Estado não deve interferir na venda de barragens da EDP no Douro

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2021

Grupo de trabalho que analisa a venda das 6 barragens da EDP concluiu que não compete ao Estado interferir na relação comercial entre as entidades privadas, nomeadamente na configuração da operação.

O grupo de trabalho que analisa a venda das seis barragens transmontanas concluiu que não compete ao Estado interferir na relação comercial entre as entidades privadas, nomeadamente na configuração da operação e respetivo enquadramento fiscal, foi esta quarta-feira anunciado.

Assim, o enquadramento correto e o cumprimento das obrigações tributárias decorrentes de uma operação desta natureza não obrigam as entidades privadas a uma validação prévia por qualquer entidade do Estado, nomeadamente pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”, indica em comunicado o grupo trabalho, constituído por representantes dos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Modernização do Estado, de organismos da administração pública e dos municípios de Alijó, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo e Vila Flor.

Estes concelhos são abrangidos pela operação de venda dos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos relativos aos aproveitamentos hidroelétricos de Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor, Feiticeiro e Foz Tua.

Segundo o mesmo grupo, é importante notar “que a AT pode, no âmbito das suas competências, exercer as prerrogativas de fiscalização, a par dos restantes instrumentos que o Estado se encontra dotado para avaliar as opções que os privados tomaram quanto à configuração jurídica adotada para qualquer operação”.

O grupo decidiu indagar junto dos operadores privados as concretas intenções e objetivos de desenvolvimento a curto, médio e longo prazo, de forma a equacionar eventuais benefícios que possam advir para os municípios abrangidos, bem como analisar os mecanismos adequados para dar cumprimento à norma aprovada no âmbito do Orçamento de Estado de 2021.

Neste contexto, o Grupo de Trabalho convidou os representantes da EDP Produção e da nova empresa gestora destes Aproveitamento Hidráulicos (a francesa Engie) a participar/estar presentes na reunião.

“Estas empresas manifestaram disponibilidade para assumir dois importantes objetivos para a região: a nova empresa compromete-se a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e ambiental da região; e a EDP Produção compromete-se a manter-se presente no território durante 24 meses, para assegurar que a transição seja adequada e não disruptiva”, indica o mesmo documento.

Aproveitando o momento criado para a reflexão conjunta sobre este território e as condições extraordinárias de financiamento comunitário suscitadas pelo momento atual, o Grupo de Trabalho propôs-se desenhar “Um Roteiro para o Desenvolvimento Sustentável da Região”, estudando e propondo as medidas e projetos estruturantes que a região necessita em termos ambientais e de ação climática.

“No âmbito deste Roteiro serão pensados, desenvolvidos e concretizados projetos que combatam e minimizem o abandono da região, nomeadamente nas áreas da recuperação dos passivos ambientais, da mobilidade sustentável, do combate à pobreza energética, da transição energética, dos biorresíduos do ciclo urbano da água, da proteção da natureza, entre outras que contribuam para um desenvolvimento mais abrangente desta região”, foi ainda decido.

No decurso do mês de janeiro será realizada nova reunião do Grupo de Trabalho, na qual começarão a ser apresentados projetos concretos para integrar esse roteiro, a par de uma análise, em maior detalhe, do atual quadro fiscal.

Na quinta-feira realizou-se em Mogadouro, no distrito de Bragança, a primeira reunião efetiva deste grupo, que foi criado em 14 de dezembro, por despacho conjunto da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, do ministro do Ambiente e da Ação Climática e do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais.

Em 13 de novembro de 2020, foi anunciado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie. A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.

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Grupo francês Carrefour e canadiano Couche-tard negoceiam possível fusão

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2021

As ações do Carrefour dispararam esta manhã na bolsa de Paris, tendo subido 14% e elevado o seu valor na bolsa para bem mais de 14 mil milhões de euros.

O grupo de distribuição francês Carrefour e o Couche-Tard do Canadá anunciaram esta quarta-feira que estão a negociar uma possível fusão, embora tenham salientado que, de momento, as discussões estão numa fase preliminar e não há certeza de um acordo.

Num breve comunicado, o Carrefour disse ter sido contactado com intenções amigáveis pela Couche-Tard “para um projeto de fusão” e que “as discussões são muito preliminares.

A empresa canadiana, por seu lado, confirmou ter iniciado “discussões exploratórias” com vista a “uma potencial transação amigável” cujos termos ainda estão a ser negociados.

