Por causa do frio, há 11 anos que não se consumia tanta eletricidade num único dia

No gás natural, a REN também registou novos máximos históricos: na emissão diária do terminal de GNL de Sines para a rede e na exportação para Espanha, através da interligação de Campo Maior.

Os números mais recentes divulgados pela REN revelam que a onda de frio que tem vindo a atingir Portugal desde o início do ano levou os consumos de gás natural e eletricidade em Portugal a superar máximos históricos consecutivos tanto a nível de pico como de consumo diário.

No que diz respeito ao consumo diário, o consumo máximo de energia elétrica em cada dia foi subindo ao longo da vaga de frio, fixando-se no dia 13 de janeiro em 1.85,1 GWh, superando assim um máximo já com 11 anos, datado de 11 de janeiro de 2010.

O maior pico de consumo de sempre registou-se no dia 12 às 19h30 atingindo 9887 MW, ultrapassando o anterior pico, de 9.403 MW, igualmente de 2010.

Em relação ao gás natural, diz a REN que no dia 5 de janeiro se atingiu o consumo diário mais elevado de sempre, com 299,1 GWh, ultrapassando o anterior máximo de 269,9 GWh ocorrido em 5 de dezembro de 2017.

No mesmo dia, às 20500 atingiu-se o pico de consumo mais elevado de sempre com 14.874 MW, quando o anterior máximo era de 13.539 MW ocorrido em 7 de janeiro de 2020.

Ainda no gás natural de referir novos máximos históricos, no dia 5 de janeiro, na máxima emissão diária do terminal de GNL de Sines para a rede e no dia 8 de janeiro na exportação para Espanha, através da interligação de Campo Maior”, rematou a REN.

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Crédito ao consumo trava para 500 milhões com o agudizar da pandemia

Descida no crédito para compra de automóvel explica novo travão na evolução do crédito ao consumo em novembro. Foram concedidos 503 milhões de euros pelos bancos e financeiras.

A concessão de crédito ao consumo travou em novembro pelo segundo mês. Os bancos e as financeiras disponibilizaram 503 milhões de euros em empréstimos aos consumidores, num mês marcado por um aperto das restrições à circulação por causa da pandemia. A evolução negativa do crédito automóvel ajuda a explicar esta descida.

De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os portugueses procuraram financiamento, junto dos bancos e das financeiras, de perto de 503,1 milhões de euros para fins de consumo. Trata-se de uma descida de 5,9% (ou menos 31,8 milhões) face a outubro, que também já tinha registado um travão.

Novembro foi segundo mês de quebra dos novos montantes de crédito ao consumo, perante novas restrições para controlar a pandemia, numa evolução descendente que surge após a recuperação registada no meses de verão face impacto do primeiro confinamento que se fez sentir na concessão em abril e maio.

Fonte: Banco de Portugal

Naquele mês, os portugueses contrataram cerca de 200 milhões de euros em crédito automóvel, o que corresponde a uma redução de 15,6% (-37 milhões de euros) face ao mês anterior, em que foram concedidos 237,3 milhões de euros.

A redução da concessão foi transversal às diferentes tipologias de financiamento automóvel e atingiu tanto as viaturas novas como as usadas. Para a aquisição de carros usados, os portugueses financiaram-se em 136,5 milhões de euros em novembro, menos 16,6%. Os novos empréstimos para a compra de carros atingiram os 63,8 milhões, menos 13,5%, segundo os dados do supervisor bancário.

Já os outros créditos pessoais — que incluem financiamentos para a aquisição de férias, artigos para o lar e eletrodomésticos, por exemplo — aumentaram e compensaram, ainda que de forma muito ligeira, a descida no crédito automóvel. Os bancos e as financeiras concederam quase 199 milhões de euros com esse fim, tratando-se de uma subida de 1,4% face ao mês anterior.

