Tribunal arresta ações e moradia de Luís Filipe Vieira

  • ECO
  • 30 Setembro 2021

 O ex-presidente do Benfica tem arrestadas as ações da Benfica SAD e a moradia da família no Tejo.

O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, tem arrestadas as ações da Benfica SAD e a moradia da família, na margem sul do Tejo, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

A decisão foi determinada pelo Tribunal Cível de Lisboa, na última sexta-feira, a pedido do Novo Banco (NB). Este arresto do património acontece depois do ex-presidente do Benfica ter divulgado que tinha um comprador para a aquisição desses títulos por 5,9 milhões de euros.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no início de julho numa investigação que envolve negócios suspeitos e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco. Em causa estão suspeitas de “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento”.

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Hoje nas notícias: Salário mínimo, Vieira e Rendeiro

  • ECO
  • 30 Setembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O salário mínimo poderá subir para perto de 705 euros, no próximo ano. Luís Filipe Vieira tem as ações da SAD do Benfica e a sua morada familiar arrestadas, enquanto João Rendeiro terá escapado para Singapura em fuga à justiça. Os portugueses gastam 22 milhões por dia em jogos online. Sobre a Covid-19, nota para as reações adversas à vacinação entre os mais jovens.

Salário mínimo pode subir para perto de 705 euros

O valor ainda não está fechado, mas o salário mínimo poderá mesmo subir no próximo ano para cerca de 705 euros, num aumento nominal de 6%. De acordo com os registos oficiais da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), tal corresponderia, a confirmar-se, ao aumento nominal mais alto desde 1993 e seria mesmo o aumento real mais alto dos últimos dez anos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Tribunal arresta ações e moradia de Luís Filipe Vieira

Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica, viu arrestadas as ações que tem do clube encarnado e a moradia da família, localizada na margem sul do Tejo. A decisão foi tomada pelo Tribunal Cível de Lisboa a pedido do Novo Banco, depois de ex-líder das águias ter indicado que tinha um comprador para os títulos em questão por 5,9 milhões de euros. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Fuga à justiça. Rendeiro escapou para Singapura

Em fuga à justiça, João Rendeiro terá escapado para Singapura, país com o qual Portugal não tem acordo de extradição. O tribunal já emitiu, entretanto, um mandato de captura internacional do ex-líder do BPP, que fez saber que não tenciona voltar a Portugal. João Rendeiro foi condenado a as três penas de prisão efetiva: uma de 3 anos e 6 meses por burla qualificada, uma outra de 5 anos e 8 meses por falsidade informática e ainda uma de 10 anos por fraude fiscal. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Em Portugal gastam-se 22 milhões por dia em jogos online

Nos primeiros seis meses do ano, os portugueses gastaram por hora 900 mil euros em jogos online e por dia cerca de 22 milhões de euros. As apostas que simulam as máquinas dos casinos representam mais de 75% das apostas em jogos de fortuna ou azar. Já nas apostas desportivas, o futebol é a modalidade com maior volume de jogo ao representar 77,48% do total. Leia a notícia completa no Jornal Inevitável (link indisponível).

65 jovens com reações adversas à vacina contra a Covid-19

Mais de 500 mil jovens menores receberam a vacina contra a Covid-19, segundo indicou o líder da task force, dos quais 65 sofreram reações adversas, nomeadamente quatro casos de miocardite e uma pericardite. “Os dados são bastante positivos e tranquilizadores”, diz Carmo Gomes, da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19. No total, Portugal já tem mais de 84% da população residente completamente vacinada, estando agora a caminho da concretização da meta dos 85%. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

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De Sean Connery a Daniel Craig, os milhões da saga dos filmes do 007

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Setembro 2021

"Sem Tempo para Morrer" é o 25.º filme do agente 007, também conhecido por James Bond, o espião mais famoso do mundo. O ECO reúne aqui os milhões arrecadados por cada filme da saga.

Após a estreia mundial em Londres no dia 28 de setembro, esta quinta-feira chega aos cinemas portugueses mais um filme da famosa saga 007. “Sem Tempo Para Morrer” deveria ter chegado às salas em abril de 2020, mas a pandemia de Covid-19 fez adiar por três vezes a estreia de mais um papel do agente secreto James Bond. Agora, à semelhança do que aconteceu com os filmes anteriores da saga, a 25.ª longa-metragem do espião mais famoso do globo – a quinta protagonizada pelo ator britânico Daniel Craigespera voltar a fazer sucesso nas bilheteiras a nível mundial. O ECO recorda aqui os milhões arrecadados por estes filmes, que estão entre os mais lucrativos de Hollywood.