“Não pode haver certezas nesta fase de que estas discussões exploratórias resultarão num acordo ou transação”, insistiu o Couche-Tard, que se comprometeu a continuar a informar sobre quaisquer desenvolvimentos.

As ações do Carrefour dispararam esta manhã na bolsa de Paris. Três horas e meia depois do início da sessão, as ações do Carrefour subiam quase 14%, elevando o seu valor na bolsa para bem mais de 14 mil milhões de euros.

O Carrefour tem 12.225 lojas em mais de trinta países em todo o mundo, mas o grosso do seu negócio está concentrado em França e noutros países europeus (particularmente Espanha, Itália e Bélgica), bem como no Brasil.

O Couche-Tard, que é negociado na Bolsa de Toronto, foi avaliado no fecho da sessão de terça-feira em 46,11 mil milhões de dólares canadianos, quase 30 mil milhões de euros.

A empresa canadiana, que tem mais de 14.200 lojas em todo o mundo, está presente principalmente no Canadá e nos Estados Unidos, mas também tem uma atividade significativa noutros continentes.

Na Europa é particularmente forte em vários países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), nos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), bem como na Irlanda e Polónia.

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Rui Rio testa negativo à Covid-19, mas continua em isolamento

  • ECO
  • 13 Janeiro 2021

Presidente do PSD fez teste à Covid-19 e o resultado deu negativo. Ainda assim, vai manter-se em isolamento após contacto com vice-presidente do partido, Salvador Malheiro, que foi infetado.

O presidente do PSD testou negativo à Covid-19. Ainda assim, Rui Rio vai manter a quarentena após ter tido contacto com o vice-presidente do partido, Salvador Malheiro, que foi infetado com o novo coronavírus.

“O resultado do meu teste à Covid-19 deu negativo. De qualquer forma, as normas de segurança em vigor determinam que devo continuar em quarentena até ao 14.° dia após o contacto de risco”, revelou Rui Rio na rede social Twitter. “Como é evidente, cumprirei as regras”, acrescentou o líder social-democrata.

Rui Rio fez o teste após Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD e presidente da câmara municipal de Ovar, ter sido infetado, como o próprio anunciou há três dias na sua conta no Facebook.

O autarca garantiu que seguiu todas as normas, mas admitiu que “em algum momento posso ter falhado” e também está em isolamento.

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Pandemia faz 156 mortos num dia. Portugal passa fasquia dos 500 mil casos de Covid-19

O país ultrapassou os 500 mil casos. Portugal tem um total de 507.108 infetados e 8.236 mortes por Covid-19.

Portugal registou 10.556 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando assim o total de infetados para 507.108, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira. Desde o início da pandemia já morreram 8.236 pessoas com a doença, mais 156 nas últimas 24 horas.

Há mais 4.460 recuperados, num total de 382.544, mas o número não é suficiente para travar a subida dos casos ativos. De momento, estão 116.328 pessoas infetadas, mais 5.940 que no dia anterior.

Apesar da maioria dos casos ativo estar a recuperar em casa, o número de internados continua a aumentar. Nos hospitais estão, atualmente, 4.240 pessoas (mais 197 que na terça-feira), das quais 596 em unidades de cuidados intensivos (menos três).

Boletim de 13 de janeiro

As regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo somam 70% do total de novos casos, tendo registado 3.628 e 3.793 respetivamente. No entanto, foi em Lisboa e Vale do Tejo que morreram mais pessoas por Covid-19 nas últimas 24 horas (67). No Norte morreram 36 pessoas.

O Centro registou 2.136 casos e 36 mortes, o Alentejo 475 e 11 e o Algarve 411 e seis. Nas regiões autónomas não foram registadas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, mas foram confirmados 69 novos casos nos Açores e 44 na Madeira.

O boletim epidemiológico dá conta de mais 5.591 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 130.887 pessoas nesta situação.

Tendo em conta o aumento de casos e mortes, Portugal continental prepara-se para um novo confinamento. O estado de emergência foi renovado até dia 30 de janeiro. Na tarde desta quarta-feira serão conhecidas as novas medidas restritivas.

(Notícia atualizada às 14h43)

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Vigiar jornalistas e segredo de Justiça. Ministério Público agiu contra a lei?

