Espanha abre investigação a gestão de barragens no Douro e Tejo

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

Governo procura explicar "situações de resposta inadequada" que ocorrem nesta altura do ano. A barragem de Ricobayo, gerida pela Iberdrola, baixou de 95% para 11% em quatro meses.

O Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico abriu investigações às empresas que gerem barragens nas bacias hidrográficas do Douro, Tejo e Miño-Sil, para apurar os respetivos aproveitamentos hidroelétricos.

O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Morán, que anunciou as investigações depois de uma reunião com presidentes de câmara afetados pelo esvaziamento da barragem de Ricobayo (Zamora), disse que nestas três demarcações hidrográficas ocorreram níveis de exploração “acima do que seria recomendável”.

No caso de Ricobayo, gerida pela Iberdrola, que passou de 95% para 11% em quatro meses, com esvaziamentos especialmente notórios em junho e julho, a coincidir com os preços máximos da eletricidade, Morán indicou que não está em causa apurar só se ultrapassaram os limites da concessão.

Além disso, em concessões com décadas de existência, há que ver “se se superou o que o senso comum recomenda na hora de enfrentar a gestão de um recuso público tão sensível com a água”, acrescentou.

Morán afirmou também que há casos em que se abriram investigações não pela exploração hidroelétrica mas por outras razões, recordando que todos os anos, nesta altura, costumam ocorrer “situações de resposta inadequada“.

O anúncio de Morán foi feito depois de na semana passada a terceira vice-presidente do governo e titular do Ministério, Teresa Ribera, ter contactado com a Iberdrola devido à redução drástica de água nas barragens de Ricobayo, em Zamora, e Valdecanas, em Cáceres, declarando-se “escandalizada com o que estava a ver”.

Avisou na ocasião que, “se se constatar que houve uma má prática” na gestão da barragem vai ser ativado “o mecanismo sancionador correspondente e (aplicadas) as sanções que tenham de ser aplicadas”, avisou.

O secretário de Estado do Ambiente ​​​​​​​admitiu que as condições de algumas concessões hidroelétricas foram determinadas quando o impacto das alterações climáticas não era tão visível como é, pelo que os novos planos das bacias hidrográficas vão ser adaptados.

Estes planos estão em discussão pública e devem ser aprovados em meados de 2022.

A Iberdrola garantiu esta quinta-feira que está a fazer a exploração destas infraestruturas hidráulicas “sempre em contacto com as autoridades competentes”.

Depois de o Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico ter anunciado a abertura das investigações, a Iberdrola assegurou que está a explorar as barragens “dentro dos padrões estabelecidos e com normalidade“.

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Este site mostra os fundos europeus mais “adequados” à sua empresa

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

We Incentivos lançou um formulário online que resume as oportunidades de financiamento de fundos europeus mais "adequados" a cada empresa.

Uma empresa especializada em candidaturas a incentivos financeiros e fiscais lançou um formulário digital que ajuda outros negócios a identificarem “quais as oportunidades de financiamento” e fundos comunitários mais “adequados”. A We Incentivos espera que a ferramenta ganhe expressão no quadro do Portugal 2020, Portugal 2030 e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vulgarmente chamada de “bazuca” europeia.

Num comunicado, a We Incentivos diz ter identificado “como maior dificuldade” no acesso aos fundos europeus “o receio dos promotores pela burocracia na fase de candidatura e na de execução”.

Assim, o formulário de identificação de oportunidades “permite às empresas efetuarem, de forma rápida, a avaliação preliminar das necessidades de investimento e identificar oportunidades de financiamento disponíveis e adequadas aos seus negócios”, indica a empresa.

“É fundamental uma estrutura de acompanhamento de projetos com profissionais que tenham estado no terreno e sentido as dificuldades das empresas. É um desafio ter estruturas que se predisponham a ajudar de facto os promotores numa lógica cooperativa”, diz o diretor da We Incentivos, Dário Gaspar, citado na mesma nota.

Segundo a empresa, a plataforma e o formulário associado “é um dos instrumentos do laboratório de negócios da We Incentivos, que tem como objetivo apoiar os empresários, de transformação e de desenvolvimento estratégico, geradores de valor através da utilização dos apoios públicos disponíveis”.

