Justiça faz mira a contratos de Luís Filipe Vieira no Benfica

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

Ministério Público e Autoridade Tributária pediram ao Benfica documentação sobre negócios envolvendo mais 16 atletas, dias depois da detenção de Luís Filipe Vieira.

Dias depois da detenção de Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, o Ministério Público e o Fisco solicitaram ao clube elementos sobre venda ou compra de mais 16 jogadores, num total de 19 negócios a serem investigados, noticia esta quarta-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

Nos mandados, o Ministério Público defende que o clube terá sido lesado e que o inflacionar das comissões serviu para fazer circular dinheiro no universo do então presidente dos “encarnados”. Estão em causa negócios com craques como Jonas, Lucas Veríssimo ou Darwin Núñez.

No caso do negócio com Darwin Núñez, está em causa a contratação mais cara alguma vez feita pelas “águias” (ou mesmo por um clube português), que custou 25,02 milhões de euros, de acordo com o CM. O jornal garante ainda que os negócios envolvem também o empresário Bruno Macedo, que tem boas relações no Brasil.

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Adicional ao ISP e contribuições da banca e energia caem com chumbo do Orçamento

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

Se proposta de Orçamento for mesmo chumbada, o adicional ao ISP e as contribuições sobre a banca e sobre o setor energético também deverão cair.

Se o Orçamento do Estado (OE) para 2022 for mesmo chumbado esta quarta-feira no Parlamento, como é agora expectável, algumas medidas atualmente em vigor deverão cair por terra. É o caso do adicional ao ISP — o imposto que incide sobre os combustíveis –, da contribuição sobre o setor bancário e da contribuição sobre o setor energético, disseram especialistas ao Público (acesso condicionado).

Em causa estão taxas e contribuições que foram implementadas há algum tempo, mas que, para permanecerem em vigor, são sucessivamente renovadas por via do Orçamento pelo prazo de um ano. Assim, se a proposta atual for chumbada, o Governo passa a ter de gerir o país a duodécimos a partir de 1 de janeiro, com base no Orçamento do Estado deste ano, mas sem a aplicação deste adicional ao imposto e das duas contribuições.

A Lei de Enquadramento Orçamental diz que não são aplicadas as normas do OE do ano anterior que contenham uma “autorização para a cobrança de receitas cujos regimes se destinavam a vigorar apenas até ao final do ano económico a que respeitava a lei”. Esta exceção não afeta impostos como o IRS, IRC ou IVA, mas afeta outros como o adicional ao ISP e as contribuições sobre os setores bancário e energético. Ou seja, estas taxas precisam que um novo OE as reafirme para que continuem em vigor no ano seguinte, de acordo com o jornal.

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Hoje nas notícias: Adicional ao ISP, Benfica e pneumonia

  • ECO
  • 27 Outubro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O eventual chumbo da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 continua a preencher as manchetes dos jornais, com o Presidente da República a tentar evitar um cenário de eleições antecipadas. Ora, se acontecer, o adicional ao ISP deixará de estar em vigor. Além desta notícia, destaque para o Ministério Público, que continua a apertar o cerco a Luís Filipe Vieira.

Adicional ao ISP, contribuição da banca e CESE caem com chumbo ao OE

O adicional ao ISP, a contribuição sobre o setor bancário e a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) são algumas das medidas que deixam automaticamente de estar em vigor caso a proposta do Governo para o Orçamento do Estado (OE) para 2022 acabe por ser chumbada no Parlamento esta quarta-feira. Estas medidas já têm algum tempo, mas só porque o Governo as renova sucessivamente através do Orçamento.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ministros querem eleições antecipadas, mas Marcelo resiste

Os ministros querem eleições antecipadas, assegura o Correio da Manhã, mas o Presidente da República está a fazer “diligências complementares” para evitar uma crise política, como anunciou na terça-feira à noite. Marcelo Rebelo de Sousa terá telefonado ao presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, e a alguns deputados do PSD do Norte, para os tentar convencer a mudarem o sentido de voto para abstenção ou mesmo a favor. Contudo, no Governo, o cenário que já está em cima da mesa é mesmo o de eleições.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Orçamento do Estado pode sobreviver sem ser votado

Existe uma forma alternativa de a proposta de OE apresentada pelo Governo sobreviver esta quarta-feira ao crivo do Parlamento: baixar à comissão sem votação, algo que acontece inúmeras vezes no Parlamento. Para que isso funcione, neste caso, é preciso que um partido apresente um requerimento nesse sentido, no caso com autorização do Governo (porque é o Governo o autor da proposta de lei). E, para que o requerimento seja tornado eficaz, evitando-se a votação na generalidade do diploma, é preciso que seja aprovado por maioria simples. Mas o cenário já foi considerado um “não-assunto” por uma fonte ao DN.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Justiça aperta o cerco a contratos de Vieira no Benfica

