Maioria das pensões vai subir menos de dez euros em 2022

Todas as pensões vão subir em 2022, mesmo com chumbo do Orçamento do Estado. Maioria beneficiará, contudo, de atualização inferior a dez euros.

O Governo garante que vai fazer “tudo aquilo que é normal ser feito no início do ano”, o que significa que, à boleia da inflação, todas as pensões vão beneficiar de aumentos, a partir de janeiro de 2022. Segundo as simulações feitas pelo ECO, a maioria dos pensionistas terá, contudo, acréscimos inferiores a dez euros, já que o aumento extraordinário que chegou a estar previsto e que garantia esses dez euros às pensões até 1.097 euros caiu com a reprovação da proposta de Orçamento do Estado.

As pensões podem ser aumentadas por duas vias. Por um lado, podem subir fruto do crescimento económico e da inflação, estando em causa um aumento regular. E por outro, podem ser atualizadas de modo extraordinário.

No que diz respeito a essa última via, chegou a estar previsto, no âmbito das negociações orçamentais, que janeiro traria aumentos de dez euros a todas as pensões até 1.097 euros, mas o chumbo do OE2022 veio retirar esta medida de cima da mesa.

De acordo com os advogados ouvidos pelo ECO, mesmo em duodécimos, o Governo poderia avançar, ainda assim, com essa subida extraordinária, mas o primeiro-ministro, António Costa, explicou, esta segunda-feira, em entrevista à RTP, que não o fará. “Tudo o que tenha natureza extraordinária” não avançará, adiantou o chefe do Executivo.

Tal significa que resta apenas uma via através da qual as pensões podem subir: a regular. Aliás, António Costa assegurou que o seu Governo fará “tudo aquilo que é normal ser feito no início do ano”, incluindo a atualização das pensões.

De acordo com as previsões que o Governo revelou em meados de outubro, pela via regular, todos os pensionistas terão aumentos, a partir de janeiro de 2022. Em causa estão 2,6 milhões de pensionistas. O Executivo estima que as pensões até 877,62 euros terão uma subida de 0,9% (em linha com a inflação); Já as pensões entre 877,62 euros e 2.632,86 euros crescerão 0,4% (a inflação deduzida de 0,5 pontos percentuais); e as pensões acima de 2.632,86 euros terão aumentos de 0,15% (a inflação deduzida de 0,75 pontos percentuais).

Ora, tal significa que a maioria das pensões terá subidas inferiores a dez euros, segundo as simulações feitas pelo ECO. Vamos a exemplos. Uma pensão de 650 euros terá um aumento de 0,9%, o que significa que crescerá 5,85 euros. Já uma pensão de 800 euros terá um acréscimo de 7,2 euros (por via dos mesmos 0,9%).

Por outro lado, um pensionista com uma pensão de 1.000 euros pode esperar um aumento de quatro euros (0,4%), enquanto um pensionista com uma pensão de 2.500 euros irá contar com uma subida de dez euros.

E o que acontecerá às pensões mais elevadas? Uma pensão de 3.000 euros, por exemplo, subirá 4,5 euros, enquanto uma de 4.000 euros crescerá seis euros (ambos com uma variação de 0,15%).

Os valores referidos são ilíquidos, ou seja, para apurar o que chegará efetivamente ao bolso dos pensionistas é preciso aplicar a taxa de retenção na fonte de IRS, cujas tabelas deverão ser conhecidas entre o fim de 2021 e o início de 2022.

Estas variações terão ainda, de resto, de ser confirmadas pelos valores da inflação que serão conhecidos este mês.

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Abandono escolar precoce cai para 5,2% no terceiro trimestre 2021

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

“Portugal situa-se, assim, claramente como o país europeu com a melhor evolução deste indicador, nas últimas duas décadas”, sublinha o Ministério da Educação.

A taxa de abandono escolar precoce fixou-se nos 5,2% no 3.º trimestre de 2021, segundo um balanço divulgado esta sexta-feira pelo Ministério da Educação, que sublinha que o número está abaixo do mínimo histórico alcançado no ano passado.

Em 2020, Portugal tinha superado a meta europeia de 10% para esse ano, ao registar uma taxa de abandono escolar precoce de 8,9%, na altura um mínimo histórico.

Esse ‘recorde’ já tinha sido quebrado no 1.º trimestre deste ano, quando se registou uma taxa de 6,5% e voltou agora a cair, desta vez para os 5,2%, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados pelo Ministério.

