as novas lojas Continente terão pontos Plug&Charge e centrais fotovoltaicas de autoconsumo, de forma a minimizar a pegada carbónica das lojas. Ou seja, os clientes poderão recarregar os seus veículos elétricos recorrendo a energia renovável.

O acesso a esta Rede Privada de Carregamento está reservado a clientes que descarreguem a app Continente Plug&Charge e a app Cartão Continente e permite carregar veículos elétricos com a tarifa fixa em tempo, nos carregadores rápidos, enquanto que nos carregadores normais dependerá da potência média utilizada pelo carregador interno de cada veículo, sendo o cálculo do custo estabelecido a partir de escalões previamente definidos. Diz o Continente que em apenas 1 hora é possível carregar até 200 km de autonomia, a partir de 0,01€/minuto.

Os detentores de Cartão Continente que realizarem compras superiores a 30 euros nas lojas poderão beneficiar de carregamentos gratuitos, com cerca de 35 quilómetros de autonomia.

“A promoção da mobilidade descarbonizada, o serviço ao cliente, a simplicidade e experiência digital do Continente Plug&Charge foram fatores chave para que este serviço disruptivo no mercado tenha sido bem recebido pelos clientes”, refere José Rolo de Sousa, Diretor de Proteção de Ativos da Sonae MC. “Vamos lançar a versão 2.0 da nossa app de forma a melhorar ainda mais a experiência de utilização do cliente: melhorando a rapidez, a estabilidade e a comunicação, assim como simplificando ainda mais a utilização”.

Desde o início do projeto, em setembro de 2020, e tendo em conta que a mobilidade dos portugueses esteve condicionada, o Continente atingiu já os 104 pontos de carregamento, em 24 lojas, com mais de 11 mil utilizações e 148MWh de energia fornecida. A rede, com uma média diária de 4.000 km carregados, já permitiu evitar a libertação de 72 toneladas de dióxido de carbono.

A instalação de postos de carregamento para viaturas elétricas é um dos investimentos abrangidos pelo financiamento do Banco Europeu de Investimento e do European Fund for Strategic Investments. O Continente Plug&Charge é uma das iniciativas de um projeto global lançado há vários anos pela Sonae MC, com vista à melhoria de eficiência de consumo e sustentabilidade ambiental e contribuirá para o compromisso da redução da pegada carbónica assumido na assinatura do Acordo de Paris.

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Xpand IT está a contratar developers, engenheiros informáticos e profissionais de RH

A maioria das cerca de 30 vagas deverão ser desempenhadas num modelo de trabalho híbrido. Reforço de colaboradores deverá acontecer em várias localizações, como Lisboa, Viana do Castelo e Braga.

A tecnológica portuguesa Xpand IT está a contratar para várias regiões do país e diferentes funções. A empresa tem cerca de 30 oportunidades de emprego em aberto. A maioria das funções pode ser desempenhada num modelo de trabalho híbrido, mas há também vagas destinadas a trabalho remoto e a trabalho presencial no escritório.

“A Xpand IT tem crescido de ano para ano e é com entusiasmo que procuramos novos Xpanders para se juntarem à nossa equipa (…) Durante todo este período de pandemia, os nossos colaboradores foram sempre a nossa prioridade, pelo que procurámos acautelar a segurança e saúde de todos, sendo que o nosso processo de onboarding foi também adaptado”, afirma Rui Maia, partner e CHRO da Xpand IT, citado em comunicado.

As vagas disponíveis são referentes às áreas de desenvolvimento de software, administradores de sistemas e recursos humanos. Grande parte das posições diz respeito a trabalho híbrido, mas há também opções para formato remoto e outras físicas, dependendo da função.

Além disso, o reforço da estrutura de colaboradores deverá acontecer em várias localizações, com destaque para as regiões de Lisboa, Viana do Castelo e Braga.

