La Caixa e FCT apoiam 12 projetos de investigação de saúde nacionais com 7,9 milhões

Ao todo, nos próximos três anos, o concurso irá atribuir 22,1 milhões de euros de financiamento, a 30 projetos em centros de investigação e universidades de Espanha e Portugal.

Desenvolver uma nova vacina para a Malária, combater o cancro ou compreender melhor o funcionamento do cérebro foram alguns dos projetos de investigação na área da saúde nacionais que irão receber financiamento da La Caixa e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), no âmbito do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2021. No total, 12 projetos nacionais foram selecionados, recebendo um total de 7,9 milhões de euros. Ao todo, nos próximos três anos, o concurso irá atribuir 22,1 milhões de euros de financiamento, a 30 projetos em centros de investigação e universidades de Espanha e Portugal. Nova edição do concurso, que já se realiza desde 2018, arranca em setembro.

Em Portugal, o Concurso CaixaResearch conta com a colaboração da FCT, que se comprometeu a igualar o investimento que a Fundação ”la Caixa” destine a projetos de investigação selecionados em Portugal. Assim, a FCT financia 5 dos 12 projetos portugueses selecionados com 2,6 milhões de euros.

“A colaboração com a FCT existe desde a criação do Concurso e já permitiu financiar conjuntamente um total de 29 projetos liderados por instituições portuguesas, promovendo a colaboração entre centros de investigação e universidades ibéricas”, informa nota de imprensa.

Projetos nacionais abrangidos

Este ano o concurso apoia projetos na área da oncologia (9), das neurociências (9), das doenças cardiovasculares e metabólicas relacionadas (6) e das doenças infecciosas (6). Os 12 projetos portugueses selecionados provêm de centros de investigação e universidades de várias regiões: 6 da Região Norte (Porto e Braga), 5 de Lisboa e 1 da Região Centro (Coimbra).

Nanodispositivo de grafeno para compreender melhor o funcionamento do cérebro, do investigador Pedro Alpuim (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia); entender a instabilidade do telómero pode melhorar os tratamentos contra o cancro, do Investigador Claus M. Azzalin (Instituto de Medicina Molecular), encontrar uma forma de eliminar o cancro da mama e a sua metástase no cérebro, do investigador Miguel Castanho (Instituto de Medicina Molecular), novos medicamentos para a imunoterapia contra o cancro do pulmão, do investigador João Barata (Instituto de Medicina Molecular) são alguns dos projetos nacionais na área de oncologia que irão receber financiamento.

Três projetos na área da neurociência também foram abrangidos. É o caso da investigação sobre um nanodispositivo de grafeno para compreender melhor o funcionamento do cérebro, do investigador Pedro Alpuim (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia), da investigação sobre a origem da depressão para identificar novos alvos terapêuticos, do investigador João Filipe Oliveira (Universidade do Minho) e sobre a forma como o stress afeta a função cognitiva para identificar novos alvos terapêuticos, do investigador Paulo Pinheiro (Centro de Neurociências e Biologia Celular).

Na área das doenças infecciosas três projetos foram selecionados: Entender as diferenças na gravidade da tuberculose como chave para a descoberta de novos tratamentos, da investigadora Margarida Saraiva (i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde); Vírus sintéticos para o tratamento de infeções bacterianas, da investigadora Joana Azeredo (Universidade do Minho); e conceção de uma nova vacina contra a malária, do investigador Miguel Prudêncio (Instituto de Medicina Molecular).

Novos alvos terapêuticos para tratar o fígado gordo não alcoólico, da investigadora Cecília Rodrigues (Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa) e melhorar a compreensão da componente genética da diabetes para encontrar novos tratamentos, do investigador José Bessa (i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde) são dois projetos, na área das doenças cardiovasculares e metabólicas relacionadas, igualmente abrangidos.

Em três anos, o financiamento pode ascender até 500 mil euros para projetos apresentados por uma única organização de investigação, e até 1 milhão de euros também para projetos apresentados por, no mínimo, duas e, no máximo, cinco organizações de investigação.

O concurso contou com uma equipa de mais de 242 especialistas internacionais para avaliar remotamente as 644 candidaturas apresentadas. Numa segunda fase, cinco comissões de especialistas entrevistaram os investigadores principais das 70 propostas pré-selecionadas, das quais emergiram as 30 escolhidas.

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Sobrequalificação entre migrantes é maior do que entre os cidadãos da UE

  • Carolina Bento
  • 21 Julho 2021

Na União Europeia, os migrantes têm mais empregos em que não valorizam as suas qualificações. Mulheres e trabalhadores mais velhos sofrem do mesmo problema.