Opiniões do atual e ex-bastonários dividem-se sobre a legalidade da vigilância feita a jornalistas no âmbito de um processo de violação de segredo de Justiça.

As opiniões dividem-se. Legalmente falando, o Ministério Público não agiu contra a lei, ao mandar a PSP vigiar dois jornalistas por suspeitas de violação do segredo de Justiça. Há quem considere que os jornalistas, em primeira mão, estão a cometer um crime e, por isso, devem ser punidos, mas esta medida do DIAP de Lisboa não está conforme a um Estado de Direito, é desproporcionada e atenta a liberdade de imprensa.

Em causa está a ordem do Ministério Público dada à PSP para vigiar dois jornalistas, Carlos Rodrigues Lima, subdiretor da Sábado, e Henrique Machado, ex-jornalista do Correio da Manhã e atualmente editor de Justiça da TVI, por alegada violação de segredo de Justiça.

Luís Menezes Leitão, bastonário da OA, explicou à Advocatus que a situação parece-lhe “extremamente preocupante”, porque pode pôr em causa a liberdade de imprensa que “naturalmente pressupõe o direito de acesso às fontes e o segredo profissional dos jornalistas”.

O atual líder da OA sublinha ainda que “sendo o juiz de instrução o juiz das liberdades e direitos fundamentais das pessoas no âmbito do processo penal, dificilmente se pode admitir que diligências policiais dessa natureza ocorram sem qualquer controlo por parte do juiz de instrução”, acrescentou o bastonário.

"Andam a ver muitos filmes policiais e não era necessário seguir jornalistas para obter o resultado. Aqui há desrespeito da regra da proporcionalidade e por isso parece-me censurável o que foi feito. Cheira a intimidação mesmo que essa não fosse a intenção.”

José Miguel Júdice

Ex-bastonário da Ordem dos Advogados

Já outro advogado — que preferiu o anonimato mas que também ele desempenhou cargos de liderança na OA — considera que o artigo 38º da CRP pode estar aqui em causa, mas a verdade é que “os jornalistas violaram alegadamente a lei”. Mas, em contrapartida admite que a lei 5 de 2002 não prevê a possibilidade de vigilância com captação de imagens para casos de violação de segredo de justiça. E, mesmo que comportasse, deveria ser validado por juiz de instrução, que não foi”.

Já o ex-bastonário da OA, José Miguel Júdice, considera que “a comunicação social, de um modo geral, aceitou usar informação que sabia ser obtida de pessoas que estavam a violar o segredo de Justiça. Depois aceitaram publicar informações que violavam de forma grave direitos fundamentais de cidadãos ou que tinham origem em furto de documentos cobertos por segredo profissional, como aconteceu no caso do Rui Pinto. Agora não é possível pensar que o génio volte a entrar para a garrafa. E não é possível que achem bem quando são os outros e mal quando são eles”, disse o fundador da PLMJ, o maior escritório de advogados português.

Fazendo uma análise da “legalidade estrita do Código de Processo Penal, do Código Civil e do Processo Civil”, o advogado considera que “se o comunicado divulgado pelo DIAP de Lisboa fosse a exame não chumbava. Mas a questão é outra. Andam a ver muitos filmes policiais e não era necessário seguir jornalistas para obter o resultado. Aqui há desrespeito da regra da proporcionalidade e por isso parece-me censurável o que foi feito. Cheira a intimidação mesmo que essa não fosse a intenção”.

"Sendo o juiz de instrução o juiz das liberdades e direitos fundamentais das pessoas no âmbito do processo penal, dificilmente se pode admitir que diligências policiais dessa natureza ocorram sem qualquer controlo por parte do juiz de instrução.”

Luís Menezes Leitão

Bastonário da Ordem dos Advogados

E vai mais longe: “Os jornalistas usam muitas vezes o interesse público como justificação para o uso de informação obtida ilegalmente. No fundo é a ideia de que os fins justificam os meios (violação do segredo de justiça justificado pelo interesse público das matérias). Por vezes colaboram com a investigação ou com a defesa em estratégias ilegais com idêntico pretexto. Agora o MP dá a provar a jornalistas o veneno que foi por muitos destes usado anos a fio. De novo, agora é difícil meter o génio para dentro da garrafa, apenas por começarem a ser eles os atingidos. Mas este caso demonstra que o Ministério Público podia ter feito investigações a sério de violação do segredo de Justiça no passado. Haja esperança de não hesitem em investigar inspetores e/ou procuradores que violam a lei até aqui impunemente” concluiu.

