Governo adia entrega das Grandes Opções do Plano para final de junho

O Governo PS, com maioria absoluta no Parlamento, vai mexer na lei orçamental para adiar a entrega das Grandes Opções do Plano, documento que teria de ser entregue no Parlamento até 15 de abril.

As Grandes Opções do Plano (GOP), um documento que define as prioridades económicas e de investimento do país, vão ser entregues mais tarde este ano. A proposta de lei teria de ser entregue até 15 de abril, mas o Governo vai fazer uma alteração à lei orçamental para ganhar tempo. Com a mexida, a qual tem aprovação garantida no Parlamento de maioria absoluta do PS, as GOP poderão ser apresentadas até 90 dias após a tomada de posse de um novo Governo, o que neste caso empurra o prazo para o final de junho.

Na exposição de motivos da proposta de lei — a qual também muda as regras dos duodécimos para criar mais exceções, incluindo para o pagamento dos subsídios de férias aos funcionários públicos –, o Governo explica que “pretende-se assegurar que os prazos de apresentação das diferentes fases do processo orçamental são compatíveis com a data de início de funções dos governos“, mas não concretiza.

“Quando a proposta de lei do Orçamento do Estado seja apresentada no prazo a que se refere o n.º 2, ainda que a proposta de lei do Orçamento do Estado para o ano subsequente seja apresentada até 10 de outubro, o Governo apresenta à Assembleia da República a proposta de lei das Grandes Opções para esse ano subsequente no prazo referido no n.º 1 do artigo 34.º ou no prazo referido no n.º 2, caso este termine em data posterior”, lê-se na proposta entregue esta semana pelo Governo à Assembleia da República.

Traduzindo o “legalês”, a alteração proposta pelo Governo diz que, quando a proposta do OE é apresentada no prazo de 90 dias após a tomada de posse do novo Executivo, também a lei das Grandes Opções pode ser entregue também nesse prazo de 90 dias, em vez de ter de ser apresentada obrigatoriamente a 15 de abril, como refere a redação atual da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO).

Devido ao chumbo do Orçamento em outubro do ano passado e as eleições antecipadas de 30 de janeiro, mais o adiamento provocado pela repetição da eleição no círculo eleitoral da Europa, o novo Governo tomou posse apenas a 30 de março. Com a atual lei, o Executivo teria cerca de 15 dias apenas para entregar as GOP. “O Governo apresenta à Assembleia da República a proposta de lei das Grandes Opções, até ao dia 15 de abril“, lê-se na lei, a qual não prevê exceções. Com a alteração proposta pelo Executivo, esse prazo mantém-se, mas acrescenta-se uma alternativa, os tais 90 dias, “caso este [prazo] termine em data posterior”, o que é o caso.

No ano passado, a lei das Grandes Opções do Plano foi palco de um pré-aviso da crise política que viria a consumar-se a 28 de outubro com o chumbo da proposta do Orçamento do Estado para 2022. PCP e Bloco de Esquerda preparavam-se para chumbar a proposta do Governo — a qual tem de ser votada pelos deputados 30 dias após a sua entrega –, mas o PS pediu o adiamento da votação por 60 dias. Em setembro voltou a fazê-lo para ganhar tempo para a negociação orçamental. Após o chumbo do OE, com o Parlamento dissolvido, as GOP acabaram por cair também.

As GOP identificam e planeiam as “opções de política económica” e definem a “programação orçamental plurianual para os subsetores da administração central e segurança social”, neste caso através do quadro plurianual das despesas públicas. Este ano, ao ser entregue no final de junho, este documento acabará assim por ser a antecâmara do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), o qual deverá ser entregue no Parlamento até 10 de outubro deste ano.

Nas últimas GOP aprovadas, que datam do final de 2020, o Governo apresentava várias ideias, nomeadamente a realização de uma atualização do estudo Porter para a economia portuguesa e a generalização do voto eletrónico nas eleições.

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Lisbon Tech Hub da Siemens está a recrutar. Tem 160 vagas

Das quase 300 vagas em aberto na Siemens, mais de 160 são para reforçar o centro de competências.

O Lisbon Tech Hub da Siemens está a reforçar a equipa e tem mais mais de 160 vagas na área das tecnologias de informação. O hub já conta com mais de 1.300 pessoas.

O centro de competências internacional de tecnologias de informação (TI) da Siemens em Portugal, celebra em abril oito anos. O Hub começou em 2014 com cerca de 40 pessoas, para desenvolver soluções na área das TI, que seriam utilizadas em todos os países em que multinacional alemã estava presente.

