Preço das casas não vai descer apesar das novas regras nos vistos gold

Governo aprovou travões aos vistos gold por considerar que o regime contribui para a especulação imobiliária. Setor diz que novas regras não terão grande impacto nos preços das casas.

A partir deste sábado, 1 de janeiro de 2022, obter um visto gold não será tão simples. O Governo pôs um travão aos investimentos imobiliários feitos no litoral, incluindo Porto e Lisboa, limitando a atribuição de golden visa apenas à compra de imóveis comerciais, como lojas ou escritórios. O Executivo considera que o regime tem contribuído para a especulação imobiliária, mas o setor diz que as novas regras não farão baixar os preços das casas.

“Neste momento, os vistos gold não resolvem o problema da população portuguesa na cidade de Lisboa e no Porto e, portanto, é altura de retirar esses instrumentos nessas cidades e tentar que possam beneficiar outras regiões do país“, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação em janeiro de 2020, numa altura em que já se conhecia a intenção do Executivo em impor um travão a este programa, criado em 2012.

E foi isso que acabou mesmo por acontecer este ano. Em fevereiro, foram aprovadas alterações ao programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), de forma a canalizar os investimentos para o interior do país. Assim, a partir deste sábado, 1 de janeiro, deixa de ser possível obter um visto gold nas cidades do litoral, incluindo Porto e Lisboa, através da compra de uma habitação. Mas, continua a ser possível obtê-lo nestas cidades, desde que se trate de um imóvel comercial.

A Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) esteve sempre à espera que o Governo recuasse nesta medida, mas a crise política veio deitar por terra qualquer esperança. “Ainda tínhamos alguma esperança que se pudesse rever o que estava previsto, mas sem Parlamento isso nem sequer é possível”, diz ao ECO o presidente da associação, notando que a dissolução da Assembleia da República “foi prejudicial ao programa”.

Patrícia Barão, responsável pela área de residencial da JLL, nota que as alterações que entram em vigor, este sábado, “terão, certamente, um impacto negativo no setor imobiliário, principalmente, ao nível da imagem que passa além fronteiras”. Sobretudo, “num momento em que deveríamos estar focados em redesenhar mecanismos de incentivo e não de restrição à retoma da nossa economia”, diz.

[Alterações ao programa] terão, certamente, um impacto negativo no setor imobiliário, num momento em que deveríamos estar focados em redesenhar mecanismos de incentivo e não de restrição à retoma da nossa economia.

Patrícia Barão

Head of Residencial da JLL Portugal

A especialista acredita mesmo que o objetivo do Governo, de canalizar este investimento para o interior do país, será gorado. “Acabar com os vistos gold em Lisboa, Porto e Algarve não resolve o problema de descentralizar o investimento imobiliário, já que a maioria dos investidores internacionais que procura Portugal fá-lo já com a intenção de investir, em concreto, nos centros urbanos”.

“No conjunto, preços das casas não vão baixar”

O Governo justifica estas mudanças com a evolução do preço das casas nas principais cidades do país, como referiu Pedro Nuno Santos em janeiro de 2020. “Neste momento, temos nas grandes cidades um setor imobiliário fortemente aquecido com preços muito longe daquilo que é a realidade que o povo português pode pagar”, disse, em declarações aos jornalistas no âmbito dos vistos gold.

Mas desde que a intenção do Governo foi tornada pública que o setor imobiliário tem alertado para o que considera ser uma perceção errada do Executivo. Isto porque, de acordo com os profissionais do mercado, as transações imobiliárias feitas para obtenção de um golden visa no Porto e em Lisboa representam apenas cerca de 2% do total de transações. Dados da consultora JLL, referentes a 2018, indicam que apenas 2,5% do volume de vendas (25,1 mil milhões de euros) feito nesse ano veio de dinheiro investido através dos vistos gold.

Três anos depois, o setor continua a defender o mesmo. “O programa [de vistos gold] em Lisboa e no Porto sempre foi residual relativamente ao número de transações”, diz Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII, referindo-se aos números conhecidos em 2018, que são os mais recentes e que “não sofreram grandes alterações” desde então.