A 6 de março de 2018, os dois jornalistas avançaram com a informação da detenção de Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica que foi detido no âmbito da investigação do processo E-Toupeira por crimes de corrupção. Antes mesmo da diligência ter começado.

Dias depois, os dois jornalistas foram alvo de um processo de violação de segredo de Justiça pela titular do inquérito, a procuradora-adjunta DIAP, Andrea Marques. O inquérito investiga os crimes de violação de segredo de justiça, de violação de segredo por funcionário e a falsidade de testemunho.

Com o intuito de descobrir as fontes dos jornalistas, a 3 e abril de 2018 a procuradora ordenou que a PSP vigiasse Carlos Rodrigues Lima e Henrique Machado. Pedido esse que não foi validado por um juiz, tal como determina a Lei nº 5/2002, que admite que só é necessária essa validação jurídica em crimes que têm uma moldura penal superior a cinco anos. A de violação do segredo de justiça é de dois anos.

Durante cerca de dois meses, entre abril e junho de 2018, os dois jornalistas foram vigiados pelas autoridades que seguiram os seus movimentos, fotografando-o em frente ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal, onde os agentes registaram um cumprimento circunstancial entre o jornalista e o procurador José Ranito, que liderou a investigação do caso BES, e no Campus da Justiça, em Lisboa.

Segundo o esclarecimento da DIAP, “a diligência ordenada implicou, exclusivamente, seguimento na via pública com a extração de fotografias também elas na via pública“.

Após umas buscas realizadas às instalações da Polícia Judiciária em setembro de 2019, a DIAP suspeita de um inspetor da autoria da alegada fuga de informação. Este é constituído arguido a 5 de dezembro de 2019.

Tanto a conta bancária do agente como de um dos jornalistas são analisadas em janeiro de 2020. “Com o objetivo de esclarecer as razões que terão movido o agente a fornecer informação sujeita a segredo de justiça, foi, a partir de janeiro de 2020, determinada a solicitação de documentação bancária referente ao arguido e, por despacho de 26 de fevereiro de 2020, quebrado o sigilo fiscal”, lê-se no esclarecimento do DIAP.

“No decurso da investigação, todas as diligências foram devidamente ponderadas e efetuadas com respeito pela legalidade e objetividade que devem nortear a atuação do Ministério Público. Quando suscitaram maior melindre, as diligências realizadas foram previamente comunicadas e, inclusivamente, acompanhadas pela hierarquia”, refere o DIAP.

Entretanto, o Sindicato dos Jornalistas pediu esclarecimentos urgentes à procuradora-geral da República (PGR) depois de ter sido informado da situação.

O caso E-Toupeira remonta a 2018 e, segundo a acusação do Ministério Público (MP), o presidente da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios aos dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais. Mas na fase de instrução, a SAD do Benfica e Luís Filipe Vieira não foram pronunciados.

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Reino Unido vai ter centros de vacinação a funcionar 24 horas por dia

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2021

Segundo o Financial Times, Boris Johnson aprovou já um projeto-piloto para um centro de vacinação que vai funcionar 24 horas por dia, durante sete dias por semana.

O Reino Unido vai ter centros de vacinação a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, confirmou esta quarta-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no parlamento, sem precisar a data de início.

“Vamos avançar com [o funcionamento de] 24 (horas) sobre sete (dias) assim que pudermos e o ministro da Saúde (Matt Hancock) fará o anúncio na devida altura. Mas atualmente existe um limite no abastecimento [de vacinas]”, adiantou, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns.

De acordo a edição desta quarta-feira do jornal Financial Times, Johnson aprovou um projeto-piloto para um centro de vacinação que vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, apesar de na segunda-feira um porta-voz ter afirmado que havia pouco interesse de pessoas em serem vacinadas depois das 20h.

De acordo com os dados mais recentes, mais de 2,4 milhões de pessoas foram vacinadas até agora no Reino Unido, de quatro grupos prioritários: residentes e funcionários de residências sénior, pessoas com mais de 80 anos, profissionais de saúde da linha de frente, pessoas com mais de 70 anos e indivíduos muito vulneráveis clinicamente.

No total, estes grupos totalizam cerca de 14 milhões de pessoas e os dados indicam que 90% da mortalidade de Covid-19 no Reino Unido foi registada nestas categorias.

