Costa arranca hoje discussão do Orçamento do Estado na generalidade

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O primeiro-ministro dá o "pontapé de saída" do debate de dois dias em torno da proposta de Orçamento do Estado para 2023 na Assembleia da República.

A Assembleia da República inicia esta quarta-feira o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023, que será aberto pelo primeiro-ministro e se prolonga até quinta-feira. Como tem ocorrido nos anos anteriores, António Costa vai abrir a discussão da proposta do Governo, que tem a votação final global agendada para 25 de novembro e aprovação praticamente garantida pela maioria absoluta do PS.

Nos planos económico e financeiro, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2023 reflete a atual conjuntura internacional de alta de inflação e de subida das taxas de juro, agravada por uma crise energética na sequência da intervenção militar russa na Ucrânia.

O Governo prevê que o crescimento desacelere em 2023 para 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) contra 6,5% no final deste ano – um indicador que vários analistas classificam como otimista. Idênticas dúvidas colocam-se em relação à inflação projetada pelo executivo socialista para 2023, na ordem dos 4%, depois de este ano se estimar em 7,4%.

A proposta orçamental do Governo traduz também um objetivo de manter a trajetória de consolidação orçamental, com o défice a baixar dos 1,9% deste ano para 0,9% em 2023 e a dívida a cair para 110% do PIB no próximo ano.

Apesar das previsíveis dificuldades económicas e financeiras ao longo do próximo ano, a proposta de Orçamento para 2023 surge enquadrada por dois recentes acordos de médio prazo concluídos pelo Governo: o primeiro em sede de concertação social no início do mês; e o segundo assinado esta segunda-feira com dois dos três sindicatos da administração pública.

Em 9 de outubro passado, o Executivo fechou com as confederações patronais e com a UGT um acordo de rendimentos e de competitividade, prevendo uma valorização dos salários de 5,1% em 2023, de 4,8% em 2024, de 4,7% em 2025 e de 4,6% em 2026 e a subida do salário mínimo para 900 euros em 2026.

Essa valorização salarial é acompanhada por medidas de desagravamento fiscal para as empresas, assim como por uma injeção de mais três mil milhões de euros nos sistemas de eletricidade e de gás para limitar os preços da energia.

Já o acordo plurianual de valorização salarial dos trabalhadores da administração pública, que não foi assinado pela Frente Comum, da CGTP-IN, prevê, entre outras medidas, uma atualização salarial anual equivalente a um nível remuneratório (52 euros) ou um mínimo de 2% para todos os funcionários públicos até 2026, garantindo-se por essa via um aumento global de pelo menos 208 euros nos quatro anos.

Maior polémica motivou a estratégia seguida pelo Executivo em relação ao aumento das pensões, antecipando este mês uma prestação extraordinária única no valor de 50%, mas baixando o valor percentual do aumento para 2023 com o argumento da sustentabilidade da Segurança Social.

As pensões até 886 euros vão aumentar 4,43%, as que têm um valor entre os 886 e os 2.659 euros sobem 4,07%, enquanto as restantes (que estariam sujeitas a atualização tendo em conta a fórmula legal em vigor) aumentarão 3,53%.

No plano político, o Governo procurou este ano reforçar os convites para um diálogo à esquerda em torno do Orçamento do Estado, tal como aconteceu nas duas anteriores legislaturas, mas apenas os deputados únicos do PAN, Inês Sousa Real, e do Livre, Rui Tavares, deverão estar disponíveis para ponderar uma viabilização do diploma do Executivo.

O Bloco de Esquerda já classificou a proposta orçamental como “absolutamente inaceitável” por não garantir uma atualização dos salários face à inflação e sinalizou que não está disponível para contribuir para um “simulacro” de negociações com o Governo, enquanto o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou o Executivo socialista de se ter colocado “ao lado dos grandes grupos económicos” com a sua proposta orçamental, para a qual disse não ver conserto.

Pela parte das forças parlamentares à direita do PS, o voto contra é garantido e foi anunciado logo dois dias após a apresentação pública do documento por parte do ministro das Finanças, Fernando Medina. No passado dia 12, o presidente do PSD, Luís Montenegro, comunicou o voto contra dos sociais-democratas, considerando que a proposta de Orçamento “não tem remendo” e se caracteriza pela “desesperança” de um Governo de “braços caídos”.

