BPI e angolano BFA contribuíram com 214 milhões de euros para CaixaBank em 2020

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A filial portuguesa do CaixaBank contribuiu com 174 milhões de euros e as suas atividades internacionais com 40 milhões, sendo a maior parte deste montante dividendos da participação que tem no BFA.

O BPI contribuiu com 214 milhões de euros para os resultados de 2020 do grupo espanhol CaixaBank, dos quais 40 milhões resultam sobretudo da participação no angolano BFA, revelou esta sexta-feira a entidade bancária espanhola.

A filial portuguesa do CaixaBank contribuiu com 174 milhões de euros e as suas atividades internacionais com 40 milhões, sendo a maior parte deste montante dividendos da participação que tem no BFA (Banco de Fomento Angola).

“A avaliação que faço da evolução do BPI em 2020 é extraordinariamente positiva”, disse o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, na videoconferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo.

Apesar de os resultados do BPI apenas serem divulgados na próxima quinta-feira, 4 de fevereiro, na apresentação feita já foram avançados alguns dados da instituição portuguesa.

O presidente executivo do CaixaBank considerou que tem havido “uma boa gestão dos ativos problemáticos” do BPI, que no último dia do ano passado tinha 576 milhões de euros de crédito de cobrança duvidosa, menos 15,5% do que um ano antes, e um rácio de crédito malparado de 2,3%.

Por outro lado, Gonzalo Gortázar assegurou que 99% das moratórias “estão a ser cumpridas”, afirmando estar “muito confiante em como [esta questão] não vai significar um problema para o BPI em 2021”. O número de moratórias em vigor no último dia de 2020 no BPI era de 97.488 com um valor total de 5.620 milhões de euros.

Por outro lado, a carteira de créditos (bruto) teve uma variação de mais 5,5% ao longo do ano passado, um acréscimo de 6,6% no crédito às empresas e de 9,5% nos recursos de clientes.

Gonzalo Gortázar pensa que, assim como em outros países, em Portugal há espaço para haver uma consolidação no setor bancário, mas assegurou que “o BPI não vai fazer parte desse processo”.

A integração do espanhol Bankia no grupo CaixaBank “não vai afetar diretamente o BPI”, mas segundo gestor bancário vai dar à filial “uma matriz ainda mais forte, mais robusta, e uma maior proteção”.

O grupo dono do BPI obteve lucros de 1.381 milhões de euros no ano passado, uma diminuição de 19% em relação a 2019, depois de constituir provisões de 1.252 milhões para enfrentar o impacto da Covid-19.

Segundo informação enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) espanhola, a instituição bancária destaca que, apesar da queda dos lucros, as receitas “core”, as que resultam da sua atividade principal – rendimentos de juros, taxas líquidas e rendimentos de seguros – permaneceram praticamente estáveis, tendo diminuído apenas 0,1%, para 8.310 milhões.

No último trimestre de 2020, a atividade apenas bancária aumentou 2,8% em relação ao trimestre anterior e 1,7% em relação ao mesmo período de 2019. O grupo bancário fechou 2020 com o maior volume de negócios da sua história: 659.332 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7,8% em relação a 2019.

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Inflação foi de 0,3% à boleia do aumento dos preços dos alimentos

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

Taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor terá sido de 0,3% em janeiro, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 1,8%.

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido de 0,3% em janeiro, valor superior em 0,5 pontos percentuais à de dezembro de 2020, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 0,5%, valor que compara com -0,1% no mês anterior.

A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá sido -4,4%, contra os -4,9% do mês anterior, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 1,8% (2,6% em dezembro), sinaliza.

Relativamente ao mês anterior, o IPC terá tido uma variação de -0,3% (em dezembro, a variação mensal foi -0,1% e em janeiro de 2020 tinha sido -0,8%).

O INE estima uma variação média nos últimos 12 meses de -0,1%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao registado no mês precedente.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, por sua vez, terá registado uma variação homóloga de 0,2% em janeiro (-0,3% no mês anterior).

Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de janeiro serão publicados no próximo dia 10 de fevereiro e a estimativa rápida de fevereiro será divulgada no dia 26 desse mês.

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Produção industrial diminui 4,4% em dezembro e 7% em 2020

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A evolução em dezembro foi "particularmente influenciada pelo agrupamento de Energia", refere o Instituto Nacional de Estatística. Em 2020 o índice de produção industrial diminuiu 7%.

O índice de produção industrial diminuiu 4,4% em dezembro em termos homólogos, e 7% no conjunto do ano de 2020, depois da queda de 2,3% no ano anterior, divulgou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“O índice de produção industrial registou uma variação homóloga de -4,4%, inferior em 1,2 pontos percentuais (p.p.) à observada em novembro”, observou o INE, acrescentando que aquela “evolução foi particularmente influenciada pelo agrupamento de Energia, sem o qual o índice agregado teve uma variação de -1,5% (-1,4% em novembro)”.

No conjunto do ano passado, o índice de produção industrial diminuiu 7%, depois de uma variação negativa de 2,3% em 2019, “com todos os agrupamentos a apresentarem variação negativa”.

Segundo o INE, “destacam-se, pela intensidade da sua taxa de variação, o [agrupamento] de bens de investimento com redução de 13,4% (2,9% em 2019)”, bem como o “bens de consumo e de bens intermédios”, cuja variação média anual se situou em -8,4% e -6,1%, respetivamente (-2,2% e -0,9% em 2019, pela mesma ordem). Já o agrupamento de energia passou de uma variação média anual de -8,9% em 2019 para -0,6% em 2020.

Relativamente ao mês de dezembro, todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram variações homólogas negativas, exceto o de bens intermédios (cresceu 5,3%), com o agrupamento de energia a dar o contributo mais influente para a redução do índice total (-3,2 pontos percentuais), originado por uma taxa de variação de -15,6% (-10,1% no mês anterior).

O agrupamento de bens de investimento passou, no mês em análise, de uma variação homóloga de -5,4%, em novembro, para -14,4% em dezembro e contribuiu com -2,4 pontos percentuais para a variação do índice agregado. Já o agrupamento dos bens de consumo diminuiu 3,9%, depois de uma variação negativa em 3,8% em novembro, contribuindo com -1,1 pontos percentuais para a evolução do total do mês, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.

Numa análise à variação mensal, observou-se, ainda, que aquele índice teve uma evolução positiva de 1,8%, melhor do que a de -4,7% registada em novembro. Quanto ao último trimestre de 2020, o índice agregado uma variação homóloga de -2,4%, depois de, no trimestre anterior (julho, agosto e setembro), esta variação ter sido -0,7%.

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Nu-London desenvolve barreira invisível para aplicar nos postos de trabalho

Surge como resposta à pandemia, chama-se CoVis e consiste numa "barreira invisível” de proteção, em acrílico transparente 100% reciclável, para aplicar em postos individuais de trabalho.

A marca famalicense NU-London, especializada no desenvolvimento de soluções de design para mobiliário de escritório, lançou no mercado a primeira gama de produtos de produção própria. Surge como resposta à atual pandemia, chama-se CoVis e consiste numa “barreira invisível” de proteção, em acrílico transparente 100% reciclado e 100% reciclável, para aplicação em postos individuais de trabalho.

“CoVis foi especialmente desenvolvida com base em estudos científicos, em particular sobre como as partículas e nuvens respiratórias se propagam no ar. Funciona em conjunto com o monitor do computador, fazendo com que a proteção esteja o mais próximo possível do utilizador e permitindo ser ajustada de forma ergonómica em função da posição do mesmo. A partir desta solução, surgiu toda a família de produtos CoVis com variadas aplicações”, explica Nuno Correia, diretor de design e fundador da marca, citado em comunicado.

A aposta inicial do fundador da marca, um famalicense de 35 anos que em 2013 se estabeleceu em Londres, centrou-se na criação de soluções para o mercado londrino. No entanto, o produto ganhou destaque e neste momento existem um conjunto de empresas de vários países da Europa que já aderiram a este produto.