Dias depois da detenção de Luís Filipe Vieira, o Ministério Público e a Autoridade Tributária pediram ao Benfica elementos sobre a compra ou venda de mais 16 jogadores, num total de 19 negócios a serem investigados. Nos mandados, o Ministério Público defende que o clube terá sido lesado e que o inflacionar das comissões serviu para fazer circular dinheiro no universo do então presidente dos “encarnados”. Estão em causa negócios com craques como Jonas, Lucas Veríssimo ou Darwin Núñez.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Mais do que duplica venda de vacinas contra pneumonia

Em 2019, foram vendidas 118.944 unidades de vacinas contra a pneumonia. Em 2020, o número mais do que duplicou, tendo-se registado 290.293 unidades vendidas. Até agosto deste ano, já se venderam 47.024 unidades, mas espera-se que, até ao final do ano, esse número dispare, de acordo com dados da Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Comissões cobradas pela ASF levantam dúvidas de legalidade

O regulador do seguros mudou a forma como cobra pela gestão dos fundos de acidentes de trabalho e de garantia automóvel. Fiscalização da ASF alega falta de sustentação jurídica.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) mudou, em 2020, a forma como passou a cobrar pela gestão do Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT) e do Fundo de Garantia Automóvel (FGA). A nova metodologia fez soar os alarmes da Comissão de Fiscalização do próprio regulador que, além de assinalar que o cálculo da cobrança pela ASF não tem sustentação jurídica, também sugeriu ilegalidade financeira. A Inspeção Geral de Finanças terá concordado com esta comissão.

O regulador, liderado por Margarida Corrêa de Aguiar desde junho de 2019, identificava os custos diretamente imputados a estes dois fundos, FAT e FGA, nomeadamente despesas de pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros, e acrescia um encargo variável comum difícil de individualizar. No final desse ano, a ASF alterou a metodologia e passou a calcular o seu fee de gestão através de um valor de comissão calculado sobre valor líquido da carteira de investimentos de cada um dos fundos.

Na prática essa mudança significou uma receita para a ASF de cerca de seis milhões de euros em 2020 com a gestão dos dois fundos públicos responsáveis pelas indemnizações aos lesados quando os responsáveis por um acidente de carro ou de trabalho não têm seguro. Em 2019, os montantes cobrados aos fundos totalizaram cerca de 1,2 milhões de euros, sendo no entanto de sinalizar que existe um “constrangimento de efetiva comparabilidade de realidades diferentes”, como sublinhou a Comissão de Fiscalização no parecer que consta no Relatório de Atividade e Contas Anuais de 2020.

Já para 2021, a entidade previa um valor de comissões de gestão do FAT e do FGA de 10,1 milhões, um aumento de 70,2% face ao ano anterior. Ao contrário, a estimativa para as taxas de supervisão, que são pagas pelas empresas seguradoras, é de uma redução de 13,8%.

Previsão de receita anual inscrita no Plano Anual de Atividades e Orçamento da ASF para 2021

“A ASF limita-se a ser ressarcida pelas despesas incorridas com a gestão dos dois fundos, FGA e FAT, não beneficiando de qualquer ganho adicional”, afirmou a ECO fonte da administração da ASF, acrescentando que “no âmbito da gestão dos referidos fundos, foi adotada uma nova metodologia baseada na imputação, direta e indireta, dos custos incorridos com administração dos mesmos, não se configurando a existência de qualquer ilegalidade, tendo os fundos sido sempre objeto da cobrança de comissões”.

A BDO & Associados, sociedade auditora das contas da ASF, refere-se a este tema no seu relato sobre a auditoria das demonstrações financeiras de 2020, salientando que “a comissão de gestão calculada com base no valor dos fundos é o modelo comummente utilizado pela maioria dos fundos (mobiliários, imobiliários, de pensões, de capital de risco, etc…), que habitualmente consta dos respetivos regulamentos de gestão desses fundos”, conclui.

Quando a comparação é com os outros supervisores financeiros, Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a prática é diferente, em particular nos valores que cobram. O BdP, por exemplo, não cobra qualquer comissão por gerir o Fundo de Garantia de Depósitos e o valor que a CMVM recebe pela gestão do Sistema de Indemnização aos Investidores é simbólico, muito longe dos dez milhões de euros que a ASF pretende cobrar ao FAT e ao FGA.

A decisão está agora nas Finanças que, em janeiro de 2020, no despacho em que aprovou o plano de atividades e propostas de orçamentos, “enfatizava” a questão da ilegalidade financeira e de falta de sustentação jurídica levantada pela Comissão de Fiscalização.