O Governo tem estado sob pressão nos últimos dias para acelerar o programa de vacinação e dar maior prioridade a trabalhadores de serviços críticos, como polícias, professores e trabalhadores de supermercados.

Foi noticiado esta quarta-feira que tripulantes da companhia aérea EasyJet, muitos dos quais estão atualmente em ‘layoff’ devido às restrições de funcionamento da aviação, vão voluntariar-se para administrar as vacinas, juntando-se a médicos, enfermeiros e farmacêuticos aposentados.

O Governo desenhou uma rede de cerca de 1.500 locais de vacinação, desde grandes centros a funcionar em pavilhões de exposições, estádios de futebol e outras instalações desportivas a hospitais públicos, centros de saúde, farmácias e equipas móveis.

Para atingir a meta dos 14 milhões de pessoas imunizadas até 15 de fevereiro, o ritmo de vacinação tem de aumentar para cerca de dois milhões por semana.

Matt Hancock também disse que pretendia que todos os adultos no Reino Unido possam ser vacinados até ao outono.

O Reino Unido foi o primeiro a aprovar o uso de vacinas contra a Covid-19, em dezembro, e atualmente tem aprovadas três, desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Moderna, embora esta última só tencione entregar as primeiras doses na primavera.

O país é também, na Europa, aquele onde a pandemia de Covid-19 tem tido maior impacto, tendo até terça-feira contabilizado 83.203 mortes confirmadas atribuídas ao SARS-CoV-2.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Emissão de dívida a 10 anos com juro negativo foi “elevado sucesso”, diz Leão

Ministro das Finanças diz ao ECO que o "sucesso" do leilão "comprova o trabalho e a estratégia que Portugal tem conseguido executar no atual contexto e também aproveitar a atuação do BCE".

O “elevado sucesso” da emissão de dívida a 10 anos de Portugal — que pela primeira vez na história do país teve taxas de juro negativas — irá permitir poupar nos custos nacionais, garante o Ministro das Finanças, João Leão, em declarações ao ECO. O governante atribui o bom desempenho ao “trabalho e estratégia” do país, num cenário de forte apoio do Banco Central Europeu (BCE).

A primeira emissão de obrigações do Tesouro deste ano foi executada com elevado sucesso, mantendo uma perspetiva de regularidade na colocação de dívida em mercado primário e proporcionando liquidez à curva de dívida pública da República”, aponta João Leão, sobre a operação que aconteceu na manhã desta quarta-feira.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP emitiu 500 milhões de euros em obrigações a 10 anos, com uma taxa de juro de -0,012%. Além deste montante, colocou também 750 milhões de euros com um juro de 0,319%, o mais baixo de sempre para esta maturidade.

“O sucesso do leilão de hoje vem comprovar o trabalho e a estratégia que Portugal tem conseguido executar no atual contexto e também aproveitar a atuação do Banco Central Europeu”, sublinha o ministro. “O valor baixo de juros e os prazos mais longos alcançados permitirão assumir menos encargos com a dívida e um alongamento das amortizações futuras de dívida“.

Este é um marco histórico para o país que nunca se tinha financiado em mercado primário a 10 anos (que é a maturidade benchmark) com juros negativos. No mercado secundário, este marco já tinha sido alcançado no início de dezembro, com a yield nacional a saltar entre “terreno” positivo e negativo deste então, beneficiando da bazuca de 1,85 biliões de euros que o BCE tem para comprar divida pública e privada emitida nos países da Zona Euro. Esta quarta-feira esta taxa negoceia em 0,021%.

O ministro das Finanças diz que na operação, a primeira do ano, foi aproveitada “a procura evidenciada pelos principais benchmarks” — 2,7 vezes superior à oferta — para o país se financiar em 1.250 milhões de euros. É pouco mais de 8% da totalidade de 15 mil milhões de euros em OT previstos para o ano todo.

Acrescenta que estes resultados não só “contribuirão positivamente para a estratégia de alongamento da maturidade média da dívida pública, bem como para a redução do custo médio de financiamento”. As obrigações do Tesouro emitidas durante o ano de 2020 tiveram uma maturidade média aproximada de 10 anos e custo médio de cerca de 0,6% (abaixo de 1,1% em 2019).