Não é essa percentagem [cerca de 2,5% das transações em Lisboa e no Porto] que vai alterar a subida dos preços. Não vai haver um grande impacto, porque Portugal continua a merecer o interesse dos investidores internacionais.

Hugo Santos Ferreira

Presidente da Associação Portugueses de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII)

“No conjunto, os preços das casas não vão baixar”, afirma Patrícia Barão. “Vão estar sempre num contexto de crescimento, mas mais moderado”, explica a especialista da JLL, notando que “em algumas localizações, os preços vão até continuar a corrigir em alta, porque continua a haver uma grande pressão da procura versus oferta”.

O presidente da APPII alerta, assim, que aplicar este travão ao regime pouco ou nada vai influenciar nos preços da habitação. “Não é essa percentagem [cerca de 2,5% das transações em Lisboa e no Porto] que vai alterar a subida dos preços”, diz, acrescentando que “não vai haver um grande impacto, porque Portugal continua a merecer o interesse dos investidores internacionais”.

“Só temos a perder e nada a ganhar” com novas regras

Impacto nos preços não haverá — defende o setor –, mas haverá outras consequências, sobretudo para a visibilidade do país perante os investidores. “97% dos investidores querem investir no litoral e nos centros urbanos de Lisboa e Porto. É uma pena que Portugal, nesta altura, em que tanto precisa de investimento estrangeiro, perca este tipo de iniciativa“, lamenta o presidente da APPII.

Hugo Santos Ferreira explica que “quando muitos promotores imobiliários vêm para cá fazer projetos, nomeadamente residenciais, uma das premissas que exigem é que Portugal tenha um programa de captação de investimento estrangeiro interessante”. “Portugal perde muito na sua competitividade internacional e na mensagem que quer passar lá fora, de que o investimento estrangeiro é bem-vindo”, afirma Hugo Santos Ferreira.

O mesmo defende a especialista da JLL. Patrícia Barão afirma que, “reputacionalmente, as alterações ao programa, no formato que o conhecemos, geram desconfiança do lado da procura externa e esta instabilidade é o que mais afasta os investidores”.

Apesar disso, e depois de ter sido oficialmente aprovado este travão ao regime, os investidores começaram a procurar alternativas, tal como o ECO noticiou no início do mês, recorrendo, assim, a fundos de investimento. Como? Os promotores imobiliários constituem fundos de investimento, colocando na carteira imóveis, o que permite que um investidor estrangeiro subscreva unidades de participação (UP) deste fundo, por um mínimo de 500 mil euros e assim obter um visto gold.

Outra forma de contornar a nova lei passa pelos apartamentos turísticos. “Muitos imóveis de alojamento local, que eram considerados habitação, foram transformados em apartamentos turísticos”, explicou uma fonte do mercado imobiliário ao ECO. Contudo, diz Hugo Santos Ferreira ao ECO, “apesar de se terem criado algumas formas alternativas de investir, ainda há muitos investidores que preferem a compra direta do imóvel”.

Apesar das alterações do programa dos vistos gold, Portugal continuará a ser atrativo aos olhos dos investidores estrangeiros e essa tendência tem-se mantido e aumentado de forma muito positiva.

Patrícia Barão

Head of Residencial da JLL Portugal

Mas, apesar de todo este impacto negativo, Portugal continuará a captar investimento internacional. “Apesar das alterações do programa dos vistos gold, Portugal continuará a ser atrativo aos olhos dos investidores estrangeiros e essa tendência tem-se mantido e aumentado de forma muito positiva”, diz Patrícia Barão. “O ‘apetite’ dos compradores internacionais e o seu interesse por Portugal tem vindo a aumentar nos últimos anos”.

Os dados mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) indicam que, desde que o programa foi lançado, em outubro de 2012, até novembro, foram captados 6.057.663.503,19 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que soma até novembro 5.471.573.948,60 euros. Em mais de nove anos foram atribuídos 9.514 vistos por via de compra de imóveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco Montepio vende Montepio Valor à Associação Mutualista

É uma mudança de mãos entre o banco e a Associação Mutualista, numa operação de 3,7 milhões de euros. O impacto nas contas do banco é nulo, segundo o comunicado enviado à CMVM.