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TAP assume compromisso de corte de slots em Lisboa

A companhia aérea está disponível para ceder menos de dez faixas horários no aeroporto de Lisboa. É a resposta às dúvidas da Comissão Europeia sobre o plano de reestruturação da TAP.

A TAP assumiu o compromisso de abdicar de menos de uma dezena de slots no aeroporto de Lisboa. Este é um dos pontos expressos pelo Governo na resposta às novas exigências da Comissão Europeia para a aprovação do plano de reestruturação da companhia aérea. Os slots, a joia da coroa de uma companhia aérea, são na prática as faixas horárias que as companhias aéreas podem usar para descolar e aterrar e chegam a ser vendidos por 75 milhões de dólares nos principais aeroportos do mundo.

Como o ECO revelou em primeira mão, o Governo tinha até ao dia 19 de agosto para responder à carta da Comissão Europeia em que justifica a passagem da avaliação do programa de reestruturação da TAP à situação de investigação aprofundada. Neste período, outras companhias concorrentes podem também pronunciar-se sobre o plano da TAP, e já se sabe que a Ryanair exige que a companhia portuguesa, agora de capitais públicos, deixe de ter alguns dos slots em Lisboa.

O plano de reestruturação da TAP, que resulta das ajudas públicas atribuídas à companhia e que poderão chegar aos 3,75 mil milhões de euros, obriga à saída de um quarto dos trabalhadores, à redução da frota de 108 para 88 aviões e ao abandono de várias rotas, mas no que toca às faixas horárias o Governo quer que o corte seja o mínimo possível e este tem sido um ponto-chave nas negociações.

Na carta ao Governo português onde expõe os argumentos para a abertura da investigação aprofundada, a Comissão Europeia aponta “a falta de um compromisso quanto à alienação de faixas horárias em Lisboa, dado o elevado nível de congestionamento desse aeroporto e à elevada percentagem de faixas horárias detidas pela TAP (50-60%)”. Agora, sabe o ECO, o Governo assume formalmente o compromisso de abdicar de cerca de uma dezena de slots. O diabo está nos detalhes: resta saber quais são as faixas horárias e as rotas atingidas que a TAP está disponível para ceder, e do respetivo contributo para o negócio.

Há dois exemplos comparáveis com a TAP: a Air France recebeu, em abril, autorização da Comissão Europeia para um plano de recapitalização de 4.000 milhões do Estado francês. A companhia aérea francesa teve de libertar 18 posições no concorrido aeroporto de Orly, o segundo maior do país, onde tem um peso dominante. Mas a companhia de bandeira francesa não foi a única a ter de sacrificar este bem precioso. Também a alemã Lufthansa teve de prescindir de 24 slots em dois aeroportos alemães para poder receber, ainda 2020, um pacote de ajuda de 9.000 milhões de euros.

Agora, a Comissão Europeia vai avaliar os novos compromissos do Governo português em nome da TAP — os slots e também as contribuições financeiras do Estado e dos acionistas privados — e os comentários das companhias aéreas concorrentes para uma decisão final sobre o plano de reestruturação da companhia.

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Wall Street fecha misto com Nvidia a subir 4%

Ações de algumas tecnológicas brilharam na sessão, enquanto as empresas industriais desvalorizaram. Índices recuperaram face às perdas do início da sessão, fechando mistos esta quinta-feira.

Os principais índices de Wall Street fecharam mistos esta quinta-feira, depois de uma sessão de forte volatilidade, desencadeada pelas perspetivas de que a Reserva Federal reduza os estímulos económicos ainda este ano.

O S&P 500 subiu 0,07%, para 4.403,24 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,01%, para 14.527,08 pontos, apesar de terem arrancado a sessão com perdas superiores a 0,6%. Em sentido inverso, o Dow Jones recuou 0,26%, para 34.868,64 pontos.

A valorização de algumas ações tecnológicas contrastou com as perdas de empresas mais expostas à ciclicidade da economia, como a energia.

A fabricante de placas gráficas Nvidia destacou-se pela positiva, tendo registado um ganho de 4,03%, para 198,07 dólares. A empresa revelou que espera receitas no terceiro trimestre acima das estimativas dos investidores, beneficiando da procura expressiva por semicondutores.

Em sentido inverso, a queda dos preços do petróleo pesou nas ações petrolíferas. Enquanto o WTI perde 2,20%, para 64,02 dólares, a Occidental desvalorizou 5,80%, para 22,09 dólares cada título.

