Marcelo diz que vacinar crianças saudáveis depende da “livre escolha dos pais”

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

O Presidente da República salientou que as autoridades de saúde "não proibiram" a vacinação contra a Covid-19 das crianças saudáveis, continuando esse espaço "aberto à livre escolha dos pais”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou que as autoridades de saúde não proibiram a vacinação contra a Covid-19 para crianças saudáveis, considerando que “esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais”.

“As autoridades sanitárias não proibiram a vacinação no caso de as crianças não terem doenças ou patologias. Esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado português falava aos jornalistas no Consulado de Portugal em São Paulo reagindo à recomendação, na sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), da administração prioritária de vacinas contra a Covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com doenças associadas graves.

“As crianças vacinadas beneficiam de uma prevenção que lhes é positiva, isso não foi vedado, nem proibido pela DGS e está aberto aos pais em termos de escolha para os seus filhos”, sublinhou o Presidente da República, que falava à margem da assinatura de um protocolo sobre a participação de Portugal como país convidado da Bienal do Livro de São Paulo em 2022, no último dia da sua deslocação em São Paulo.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou ainda que “pode fazer a diferença”, nomeadamente para a frequência de escolas, haver crianças vacinadas “que possam certificar essa vacinação”. “E isso é importante na vida das famílias”, assinalou.

A DGS recomendou, na sexta-feira, a administração prioritária de vacinas contra a Covid-19 para crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.

A DGS considerou ainda que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo uma decisão sobre o acesso universal destas idades para mais tarde.

“A DGS emitirá recomendações sobre vacinação universal de adolescentes dos 12 aos 15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias”, disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Ainda sobre a vacinação dos menores entre os 12 e os 15 anos, Graça Freitas disse que a lista de doenças crónicas que justificam a vacinação nestas idades está já preparada e pronta para ser publicada, para que os médicos possam fazer a recomendação de vacinação.

A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso. A DGS não descartou, no entanto, alterações futuras se houver “novas variantes de preocupação”.

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Quase 250 mil famílias pagam luz a prestações

  • ECO
  • 1 Agosto 2021

EDP, Galp e Endesa celebraram desde março do ano passado quase 250 mil acordos de pagamento a prestações, sem juros, de faturas de eletricidade. Duas primeiras acumulam créditos de 136 milhões.

Os principais fornecedores de eletricidade (EDP, Galp e Endesa) celebraram 254.600 planos de pagamento da luz a prestações desde março do ano passado. A esmagadora maioria destes clientes (246.500) são famílias, avança o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

A EDP Comercial foi a que celebrou mais planos de pagamento a prestações, tendo flexibilizado a fatura a 178 mil clientes. No caso da Galp, a empresa recebeu desde março de 2020 cerca de uma centena de pedidos diários para o pagamento de faturas a prestações, tendo sido celebrados desde esse mês 36.600 acordos sem juros. Já a Endesa emitiu cerca de 40 mil planos de pagamento sem a cobrança de juros.

Os dados revelados ao jornal pela EDP Comercial e Galp indicam que há faturas em dívida no valor global de 136 milhões de euros. O Jornal de Notícias refere que a Covid-19 aumentou o número de dias em que os clientes pagam as faturas e os incumprimentos. Esta tendência desacelerou no final de 2020, mas voltou a agravar-se no segundo confinamento, ainda que de forma menos expressiva.

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PSD “tem feito cedência permanente” à agenda da extrema-direita

  • ECO
  • 1 Agosto 2021

Mariana Vieira da Silva critica o PSD por estar a fazer uma "cedência permanente" à agenda de partidos como o Chega, em busca de votos ou por "autodefesa".

Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.EPA/ANTONIO PEDRO SANTOS

Mariana Vieira da Silva entende que “o PSD tem feito” uma “cedência permanente” à agenda da extrema-direita, em busca de votos ou por “autodefesa”. A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa considera que o papel do maior partido da oposição deveria ser o de não alimentar o discurso de partidos como o Chega.

Numa entrevista ao Jornal de Notícias e TSF, a ministra fala ainda sobre as negociações em torno do Orçamento do Estado para 2022, afirmando que o facto de o anterior “só ter sido aprovado pelo PCP gera a dúvida de vermos como é que podemos voltar a alargar este trabalho e voltar a contar com o BE”.