A Comissão de Fiscalização, num parecer de 18 de novembro de 2019 que é reproduzido no relatório de 2020, sinalizou que “os planos e orçamentos apresentados contemplam uma nova metodologia aparentemente não baseada na agregação de custos suportados pela ASF, mas em comissões de gestão a cobrar pela ASF ao FGA e ao FAT. Atendendo à novidade desta solução e aos princípios aplicáveis neste domínio, de tipicidade de receitas e despesas (…), considera-se que a eventual implementação carecerá de uma adequada clarificação sobre a sustentabilidade jurídica da solução e de uma explicitação dos parâmetros ou critérios utilizados para calcular as comissões”.

Já nas conclusões do parecer sobre o relatório, a Comissão de Fiscalização acaba por aprovar o documento, apesar de salientar as observações e recomendações relativamente a estes pontos, nomeadamente colocando “significativa ênfase sobre esse problema de legalidade financeira a merecer devida atenção e seguimento”.

O Relatório de Atividade e Contas Anuais foi acompanhado de uma nota técnica da ASF sobre a cobrança das comissões de gestão, com a sustentação para a prática. Nesta nota, o supervisor faz um enquadramento onde recorda que as comissões têm sido cobradas “ao longo de mais de duas décadas”, sempre tendo sido considerado que têm “enquadramento legal”. No entanto, o modelo de cálculo “carecia de aperfeiçoamento”, defendem, pelo que foi instituído um diferente.

O Conselho de Administração vê a nova metodologia como “legítima”, mas decidiu consultar dois “reputados professores de Direito”, Tiago Duarte e Eduardo Paz Ferreira, sendo que ambos defendem a legalidade financeira da prática. A ASF admite, ainda assim, que nada impede a administração de ajustar as comissões orçamentadas ao “concreto desenvolvimento da despesa”.

Ao que ECO apurou, toda a fundamentação para a nova metodologia de cobrança foi entregue pela ASF às Finanças e já existe um parecer final da parte do ministério depois do entendimento da Inspeção Geral de Finanças (IGF). O parecer da IGF, segundo soube o ECO, indica que não existe base legal para a cobrança destas comissões de gestão. Com este entendimento, o plano de atividades da ASF não deverá ter “luz verde” das Finanças, pelo que poderá ter de ser revisto.

O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre a situação, mas não obteve resposta até à publicação do artigo.

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Grupo eDreams instala hub tecnológico no centro do Porto

A gigante das viagens online acaba de abrir o primeiro escritório em Portugal, iniciando a operação com 25 pessoas na Baixa do Porto e uma centena de vagas em aberto na área de tecnologia e produto.

O grupo eDreams Odigeo, um dos maiores do mundo no setor das viagens online, arrendou um escritório com 845 metros quadrados no quarto piso do Trindade Domus, um empreendimento imobiliário que combina retalho e escritórios, para instalar o centro de desenvolvimento tecnológico no centro do Porto.

De portas abertas desde o início de outubro, o hub de engenharia em Portugal arranca com uma equipa de 25 pessoas. Em entrevista ao ECO, o presidente executivo, Dana Philip Dunne, referiu que a empresa tem “à volta de cem posições em aberto para preencher na Europa” – tem centros também em Barcelona, Madrid e Milão – e espera “colocar uma grande porção delas” na cidade Invicta.

Estas vagas para os departamentos de tecnologia e de inovação de produto “vão estar em aberto até serem preenchidas”, mas o líder do grupo de origem espanhola esperar “abrir muitas mais” no futuro próximo. “Temos espaço para ter significativamente mais pessoas aqui. No entanto, se houver um crescimento dramático [de funcionários no Porto], iremos expandir para outros locais na cidade”, assegurou.

 

Neste edifício com sete pisos acima do solo e três em cave, situado nas traseiras da Câmara do Porto, a eDreams tem como vizinhas outras empresas de referência, como a multinacional francesa Armatis. Inaugurado em 2008, o Trindade Domus esteve vários anos ao abandono até ser reconvertido em centro de negócios, tendo sido comprado em agosto de 2020 pela Finangeste –- o primeiro “bad bank” português — e por um investidor institucional sediado no Reino Unido, por 40,5 milhões de euros.

Sem quantificar o investimento realizado em Portugal – “não somos proprietários de hotéis, rent-a-cars ou aviões; somos uma tecnológica que investe em pessoas para construir produtos, serviços e experiências para os consumidores”, frisou –, o gestor nascido em Nova Iorque, que até 2011 foi diretor comercial da Easyjet, explicou que, “com o tempo”, a equipa portuguesa vai “gravitar para certas áreas de especialidade – e isso vai depender do desejo individual e das necessidades da empresa”.

Não posso dizer nunca, mas não temos planos, por agora, para trazer as outras marcas do grupo [além da eDreams] para o mercado português.