De acordo com Nuno Correia, a missão da marca não é a produção própria, mas sim estabelecer parcerias estratégicas, nomeadamente em Portugal e no Reino Unido. “Através do design pretendemos identificar e associar-nos a fabricantes de mobiliário com capacidade técnica, acrescentando valor com soluções de design que permitam entrar de forma eficaz no mercado global do mobiliário de escritório”, remata o designer.

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UE quer publicar esta sexta-feira contrato com AstraZeneca

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

A União Europeia quer publicar o contrato firmado com a AstraZeneca para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, que o laboratório britânico diz não estar em condições de cumprir.

A União Europeia tenciona publicar esta sexta-feira o contrato firmado com a AstraZeneca para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, que o laboratório britânico diz não estar em condições de cumprir, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Nós queremos publicar o contrato esta sexta-feira e estamos em discussões com a empresa”, sobre as partes do texto que devem ser mantidas em sigilo por razões de confidencialidade, assinalou Von der Leyen, numa entrevista esta sexta-feira à rádio alemã Deutschlandfunk.

A intenção da Comissão em tornar público o contrato firmado com a AstraZeneca ocorre em pleno ‘braço de ferro’ entre a UE e a farmacêutica britânica, que se diz agora incapaz de fornecer as doses de vacinas contratualizadas com Bruxelas, e no dia em que é esperada a ‘luz verde’ da Agência Europeia do Medicamento (EMA) à sua utilização na Europa.

Em agosto de 2020, a Comissão Europeia assinou um contrato – orçado em 336 milhões de euros – com a AstraZeneca para aquisição de 300 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida em colaboração com a universidade de Oxford, com uma opção de mais 100 milhões de doses.

No entanto, na semana passada, a AstraZeneca anunciou que pretende entregar doses consideravelmente menores do que acordado com a UE, por alegados problemas de capacidade na produção, o que causou a indignação do executivo comunitário, que ameaça recorrer às vias legais.

Este foi o primeiro contrato assinado por Bruxelas com uma farmacêutica para aquisição de vacinas contra a Covid-19 de um total de oito já existentes.

O bloco comunitário já anunciou, entretanto, a criação de um mecanismo de transparência para monitorizar as exportações para países terceiros das vacinas que integram o portefólio da Comissão Europeia para evitar este tipo de problemas na entrega.

Além da UE, a AstraZeneca é uma das maiores fornecedoras de vacinas contra a Covid-19 no Reino Unido (antigo Estado-membro) e nos Estados Unidos, por exemplo.

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Taxa de desemprego fecha o ano a recuar para 6,5%

A taxa de desemprego recuou para 6,5%, em dezembro. Também a taxa de subutilização do trabalho encolheu, no último mês de 2020, apesar da população inativa ter aumentado.

No último mês de 2020, a taxa de desemprego fixou-se em 6,5%, estando em causa um recuo tanto face ao mês anterior, como em comparação com o mesmo período de 2019. Os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam, contudo, que também população empregada encolheu, ao mesmo tempo que a população ativa caiu 0,9% face a novembro.

Em dezembro, o desemprego situou-se 0,6 pontos percentuais (p.p) abaixo da taxa registada em novembro e 0,2 p.p. da registada no mesmo mês de 2019. De acordo com o INE, este foi o quarto mês consecutivo em que este indicador encolheu, na variação em cadeia, estando agora muito próximo dos valores mensais registados antes da pandemia.

É preciso recuar a maio para encontrar uma taxa mais baixa que a de dezembro

Fonte: INE

Na quarta-feira, Mário Centeno — ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal — sinalizou que o desempenho da economia portuguesa no quarto trimestre de 2020 foi melhor do que o esperado, apesar do endurecimento das medidas de luta contra a Covid-19. Os números do desemprego agora conhecidos ficam em linha com essa estimativa.