Ajustando as receitas dos 24 filmes anteriores aos valores da inflação de 2011, o “007: Skyfall”, de 2012, foi aquele que obteve as maiores receitas, ultrapassando os mil milhões de dólares a nível mundial. Além deste, só o “007: Operação Relâmpago”, de 1965 e com o ator Sean Connery a figurar no papel principal, superou a fasquia dos mil milhões em receitas de bilheteira. O pódio de filmes de James Bond com maiores lucros nas salas de cinema fica completo com outra longa-metragem estrelada por Sean Connery, nomeadamente o “007: Goldfinger”, de 1964, que arrecadou 912 milhões de dólares.

Pelo contrário, o filme com a bilheteira mais fraca foi o “007: Permissão para Matar”, estreado em 1989 e com ganhos de apenas 285 milhões de dólares no mundo inteiro. Segue-se no fundo da tabela o “007: Alvo em Movimento” (321 milhões de dólares), de 1985 e com Roger Moore no papel de James Bond, e “007: Risco Imediato” (381 milhões de dólares), o 15.º filme da saga e o primeiro com Timothy Dalton como protagonista, lançado em 1987.

Fonte: James Bond Box Office Totals

 

Entre os atores que interpretaram a personagem James Bond, Sean Connery foi o que garantiu mais dinheiro à saga, num total que supera os quatro mil milhões de dólares em seis filmes. Roger Moore conseguiu 3.855 milhões de dólares em sete filmes, um pouco acima do total arrecadado por Daniel Craig em apenas quatro filmes. Resta esperar para ver se o novo “Sem Tempo para Morrer” fará o atual 007 superar a quantia amealhada por Sean Connery.

No total, a saga 007 já arrecadou quase 15 mil milhões de dólares em bilheteira desde a estreia do primeiro filme, em 1962, o que perfaz uma média de receitas por filme de cerca de 612,6 milhões de dólares.

Para não dar prejuízo, o novo “007: Sem Tempo para Morrer” deve faturar em bilheteira, pelo menos, 928 milhões de dólares, tendo em conta que o seu orçamento, inicialmente avaliado em 250 milhões de dólares, ascende a mais de 300 milhões de dólares devido a encargos com juros. Ao mesmo tempo, os custos de publicidade e promoção do filme também sofreram um aumento, atingindo cerca de 464 milhões de dólares.

Porém, os mais de 900 milhões de euros devem-se à divisão das receitas de bilheteira entre os estúdios MGM e os distribuidores do filme: prevê-se que a MGM quer receber cerca de 50% de cada dólar gasto em bilhetes de cinema em todo o mundo, o que significa que o filme precisa de ganhar pelo menos 928 milhões de dólares. Estes valores tornam o 25.º filme da saga o mais caro de todos.

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Termina hoje o prazo de candidaturas ao Porta 65 Jovem

As candidaturas ao segundo Porta 65 Jovem do ano terminam esta quinta-feira às 17h. Se ainda não concorreu, saiba quais os requisitos que tem de cumprir.

Termina esta quinta-feira o período de candidaturas ao programa de arrendamento Porta 65 Jovem, de acordo com o Portal da Habitação. Os interessados começaram a candidatar-se a 13 de setembro e têm até até às 17h00 de hoje para finalizarem os processos.

“O Porta 65 Jovem tem como objetivo regular os incentivos aos jovens arrendatários”, refere o Portal da Habitação. É uma iniciativa do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e pretende ajudar os jovens a começarem uma vida mais autónoma, seja sozinhos, em família ou em coabitação jovem. Além disso, este programa de apoio financeiro pretende ainda dinamizar o mercado do arrendamento.

Para se candidatar é preciso preencher alguns requisitos: idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 35 anos. No caso de um jovem casal, um dos elementos pode ter até 37 anos e o outro até 35 anos (no limite, um deles pode ter 36 anos e o outro 34).

Mas os rendimentos também contam: o rendimento mensal corrigido do agregado não pode ser superior a quatro vezes o valor da renda máxima admitida para cada zona e não pode exceder quatro vezes o salário mínimo nacional.