O banco Montepio comunicou esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que vendeu a totalidade do capital da Montepio Valor à Associação Mutualista Montepio Geral por 3,7 milhões de euros. O impacto nas contas e nos rácios de capital do banco é nulo, segundo o que é comunicado ao mercado.

“A Caixa Económica Montepio Geral, caixa económica bancária, S.A. (“Banco Montepio”) informa que no dia 30 de dezembro de 2021 a sua participada Montepio Holding SGPS, S.A. vendeu 310.000 (trezentas e dez mil) ações ordinárias escriturais e nominativas, representativas de 100% (cem por cento) do capital social e dos direitos de voto da Montepio Valor – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A. (“Montepio Valor”)”, anuncia o banco ao mercado.

A Montepio Valor é uma Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo (SGOIC), gerindo fundos de investimento imobiliários, que agora é vendida à Associação Mutualista Montepio Geral, que é o acionista maioritário do Banco Montepio, por 3,73 milhões de euros. Neste momento, segundo o seu site, gere ativos avaliados em 424 milhões de euros, “correspondentes a uma quota de mercado de 4,3%”.

Esta troca de mãos dentro do mesmo grupo não tem, segundo o banco, impacto nos resultados e rácios de capital: “O impacto estimado da venda da Montepio Valor, controlada a 100% através da Montepio Holding SGPS, S.A., nos resultados consolidados do Banco Montepio e nos rácios de capital é nulo“, garante.

Esta venda à casa-mãe é justificada pela simplificação da estrutura e o foco no negócio da banca. “A concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de simplificação da estrutura societária do Grupo, mantendo o foco no negócio bancário doméstico“, explica o Banco Montepio no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street dá uma reviravolta e desce na penúltima sessão de 2021

Os principais índices norte-americanos estiveram a negociar em alta na maior parte da sessão, mas na reta final houve uma reviravolta e fecharam em terreno negativio.

Após os máximos do S&P 500 e do Dow Jones registados na sessão anterior, os três principais índices norte-americanos fecharam em terreno negativo esta quinta-feira. A reviravolta deu-se no final da negociação em Wall Street uma vez que na maior parte da sessão esteve no verde. Esta foi a penúltima sessão de 2021, um ano marcado pela subida significativa das bolsas em todo o mundo.

O Dow Jones, que acumulava seis sessões consecutivas de ganhos, cedeu 0,25% para os 36.398,08 pontos, o Nasdaq desvalorizou 0,16% para os 15.741,56 pontos e o S&P 500 encolheu 0,3% para os 4.778,73 pontos.

Entre as cotadas, o destaque vai para a Biogen, empresa da área da biotecnologia, cujas ações desceram cerca de 8% depois de a Samsung ter negado a notícia do jornal The Korea Economic Daily de que estaria a negociar a compra da Biogen. Esta cotada acabou assim por liderar as perdas registadas no S&P 500 e no Nasdaq, após ter subido 9,5% no dia anterior.

O setor das empresas que produzem semicondutores também pesou nos índices, com cotadas como a Micron — que alertou para o impacto na sua produção dos encerramentos de fábricas na China por causa da Ómicron — e a AMD a cair mais de 2%.

A sessão desta quinta-feira foi influenciada também pelo número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos: o valor caiu para 198 mil na semana passada (face a 206 mil na semana anterior), abaixo do esperado pelos analistas, segundo o Departamento do Trabalho, mostrando que ainda não há impacto da Ómicron no mercado laboral norte-americano. Os pedidos estão no nível mais baixo desde 1969. A taxa de desemprego está nos 4,2%, um mínimo de 21 meses.