Dana Philip Dunne

CEO da eDreams Odigeo

Cotada na bolsa de Madrid e com origens que remontam a 1999, a eDreams Odigeo resultou de uma operação de fusão com a Go Voyages e de aquisição da Opodo, concretizada em junho de 2011. Somadas à agência de viagens Travellink e ao motor de pesquisa Liligo, estas marcas contabilizam mais de 17 milhões de clientes por ano e a presença em 45 mercados, disponibilizando ofertas de voos, hotéis, cruzeiros, rent-a-car, pacotes de férias e seguros.

A eDreams é a única plataforma online do grupo que está presente no mercado português. Não pensam trazer as outras para Portugal? “Não posso dizer nunca, mas não temos planos, por agora, para fazê-lo. A marca eDreams é tão conhecida neste país. Se formos para outros países, por razões históricas, outras marcas são mais fortes e por isso é que as mantemos”, respondeu Dana Philip Dunne.

Buzz na tecnologia e atraente para estrangeiros

Apesar de só agora apostar num espaço próprio e constituir uma equipa maior em Portugal, há um ano e meio que o grupo sediado em Barcelona tem pessoas a trabalhar a partir de cá. É que a decisão de abrir um hub tecnológico em Portugal foi tomada no início de 2020, chegou a ter um espaço de coworking reservado no Centro Empresarial Lionesa, em Matosinhos, mas a chegada da pandemia acabou por travar o ritmo da expansão.

No cargo de CEO desde 2015, Dana Philip Dunne falou ao ECO de “uma combinação de razões” para ter escolhido o Porto. A começar pelo facto de ser “um sítio verdadeiramente atrativo” para conseguir acolher quadros estrangeiros – são 5 dos 25 da equipa inicial – e “com buzz na área da tecnologia, com uma boa comunidade tech e boas infraestruturas tecnológicas”. “É uma cidade vibrante e cool, alinhada com os nossos valores”, completou.

E recusa estar a sentir dificuldades na contratação deste tipo de perfis, apesar da forte concorrência. “Somos uma empresa única. Estamos realmente a quebrar o paradigma das viagens, reinventamo-lo para o consumidor. As pessoas querem estar associadas aos melhores”, justificou o gestor. Ao contrário da “maioria das empresas de viagens”, a eDreams Odigeo “não [foi] pedir dinheiro aos bancos nem aos acionistas” e garante também que não fez despedimentos durante a pandemia.

Os resultados até ao final de agosto mostram que estamos 27% acima do nível anterior à pandemia [face a 2019]. Diga-me outra empresa do setor das viagens que esteja já nestes valores.

Dana Philip Dunne

CEO da eDreams Odigeo

“Isto é muito raro. Somos muito diferentes das restantes empresas deste setor. Focamo-nos em continuar a construir bons produtos e experiências para os consumidores durante a pandemia, para tentar cumprir as suas expectativas, preparando esta fase de retoma das viagens. Os resultados até ao final de agosto mostram que estamos 27% acima do nível anterior à pandemia [face a 2019]. Diga-me outra empresa do setor das viagens que esteja já nestes valores”, desafiou Dunne.

Com perto de mil funcionários de 46 nacionalidades nos escritórios de Barcelona, Madrid, Porto, Paris, Milão, Hamburgo, Budapeste e Londres, o CEO sustenta até que duas das tendências que resultaram da pandemia de Covid-19 “encaixam exatamente no negócio” da eDreams. Por um lado, com 40% das viagens ainda a serem marcadas offline, “muitas pessoas ficaram mais confortáveis com as compras na Internet”. Por outro, também foi “acelerado o mobile”, o que está em linha com a performance do grupo, que já tem metade das reservas feitas através de dispositivos móveis.

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Leão concentra poder do Orçamento e não delega na secretária de Estado

Há mais de um ano que Cláudia Joaquim é secretária de Estado do Orçamento, mas o ministro das Finanças ainda não lhe delegou as competências. Os outros três secretários de Estado já as receberam.

João Leão deixou de ser secretário de Estado do Orçamento em junho do ano passado, subindo a ministro de Estado e das Finanças. Porém, até ao momento ainda não delegou as funções na nova secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, ao contrário do que fez para os outros três secretários de Estado e do que é normal acontecer, tal como Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, lhe delegou as competências do Orçamento no início desta legislatura. Formalmente, Leão concentra em si esse poder, ainda que na prática seja Cláudia Joaquim a assinar.

Recuemos ao início da atual legislatura. Mário Centeno ainda era ministro das Finanças e em fevereiro de 2020 publicava um despacho em que delegava em João Leão as competências de secretário de Estado do Orçamento. Poucos meses depois, Centeno sairia para governador do Banco de Portugal e Leão subia a ministro, tomando posse em junho. Só seis meses depois é que começou a delegar competências nos seus secretários de Estados: o primeiro foi a dos Assuntos Fiscais em janeiro de 2021, seguindo-se o das Finanças em fevereiro e o do Tesouro em abril.