No mesmo dia, o presidente do Chega, André Ventura, disse que votaria contra, alertando para os riscos de um documento que “navega à vista” e que não robustece a economia, e o presidente cessante da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, justificou o chumbo do documento do Governo por representar uma “enorme desilusão”, não apresentando qualquer reforma estrutural.

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Damm tem maior extensão de painéis solares na Península Ibérica

  • Servimedia
  • 26 Outubro 2022

A cervejaria Damm tem a maior extensão de painéis fotovoltaicos da Península Ibérica. A empresa tem agora 32.182 metros quadrados de painéis solares instalados.

A empresa Damm aumentou a sua capacidade de autoconsumo de energia com a ampliação das instalações fotovoltaicas em várias das suas instalações. A empresa instalou agora 32.182 metros quadrados de painéis fotovoltaicos, o que a tornou no grupo cervejeiro da Península Ibérica com a maior área de energia solar autoproduzida, noticia a Servimedia.

A ampliação das instalações fotovoltaicas em vários dos seus centros permite à empresa autoproduzir 7,1 GWh de energia limpa por ano. Além disso, Damm pretende expandir o seu parque fotovoltaico com o lançamento de uma segunda fase do plano de ampliação das instalações fotovoltaicas em vários centros da empresa.

O novo projeto, com um investimento de 3,6 milhões de euros, prevê a instalação de 23.500 metros quadrados de painéis solares durante o próximo ano na fábrica de El Prat de Llobregat, Moravia, Murcia, Málaga e na ZAL de Barcelona.

A empresa salientou que está firmemente empenhada em alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos na Agenda 2030. Nos últimos anos, a Damm optou por um modelo energético que promove a autossuficiência energética, o que lhe permite produzir 60% da eletricidade que consome na sua atividade a partir de fontes de energia verde certificadas.

“Completar com sucesso a transição energética para modelos mais sustentáveis é uma prioridade em Damm. Há décadas que trabalhamos na evolução das nossas fontes de energia para fontes renováveis que nos permitem minimizar o nosso impacto ambiental e, ao mesmo tempo, ser capazes de gerar energia limpa para o nosso próprio consumo”, disse Juan Antonio López Abadía, diretor de Energia e Otimização Ambiental de Damm.

Energia eficiente

A sustentabilidade tem sido uma das pedras angulares da atividade da Damm desde as suas origens. Com o objetivo de reduzir o consumo de recursos naturais nas suas fábricas e aumentar a eficiência energética, a empresa está também empenhada na utilização de outras fontes de energia renováveis nos seus processos de produção baseados em energias renováveis tais como a cogeração e a trigeração a partir de biogás.

O conjunto de medidas promovido nos últimos anos com o objetivo de se tornar uma empresa energeticamente eficiente permitiu à Damm reduzir a energia utilizada na produção de cada hectolitro de cerveja em 45% durante a última década.

Além disso, entre os últimos marcos em termos de sustentabilidade ambiental alcançados pela empresa está a adesão à RE100, a iniciativa global liderada pelo Climate Group e associada ao CDP, que mostra o empenho das empresas líderes mundiais na utilização de energia 100% renovável. Em Abril de 2022, a Damm tornou-se a primeira empresa cervejeira em Espanha a obter o certificado RE100.

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Santander Totta mais que duplica lucros para 385,1 milhões até setembro

Resultado líquido do Santander Totta cresceu quase 124% até setembro, face ao ano passado. Banco justifica subida com custo não recorrente registado em 2021 e que já não se verifica.

O Santander Totta viu o resultado líquido até setembro disparar 123,7%, para 385,1 milhões de euros, em comparação com os mesmos nove meses do ano passado.

O banco diz que a subida está relacionada com o “encargo extraordinário” de 164,5 milhões de euros registado no primeiro trimestre do ano passado, relacionado com o plano de saídas de trabalhadores. Um custo não recorrente que não se verifica este ano.

Numa nota, o CEO, Pedro Castro e Almeida, diz que “a concessão de crédito manteve-se estável” ao longo deste ano e que os recursos “registaram um ligeiro crescimento, impulsionado pelos depósitos”.

“Acompanhamos a situação atual de perto e dispomos de uma estrutura sólida, próxima e de mecanismos apropriados para gerir os impactos da incerteza económica global, e com uma preocupação particular para com os nossos colaboradores, tendo lançado já este mês um conjunto de medidas de apoio financeiro com vista a mitigar os impactos da inflação na perda de rendimento disponível dos seus agregados familiares”, avança o gestor.