Também os financiamentos com cartões de crédito subiram. Foram mais 4,8% de novos montantes disponibilizados, atingindo um total de 95,5 milhões de euros, o valor mais elevado desde o início da pandemia.

Por fim, o crédito pessoal com finalidade de educação, saúde, entre outros, registou a quebra mais acentuada, embora seja a finalidade com menos peso no total do crédito ao consumo: caiu 18,6% para 8,4 milhões.

(Notícia atualizada às 11h34)

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Com metade dos alojamento fechados, receitas turísticas caíram 80% em novembro

Portugal recebeu apenas 440.700 mil hóspedes em novembro, o equivalente a uma redução de 76%. Cenário de perdas foi comprovado pela descida de 80% nas receitas.

Novembro continuou a mostrar o mau momento que o turismo está a passar devido à pandemia. Por Portugal passaram apenas 440.700 hóspedes, o equivalente a uma redução de 76% face ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Cerca de metade dos alojamentos turísticos estiveram de portas fechadas ou sem receber hóspedes, fazendo com as receitas tenha caído 80%.

Em novembro, os alojamentos turísticos nacionais receberam 440.700 hóspedes, num total de 1,1 milhões de dormidas, o equivalente a diminuições de 76% e 74,2%, respetivamente. Estas variações são ainda mais acentuadas do que as vistas em outubro (-58,8% e -61,5%, respetivamente), refere o INE.

A maioria das dormidas registadas em novembro diz respeito a residentes em Portugal — 539.700 –, em comparação com as apenas 400.500 dos turistas estrangeiros. Mas tanto o número de turistas nacionais como de internacionais caiu: os residentes no país diminuíram 62,7% para 289.900, enquanto os estrangeiros foram menos 88%, totalizando 117.200.

Estes números refletem bem o fraco momento que o turismo está a passar devido à pandemia. De acordo com os dados do INE, em novembro, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,4% em outubro).

Evolução das dormidas nos estabelecimentos turísticos nacionais até novembro

Dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico. Fonte: INE, taxas de variação homóloga mensaisINE

O Alentejo continuou a apresentar a menor diminuição no número de dormidas face ao mês homólogo, refere o INE, com uma descida de 55,4% (-49,7% no caso dos residentes e -68,4% no de não residentes). A maior descida, por sua vez, foi observada na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte, onde as dormidas caíram 83,6% e 77%, respetivamente.

No que diz respeito aos turistas estrangeiros, a diminuição dos principais mercados emissores supera os 60%. Aqui, destacam-se os hóspedes irlandeses e norte-americanos, que diminuíram 89,7% e 87,4%, respetivamente. Destaque ainda para os chineses (-81,9%).

(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)

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AHRESP critica falta de reforço no apoio às rendas comerciais

A associação que representa a hotelaria e restauração sinaliza que "é incomportável suportar a totalidade" do custo das rendas comerciais, tendo em conta as restrições em vigor.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) aplaude as medidas anunciadas pelo ministro da Economia para fazer face ao impacto de um novo confinamento, mas lamenta a falta de reforço ao apoio às rendas comerciais, já que assegurar a totalidade destes custos é “incomportável”.

“Lamentamos que o apoio às rendas comerciais não tenha sido objeto de reforço, à semelhança do Programa Apoiar, uma vez que é incomportável suportar a totalidade deste relevante custo de atividade das nossas empresas, estando as mesmas legalmente impedidas de funcionar”, aponta a AHRESP, em comunicado.

Por outro lado, a associação “congratula-se com o anunciado reforço e aceleração da atribuição do fundo perdido, bem como o alargamento, já comunicado em 2020, aos empresários em nome individual sem contabilidade organizada e às médias empresas”. Quanto aos apoios ao emprego também anunciados, a AHRESP sinaliza a necessidade de regulamentação.