“Portugal situa-se, assim, claramente como o país europeu com a melhor evolução deste indicador, nas últimas duas décadas”, sublinha o Ministério da Educação em comunicado, sublinhando a diferença entre o número registado em 2015 e 2020.

Nesse período, a taxa de abandono escolar precoce apresentou um decréscimo de 35% em Portugal, enquanto a média europeia foi de 8%.

“Os dados destes primeiros nove meses apontam também para um valor anual de 2021 na ordem dos 6%, sendo que apenas seis países da UE registaram taxas de abandono abaixo desse valor, em 2020”, acrescenta a tutela.

No mesmo comunicado, o Ministério da Educação saúda as comunidades educativas pelo resultado e reitera a necessidade de manter a tendência decrescente, aprofundando para isso as iniciativas que contribuíram para o combate ao abandono.

“Estes são resultados que traduzem a eficácia de programas e medidas que convergem num esforço continuado para garantir sucesso educativo e melhores aprendizagens”, sublinha, referindo como exemplo o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, o Apoio Tutorial Específico, o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares.

A abordagem integrada à Educação Inclusiva, a aposta na diversificação de ofertas com destaque para o Ensino Profissional e a Autonomia e Flexibilidade Curricular são outras das medidas destacadas.

“O esforço conjunto das escolas e do Ministério da Educação para que nenhum aluno ficasse para trás, em particular no contexto pandémico, têm expressão significativa neste compromisso com a educação de qualidade para todos”, conclui a tutela.

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Europa volta a confinar. Áustria isola não vacinados, Países Baixos param 3 semanas

Vários países europeus estão a ver os números da pandemia a agravar-se, o que motiva o planeamento de novas restrições, como a introdução do certificado Covid para os trabalhadores.

Os casos de Covid-19 voltaram a aumentar na Europa, motivando a tomada de novas medidas e restrições. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) classificou dez países com o nível de preocupação muito alta e 13 com preocupação alta, na atualização semanal, sendo que vários destes decidiram já avançar com confinamentos ou outras ações.

Os dez países mais preocupantes são: Bélgica, Bulgária, Croácia, República Checa, Estónia, Grécia, Hungria, Países Baixos, Polónia e Eslovénia. Entre estes países já estão a ser planeadas medidas, sendo que a Holanda foi o primeiro país da Europa ocidental a regressar ao confinamento, que será feito de forma parcial nas próximas três semanas.

Já no segundo nível mais alto de preocupação, definido pelo ECDC, encontra-se a Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia, Irlanda, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Roménia e Eslováquia. A Áustria, por exemplo, deverá decidir no domingo um confinamento para as pessoas que não foram vacinadas contra a Covid-19.

A Noruega, por sua vez, vai reintroduzir medidas em todo o país para conter o aumento de casos de coronavírus, incluindo a autorização a cidades para introduzir “passes de saúde”, através do certificado Covid-19. Pela Dinamarca também se focam nos certificados, com uma proposta para avançar com legislação que permite que os locais de trabalho imponham um “passe corona” digital para os funcionários.

Já a agência de saúde da Alemanha fez algumas recomendações perante o agravar da situação pandémica no país, depois de se atingirem vários recordes diários nesta semana, nomeadamente o cancelamento de grandes eventos.

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ICGP cancela leilão de Bilhetes do Tesouro previsto para quarta-feira

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

No leilão de Bilhetes do Tesouro, a seis e 12 meses, estava previsto um indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros,

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública anunciou esta sexta-feira o cancelamento do leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses previsto para quarta-feira, de acordo com um comunicado oficial.

“O IGCP decidiu não realizar, no próximo dia 17 de novembro, o leilão de BT referente às linhas a seis e 12 meses”, pode ler-se num comunicado disponível no site da instituição que gere a dívida pública portuguesa.

Para quarta-feira estava previsto um leilão com montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, que incluía uma operação de reabertura de BT20MAI2022 (a seis meses) e outra de lançamento de BT 18NOV2022 (12 meses).

Por outro lado, na quarta-feira está prevista a realização de leilões de Obrigações do Tesouro (OT) a 10 e a 16 anos, os primeiros deste trimestre, com um montante indicativo global entre 750 e 1.000 milhões de euros.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública precisou que as maturidades das OT a serem leiloadas são em 17 de outubro de 2031 (cerca de 10 anos) e 15 de abril de 2037 (cerca de 16 anos).