A margem financeira do banco ascendeu a 547,9 milhões de euros até setembro, um recuo de 1,9% em termos homólogos. Reflete, “por um lado, o contexto concorrencial competitivo, que continuou a pressionar em baixa os spreads de crédito e, por outro, a alteração da composição relativa da carteira de crédito, fruto do maior dinamismo do crédito hipotecário”, segundo a empresa, que informa ainda que “a subida das taxas de juro é ainda recente para produzir um impacto material nesta rubrica das receitas”.

Já o produto bancário fixou-se em 933,6 milhões de euros, uma descida de 9%, “Esta evolução foi, em grande medida, explicada pela evolução dos resultados em operações financeiras, que se reduziram em 80% face ao período homólogo, quando tinham atingido um valor muito elevado, fruto da gestão da carteira de títulos”, lê-se no comunicado com os resultados.

Os recursos de clientes cresceram 1,2%, para 46,7 mil milhões de euros, “com o contributo dos depósitos (+3,6% face a setembro de 2021) a ser parcialmente anulado pela dinâmica de recursos fora do balanço, que retraíram 10,3% no mesmo período, fruto do contexto nos mercados internacionais”. Enquanto isso, o total de crédito a clientes recuou 0,1%, para 43,5 mil milhões. O banco informa também que 61% da base de clientes é digital.

Nos primeiros nove meses de 2022, o Santander Totta incorreu ainda em custos operacionais de 364,5 milhões. Foi uma redução de 13,6% face a 2021, uma melhoria relacionada com a redução de 16,1% nos custos com pessoal.

(Notícia pela última vez às 9h42)

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Euro negoceia acima da paridade com o dólar pela primeira vez desde 20 de setembro

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O euro estava a ser negociado a 1,0023 dólares na manhã desta quarta-feira, depois de ter fechado a 0,9954 dólares na terça-feira. Está acima da paridade pela primeira vez desde 20 de setembro.

O euro estava a ser negociado esta quarta-feira acima da paridade face ao dólar pela primeira vez desde 20 de setembro, depois da publicação na terça-feira de indicadores que colocaram uma pressão descendente sobre o dólar e na véspera de uma reunião do Banco Central Europeu (BCE), que deverá ditar nova subida dos juros na Zona Euro.

Cerca das 8h47 em Lisboa, o euro estava a ser negociado a 1,0023 dólares, depois de ter fechado a 0,9954 dólares na terça-feira.

Na terça-feira, o euro já se tinha aproximado da paridade face ao dólar, depois da publicação da queda dos preços da habitação nos EUA em agosto e da confiança dos consumidores em outubro, números que colocaram uma pressão descendente sobre o dólar.

O euro beneficiou da estabilização da confiança das empresas alemãs em outubro, uma vez que se esperava um declínio muito maior.

Os preços da habitação nos EUA caíram 1,3% em agosto em relação ao mês anterior, à medida que as taxas hipotecárias aumentavam.

Os mercados aguardam a reunião do BCE, onde esperam que o Conselho decida aumentar as suas taxas de juro em 75 pontos base (estão agora em 1,25%) para conter a inflação de quase 10% na zona euro.

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Sondagem para TVI/CNN dá empate técnico entre PS e PSD

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Socialistas reúnem agora 32,9%-39,5% das intenções de voto e os sociais-democratas 26,8%-33,2%. Chega continua terceira força política.

Se as eleições legislativas acontecessem agora, o PS estaria mais perto de perder a maioria absoluta. De acordo com uma sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal, o PS e o PSD surgem em empate técnico, separados por cerca de seis pontos percentuais, menos do que os nove pontos percentuais da última sondagem feita em agosto.

Já com a distribuição de indecisos, os socialistas reúnem 32,9%-39,5% e os sociais-democratas 26,8%-33,2% das intenções de voto, de acordo com a sondagem. É uma diferença de 6,2 pontos percentuais entre os dois principais partidos. Desde abril, quando foi realizada a primeira sondagem, que o partido de Luís Montenegro tem estado sempre em ascensão, contrariamente ao partido de António Costa.

O Chega continua a ser a terceira força política, com 9,3% das intenções de voto, seguindo-se a Iniciativa Liberal com 7,9%. O Bloco de Esquerda aparece atrás, com 3,9%, e o PCP com 3,8%. O CDS de Nuno Melo surge com 1,6% das intenções de voto, enquanto o PAN consegue 1,2% e o Livre 1%.