Acerca das autárquicas, a ministra está confiante de que “o PS tem condições para ganhar as eleições”, porque “tem melhores políticas”, defende. E porque “teve uma capacidade de fazer das autarquias locais uma frente também de combate e de resposta à pandemia”: “Julgo que ganhará estas eleições pelas políticas que desenvolveu”, concluiu Mariana Vieira da Silva.

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Reino Unido incentiva vacinação dos jovens com descontos em comida e “Ubers”

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

O Reino Unido vai avançar com incentivos para promover a vacinação dos jovens, designadamente descontos em entregas de comida e aplicações de transporte.

Descontos em aplicações na entrega de comida ou de táxi são alguns dos incentivos que serão oferecidos no Reino Unido para promover a vacinação entre os mais jovens, anunciou o ministro da Saúde, Sajid Javid.

Numa nota de imprensa, Sajid Javid incentiva as pessoas entre os 18 e os 29 anos, mais relutantes em se vacinarem do que o resto da população adulta, a “aproveitarem esses descontos” e lembrou que a vacina contra a Covid-19 não só os protege a eles e os seus familiares, como permitirá que “voltem a fazer muitas das coisas” que foram retiradas.

De acordo com o comunicado, aplicações de táxi, Uber e Bolt oferecerão descontos nos serviços ou até passagens gratuitas para os postos de vacinação, enquanto os jovens poderão comprar comida a preço reduzido no Deliveroo, Uber Eats ou Pizza Pilgrim.

O Ministério da Saúde, que montou postos de vacinação para jovens em galerias de arte e centros comerciais, escreveu que, nos próximos dias, serão revelados mais incentivos que podem incluir descontos em restaurantes ou entradas mais baratas em cinemas, teatros ou festivais de música.

Com base em dados até 30 de julho, 67% dos jovens entre 18 e 29 anos — os menores ainda não foram vacinados neste país — receberam a primeira dose da vacina contra a covid, em comparação com 88,5% do total da população adulta (cerca de 46,8 milhões de pessoas). Com o plano de vacinação completo estão 72,1% dos adultos, ou seja, 38,12 milhões de pessoas.

Após do levantamento de todas as restrições impostas no terceiro confinamento, em janeiro, o Reino Unido conseguiu mitigar, graças à vacinação e ao encerramento de escolas para férias, o avanço das infeções com a variante delta, embora tenha detetado nos últimos dias um aumento de mortes e hospitalizações.

Assim, entre sexta e sábado, foram registados 26.144 novos casos positivos no país, 33% a menos que na semana anterior, com 71 mortes, 9,1% a mais, e 927 internamentos, um aumento de 18,9%.

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Trabalhadores da CP e IP em greve. Podem haver perturbações na circulação

  • Lusa
  • 1 Agosto 2021

Funcionários da CP e IP iniciam greve ao trabalho extraordinário e feriados até 31 de agosto, reclamando aumentos salariais. Podem haver perturbações na circulação.

Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) entram este domingo em greve ao trabalho extraordinário e feriados, até 31 de agosto, por aumentos salariais.

A greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), que abrange trabalhadores da CP, da IP e das empresas filiadas (IP Telecom, IP Património e IP Engenharia), arrancou à meia-noite e prolonga-se até às 24h00 de 31 de agosto.

Na sexta-feira, a CP alertou para possíveis perturbações na circulação durante a greve, a nível nacional. A CP adiantou também que “não foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social para esta greve”.

Paralelamente, estão também em curso greves na IP, “que podem provocar perturbações na circulação ferroviária, a nível nacional até ao dia 15 de setembro”, lembrou a CP.

Os trabalhadores da IP iniciaram na quarta-feira uma greve parcial de quatro horas por dias, que deverá afetar a circulação de comboios de longo curso e regionais. A greve parcial decorrerá das 10h00 às 12h00 e das 17h00 às 19h00 de cada dia, até 8 de agosto, data a partir da qual prossegue a greve ao trabalho extraordinário, até 15 de setembro.

As paralisações foram convocadas pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), pelo Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTECOP), pelo Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), pelo Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), pelo Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e pelo Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF).

A CP lamenta os incómodos causados e recomenda aos clientes que procurem obter informação sobre o estado da circulação de comboios, através dos canais de informação da empresa. Quem já tiver comprado bilhete para viajar em comboios alfa pendular, intercidades, interregional e regional pode pedir o reembolso total do bilhete, ou a sua revalidação, sem custos, esclareceu a empresa.

