CEO da Talkdesk é um dos “100 empreendedores mais intrigantes de 2021”, segundo Goldman Sachs

O português lidera a empresa que, em agosto, triplicou a sua avaliação para mais de dez mil milhões de dólares.

O Goldman Sachs reconheceu o fundador e CEO da Talkdesk, Tiago Paiva, como um dos 100 empresários mais intrigantes de 2021 (“100 Most Intriguing Entrepreneurs of 2021”). O português que lidera os comandos do unicórnio de software na cloud para contact centers foi homenageado durante o evento “Builders + Innovators Summit”, em Healdsburg, Califórnia. Daniela Braga, fundadora e CEO da DefinedCrowd, também consta da lista.

“A inovação não acontece em qualquer lugar; prospera onde há uma vasta gama de pensamentos e perspetivas. Um dos nossos grandes pontos fortes é a nossa capacidade de reunir pessoas de diferentes estilos de vida e de desencadear conversas hoje, que levarão a avanços amanhã. Os líderes que escolhemos para destacar na nossa ‘Cimeira dos Builders + Innovators 2021’ são verdadeiramente notáveis, e temos o prazer de reconhecer o Tiago como um dos empreendedores mais intrigantes deste ano”, diz David M. Solomon, presidente e CEO do Goldman Sachs, citado em comunicado.

Para o empreendedor, que começou a Talkdesk há dez anos como um jovem engenheiro com um sonho e a determinação de mudar para sempre a experiência do cliente, a distinção é uma “enorme satisfação”.

“Nunca foi tão importante fornecer uma experiência única ao cliente e este tipo de reconhecimento é um reflexo do quão crítica é esta necessidade a que a Talkdesk responde, à medida que as empresas procuram crescer no contexto atual. Agradeço o apoio e a confiança dos investidores, clientes e parceiros que continuam a subscrever a visão da Talkdesk para criar as soluções mais inovadoras e flexíveis para o contact center moderno”, afirma Tiago Paiva.

Tiago Paiva, fundador e CEO da Talkdesk.D.R.

Durante a última década, a Talkdesk cresceu rapidamente e passou de uma pequena organização de dez pessoas para um líder global na indústria software as a service (SaaS) com quase dois mil empregados em 16 países. Em agosto de 2021, a avaliação da Talkdesk triplicou para mais de dez mil milhões de dólares, colocando-a entre as empresas privadas mais valorizadas no setor SaaS ou software empresarial.

O unicórnio com ADN português marcou também o seu terceiro ano consecutivo na “Forbes Cloud 100”, saltando 36 pontos para a 17.ª posição.

Daniela Braga, a fundadora e CEO da DefinedCrowd, faz também marca presença na lista do Goldman Sachs. Com duas décadas de experiência em investigação, indústria e empreendedorismo, e uma formação que abrange desde a linguística à engenharia e à inteligência artificial, Daniela Braga é uma cidadã do mundo e faz parte dos líderes mundiais da adoção do crowdsourcing em grandes empresas. A empresária angariou mais de 63 milhões de dólares, sendo a empresária que angariou a maior série B numa empresa de IA nos Estados Unidos.

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Quedas de Galp e BCP levam Lisboa a terceira sessão consecutiva de perdas

O dia foi negativo nas praças europeias e Lisboa não foi exceção. A Galp Energia caiu mais de 2% e pressionou o PSI-20, que foi também penalizado pelo BCP.

A bolsa nacional registou perdas pela terceira sessão consecutiva, num dia em que acompanha também o sentimento negativo vivido nas principais praças europeias. As quedas de 2% da Galp Energia, numa altura em que o preço do barril de petróleo desvaloriza nos mercados internacionais, e de mais de 1% do BCP pesam no índice de referência nacional.

O PSI-20 recuou 0,40% para os 5.691,16 pontos na sessão desta quarta-feira. Entre as 19 cotadas, apenas seis terminaram o dia em “terreno” verde, enquanto duas — a Nos e a Semapa — ficaram inalteradas e as restantes registaram desvalorizações.

Nas quedas, destaque para a Galp Energia, que caiu 2,18% para os 9,15 euros, num dia em que o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, desvaloriza 1,63%, para 84,25 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 1,65%, para 83,25 dólares.