De notar que, para o conjunto do ano, o Executivo de António Costa espera que a taxa de desemprego se situe nos 8,7%, mais otimista que a previsão de 10% do Conselho das Finanças Públicas, mas mais pessimista que a projeção de 7,2% do Banco de Portugal. Estas estimativas não comparam diretamente com os números conhecidos esta sexta-feira, já que se tratam de valores mensais. O INE ainda irá divulgar o valor anual.

Apesar da referida evolução do desemprego, dezembro foi sinónimo de uma recuo da população empregada. A estimativa provisória do INE indica que 4.793,4 mil pessoas estavam empregadas, nessa altura, menos 0,2% do que em novembro e menos 1,1% do que no mesmo mês de 2019. No último mês de 2020, a taxa de emprego fixou-se em 61,5%, valor inferior face ao mês anterior e ao mês homólogo.

Também a população ativa encolheu. O INE indica que, em dezembro, havia 5.124,5 mil pessoas consideradas mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços, menos 0,9% do que em novembro e menos 1,3% do que em dezembro de 2019. Tanto em termos absolutos como relativos, a população ativa emagreceu mais do que a população empregada, o que ajuda a explicar como é que num mês em que houve menos empregados também foi possível a taxa de desemprego recuar.

Quanto à subutilização do trabalho, a taxa situou-se, em dezembro, em 13,4%, menos 0,6 p.p. do que em novembro, mas mais 0,8 p.p. que no mês homólogo de 2019. O INE sublinha que esse decréscimo em cadeia “resultou principalmente da diminuição da população desempregada“. Isto já que a população inativa aumentou 1,9% face a novembro e 3,7% face a dezembro de 2019, para 2.665,9 mil pessoas.

De notar que a subutilização do trabalho inclui a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego. Nos primeiros meses da pandemia, a subida considerável dos inativos (resultante das restrições à mobilidade e, consequentemente, à procura de emprego) ajudou a evitar um salto do desemprego.

Desde o início da pandemia, o Governo tem posto no terreno apoios para “salvar” postos de trabalho e mitigar a escalada do desemprego, como o lay-off simplificado. Com o regresso ao confinamento, esses apoios têm sido reativados e reforçados, mas os empregadores continuam a apontar-lhes falhas.

(Notícia atualizada às 11h59)

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Depósitos atingem novo recorde de 161,9 mil milhões de euros no mês do Natal

Portugueses tinham, no final do ano, 161,9 mil milhões de euros depositados nos bancos. Enquanto os depósitos batem recorde, o crédito à famílias está no valor mais elevado desde 2015.

A pandemia tem vindo a ter, indiscutivelmente, um impacto positivo nas poupanças das famílias portuguesas. Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal vieram comprovar isso mesmo, ao revelarem que, no mês das festividades natalícias, o montante em depósitos bancários dos clientes particulares fixou-se nos 161,9 mil milhões de euros, valor que supera o anterior recorde.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 161,9 mil milhões de euros no final de dezembro”, pode ler-se no comunicado do Banco de Portugal. Em comparação com dezembro do ano passado, a taxa de variação anual foi de 8,1%.

Face ao mês anterior, registou-se um aumento de 1,7 mil milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelas famílias, tendo registado um crescimento de 0,8% face a novembro.

Os depósitos de particulares nos bancos ficam, assim, fixados num novo máximo histórico, o qual tinha sido registado no passado mês de novembro, quando o dinheiro depositado nos bancos atingiu os 160,2 mil milhões.

Empréstimos às famílias tocam máximos de 2015

No âmbito dos empréstimos concedidos a empresas e famílias, os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal mostram como estes também aumentaram. “Em dezembro de 2020, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 9,6%, mais 1,0 ponto percentual (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às grandes empresas, cuja tva aumentou 4,3 pp para 3,8%”, adianta o Banco de Portugal.

No caso dos empréstimos a particulares para fins de habitação, a taxa de variação anual foi de 2,3%, um aumento de 0,3 pontos percentuais face a novembro. De modo contrastante, é no crédito ao consumo que se encontra a exceção, com a taxa de variação anual a ter descido 1,2 pontos percentuais face a novembro, atingindo os 0,5%.