Depois de no ano passado ter recrutado 120 pessoas, Lisbon Tech Hub elevou o número de colaboradores ligados ao projeto para mais de 1.300. E está a reforçar. Das quase 300 vagas em aberto na Siemens, mais de 160 são para reforçar o centro de competências.

O Lisbon Tech Hub tem estado a desenvolver a Mendix App Factory, uma plataforma de desenvolvimento de aplicações low code da Siemens, que permite à empresa construir e melhorar continuamente as aplicações da web em larga escala.

“Ao longo do último ano, esta “fábrica” foi consideravelmente expandida com novas linhas de desenvolvimento e foram entregues mais de 30 aplicações“, informa a Siemens.

O centro acolhe ainda a equipa de cibersegurança, que passou a contar recentemente com cem especialistas. “Esta equipa presta suporte, numa base regional, a toda a empresa e implementa soluções de deteção e análise de ameaças cibernéticas, reais e potenciais, em ambientes de TI e industriais.”

Apesar da Siemens ter uma política de teletrabalho, sem limite de dias, a companhia tem “remodelado diversos edifícios na sua sede em Alfragide para acomodar estas equipas e ter espaços adequados às suas dinâmicas de trabalho”.

Os colaboradores dispõem de diferentes espaços de cowork, café, auditórios, zonas de relaxamento e concentração, salas de jogos de Arcade e de tabuleiro, matraquilhos e snooker, entre outros.

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Ativos financeiros internacionais de risco imediato na banca somam 92 mil milhões no fim de 2021

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

A exposição internacional imediata dos ativos financeiros dos bancos portugueses situava-se em 92 mil milhões de euros no final de 2021.

A exposição internacional imediata dos ativos financeiros dos bancos portugueses situava-se em 92 mil milhões de euros no final de 2021, valor semelhante ao final do terceiro trimestre do mesmo ano, informou o Banco de Portugal.

De acordo com as “estatísticas bancárias internacionais em base consolidada” relativas ao quarto trimestre de 2021 do Banco de Portugal, no período em análise, também a exposição em última instância dos bancos portugueses se manteve nos 93 mil milhões de euros de ativos financeiros. Destes ativos, 73% destes ativos localizavam-se na União Europeia.

Segundo o regulador e supervisor bancário, “a diferença entre a exposição de última instância e a imediata, no valor de mil milhões de euros, corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior”.

A exposição em última instância dos bancos portugueses a países da União Europeia e aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China) permaneceu superior à exposição imediata.

Já perante os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), a exposição imediata dos bancos portugueses era maior do que a exposição em última instância, sendo que parte dos ativos que estes detinham sobre entidades residentes nos PALOP eram garantidos por entidades residentes noutros países.

O Banco de Portugal explica que estas estatísticas apresentam duas perspetivas da exposição internacional dos bancos com sede em Portugal: a ótica da contraparte imediata (que corresponde ao total de ativos financeiros que os bancos portugueses detêm sobre o exterior, com exceção dos derivados financeiros, e que é equivalente à exposição total dos bancos portugueses relativamente ao exterior) e a ótica da última contraparte (que compreende todos os ativos financeiros, com exceção dos derivados financeiros, que são garantidos por um não residente, ou seja, todos os contratos nos quais existe uma entidade não residente que garante o respetivo cumprimento, na situação em que a entidade contratante não o faça).

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AIE revê significativamente em baixa procura mundial de petróleo para este ano

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Agência acredita agora que a procura global será este ano de cerca de 99,4 milhões de barris por dia, mais 1,9 milhões do que em 2021, mas menos 260.000 do que tinha previsto há um mês.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu significativamente em baixa as previsões da procura mundial de petróleo para este ano e, em princípio, não espera problemas graves de escassez, apesar da incerteza sobre o petróleo russo, foi anunciado esta quarta-feira.

No relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado esta quarta-feira, a AIE indica que os confinamentos impostos na China devido ao aparecimento de surtos de Covid-19 explicam uma grande parte desta revisão – que se concentra principalmente no segundo trimestre – em relação ao que tinha calculado em março.

A China absorveu menos 730.000 barris por dia do que o previsto em março, diferença que será de 925.000 barris por dia em abril e 690.000 barris por dia em maio, de acordo com as previsões da agência. Além disso, os dados do primeiro trimestre mostram que o consumo também ficou abaixo das expectativas, em particular nos Estados Unidos.

Somando todos estes elementos, os peritos da agência acreditam agora que a procura global será este ano de cerca de 99,4 milhões de barris por dia, mais 1,9 milhões do que em 2021, mas menos 260.000 do que tinham previsto há um mês.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu no relatório mensal divulgado na terça-feira a estimativa anterior em 410.000 barris por dia, colocando a projeção para 2021 como um todo em 100,5 milhões de barris por dia, o que seria mais 3,67 milhões do que no ano passado.