Estes três despachos tinham efeitos retroativos a 15 de junho de 2020, dia em que tomaram posse, “ficando por esta forma ratificados todos os atos que, no âmbito das competências ora delegadas, tenham sido praticados” pelos respetivos secretários de Estado. Porém, há uma secretária de Estado que continua há mais de um ano sem essa proteção legal: Cláudia Joaquim, que foi substituir Leão na pasta do Orçamento.

A ausência de um despacho de delegação de competências não só sinaliza a concentração de poder sobre o orçamento em Leão, mas também poderá ter implicações jurídicas. De acordo com José Luís Moreira da Silva, sócio da SRS Advogados e especialista em direito administrativo, “enquanto não houver delegação, o ministro é o único competente para emitir atos”, ou seja, Leão tem todo o poder formal sobre o Orçamento, e “todo o ato que a secretária de Estado pratique é ilegal enquanto não for ressalvada pela delegação”. Porém, “muitas vezes a delegação é feita com eficácia retroativa e ratifica os atos já praticados”, como aconteceu no caso dos outros secretários de Estado.

Contudo, há ainda uma questão que se coloca, apesar de não ser comum: José Luís Moreira da Silva explica que, segundo o Código de Processo nos Tribunais Administrativos, pode haver a impugnação dos atos inválidos assinados pela secretária de Estado — por exemplo, uma empresa afetada por determinada portaria ou despacho –, e que o Ministério Público tem um ano para desencadear o processo, apesar de tal raramente acontecer. Como está há mais de um ano sem as competências, Cláudia Joaquim corre este risco, ainda que depressa pudesse ser resolvido com a publicação urgente do despacho da delegação por parte de João Leão em Diário da República.

O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre o atraso na publicação do despacho de delegação de competências da secretária de Estado do Orçamento, mas não foi possível obter uma resposta até à publicação deste artigo.

Oposição acusa Leão de não se ter libertado do fato de secretário do Orçamento

O Regime da Organização e Funcionamento do XXII Governo Constitucional, o segundo Governo de António Costa, define que os secretários de Estado “não dispõem de competência própria, exceto no que se refere aos respetivos gabinetes”, exercendo apenas as competências nas matérias que lhe sejam delegadas pelo primeiro-ministro ou, como é comum, pelo ministro respetivo.

Para que haja essa delegação de poderes é preciso um ato, neste caso um despacho, segundo o Código do Procedimento Administrativo: “Mediante um ato de delegação de poderes, os órgãos competentes para decidir em determinada matéria podem sempre permitir que o seu imediato inferior hierárquico, adjunto ou substituto pratiquem atos de administração ordinária nessa matéria”, lê-se na lei.

Entre as competências normalmente delegadas a um secretário de Estado do Orçamento está o poder sobre a Direção-Geral do Orçamento, a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental ou a ADSE, entre outras entidades, assim como a capacidade de “decisão de contratar e a autorização da despesa inerente” a contratos públicos.

A falta deste despacho é um dos indícios de que João Leão ainda mantém mão firme na execução orçamental, mantendo as competências formais do Orçamento dentro do seu poder, ainda que os despachos, portarias e outros atos legislativos sejam assinados pela secretária de Estado. Há vários exemplos no Diário da República de autorizações de despesa assinados por Cláudia Joaquim.

Num perfil publicado em agosto pelo Jornal de Negócios, Leão era descrito como “o ministro do Orçamento”, “mantendo excessivamente o foco nas questões orçamentais” quando o seu cargo atual é mais lato. O artigo relatava ainda que “fecha-se horas sem fim com Cláudia Joaquim”, com quem terá uma boa relação, “a rever números e estratégias”.

A oposição também critica esta característica do sucessor de Centeno. Joaquim Miranda Sarmento, presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD e “ministro-sombra” das Finanças, tem criticado Leão por ser o “ministro do Orçamento e das cativações”. “O ministro das Finanças ainda não se libertou do seu fato de secretário de Estado do Orçamento. É um fato mal medido“, disse em entrevista à Antena 1/Negócios.

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Menos de 1% dos fundos de investimento estão alinhados com Acordo de Paris

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

Somente 158 fundos dos 16.500 analisados, um terço da indústria global de fundos abertos ao público, revelaram aderir aos objetivos do Acordo de Paris. Representam apenas 0,5% dos ativos investidos.

Apenas 158 fundos de investimento no mundo, que representam 0,5% dos ativos investidos, estão em linha com o objetivo do Acordo de Paris para controlar as alterações climáticas, revelou um estudo publicado esta quarta-feira pela Carbon Disclosure Project (CDP).