O total de empréstimos a particulares atingiu assim, uma vez mais, aquele que é o seu valor mais elevado desde setembro de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês das festividades natalícias, para os 120.751,4 milhões de euros, mais 335,9 milhões de euros em comparação com novembro.

Deste total, a parte mais expressiva destina-se a fins de habitação (95.041 milhões de euros). Os bancos têm ainda concedidos 19.166 milhões de euros respeitantes a créditos ao consumo e outros 6.544,4 milhões de euros aplicados noutras finalidades.

(Notícia atualizada às 11h39).

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É proibido viajar para o estrangeiro a partir de domingo, mas há exceções. Veja quais

Foi publicado em Diário da República o decreto-lei que regula a proibição de deslocação para o estrageiro. Medida entra em vigor no domingo, mas há algumas exceções.

A partir da meia-noite do próximo domingo, dia 31 de janeiro, estão proibidas as deslocações para fora do território nacional para cidadãos portugueses, mas há algumas exceções. Volta também a reposição do controlo de fronteiras terrestres e por via marítima.

Ficam proibidas as deslocações para fora do território continental, por parte de cidadãos portugueses, efetuadas por qualquer via, designadamente rodoviária, ferroviária, aérea, fluvial ou marítima”, lê-se no decreto-lei n.º 3-D/2021, publicado esta sexta-feira em Diário da República, que regula as normas que vão vigorar durante o próximo estado de emergência, que entra em funcionamento às 00h00 deste domingo, dia 31 de janeiro, e prolonga-se até às 23h59 de 14 de fevereiro.

Neste contexto, em linhas gerais, os cidadãos nacionais ficam proibidos de se deslocarem para fora de território continental, com exceção de deslocações para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, quer seja de carro, comboio, avião ou barco.

No entanto, esta proibição não afeta as viagens que tenham sido iniciadas antes da entrada em vigor da medida, bem como, “viagens com destino a outro país e com escala em território continental”, desde que não tenha de sair das instalações aeroportuárias.

O decreto-lei salvaguarda também algumas “deslocações estritamente essenciais”. Entre as exceções permitidas constam:

  • As deslocações para o desempenho de atividades profissionais ou equiparadas, devidamente documentadas, no âmbito de atividades com dimensão internacional;
  • As deslocações para efeitos de saída do território continental por parte dos cidadãos portugueses com residência noutros países;
  • As deslocações, a título excecional, para efeitos de reunião familiar de cônjuges ou equiparados e familiares até ao 1.º grau na linha reta;
  • As deslocações realizadas por aeronaves, embarcações ou veículos do Estado ou das Forças Armadas;
  • Deslocações para o transporte de carga e correio;
  • As deslocações para fins humanitários ou de emergência médica, bem como para efeitos de acesso a unidades de saúde, nos termos de acordos bilaterais relativos à prestação de cuidados de saúde;
  • As escalas técnicas para fins não comerciais;
  • As deslocações para efeitos de transporte internacional de mercadorias, do transporte de trabalhadores transfronteiriços e de trabalhadores sazonais com relação laboral comprovada documentalmente, da circulação de veículos de emergência e socorro e de serviço de urgência;
  • Deslocações de titulares de cargos em órgãos de soberania no exercício das suas funções;

Ao mesmo tempo, à semelhança do que aconteceu durante o primeiro confinamento, é reposto o “controlo de pessoas nas fronteiras internas portuguesas, terrestres e fluviais“, cabendo ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e à Guarda Nacional República (GNR) fazer cumprir a medida. Nesse sentido fica “proibida a circulação rodoviária nas fronteiras internas terrestres”, à exceção “do transporte internacional de mercadorias, do transporte de trabalhadores transfronteiriços e da circulação de veículos de emergência e socorro e de serviço de urgência”, aponta o Governo.

Ao mesmo tempo, é “suspensa a circulação ferroviária entre Portugal e Espanha”, sendo que de fora fica também o transporte de mercadorias, bem como o transporte fluvial entre Portugal e Espanha. De sublinhar que estas normas, não impedem os cidadãos nacionais de entrarem em Portugal, assim como os cidadãos estrangeiros de sair. Haverá, por isso, pontos de passagem autorizados na fronteira terrestre que serão conhecidos mediante um despacho do ministro da Administração Interna.