Ficha técnica: Sondagem realizada entre os dias 11 a 17 de outubro de 2022, com 828 entrevistas telefónicas e uma margem de erro máxima de cerca de 3,48% para um nível de confiança de 95,5%.

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Aquela reunião (que podia ser um email) está a ter custos para a sua empresa

A redução de reuniões desnecessárias poderia poupar à sua organização mais de 25.500 euros por empregado, revela investigação académica.

Já alguma vez pensou ou ouviu algum dos seus colaboradores queixar-se de que a longa reunião que acabaram de ter poderia ter sido apenas um email? Ou que o tema poderia ter sido tratado em metade do tempo? É provável que sim. E essas reuniões desnecessárias ou demasiado longas podem ter uma fatura pesada na sua empresa.

As contas foram feitas. A redução de reuniões desnecessárias poderia poupar à sua organização cerca de 25.000 dólares – o equivalente a 25.758 euros – por empregado. O que significa que, para uma equipa de 100 pessoas, a poupança poderia ascender a 2,5 milhões de euros anuais, revela o estudo “The cost of Unnecessary Meeting Attendance”, elaborado pela University of North Carolina Charlotte em conjunto com a Otter.ai.

“O tempo gasto em reuniões aumenta à medida que os trabalhadores sobem na hierarquia da organização. Os gestores, que o estudo definiu como tendo, pelo menos, quatro reuniões [semanais], assistiram a mais 6,9 reuniões, que se traduzem em mais 8,5 horas por semana”, mostra a investigação, divulgada pela INC.

Para saber quanto pode estar a perder numa reunião demasiado longa, já existem algumas ferramentas online que o ajudam a calcular os gastos, como é o caso da Readytalk ou da Meetingking. Nestas plataformas, pode registar o tempo das reuniões, o número de participantes, e, com isso, calcular o custo de cada reunião, tendo por base o salário de cada trabalhador.

Mas a redução das reuniões não só proporciona uma oportunidade de reduzir custos para a empresa, alerta a investigação. Permite também uma utilização mais eficaz do tempo dos seus funcionários, o que se pode traduzir numa melhoria da sua “produtividade” e até do seu “estado de espírito”.

A Adecco Portugal sugere, por isso, que, antes de marcar uma reunião, faça a pergunta a si próprio: “é mesmo necessário convocar uma reunião”?

“O trabalho não começa nem termina com uma reunião. A colaboração e o avanço do trabalho é, simultaneamente, síncrona e assíncrona. Muitas vezes, as equipas podem fazer o mesmo trabalho mais rapidamente, e de forma mais conveniente, quando as pessoas intervêm de forma assíncrona, através da colaboração de documentos, por exemplo, ou nos canais das equipas”, explica a empresa especializada em recursos humanos.

“Quando precisar de se reunir, não se esqueça de atribuir papéis (líder, apresentador, anotador) e comunicar o(s) objetivo(s) da reunião no convite”. E se for difícil articular o objetivo, reconsidere se é mesmo necessário convocar uma reunião”, aconselha.

Tenha também em atenção quem convida. As pessoas ainda têm dificuldade em recusar convites para reuniões, mesmo para aquelas em que pensam não ter nada a acrescentar. Mais de metade (53%) dos colaboradores sente que tem de assistir a todas as reuniões, independentemente de o seu papel ser ou não crítico. E, apesar de nove em cada 10 inquiridos concordarem que poderiam faltar a uma reunião se tivessem um compromisso agendado ou o seu manager o permitisse, apenas metade considera que poderiam recusar o convite devido à sua carga de trabalho. Por isso, mantenha a lista de convidados “tão curta quanto possível”, sugere a investigação levada a cabo pela University of North Carolina Charlotte.

Boas práticas

Atentas a esta questão, várias empresas em Portugal já contam com medidas para evitar o desgaste das reuniões atrás de reuniões. O Mercadão, por exemplo, tenta recorrer, sobretudo, à comunicação assíncrona, particularmente útil quando se tem operações em vários fusos horários.

“O trabalho remoto forçou-nos a reconsiderar como nos encontramos e colaboramos. A comunicação assíncrona permitiu a muitos colegas uma melhor colaboração e articulação do trabalho com as dinâmicas familiares que cada um tem”, conta Ricardo Monteiro, COO do Mercadão.

Já a Nhood Portugal implementou uma política de gestão do trabalho que estabelece que as sextas-feiras são dias sem reuniões. Já nos restantes dias só é permitido agendar reuniões entre as 10h00 e as 17h00, revela Margarida Madeira, diretora de people & culture da Nhood Portugal, relembrando ainda a importância de fazer pausas entre reuniões.