Galp cai mais de 2%

Já o BCP perdeu 1,72% para 0,1540 euros, na véspera de apresentar as contas trimestrais. Esta manhã, o seu banco na Polónia reportou prejuízos de 181,2 milhões nos primeiros nove meses do ano, penalizado pelas provisões para os riscos legais com os casos em tribunal relativos a contratos de empréstimo à habitação em francos suíços.

Nota ainda para a Jerónimo Martins, que caiu 0,88%, para 19,16 euros, antes de apresentar resultados trimestrais, bem como para a Altri, que perdeu 2,93% para 5,47 euros e para a sua subsidiária, Greenvolt, que desvalorizou 1,99% para os 6,89 euros.

No extremo oposto, a liderar os ganhos do PSI-20, ficou a família EDP. A subsidiária EDP Renováveis ganhou 1,44% para os 24,02 euros, enquanto a casa-mãe EDP avançou 0,99% para 4,89 euros.

Já pela Europa, o dia também foi de perdas. O índice de referência Stoxx 600 caiu 0,4%, tendo sido acompanhado por outras importantes praças do Velho Continente. É o caso do índice alemão Dax, que também recuou 0,4%, do espanhol Ibex, que desvalorizou 0,5%, e do britânico FTSE, que perdeu 0,3%.

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EUA emitem primeiro passaporte com indicação de género ‘X’

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Os EUA juntam-se assim a países como a Austrália, a Nova Zelândia, o Nepal e o Canadá, ao permitir aos seus cidadãos que indiquem outro género além do masculino ou feminino nos seus passaportes.

Os Estados Unidos emitiram o seu primeiro passaporte com a designação de género ‘X’, um marco no reconhecimento dos direitos das pessoas que não se identificam como homens ou mulheres, indicou esta quarta-feira o Departamento de Estado.

Trata-se de uma terceira opção de género que o Estado federal norte-americano espera poder apresentar em maior escala à população no próximo ano, segundo a mesma fonte.

A enviada diplomática especial dos Estados Unidos para os direitos LGBTQ (Lésbicas, ‘Gays’, Bissexuais, Transexuais e ‘Queer’), Jessica Stern, classificou a medida como histórica e digna de celebração, afirmando que ela alinha os documentos oficiais com a “realidade vivida” de que existe um espetro mais amplo de características sexuais humanas do que o que estava refletido nas duas anteriores designações.

“Quando uma pessoa obtém documentos de identificação que refletem a sua verdadeira identidade, ela vive com maior dignidade e respeito”, sustentou Stern.

O Departamento de Estado não divulgou para quem foi o primeiro passaporte emitido. Um responsável escusou-se a dizer se foi para Dana Zzyym – um intersexual residente no Estado do Colorado que tem estado envolvido numa batalha judicial com aquele departamento governamental desde 2015 -, argumentando que o departamento habitualmente não discute pedidos individuais de passaporte devido a questões de privacidade.

Foi negado a Zzyym um passaporte por não ter assinalado os géneros masculino ou feminino no formulário do seu pedido. De acordo com documentos judiciais, Zzyym escreveu “intersexual” acima dos quadrados com as opções ‘M’ e ‘F’ e, numa carta à parte, pediu que ali fosse colocada a designação de género ‘X’.

Zzyym nasceu com características físicas sexuais ambíguas, mas foi criado como um rapaz e submetido a várias cirurgias que não conseguiram dar-lhe uma aparência masculina total, segundo documentos judiciais.

Serviu na Marinha como pessoa do género masculino, mas mais tarde passou a identificar-se como intersexual, enquanto trabalhava e estudava na Colorado State University.

A recusa pelo Departamento de Estado de emissão de passaporte a Zzym impediu-o de viajar até ao México, para assistir a uma reunião da Organização Intersexo Internacional.

O Departamento de Estado anunciou em junho que estava a trabalhar no sentido de adicionar uma terceira opção de género para os não-binários, intersexuais e outras pessoas que não se identificam com nenhum género, mas disse que tal levaria tempo, porque exigia extensas atualizações nos seus sistemas informáticos.

Um funcionário do departamento indicou que o formulário para pedir passaporte e a atualização informática com a opção de designação de género ‘X’ ainda terão de ser aprovados pelo Gabinete de Gestão e Orçamento, que aprova todos os formulários oficiais, antes de poderem ser emitidos.