Enquanto o acordo internacional, assinado em 2015, visa limitar o aquecimento global “bem abaixo de dois graus [celsius]”, somente 158 fundos dos 16.500 analisados, um terço da indústria global de fundos abertos ao público, revelaram aderir ao objetivo, segundo a CDP, organização internacional sem fins lucrativos.

Para chegar às conclusões do estudo, a CDP, organização especializada na divulgação de dados sobre o impacte ambiental de empresas e cidades​,​​​​​​ contou as emissões das empresas incluídas nos fundos.

As previsões são comparadas com o que precisaria ser feito para cumprir a meta do acordo de Paris, segundo a abordagem baseada na iniciativa Science Based Targets (SBTi).

Os 158 fundos representam apenas 0,5% dos 27 biliões de dólares (23,3 biliões de dólares) investidos. Mais de oito mil fundos, que representam 62% dos ativos, têm investimentos que propiciam um aumento das temperaturas de mais de 2,75 graus.

“Devemos reduzir a distância entre o sonho”, os objetivos declarados, “e a realidade e começar a trabalhar: os dados estão aí” e podem orientar os investidores institucionais, disse o diretor para os mercados de capitais da CDP Europa, Laurent Babikian.

Os fundos de investimento “dependem da economia real. Atualmente, apenas uma em cada 10 empresas cotadas está alinhada com 1,5 graus. Os investidores precisam aumentar significativamente a pressão sobre as empresas”, indicou Laurent Babikian.

Levando em consideração as emissões indiretas, mais de 60% dos ativos estudados levam a um aumento da temperatura de mais de três graus.

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Alphabet e Microsoft com resultados confortáveis, mas Twitter desilude

  • Lusa
  • 27 Outubro 2021

A dona da Google e a Microsoft apresentaram na terça-feira à noite resultados satisfatórios aos olhos dos investidores. Mas os do Twitter desiludiram: perdeu 537 milhões de dólares no trimestre.

A Alphabet (holding da Google), a Microsoft e o Twitter apresentaram resultados na terça-feira à noite, depois da sessão bolsista em Wall Street, com a última a destoar das outras, ao divulgar pesadas perdas.

A Alphabet apresentou um volume de negócios de 65 mil milhões de dólares (56 mil milhões de euros), 41% acima do homólogo, e um lucro de 18,9 mil milhões de dólares, bem acima das expectativas dos investidores. O número um mundial da publicidade online, que está a ser objeto de numerosos inquéritos e processos por suspeitas de práticas anticoncorrenciais, continua a aumentar as suas receitas, tanto graças ao YouTube como ao seu motor de busca.

Pelo contrário, o Twitter perdeu 537 milhões de dólares no terceiro trimestre, o que está ligado a um acordo amigável com acionistas que se consideravam lesados, mas registou uma subida do seu volume de negócios ligado a publicidade, ao contrário do ocorrido em outras empresas do setor.

A rede social tinha anunciado no final de setembro o pagamento de 809,5 milhões de dólares para resolver um contencioso, sobre a sua comunicação desde 2015, considerada enganadora por vários acionistas, que originou um processo judicial. Mas o volume de negócios do Twitter correspondeu às expectativas dos investidores, ao atingir os 1,28 mil milhões de dólares, com as receitas publicitárias em alta de 41% homólogos e 8,5% em série.

Por fim, a Microsoft beneficiou da expansão do seu negócio na cloud para aumentar os seus lucros trimestrais em 24% homólogos, para 17,2 mil milhões de dólares, batendo as expectativas em Wall Street.

Os lucros da Microsoft beneficiaram com pandemia, na medida em que esta fez aumentar acentuadamente a procura pelos seus programas informáticos e serviços na cloud para o trabalho e estudo à distância. O volume de negócios da Microsoft subiu no passado trimestre 22%, para os 45,3 mil milhões de dólares.

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5 coisas que vão marcar o dia

O Parlamento vota esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade. A marcar o dia está ainda a apresentação dos resultados do BCP e da Jerónimo Martins.

A Assembleia da República vota esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade. No plano económico, serão conhecidos os dados relativos à avaliação bancária das casas, bem como dos empréstimos e depósitos bancários. A apresentação de contas trimestrais na bolsa nacional continua, sendo que hoje é a vez de BCP e Jerónimo Martins prestarem contas ao mercado.

Orçamento do Estado para 2022 vai a votos na generalidade

Os partidos com assento parlamentar votam esta quarta-feira a proposta do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) na generalidade. O documento está na iminência de ser chumbado, dado que o documento deverá contar apenas com os votos a favor do PS, abstenção do PAN e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e votos contra do PSD, CDS, PCP, PEV e Bloco de Esquerda. A confirmar-se, o Presidente da República já avisou que vai dissolver de imediato Assembleia da República e convocar eleições antecipadas.