Além disso, há ainda outras quatro exigências importantes que os candidatos devem cumprir:

  • Têm de ser titulares de um contrato de arrendamento para habitação permanente;
  • Não podem usufruir, ao mesmo tempo, de quaisquer subsídios ou de outra forma de apoio público à habitação;
  • Não podem ser proprietários ou arrendatários para fins habitacionais de outro imóvel;
  • Não podem ser parentes ou afins do senhorio.

Um jovem pode candidatar-se, no máximo, a uma habitação T2, enquanto dois jovens sem dependentes podem candidatar-se, no máximo, a um T2. Contudo, a tipologia admitida poderá ser superior caso algum dos jovens ou dos membros do agregado seja portador de um grau de incapacidade igual ou superior a 60% ou a habitação tenha uma ou mais assoalhadas sem janelas para o exterior.

Em termos de renda, esta não pode ultrapassar a renda máxima admitida na zona onde se localiza a habitação e para a tipologia da casa (ver tabela) e não pode ter um valor superior a 60% do rendimento médio mensal bruto do agregado (taxa de esforço).

Na hora de submeter a candidatura, os interessados devem preencher o formulário eletrónico disponível no Portal da Habitação. O período de análise das candidaturas é de 45 dias após o fecho e as listas de resultados são publicadas aqui.

Cada candidatura aprovada com subvenção tem a duração de 12 meses e o apoio pode durar no máximo cinco anos. Findo o primeiro ano, pode ser apresentada uma nova candidatura, no período correspondente ao da 1.ª candidatura, durante os cinco anos, para que o apoio não se interrompa.

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Prazo para proprietários pagarem Adicional ao IMI termina hoje

  • Lusa
  • 30 Setembro 2021

Este ano foram enviadas notas de cobrança de AIMI a 80.452 contribuintes, sendo que 60.149 foram dirigidas a pessoas coletivas e 20.303 a pessoas singulares.

Os particulares e empresas proprietários de imóveis urbanos habitacionais e de terrenos para construção abrangidos pelo Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI) têm até hoje para pagar este imposto.

Pago durante o mês de setembro, o Adicional ao IMI é calculado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base no valor patrimonial tributário (VPT) dos prédios que constem das matrizes em 01 de janeiro do ano a que o imposto diz respeito.

De fora do alcance do AIMI ficam os prédios que no ano anterior tenham gozado de isenção de IMI, bem como os imóveis classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros”.

Este ano, e segundo dados facultados à Lusa pelo Ministério das Finanças, foram enviadas notas de cobrança de AIMI a 80.452 contribuintes, sendo que 60.149 foram dirigidas a pessoas coletivas e 20.303 a pessoas singulares (particulares).

Trata-se do número mais elevado desde que o Adicional ao IMI começou a ser cobrado, em 2017, de acordo com a informação estatística disponível no Portal das Finanças.

O Adicional ao IMI contempla taxas diferentes consoante se trate de contribuintes coletivos ou particulares, sendo, no primeiro caso é aplicada uma taxa de 0,4% sobre a totalidade do valor patrimonial dos prédios urbanos habitacionais e dos terrenos para construção.

Relativamente aos particulares, existem três escalões de taxas: uma de 0,7% sobre o valor patrimonial dos imóveis que exceda os 600 mil euros; outra de 1% quando o valor ultrapassa um milhão de euros; e uma terceira de 1,5% para os valores acima dos dois milhões de euros.

Estes valores podem duplicados se se tratar de um casal e este opte pela tributação em conjunto.

De acordo com os mesmos dados do Ministério das Finanças, este ano foram chamados a pagar a taxa mais elevada de AIMI (1,5%) um total de 321 particulares.

O AIMI tem ainda uma taxa de 7,5% que abrange os prédios urbanos detidos por entidades sedeadas em “offshore”.

A receita do Adicional ao IMI está consignada ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), mas em 2021, e como forma de fazer face à quebra de receitas da Segurança Social devido à pandemia, vai ser atribuída ao orçamento da previdência, tal como estipula o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

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População empregada encolhe ao fim de seis meses a crescer

Desde fevereiro que a população empregada estava a aumentar e o Governo até chegou a considerar os números "impressionantes", mas agosto trouxe a inversão dessa tendência.