Este período de final do ano tende a ser positivo para os índices norte-americanos. Segundo a CNBC, que cita dados do Bank of America, o S&P 500 valorizou neste período — as últimas cinco sessões do ano e as duas primeiras de janeiro — em 78,5% das vezes desde 1928. Na sessão desta quarta-feira, o S&P 500 registou a sua 70.ª sessão deste ano a fechar em máximos, uma marca só superada pelas 77 sessões em que isso aconteceu em 1995.

Os três principais índices norte-americanos caminham para um mês de dezembro globalmente positivo, apesar da ameaça da nova variante cujo impacto foi logo sentido no final de novembro quando foi descoberta. No conjunto do ano, o S&P 500 acumula um ganho superior a 28%, o Dow Jones de quase 20% e o Nasdaq acima de 22%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ajuntamentos proibidos e sem álcool na rua. As regras para a passagem do ano

  • ECO
  • 30 Dezembro 2021

Até este sábado há restrições adicionais para controlar a pandemia: as discotecas estão fechadas, os ajuntamentos de fim de ano proibidos e não pode haver consumo de álcool na rua.

Tal como na semana passada relativamente ao Natal, esta semana também há restrições específicas para os dias da passagem de ano.

Além das discotecas e os bares estarem fechados (e assim continuarão até pelo menos 9 de janeiro), são proibidos os ajuntamentos na via pública de mais de dez pessoas no fim de ano e é proibido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública. Estas medidas aplicam-se desde esta quinta até sábado, 1 de janeiro.

Acresce que passa a ser obrigatória a apresentação de um teste negativo para o acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano nos dias 30 e 31 de dezembro e 1 de janeiro. Assim, para aceder às atividades para as quais passou a ser exigido um teste Covid-19 com resultado negativo, são admitidos os seguintes tipos de testes:

  • Comprovativo de teste PCR, com uma antecedência de 72 horas;
  • Comprovativo de teste rápido de antigénio (TRAg), com uma antecedência de 48 horas;
  • Até ao dia 2 de janeiro, autoteste realizado no local, mediante supervisão.

Na próxima semana continua o período de contenção com o teletrabalho a ser obrigatório, sempre que possível, e o adiamento do início do segundo período letivo, o que vem acompanhado dos habituais apoios às famílias.

Este é um período que o Governo pede que seja de “limitação de contactos”, principalmente agora que o país acumula três dias consecutivos de máximos no número de novos casos diários, ainda que, para já, tal não tenha impacto significativo nos internamentos e nas unidades de cuidados intensivos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesla chama à oficina 475.318 carros nos EUA com avaria

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2021

A empresa de Elon Musk já recebeu 2.301 reclamações relacionadas com problemas na câmara traseira e no fecho a abertura da bagageira.

A Tesla quer recolher 475.318 dos seus veículos nos Estados Unidos devido ao mau funcionamento da câmara traseira, que pode aumentar o risco de colisão, e à abertura involuntária do capô, foi anunciado.

Segundo dados do regulador National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), em causa estão 356.309 veículos Tesla do modelo três, produzidos entre 2017 e 2020, com problemas na câmara traseira, que poderá ter sido danificada pelo fecho a abertura da bagageira.

Segundo o NHTSA, o mau funcionamento da câmara “pode aumentar o risco de colisão”. A empresa de Elon Musk já recebeu 2.301 reclamações ligadas a este problema. Neste sentido, a empresa vai inspecionar todos os veículos e corrigir a avaria.

Os proprietários que já levaram o seu carro à oficina para resolver o problema em causa podem solicitar o reembolso da despesa.

Por sua vez, 119.009 veículos do Modelo S, produzidos entre 2014 e 2021, foram chamados à oficina por causa da avaria verificada no capô, que já motivou quatro reclamações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Armada” de LNG dos EUA faz baixar preço da energia na Europa

Navios-tanque de gás liquefeito (LNG) dos EUA, com destino à Ásia, estão a ser desviados para a Europa e a reduzir os preços de referência de gás natural europeu.

Navios de transporte de gás natural liquefeito (LNG – sigla inglesa), dos Estados Unidos, com destino à Ásia, estão a ser desviados para a Europa de modo a colmatar a crise energética, perfazendo um número de navios-tanque já superior a 15, segundo a Bloomberg (acesso pago, e em inglês).