O país entrou num novo confinamento geral esta sexta-feira. Os estabelecimentos da área da restauração só podem continuar em funcionamento para servirem refeições para fora, por take-away, ao postigo ou para as entregas de refeições ao domicílio. O Governo anunciou um conjunto de medidas para mitigar o impacto destas restrições, que incluem o acesso automático ao lay-off simplificado para as empresas forçadas a encerrar.

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Estado recebe 207 candidaturas para ir para o interior

O Governo já recebeu 207 candidatos para ir para o interior num total de 740 pessoas. Até ao momento, já foram aprovadas 77 candidaturas, beneficiando a transição de 222 pessoas para o interior.

O Ministério da Coesão Territorial anunciou esta sexta-feira que a medida Emprego Interior MAIS recebeu 207 candidaturas, que inclui 740 pessoas que querem ir para o interior. O apoio monetário para estes trabalhadores já foi entregue a 222 pessoas de 77 candidaturas aprovadas até ao momento.

“Foram já aprovadas 77 candidaturas, o que significa que 222 pessoas já se mudaram para territórios do interior e beneficiaram deste apoio do Estado”, escreve o gabinete da ministra Ana Abrunhosa, assinalando que “o montante de apoios aprovado ascende a 230 mil euros”.

Além dos trabalhadores que se candidatam, esta contabilização inclui também os elementos do agregado familiar. Ao todo, até ao final de dezembro, foram recebidas 207 candidaturas que correspondiam a 740 pessoas.

A maioria dos candidatos (quase metade) corresponde a jovens até aos 34 anos com habilitações de nível superiores (64%). 50 das 77 candidaturas aprovadas referem-se a trabalhadores por conta de outrem. 22 referem-se à criação do próprio emprego e as restantes cinco a pessoas que criaram empresas.

Em termos territoriais, as candidaturas aprovadas até ao momento foram essencialmente para o Centro interior (52), seguindo-se o Norte (15), o Alentejo (10) e apenas uma para o Algarve.

Esta medida de apoio à mudança para o interior é operacionalizada pelo IEFP onde continuam abertas as candidaturas. Para ser beneficiário tem de ser desempregado ou estar à procura de um novo emprego, conseguindo garantir um contrato a tempo completo (com duração mínima superior a um ano) ou a criação do próprio emprego.

“O apoio financeiro direto a conceder a quem se mudar para o interior será de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar (até ao limite de 1.316 euros)”, explica o Ministério, acrescentando que “será ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros”.

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Suspensão de voos de Portugal e América do Sul necessária para proteger vacinação justifica Governo britânico

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

A partir desta sexta-feira, voos diretos de Portugal e de 14 países da América do Sul, bem como de Cabo Verde, estão suspensos devido ao risco apresentado pela nova estirpe do SARS-CoV-2.

O Reino Unido suspendeu voos de Portugal e da América do Sul para evitar que a nova estirpe detetada de covonavírus no Brasil afete o programa de vacinação contra a covid-19 do Reino Unido, justificou o ministro dos Transportes britânico.

O ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse, em declarações à estação Sky News, que os cientistas “não estão a dizer que as vacinas não serão eficazes contra a estirpe”, mas que é preciso tomar precauções o mais rápido possível.

Estamos nesta etapa avançada (da vacinação), chegamos tão longe, conseguimos dar vacinas a três milhões de britânicos, o que é mais do que França, Espanha, Alemanha, Itália juntas, e não queremos tropeçar neste momento”, vincou.

A partir desta sexta-feira, voos diretos de Portugal e de 14 países da América do Sul, bem como de Cabo Verde, estão suspensos devido ao risco apresentado pela nova estirpe do SARS-CoV-2, o vírus na origem da covid-19, identificada no Brasil.

Com menos de 12 horas de aviso, o Governo britânico anunciou na quinta-feira a “decisão urgente” de proibir viagens para o Reino Unido de vários países da América do Sul, de Portugal e de Cabo Verde, para evitar a propagação de uma nova estirpe do SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19.