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Erdogan adverte que Turquia não será “armazém de refugiados da Europa”

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

A Turquia acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu esta quinta-feira, perante a possibilidade de um forte afluxo de refugiados do Afeganistão, de que a Turquia não está disposta a ser o “armazém de refugiados da Europa”.

“A Europa transformou-se no centro de atração de milhões de pessoas, está a fechar as suas fronteiras e não pode ficar à margem deste problema”, disse Erdogan num discurso transmitido pela televisão.

“A Turquia não tem a responsabilidade nem a obrigação de se tornar o armazém de migrantes e refugiados da Europa”, sublinhou.

Neste momento, a Turquia acolhe 3,6 milhões de refugiados sírios e cerca de meio milhão de afegãos, números que poderão ser superiores dado que há um número desconhecido de migrantes indocumentados.

O chefe de Estado turco indicou que cerca de 450.000 sírios regressaram ao seu país por decisão própria, enquanto 235.000 afegãos “foram enviados” de volta, sem especificar o período em que ocorreram essas repatriações.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, assegurou na quarta-feira à agência noticiosa espanhola Efe que a situação no Afeganistão vai ser diferente da guerra na Síria e da onda migratória de 2015.

A esse respeito, Borrell propôs formas de “cooperação regional” com países da Ásia Central e a Turquia.

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Fogo em Odemira consumiu área estimada em 1.100 hectares

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

O incêndio, que deflagrou quarta-feira, tinha um "potencial de dano que poderia chegar a cerca de 6.000 hectares”.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira e foi dominado esta quinra-feira, às 18:40, na zona de Sabóia, no concelho de Odemira, consumiu uma área estimada de 1.100 hectares, num perímetro de 20 quilómetros, revelou a Proteção Civil.

“A área [ardida] que apurámos tem cerca de 1.100 hectares, com um perímetro estimado de 20 quilómetros”, disse o 2.º comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme Marcos, numa conferência de imprensa em Saboia, para fazer o ponto de situação do incêndio.

Segundo o responsável, as entidades competentes irão apurar a área final ardida, mas, de acordo com as previsões, “este incêndio tinha um potencial de dano que poderia chegar a cerca de 6.000 hectares”.

Pela área que se estima ter ardido, toda no concelho de Odemira, distrito de Beja, “dá para ver a intensidade do incêndio”, o “desempenho de excelência” e “a dificuldade que homens e mulheres tiveram para que chegássemos ao dia de hoje e a esta hora com o incêndio dominado”, frisou.

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“Task force” da vacinação vai poder aceder a dados anónimos de saúde

Pedido do vice-almirante não mereceu oposição da comissão de proteção de dados, mas Filipa Calvão não vê necessidade no acesso a "informação individualizada", como pretendia Gouveia e Melo.

A task force da vacinação contra a Covid-19 vai poder aceder a um conjunto limitado de dados de saúde dos cidadãos, com a condição de que seja adotada uma série de medidas técnicas de segurança. Contudo, num parecer, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) recusa o acesso a informação individualizada dos portugueses.

O pedido de parecer foi dirigido à CNPD pelo coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, através do gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido. A CNPD não se opõe à solicitação, mas balizou esse acesso e travou a intenção da task force de aceder a dados individualizados dos cidadãos.

Assim, a equipa que coordena o plano de vacinação contra a Covid-19 pode obter “estatísticas e indicadores”, por “determinação da ministra da Saúde”. Mas, com as medidas exigidas pela CNPD, “não haverá acesso a dados individualizados”, aponta a entidade liderada por Filipa Calvão.

A CNPD não vê “efetiva necessidade” de a equipa do vice-almirante conhecer a identidade dos titulares dos dados pessoais, pelo que, “de acordo com o princípio da proporcionalidade e o princípio da minimização dos dados pessoais”, o acesso “deve implicar uma operação de pseudonimização”.

Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Task force quer número do SNS, data de nascimento e concelho de residência

No parecer com a data de 18 de agosto, lê-se que o vice-almirante pediu “acesso a informação constante em bases de dados da saúde, com a finalidade de avaliação e monitorização dos procedimentos relativos à vacinação”. Em causa estão quatro conjuntos de dados pessoais a que a task force quer ter acesso:

  • Dados de identificação, como o número de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e data de nascimento;
  • Dados da vacinação, como género, administração regional de saúde da área de residência, concelho de residência e marca e lote da 1.ª e 2.ª inoculação;
  • Dados de teste com resultado positivo, como a data de eventual teste positivo, tipo de teste e variante genética do coronavírus;
  • Dados de internamento hospitalar, como a data de eventual internamento, data da entrada nos cuidados intensivos, data da alta hospitalar ou, na eventualidade, data de óbito.

No pedido remetido pelo vice-almirante, “é especificado que o acesso à informação é imprescindível para o planeamento e gestão do plano de vacinação, com evidente reflexo na saúde pública em contexto de pandemia”.

A task force garantiu que não precisa de saber o nome dos utentes, “mas é imprescindível o número do SNS como elemento de ligação entre as várias bases de dados, bem como a data de nascimento como segundo dado de identificação”, para “correlacionar a informação da mesma pessoa, ainda que sem a necessidade de conhecer a sua identidade”.

Mesmo assim, nos termos do pedido, “foi ainda considerada a possibilidade de, excecionalmente e em circunstâncias pontuais”, a task force da vacinação poder, no âmbito das suas “atribuições e competências”, ter acesso a dados identificados, revela a CNPD.

CNPD não vê “efetiva necessidade” no acesso a informação individualizada

Para a CNPD, apesar de não ser pedido o acesso ao nome, o número do SNS e a data de nascimento são suficientes para que estes dados sejam considerados individualizados. Por isso, a comissão considera que, havendo acesso, este se limite a informação anónima.

“Admite a CNPD que o tratamento dos dados pessoais acima elencados é adequado e necessário às finalidades visadas pela task force, uma vez que os dados anonimizados não permitem relacionar a informação da vacinação com subsequentes infeções, o que é essencial para a definição da estratégia de vacinação contra a Covid-19, a avaliação do processo de implementação do plano de vacinação e a sua adaptação”, reconhece a entidade liderada por Filipa Calvão.

“Todavia, a task force não tem, para as finalidades invocadas e que cabem nas atribuições definidas [no despacho que nomeia a task force], efetiva necessidade de conhecer a identidade dos titulares dos dados”, acrescenta a comissão.

Desta forma, na resposta final, a CNPD dá luz verde condicionada ao pedido do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo: “Desde que adotadas as medidas elencadas […], a CNPD nada tem a opor ao tratamento de dados pessoais objeto de apreciação”.

Entre essas medidas de segurança está a utilização de uma rede privada virtual (VPN) com um protocolo específico de segurança. Mas também a utilização de perfis individuais de acesso, que permitam manter um registo de quem acedeu à informação, e que possam espoletar “alertas aos superiores hierárquicos”.

Por fim, “a CNPD reitera o caráter excecional e transitório de uma solução normativa com este sentido que, eventualmente, venha a ser adotada”. Nesse sentido, recomenda que, “logo que cesse a necessidade deste tratamento, seja eliminada a base de dados para este efeito criada e fechados os perfis de acesso”.

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Marcelo condecora vice-almirante Gouveia e Melo

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

O coordenador da task force da vacinação recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, pela sua carreira militar.

O Presidente da República condecorou esta quinta-feira, em cerimónia restrita no Palácio de Belém, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis, pela sua carreira militar, segundo uma nota do site da Presidência. Também o Tenente-General Eurico Justino Craveiro recebeu a mesma condecoração.

Henrique Gouveia e Melo tem estado em plano de destaque nos últimos meses, ao liderar a task force da vacinação contra a Covid-19. Foi nomeado coordenador da task force em fevereiro passado.

Desde então, apesar dos percalços iniciais, Portugal tem avançado na vacinação contra a pandemia, tendo alcançado esta quinta-feira a meta de 70% de população com vacinação completa vacinada, o que poderá permitir antecipar o alívio das medidas contra a Covid-19. É isso que deverá ficar decidido no Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira.

Também esta quinta-feira, mas numa outra cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou militares e ex-militares com participação direta no 25 de abril de 1974, com a Ordem da Liberdade, Grau de Grande-Oficial, segundo informa o site da Presidência.