Depois de seis meses consecutivos a crescer, a população empregada encolheu. Em agosto, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), verificou-se um recuo em cadeia de quase 0,6%, mantendo-se este indicador, ainda assim, acima dos níveis pré pandemia. O oitavo mês de 2021 trouxe, por outro lado, uma nova queda da taxa de desemprego e uma diminuição da população ativa.

Segundo a nota divulgada esta quarta-feira, em agosto, havia 4.798,9 mil pessoas empregadas, menos 27,8 mil do que em julho. Em causa está a primeira quebra da população empregada desde fevereiro. Desde o segundo mês de 2021 que esse indicador estava em crescimento, tendo o Governo considerado “impressionantes” os números relativos ao segundo trimestre do ano. O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu a esse propósito que tal “capacidade de criação de emprego era um sinal de vitalidade da economia”.

Aliás, em maio, a população empregada portuguesa não só ultrapassou os valores pré pandemia, como se fixou no valor mais alto desde, pelo menos, 1998, máximo que veio, depois, a ser ultrapassado pelos dados de junho e julho. Em agosto, o caso mudou, contudo, de figura, apesar dos avanços na vacinação e do alívio das restrições.

Os dados do INE permitem perceber que a redução da população empregada não se deu à custa do aumento da população desempregada (que até encolheu em agosto, tal como a taxa de desemprego), mas pode, antes, estar relacionada com a evolução da população ativa e inativa. Indica o gabinete de estatísticas que a população ativa caiu de 5.166,6 mil pessoas para 5.124,8 mil pessoas, depois de seis meses consecutivos a crescer (tal como a população empregada).

Por outro lado, a população inativa — que inclui, segundo a definição do INE, pessoas que, independentemente da idade, no período de referência, não podiam ser consideradas economicamente ativa, isto é, não estavam empregadas, nem desempregadas — aumentou de 2.512,8 mil pessoas para 2.553,8 mil pessoas, depois de ter estado seis meses a subir.

Há menos empregados e ativos. Inatividade cresce

Fonte: INE

Quanto à subutilização do trabalho — que inclui desempregados, subemprego a tempo parcial, inativos à procura de trabalho, mas não disponíveis e inativos disponíveis, mas que não procuram trabalho — há a notar um aumento de 2,1 mil pessoas no grupo de inativos que não procuraram um novo posto de trabalho, apesar de estar disponíveis trabalhar e uma subida de 9,5 mil pessoas em subemprego, enquanto os demais grupos deste indicador registaram recuos.

Desde o início da pandemia que o Governo tem disponibilizado uma série de medidas extraordinárias para evitar um disparo do desemprego e apoiar os postos de trabalho. Esses instrumentos, tem insistido o Executivo, foram e continuam a ser fundamentais a estabilidade do mercado de trabalho português, apesar do impacto da pandemia de coronavírus.

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Cinema e audiovisual vai ter aumento de 10 milhões em 2022

  • Lusa
  • 30 Setembro 2021

Financiamento do setor do cinema e audiovisual contará com um acréscimo de 10 milhões de euros, pela entrada de "mais centros de decisão", diz Nuno Artur Silva.

O Governo estima que, em 2022, o financiamento do setor do cinema e audiovisual contará com um acréscimo de 10 milhões de euros, pela entrada de “mais centros de decisão”, afirmou o secretário de Estado Nuno Artur Silva.

A estimativa foi feita pelo secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media no encerramento da sexta edição dos Encontros de Cinema Português, que decorreu em Lisboa.

“Se somarmos a transposição da diretiva [europeia do audiovisual] com as obrigações novas da RTP do contrato de concessão e com aquilo que será o novo plano estratégico do cinema e audiovisual, mais o prolongamento do Fundo do Turismo [e do Cinema] com o seu ‘cash rebate’, são tudo medidas que, só em relação ao próximo ano, introduzem sensivelmente mais 10 milhões de euros no sistema”, disse.

A propósito da transposição da diretiva europeia, que obrigou a uma atualização da legislação portuguesa do setor para incluir novos operadores, nomeadamente as plataformas de streaming, Nuno Artur Silva sublinhou que foi conseguido um acordo “que está em linha com os outros países da Europa”.

“Termos um investimento de 4% em que são as plataformas [de streaming] que escolhem os conteúdos em que querem investir, e traz uma vantagem: Elas ligam diretamente com os produtores” de cinema, afirmou o secretário de Estado.

Segundo a legislação, que entra em vigor a 01 de janeiro de 2022, se não for possível apurar o valor dos chamados “proveitos relevantes” dos operadores, a obrigação de investimento é fixada em quatro milhões de euros.