Os migrantes que trabalham na União Europeia têm elevada probabilidade de serem sobrequalificados para o seu trabalho, ou seja, terem mais qualificações do que as que são exigidas pelas funções que desempenham, revela um estudo sobre a força de trabalho na União Europeia (UE), publicados pelo Eurostat. Estes dados foram recolhidos dos vários estados-membros da UE, correspondendo ao ano de 2020 e aos trabalhadores entre os 20 e os 64 anos de idade.

Os cidadãos provenientes de países fora da União Europeia são os que estão mais sobrequalificados, representando cerca de 41,4% da percentagem de sobrequalificação geral da UE. Seguem-se os cidadãos provenientes de outros estados-membros que trabalham na União Europeia, representando uma taxa de 32,3%. A percentagem é menor nos cidadãos da UE que exercem funções no seu próprio país, 20,8%.

Para além das diferenças entre estes três tipos de cidadania (cidadãos nacionais, cidadãos provenientes de outros estados-membros e cidadãos vindos de países fora da UE), existe uma disparidade entre os homens e mulheres.

As mulheres, vindas de países fora da UE que trabalham dentro da União, têm 6,4% de maior probabilidade de terem qualificações a mais para o seu trabalho em relação aos homens, ao passo que, entre os trabalhadores originários de outros estados-membros, esta diferença é de 6% a mais para as mulheres.

Esta disparidade é muito menos acentuada entre cidadãos a trabalhar no seu próprio país: as mulheres têm 1% de maior probabilidade de estarem a desempenhar funções menos qualificadas em relação aos homens.

Mas as disparidades não se ficam por aqui. A percentagem de sobrequalificação para cidadãos mais velhos (entre os 35 e os 64 anos), vindos fora da União Europeia, é de cerca de 9,4% mais elevada do que para os mais novos, ainda que sejam também provenientes de países fora da UE. Para cidadãos de outros estados-membros, este intervalo é mais pequeno, de apenas 2.2%.

Contudo, para cidadãos nacionais, a tendência inverte-se. Os jovens (entre os 20 e os 34 anos) têm 4,6% de maior probabilidade de se encontrarem sobrequalificados para a função que desempenham, em comparação com os mais velhos.

Em 2011, gregos manifestavam contra as primeiras medidas de austeridade no país no âmbito da assistência internacional.Simela Pantzartze/EPA 21 junho 2011

O Eurostat revela que a Grécia é o país em que mais migrantes, originários de países fora da UE, se encontram sobrequalificados, com uma percentagem de cerca de 71,6%. Segue-se a Itália (66,5%), Espanha (57,1%) e Chipre (55,9%). No que toca a cidadãos da UE que trabalham fora do seu estado-membro de origem, as maiores percentagens de sobrequalificação mantêm-se nos países do sul da Europa. Itália surge em primeiro lugar (47,8%), à frente de Chipre (47,7%) e de Espanha (47,2%).

Os trabalhadores que desempenham funções nos seus países de origem têm menos probabilidade de estar sobrequalificados. Ainda assim, Espanha tem a maior taxa de sobrequalificação (34,5%). Chipre está em segundo lugar (30,5%), seguida muito de perto pela Grécia (30,4%).

Em tendência inversa, o Luxemburgo é o país com as taxas mais baixas de sobrequalificação: 10,8% para cidadãos originários de países fora da UE, 3,5% para trabalhadores de outros estados-membros e 3,2% para nacionais.

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ASAE instaura 21 processos de contraordenação a restaurantes

  • Lusa
  • 21 Julho 2021

A ASAE fiscalizou 118 operadores económicos no setor da restauração e instaurou 21 processos de contraordenação por não cumprimento das regras impostas para mitigar a propagação da Covid-19.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quarta-feira que, na semana passada, instaurou 21 processos de contraordenação a restaurantes que não cumpriram as regras no contexto da pandemia de Covid-19.

Num comunicado enviado à Lusa, a ASAE informa que a operação de fiscalização ocorreu em duas vertentes, uma direcionada a estabelecimentos de restauração e bebidas e outra a unidades hoteleiras localizados em zonas turísticas em todo o território nacional.

Foram verificadas as regras de lotação dos espaços, de ocupação, de distanciamento físico e de uso de máscara. Foi também averiguado o “cumprimento da obrigação de apresentação de Certificado Covid ou teste com resultado negativo no momento de check-in em unidades hoteleiras e aquando do acesso ao interior dos estabelecimentos de restauração localizados em concelhos de risco elevado e muito elevado”, às sextas-feiras a partir das 19 horas e todo o dia aos sábados, domingos e feriados”.