Com os preços da energia na Europa a atingir valores históricos, 10 navios-tanque norte-americanos com 1,6 milhões de metros cúbicos de gás rumaram à Europa, sendo que outros 20 com 3,3 milhões cúbicos estão a caminho do continente.

A notícia dos carregamentos de gás teve como reação a descida dos preços de referência do gás natural europeu. Dos primeiros 15 navios enviados, o Reino Unido, França e Espanha receberam quatro cada um, sendo que os Países Baixos, Gibraltar e Malta ficaram com um cada, existindo ainda navios adicionais com destinos não declarados.

Os terminais de exportação de gás natural liquefeito dos Estados Unidos estão a operar no limite de capacidade, após atingirem níveis recorde a 19 de dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recurso de Rendeiro sobre prisão preventiva dá entrada esta sexta

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2021

“O documento de recurso fala por si. Acreditamos que a decisão dos magistrados não se baseou na lei sul-africana e não se baseou em provas”, defende a advogada.

O recurso do antigo presidente do BPP João Rendeiro sobre a sua prisão preventiva no estabelecimento prisional de Westville, em Durban, África do Sul, vai dar entrada esta sexta-feira, adiantou a advogada sul-africana June Marks.

Enviei agora o recurso para ser formalizado. Será processado amanhã”, afirmou à Lusa a mandatária do ex-banqueiro português, que foi detido no passado dia 11 de dezembro no hotel Forest Manor Boutique Guesthouse, em Durban.

Na sequência dessa detenção, João Rendeiro foi presente ao juiz Rajesh Parshotam, do tribunal de Verulam, que lhe decretou no dia 17 a medida de coação mais gravosa, remetendo-o para uma das maiores prisões do país, depois de rejeitar a libertação sob caução.

“O seu estado de espírito parece bom”, garantiu a advogada do banqueiro, reforçando a sua confiança numa alteração da medida de coação: “O documento de recurso fala por si. Acreditamos que a decisão dos magistrados não se baseou na lei sul-africana e não se baseou em provas”.

Depois de terminar o recurso, June Marks esclareceu que agora é altura de o tribunal de magistratura – como é o caso de Verulam – ler o documento e preparar então o registo com as razões por detrás da medida de coação aplicada, a fim de o juiz do Tribunal Superior (High Court, na designação sul-africana) poder posteriormente avaliar e tomar uma decisão sobre a manutenção ou eventual alteração da prisão preventiva de João Rendeiro.

A hierarquia judiciária sul-africana inclui ainda, acima do Tribunal Superior, outras duas instâncias: o Supremo Tribunal de Recurso (Supreme Court of Appeal, SCA) e o Tribunal Constitucional (Constitutional Court, ConCourt) – a mais alta instância no país.

Entretanto, a porta-voz da National Prosecuting Authority (NPA), o Ministério Público da África do Sul, confirmou esta quita-feira que o prazo para Portugal submeter a documentação para a formalização do pedido de extradição do antigo presidente do BPP foi prorrogado para o máximo de 40 dias, expirando agora a 20 de janeiro.

“A NPA tinha informado o tribunal e concordado com as autoridades portuguesas que tinham 40 dias para apresentar o pedido. Iremos ao tribunal no dia 10 de janeiro para fornecer ao tribunal uma atualização da situação sobre o assunto”, declarou Natasha Ramkisson, aludindo à primeira sessão sobre o processo de extradição do ex-banqueiro, que ficou marcada na agenda do tribunal de Verulam para aquela data.

A Lusa questionou o Ministério Público português sobre esta matéria, mas não obteve resposta.

João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal. Sobre o antigo presidente do BPP recaem três mandados de detenção internacional, sendo que a Procuradoria-Geral da República está a trabalhar na formalização do pedido de extradição.

O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.