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Arranca hoje o prazo para pagar a segunda prestação do IMI

Segunda de três prestações do IMI está a pagamento a partir deste domingo, nos casos opcionais em que o montante seja superior a 500 euros. Prazo termina a 31 de agosto.

Se paga Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) superior a 500 euros, então pode liquidá-lo em três prestações. E este domingo é o primeiro dia para poder pagar a segunda parcela. O prazo termina a 31 de agosto e o pagamento pode ser feito de várias formas. Eventuais atrasos dão direito a coimas.

Em 2019, o Governo deu aos contribuintes a possibilidade de pagar o IMI em prestações quando este é superior a 100 euros. Até então, esta possibilidade acontecia apenas quando o imposto ultrapassasse os 250 euros. Com esta alteração, que veio aliviar o peso do IMI no bolso dos contribuintes, ficou estipulado que:

  • Se o IMI foi inferior a 100 euros, tem de ser pago numa única prestação, até ao final de maio;
  • Se o IMI foi igual ou superior a 100 euros, mas inferior a 500 euros, pode ser pago em duas prestações: final de maio e final de novembro;
  • Se o IMI for superior a 500 euros, as prestações aumentam para três: final de maio, final de agosto e final de novembro.

O pagamento deste imposto sobre imóveis pode ser feito através do Multibanco, serviços de Finanças, balcões dos CTT, instituições financeiras com protocolo para o efeito e a partir de casa, via home banking ou do MB Way.

Os proprietários que se atrasarem nos pagamentos podem contar com avultadas sanções — ao valor do imposto em falta somam-se os juros de mora e encargos fiscais. Quantos mais dias de atraso forem, mais alto será o valor a pagar.

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É hoje. Acaba-se o teletrabalho, recolher obrigatório e as restrições horárias

Este domingo, Portugal dá o "tiro" de partida nas fases de "libertação" da economia. É o "ponto final" no teletrabalho obrigatório, nas limitações horárias e no recolher obrigatório. Saiba o que muda.

A partir deste domingo, esqueça quase todas as restrições que conheceu até agora. O distanciamento social e as máscaras são para manter, mas há medidas mais aliviadas para todo o território nacional, que põem um “ponto final” à obrigatoriedade do teletrabalho, ao recolher obrigatório, bem como, às restrições horárias até então aplicadas a vários setores. Além disso, o certificado digital ou, em alternativa, o teste à Covid passam a ser fundamentais para o acesso a várias atividades.

O Governo seguiu as recomendações emanadas pelos especialistas, terminando com as restrições por concelhos e com o recolher obrigatório, com o plano de desconfinamento a acompanhar a “par e passo” o progresso da campanha de vacinação. A partir deste domingo, e dado que mais de metade da população portuguesa tem a vacinação completa contra a Covid-19, arranca a primeira das três fases de “libertação” da economia.

O teletrabalho deixa de ser obrigatório e passa a ser recomendado para todo o território continental sempre que as funções o permitam, ainda que regressem as equipas em “espelho” e os horários desfasados. Há novos horários para o comércio (lojas, supermercados, entre outros), restauração e estabelecimentos culturais que podem “retomar os seus horários normais, com uma limitação geral de tudo estar encerrado às 2h00 da manhã“, tal como explicou o primeiro-ministro, António Costa, após o Conselho de Ministros de quinta-feira.

Ainda assim, continuam a existir limitações à lotação nesses espaços. Nos restaurantes, podem juntar-se seis pessoas por mesa no interior e dez em esplanadas, já a lotação dos espaços culturais passa a 66% e a dos casamentos e batizados para 50% em todo o país.

Recorda-se da exigência de apresentação de certificado digital ou teste negativo à Covid para a hotelaria e para a restauração (neste último caso para acesso ao interior destes espaços a partir das 19h de sexta-feira e durante todo o dia aos fins de semana e feriados), bem como para as viagens por via aérea ou marítima? É melhor não a esquecer, dado que vai continuar a ser obrigatório e até alargado a outros setores, como: ginásios, para aulas de grupo; termas e spas; casinos e bingos; e eventos culturais, desportivos ou corporativos com mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado) e casamentos e batizados com mais de 10 pessoas.