Num total de 118 operadores económicos fiscalizados no setor da restauração, foram instaurados 21 processos de contraordenação.

Sete estão relacionados com infrações às regras aplicáveis no atual contexto de pandemia, “incluindo cinco por falta de observância do dever de verificação de Certificado digital ou de teste negativo ou permanência no interior do estabelecimento de restauração sem o mesmo e dois por falta de observância das regras de distanciamento físico”.

A ação direcionada a unidades hoteleiras resultou na fiscalização de 105 operadores económicos, não tendo sido detetado qualquer incumprimento neste âmbito.

A operação “decorreu em todo o território continental, com destaque para as cidades de Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Póvoa de Varzim, Amarante, Matosinhos, Ovar, Santa Maria da Feira, Vila Real, Mirandela, Coimbra, Aveiro, Figueira da Foz, Viseu, Castelo Branco, Guarda, Oleiros, Sertã, Lisboa, Oeiras, Troia, Fátima, Vilamoura, Portimão, Costa de Caparica e Palmela”, esclarece o documento.

A ASAE salvaguarda no documento que as ações de fiscalização direcionadas aos estabelecimentos de restauração contaram com a colaboração da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública.

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Costa confiante que Portugal será dos melhores a executar os fundos até 2026

  • Lusa
  • 21 Julho 2021

“Este não é um plano do Estado, para o Estado e feito para o Estado. Este é mesmo um plano para o conjunto do país”, afirmou António Costa, enquanto discursava em Lisboa.

O primeiro-ministro manifestou-se esta quarta-feira confiante que Portugal estará entre os melhores a executar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e defendeu que a parceria com o setor social garante maior coesão económica e territorial.

Estas convicções de António Costa foram transmitidas no seu discurso que encerrou a cerimónia de assinatura de um protocolo com o setor social no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no Palácio Marquês do Alegrete, em Lisboa. Este compromisso envolve um investimento de 465 milhões de euros destinados à infância, pessoas com deficiência e envelhecimento.

“Este não é um plano do Estado, para o Estado e feito para o Estado. Este é mesmo um plano para o conjunto do país”, declarou o líder do executivo, após ter recebido rasgados elogios por parte do padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade.

A seguir, António Costa devolveu os elogios, dizendo que são mesmo essenciais as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), as misericórdias, as mutualidades e as cooperativas, porque em todas as áreas sociais é possível identificar “intervenções que serão mais bem realizadas por estas entidades do que se fossem realizadas pelo Estado”.

Neste contexto, apontou como exemplos as áreas da saúde, particularmente em termos de rede de cuidados integrados, ou os cuidados domiciliários, assim como ao nível da habitação. Na habitação de emergência destacou casos de “situações extremas de cidadãos em grande carência” ou a problemática em torno dos refugiados, das vítimas de violência doméstica e das pessoas sem-abrigo.

“A capilaridade destas instituições, com uma presença seguramente em todos os concelhos, assegura que estes investimentos não ficarão concentrados numa determinada zona, mas vão distribuir-se pelo conjunto do país. Estas instituições respondem também à necessidade de se absorver o desemprego gerado por esta crise, criando-se novas oportunidades de trabalho”, sustentou, reiterando uma posição momentos antes defendida pela ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

António Costa fez depois questão de salientar que, por via deste protocolo com o setor social, os novos postos de trabalho a criar por via dos investimentos a realizar pelo setor social “não serão concentrados nos grandes centros urbanos, mas sim distribuídos por todo o território nacional”.

“As instituições do setor social são de uma enorme importância no emprego, mas são também um fator de coesão territorial, porque levam estes equipamentos e as oportunidades de desenvolvimento a toda o território nacional. Não tenho a menor das dúvidas em confiar na palavra do padre Lino Maia. Tenho a certeza que é graças ao setor social que seremos mesmo os melhores a executar o PRR”, declarou o primeiro-ministro.

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ERSE condena SU Eletricidade em 72 mil euros por interrupções do fornecimento de eletricidade

  • Lusa e Carolina Bento
  • 21 Julho 2021

Segundo a entidade reguladora, a SU Eletricidade reconheceu a sua responsabilidade por negligência, aceitou compensar os consumidores lesados e pagar a coima, que foi reduzida para 36 mil euros.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) condenou a SU Eletricidade, detida a 100% pela EDP, ao pagamento de uma coima de 72 mil euros por interrupções no fornecimento de eletricidade, foi anunciado esta quarta-feira.