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Transição climática vai ser cara e criar problemas, admite Costa. É preciso “base social forte”

O primeiro-ministro admite que existirão problemas com a transição climática, defendendo por isso que é necessária uma base social forte para apoiar os empresários e famílias.

A transição climática continua a marcar as agendas e discussões públicas, sendo já ponto assente que tem de avançar. Ainda assim, não vem sem dificuldades, já que “fazer a mudança vai ser caro, vai criar problemas, há empresas que vão ter de mudar e há atividades que não irão continuar”, admite António Costa. Perante estes desafios, é necessário assegurar uma “base social muito forte”, defende.

“Temos que ser francos com os cidadãos: fazer a mudança vai ser caro, vai criar problemas, há empresas que vão ter de mudar e há atividades que não irão continuar”, reiterou o primeiro-ministro, num encontro de líderes socialistas em Paris.

Tendo em conta estes problemas, será precisa uma “base social muito forte”, por um lado para “assegurar às pessoas as qualificações para que possam encontrar novas oportunidades na vida”, por exemplo nos casos das atividades que vão terminar. Por outro, é também necessário “dar confiança aos empresários para fazer a transformação e alargar a competitividade”.

António Costa sublinha que devem ser procuradas e criadas soluções em Portugal e na Europa para esta transição climática, sinalizando também que “é essencial percebermos que temos que envolver a população no processo de transição”. Neste contexto, o primeiro-ministro defende ainda uma “estratégia comum de aquisição combustíveis fósseis”, à semelhança do que aconteceu com a compra de vacinas.

O primeiro-ministro aproveita também para dar o exemplo de Portugal, neste encontro organizado pelo grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, referindo que o “preço dos combustíveis está a subir mas o preço da eletricidade vai baixar em janeiro porque começámos a investir muito nas renováveis há 15 anos”.

“Temos de acelerar o investimento nas energias renováveis e limpas, porque é assim que a longo prazo vamos ter energia mais barata para todos“, acrescentou António Costa.

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Trabalhadores do Metro de Lisboa entregam pré-aviso de greve a todo o trabalho suplementar

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa decidiram entregar um pré-aviso de greve a todo o trabalho suplementar por um período de 30 dias renovável.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa decidiram esta sexta-feira entregar um pré-aviso de greve a todo o trabalho suplementar e eventos especiais, por um período de 30 dias renovável.

De acordo com um comunicado divulgado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), a decisão foi tomada esta sexta-feira pelos trabalhadores em plenário, promovido pelas organizações sindicais, entre as quais o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

O plenário teve como principal objetivo, de acordo com a estrutura sindical, discutir o processo reivindicativo em curso e decidir “depois das últimas quatro greves, quais as ações a seguir”.

A par com o pré-aviso de greve, os trabalhadores do Metro decidiram, igualmente, enviar na próxima terça-feira, para a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o “pedido de passagem a conciliação, caso a administração não responda até segunda-feira ao ofício enviado no dia 09”.

Os trabalhadores decidiram também marcar um plenário geral, para o dia da primeira reunião de conciliação na DGERT, plenário que será “de especial importância”, segundo o sindicato, acrescentando a importância da “mobilização e participação ativa de todos os trabalhadores”.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores analisarão também “novas jornadas de luta, após a reunião de conciliação”.

Os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciaram em 01 de novembro uma greve às horas extraordinárias por 10 dias renováveis, contra o congelamento salarial, pela reposição de efetivos e pelas progressões na carreira.

Anteriormente, os trabalhadores realizaram greves parciais ao serviço em maio, junho e outubro, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.

O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 06:30 às 01:00 todos os dias.

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UE avança contra Portugal no Tribunal de Justiça devido à má qualidade do ar

Portugal excedeu o valor-limite anual de dióxido de azoto (NO2) nas zonas «Lisboa Norte», «Porto Litoral» e «Entre Douro e Minho». A UE decidiu intentar uma ação contra Portugal no Tribunal de Justiça

No seu pacote regular de decisões relativas aos procedimentos de infração, a Comissão Europeia instaurou processos judiciais contra vários Estados-Membros por não terem cumprido as obrigações que lhes são impostas pelo direito da UE, quatro deles referentes a Portugal.

Estas incluem a decisão da Comissão de instaurar uma ação contra Portugal no Tribunal de Justiça da União Europeia devido à má qualidade do ar causada pela presença de elevados níveis de dióxido de azoto (NO2).