É ainda criada uma taxa de 1% sobre proveitos das plataformas de streaming a operarem em Portugal, com o produto da cobrança a reverter para o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA). Também aqui, se não for possível apurar o valor dos “proveitos relevantes”, estes operadores pagam uma taxa anual de um milhão de euros.

A atual taxa de exibição de 4%, sobre transmissão de publicidade em canais de televisão, e cuja cobrança reverte para o ICA e para a Cinemateca, passará a abranger também os serviços de plataformas de partilha de vídeos, como o Youtube.

“Tudo somado há uma série de incentivos. Além de introduzir mais dinheiro, introduz mais decisões, mais centros de decisão e multiplica as fontes de financiamento, que me parece o caminho para a diversidade”, afirmou hoje o secretário de Estado.

Após dois anos em que o setor do cinema e audiovisual foi afetado pela pandemia, Nuno Artur Silva acredita numa recuperação em 2022: “Vai ser o ano que mais se filma em Portugal, se somarmos tudo, os filmes, as séries, os documentários”.

No encerramento destes Encontros de Cinema Português, nos quais foram divulgados projetos cinematográficos em produção, Nuno Artur Silva recordou ainda que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, será feita uma atualização dos equipamentos de exibição, para digital, de 125 teatros e cineteatros.

Antes da intervenção de Nuno Artur Silva, houve ainda tempo para um debate sobre a relação dos espetadores com o cinema português, sobre a baixa quota de mercado da produção nacional e sobre a falta de promoção e divulgação do que se faz neste setor.

No debate participaram o presidente do ICA, Luís Chaby Vaz, o diretor de programas da RTP1, José Fragoso, os produtores José Gandarez e Rodrigo Areias, a realizadora Ana Rocha de Sousa e ainda Nuno Aguiar e Susanna Barbato, da NOS.

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Cinco riscos que preocupam os banqueiros centrais

Christine Lagarde, Jerome Powell, Andrew Bailey e Haruhiko Kuroda estão otimistas, mas veem fatores de incerteza a curto, médio e longo prazo que partilharam no Fórum do BCE.

A economia mundial está em franca recuperação e os quatro líderes dos principais bancos centrais — Christine Lagarde, Jerome Powell, Andrew Bailey e Haruhiko Kuroda — dizem todos que até ao final deste ano ou início do próximo o PIB terá voltado aos níveis pré-pandemia. No entanto, os governadores e presidentes do BCE, Reserva Federal, Banco de Inglaterra e Banco do Japão continuam a ver fatores de incerteza e risco, no curto, médio e longo-prazo, que podem afetar o crescimento. Estes são os principais que elencaram no Fórum do BCE, que decorreu esta quarta-feira.

Rutura das redes de abastecimento

A procura dos consumidores está a recuperar a um ritmo tão acelerado que a oferta não consegue dar resposta, criando um entrave à economia. “A procura por bens tecnológicos e automóveis está a crescer muito rapidamente. As cadeias de abastecimento não conseguem acompanhar”, diagnostica Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão. Constrangimentos que estão a intensificar-se e a preocupar os banqueiros centrais.

Um dos fatores de incerteza que mais a preocupa Christine Lagarde são “os constrangimentos nas cadeias de abastecimento que temos visto nos últimos meses meses e que em alguns casos aceleraram”. “É frustrante ver que estes problemas nas cadeias de abastecimento não estão a melhorar. Na verdade, na margem, estão aparentemente a ficar piores. Vão continuar no próximo ano e manter a inflação elevada”, assinalou, por sua vez Jerome Powell. O presidente da Reserval Federal disse mesmo que estão a travar o crescimento da economia.

Inflação

Todos os banqueiros centrais insistem que ela será transitória e não justifica, por ora, um maior aperto da política monetária. Mas no Fórum BCE ficou claro que este é um tema que impede os banqueiros centrais de dormir melhor. Quer Christine Lagarde, quer Jerome Powell afirmaram que estão a monitorizar de forma muito próxima as expectativas de inflação. Se o período de subida dos preços “for mais prolongado, será que muda a forma como as pessoas pensam sobre a inflação?”, questionou o presidente da Reserva Federal, garantindo que está atento. Não sendo esse o cenário atual, se for necessário subir as taxas diretoras, é o que fará.