Os bares, por seu turno, vão poder voltar a receber clientes já este domingo com as mesmas regras da restauração. Também os eventos desportivos voltarão a ter público, com regras a definir pela DGS, enquanto que os equipamentos de diversão também voltarão a poder funcionar, também segundo as regras da DGS e em local autorizado pelo município.

Assim, resumindo e concluindo, de fora, por enquanto, ficam ainda discotecas, “salões de dança ou de festa ou outros locais ou instalações semelhantes” que já estavam encerrados, bem como continua a proibição dos desfiles, festas populares ou outras manifestações folclóricas de natureza semelhante. E o distanciamento de máscara e para manter.

No inicio de setembro (quando 70% da população portuguesa tiver a vacinação completa) está previsto o arranque da segunda fase desconfinamento, que além das medidas referidas anteriormente pressupõe um alargamento da lotação para os restaurantes (passa a um máximo de oito pessoas por grupo no interior e 15 pessoas por grupo em esplanadas) e para estabelecimentos culturais e casamentos e batizados (passam a 75%). Acabam também os limites de lotação nos transportes públicos e os serviços públicos, como Segurança Social e Finanças, passem a funcionar sem marcação prévia. Além disso, terminará a obrigatoriedade de uso de máscara na rua, embora esta ceva ser utilizada em caso de grandes aglomerações.

Por fim, a terceira e última fase, está prevista para outubro, com o fim das restrições de lotação para comércio, restauração, cultura e grandes eventos as discotecas também deverão voltar a abrir portas, mediante apresentação de certificado digital ou teste negativo à Covid-19. Assim, o calendário está definido e se o primeiro-ministro admitiu que poderá ser antecipado “se as fases vacinação forem concluídas mais cedo”, também deixou o aviso: “Se as coisas não correrem bem, não deixaremos de parar ou mesmo recuar relativamente à trajetória que está definida”, conclui, António Costa.

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Já pode vestir, calçar e até comer produtos à base de canábis

Do calçado à estética, a canábis está a ganhar "terreno". Em Portugal, são vários os setores que estão a apostar em produtos feitos à base do derivado da planta.

A canábis não serve apenas para fins recreativos. Há muito que vários setores têm vindo a usar e a “abusar” da canábis para desenvolver produtos pioneiros no mercado, os quais podem ser desfrutados no dia-a-dia. O CBD, derivado da planta, já está presente em Portugal em várias formas, desde o calçado a peças de vestuário, mas até em produtos alimentares. E, claro, nos medicamentos.

No calçado, um jovem empreendedor português desenvolveu uns ténis feitos a partir de canábis e materiais 100% veganos e eco sustentáveis, com a ajuda da sua avó. Os sapatos de canábis intitulados de 8000Kicks, são resistentes à agua estão disponíveis em duas cores e estão à venda exclusivamente na loja online da marca por 129 dólares (115 euros).

O fundador da startup, Bernardo Carreira, conta ter descoberto as propriedades têxteis “muito boas” da canábis como a resistência. “Todas as velas das caravelas portuguesas dos descobridores eram feitas de cânhamo. Todas as cordas eram feitas deste material porque o material é mesmo muito resistente, logo o sapato tem uma grande durabilidade”, refere.

Nada foi ao acaso e até o nome “8000Kicks” tem uma justificação. “Eight thousand vem do ano 8.000 antes de Cristo que foi quando surgiu a canábis em Taiwan. A canábis tem 10.000 anos, é da mesma idade da agricultura. Foi das primeiras plantas a ser plantadas e decidimos homenagear esta história”, acrescenta em entrevista ao ECO.

Do lado do têxtil, a Adalberto Estampados é pioneira na produção de tecidos com derivados de canábis. Produziu uma coleção de desporto com propriedades relaxantes e anti-inflamatórias para uma empresa norte-americana. A coleção de desporto com acabamentos à base de canábis confere aos tecidos propriedades funcionais e medicinais, com efeitos relaxantes e anti-inflamatórios. O preço das peças varia entre os 125 e os 275 dólares.

“São microcápsulas em CBD que penetram nas fibras dos tecidos. Estas microcápsulas foram colocadas nas peças, em zonas estratégicas, de forma a relaxar os músculos”, refere com orgulho, Susana Serrano, CEO da Adalberto Estampados, ao ECO.