Desde as 04h00 de hoje, os passageiros que estiveram ou transitaram pela Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Cabo Verde, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Panamá, Portugal (incluindo Madeira e Açores), Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela nos últimos 10 dias não serão autorizados a entrar no Reino Unido.

Cidadãos britânicos e irlandeses ou nacionais de países terceiros com direito de residência no Reino Unido, tal como emigrantes portugueses a viver no país, poderão entrar, mas serão obrigados ficar em quarentena durante 10 dias.

O Governo britânico vai também suspender as ligações aéreas com países daquela lista com voos diretos para Inglaterra, nomeadamente a Argentina, Brasil, Cabo Verde e Portugal, incluindo Madeira e Açores.

O último balanço diário da pandemia Covid-19 no Reino Unido, divulgado já durante a noite de quinta-feira, foi de 1.248 mortes e 48.682 novos casos. No total, o país contabilizou até agora 86.015 mortes confirmadas de Covid-19, sendo o quinto número mais alto a nível mundial, atrás dos EUA, Índia, Brasil e México.

O Reino Unido foi o primeiro país a arrancar com um programa de imunização da população, em 08 de dezembro, tendo até quinta-feira inoculado perto de três milhões de pessoas.A meta é vacinar os grupos mais vulneráveis, cerca de 15 milhões de pessoas, até 15 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Trump mete Xiaomi na lista negra e “apaga” cinco mil milhões da fortuna dos donos da tecnológica chinesa

  • ECO
  • 15 Janeiro 2021

Trump adiciona o fabricante chinês de smartphones à lista negra dos EUA. O CEO da tecnológica perdeu quase 3 mil milhões de dólares e viu as ações cair 10%.

A decisão da administração de Trump de colocar a Xiaomi na lista negra está a custar grandes fortunas aos seus executivos. De acordo com o Índice Bloomberg Billionaires, o CEO da Xiaomi, Lei Jun, perdeu quase 3 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros), enquanto as ações caíam 10%, avança a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), esta sexta-feira.

Para além das perdas de Lei Jun, também o vice-presidente da empresa, Lin Bin, perdeu 1,5 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros), enquanto a fortuna de pelo menos cinco outros acionistas bilionários também caiu.

A administração Trump colocou na lista negra o fabricante chinês de smartphones por alegadas ligações militares juntamente com a terceira maior companhia petrolífera do país. Com esta decisão, a Xiaomi entrou, em conjuntou com outras oito empresas, na lista de entidades que deixaram de contar com o investimento de organizações e indivíduos do mercado norte-americano.

“Esta medida da administração Trump demonstra mais uma vez ao público, à comunidade internacional, o que é unilateralismo, duplicidade de critérios e bullying”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, numa reunião em Pequim na sexta-feira. “O lado chinês tomará as medidas necessárias para assegurar os direitos e interesses legítimos e legais das empresas chinesas, e nós estaremos ao lado das nossas empresas, para proteger, para defender os seus direitos e interesses de acordo com a lei”.

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Empresas recebem no máximo 1.158 euros por estágio no Ativar.pt

Governo atualiza valores. O IEFP comparticipa até 80% do valor da bolsa dos estagiários no Ativar.pt, e até 95% no caso das entidades que integram estagiários com majoração.

O Governo já regulamentou os custos unitários e a fórmula de cálculo para a medida Estágios Ativar.pt, que se destina à inserção de jovens no mercado de trabalho ou à reconversão profissional de desempregados. As bolsas dos estágios vão desde os 581,11 euros aos 1.219,16 euros, sendo que o IEFP comparticipa depois uma parte. As empresas recebem, no máximo, 1.158,21 euros por estágio.

“Importa proceder à definição dos custos unitários e respetiva fórmula de cálculo para a medida Estágios Ativar.pt, aplicáveis também à medida Estágios de Inserção para pessoas com deficiência e incapacidade”, lê-se no despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República, que produz efeitos a 28 de agosto de 2020.