Evergrande

A possível falência do gigante chinês do imobiliário tem deixado os investidores nervosos, que temem um contágio ao resto da economia, mas Haruhiko Kuroda garante que não há motivo para receios de maior. “O problema do imobiliário na China é diferente do Japão em 1998 ou da crise do subprime nos Estados Unidos em 2008. Não parece existir um investimento extremamente especulativo no mercado imobiliário”, analisa o governador do Banco do Japão.

“As autoridades chinesas estão a tomar várias medidas para conter um investimento excessivamente especulativo. Neste momento é improvável que este problema vá afetar o mercado imobiliário chinês como um todo ou a economia chinesa inteira”, considera Haruhiko Kuroda. “Não vejo uma grande crise financeira a emergir na China e espalhar-se para o resto do mundo”, concluiu.

Ciberataques

Questionados sobre os principais riscos financeiros, quase todos os banqueiros centrais apontaram os cibertataques. “Um ataque bem-sucedido a uma grande instituição ou plataforma financeira” pode desencadear uma crise, na opinião de Jerome Powel. A falta de liquidez nos mercados monetários de curto prazo que ocorreu durante uma fase da pandemia também preocupa o presidente da Reserva Federal e o governador do Banco de Inglaterra, que estão a estudar medidas.

Olhando mais para o longo prazo, Christine Lagarde aponta as alterações climáticas: “Pode levar a instabilidade financeira se ignorarmos completamente as consequências sobre o trabalho que é feito, sobre os ativos detidos e na transição que planeamos daqui para frente”.

Moedas digitais

O crescimento das moedas digitais ainda não dá dores de cabeça aos banqueiros centrais, pelo menos no discurso público, mas estão a seguir a sua evolução atentamente. “Os cripto ativos não terão um impacto forte no sistema monetário. O papel do dólar como a moeda mais importante não deverá mudar”, considera Haruhiko Kuroda. Já as stablecoins, que são moedas digitais privadas que seguem as divisas oficiais dos bancos centrais, “podem ter algum impacto no sistema financeiro” e ser “motivo de preocupação”, defende o governador do Banco do Japão.

Jerome Powell garante que a Reserva Federal irá garantir a segurança e estabilidade do sistema de pagamentos nos Estados Unidos. O tema está, no entanto, a ser estudado e será divulgado um relatório que irá para consulta pública e servirá para orientar a política da Fed. Reconheceu que a inovação digital está a acontecer muito rapidamente e também mostrou preocupação sobre as stablecoins: “Podem tornar-se muito populares e estão fora da regulação”.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta quinta-feira, chegam ao fim as moratórias criadas pelo Governo. Serão conhecidos dados sobre a evolução da atividade turística e da inflação. Terminam as candidaturas ao programa Porta 65 Jovem.

Esta quinta-feira, chegam ao fim as moratórias criadas pelo Governo. O Instituto Nacional de Estatística passa a “pente fino” a evolução da atividade turística, bem como o índice de preços ao consumidor, sendo que este último indicador permitirá dar mais pistas sobre o comportamento da inflação. A marcar o dia está ainda o fim da comparticipação dos testes rápidos de antigénio à Covid.

Fim das moratórias

Ano e meio depois, terminam esta quinta-feira as moratórias criadas pelo Governo para conter o impacto da pandemia. De acordo com o último balanço do Banco de Portugal, os bancos tinham 36,8 mil milhões de euros de crédito em moratória em julho, representando cerca de 20% do total da carteira de crédito dos bancos portugueses.

Como evolui o turismo?

Esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os dados sobre a atividade turística relativos a agosto. Em julho, o setor do turismo continuou a recuperar, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. Nesse período, verificou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes face a julho de 2019, mas as dormidas de não residentes continuam a penalizar o setor, tendo-se registado um decréscimo de 67,6%, face a igual período de 2019.

INE divulga dados da inflação

Além da atividade turística, o INE vai também divulgar os dados relativos ao índice de preços no consumidor referentes a setembro. Estes dados poderão dar mais pistas sobre o comportamento da inflação, numa altura em que os investidores estão receosos quanto ao seu aumento e após a presidente do BCE ter reiterado que esta subida é “temporária”. Em agosto, a variação homóloga do índice de preços no consumidor em Portugal manteve-se nos 1,5%.