(Notícia atualizada às 20h02)

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Carlos Moreira da Silva e Silva Domingues compram grupo alimentar Cerealis

  • ECO
  • 19 Agosto 2021

Carlos Moreira da Silva justificou a aquisição da Cerealis com "o valor da empresa" e com "a possibilidade de crescimento do negócio no mercado internacional, onde já estava presente".

O empresário Carlos Moreira da Silva, dono de 50% do grupo vidreiro BA Glass, e família Silva Domingues, também acionista da BA, fecharam a aquisição da Cerealis, um dos maiores grupos nacionais do setor alimentar que detém as marcas como a Milaneza e Nacional e fábricas na Maia, Porto, Trofa, Coimbra e Lisboa.

A aquisição foi feita através da Teak Capital, B.V., uma holding pessoal de Carlos Moreira da Silva, e pela Tangor Capital, SA, da família Silva Domingues, com o grupo fundado em 1919 a manter-se assim mãos portuguesas.

Carlos Moreira da Silva justificou, segundo o Público, o negócio com “o valor da empresa” e com “a possibilidade de crescimento do negócio no mercado internacional, onde já estava presente, mas onde é possível crescer ainda mais”. O valor da transação não foi divulgado.

Na corrida pela Cerealis chegaram a estar investidores estrangeiros, nomeadamente espanhóis e britânicos. O grupo tem também uma participação de 33,3/ na Europasta, empresa de massas alimentícias com sede na República Checa, segundo comunicado das empresas.

Apesar de trocar de mãos, a Cerealis, que produz farinhas, massas e bolachas, vai continuar a ser comandada por Rui Amorim, sobrinho de José Eduardo Marques Amorim, filho de um dos fundadores da empresa.

(Atualizado às 21h12 com o comunicado das empresas)

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Portugueses pessimistas quanto às condições económicas no país, segundo estudo da Católica

  • Lusa
  • 19 Agosto 2021

Mais de metade dos inquiridos avalia as condições da economia como “fracas a muito fracas”, segundo um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica-Lisbon.

Os portugueses estão pessimistas quanto à situação económica do país, com mais de metade dos inquiridos (52,1%) num estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica-Lisbon a avaliar as condições da economia como “fracas a muito fracas”.

De acordo com o “Estudo da sociedade portuguesa: Felicidade, satisfação, rendimento, poupança e confiança económica” – que contou com 998 participantes e foi realizado entre 27 de julho e 10 de agosto – 34,7% dos inquiridos avalia as condições económicas em Portugal como “moderadas” e 23,2% como “boas a excelentes”.

No que se refere às expectativas em relação ao futuro das condições económicas no país, quase metade dos inquiridos (48,6%) acredita que vão piorar e apenas 27,6% admite que vão melhorar, considerando 23,8% que vão manter-se inalteradas.

“Os resultados indicam que os participantes têm, em geral, uma visão mais negativa do que positiva das condições económicas em Portugal. Ainda assim, quando comparado ao início da pandemia, o Índice de Confiança Económica aumentou 144,1%, demonstrando um acordar da confiança dos portugueses e destacando o impacto negativo que a pandemia covid-19 teve na confiança económica”, refere a Católica-Lisbon em comunicado.

Em relação ao interesse em poupar, o estudo conclui que “os participantes continuam a mostrar-se cautelosos e inclinados para tal”: 59,3% dos participantes indica ter “muito interesse” em fazê-lo, enquanto 30,4% demonstra ter “algum interesse”, 1,7% indica não ter “nenhum interesse” em poupar e 2,4% refere ter “pouco interesse”.

Apesar de a maioria dos participantes demonstrar ter “muito interesse” em poupar, o observatório da Católica diz verificar-se “uma diminuição do número de participantes, em cerca de oito pontos percentuais, que assim se posiciona, perante períodos anteriores”.

No que concerne aos rendimentos, 49,0% dos participantes indica que “dá para viver” com o rendimento atual, 20,2% considera que é “um pouco difícil”, 12,5% declara “viver confortavelmente” com o seu rendimento e 5,1% dos respondentes admite que é “muito difícil viver”.

Segundo nota a Católica-Lisbon, a percentagem de participantes que vive confortavelmente com o seu rendimento “aumentou ligeiramente” (1,2 pontos percentuais) face ao período homólogo e subiu 0,3 pontos percentuais face ao início da pandemia (março 2020).