Desde o início do ano, a Xpand IT já contratou mais de 100 colaboradores, para quase todas as áreas da empresa, com oportunidades em big data, business intelligence & analytics, data science, digital experience (Microsoft & Mobile Development), middleware & CRM, web development, bem como outras funções ligadas ao hub da Xpand IT.

Os interessados devem enviar a sua candidatura através deste link.

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Bruxelas avisa Portugal sobre “barreiras indevidas” nas viagens

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

Com Portugal a exigir teste a todos os viajantes a partir de 1 de dezembro, a Comissão Europeia insiste que os Estados-membros devem manter-se “fiéis à abordagem coordenada" no espaço comunitário.

A Comissão Europeia reiterou esta segunda-feira que os Estados-membros devem “abster-se de barreiras indevidas” aos passageiros vacinados e recuperados da Covid-19, isto no dia em que Portugal informou Bruxelas sobre a exigência de teste a todos os viajantes a partir de 1 de dezembro.

“Recebemos uma notificação sobre novas medidas para viagens que Portugal planeia introduzir. Iremos agora analisar cuidadosamente a informação fornecida, [mas] por princípio os Estados-membros devem abster-se de impor restrições adicionais aos titulares de Certificado Digital Covid-19 da União Europeia (UE), em particular de vacinação e de recuperação, devendo informar a Comissão com 24 horas de antecedência e os outros Estados-membros com 48 horas de antecedência de quaisquer medidas previstas”, afirmou Christian Wigand.

Dias depois de o Governo português ter anunciado a imposição de um teste a todos os cidadãos que cheguem a território nacional, o porta-voz do executivo comunitário para a área da Justiça indicou que a informação foi transmitida “esta manhã” ao executivo comunitário e será agora analisada, adiantando não ter conhecimento de “medidas semelhantes tomadas recentemente por outro Estado-membro”.

“É importante que os Estados-membros se mantenham fiéis à abordagem coordenada para garantir viagens seguras e livres na UE”, referiu o responsável.

Também falando sobre a exigência de Portugal na reunião diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, o porta-voz principal da instituição, Eric Mamer, acrescentou ser “primordial que os Estados-membros discutam e comuniquem entre si e coordenem as suas ações”.

“E que, em segundo lugar, continuem a implementar as medidas previstas no Certificado Digital Covid-19 da UE, em particular quando se trata de não impor barreiras indevidas às viagens para aqueles que tenham sido totalmente vacinados e tenham um teste PCR ou possam demonstrar que recuperaram” da doença, concluiu Eric Mamer.

O Governo português anunciou novas medidas para responder ao agravamento da pandemia de covid-19 em Portugal. A apresentação de um teste de diagnóstico com resultado negativo vai passar a ser obrigatória para todos os passageiros que voem para Portugal a partir de 1 de dezembro, seja qual for o ponto de origem e seja qual for a nacionalidade do passageiro e mesmo que sejam portadores do certificado digital covid-19 da UE.

Esta foi uma das medidas aprovadas pelo Conselho de Ministros da semana passada, poucas horas depois de a Comissão Europeia ter proposto um reforço da coordenação sobre viagens na UE devido ao aumento de casos do SARS-CoV-2, sugerindo que vacinados não sejam submetidos a restrições adicionais e que não vacinados sejam mais testados.

Em causa está uma recomendação atualizada para “facilitar a livre circulação segura durante a pandemia” e enviada pelo executivo comunitário ao Conselho na passada quinta-feira, que sugere uma “abordagem baseada na pessoa”.

Sugere-se que quem tenha “um Certificado Covid-19 Digital da UE válido não seja, por princípio, sujeito a restrições adicionais, tais como testes ou quarentena, independentemente do seu local de partida” na União.

Por seu lado, “as pessoas sem um Certificado Covid-19 Digital da UE podem ser obrigadas a submeter-se a um teste realizado antes ou depois da chegada”, propôs a instituição aos Estados-membros, aos quais cabe a decisão final sobre viagens.

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