Em comunicado, a ERSE informa que a empresa comercializadora de eletricidade no mercado regulado reconheceu a sua responsabilidade por negligência, aceitou compensar os consumidores lesados e pagar a coima, que foi reduzida para 36 mil euros.

O regulador informa que abriu o processo de contraordenação contra a empresa do grupo EDP em setembro de 2020, depois de ter recebido denúncias e reclamações, que davam conta de interrupções do fornecimento de energia elétrica a consumidores fora dos casos previstos na lei.

Durante a investigação, a ERSE solicitou elementos à visada e ao operador da rede de distribuição de energia elétrica, tendo sido apurada a prática de contraordenações e deduzida nota de ilicitude contra a visada, refere o regulador do setor.

Durante o prazo de pronúncia, prossegue, “a SU Eletricidade apresentou uma proposta de transação, com a confissão dos factos constantes da nota de ilicitude, reconheceu a sua responsabilidade por negligência, aceitou compensar os consumidores lesados e pagar a coima”.

“A ERSE aceitou a proposta de transação e aplicou à visada, pela prática de 12 contraordenações por interrupções a título negligente do fornecimento de energia elétrica fora dos casos excecionados ou permitidos por lei, uma coima única de 72 mil euros, reduzida nos termos legais para 36 mil euros, já pagos“, acrescenta.

Segundo a entidade liderada por Maria Cristina Portugal, a decisão da ERSE reconheceu como atenuantes que “a SU Eletricidade não tinha antecedentes contraordenacionais punidos à luz do regime sancionatório do setor energético e que nove dos 12 consumidores já tinham recebido uma compensação pecuniária”.

Os três consumidores ainda não compensados sê-lo-ão na sequência desta condenação, acrescenta.

A SU Eletricidade lamentou as interrupções de fornecimento de eletricidade que originaram a coima, realçando que a situação foi revertida no próprio dia “no caso de quase todos os clientes”. “A coima de 36.000 euros acordada entre a SU Eletricidade e o regulador diz respeito a constrangimentos involuntários e pontuais verificados no sistema comercial da empresa, que levaram a que 12 clientes tenham tido interrupções de fornecimento. A SU Eletricidade lamenta o ocorrido, tendo revertido a situação mal teve conhecimento da mesma, o que, no caso de quase todos os clientes, aconteceu no próprio dia”, disse à Lusa fonte oficial da empresa, que comercializa energia no mercado regulado.

(Notícia atualizada às 13:58h com o parecer da SU Eletricidade sobre as falhas de fornecimento de eletricidade e a consequente coima.)

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Dona da Mercedes vê escassez de chips prolongar-se até 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Julho 2021

A fabricante alemã diz que esta crise dos semicondutores irá continuar a afetar as vendas de automóveis na segunda metade de 2021, antecipando que o impacto se faça sentir ainda durante o próximo ano.

A Daimler AG, dona da Mercedes, prevê que a escassez global de chips que tanto tem afetado a indústria automóvel, vai continuar a impactar negativamente as fabricantes. Acredita que poder mesmo prolongar-se até 2022.

Tal como outros fabricantes de automóveis, a Daimler reduziu a produção em 2021 devido a uma escassez de chips durante a pandemia de Covid-19, o que levou a empresa alemã a concentrar-se em modelos com margens de lucro mais elevadas.

Harald Wilhelm, diretor financeiro da Daimler, citado pela Reuters, diz que esta crise dos semicondutores irá continuar a afetar as vendas de automóveis na segunda metade de 2021, antecipando que o impacto se faça sentir ainda durante o próximo ano, embora de forma menos severa.

O fabricante de automóveis premium, que também enfrenta o desafio de preços elevados para o aço, cobre e alumínio na segunda metade de 2021, diz que a sua visibilidade sobre a forma como a distribuição de chips irá evoluir é muito reduzida.

Melhorar a visibilidade da oferta é uma prioridade máxima para nós“, salientou o Ola Källenius, presidente do conselho de administração da Daimler AG, numa conferência com analistas e investidores, apesar de ter dito que a escassez de chips “é um problema solúvel”.

A escassez de semicondutores tem travado a produção de veículos a nível mundial, afetando também a Autoeuropa em Portugal. Muitas fabricantes reduziram o número de veículos que conseguem colocar nas estradas, outras deixaram alguns modelos por terminar. E há ainda quem como a GM, ou mesmo a Tesla, tenha optado por retirar algumas características dos seus modelos para poder entregá-los aos clientes num momento de retoma da procura.