Analisando os resultados relativos ao bem-estar pessoal, com foco nas dimensões de satisfação com o nível de vida, a segurança e a segurança no futuro, verifica-se que “há uma ligeira subida no número de portugueses insatisfeitos com o seu nível de vida comparativamente a março de 2020”.

“Em julho de 2021, 2,2% dos inquiridos demonstram-se ‘muito insatisfeitos’ com o seu nível de vida, o que corresponde a uma subida de 47,0% comparativamente a março de 2020. Já a taxa de participantes que se declarou’ insatisfeito’ diminuiu 22,1% comparativamente ao período inicial da pandemia”, refere.

Por outro lado, relativamente a março de 2020 observa-se “alguma recuperação” no que diz respeito aos sentimentos de segurança no geral, com uma subida de 18,6% de participantes que reporta estar satisfeito com a sua segurança e um aumento de 57,8% de inquiridos que se revelam muito satisfeitos quanto à segurança no seu futuro.

Um ano e quatro meses após o início da pandemia em Portugal, 69,7% dos inquiridos referiu sentir-se “satisfeito” e 66,1% assumiu sentir-se “feliz” com a sua vida em geral, o que evidencia uma recuperação para níveis semelhantes ao período pré-pandémico, em que estes indicadores registavam (em novembro de 2019) valores de 69,3% e 68,2%, respetivamente.

“No entanto – destacam os autores do estudo – a percentagem de participantes que se demonstrou ‘muito feliz’ com a sua vida diminuiu 19,8% quando comparada com o período homólogo, apontando para algum sinal de descontentamento”.

O estudo da Católica-Lisbon tem uma amostra constituída por 998 participantes do painel de estudos ‘online’ daquela universidade, dos quais 542 do sexo feminino e 456 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos.

De acordo com a ficha técnica do estudo, 10,7% dos participantes possui entre 18 e 24 anos de idade, 75,5% possui entre 25 e 54 anos de idade e 13,8% dos participantes possui 55 anos ou mais.

Em comparação com proporções nacionais recolhidas no Censos 2011, o estudo obteve uma proporção superior de jovens e adultos até aos 54 anos de idade e uma proporção inferior de adultos com 55 ou mais anos.

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Banca europeia já pagou 10 mil milhões em dividendos este ano apesar da pandemia

O BCE diz que os bancos europeus cumpriram o seu pedido de não distribuir dividendos em 2020 e de o fazer de forma tímida este ano. Os acionistas da banca receberam 10 mil milhões de euros.

O braço de supervisão bancária do Banco Central Europeu (BCE) está satisfeito com os bancos que supervisiona por terem cumprido o pedido de não distribuir dividendos em 2020 por causa do impacto da pandemia. Segundo o BCE, por causa desta recomendação 28 mil milhões de euros em dividendos ficaram nos balanços dos bancos no ano passado, servindo de reserva de capital face a adversidades fruto da Covid-19. Em 2021, os bancos distribuíram 10 mil milhões de euros em dividendos “nos primeiros meses”.

Em 2020, o BCE colocou um travão nos dividendos dos bancos: apesar de não ser uma obrigação legal, os bancos acataram a orientação e retiveram os lucros nos seus balanços para lidar com as dificuldades da crise pandémica. O mesmo foi feito nos EUA e no Reino Unido, de forma a aumentar a capacidade dos bancos de absorver perdas decorrente de falências, por exemplo, e manter a capacidade de financiar a economia.

Pedir a todos os bancos para suspender os dividendos era a única ação prudente a tomar, mas foi uma decisão difícil“, admite o BCE numa publicação desta quarta-feira sobre a sua atividade como supervisor bancário da Zona Euro. “Alguns bancos criticaram a abordagem generalizada e argumentaram que esta não tinha em conta as características específicas de cada banco individual e dos seus modelos de negócio”, refere o BCE, especificando que a inibição de distribuir dividendos iria “enviar sinais negativos aos investidores”.

Apesar destas críticas, os bancos perceberam na generalidade os objetivos das recomendações do BCE, nomeadamente para manter a segurança e a solidez das instituições de crédito num período de stress e incerteza“, nota o banco central, referindo que tal permitiu que 28 mil milhões de euros de lucros ficassem nos balanços dos bancos europeus supervisionados pelo BCE.