 

Até a estética está a beneficiar desta planta. O Serenity Spa, localizado no Pine Cliffs Resort, é o primeiro spa em Portugal a disponibilizar tratamentos CBD, principal ingrediente não psicoativo da planta de Canábis. “Há muito tempo que queríamos trazer os tratamentos CBD para Portugal. A eficácia deste tipo de terapêutica está comprovada e os resultados obtidos têm sido muito positivos”, refere Maria d’Orey, diretora da marca Serenity – The Art of Well Being.

Numa primeira fase, o Serenity Spa disponibiliza três tratamentos diferentes, o tratamento “Calmante Corporal CBD”, a “Terapia Facial Anti-Idade CBD Ouro” e o “Ritual Facial e Corporal CBD”. Os preços variam entre os 130 e os 205 euros. O tratamento “Calmante Corporal CBD” é indicado para a libertação de ansiedade e distúrbios digestivos, através de uma massagem corporal, enquanto a “Terapia Facial Anti-Idade CBD Ouro” combina efeitos anti-inflamatórios e anti envelhecimento do CBD. Já o “Ritual Facial e Corporal CBD” é composto por uma massagem corporal e um terapia facial, que combinam os poderosos efeitos anti-inflamatórios e anti envelhecimento do CBD.

Do calçado para a roupa relaxante, até aos spa. Mas também já chegou à mesa dos portugueses. No setor alimentar, a Paladin, marca portuguesa de molhos e temperos da Mendes Gonçalves, acaba de lançar mais um produto disruptivo no mercado, o novo piripíri Sacana Cannabis, produzido a partir de sementes de Cannabis sativa L. O piripíri de Cannabis tem um preço recomendado de 2,99 euros e está à venda em supermercados, hipermercados e na loja online PALADIN.

Indústria farmacêutica ataca a dor

A canábis também entrou na indústria farmacêutica, procurando dar o seu contributo no tratamento de algumas doenças que afetam muitos portugueses.

Um dos medicamentos feitos à base de canábis, chama-se Sativex, e está associado ao tratamento de doentes adultos que sofrem de esclerose múltipla e está a ser comercializado nas farmácias portuguesas desde dia 1 de setembro de 2019.

Para Rui Santos, representante da Almirall em Portugal, este medicamento representa “uma nova esperança para os doentes com Esclerose Múltipla”, sublinhando que a sua aprovação e comercialização “oferece aos doentes uma opção de um medicamento autorizado antes de eventualmente se considerar alternativas à base de plantas não autorizadas ou não testadas”.

Este medicamento pretende aliviar os sintomas derivados da esclerose múltipla, como espasmos e cãibras dolorosas e tem uma comparticipação de 37%. O preço por embalagem deste medicamento ronda os 475 euros, por isso, descontando a comparticipação assegurada pelo SNS o produto ficará na ordem dos 300 euros.

À semelhança da Almirall, a Tilray Portugal anunciou que o Infarmed autorizou a primeira substância para fins medicinais em Portugal à base da planta de canábis. Entre as várias utilizações, está a dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso), espasticidade associada à esclerose múltipla ou a lesões da espinal medula, náuseas e vómitos (resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para a hepatite C) e estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA.

“Esta é a primeira e única preparação ou substância à base da planta da canábis para fins medicinais permitida no nosso país e estamos a planear num futuro próximo tornar outros produtos acessíveis aos doentes em Portugal”, afirma Rita Barata, diretora-geral da Tilray Portugal, instalada em Cantanhede.

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📹 Posso faltar ao trabalho para ir levar a vacina? Perguntou ao Google, nós respondemos

Faltar ao trabalho para ir tomar a vacina contra a Covid-19 pode implicar cortes salariais? O que está definido? Veja a resposta neste vídeo.

São já muitos os residentes que têm, pelo menos, uma dose da vacina contra o novo coronavírus. Mas ainda falta aplicar muitas mais vacinas até à imunização da sociedade. É um processo que exige uma grande logística, mas também algum tempo “perdido” por parte de quem vai receber a vacina, muitas vezes em horário de trabalho.

Quando isso acontece, o que acontece com o seu salário? Veja a resposta neste vídeo:

http://videos.sapo.pt/Vwt29EZZjiVo4mitEtCB

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Há mais 462 vagas nos cursos de Economia e Gestão no ensino superior

Subida do número de vagas em economia e gestão acompanha tendência de crescimento das vagas no ensino superior: num ano, a oferta aumentou 2%, para mais de 52 mil.