Este decreto-lei abre ainda a porta à “suspensão de voos com origem e destino em determinados países”, tal como sucedeu com o Reino Unido e mais recentemente com o Brasil, bem como à imposição de um período de confinamento obrigatório à chegada a território nacional aos passageiros provenientes de determinados países.

(Notícia atualizada ás 11h45)

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Podcast PLMJ #6: Entrevista com AnaMary Bilbao, artista representada na coleção da Fundação PLMJ

  • BRANDS' ECO
  • 29 Janeiro 2021

O 5º episódio do Podcast PLMJ é protagonizado por AnaMary Bilbao, uma das artistas representadas na coleção da Fundação PLMJ.

AnaMary Bilbao é uma das artistas representadas na coleção da Fundação PLMJ e finalista do Prémio Novos Artistas da Fundação EDP 2019. Neste episódio do podcast da PLMJ, a artista fala sobre o seu percurso criativo e acerca do caminho da digitalização crescente do acesso à arte. A conversa é moderada pelo curador da Fundação PLMJ, João Silvério.

Acompanhe o episódio 5: Entrevista com AnaMary Bilbao, artista representada na coleção da Fundação PLMJ.

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente a arranca já com um conjunto de reflexões que acompanham os últimos desenvolvimentos legislativos no contexto da pandemia e analisam tendências setoriais.

Reveja aqui os episódios anteriores do Podcast PLMJ.

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Lucro da cadeia de moda H&M cai 91% para 123 milhões

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O lucro da H&M caiu 91% para 123 milhões de euros em 2020, devido à pandemia de Covid-19. Todavia, as vendas online aumentaram 39% e representaram 28% das vendas totais.

O lucro da H&M caiu 91% no ano fiscal concluído em novembro de 2020, para 123 milhões de euros, devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta sexta-feira a cadeira de moda sueca.

A evolução do resultado foi influenciada de forma muito negativa pela pandemia, especialmente no segundo trimestre, com as lojas fechadas na maioria dos mercados (até 80% do total)”, refere o Balanço e Contas do principal.

A empresa sueca reportou um resultado operacional líquido (Ebit) de 306 milhões de euros, o que representa uma queda de 82% em termos homólogos.

As vendas, por sua vez, cifraram-se em 18.474 milhões de euros, uma queda de 18% em moedas locais, apesar das vendas online terem aumentado 39%, face ao ano fiscal anterior e a representarem 28% das vendas totais.

A empresa sueca destaca a adoção de “medidas rápidas e contundentes” promovidas durante o exercício na compra de mercadorias, investimentos, rendas, pessoal e financiamento, bem como o enfoque no negócio digital, que compensaram as perdas.

A presidente executiva da H&M, Helena Helmersson, explicou que “um crescimento forte, a melhoria nas vendas online e um bom controlo de custos” levaram a que a multinacional conseguisse fechar o ano fiscal de 2020 com lucros e uma sólida posição financeira”.

A gestora adiantou também que as medidas adotadas para enfrentar os efeitos negativos das restrições e encerramentos atuais serão prolongadas.

No quarto trimestre do exercício, o lucro atingiu os 245 milhões de euros, menos 41% em termos homólogos e o Ebit recuou 28% para 385 milhões de euros.

Em 30 de novembro do ano passado, a H&M possuía uma liquidez de 1.634 milhões de euros, sendo que a soma desta e das linhas de crédito não utilizadas quase duplicou para 4.602 milhões de euros.

A H&M considera que há “boas perspetivas” para a distribuição de dividendos, mas a incerteza sobre as consequências da pandemia de Covid-19 vai atrasar a decisão por alguns meses.

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Estender moratórias “é fundamental para travar bomba atómica”, diz APEMIP

O presidente da associação que representa as imobiliárias defende a extensão das moratórias para lá de setembro e que essa decisão "deve ser tomada e anunciada o quanto antes".