Para o cálculo dos custos unitários, por mês e estágio, é tido em conta a bolsa mensal, a refeição (valor fixado para o subsídio de refeição da generalidade dos trabalhadores que exercem funções públicas), o transporte (que é 10% do valor do IAS) e o seguro de acidentes de trabalho (3,296% do valor do IAS).

Desta forma, para as entidades que integram estagiários sem majoração, a comparticipação de 80% das bolsas traduz-se num apoio do IEFP entre 464,89 euros a 956,36 euros. Já para aquelas com comparticipação de 75%, o valor máximo são 903,70 euros, enquanto para aquelas a quem o IEFP paga 65% o máximo é de 798,38 euros.

Por outro lado, para as entidades que integram estagiários com majoração, está prevista a comparticipação de 95% do valor da bolsa, variando entre 574,59 euros e 1.158,21 euros. Para as entidades com uma comparticipação de 90%, o máximo é de 1.105,55 euros, e para aquelas que recebem 80% é 1.000,24 euros.

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Cruzeiros continuam sem poder desembarcar em Portugal

Pela 15.ª vez é prolongada a proibição de desembarque de navios cruzeiros até final de janeiro e as restrições aos voos de fora da UE também foram prolongadas.

As restrições definidas em maio para o desembarque de navios cruzeiros foram estendidas novamente, desta vez até ao final do janeiro. De acordo com o despacho publicado em Diário da República, a medida poderá voltar a ser prorrogado, caso a evolução da pandemia assim o exija.

“O presente despacho produz efeitos a partir das 00h00 horas do dia 16 de janeiro de 2021 e até às 23h59 horas do dia 30 de janeiro de 2021, podendo a interdição ser objeto de nova prorrogação, em função da evolução da situação epidemiológica em Portugal”, pode ler-se no diploma.

Esta é 15.ª vez que a interdição do desembarque e licenças para terra de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais é prolongada. A justificação continua a ser a mesma: conter as possíveis linhas de contágio, de modo a controlar a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e da doença Covid-19, já que “a situação epidemiológica, quer em Portugal quer noutros países, permanece por controlar”

No despacho, o Executivo recorda que “a experiência internacional demonstra o elevado risco decorrente do desembarque de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro”.

No entanto, os cruzeiros podem atracar nos portos nacionais para espera (em lay-up), mas com condicionalismos, e para reparação naval.

Prolongadas restrições aos voos de fora da UE

Portugal prorrogou também até final do mês as medidas restritivas relativas ao tráfego aéreo de fora da União Europeia e do Espaço Schengen, que continua limitado a “viagens essenciais” e sujeito a teste prévio negativo à Covid-19. Uma medida que pode ser revista “em qualquer altura, em função da evolução da situação epidemiológica”.

Assim, o tráfego aéreo com destino e a partir de Portugal continental de todos os voos de e para os países que integram a União Europeia vai continuar autorizado, assim como dos países associados ao Espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça).

Segundo o documento, são consideradas viagens essenciais as que permitam o trânsito ou a entrada ou saída de Portugal de cidadãos nacionais da União Europeia, nacionais de Estados associados ao Espaço Schengen e membros das respetivas famílias e nacionais de países terceiros com residência legal num Estado-Membro da União Europeia. São igualmente abrangidos os cidadãos nacionais de países terceiros em viagem por motivos profissionais, de estudo, de reunião familiar, por razões de saúde ou por razões humanitárias.

O despacho permite ainda os voos “de e para países e regiões administrativas especiais, cuja situação epidemiológica esteja de acordo com a Recomendação (UE) 2020/2169 do Conselho, de 17 de dezembro de 2020, respeitantes a ligações aéreas com Portugal” e constantes de uma lista anexa ao documento, bem como “a entrada em Portugal de residentes em países que figuram da lista, sempre que tenham efetuado unicamente trânsitos ou transferências internacionais em aeroportos situados em países que não constem da mesma”. Integram esta lista a Austrália, China, Coreia do Sul, Japão, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Tailândia e Uruguai e as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

Contudo, os passageiros dos voos essenciais, à exceção das crianças que não tenham completado dois anos de idade, só embarcam mediante apresentação de comprovativo de realização de teste laboratorial (RT-PCR) para rastreio da infeção por SARS-CoV-2, com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque.