Na Bayer, quando a meteorologia assim o permite, muitas reuniões são realizadas ao ar livre, aproveitando o jardim da empresa. “Eventualmente até podemos ter mais inspiração, porque todos estamos fartíssimos de estar fechados dentro de edifícios”, refere Maria João Lourenço, diretora de recursos humanos da farmacêutica.

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Novo secretário de Estado acusado de pagamento duvidoso quando era autarca

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Quando era autarca, Miguel Alves terá adiantado 300 mil euros a uma empresa, sem garantias, para um projeto que não teve qualquer concretização passados dois anos, denuncia o Público.

Miguel Alves, atual secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, terá assinado um contrato-promessa de arrendamento enquanto presidente da Câmara de Caminha que implicou um adiantamento duvidoso de 300 mil euros ao futuro senhorio, sem quaisquer garantias específicas, denuncia esta quarta-feira o Público.

O contrato foi negociado e assinado em outubro de 2020 e o pagamento feito em março do ano seguinte, correspondendo à renda de que a autarquia deverá ser, eventualmente, devedora daqui a mais de 25 anos pelo futuro arrendamento de um pavilhão multiúsos, orçado em cerca de oito milhões de euros, mas que ainda não teve qualquer concretização passados dois anos — aliás, não se sabe se, e onde, vai ser construído, escreve o jornal.

O Público refere ainda que, na proposta de aprovação do contrato, Miguel Alves assegurou que os acionistas da empresa que se propôs construir o pavilhão – designado Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) – “têm, comprovadamente, parcerias estratégicas celebradas com instituições financeiras de referência, cujo principal acionista é, de forma direta e indireta, o Estado português”. Contudo, esses acionistas não são conhecidos publicamente até à data e o ex-autarca não responde se sabe ou não quem são.

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Hoje nas notícias: Secretário de Estado, sondagem e ruturas

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro terá autorizado um pagamento adiantado de 300 mil euros quando era autarca de Caminha, sem garantias específicas, ao abrigo de um contrato-promessa de arrendamento para um projeto que ainda não teve concretização nem se conhecem os acionistas. PSD e PS surgem em empate técnico na mais recente sondagem da Pitagórica para TVI e CNN. Conheça estas e outras notícias em destaque esta quarta-feira.

Secretário de Estado acusado de adiantamento duvidoso de 300 mil euros quando era autarca

Miguel Alves, atual secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, assinou um contrato-promessa de arrendamento enquanto presidente da Câmara de Caminha que implicou um adiantamento de 300 mil euros ao futuro senhorio, sem quaisquer garantias específicas, denuncia o Público. O contrato foi negociado e assinado em outubro de 2020, e o pagamento feito em março do ano seguinte, correspondendo à renda de que a autarquia deverá ser, eventualmente, devedora daqui a mais de 25 anos pelo futuro arrendamento de um pavilhão multiúsos, orçado em cerca de oito milhões de euros, mas que ainda não teve qualquer concretização dois anos depois. Miguel Alves assegurou também que os acionistas “têm, comprovadamente, parcerias estratégicas celebradas com instituições financeiras de referência, cujo principal acionista é, de forma direta e indireta, o Estado português”, mas ainda não são conhecidos e Miguel Alves não responde se sabe ou não quem são.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Nova sondagem dá empate técnico entre PS e PSD

PS e PSD surgem em empate técnico na nova sondagem da Pitagórica para a TVI e CNN, com o partido liderado por Luís Montenegro a ser o único a subir nas intenções de voto. Incluindo os indecisos, o inquérito dá 32,9%-39,5% para os socialistas e 26,8%-33,2% para os sociais-democratas. O Chega aparece como terceira força política, mas baixou de 9,5% em agosto para 9,3%, sendo seguido da IL (com 7,9%), BE (3,9%), PCP (3,8%), CDS (1,6%), PAN (1,2%) e Livre (1%). A amostra foi de 828 entrevistas por telefone, realizadas entre 11 e 17 de outubro, com uma margem de erro de cerca de 3,48%.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre).