Terminam candidaturas ao Porta 65 Jovem

Termina esta quinta-feira o período de candidaturas ao programa de arrendamento Porta 65 Jovem, segundo o Portal da Habitação. Os interessados começaram a candidatar-se a 13 de setembro e têm até até às 17h00 de hoje para finalizarem os processos.

Fim da comparticipação dos testes rápidos à Covid

Esta quinta-feira, termina o regime excecional e temporário criado pelo Governo, que permitia a comparticipação de quatro testes rápidos de antigénio à Covid por mês nas farmácias e em laboratórios aderentes. A decisão é justificada pelo facto de Portugal estar prestes a ter 85% da população com a vacinação completa, pelo que a população abrangida por esta medida é “residual”, adiantou fonte oficial do Ministério da Saúde ao ECO.

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Draghi defende políticas expansionistas para a UE

  • Lusa
  • 30 Setembro 2021

Ex-presidente do BCE, atual primeiro-ministro de Itália, diz que dificilmente a União Europeia recuperará as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, suspensas devido à pandemia.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, defendeu políticas fiscais expansionistas para promover o crescimento económico e reduzir a dívida, alertando que dificilmente a União Europeia (UE) recuperará as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, suspensas devido à pandemia.

“É um pouco complicado pensar que as regras vão ser as mesmas do que há alguns anos”, assinalou Mario Draghi, depois de ter sido questionado sobre os diálogos dos 27 Estados-membros da UE sobre a possível reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), que estabelece que o défice não pode ultrapassar 3% do PIB e a dívida os 60%.

De acordo com o chefe de governo de Itália, a UE vai ter de investir mais nos próximos anos para melhorar a sua defesa e isso vai ter de exigir o aumento das normas de gastos.

As regras do PEC estão em suspenso desde 2020 até 2022.

Mario Draghi falava numa conferência de imprensa após o Conselho de Ministros para apresentar a atualização do quadro macroeconómico de Itália para 2021 e para o próximo triénio.

“O quadro económico está melhor do que imaginávamos na primavera, há cinco meses”, quando em abril o governo de Roma disse que o crescimento seria de 4,5%, o défice de 11,8% e a dívida de 159,8%.

O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) explicou que a economia italiana vai crescer 6% este ano, depois de ter caído 8,9% em 2020, devido à crise pandémica, adiantando que o impulso vai permitir que o défice público caia para 9,4% do PIB, menos dois décimos do que no ano passado, e a dívida para 153,5%, após os 155,6% do último exercício.

A melhoria do quadro económico “é a primeira confirmação quantitativa de que o défice alto e a dívida pública emergem com crescimento expansivo”, acrescentou Mario Draghi, ao reconhecer a necessidade de medidas expansionistas para impulsionar a economia de forma duradoura e sustentável e não num sentido de desperdício.

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Ano e meio depois, moratórias acabam para milhares de famílias e empresas

Em julho, beneficiavam de moratórias mais de 290 mil particulares e empresas, estimando-se que seja este o universo de clientes para quem esta medida acaba agora.

Chegou o dia D para milhares de famílias e empresas que a partir desta sexta-feira voltarão a ter de pagar os empréstimos aos bancos, depois de ano e meio protegidos pelas moratórias criadas pelo Governo para conter o impacto da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, um total de 36,8 mil milhões de euros em empréstimos estavam abrangidos por moratórias, representando cerca de 20% do total da carteira de crédito dos bancos portugueses. Ou seja, 1 em cada 5 euros emprestados pelos bancos estão em moratória.

Em julho, beneficiavam de moratórias mais de 290 mil particulares e empresas, estimando-se que seja este o universo de clientes para quem esta medida acaba agora.

O decreto-lei que instituiu a moratória pública data de 26 de março, e permitiu aos clientes bancários beneficiar da suspensão dos juros e/ou capital do empréstimo durante meses. A medida já foi alvo de várias alterações no sentido de prolongar o prazo da moratória, por causa dos vários confinamentos que o Governo foi impondo no último ano e meio para controlar as vagas da pandemia.

Bancos e instituições de crédito especializado também avançaram com regimes privados de moratórias, aproveitando a janela regulatória aberta pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), mas as medidas foram descontinuadas progressivamente sem que o setor tenha assistido a uma onda de incumprimentos.

Em junho, o Parlamento ainda tentou uma nova extensão da moratória pública até final do ano, mas a medida, ainda que aprovada pelos deputados, caiu por terra depois de a EBA ter fechado a porta a essa pretensão.