Os cidadãos que, excecionalmente, desembarquem sem o comprovativo do teste negativo devem realizar obrigatoriamente o teste à chegada a território nacional, a expensas próprias, em local próprio no interior do aeroporto, onde aguardarão até à notificação do resultado negativo. “Aos cidadãos estrangeiros que embarquem sem o teste (…), ou cujo trânsito obrigue a abandonar as instalações aeroportuárias, deve ser recusada a entrada em território nacional, sendo a companhia objeto do processo de contraordenação”, acrescenta.

(Notícia atualizada com o prolongamento das restrições aos voos de fora da UE)

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IGCP autorizado a emitir certificados de aforro e CTPC até 6 mil milhões

O IGCP está autorizado pelo Governo a emitir Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) até seis mil milhões de euros.

A agência que gere a dívida pública está autorizada a emitir empréstimos públicos até um valor líquido global de 19,9 mil milhões de euros, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira em Diário da República. Dentro deste limite, o IGCP está também autorizado a emitir Certificados de Aforro (CA) e de Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) até ao montante máximo de seis mil milhões de euros.

Esta resolução do Governo dá autorização ao IGCP para concretizar o seu programa de financiamento em 2021, tendo em conta os limites de endividamento fixados pelo Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Em termos líquidos (diferença entre a dívida contraída e a dívida reembolsada), o máximo de endividamento é de 19,9 mil milhões de euros.

Dentro deste limite, a agência liderada por Cristina Casalinho tem várias formas de financiamento com prazos e “públicos-alvo” diferentes. Para os portugueses “normais” o IGCP reserva os Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) com um montante máximo de emissão de seis mil milhões de euros.

Para os mercados financeiros há um máximo de 20 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) — dívida de médio e longo prazo –, dos quais o IGCP estima utilizar 15 mil milhões de euros. Na dívida de curto prazo (Bilhetes do Tesouro), o máximo é de 13 mil milhões de euros, mas em termos líquidos não haverá um aumento uma vez que haverá novas emissões que servirão apenas para reembolsar títulos que atingem a maturidade.

A resolução autoriza ainda a “emissão de outra dívida pública fundada, denominada em moeda com ou sem curso legal em Portugal”, até 17 mil milhões de euros, e a emissão de dívida pública flutuante até ao limite de 25 mil milhões de euros.

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Biden vai propor novo plano de estímulos de 1,9 biliões para acelerar vacinação e apoiar economia

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

Joe Biden pretende aplicar 1,9 biliões de dólares em medidas de aceleração da vacinação para a Covid-19 e assistência financeira a indivíduos e empresas.

O presidente eleito norte-americano, Joe Biden, anunciou que pretende aplicar 1,9 biliões de dólares em medidas de aceleração da vacinação para a Covid-19 e assistência financeira a indivíduos e empresas.

Joe Biden, cuja tomada de posse está marcada para 20 de janeiro, irá apresentar no seu Estado natal do Delaware na noite de quinta-feira (madrugada em Lisboa) o “Plano de Resgate Americano”, que será posteriormente sujeito a aprovação no Congresso.

O plano contempla pagamentos adicionais de 1.400 dólares para a maioria dos norte-americanos, que juntamente com outros de 600 dólares já aprovados pelo Congresso elevam a ajuda financeira total a 2000 dólares por pessoa.

O Congresso norte-americano aprovou no final de 2020 um outro pacote de estímulo financeiro de 900 mil milhões de dólares, que incluiu pagamentos diretos de 600 dólares a todos os norte-americanos com um rendimento anual inferior a 75.000 dólares.