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O custo do capital natural

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 21 Julho 2021

Eduardo Félix, responsável de subscrição de Responsabilidade e Specialties da Innovarisk, fala da importância de contratar um seguro ambiental como um investimento para o futuro.

Ainda há poucos anos a responsabilidade ambiental dos operadores era quase inteiramente associada à indústria pesada e à sua maior ou menor probabilidade de causar incidentes ambientais, traduzidos, quase exclusivamente, em danos ao solo e à água.

Atendendo às alterações legislativas em curso e ao desenvolvimento de organizações de defesa do ambiente, vemos que estamos hoje num quadro bem diferente. O Movimento Plantar Portugal, o Pacto Ecológico Europeu e a nova Lei Europeia do Clima evidenciam a existência de uma pressão regulatória crescente sobre os operadores, e que é bem recebida pela opinião pública. Em 2020, a IGAMAOT registou pela primeira vez mais de 1000 denúncias ambientais, num crescimento anual constante, o que ilustra bem a tendência atual.

"Tal como aconteceu com a promulgação da legislação ambiental atual em relação à poluição, o impacto constante da atividade empresarial sobre o meio natural terá de ser internalizado pelos operadores, deixando de ser visto como uma externalidade para se transformar num gasto recorrente, apreciável na sua gestão financeira.”

Eduardo Félix

Responsável de subscrição de Responsabilidade e Specialties da Innovarisk

Dentro desta alteração geral de paradigma, tem-se afirmado uma corrente de responsabilização dos operadores que recorrem ao “capital natural” para a sua atividade. Nesta perspetiva, os serviços e recursos fornecidos pelo meio ambiente são equiparáveis a qualquer outro capital útil às empresas, tal como o capital humano ou intelectual. Como tal, são recursos de terceiros (neste caso, públicos), pelo que independentemente de ocorrer ou não um incidente ambiental, os operadores deverão pagar pela sua utilização.

Eduardo Félix, Responsável de subscrição de Responsabilidade e Specialties da Innovarisk, alerta para a mudança de paradigma em relação à responsabilização dos operadores que recorrem ao chamado “capital natural”.

A afirmar-se, esta corrente terá um forte impacto na atividade dos operadores, principalmente em setores mais dependentes do capital natural e que são agora menos afetados pelas questões ambientais, como a agricultura e a pesca, mas e também a indústria têxtil, em virtude do uso intensivo de água. Tal como aconteceu com a promulgação da legislação ambiental atual em relação à poluição, o impacto constante da atividade empresarial sobre o meio natural terá de ser internalizado pelos operadores, deixando de ser visto como uma externalidade para se transformar num gasto recorrente, apreciável na sua gestão financeira.

"Contratar agora um seguro ambiental como um investimento para o futuro poderá ser uma decisão economicamente vantajosa para o operador. ”

Eduardo Félix

Responsável de subscrição de Responsabilidade e Specialties da Innovarisk

Na medida em que a despesa não decorre de um dano ao ambiente, mas da utilização constante de um recurso, à partida o seguro ambiental pouca relevância teria perante este cenário. Porém, com a evolução legal, desconhecemos se uma normal utilização de recursos hoje não se poderá transformar em custos de reparação amanhã, se for apurada uma relação causal relevante. Por exemplo, entre a evaporação resultante de uma atividade e a precipitação excessiva na região em que se situa.

Deste modo, contratar agora um seguro ambiental como um investimento para o futuro poderá ser uma decisão economicamente vantajosa para o operador. A contratação posterior de uma cobertura para o histórico da atividade, se for possível, será mais limitada e significativamente mais onerosa.

Mesmo no regime legal atual, a preocupação em proteger o capital natural significa que já hoje existe uma atenção redobrada sobre as atividades dos operadores e sobre suas responsabilidades ambientais. Para que seja efetuada uma denúncia, para que se possa apurar a utilização de um recurso, há que inspecionar primeiro a situação de cada operador, pelo que as consequências desta atenção crescente poderão justificar, desde já, a importância do seguro ambiental.

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Altice Portugal quer ser neutra em carbono até 2050

  • Capital Verde
  • 21 Julho 2021

O objetivo foi anunciado por Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, em reunião do Comité de Sustentabilidade.