Como evoluiu a avaliação bancária em setembro?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai mostrar esta terça-feira como evoluiu a avaliação que os bancos fizeram das casas no mês de setembro. Em agosto, este indicador estabilizou nos 1.221 euros por metro quadrado, após 10 meses consecutivos de subidas. Trata-se do valor mais elevado de sempre.

Banco de Portugal divulga dados sobre empréstimos e depósitos

O Banco de Portugal (BdP) dá a conhecer os dados sobre a evolução dos empréstimos e depósitos bancários relativos setembro. Os depósitos bancários das famílias encolherem em agosto, fixando-se em 169,2 mil milhões de euros, pondo fim a um ciclo de praticamente um ano de subidas consecutivas dos saldos das contas.

BCP apresenta contas ao mercado

A apresentação de contas trimestrais na bolsa nacional continua. Esta quarta-feira é a vez do Banco Comercial Português (BCP) apresentar os resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano. No primeiro semestre, o banco liderado por Miguel Maya viu os lucros encolherem mais de 80% para 12,3 milhões de euros, com os resultados a serem penalizados com o reforço das provisões para os riscos legais como o caso dos empréstimos em francos suíços na Polónia e com os custos de reestruturação.

Jerónimo Martins divulga resultados financeiros

Esta quarta-feira é também dia de conhecer as contas da Jerónimo Martins referentes ao terceiro trimestre. A dona do Pingo Doce encerrou o primeiro semestre de 2021 com lucros de 186 milhões de euros, o que representa um aumento de 78,9% face ao semestre homólogo.

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Facebook baniu anúncios da Web Summit com denunciante da rede

Facebook garante não ter banido anúncios com Frances Haugen. Denunciadora revelou documentos internos que provam, diz, que a rede mente sobre a eficácia dos seus esforços para combater o ódio.

O Facebook baniu anúncios da Web Summit com a denunciante da rede social Frances Haugen, revelou Paddy Cosgrave, cofundador da cimeira tecnológica, em entrevista ao ECO. Porta-voz da rede social nega que a rede social tenha banido os anúncios. Frances Haugen dá o arranque, a 1 de novembro, da edição deste ano da cimeira, em Lisboa. Cerca de 40 mil participantes são esperados este ano no Parque das Nações durante os quatro dias da Web Summit.

“Não podemos publicitar a presença da Frances Haugen [denunciante do Facebook] na Web Summit. O Facebook baniu todos os anúncios que tenham uma referência à Frances Haugen, por ser considerado conteúdo político. Podemos fazê-lo noutras plataformas, mas não no Facebook ou no Instagram”, adiantou Paddy Cosgrave em entrevista ao ECO.

Ao ECO, porta-voz do Facebook nega que a rede social tenha banido os anúncios. “Permitimos anúncios com referências à Frances Haugen e há anúncios ativos na nossa biblioteca de anúncios, incluindo anúncios da Web Summit, que o provam”, diz em reação à notícia. “Estamos a investigar as preocupações levantadas, mas alegações que rejeitamos anúncios da WS contendo referências à Frances Haugen não são verdade”, reforça.

A denunciante da rede social criada por Mark Zuckerberg é uma das figuras que vão dar o arranque à cimeira tecnológica — a que se junta a cofundadora do movimento Black Lives Matter — e traz ao palco da cimeira no Altice Arena o seu testemunho. Antiga funcionária da rede social, Frances Haugen revelou publicamente documentos internos que, diz, provam que o Facebook está a mentir sobre a eficácia dos seus esforços para combater o ódio, violência e informação falsa na rede social.

O ano de 2021 é o mais desafiante para as grandes tecnológicas e acho que é o início de uma década desafiante. O que é bom para a inovação e para as empresas mais pequenas.

Paddy Cosgrave

O caso colocou a rede social sob forte escrutínio público, tendo os mais recentes números indicado que tem vindo a perder utilizadores nos EUA. Será que a era dourada das redes sociais pode estar a acabar? “Fazer previsões em tecnologia é muito perigoso. Quem podia prever que a Tesla seria mais valiosa do que todos os outros construtores automóveis cotados em bolsa, somados? É impossível prever o futuro”, diz Paddy Casgrove.

“É um momento interessante. É bom ter o Facebook, Apple, Google, Microsoft, Amazon, todas no evento (Web Summit). E poder ter estas conversas difíceis“, comenta o fundador da cimeira tecnológica. “Muitos eventos não falam de impostos, de monopólios, de privacidade de dados. Nós conseguimos fazer essas conversas. O ano de 2021 é o mais desafiante para as grandes tecnológicas e acho que é o início de uma década desafiante. O que é bom para a inovação e para as empresas mais pequenas.”

(notícia atualizada às 15h31 com declarações do Facebook)

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Rio defende que Costa se devia demitir para acelerar processo de eleições

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

"Não vejo como é que possa não haver eleições antecipadas e como é que o primeiro-ministro não se demite, na medida em que ajudava o país a acelerar um processo que tem de ser rápido", diz Rio.