O Departamento de Estado norte-americano permite agora também aos requerentes de passaporte que apenas indiquem o seu género como masculino ou feminino, deixando de lhes exigir a apresentação de um atestado médico caso o seu género não coincida com o que consta dos seus restantes documentos de identificação.

Os Estados Unidos juntam-se assim a países como a Austrália, a Nova Zelândia, o Nepal e o Canadá, ao permitir aos seus cidadãos que indiquem outro género além do masculino ou feminino nos seus passaportes.

Stern indicou que o seu gabinete planeia falar por todo o mundo sobre a experiência dos Estados Unidos com a mudança nas suas interações e que espera que tal possa inspirar outros Governos a apresentarem essa opção.

“Encaramos isto como uma forma de afirmar e defender os direitos humanos das pessoas trans e intersexuais e não-identificadas com qualquer género e não-binárias em todo o lado”, frisou.

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Vilamoura quer construir 1.400 quartos em seis anos

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

A Marina de Vilamoura será também alvo de remodelação. Projeto deve ser conhecido até ao início de 2022.

Os novos donos de Vilamoura, no Algarve, pretendem construir 1.400 unidades de alojamento em seis anos, apostar no mercado nacional e no conceito de teletrabalho, sendo a expansão da marina outro dos objetivos, disse o presidente executivo à Lusa.

Realçando que Vilamoura atravessou um período de várias administrações, vários donos e “alguma convulsão” com uma “aposta no curto e médio prazo”, o presidente executivo da Vilamoura World revelou à Lusa que pretende fazer uma aposta a “longo prazo” e desenvolver produto imobiliário, o que “ultimamente se tem feito muito pouco”.

“Achamos que Vilamoura é um destino sobejamente conhecido, muito português, onde 50% dos compradores de mobiliário e dos que habitam são portugueses. Temos como perspetiva para os próximos seis anos construir cerca de 1.200 a 1400 unidades [quartos] divididas entre residencial e hoteleiro”, revelou João Brion Sanches à Lusa, à margem da conferência ‘The Resort and Residential Hospitality Forum’ (R&R), que decorre em Vilamoura.

João Brion Sanches liderou um grupo de investidores nacionais que, apoiados num fundo do grupo inglês Arrow Global, adquiriu em maio deste ano o resort Vilamoura World (Lusotur) à norte-americana Lone Star.

O gestor assumiu existir uma “ambição grande de construção” de todo o tipo de imobiliário, desde “moradias individuais, moradias em banda, apartamentos, aparthotéis e hotéis”, e não uma aposta na venda de lotes.

O primeiro projeto deverá ser apresentado no “final deste ano, princípio do próximo”, acrescentou.

A aposta no cliente nacional, “sem esquecer o estrangeiro”, traduz-se em construção com estacionamento em cave, piscinas privadas para cada moradia e conforto térmico. No fundo, “tudo aquilo que dá conforto para uma pessoa viver numa casa e não apenas passar 15 dias de férias”, notou ainda.

A Marina de Vilamoura, uma das estruturas geridas pela empresa, será também alvo de remodelação, que, não podendo detalhar o projeto por “não estar ainda aprovado em Conselho de Administração”, propõe uma expansão e a criação de condições para que haja uma “quantidade alargadíssima” de postos de amarração para barcos grandes – de 20 a 40 metros de comprimento.

Há muitos barcos que fazem o trajeto do Mediterrâneo para o Atlântico e regressam antes do verão e na costa portuguesa praticamente não têm onde ficar”, sustentou.

Questionado sobre os constrangimentos de ordem ambiental que limitaram a construção do projeto a cidade lacustre, João Brion Sanches afirmou que é um projeto “completamente para abandonar”, assumindo que era “desadequado” à localização e ao mercado que existe atualmente no mundo onde quem tem mais poder de compra “não quer essa densidade de construção”.

A intenção é fazer “quase o oposto”, com construções “completamente integradas na natureza, respeitando totalmente aquilo que existe”, defendeu, realçando que pretendem que a zona dos lagos seja usufruída em termos de paisagem natural, com a “mínima intervenção humana”.

“O máximo que poderemos fazer é regularizar períodos de cheias, que pode haver, com chuvas torrenciais, regular esses extremos da natureza, mas conviver completamente com o ambiente e com a natureza”, notou.

Questionado sobre as restrições que os vistos dourados (‘gold’) vão passar a ter no início de 2022, onde, no Algarve, contemplam apenas os apartamentos de regime turísticos e não residencial, lamentou a atitude do Governo.