Portugal foi um dos países europeus onde mais se recorreu às moratórias bancárias e a dimensão desta “ajuda” aos clientes assustou as autoridades, que receavam que se pudesse tratar de uma “bomba-relógio” que ia dinamitar a economia ou provocar o “tsunami” de falências quanto terminassem.

Governo e bancos afastam esse cenário de catástrofe, mas admitem que há empresas que continuam a atravessar um período difícil, ainda que a economia esteja já a ultrapassar as restrições e os negócios a fluírem novamente.

Para as empresas dos setores vulneráveis, como a restauração, hotelaria e comércio, cujo impacto da pandemia foi mais penoso do que em relação a outras partes da economia, o Governo lançou uma linha de 1.000 milhões de euros para a emissão de garantias públicas para os créditos em moratória que forem reestruturados.

Ainda que seja uma medida benéfica para assegurar uma transição suave após o fim das moratórias, bancos e empresas criticam o facto de não haver um tratamento diferenciado para as reestruturações dos créditos feitas neste âmbito, pelo que os clientes vão ficar marcados no sistema financeiro e impedidos de aceder a novo financiamento durante dois anos.

Em relação às famílias, o Executivo reforçou o quadro legal de prevenção do incumprimento, obrigando os bancos a identificarem os clientes particulares em maiores dificuldades e a proporem soluções atempadamente.

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Miguel Maya afasta “ideia catastrófica do fim das moratórias”

BCP olha com tranquilidade para o fim das moratórias, mas não deixa de estar preocupado com as empresas que só agora começam a ter as primeiras receitas, ano e meio depois do início da pandemia.

O fim das moratórias bancárias não assusta o CEO do BCP, que afasta a “ideia de catástrofe” e “desastre completo” quando milhares de clientes tiverem de retomar o pagamento dos empréstimos a partir desta quinta-feira. Miguel Maya não deixa, ainda assim, de manifestar alguma preocupação em relação a um “conjunto pequeno” de empresas que só agora começam a ter as primeiras receitas após o “grande confinamento” e ainda não estarão em condições de voltar a pagar aos bancos.

“Globalmente, diria que estou razoavelmente tranquilo. Mas estou francamente preocupado com um conjunto pequeno de situações, [pois] cada situação é uma situação relevante”, sublinhou Miguel Maya à margem da gala de entrega dos Investor Relations and Governance Awards, da Deloitte, que teve lugar em Lisboa na passada quinta-feira.

“Se olhar, como devo olhar, para a realidade de cada empresa em concreto, é muito difícil poder dizer que estou confortável quando sei que há empresas que tinham feito um planeamento financeiro contando com determinados cash flows normais e que ainda hoje não têm os clientes a poderem frequentar os seus estabelecimentos”, acrescentou o gestor, dando o exemplo dos estabelecimentos de diversão noturna, que só agora podem abrir portas ano e meio depois do início da pandemia.

"Globalmente, diria que estou razoavelmente tranquilo. Mas estou francamente preocupado com um conjunto pequeno de situações, [pois] cada situação é uma situação relevante.”

Miguel Maya

CEO do BCP

Para o CEO do BCP, os bancos tiveram o “grande mérito de não desativar o escudo protetor enquanto a bomba pudesse rebentar” durante o último ano e meio em que as muitas empresas estiveram sem negócio por causa das restrições da pandemia.

E só agora este escudo é retirado quando a “grande maioria das empresas estão a ter cash flows razoáveis”, o que permite a Miguel Maya ter um olhar de relativa tranquilidade para o cenário macro.

Para as empresas dos setores vulneráveis, como a hotelaria, restauração e comércio, o Governo avançou com uma linha de garantias de mil milhões de euros para ajudar bancos e empresários a reestruturarem os créditos em moratória, embora o setor considere as condições desta linha muito restritivas ao ponto de a tornar pouco útil para resolver os problemas.

De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, as empresas dos setores mais afetados pela pandemia tinham mais de oito mil milhões de euros de crédito em moratória, quase 23% do total dos empréstimos (um total de 36 mil milhões de euros) que estão em suspenso.

Apesar destes números, Maya rejeita que o fim das moratórias vá ser uma catástrofe e um desastre completo e que os bancos fizeram as “coisas bem feitas e com rigor” que vai permitir suavizar o impacto do fim desta medida, ano e meio depois de ter sido introduzida.

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