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP) defende que o período de adesão às moratórias deve ser estendido para além de setembro, prazo atualmente previsto, sob pena de provocar uma “verdadeira bomba atómica na economia”. Luís Lima entende que se deve dar, pelo menos, mais um ano às empresas e as famílias, tal como sugeriu o Presidente da República.

“Perante o cenário atual, é fundamental que seja ponderado o prolongamento das moratórias de crédito por, pelo menos, mais um ano ou até mais tempo, como sugeriu o próprio Presidente da República, sob pena de assistirmos a uma verdadeira ‘bomba atómica’ na economia, por via do incumprimento em massa e do crédito malparado“, afirma Luís Lima, presidente da APEMIP, em comunicado enviado esta sexta-feira.

O representante das empresas imobiliárias, que tem vindo a deixar vários alertas para as dificuldades no setor, defende que a decisão de estender as moratórias “deve ser tomada e anunciada o quanto antes”. Isto porque, antecipa, “mais cedo ou mais tarde esta bomba explodirá” e, nesse sentido, “é importante que as pessoas e empresas tenham tempo para conseguirem criar o seu bunker de forma a sofrerem a mínima ‘radioatividade’ possível”.

Relativamente ao setor imobiliário, Luís Lima afirma que, “na pior das hipóteses”, o fim das moratórias em setembro poderá resultar num “cenário de incumprimento do pagamento das prestações de crédito à habitação”, o que poderá levar a um “aumento significativo da oferta imobiliária”, visto que as pessoas poderão ter “urgência e necessidade” em vender os seus imóveis para arranjarem liquidez. Mas, como explicou Luís Lima ao ECO, “não é essa oferta que se quer” porque se iria entrar num “colapso total” em que “as coisas não teriam qualquer valor”.

Perante todas estas complicações, o presidente da APEMIP defende a extensão das moratórias “durante o tempo necessário para que se permita uma total recuperação económica”. E, durante o período em que estas vigorarem, “poder-se-á encontrar um meio-termo para que pessoas e empresas possam assumir pelo menos o valor dos juros”, conclui.

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Circulação entre concelhos volta a estar proibida no fim de semana

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2021

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o decreto que regulamenta a prorrogação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República devido à pandemia de Covid-19.

A proibição de circulação entre concelhos volta a aplicar-se entre as 20h00 desta sexta-feira e as 05h00 de segunda-feira no território continental, com algumas exceções previstas, no âmbito das medidas de combate à pandemia. O Conselho de Ministros decidiu na quinta-feira manter em vigor todas as restrições impostas em Portugal continental nos últimos 15 dias ao funcionamento do comércio não essencial, da restauração e relativas à proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana.

Nós não estamos em condições de aliviar de forma nenhuma qualquer medida restritiva que exista”, afirmou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros. Assim, mantém-se a proibição de circulação entre concelhos entre as 20h00 de sexta-feira e as 05h00 de segunda feira nos três próximos fins de semana.

Continuará também em vigor o dever geral de recolhimento domiciliário, em que “a regra é ficar em casa”, salvo deslocações autorizadas, nomeadamente para comprar bens e serviços essenciais, desempenho de atividades profissionais quando não é possível o teletrabalho (que é obrigatório sempre que as funções em causa o permitam, sem necessidade de acordo das partes) e a prática de atividade física e desportiva ao ar livre, entre outras restrições.

Portugal continental entrou à meia-noite de 15 de janeiro num novo confinamento geral, com os cidadãos sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário, mas mantendo as escolas com o ensino presencial. A medida relativa aos estabelecimentos de ensino foi depois revertida e a atividade letiva foi suspensa no dia 22, por duas semanas.

Já esta quinta-feira, o Governo anunciou que a partir de dia 8 de fevereiro as atividades letivas serão retomadas em regime não presencial.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o decreto que regulamenta a prorrogação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República devido à pandemia de Covid-19.

O novo estado de emergência estará em vigor entre a meia-noite de domingo e as 23h59 de 14 de fevereiro.

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