É pena que o Governo tenha tido esta alteração legislativa numa altura que até se justificasse quase o contrário, com um período de pandemia no qual o imobiliário e o turismo sofreram. Não se justificava (…), a nível nacional teria sido muito melhor não ter mexido nessa legislação”, lamentou

João Brion Sanches defendeu que é um segmento de mercado muito “interessante” porque procura apartamentos de 500 mil euros, mas acaba por gastar “600, 700, 800 mil euros” já que se “entusiasmam” e descobrem que é “muito mais que fazer um investimento para ter um visto”.

O presidente executivo da Vilamoura World revelou que a retoma já se sente, que o fluxo pedonal na Marina está “10% abaixo de 2019 e 20% acima de 2020”.

“Se os meses de novembro e dezembro continuarem neste ritmo, iremos ficar muito perto dos valores de 2019”, concluiu.

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Países Baixos retiram licença a fornecedor de energia devido aos preços elevados

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Esta é a primeira vez, desde que os preços do gás começaram a subir, que o regulador holandês retira uma licença a um fornecedor de energia.

A Autoridade holandesa de Consumidores e Mercados revogou esta quarta-feira a licença do fornecedor Welkom Energie, já que os altos preços da energia o impedem, a partir de novembro, de fornecer gás e eletricidade aos seus 90.000 clientes.

Esta é a primeira vez, desde que os preços do gás começaram a subir, que a Autoridade de Consumidores e Mercados (ACM) holandesa retira uma licença a um fornecedor de energia, cujos clientes serão absorvidos pela Eneco, um dos maiores produtores de gás natural e eletricidade dos Países Baixos.

A Welkom Energie, fornecedora de energia ecológica, pediu à ACM que revogasse a sua licença e confirmou que, a partir do dia 1 de novembro, não consegue garantir o fornecimento de eletricidade e gás aos 90.000 consumidores que contrataram os seus serviços devido aos atuais altos preços da energia.

Estes clientes vão, entretanto, passar a pagar preços mais elevados pelo consumo de energia, já que obterão contratos com base na situação atual, embora só fiquem vinculados à Eneco até 1 de dezembro, data a partir da qual poderão mudar de fornecedor.

A ideia é que estas 90.000 pessoas não tenham de se preocupar com a possibilidade de não ter luz e gás pelo menos durante o próximo mês.

Os preços aumentaram drasticamente nos últimos meses, fazendo disparar as contas da energia elétrica de residências e empresas.

Nos Países Baixos, o Governo decidiu alocar cerca de três mil milhões de euros para medidas de apoio às famílias e empresas, a maioria dos quais será usada para reduzir o imposto de energia sobre gás e eletricidade.

Além disso serão disponibilizados fundos aos cidadãos para garantir um melhor isolamento das suas casas de forma a reduzir a necessidade de consumir energia para aquecimento.

Por outro lado, a Netherlands Oil Company (NAM), detida em partes iguais pela Shell e pela ExxonMobil, anunciou que irá agrupar os seus pequenos campos de petróleo e gás em terra e no mar em quatro novas entidades regionais, que serão sociedades limitadas e postas à venda.

A empresa, fundada em 1947, registou um prejuízo de 315 milhões de euros no ano passado, devido aos preços do gás, à baixa produção e à necessidade de fazer provisões adicionais para pagar os dados causados por um terramoto em Groningen, cujo campo de extração de gás será fechado no próximo ano.

A NAM, que tem mais de 70 concessões de campos de gás em terra nos Países Baixos e cerca de 40 no Mar do Norte, espera concluir a sua reestruturação no próximo ano para depois começar a procurar compradores.

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Rangel já tem as assinaturas para poder antecipar congresso do PSD

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel quer antecipar o congresso previsto para janeiro e já terá as 70 assinaturas necessárias para convocar o Conselho Nacional extraordinário do PSD.

Paulo Rangel quer convocar um Conselho Nacional extraordinário do PSD para antecipar para 17 e 18 de dezembro o congresso previsto para 14, 15 e 16 de janeiro, estando já a recolher assinaturas para o efeito. O Expresso avança, aliás, que o candidato à liderança social-democrata já tem as 70 assinaturas necessárias para solicitar a reunião do órgão máximo do partido.