Portugal excedeu o valor-limite anual de dióxido de azoto (NO2) nas seguintes zonas de qualidade do ar: «Lisboa Norte», «Porto Litoral» e «Entre Douro e Minho». Além disso, não adotou medidas adequadas para reduzir tanto quanto possível o período de ultrapassagem desse limite.

A Comissão considera que os esforços desenvolvidos até agora pelas autoridades portuguesas foram insatisfatórios e insuficientes e decidiu intentar uma ação contra Portugal no Tribunal de Justiça da União Europeia.

Sempre que os valores-limite fixados pela legislação da UE em matéria de qualidade do ar ambiente (Diretiva 2008/50/CE) são ultrapassados, os Estados-Membros devem adotar planos para a qualidade do ar, a fim de garantir a adoção de medidas adequadas que reduzam tanto quanto possível o período de ultrapassagem. O Pacto Ecológico Europeu e o Plano de Ação para a Poluição Zero salientam a importância de reduzir a poluição atmosférica, que é um dos fatores que mais afetam negativamente a saúde humana.

Além disso, a Comissão insta Portugal a corrigir as lacunas detetadas na transposição da Diretiva Avaliação de Impacto Ambiental (Diretiva AIA) (Diretiva 2011/92/UE) para o direito nacional e decidiu dar início a dois procedimentos de infração contra Portugal: um por não ter transposto corretamente as regras da UE relativas ao acesso a um advogado e ao direito de comunicação após a detenção (Diretiva (UE) 2013/48) e outro por incumprimento da legislação da UE relativa aos contratos de trabalho a termo (acordo-quadro anexo à Diretiva 1999/70/CE do Conselho).

A Comissão decidiu também encerrar 46 casos em que os problemas identificados nos Estados-Membros em causa foram resolvidos sem que fosse necessário continuar o procedimento.

Portugal, que dispõe agora de um prazo de dois meses para corrigir a situação. Caso contrário, a Comissão poderá instaurar uma ação no Tribunal de Justiça da União Europeia.

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Bolsa fecha em alta e completa semana sempre a subir

Foi o dia das retalhistas em Lisboa: a Sonae disparou quase 6% e a Jerónimo Martins ganhou mais de 2%. Bolsa registou a quinta sessão de ganhos esta semana.

A bolsa de Lisboa fechou a sessão desta sexta-feira em alta, completando uma semana sempre a subir. O PSI-20 acumulou uma valorização semanal de mais de 1,5%, depois de duas semanas sob pressão.

O principal índice português avançou 0,64% para 5.744,02 pontos, na quinta sessão seguida de ganhos. Foram sobretudo as duas retalhistas nacionais a darem força a Lisboa: a Sonae — que detém a cadeia de hiper e supermercados Continente — disparou 5,84% para 1,069 euros e a Jerónimo Martins — que explora o Pingo Doce e a Biedronka na Polónia — somou 2,51% para 21,20 euros.

Sonae dispara

Mais cinco cotadas — além das duas retalhistas — encerraram a última sessão da semana em terreno positivo, com destaque para a Corteira Amorim (+1,70%) e para a REN (+0,80%). No caso da gestora da rede elétrica nacional, foi a primeira reação do mercado em relação aos resultados apresentados esta quinta-feira: registou lucros de 68,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, menos 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

A GreenVolt caiu 2,81% e teve o pior desempenho em Lisboa. No setor da energia, também a Galp cedeu 1,36% para 8,84 euros, num dia em que os preços do barril de petróleo desvalorizam mais de 1% devido à força do dólar e à possibilidade de os EUA libertarem reservas estratégicas.

O BCP, outro dos pesos pesados nacionais, caiu também mais de 1%.

Lá por fora, as principais praças europeias também encerraram a semana em alta, com o Stoxx 600 a subir mais de 0,30%. O parisiense Cac-40 avançou cerca de 0,50% e atingiu um novo máximo.

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Gouveia e Melo admite voltar a coordenar vacinação Covid-19

"Eu sou militar. E, sendo militar, vou onde me chamarem. Se me disserem que é a missão que tenho de cumprir, cumprirei todas as missões", afirma o vice-almirante Gouveia e Melo.

O vice-almirante Gouveia e Melo admitiu esta sexta-feira que não descarta a possibilidade de voltar a coordenar a vacinação contra a Covid-19, dois dias depois de ter rejeitado o regresso à task force e de ter criticado “sebastianismos”.