Problemas na produção geram rutura de 858 medicamentos

Os números da última segunda-feira mostram que havia 858 medicamentos em situação de rutura nas farmácias, 8% do total de 9.545 fármacos comercializados e sujeitos a receita médica. Desses medicamentos indisponíveis, 33 não têm alternativa dentro da mesma molécula, segundo os dados avançados pelo Jornal de Notícias esta quarta-feira.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Outubro com recorde de aposentações de professores

Outubro é o segundo mês consecutivo com um número recorde de aposentações de docentes: 257 em setembro e, até ao final de outubro, serão 280, acima dos meses anteriores, em que a média se encontrava nas 185 saídas. A estes dados soma-se ainda o número de reformados pelo regime da Segurança Social, que não é conhecido. E, à medida que o ano letivo avança, torna-se cada vez mais difícil encontrar professores para assumir os horários libertados.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Chuva reforça 60% das reservas de água

A chuva que caiu entre 17 e 24 de outubro fez aumentar nove das 15 bacias hidrográficas (60%) do país. Ou seja, a subida do volume de água armazenado subiu 0,99%, o equivalente a 131 hectómetros cúbicos. Ainda assim, os armazenamentos continuam abaixo das médias de armazenamento de outubro de 1990/91 a 2020/21. As exceções únicas são as bacias Ave, Douro e Arade.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Lucros da EDP Renováveis disparam 181% para 416 milhões até setembro

Elétrica justifica este resultado com a "performance de ativos com parceiros minoritários, nomeadamente na Europa". EBITDA foi de 1.482 milhões de euros, 62% mais.

O resultado líquido da EDP Renováveis EDPR 0,00% nos nove meses até setembro disparou 181% face ao mesmo período do ano passado. Foram 416 milhões de euros de lucros, de acordo com o comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa justifica este resultado com a “performance de ativos com parceiros minoritários, nomeadamente na Europa”.

Entre janeiro e setembro, a elétrica alcançou 416 milhões de euros de lucros, um aumento de 181% face ao período homólogo. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 1.482 milhões de euros, 62% acima do ano passado, “suportado pela forte performance dos resultados operacionais com um aumento de 10% de capacidade instalada e de 14% de produção renovável”. As receitas aumentaram 46%, para 1.743 milhões, no referido período.

A contribuir ainda para estes resultados está o crescimento de 10% da capacidade instalada renovável, que aumentou para 14,3 GW, uma “forte recuperação” do preço médio de venda de energia para os 66 euros por MWh (mais 29% face ao período homólogo), “sobretudo nos mercados europeus”, e o “contributo positivo” da conclusão de três transações de rotação de ativos em Espanha, Polónia e Itália, detalha a empresa.

Em simultâneo, os custos operacionais da EDP Renováveis subiram 49% até setembro, para 695 milhões de euros.

O investimento bruto, 100% focado em energias renováveis, mais do que duplicou para os 4,4 mil milhões de euros até setembro, face aos dois mil milhões de euros registados no período homólogo. Este aumento reflete “o atual período de forte crescimento”.

Nos últimos 12 meses, foram adicionados mais 2,6 GW de capacidade renovável e a setembro de 2022, a EDP Renováveis atingiu o montante recorde de 4,3 GW de capacidade renovável em construção em 15 mercados na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia Pacifico.

No mesmo comunicado, a empresa destaca como “importante” a pré-cobertura de cinco anos que realizou a uma taxa de juro fixa para 1,5 mil milhões de euros de dívida com maturidade pós-2022, “reduzindo a sua exposição ao aumento de taxas de juro a médio-prazo”.

(Notícia atualizada às 8h21 com mais informação)

Evolução das ações da EDP Renováveis em Lisboa

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Wall Street fecha no vermelho. Ações da dona da Google tombam mais de 9%, após resultados

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Wall Street fechou no vermelho pressionado pelos resultados das big tech. Em Lisboa, as energéticas deram ânimo à bolsa, que fechou a subir 0,73%. BCE reúne quinta-feira para nova subida dos juros.

A recuperação das bolsas norte-americanas nos últimos três dias perdeu gás. Os resultados da Alphabet e da Microsoft conhecidos na terça-feira atiraram Wall Street para o vermelho, com as ações da dona da Google a tombarem mais de 9% no final da sessão desta quarta-feira.

Já em Lisboa, o principal índice português fechou em alta com um avanço de 0,73% para 5.692,79 pontos, à boleia do desempenho positivo da família EDP e da Galp Energias. A família EDP deu ânimo à bolsa de Lisboa com a EDP Renováveis a liderar com uma subida de 4,98% e a EDP a valorizar 2,02%. Também a Galp fechou a subir 3,09%.