O objetivo de Rangel é que o líder do PSD, que será eleito nas diretas de 4 de dezembro, esteja já em plenas funções para elaborar as listas de candidatos a deputado e apresentar-se em eleições legislativas no início de 2022, em caso de chumbo do Orçamento do Estado. Mas, primeiro, é preciso que o documento seja votado e que o Presidente da República inicie, de facto, o processo de convocação de eleições antecipadas.

Está nas mãos do presidente da Mesa, Paulo Mota Pinto, dar seguimento ao requerimento e convocar o órgão máximo do PSD entre congressos, tendo 15 dias para o fazer, salvo “se outro prazo mais curto for requerido”. O atual líder e recandidato à liderança do partido, Rui Rio, quer, no entanto, pedir o adiamento das eleições diretas.

Na terça-feira, o Presidente da República recebeu Paulo Rangel no Palácio de Belém, alegadamente para discutir prazos eleitorais. Esta quarta-feira, questionado sobre o assunto, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que recebe “toda a gente”: “quando me pedem audiências por cortesia eu recebo, faz parte da lógica das coisas”.

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Tribunal deixa cair providência cautelar dos sindicatos contra despedimentos no Santander

Tribunal deixou cair providência cautelar que visava travar os despedimentos no Santander devido a questões processuais. Sindicatos vão recorrer da decisão.

O Tribunal do Trabalho de Lisboa deixou cair a providência cautelar interposta por vários sindicatos bancários contra o despedimento coletivo do Santander Totta, que abrangerá 145 trabalhadores, como avançou o ECO em primeira mão.

Por essa razão, o tribunal também cancelou a audiência que ia ter lugar esta quinta-feira para audição de testemunhas neste processo, segundo a decisão a que o ECO teve acesso.

O juiz considerou existir um “efetivo erro na forma de processo”, pois foi interposta uma providência cautelar inominada quando a lei processual dispõe de um procedimento específico para a suspensão de um processo de despedimento coletivo. Além disso, o juiz também disse que é “manifesto que há falta de interesse em agir” por parte dos sindicatos, isto é, quando a providência cautelar foi interposta pelos sindicatos ainda o banco não havia efetivado a qualquer despedimento.

Em reação, o Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro e Sindicato dos Bancários do Norte dizem que “não se conformam com esta decisão, tomada sem realização de audiência de discussão e julgamento, após a mesma ter sido considerada essencial para a boa decisão da causa, o que permitiria evidenciar os danos de que os trabalhadores estão, já, a ser vítimas.” Por isso, vão interpor o respetivo recurso.

A providência cautelar foi anunciada no dia 30 de setembro, mas o banco liderado por Pedro Castro e Almeida só deu início ao despedimento coletivo na semana passada, quando começou a notificar os 145 trabalhadores abrangidos por esta medida na passada quarta-feira, dia 20.

Na decisão, o juiz frisou que “umas das restrições ao princípio da segurança no emprego é o despedimento por causas objetivas, ou seja, causa justificadas em que, não sendo imputáveis a culpa do trabalhador ou do empregador, existe uma inviabilidade na manutenção da relação laboral, uma impossibilidade prática da subsistência do contrato”.

“Assim, o recurso à modalidade de cessação dos contratos de trabalho através do despedimento coletivo configura em si um direito do empregador”, sublinhou o juiz.

A decisão é conhecida no dia em que o Santander Totta apresentou lucros de 172 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma quebra de 32% em relação ao mesmo período do ano passado.

(Notícia atualizada às 16h45 com reação dos sindicatos)

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Marcelo confirma que fez “diligências” junto do Bloco e do PCP por causa do Orçamento. Mas “está muito difícil”

O Presidente da República falou com PCP e Bloco, que podiam ser "chave" para viabilização do Orçamento, mas percebeu que seria "muito difícil" desbloquear o impasse.

O Presidente da República assumiu que fez “diligências” para a viabilização do Orçamento do Estado (OE), com Bloco de Esquerda e PCP, que “podiam ser a chave para resolução do problema”. No entanto, já nessa altura percebeu que seria “muito difícil” mudarem a intenção de voto, sinalizou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Aquilo que fiz de diligências foi antes do começo do debate [na generalidade do OE], só com os dois partidos principais de esquerda que podiam ser a chave para resolução do problema, e na altura verifiquei que era muito difícil”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Apesar de continuar a dizer que vai esperar até ao último segundo, o Presidente da República adianta assim que será improvável conseguir resolver o impasse nas negociações, pelo menos com estes partidos. Quando à dissolução da Assembleia, Marcelo aponta que decidirá “depois de se saber a decisão da Assembleia”.