Agora, após a recomendação de dezembro de 2020 em que pedia aos bancos para distribuíram apenas 15% dos seus lucros este ano, o BCE estima que os bancos distribuíram 10 mil milhões de euros em dividendos “nos primeiros meses” de 2021, o que é “menos de um terço dos dividendos que os bancos normalmente pagam num ano financeiro normal”.

“A análise sugere que a política de dividendos do BCE tem sido eficaz: os bancos que alteraram os seus planos de distribuição de dividendos aumentaram as provisões em 5,5% e o financiamento à economia real cresceu 2,5%, em comparação com os bancos que deixaram os seus planos de distribuição de dividendos intactos (porque já tinham distribuído os dividendos antes da recomendação, ou porque não tinham a intenção sequer de distribuir dividendos)”, descreve o supervisor bancário.

A partir de setembro, com o fim das restrições do BCE, a distribuição de dividendo volta à prática habitual em que o o bano central analisa caso a caso, cabendo a decisão final às administrações dos bancos. Porém, o regulador avisa que “tal não significa” que a incerteza sobre a evolução da pandemia e o seu impacto económico “tenha desaparecido”. Por isso, os bancos europeus devem continuar “vigilantes” uma vez que “a crise continua a trazer desafios para os seus balanços e posições de capital”.

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Dense Air ao lado da Anacom nas mudanças ao leilão para acelerar chegada do 5G

A Dense Air é a favor do fim das licitações de valor mais baixo no leilão do 5G, de forma a acelerar o fim do processo. É a única empresa que já tem licenças de quinta geração.

A Dense Air apoia a proposta da Anacom para acabar com as licitações mais baixas e acelerar de vez o leilão do 5G. A empresa é a única que já tem licenças para explorar a quinta geração e quer que as redes comerciais sejam lançadas no país “o mais rapidamente possível”.

No dia em que termina o prazo para as empresas interessadas enviarem à Anacom “contributos” e “sugestões” que queiram ver considerados numa provável segunda alteração ao regulamento da venda das frequências, fonte oficial da operadora grossista disse ao ECO que concorda com a proposta do regulador para pôr fim às licitações percentualmente mais reduzidas.

“A Dense Air apoia de forma inequívoca a proposta da Anacom de alteração ao regulamento que visa suspender a utilização dos incrementos de valor mais baixo, de 1% e 3%, por parte dos licitantes, de forma a acelerar o leilão e garantir o lançamento do 5G, em Portugal, o mais rapidamente possível”, disse fonte oficial da Dense Air.

O ECO questionou também a Altice Portugal, Nos e Vodafone acerca da intenção da Anacom de voltar a mudar as regras do leilão. “A Vodafone confirma que remeteu os seus comentários sobre a decisão da Anacom de alterar novamente o leilão do 5G, comentários esses em linha com os que realizou em junho quando o regulador decidiu mudar as regras a meio do jogo”, disse fonte oficial ao ECO. Já a Nos optou por não comentar e a Altice Portugal ainda não respondeu.

As três principais empresas de telecomunicações já se tinham oposto fortemente à mudança do regulamento na primeira vez que a Anacom tomou a medida, no início deste verão. A posição da Dense Air é, por isso, a oposta à das operadoras de retalho.

A segunda alteração ao regulamento acontece pouco depois de a Anacom ter realizado uma primeira alteração, que não foi suficiente para pôr fim ao processo. A 12 de agosto, o regulador liderado por João Cadete de Matos avançou para uma segunda alteração, que considerou “circunscrita”, numa altura em que a fase principal do leilão já ultrapassou os 150 dias de licitações.

As operadoras têm ainda criticado a decisão da Anacom de não retirar à Dense Air as licenças de uso de frequências de 5G que a operadora grossista herdou de uma empresa que as adquiriu no passado, mas que nunca chegou a usar. A Dense Air é, por isso, a única empresa em Portugal que já tem licenças de quinta geração e tenciona oferecer no mercado serviços de reforço da capacidade das redes 5G de outras operadoras.

Portugal está em risco de ser o último país da União Europeia (UE) a lançar o 5G. A par dos portugueses, só os lituanos ainda não têm a tecnologia comercialmente disponível.

(Notícia atualizada às 18h23 com resposta da Vodafone)

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