(Notícia atualizada às 13h50)

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YouTube suspende canal de Donald Trump durante uma semana

  • ECO
  • 13 Janeiro 2021

A plataforma tomou esta medida por considerar que o canal de Donald Trump violou as políticas da empresa, as quais se opõem ao incitamento à violência.

O YouTube decidiu suspender, pelo período mínimo de sete dias, o canal detido por Donald Trump nesta plataforma, pelo facto de considerar que este violou as políticas da empresa que se opõem ao incitamento à violência, avançou a Reuters.

Deste modo, o Presidente cessante dos Estados Unidos está agora impedido de carregar, na sua conta, novos vídeos ou fazer livestreams durante a próxima semana, período esse que pode ainda ser prolongado, referiu a empresa em comunicado. Também os comentários em vídeos já existentes no canal estão também desativados, por tempo indefinido.

De acordo com o YouTube, esta decisão foi tomada depois da conferência de imprensa de Donald Trump transmitida através da rede social na terça-feira, tendo sido motivada pelos comentários proferidos pelo Presidente cessante durante a mesma.

Relembre-se que esta medida foi adotada depois de apoiantes de Trump terem já invadido o Capitólio, na semana passada, enquanto protestavam contra os resultados das eleições presidenciais que deram a vitória a Joe Biden.

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Estado de emergência ganha força no Parlamento para medidas mais duras

O novo estado de emergência que visa um confinamento mais apertado, semelhante ao de março do ano passado, foi aprovado com um maior apoio parlamentar do que os anteriores.

O novo estado de emergência proposto pelo Presidente da República à Assembleia da República, com a concordância do Governo, foi aprovado pelos deputados esta quarta-feira. Ao PS e PSD juntou-se o voto favorável do CDS e do PAN enquanto o Bloco manteve a abstenção. O PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e Joacine Katar Moreira mantiveram o voto contra.

Ao todo, houve 215 deputados a viabilizar o novo estado de emergência, seja com o voto favorável (191) seja com a abstenção (19), o que corresponde a 93,5% da Assembleia da República, algo que foi assinalado por Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira: “A renovação do estado de emergência até às 23h59 do dia 30 de Janeiro, que acabo de assinar, depois de viabilizada, face à gravidade da situação, por mais de 90% dos Deputados, tem um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos”, escreveu no site da Presidência. Os restantes 15 deputados que votaram contra correspondem a 6,5% da composição parlamentar atual.

Após a reunião desta terça-feira no Infarmed, os partidos com assento parlamentar mostraram-se mais favoráveis à aplicação do estado de emergência perante a situação crítica que Portugal vive na gestão da pandemia. Ao PS e ao PSD — partidos que votaram sempre favoravelmente ao estado de emergência por causa da pandemia — juntaram-se outros partidos que se abstiveram. Este será o nono estado de emergência em menos de um ano.

A Iniciativa Liberal, que votou contra este segundo ciclo de estado de emergência desde novembro, admitiu na terça-feira rever o sentido de voto uma vez que “estamos no limite da capacidade hospitalar, da capacidade de rastreio, da exaustão dos profissionais de saúde” e é necessário “tomar medidas de contenção sem as quais o país não pode viver”. Contudo, João Cotrim Figueiredo também deixou um aviso a António Costa: O que se pede ao Governo é que seja claro nas medidas que quer adotar e que seja igualmente claro nas compensações que vai dar a profissionais e empresas cuja atividade venha a ser encerrada“. Contudo, apesar deste sinal, o partido viria a votar contra novamente.

Já o CDS, que se absteve nas últimas votações, decidiu apoiar este estado de emergência. “Desta vez é diferente. O CDS só tem uma opção que é votar favoravelmente o estado de emergência“, disse Francisco Rodrigues dos Santos, referindo a gravidade da situação. O Bloco e o PAN, que também tinham optado pela abstenção, também mostraram mais compreensão, mas não indicaram esta terça-feira o sentido de voto.

O PCP, Os Verdes e o Chega indicaram que iam continuar a votar contra.

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Cascais foi a autarquia que mais gastou com a pandemia. Veja o ranking

Cascais lidera a lista de municípios que mais gastaram no combate à pandemia, com uma despesa de 20,3 milhões. Porto gastou mais de sete vezes menos do que Lisboa.