O Presidente admite que preferia que o OE fosse aprovado, mas “a decisão soberana é da Assembleia da República” e “é democrática”, pelo que acabará por ser “aquilo que foi a expressão da vontade dos portugueses”. A votação irá ocorrer esta quarta-feira à tarde, após o debate na generalidade do OE.

Questionado sobre ter recebido Paulo Rangel, que já assumiu que será candidato à presidência do PSD, Marcelo aponta que recebe “toda a gente”: “quando me pedem audiências por cortesia eu recebo, faz parte da lógica das coisas”. “Vamo-nos concentrar no essencial, senão estamos a desfocar do essencial e passar a secundário”, reitera.

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“Este Orçamento do Estado é o pior dos últimos 20 anos”, diz Pedro Ferraz da Costa

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

O país já vive em instabilidade politica “a partir do momento” em que há “um Governo que é gerido com base” em impulsos anuais de aprovação do Orçamento do Estado, aponta Pedro Ferraz da Costa.

O presidente do Fórum para a Competitividade, Ferraz da Costa, considerou esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) como a “pior dos últimos 20 anos”, acreditando que o seu chumbo “não é um problema”.

“Este Orçamento do Estado é o pior dos últimos 20 anos. Para nós não é um problema que seja chumbado”, referiu Pedro Ferraz da Costa à entrada da conferência sobre o OE2022 que está a decorrer hoje em Lisboa, promovida pelo Fórum para a Competitividade.

O presidente do Fórum para a Competitividade considerou ainda que “o Governo perdeu completamente a noção da realidade quando começou a ir atrás” do PCP e do BE e com medidas que “afetam seriamente a competitividade das empresas” numa altura de retoma da economia e em que existe ainda muita incerteza.

Questionado sobre o clima de instabilidade política que pode resultar do chumbo da proposta orçamental, Ferraz da Costa acentuou que o país já vive em instabilidade politica “a partir do momento” em que há “um Governo que é gerido com base” em impulsos anuais de aprovação do Orçamento do Estado.

“Isso não é estabilidade, é instabilidade política”, precisou, adiantando que a negociação da aprovação do OE na “praça pública” é um “espetáculo mau” e que se este OE for aprovado “não reforça a credibilidade” da solução governativa.

Reiterando que não vê com preocupação o chumbo do OE, Ferraz da Costa referiu alguns dos aspetos que, na sua opinião, fazem deste Orçamento o pior dos últimos anos, anotando as medidas fiscais e também a ligação às propostas de alteração da legislação laboral, criticando a possibilidade de se reverterem mudanças introduzidas durante o período da ‘troika’.

Já na abertura da conferência, o presidente do Fórum para a Competitividade, afirmou: “O chumbo do Orçamento e a realização de eleições antecipadas é, pelo menos para mim, um motivo de esperança”.

O responsável adiantou ainda que este desfecho terá “a vantagem” de permitir queimar uma etapa.

O debate na generalidade do OE2022 arrancou esta terça-feira e prossegue hoje, culminando com a votação da proposta orçamental, numa altura em que o número de votos contra impede a sua aprovação.

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TJUE impõe multa de um milhão por dia à Polónia

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

"O TJUE [Tribunal de Justiça da UE] despreza e ignora completamente a Constituição polaca e as decisões do Tribunal Constitucional", reagiu o vice-ministro da Justiça polaco, Sebastian Kaleta.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) condenou esta quarta-feira a Polónia a pagar uma multa de um milhão de euros por dia até acatar as medidas provisórias de respeito pelo Estado de direito, ordenadas em julho.

Num comunicado de imprensa, o TJUE sustenta que “a Polónia não suspendeu a aplicação das disposições nacionais relativas, nomeadamente, aos poderes da Câmara de Disciplina do Supremo Tribunal e é, por conseguinte, condenada a pagar à Comissão Europeia uma sanção pecuniária compulsória diária de 1.000.000 EUR”.