Na quinta-feira, há mais uma reunião do Banco Central Europeu (BCE), que deverá determinar nova subida dos juros na Zona Euro.

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Mais de 40% dos seniores portugueses dá dinheiro aos filhos todos os meses

Desperdiçada no emprego e ávida de viagens, a população com mais de 55 anos é “rede de apoio" vital para os mais jovens, mas teme perder qualidade de vida com subida de preços na habitação e energia.

Mais de metade dos agregados familiares seniores em Portugal (55,3%) tem duas fontes de rendimento mensal – e em 13,4% dos casos até mais do que isso –, sendo que esta população composta por pessoas com mais de 55 anos de idade constitui “uma rede de apoio para aqueles que lhes são mais próximos”.

De acordo com o Barómetro do Consumidor Sénior em Portugal, a que o ECO teve acesso, 53% dos seniores portugueses ajuda economicamente algum membro da sua família ou do círculo próximo. Sobretudo os filhos (42%), enquanto o restante auxílio é prestado a outros familiares ou amigos. Os resultados deste inquérito mostram que 74% dessas ajudas são mensais e que um em cada três beneficiários depende mesmo delas para sobreviver.

Realizado pelo Centro de Investigación Ageingnomics, que foi criado há cerca de dois anos pela Fundação Mapfre, este que é apresentado como o primeiro estudo a medir as prioridades e os padrões de consumo dos portugueses com mais de 55 anos, aponta que quase metade dos inquiridos (48,8%) consegue poupar ao final do mês. Entre os que têm capacidade de o fazer, a maioria (78%) diz poupar menos de 30% dos rendimentos.

Se surgisse uma “despesa imprevista e inevitável” no valor de 1.000 euros no agregado familiar, 50% teria de recorrer a poupanças e 23% admite que não a conseguiria suportar. Sem dinheiro, quase metade pediria emprestado a um familiar ou amigo, 22% recorreria ao cartão de crédito e 27% a um empréstimo bancário – uma opção que adquire maios importância à medida que o montante aumenta.

Previsão da evolução das despesas em 2023

Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis; alimentação e bebidas não alcoólicas; e saúde. São estas as três áreas em que é percecionada uma maior despesa, seguidas das comunicações e dos transportes/mobilidade. É também com a casa e com a energia que mais preveem gastar no próximo ano, sendo estas as rubricas que, “tendo em conta os preços atuais, mais põem em risco a qualidade de vida” destas pessoas. Por outro lado, as despesas mais sacrificadas em 2023 serão nas áreas do ensino / educação, bebidas alcoólicas e tabaco, tecnologia e lazer.

Como crê que será a sua situação económica a partir de agora? 54% acredita que será igual ou melhor do que a atual. Menos divididos e mais preocupados estão os 1.100 inquiridos em agosto quanto ao atual sistema de pensões. Dois em cada três (65%) sentem que “está em risco em relação ao futuro” e há ainda 20% que não sabe responder a isso. São os mais jovens entre os mais velhos (faixa dos 55 – 60 anos) os que mais desconfiam da sustentabilidade da Segurança Social, com a percentagem a chegar aos 75%. Com que idade começaram a planear a reforma? 36% fê-lo antes dos 45 anos, enquanto 16% esperou até depois dos 60 – e percentagem semelhante assume que ainda não o fez.

Esta geração goza de boa saúde física e económica. Portugal está nas melhores condições para beneficiar da silver economy, um novo vetor económico que pode contribuir para o país com novos empregos e produção de riqueza.

Economia Prateada - Barómetro do Consumidor Sénior em Portugal

“A maioria dos seniores portugueses poupa todos os meses, é capaz de assumir despesas imprevistas e permitir-se ajudar pessoas próximas, geralmente os seus filhos. (…) Esta geração goza também de boa saúde física e económica, de acordo com os dados disponíveis e as conclusões deste barómetro. Assim sendo, Portugal está nas melhores condições para beneficiar da silver economy (economia prateada), um novo vetor económico que pode contribuir para o país com novos empregos e produção de riqueza”, lê-se nas conclusões deste estudo.

Do talento desaproveitado à vontade de viajar

Em Portugal, onde a esperança média de vida quase toca nos 81 anos, há 3,87 milhões de pessoas com mais de 55 anos, o que corresponde a 37% da população portuguesa. Mais de sete em cada dez possuem casa própria (em 52% dos casos já está paga), enquanto 18% arrenda a preço de mercado – uma percentagem que aumenta à medida que as pessoas envelhecem. A esmagadora maioria (71%) diz já não ter intenção de mudar de residência. E aceitaria viver num lar de idosos? Quase metade (47,3%) ainda não decidiu e 23% responde que não.