Cascais lidera a lista dos municípios que mais gastaram no combate à pandemia. De acordo com o ranking elaborado pelo Tribunal de Contas (TdC), a autarquia liderada por Carlos Carreiras gastou cerca de 20,3 milhões de euros, seguida por Lisboa. O tribunal liderado por José Tavares nota ainda que há 20 municípios que foram responsáveis por quase dois terços dos 166,1 milhões gastos pelas autarquias no combate à pandemia. Em décimo lugar surge o Porto, tendo gasto sete vezes menos do que a câmara liderada por Fernando Medina.

No relatório “Impacto das medidas adotadas no âmbito da Covid-19 nas entidades da Administração Local do Continente”, o TdC salienta que “existem situações muito diversas” entre os 240 municípios analisados. Não obstante, conclui que “entre os 20 que executaram mais despesa predominam os que apresentam mais população e se localizam nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, embora outros municípios de dimensão média surjam também em posições elevadas“, lê-se no documento.

Neste contexto, duas dezenas de municípios foram responsáveis por quase dois terços dos 166,1 milhões gastos pelas autarquias no combate à pandemia durante os sete meses analisados. “Em conjunto, representam 64,3% do total, destacando-se Cascais (20,3 milhões de euros) e Lisboa (19,4 milhões de euros), seguidos de Santarém, Sintra e Oeiras”, sinaliza a instituição.

Através da lista relativa aos maiores gastos por autarquia é possível, deste modo, constatar que Cascais lidera. A autarquia comandada por Carlos Carreiras reportou uma despesa líquida de 20,3 milhões de euros, seguida pela autarquia liderada por Fernando Medina, com uma despesa de 19,4 milhões de euros. Ainda no pódio, em terceiro lugar, surge Santarém com 10,6 milhões de euros gastos, ou seja, uma diferença de 8,8 milhões de euros face a Lisboa.

Na quarta e quinta posição, constam ainda autarquias da área metropolitana de Lisboa, com o município liderado por Basílio Horta a reportar uma despesa líquida de 9,1 milhões, enquanto Oeiras, considerado o município mais rico do país, a gastar 6,7 milhões de euros. É a partir do sexto lugar que começam a surgir alguns municípios da região Norte — que foram durante vários meses muito afetados pela pandemia –, no entanto, o Porto surge apenas na décima posição com um gasto estimado de 2,7 milhões de euros. Contas feitas, a autarquia de Rui Moreira gastou menos de sete vezes o montante gasto por Fernando Medina no combate à pandemia. De salientar que no “top 10” há apenas um município da região do Algarve: Loulé com uma despesa de aproximadamente 2,9 milhões de euros.

O Tribunal de Contas destaca ainda o município de Castro Verde que, “com menos de sete mil habitantes e um orçamento de 15,2 milhões de euros (2020), reportou 2,2 milhões de despesa com medidas Covid-19“.

TdC alerta para pressão sobre as contas das câmaras

Numa análise mais fina e por forma a avaliar o esforço feito pelas autarquias no combate à pandemia, o tribunal liderado por José Tavares comparou a despesa paga líquida relacionada com a Covid-19 em proporção da despesa total no ano de 2019. Nesse sentido, o TdC sublinha que embora “embora alguns municípios”, como Santarém, Castro Verde, Viseu e Portimão, “tenham reforçado a sua posição” face ao relatório anterior, “emergiram outros [municípios] que, tendo menor dimensão financeira, apresentam um esforço proporcionalmente maior, como Penamacor, Pinhel, Almodôvar, Ferreira do Zêzere, Ovar, Alcobaça, V.N de Poiares e Alcoutim”.

Nesse âmbito, o tribunal alerta para a pressão que estas despesas podem exercer sobre as contas das câmaras. “Releva-se, em termos de sustentabilidade, que alguns municípios tenham gasto com medidas Covid-19, até setembro, o equivalente a 1/4 (Santarém) ou 1/5 (Castro Verde) de toda a despesa do ano anterior“, aponta o TdC. Na sequência da subida de gastos no combate à pandemia, também o Presidente da Câmara de Viseu já tinha alertado que o Governo deve recompensar os municípios “nem que seja só por uma parte”, sugerindo até que seja permitido “fazer um financiamento a cinco anos, a taxa zero, que permita diluir” o investimento realizado, sobretudo para ajudar os autarcas menos favorecidos, aponta o Jornal do Centro.