A ordem emitida esta quarta-feira por um vice-presidente considera que “o cumprimento das medidas provisórias ordenadas em 14 de julho de 2021 é necessário para evitar danos graves e irreparáveis à ordem jurídica da União Europeia e aos valores em que esta assenta, em particular o Estado de direito”.

Polónia qualifica de “chantagem” as decisões proferidas por tribunal europeu

O vice-ministro da Justiça polaco, Sebastian Kaleta, criticou esta quarta-feira a multa aplicada ao seu país pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), qualificando as decisões do tribunal de “chantagem”.

“O TJUE despreza e ignora completamente a Constituição polaca e as decisões do Tribunal Constitucional. Atua fora dos seus poderes e abusa de sanções económicas e outras medidas provisórias”, disse Kaleta, numa mensagem publicada nas redes sociais.

Esta é a próxima fase de uma operação para impedir a soberania da Polónia (no ordenamento) do seu próprio sistema de Estado, é uma usurpação e chantagem”, conclui o vice-ministro.

Trata-se da terceira sanção a Varsóvia, já que anteriormente foi imposta uma multa de 100 mil euros por dia por permitir o corte de árvores na floresta protegida de Bialowieza e outra multa, de 500 mil euros por dia, pela manutenção da mina de carvão de Turów, denunciada pela República Checa pelos seus efeitos poluentes.

Do ponto de vista de Bruxelas, posteriormente endossado pelo tribunal comunitário, a lei disciplinar polaca mina a independência dos juízes e não oferece as garantias necessárias para protegê-los do controlo político.

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DLA Piper ABBC assessora Waterlogic na aquisição da HBS

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário & M&A e TMT e contou com a participação das associadas Sofia de Oliveira Moiteiro e Mariana Melo Pinto.

A sociedade de advogados DLA Piper ABBC assessorou a Waterlogic na aquisição da Home Business Solutions (HBS), incluindo as empresas Ocafe e Aagua, em Portugal.

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário & M&A e TMT e contou com a participação das associadas Sofia de Oliveira Moiteiro e Mariana Melo Pinto.

A Waterlogic é uma empresa líder mundial no design, produção, distribuição e prestação de serviços de distribuidores de água potável purificada.

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Nasdaq sobe com resultados da Alphabet e Microsoft

As cotadas tecnológicas estão em alta e a beneficiar o índice norte-americano Nasdaq. Destaque para a valorização da McDonalds, depois de as vendas terem disparado a nível mundial.

Os principais índices norte-americanos abriram mistos esta quarta-feira, após os máximos da sessão anterior. O índice tecnológico Nasdaq está a valorizar, beneficiando de uma série de resultados positivos de cotadas tecnológicas, como é o caso da Microsoft e da Alphabet (ex-Google).

O Dow Jones cede 0,05%, para 35.739,45 pontos, e o S&P 500 valoriza 0,08%, para 4.578,24 pontos. Tanto o S&P 500 como o Dow Jones fecharam em máximos históricos na sessão desta terça-feira.

Já o Nasdaq, que estava cerca de 1% abaixo do recorde atingido a 7 de setembro, sobe 0,46%, para os 15.306,45 pontos, numa sessão em que várias cotadas tecnológicas registam fortes ganhos.

As ações da Microsoft estão a subir 2% após a empresa fundada por Bill Gates ter previsto um forte fecho das contas este ano, ajudadas pela expansão do negócio da cloud. A Alphabet valoriza quase 1% depois de ter revelado que atingiu um recorde de lucro com as vendas de anúncios a disparar.

Nota ainda para o Twitter. Apesar de ter registado prejuízos de 537 milhões de euros, viu a sua receita trimestral crescer 37%. Mas as ações da rede social estão a cair mais de 7% neste início de sessão, depois de ter desiludido os investidores.

Ainda entre as cotadas, é de destacar a subida de 1% das ações da Boeing, após a fabricante de aviões ter registado um pequeno lucro graças a mais entregas do modelo 737 MAX. E, por fim, a valorização superior a 2% das ações da McDonalds no dia em que a cadeia de fast food anunciou um crescimento de 12,2% das vendas a nível mundial.

Os resultados das cotadas em Nova Iorque deverão continuar a marcar o andamento dos índices uma vez que muitas empresas ainda vão divulgar as suas contas nos próximos dias. De acordo com os dados da Refinitiv/Reuters, os lucros das cotadas do S&P 500 deverão crescer 35,6% em termos homólogos no terceiro trimestre.

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