Em linha com uma antiga pretensão de responsáveis do partido democrata, o plano de Biden prevê que o salário mínimo seja aumentado para 15 dólares por hora, e expandido o acesso a dispensas laborais remuneradas.

De acordo com responsáveis da equipa de Biden, outra medida prevista é o aumento temporário do subsídio de desemprego e uma moratória, até setembro, nos despejos e execução de hipotecas de habitação.

As medidas serão financiadas com recurso a endividamento do Estado, somando-se a biliões já aplicados em medidas de estímulo e aquisição de vacinas para a Covid-19.

Responsáveis da equipa de Biden defenderam à AP que as atuais baixas taxas de juro tornam gerível o endividamento adicional.

Os Estados Unidos são o país com maior número total de casos de Covid-19, mais de 23 milhões, que causaram 386 mil vítimas mortais.

O plano de Biden, que o líder democrata no Senado Chuck Schumer disse que será o primeiro na ordem de trabalhos do Congresso após a investidura do novo presidente, contempla no total 1,5 biliões para apoio financeiro e assistência aos Estados e localidades e ainda 400 mil milhões para o combate à pandemia.

Em relação à vacinação, o objetivo é atingir 100 milhões de vacinas nos primeiros 100 dias da nova administração, de forma a permitir reabrir a maioria das escolas até à Primavera, estando inscritos no plano 130 mil milhões para apoiar o acesso seguro de pessoal escolar aos estabelecimentos de ensino.

Para a vacinação, estão previstos 20 mil milhões de dólares, que se somam a 8 mil milhões de dólares já aprovados no Congresso.

Entre as medidas já propostas por Biden está a criação de centros de vacinação em massa e de unidades móveis a ser enviadas para os locais de mais difícil acesso.

O plano de Biden prevê ainda o aumento do pessoal médico em 100 mil pessoas e dos testes de despistagem de Covid-19, para o que estão reservados cerca de 50 mil milhões de dólares.

Outra proposta é o aumento do sequenciamento genético, para apoiar a deteção de novas estirpes de Covid-19, incluindo as mais contagiosas identificadas no Reino Unido e África do Sul.

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Mais de 246 mil eleitores pediram para votar já este domingo

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2021

Mais de 246 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em quatro dias, segundo o Ministério da Administração Interna.

Mais de 246 mil pessoas pediram o voto antecipado em mobilidade para as presidenciais de 24 de janeiro em quatro dias, disse esta sexta-feira à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

Até às 23:59 de quinta-feira, prazo final para o voto antecipado, inscreveram-se 246.876 eleitores. Segundo o MAI, estes ainda não são números finais, dado que ainda falta contabilizar as inscrições por correio.

Em tempos de pandemia de Covid-19 e numa altura em que se espera novo confinamento geral, batem-se diariamente recordes na inscrição para o voto antecipado.

Nas últimas legislativas, em 2019, 50.638 eleitores votaram antecipadamente, tendo-se inscrito 56.287.

Os portugueses que não puderem votar nas presidenciais em 24 de janeiro podiam pedir, até às 24:00 de quinta-feira, para exercer o seu direito de voto uma semana antes, numa mesa de voto à sua escolha.

O voto antecipado em mobilidade foi alargado por lei aprovada no parlamento e pode ser feito na sede de cada um dos 308 concelhos do país, em vez da sede do distrito, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas de 2019.

Assim, quem queria antecipar o seu voto para 17 de janeiro, numa qualquer câmara municipal, em vez do dia 24 na mesa de voto onde está inscrito, tinha de pedir até ao fim do dia de quinta-feira.

O pedido era feito por via eletrónica junto do Ministério da Administração Interna no “site” www.votoantecipado.mai.gov.pt ou através de correio normal.

No dia 17 de janeiro, o eleitor vota na mesa do local escolhido, de acordo com a alteração à lei, aprovada em outubro pela Assembleia da República.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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