“Eu sou militar. E, sendo militar, vou onde me chamarem. Ninguém pode descartar nada enquanto vestir o uniforme militar. Se me disserem que é a missão que tenho de cumprir, cumprirei todas as missões“, esclareceu Gouveia e Melo, em declarações à RTP.

O vice-almirante, que está em Moçambique, alertou ainda que é preciso ajudar o continente africano no processo de vacinação contra a Covid-19. “Nós, países europeus e do Ocidente, devemos fornecer mais vacinas a África. África está muito pouco vacinada e precisamos de ajudar“, lembra Gouveio e Melo.

Mesmo com 86% da população portuguesa com a vacinação completa, os especialistas apontam que é “provável” que Portugal esteja já “a assistir ao início da quinta vaga” da pandemia e estimam que, a manter-se esta trajetória ascendente, o país possa “chegar aos dois mil casos diários na primeira metade de dezembro”.

Os especialistas alertam que “reforço vacinal não dá garantia de proteção indefinida contra infeção” e que mesmo com a vacina, a proteção contra o vírus vai decaindo, pelo que o reforço da vacina para os mais idosos deve ser administrado o quanto antes.

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Soares da Costa e promotores de hotel na Tocha são julgados por eventual fraude de 1,2 milhões

  • Lusa
  • 12 Novembro 2021

Os arguidos são acusados de um crime de fraude na obtenção de subsídio e um crime de branqueamento.

A construtora Soares da Costa e os promotores de um hotel na Praia da Tocha que nunca chegou a ser concluído vão começar a ser julgados na segunda-feira, em Coimbra, por uma eventual fraude de 1,2 milhões de euros com apoios do Estado.

O Tribunal de Coimbra vai começar a julgar na segunda-feira a Soares da Costa, dois ex-responsáveis daquele grupo de construção civil, e três promotores de um hotel de cinco estrelas na Praia da Tocha, Cantanhede, assim como as duas empresas que estes terão utilizado para o negócio.

Todos os arguidos (à exceção de uma das empresas usadas pelos promotores) são acusados de um crime de fraude na obtenção de subsídio e um crime de branqueamento, pedindo o Ministério Público a restituição de 1,2 milhões de euros obtidos indevidamente através de um programa de apoio da Turismo de Portugal, acrescidos de 150 mil euros de juros, refere a acusação a que a agência Lusa teve acesso.

Em causa, está um projeto de construção de um hotel de cinco estrelas com spa na Praia da Tocha, candidatado ao Programa de sistema de Incentivos à Inovação, da Turismo de Portugal.

Na intervenção, que nunca foi concluída, estava previsto um investimento global de 5,77 milhões de euros, a que corresponderia um incentivo da Turismo de Portugal de 3,75 milhões de euros (65% do investimento elegível).

Os promotores – um decorador de 61 anos, uma decoradora de interiores de 54 anos e uma delegada comercial italiana de 51 anos – terão acordado com um ex-administrador da Soares da Costa e com o seu ex-diretor financeiro um plano para “ajudar a emitir faturas e respetivos recibos de pagamento, discriminando serviços e obras, como se tivessem sido efetuadas e pagas, que sabiam que não seriam”, afirma o Ministério Público.

Através de alegados métodos de ‘engenharia financeira’, os arguidos entregavam à Turismo de Portugal as faturas emitidas pela Soares da Costa a comprovar o investimento, que não teria sido feito, e a entidade transferia o dinheiro, que depois circulava entre várias contas regressando novamente à empresa promotora da obra para alegadamente dar a aparência de um aumento de capital da sociedade.

Com “um estratagema de rotação de cheques”, os arguidos conseguiam “criar a ilusão de que tinham entrado na conta bancária quantias respeitantes de capitais próprios do administrador” da sociedade promotora da obra, esclarece o Ministério Público.

Até à resolução do contrato de concessão de incentivos com a Turismo de Portugal por incumprimento culposo das obrigações, esta entidade transferiu cerca de 1,2 milhões de euros de ajudas para a sociedade promotora.

Deste valor, 240 mil euros terão ido para a Soares da Costa, 380 mil euros para uma outra sociedade dos arguidos que promoviam a obra e 490 mil euros para o património dos três promotores.

A Soares da Costa viu em fevereiro de 2018 aprovado o Processo Especial de Revitalização.

Em maio deste ano, dezenas de trabalhadores da empresa manifestaram-se contra salários em atraso.