Assim, considerando a despesa por residente, são vários as autarquias do interior no ranking. Castro Verde lidera (313 euros por residente), seguindo por Santarém (183,8 euros), Alcoutim (138 euros) e Penamacor (100,2 euros). Ao mesmo tempo, “Cascais, que lidera em termos absolutos, vem a seguir, com uma despesa de 94,8 euros por residente”, assinala o documento.

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Raquel Moreira Gomes sai da Cuatrecasas e reforça equipa da SPS Advogados

A SPS apostou na área do Imobiliário com a contratação de Raquel Moreira Gomes, como associada sénior. A advogada transita da Cuatrecasas.

Raquel Moreira Gomes é o mais recente reforço da área de imobiliário da SPS Advogados, enquanto associada sénior. A advogada transita da Cuatrecasas, após cerca de dois ano e meio ao serviço da mesma.

A nova associada sénior vai integrar a equipa de imobiliário da SPS, reforçando a equipa da sócia Joana Ribeiro Pereira. O objetivo da contratação é responder à necessidade de crescimento do mercado imobiliário. “Embora com o abrandamento no período Covid, a intenção dos investidores é crescente, acompanhando o período favorável do binómio – baixa de preços/maior disponibilidade de crédito”, refere a firma em comunicado.

Raquel Moreira Gomes possui cerca de seis anos de experiência em direito imobiliário, adquirida como advogada associada em sociedades de advogados, tendo transitado da Cuatrecasas onde desenvolveu projetos de assessoria em operações imobiliárias e de construção, regularização de imóveis, análise e acompanhamento de planeamento e operações urbanísticas, e assessoria na elaboração, negociação e execução de contratos, incluindo de arrendamento e empreitada.

“Com esta contratação a SPS antecipa a sua capacidade de resposta célere, numa área que demonstra desenvolvimento, mantendo os níveis de qualidade do serviço prestado”, nota a sociedade.

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BCE recebe recorde de respostas sobre projeto de euro digital

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2021

Respostas mostram que a privacidade dos pagamentos é a característica mais solicitada num possível euro digital (41%), seguida da segurança (17%) e do alcance pan-europeu (10%).

O Banco Central Europeu (BCE) vai analisar as respostas à consulta pública sobre o euro digital, que terminou na terça-feira e à qual responderam 8.221 cidadãos, empresas e associações do setor financeiro. Em 12 de outubro, o BCE lançou uma consulta pública sobre a questão de um euro digital e, paralelamente, iniciou uma fase de experimentação, sem prejuízo da decisão final.

A entidade anunciou esta quarta-feira que publicará uma análise abrangente da consulta na primavera, a qual será utilizada pelo Conselho de Governadores do BCE para decidir se deve ou não lançar o projeto do euro digital.

Até agora, as respostas obtidas na consulta mostram que a privacidade dos pagamentos é a característica mais solicitada num possível euro digital (41% das respostas), seguida da segurança (17%) e do alcance pan-europeu (10%).

O elevado número de respostas à nossa consulta mostra o forte interesse dos cidadãos e empresas europeias em moldar a visão de um euro digital“, disse Fabio Panetta, membro da comissão executiva do BCE, que preside ao grupo de trabalho do euro digital. Este grupo inclui peritos do BCE e dos 19 bancos centrais nacionais dos países da zona euro.

Estes peritos acreditam que seria necessário emitir um euro digital se a procura de pagamentos eletrónicos na zona euro aumentasse de tal forma que fosse necessário um método de pagamento digital europeu sem riscos, bem como se a utilização de numerário como forma de pagamento cair drasticamente ou se for lançada uma forma de pagamento privado global que possa criar preocupações e riscos regulamentares para a estabilidade financeira e a proteção do consumidor. Um euro digital também poderia ser necessário se outros bancos centrais emitissem a sua moeda digital.

Um euro digital seria uma forma eletrónica de dinheiro do banco central que todos os cidadãos e empresas poderiam utilizar, como as notas, mas em formato digital, para fazer os seus pagamentos diários de forma rápida, fácil e segura. O BCE reitera que o euro digital “seria um complemento do numerário, não um substituto” e que o Eurossistema continuará a emitir numerário em qualquer caso.

“Um euro digital combinaria a eficiência de um instrumento de pagamento digital com a segurança do dinheiro do banco central” e a proteção da privacidade seria uma das suas “principais características para ajudar a manter a confiança nos pagamentos na era digital”, de acordo com o BCE.

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