O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cruzeiros pelo Mediterrâneo e Caraíbas procurados para a passagem de ano

Procura por cruzeiros já aumentou face a 2020, mas continua abaixo dos níveis pré-pandemia. Portugueses escolhem Mediterrâneo e Caraíbas para entrar no novo ano.

Mesmo com o evoluir da situação pandémica, há quem não abdique de entrar no novo ano a viajar. E há mesmo quem escolha passar o fim do ano em alto mar, a bordo de um navio cruzeiro. A procura por este tipo de produtos já supera 2020, mas continua aquém dos níveis de 2019, explica ao ECO Pedro Quintela, diretor comercial da Agência Abreu. Ainda assim, o mar do Mediterrâneo e das Caraíbas continuam a ser os destinos de eleição.

“Atendendo ao contexto que vivemos, ainda existem muitos itinerários por reativar, pelo que tanto a oferta como a procura de cruzeiros seguem aquém se compararmos com anos anteriores“, diz o responsável turístico.

Apesar disso, Pedro Quintela acrescenta que, “a procura já aumentou face a 2020, pois os verdadeiros amantes de cruzeiros, sejam marítimos ou fluviais, já sentem maior segurança do ponto de vista sanitário e confiam nas medidas que têm vindo a ser implementadas“.

A Abreu oferece vários pacotes de cruzeiros, com preços a partir dos 769 euros se a partida for em Lisboa. Neste caso, está incluída uma viagem em alto mar de 11 dias que passará por Espanha e Itália. Há ainda a possibilidade de fazer um cruzeiro de 12 dias pelo Mediterrâneo, partindo do Funchal, a partir de 985 euros por pessoa.

Mas há opções mais em conta, desde que os passageiros estejam dispostos a embarcar fora de Portugal. Uma visita ao site da agência permite encontrar pacotes a partir de 439 euros, que inclui cinco dias de viagem, com partida em Veneza, explorando Itália e a Grécia. As opções mais caras podem chegar aos 1.857 euros por pessoa, no caso de um cruzeiro de 12 dias, a bordo do Norwegian Star, passando pela Islândia e Gronelândia.

“Os produtos mais procurados são os cruzeiros marítimos, sobretudo para o Mediterrâneo, com as saídas de Itália, mas também os cruzeiros nos Estados Unidos com partidas desde Miami para as Caraíbas“, explica Pedro Quintela. No segundo caso, os preços começam nos 823 euros por pessoa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aumento de capital da TAP cobre 1.548 milhões em prejuízos

A TAP aprovou em assembleia geral um aumento de capital de 1.736 milhões. Boa parte do dinheiro foi usado para cobrir prejuízos e assim recompor os capitais próprios.

A operação de aumento de capital da TAP, aprovada esta quinta-feira em assembleia geral extraordinária, incluiu a cobertura parcial de mais de 1,5 mil milhões em prejuízos.

A companhia aérea enviou um comunicado ao mercado ao fim da tarde, onde detalha as operações aprovadas na assembleia geral extraordinária. O reforço incluiu a conversão de 154,4 milhões de euros em prestações suplementares, que se somaram aos 503,5 milhões já existentes, passando o capital total a ser de 657,85 milhões de euros.

Este capital foi depois reduzido para zero, para cobertura parcial de prejuízos.

A operação incluiu um segundo aumento de capital de 1.794,5 milhões, subscrito integralmente pelo Estado, dos quais 1.258,5 milhões resultaram de entradas em espécie, por conversão de créditos da República Portuguesa sobre a TAP, e 536 milhões por novas entradas em dinheiro.

De seguida, foi feita nova redução de capital para cobertura de prejuízos, com o capital a encolher em 890,2 milhões para a soma final de 904,33 milhões.

Entre as duas operações de redução de capital, a TAP “limpou” 1.548 milhões em prejuízos passados. O último relatório e contas da companhia, relativo ao segundo semestre, indicava que a empresa tinha 1.331 milhões em resultados transitados negativos, a que se somam prejuízos de 493 milhões até junho, mais 134,5 milhões no terceiro trimestre.