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Café atinge máximos de sete anos

  • ECO
  • 12 Novembro 2021

Os futuros do café arábica para entrega em março estão a valorizar 2,6% para 2.189 dólares por tonelada, o valor mais alto desde 16 de outubro de 2014.

Do Brasil ao Vietname, os produtores de café estão a registar problemas com as más condições meteorológicas, os custos mais altos com fertilizantes e dificuldades no transporte, o que está a atirar o preço da matéria-prima para máximos de sete anos em Nova Iorque.

Os futuros do café arábica para entrega em março estão a valorizar 2,6% para 2.189 dólares por tonelada, o valor mais alto desde 16 de outubro de 2014. No último ano, a cotação do café dispara mais de 90%.

O Brasil, o maior produtor, está a enfrentar uma queda abrupta na produção depois de a seca e a geada terem destruído as árvores, enquanto a Colômbia, o segundo maior fornecedor do café arábica, lida com o excesso de chuva que está a condicionar a atividade e ameaça trazer doenças às plantas.

Pelo meio, os produtores têm de lidar com o aumento dos preços dos fertilizantes e com os elevados custos de transporte, perante a falta de navios porta-contentores que está a criar constrangimentos sérios na exportação dos grãos.

A escala dos futuros ameaça tornar mais caro o preço do café que tomamos no dia-a-dia ou que compramos no supermercado.

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Marcelo desvaloriza exigência de acordo escrito no pós-eleições

O Presidente da República deu a entender que não voltará atrás na sua decisão de 2019 de dispensar a exigência de um acordo escrito no pós-eleições antecipadas de 2022.

É um absurdo“. Foi assim que o Presidente da República reagiu a uma questão sobre se iria exigir um acordo escrito após as eleições legislativas de 30 de janeiro. Em resposta aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou por diversas vezes a necessidade de um acordo escrito, relembrando o passado da democracia portuguesa. Primeiro, é preciso os portugueses escolherem.

Antes mesmo de o povo escolher, o Presidente estar a pronunciar-se sobre o que este deve escolher e em que termos deve escolher… Isso não existe“, disse Marcelo à margem do 32.º Congresso da Hotelaria e Turismo, remetendo para a “liberdade” dos eleitores e recordando que em 2019 não exigiu um acordo escrito à reedição da geringonça que, dois anos depois, viria a cair com o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), levando a eleições antecipadas.

O Presidente da República deu a entender que não voltará atrás na sua decisão de 2019: “Este cenário [de exigir acordo escrito] está muito longe daquilo que corresponde neste momento à realidade vivida“, garantiu, em declarações transmitidas pela RTP3. E voltou ao passado para afirmar que a “regra” na democracia portuguesa é não exigir acordos escritos.

“Na democracia portuguesa houve apenas um caso de exigência presidencial de acordo escrito porque o partido que ia formar o Governo não tinha sido o mais votado e provavelmente também porque os partidos que o iam apoiar eram partidos que estavam fora da área do poder e relativamente aos quais provavelmente o Presidente da República em exercício tinha dúvidas sobre aspetos de política externa e económica e financeira”, disse, referindo-se a Cavaco Silva e à formação da geringonça em 2015.

Acresce que, recordou Marcelo, o acordo escrito da geringonça não previa o voto no Orçamento, mas apenas a sua negociação. “Não se pode dizer que exista uma tradição ou prática [de exigência de acordo escrito]“, argumentou, recusando especular sobre o pós-eleições uma vez que seria “interferir na livre vontade dos portugueses”.

Nas últimas semanas, após o chumbo do OE2022, o Presidente da República foi criticado por alguns por não ter exigido um acordo escrito depois das eleições de 2019 e especula-se neste momento sobre se o fará depois do ato eleitoral de 30 de janeiro numa tentativa de dar maior estabilidade governativa ao país.

Na campanha eleitoral das Presidenciais 2021, questionado sobre se exigiria um acordo escrito, Marcelo Rebelo de Sousa sinalizou apenas que pediria um acordo escrito caso o Chega fosse para o Governo. É evidente que a nível nacional, havendo dúvidas sobre, aí faz sentido haver acordos escritos se essa situação vier a acontecer“, defendeu no debate das rádios, referindo o caso dos Açores em que o representante do Presidente da República exigir um acordo escrito entre o Governo PSD/CDS/PPM e o Chega e a Iniciativa Liberal.

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