O estudo com o título “Economia Prateada” será apresentado esta manhã num hotel de Lisboa, num evento em que participam o CEO da Mapfre Portugal, Luís Anula, o secretário de Estado do Tesouro, João Nuno Mendes, ou José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Comprova que os portugueses com mais de 55 anos não deixaram de viajar com a pandemia (73% saiu durante dois ou mais dias em lazer nesse período) e que em 2023 tencionam fazê-lo com maior frequência (85,4%), sendo os destinos nacionais fora do seu distrito (57,9%) os favoritos, seguidos das viagens pela Europa (31,3%).

Frequência de viagens por lazer ou turismo desde o início da pandemia

Aliás, no que toca à perceção da imagem de Portugal, é nos aspetos relacionados com o turismo que surge a melhor classificação (média de 8,39, numa escala de 1 a 10). Pelo contrário, é no capítulo das oportunidades de emprego e empreendedorismo (5,55) e da atividade profissional (5,88) que o país pontua pior, na perspetiva dos maiores de 55 anos. Dois em cada três lamentam que o mercado de trabalho não valorize suficientemente a sua experiência e conhecimentos.

“A população silver é uma força motriz do turismo português, já que a maioria viaja e está disposta a viajar mais num futuro próximo. Ao mesmo tempo, valoriza muito Portugal como destino turístico, mas também como um destino de aposentação. Por outro lado, é muito crítica em relação ao mercado de trabalho e à falta de oportunidades para o talento sénior”, lê-se neste estudo elaborado pela Fundação Mapfre, que é a primeira atividade do Centro de Investigación Ageingnomics fora de Espanha.

Num capítulo feito em colaboração com a Google, este barómetro evidencia ainda que a população digital sénior portuguesa está informada sobre a atualidade política e económica: 29% está a par das últimas notícias online sobre estes grandes temas, sendo 56% mais provável encontrar alguém bem informado nesta faixa etária do que nas restantes idades; e 48% pertence ao segmento Avid Investors (investidores ativos que se informam online), enquanto abaixo dos 55 anos a percentagem fica-se pelos 39%.

E no campo da sustentabilidade, o que estão os seniores portugueses dispostos a fazer para assegurar uma produção mais sustentável e uma menor emissão de CO2 para o ambiente? 85% a modificar os hábitos de consumo, 81% no consumo energético e 75% a votar em partidos que deem prioridade à transição ecológica. Ao invés, alterar os hábitos de transporte (55%), investir no seu próprio sistema de produção e consumo de energia (49%) e assumir custos mais elevados em alguns aspetos do seu consumo diário (37,6%) estão entre as opções menos escolhidas pelos maiores de 55 anos.

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Microsoft vê lucros caírem 14% no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

Arrefecimento do mercado de computadores pessoais penalizou tecnológica, que viu os lucros caírem 14% no trimestre mais recente. Mesmo assim, superaram as estimativas dos analistas.

A Microsoft divulgou resultados trimestrais, que indicam uma baixa homóloga de 14% dos lucros, a refletir um mercado enfraquecido de computadores pessoais (PC), que afetou o seu negócio com o Windows. A empresa apresentou um lucro de 17,6 mil milhões de dólares, mesmo assim acima das expectativas dos analistas de Wall Street.

Nos três meses do exercício, a empresa de Redmond, no Estado de Washington, faturou 50,1 mil milhões de dólares, mais 11% homólogos, também acima as expectativas.

O negócio dos computadores pessoais da Microsoft, centrado no seu software Windows, era esperado que apresentasse um impacto negativo devido às incertezas económicas, como a inflação.

A empresa também obtém receitas do licenciamento dos fabricantes de PC que instalam o seu software nestes produtos. Estas receitas caíram 15% no trimestre.

As exportações de PC declinaram 20%, em termos homólogos, segundo a empresa de pesquisa Gartner, que salientou que este foi o maior declínio desde que começou a seguir este mercado, em meados de 1990.

Em comunicado, a tecnológica dirigida por Satya Nadella salientou o crescimento continuado do seu negócio na “nuvem”, a Cloud.

Nadella salientou, no texto, que a empresa está a investir nas suas áreas de crescimento e a gerir com disciplina a sua estrutura de custos.

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