O capital social da TAP passou a ser de 904.338.865 euros, representado por 180.865.573 ações com um valor nominal unitário de €5,00. Em virtude destas operações “a TAP passa a ter como acionista único e direto a República Portuguesa, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças”, detalha o comunicado.

A assembleia geral extraordinária da TAP aprovou esta quinta-feira o segundo aumento de capital na transportadora aérea este ano, com a entrada de 536 milhões de euros e a conversão em capital de um financiamento de 1.200 milhões.

Este reforço dos capitais próprios da transportadora segue-se à luz verde da Comissão Europeia ao plano de reestruturação da TAP, no dia 21 de dezembro, obrigando, no entanto, a companhia a ceder 18 slots (nove pares de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa e a vender as participações na Manutenção & Engenharia Brasil, Cateringpor e Groundforce.

Bruxelas aprovou ainda duas novas tranches de compensações pelos prejuízos provocados pela Covid-19, uma de 107,1 milhões de euros e outra de 71,4 milhões, num total de 178,4 milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Países Baixos vão nomear a primeira mulher para ministra das Finanças

Países Baixos deverão nomear pela primeira vez uma mulher para o cargo de ministra das Finanças. Sigrid Kaag deve juntar-se a um grupo de quatro mulheres em cargos homólogos na União Europeia.

Os Países Baixos deverão nomear para ministra das Finanças Sigrid Kaag, a primeira mulher a ocupar o cargo, segundo os media local e a Bloomberg (acesso pago, e em inglês).

Sigrid Kaag está à frente do partido pró-europeu D66, e deverá assumir o cargo da quinta maior economia da Zona Euro. O gabinete do novo governo holandês será anunciado em janeiro.

Apenas quatro dos homólogos de Sigrid Kaag na União Europeia são mulheres, María Jesús Montero em Espanha, Annika Saarikko na Finlândia, Keit Pentus-Rosimannus na Estónia e Gintarė Skaistė na Lituânia.

A nomeação segue-se depois de Sigrid Kaag, enquanto ministra dos Negócios Estrangeiros, juntamente com Ank Bijleveld, assumirem responsabilidades em setembro pelo caos na retirada de alguns funcionários locais e intérpretes que trabalharam com as tropas holandesas do Afeganistão, após a tomada de Cabul.

O Fórum Económico Mundial estima que a pandemia teve um “impacto fundamental” na igualdade entre homens e mulheres, fazendo recuar “anos de progressos”. Portugal encontra-se em 22º lugar no ranking da igualdade entre homens e mulheres de 2021, 13 lugares acima do registado no ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo soberano de Abu Dhabi reforça participação na Nos para 5%

  • ECO
  • 30 Dezembro 2021

A Mubadala Investment Company tinha entrado na operadora portuguesa em setembro, com 2%. Agora reforça para 5% do capital da Nos.

O fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Investment Company, passou a deter 5% no capital da operadora Nos, segundo um comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A entrada do fundo na Nos aconteceu em setembro passado, com uma posição de 2%. Na altura foi anunciado que a Mubadala Investment Company tinha investido cerca de 35 milhões de euros nesta operação, tornando-se, assim, o segundo maior acionista da operadora de comunicações.

Até fevereiro de 2020, a Mubadala Investment Company detinha uma participação de 4,06% no capital da EDP, mas vendeu uma boa parte dessas ações, deixando de ter uma participação qualificada. Essa venda aconteceu um dia antes de a China Three Gorges ter vendido parte da sua participação no mercado.

Na sessão desta quinta-feira na bolsa, as ações da NOS recuaram 0,24% para 3,37 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IVAucher arrisca devolver menos de 20% do prometido

O IVAucher prometia devolver 200 milhões de euros aos portugueses em IVA, mas no final poderá ficar abaixo dos 40 milhões de euros. Os portugueses têm apenas mais um dia para gastar o seu saldo.

O IVAucher chegou, mas não entranhou na vida dos portugueses. A dotação inicial prevista no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) era de 200 milhões de euros, mas o Governo arrisca-se a devolver menos de 40 milhões de euros aos portugueses em IVA na restauração, cultura e alojamento. Só a operacionalização do programa poderá vir a custar cerca de sete milhões de euros.