A Altice Portugal anunciou esta quarta-feira que aderiu à campanha internacional “Business Ambition for 1.5ºC”, liderada pela Science Based Targets initiative (SBTi), em parceria com United Nations Global Compact e com a coligação We Mean Business. Desta forma, a empresa compromete-se a alcançar zero emissões líquidas até 2050, em linha com os critérios e as recomendações da iniciativa Science Based Targets, com vista a limitar o aquecimento global a 1.5ºC.

Este compromisso com a neutralidade carbónica até 2050, bem como o contributo que a empresa pretende dar para a COP26, em linha com os objetivos do Acordo de Paris, foi anunciado por Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, em reunião do Comité de Sustentabilidade.

“Este compromisso reflete um novo passo que damos rumo ao progresso social e económico do nosso país, rumo a um mundo mais sustentável, rumo a um futuro mais longínquo”, referiu Alexandre Fonseca, acrescentando ainda: “Queremos dar o nosso contributo para a COP26 e demonstrar que a empresa está alinhada com os objetivos do Acordo de Paris. Este nosso compromisso vem no seguimento do trabalho que já vimos a realizar e das boas práticas que seguimos”.

A Altice aderiu à primeira edição do Climate Ambition Accelerator – o programa do UN Global Compact que iniciou neste mês de julho para apoiar empresas em todo o mundo a definir metas alinhadas com a ciência rumo às zero emissões líquidas.

“Com esta associação, a Altice Portugal passa a integrar as entidades parceiras da SBTi (Science Based Targets initiative) e a Campanha Race to Zero, campanha global que pretende promover uma recuperação saudável, resiliente e zero de carbono que evite ameaças futuras, crie empregos dignos e promova um crescimento inclusivo e sustentável”, referiu a empresa em comunicado.

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Endividamento da economia atinge recorde de 757,5 mil milhões de euros em maio

Dívida das famílias, empresas (excluindo bancos) e Estado deu um salto de quatro mil milhões de euros em maio, atingindo novo recorde nos 757,5 mil milhões, segundo o Banco de Portugal.

O endividamento da economia voltou a subir em maio para um patamar recorde. A dívida das famílias, empresas (excluindo setor dos bancos) e Estado aumentou quatro mil milhões de euros para atingir 757,5 mil milhões no final daquele mês, o valor mais elevado de sempre.

“Esta subida deveu-se aos aumentos de 2,5 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,5 mil milhões de euros do endividamento do setor privado“, explica o Banco de Portugal no reporte publicado esta quarta-feira.

A dívida da economia encontrava-se assim repartida no final de maio: 346,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 411,1 mil milhões de euros ao setor privado.

A subida do endividamento do setor público resultou, sobretudo, dos acréscimos registados no endividamento junto do setor financeiro (1,5 mil milhões de euros) e no endividamento perante o exterior (0,8 mil milhões de euros), detalha o Banco de Portugal.

Em maio, recorde-se, Portugal financiou-se em 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro com maturidades em 2031 e 2035 e ainda em 1.750 milhões em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.

Dívida da economia atinge recorde em maio

Fonte: Banco de Portugal

No que diz respeito ao setor privado, o endividamento das empresas privadas aumentou mil milhões de euros, “evolução explicada principalmente pelo financiamento obtido junto do exterior (700 milhões de euros)”.

Por outro lado, o endividamento dos particulares aumentou 400 milhões de euros, o que se deve sobretudo aos empréstimos contraídos junto da banca, segundo o supervisor.

Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia fechou o primeiro trimestre de 2021 nos 375,71%, em máximos desde o segundo trimestre de 2017 (378%).

O rácio do endividamento tinha vindo a cair nos últimos anos, mas essa trajetória foi interrompida pela pandemia. A crise pandémica levou a um maior endividamento para amparar o impacto das restrições económicas, mantendo os agentes económicos à tona.

(Notícia atualizada às 11h22)

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Portugal deverá receber nos próximos dias mais doses da vacinas Pfizer cedidas por outros países, anunciou Marta Temido

"Está em cima da mesa a possibilidade de termos, nos próximos dias, mais doses de vacinas da Pfizer em entrega antecipada", disse Marta Temido.

Portugal deverá ter, nos próximos dias, mais doses de vacinas Pfizer, revelou a ministra da Saúde. Marta Temido explicou que as doses serão recebidas antecipadamente e mediante a cedência de outros países que estão em fases de vacinação diferentes.

“Portugal continua emprenhado junto da Comissão e de outros países que estão em processo de compras conjuntas tentar agilizar a entrega de mais quantidades de vacinas. Está em cima da mesa a possibilidade de termos, nos próximos dias, mais doses de vacinas da Pfizer em entrega antecipada através de cedências de outros países cujas campanhas de vacinação estão noutra fase”, disse Marta Temido em declarações transmitidas pela RTP3.