O presidente do PSD defendeu, esta terça-feira, que o primeiro-ministro se devia demitir, em caso de chumbo do Orçamento do Estado, para permitir acelerar o processo eleitoral e “não deixar o país dependurado”.

Em declarações aos jornalistas, no parlamento, Rui Rio foi questionado se vê alguma alternativa a eleições antecipadas a confirmar-se a rejeição do Orçamento. “A instabilidade está criada a partir do momento em que a maioria parlamentar que se formou chegou ao fim, não vejo como é que possa não haver eleições antecipadas e como é que o primeiro-ministro não se demite, na medida em que ajudava o país a acelerar um processo que tem de ser rápido”, defendeu.

Rio atirou ainda: “Como é que é possível o primeiro-ministro dizer que não se demite?”. “Um ano com duodécimos?”, questionou o mesmo. “O país não pode ficar aqui dependurado até não sei quantos de janeiro, fevereiro ou março, nós temos de pôr o interesse nacional em primeiro lugar. Eu coloco sempre, não tenham dúvidas”, afirmou, dizendo que tal lhe causa “problemas” dentro do PSD. Para Rio, a partir do momento em que o Orçamento não passe – “ou passe com pesca à linha” – “mais vale clarificar e o mais rapidamente possível”.

No debate parlamentar do Orçamento, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta terça-feira que o seu dever e o do Governo é “não virar as costas” ao país num momento difícil, garantindo que não se irá demitir, em resposta precisamente a uma pergunta de Rui Rio. O primeiro-ministro reconheceu ao Parlamento competência para aprovar ou não o documento e ao Presidente da República “toda a legitimidade” para decidir sobre “a dissolução ou não” da Assembleia da República.

Mas o Governo também tem o dever de interpretar qual é o seu dever perante o nosso país e os portugueses. E sobre isso não tenho a menor dúvida: o dever do Governo, o meu dever, não é virar as costas num momento de dificuldades, é enfrentar as dificuldades e por isso eu não me demito”, assegurou.

O debate do Orçamento do Estado para 2022 na Assembleia da República na generalidade começou esta terça-feira e termina na quarta-feira, com a votação da proposta do Governo. Com os votos contra anunciados por PCP, BE e PEV, que se juntam aos dos partidos à direita, PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, somando 117 no total, o Orçamento será chumbado na generalidade – um cenário que o Presidente da República avisou que conduzirá à dissolução do parlamento e a eleições antecipadas.

A proposta do Governo conta apenas com os votos a favor dos 108 deputados do PS e cinco abstenções, do PAN e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira.

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Facebook pressiona mas Wall Street atinge máximos

Wall Street fechou a segunda sessão da semana em "terreno positivo", apesar da quebra do Facebook.

Os mercados norte-americanos terminaram a sessão desta terça-feira acima da linha de água. O S&P 500 e o Dow Jones tocaram em máximos, enquanto o Nasdaq foi pressionado pela quebra registada pelo Facebook.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, fechou o dia a subir 0,17% para 4.574,13 pontos. Também no verde, o industrial Dow Jones terminou as negociações a somar 0,04% para 35.754,18 pontos e o Nasdaq avançou 0,06% para 15.235,72 pontos.

Na sessão desta terça-feira, o Facebook esteve em destaque. Os títulos desta cotada caíram 3,92% para 315,81 dólares, depois de a empresa de Mark Zuckerberg ter avisado que as alterações à política de privacidade da Apple estão a prejudicar os seus negócios.

Além disso, citado pela Reuters, Ken Polcaria, da Kace Capital Advisors, explica: “O Facebook enfrenta outras questões. Os resultados trimestrais não foram excelentes“. O especialista frisa ainda que a polémica em torno dos fracos esforços do Facebook para evitar os efeitos prejudiciais das suas redes sociais na saúde mental dos utilizadores, apesar de estar consciente deles, contribuiu, igualmente, para o desempenho negativo desta sexta-feira.

Na tecnologia, mas do outro lado da linha de água, as ações da Amazon avançaram 1,68% para 3.376,07 dólares e as da Apple subiram 0,46% para 149,32 dólares. No verde, ficou também a General Electric, cujos títulos valorizaram 1,99% para 107,44 dólares, com os investidores à espera dos resultados trimestrais desta cotada.

A contribuir para o sentimento positivo desta terça-feira estiveram, além disso, os dados que mostraram que a confiança dos consumidores recuperou em outubro. Tal cenário poderá, contudo, levar os investidores a temerem uma retirada mais rápida dos estímulos por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos. O próximo anúncio nesse sentido do banco central norte-americano deverá acontecer na próxima semana, a 3 de novembro.

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