Ainda falta um dia para o programa acabar — pode gastar o seu saldo até 31 de dezembro — pelo que ainda pode haver surpresas, mas não é expectável que tal aconteça. O balanço feito pelo Ministério das Finanças esta quinta-feira revela que foram devolvidos 37 milhões de euros entre 1 de outubro e o final de dezembro, de um total de 82 milhões de euros acumulados entre junho e agosto.

Não só a utilização efetiva do programa é inferior a metade do saldo acumulado, como fica a menos de 20% do total da dotação inicial. Além disso, para devolver os 37 milhões de euros foi preciso primeiro gastar sete milhões de euros (18,9% do valor devolvido) para operacionalizar o programa com a SaltPay, ainda que este valor não seja o final uma vez que o contrato previa um pagamento indexado à utilização do programa, logo poderá ser inferior.

O programa IVAucher foi criado no Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) e previa a devolução de 200 milhões de euros em IVA da restauração, alojamento e cultura, de forma a estimular o consumo nestes setores mais afetados pela crise pandémica. Houve quem viesse pedir o prolongamento do programa além dos três meses previstos dada a “folga” na dotação orçamental, mas não foi essa a opção do Governo.

As Finanças têm argumentado que os 200 milhões eram o teto do programa e que o sucesso do programa “mede-se pelo facto do objetivo – estimular o consumo nestes três setores muito afetados pela pandemia — ter sido atingido: os consumos nestes setores aumentaram de forma muito significativa no período de junho a agosto de 2021 face ao mesmo período de 2020 e superaram os valores do período homólogo de 2019, pré-pandemia”. Falta saber se o IVAucher foi, ou não, determinante para se alcançar esse objetivo ou se outros fatores pesaram mais, como o processo de vacinação.

Um dos problemas da implementação deste programa foi a adesão por parte dos portugueses, a qual é obrigatória para beneficiar dos descontos. Houve apenas cerca de 1,5 milhões de consumidores (1.494.317) aderentes do IVAucher, o que inclui só uma parte dos contribuintes que acumularam IVA entre julho e agosto nos três setores elegíveis. Se não aderirem, podem ter acumulado (não era preciso aderir para acumular) mas não usufruem, logo o Estado não devolve e não tem nenhuma despesa.

Os números mostram esse desfasamento e são usados pelo Ministério das Finanças para defender o sucesso do programa: dentro do saldo acumulado de 82 milhões de euros, apenas 49 milhões de euros podiam ter sido devolvidos uma vez que correspondiam ao saldo dos consumidores aderentes. Assim, os 37 milhões de euros correspondem a 76% dos 49 milhões, o potencial de saldo a ser devolvido.

Outro dos potenciais problemas é a adesão por parte dos comerciantes e a respetiva identificação para os consumidores uma vez que só nestes estabelecimentos é que é possível usufruir do desconto de até 50% da fatura. Segundo o Ministério das Finanças, a rede de estabelecimentos dos setores alojamento, cultura e restauração ascende a 9.460 comerciantes registados (NIF únicos) e 34.934 Terminais de Pagamento Automático (TPA).

Este programa permitiu testar uma plataforma inovadora de apoio público através de reembolso direto aos contribuintes, constituindo uma importante ferramenta para novos programas que possam vir a ser implementados“, destaca o Ministério das Finanças no comunicado desta quinta-feira, assinalando que esta plataforma permitiu colocar no terreno o novo programa, o AUTOvoucher, “em poucas semanas”.

Recorde-se que o valor acumulado de despesas nos três setores, que não for usufruído pelo contribuinte, será automaticamente elegível para o acerto de contas do IRS no próximo ano. “Os consumidores podem, ainda, gastar o saldo IVAucher até amanhã, 31 de dezembro”, relembram as Finanças, referindo que “o remanescente do saldo acumulado pelos consumidores e não utilizado será considerado como dedução à coleta em sede de IRS, nos termos legais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.