Há mais 462 vagas nos cursos de economia e gestão em todo o país, uma subida de 11,33% na oferta no ensino superior universitário e politécnico que acompanha a tendência de subida do total de vagas para ingressar no ensino superior em 2021. Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), há 52.242 vagas, mais cerca de 2% em relação ao ano anterior.

A licenciatura de Gestão e Administração da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Tomar com 146 novas vagas (para um total de 196) e Gestão (regime noturno) da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo (Portimão), da Universidade do Algarve, com 135 novas vagas (para um total de 155 vagas) são as formações que na área de Gestão e Economia registam uma maior subida, mas o aumento de oferta faz ainda sentir-se no ensino universitário.

Neste subsetor de ensino destaque para o aumento de 59 vagas, para 290, no curso de Gestão na Universidade Nova de Lisboa, mantendo o curso de Economia desta universidade as mesmas 195 vagas do ano anterior. No Porto, a Universidade manteve igualmente estáveis face ao ano anterior as 208 vagas para a licenciatura de Economia, mas reforçou em 38 a oferta para o curso de Gestão e Administração que passa a ter 196 vagas para os candidatos ao ensino superior.

A licenciatura de Economia da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve aumentou em cinco, para um total de 35, o seu número de vagas, mas manteve em 60 as vagas para a de Gestão de Empresas.

Da Universidade do Minho os cursos de Economia (85) e Gestão e Administração (85) mantiveram o mesmo número de vagas, uma estabilidade também sentida na Universidade dos Açores, com os cursos de Economia (20) e Gestão e Administração (50) a manterem inalterado o seu número de vagas. O mesmo ocorreu com os cursos de gestão da Universidade de Aveiro – Economia (48) e Gestão (40), na Universidade da Beira Interior – Economia (45) e Gestão (70) -, bem como em Coimbra – Economia (154) e Gestão (89) – e em Évora, que manteve as 40 vagas para a licenciatura de Economia e as 65 para a de Gestão.

Com menos 68 vagas na licenciatura de Gestão – para um total de 36 – o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, do Instituto Politécnico de Lisboa regista uma das maiores descidas ao nível de vagas para este tipo de formação.

Descarregue aqui a lista completa de vagas para o ensino superior.

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Judo “oferece” três medalhas ao país mas não consegue atrair marcas

Depois de ganhar bronze em judo, Jorge Fonseca questionou a falta de patrocínios na modalidade. Com várias medalhas e milhares de praticantes o que explica o desinteresse das marcas?

De kimono azul e algo desiludido pela derrota diante de Cho Guham nas meias-finais de judo na categoria de -100 kg nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Jorge Fonseca regressou ao tatame com uma missão: uma medalha. Ganhou bronze. E, com “um grande beijinho”, o bicampeão atirou críticas à Puma e Adidas, por não o terem patrocinado. Será que as medalhas conquistadas pelo judo não são suficientemente brilhantes para atrair as marcas? “Qualquer jogador mediano de futebol da Liga Portuguesa consegue dar mais retorno que um bicampeão do mundo de Judo e isto é uma má notícia”, diz Daniel Sá, diretor executivo do IPAM e especialista em marketing desportivo.

“Quero dedicar esta medalha aos dirigentes da Adidas e à Puma, porque me disseram que não tinha capacidade para ser representado. Sou bicampeão do Mundo, terceiro [classificado] nos Jogos Olímpicos, o que é preciso mais demonstrar para ser patrocinado pela Adidas e pela Puma?“, atirou Jorge Fonseca em declarações à RTP.

O que dizem as marcas?

Um discurso que não tardou a viralizar nas redes sociais. A Adidas reagiu. “Queremos dar os parabéns ao atleta Jorge Fonseca pela sua medalha de bronze. Ele teve um desempenho incrível para vencer o combate final, que é uma conquista extraordinária. Enquanto marca de desporto, procuramos apoiar todos os atletas com os nossos produtos, ajudando-os na conquista dos seus objetivos desportivos”, disse fonte oficial da marca, citada pela Sábado. No entanto, ressalva, no que “a contratos de patrocínio diz respeito, por muito que gostássemos de apoiar um maior número de atletas, muitas vezes temos que tomar algumas decisões difíceis sobre com quem podemos trabalhar. O atleta Jorge Fonseca é extremamente talentoso e desejamos-lhe os maiores sucessos desportivos no seu futuro.”