Depois de ter sido anunciado o adiamento do auto-agendamento para os maiores de 20 anos devido à quantidade de vacinas existentes, a ministra garantiu que “não há qualquer contratempo em termos de vacinação” e que se trata apenas de “uma questão de gestão”.

Marta Temido, à margem da assinatura do protocolo com o setor social no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com um investimento de 465 milhões de euros para as respostas sociais à infância, pessoas com deficiência e envelhecimento, garantiu que “a campanha de vacinação está desenhada para começar a vacinar abaixo dos 18 anos” se as recomendações das entidades técnicas forem nesse sentido.

Lembrando que “o Governo não recomenda vacinas e apenas segue as indicações técnicas”, a ministra garantiu que o Governo está “preparado para vacinar os meninos dos 18 aos 14 anos caso seja essa a indicação”, mas a DGS pediu “mais algum tempo, duas semanas para perceber mais em detalhe quais os calendários”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Veículo que gere despojos do Banif dá primeiro dividendo de 15 milhões ao Fundo de Resolução

Apesar do impacto da pandemia, a Oitante fechou 2020 com lucros e estreou-se nos dividendos: pagou 15 milhões de euros ao Fundo de Resolução, que tem estado a injetar dinheiro no Novo Banco.

Pormenor da fachada da sede do banco Banif em Lisboa, a 14 de dezembro de 2015.Tiago Petinga/Lusa

A pandemia reduziu os negócios da Oitante em 2020. Ainda assim, o veículo criado para gerir os ativos tóxicos do Banif, banco resolvido no final de 2015, fechou o ano passado com lucros e deu uma boa notícia ao Fundo de Resolução: pela primeira vez desde a sua criação, distribuiu dinheiro ao seu acionista. Foram 15 milhões de euros.

Este “dividendo” não é propriamente uma surpresa para o fundo financiado pela banca e que é gerido pelo vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos.

Na assembleia geral de 2019, havia pedido à Oitante para “promover diligências para a realização de uma distribuição de lucros ao seu acionista durante o ano de 2020”, o que ainda não tinha acontecido até então, isto apesar de o veículo ter constantemente registado lucros desde 2015. Aliás, em 31 de dezembro de 2019, a Oitante já apresentava capitais próprios que totalizavam cerca de 113 milhões de euros, uma almofada importante para que pudesse remunerar o acionista.

“Neste seguimento, em 29 de dezembro de 2020 decidiu-se, por vontade expressa do acionista único, Fundo de Resolução, (…) a distribuição ao acionista único de reservas livres registadas na rubrica Resultados transitados no montante 15.000 milhares de euros”, revela a Oitante no relatório e contas do ano passado.

Desde 2016 que a Oitante, que ficou responsável pela gestão dos ativos do ex-Banif que não foram comprados pelo Santander Totta, acumula lucros de 120 milhões de euros, sem nunca ter feito, ainda assim, qualquer pagamento ao acionista. Tem sempre optado por fazer amortizações antecipadas do empréstimo obrigacionista de 746 milhões subscrito pelo Santander e garantido pelo Fundo de Resolução, algo que não o fez no ano passado, por causa da pandemia, mas voltou a fazer já este ano.

Em comunicado enviado esta quarta-feira às redações, a Oitante adiantou que fez dois pagamentos durante o primeiro semestre, no valor de 47 milhões de euros, e de uma amortização adicional de nove milhões a realizar ainda esta semana. Com isso, já pagou mais de 80% da dívida ao Santander, ficando a dever 143,5 milhões.

Para o Fundo de Resolução, o dividendo da Oitante chegou em boa altura, depois de o Parlamento ter travado, no final do ano passado, qualquer empréstimo do Tesouro público para o Novo Banco.

De resto, para contornar esta restrição, o fundo pediu um empréstimo de 475 milhões de euros à banca, tendo já feito uma transferência de 317 milhões de euros para o banco, ao abrigo do mecanismo de capital contingente. Ainda falta a segunda “dose” de 112 milhões, que se encontra condicionada pelas conclusões de auditoria a uma questão relacionada com o investimento em dívida pública por parte do banco liderado por António Ramalho.