Nos Jogos Olímpicos, a Adidas patrocina, por exemplo, Nelson Évora, campeão do mundo do triplo salto em 2007 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e que tem nesta edição dos Jogos a sua última participação.

Já a Puma apoia Patrícia Mamona e o Pedro Pablo Pichardo, atletas do triplo salto. Contactada pelo ECO a marca não quis comentar este tema.

O que explica o afastamento das marcas do judo?

Mas ‘o grande beijinho’ de Jorge Fonseca levantou a questão: porque é que apesar de a modalidade já ter “oferecido” a Portugal três medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos (1986, 2016 e agora em 2021) e inúmeros títulos de campeão europeu e mundial, nenhum dos oito judocas que rumaram a Tóquio é patrocinado?

Visibilidade do atleta e da sua modalidade junto do grande público são fatores tidos em consideração pelas marcas na hora de pesar os prós e contras do seu investimento. E nessa ponderação o judo perde para outras com maior exposição. “O patrocínio é um negócio. As marcas olham para isto [os patrocínios] como uma vertente do seu negócio. Quando uma marca decide investir mil, dez mil, 100 mil ou um milhão de euros num atleta, a marca quer retorno“, diz Daniel Sá, diretor executivo do IPAM e especialista em marketing desportivo, em declarações ao ECO.

Quase que diria que qualquer jogador mediano de futebol da Liga Portuguesa consegue dar mais retorno que um bicampeão do mundo de Judo e isto é uma má notícia.

Daniel Sá

Especialista em marketing desportivo

Retorno que depende em grande parte da visibilidade que um atleta tem. As marcas desejam um desportista que “tenha uma presença mediática grande, tenha performance desportiva e que dê inserções em jornais, revistas, internet, televisão”, diz o especialista em marketing desportivo. No caso de Jorge Fonseca apesar de fazer críticas “legítimas pois é um atleta que é bicampeão do mundo e atual vencedor de uma medalha Olímpica”, o atleta não recebeu o patrocínio “porque seguramente as marcas fizeram o cálculo e não veem o retorno necessário ao investimento que teriam de fazer.”

Daniel Sá dá como exemplo a grande discrepância existente, em termos de retorno, entre o desporto rei em Portugal, o futebol, e o judo. “Quase que diria que qualquer jogador mediano de futebol da Liga Portuguesa consegue dar mais retorno que um bicampeão do mundo de Judo e isto é uma má notícia.”

O judo, e não só, não pode viver de exposição mediática. É forte nos Jogos Olímpicos, nos Campeonatos Europeus e nos Mundiais. Não pode viver destes solavancos. São solavancos que lhes dão algum impulso mediático, alguma visibilidade, mas comparando de novo com o futebol, nós temos aqui um impacto literalmente 365 dias por ano, quase 24 horas por dia”, disparou.

Uma discrepância que não é exclusiva dos atletas, mas que se estende às próprias federações das modalidades. Atualmente, a Federação Portuguesa de Futebol tem um total de 12 sponsors enquanto a Federação Portuguesa de Judo (FPJ), apesar de ter 14.056 praticantes e 249 clubes inscritos em 2020, segundo o relatório e contas da FPJ, tem apenas um: os Jogos Santa Casa.

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Compra de autocarros para Grande Lisboa é maior contratação pública de sempre no Base

  • ECO
  • 31 Julho 2021

Maior contratação pública de sempre vale mais de 1,2 mil milhões de euros e diz respeito à compra de 600 autocarros para um novo serviço público de transporte na Grande Lisboa.

A compra de uma nova frota de autocarros para prestação de um novo serviço público de transporte rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa, feito em quatro lotes, é a maior contratação pública de sempre registada no Portal Base, um investimento de mais de 1,2 mil milhões de euros.

A notícia foi avançada pelo Dinheiro Vivo. Em causa está a compra de 600 autocarros para os 18 concelhos da Grande Lisboa, assinada no final de março, que inclui a nova Carris Metropolitana. O maior lote foi ganho por uma nova empresa, a Viação Alvorada, que resulta da fusão da Vimeca e da Scotturb.

O jornal destaca ainda que outros dos maiores contratos públicos de que há registo também foram assinados este ano. Um diz respeito à construção de linhas de comboio, outro refere-se aos túneis de drenagem da cidade de Lisboa, outro prende-se com a compra de vacinas contra a Covid-19 à Pfizer.

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