Oitante lucra 122 milhões desde 2016:

Fonte: Oitante

Oitante aponta para redução de trabalhadores

Como quase toda a economia, também a Oitante diz ter sofrido com a pandemia no ano passado. Não que a crise pandémica tenha levado a um reforço de provisões, mas levou antes a uma redução da atividade, nomeadamente na venda de ativos imobiliários.

Nisto em particular, o veículo alcançou vendas de 99 milhões de euros, dos quais 37 milhões de euros de ativos diretamente detidos, dois milhões de euros de ativos da Banif Imobiliária e 60 milhões de euros dos fundos imobiliários.

A administração da Oitante diz que, apesar da quebra do negócio e do pagamento dos dividendos ao Fundo de Resolução, mantém um saldo de liquidez de cerca de 34 milhões de euros (saldo acumulado na Oitante e na Banif Imobiliária) “para enfrentar o ano de 2021 e retomar o pagamento da dívida oustanding de aproximadamente 200 milhões de euros”. Deve menos após as amortizações realizadas este ano.

Com 51 trabalhadores, Oitante também aponta para um ajustamento do quadro de pessoal devido à redução dos ativos que tem sob gestão — tal como acontece, de resto, no veículo que está a gerir os ativos tóxicos do BPN, a Parvalorem, e que culminará, em último caso, na extinção da empresa.

“O trabalho futuro passará por ajustar a estrutura organizativa da Oitante em função do desinvestimento do ativo líquido remanescente, cerca de 41% do inicial, num ambiente distinto, particularmente em face do ainda possível impacto da pandemia, da evolução macroeconómica, dos potenciais riscos de entrada num ciclo inflacionário e do tipo de ativos que permanecem no nosso balanço”, refere a Oitante.

Sublinha, ainda assim, que vai procurar soluções com o apoio dos trabalhadores para efetuar este processo.

(Notícia atualizada às 11h40 com comunicado da Oitante)

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Unicórnio holandês Mollie abre hub em Lisboa. Quer contratar mais de 100 até 2023

Anúncio da abertura do hub em Portugal surge após a fintech ter levantado 665 milhões de euros na ronda série C, aumentando assim a sua valorização para 5,4 mil milhões de euros.

A fintech Mollie acaba de abrir o seu primeiro centro de desenvolvimento em Lisboa e está a recrutar. Até 2023 a startup holandesa quer reforçar com mais de 100 colaboradores. Procura software engineers, engineering managers e product managers.

Anúncio da abertura do hub em Portugal surge após a empresa ter levantado 665 milhões de euros na ronda série C, aumentando assim a sua valorização para 5,4 mil milhões de euros. Com esta ronda, a fintech pretende expandir o seu portefólio de produtos, além dos pagamentos para a área dos serviços financeiros para PME, liderada pelo recém-chegado diretor de produto, Rogier Schoute.

“A Mollie é uma das maiores fintechs privadas da Europa e temos planos sólidos para acelerar o desenvolvimento de produtos que respondam às crescentes necessidades dos nossos mais de 120.000 clientes. Estamos muito entusiasmados por vir para Portugal e acreditamos que Lisboa é uma base fantástica para instalar o nosso novo Centro de Desenvolvimento, tendo milhares de engenheiros de software e gestores de produto na região. A capital portuguesa tem um ecossistema de tecnologia muito forte e de rápido crescimento e uma diversidade de universidades de ciência e engenharia de referência a nível mundial. Acreditamos também que será uma boa oportunidade para expandir no mercado no futuro”, justifica Marco dos Santos, CTO da Mollie, citado em comunicado.

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Diogo Antunes, senior engineering manager na Mollie, irá coordenar o Centro de Desenvolvimento e estabeleceu objetivos de recrutamento ambiciosos: mais de 100 novos colaboradores em dois anos. Numa primeira fase, a fintech espera contratar até 20 colaboradores até ao final do ano, tendo como foco a contratação de engenheiros de software e de gestores de produto. No ano seguinte, quer aumentar a sua equipa para 60 membros, ambicionando alcançar a meta de mais de 100 colaboradores em 2023.

“Como portugueses, conhecemos as capacidades incríveis do talento em engenharia que emerge em Lisboa”, diz Diogo Antunes. “Estou muito entusiasmado por liderar o nosso novo Centro de Desenvolvimento e ajudar a Mollie a concretizar aquela que é a sua visão de se tornar o fornecedor de serviços de pagamento preferido do mundo”, refere em comunicado.

A Mollie trabalha com parceiros como a Klarna, o WooCommerce e outras agências web para fornecer serviços/produto às PME. A startup conta ainda com clientes como a Gymshark, Lyskin e Sem Escamas.

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