Do lado da oferta, a AIE – que reúne a maioria dos países desenvolvidos membros da OCDE – salienta que a produção e exportação de petróleo russo continuam a diminuir, no contexto da guerra na Ucrânia e das sanções impostas ou planeadas pelo Ocidente.

De acordo com os cálculos da AIE, no início de abril a produção já tinha diminuído cerca de 700.000 barris por dia, e esta tendência deverá intensificar-se, atingindo uma média de 1,5 milhões de barris por dia em abril e cerca de 3 milhões em maio.

É verdade que alguns compradores, especialmente na Ásia, estão a aproveitar-se da situação para comprar o petróleo russo com descontos significativos. Mas a AIE sublinha que não há sinais de aumento das quantidades importadas pela China, onde a Covid-19 reduziu a atividade das refinarias e a procura de petróleo.

A agência critica de uma forma ponderada, como tem vindo a fazer há semanas, a análise do mercado feita pela OPEP com os seus parceiros (o primeiro dos quais é a Rússia) sobre o facto de não haver escassez de oferta. Assim, descreve o aumento da produção anunciado pela aliança OPEP+ para o mês de maio como “modesto”, depois de recordar que em março o aumento foi de apenas 40.000 barris por dia, “muito abaixo” dos 400.000 que tinham sido planeados e menos 1,5 milhões do que era o seu objetivo.

Em todo o caso, espera que entre março e dezembro entrem no mercado mais 3,9 milhões de barris por dia, excluindo a Rússia, dos quais 1,9 milhões teriam de vir da OPEP+. Na Arábia Saudita, o aumento projetado é de 780.000 barris por dia.

Fora do cartel petrolífero, a principal contribuição deverá vir dos Estados Unidos, cuja produção aumentará este ano em 1,27 milhões de barris por dia.

Outro elemento para enfrentar tensões a curto prazo foi a decisão da AIE, em 1 de abril último, de libertar mais 120 milhões de barris das suas reservas estratégicas no mercado, seguindo uma medida semelhante um mês antes, por metade desse montante. Para os autores do relatório, esta decisão está na origem da queda dos preços do petróleo de cerca de 10 dólares por barril e “proporciona uma almofada crucial para os mercados e um alívio muito necessário para os países consumidores”.

Na opinião dos autores, isto “deverá evitar um grande défice” na oferta, embora ao mesmo tempo reconheçam uma “grande incerteza”, tendo em conta, entre outras coisas, que as reservas industriais da OCDE continuaram a diminuir em fevereiro pelo 14.º mês consecutivo e já se encontravam 320 milhões de barris abaixo da média dos últimos cinco anos.

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“Estamos longe de ter um verão descontraído e seguro”, diz Graça Freitas

Graça Freitas sinalizou que as medidas atualmente em vigor vão "continuar" enquanto se mostrarem protetoras e avisou que o país "está longe de ter um verão descontraído”.

A diretora-geral da Saúde afirmou esta quarta-feira que a “pandemia mantém uma transmissibilidade muito elevada, com tendência geral decrescente” e que a mortalidade específica por Covid é ainda “preocupante”. Nesse sentido, Graça Freitas sinalizou que as medidas atualmente em vigor, como o uso obrigatório de máscara em espaços fechados, vão “continuar” enquanto se mostrarem protetoras e avisou que o país está “longe de ter um verão descontraído e seguro”.

“A transmissibilidade é ainda muito elevada, com tendência geral decrescente e R(t) inferior a 1, mas o número de casos continua alto“, sinalizou a diretora-geral da Saúde, em declarações transmitidas pelas televisões, notando que na última semana foram registados cerca de 60 mil novos casos. “E esse número é superior aos picos das curvas epidémicas anteriores, com exceção para o último inverno. Por isso, estamos longe de ter um verão descontraído e seguro”, alertou.

Ao mesmo tempo, a responsável salientou ainda que a taxa de mortalidade específica por Covid-19 é ainda “preocupante”, estando atualmente nos “28,5 óbitos por milhão de habitantes a 14 dias”, isto é, como uma “tendência estável e muito ligeiramente decrescente” e acima do limiar dos 20 óbitos por milhão de habitantes, a 14 dias, recomendado pelo ECDC para considerar a pandemia controlada e a meta traçada pelo Executivo para levantar as últimas restrições pandémicas.

Nesse contexto, Graça Freitas não se compromete com uma data para a “libertação total”, que irá terminar com a obrigatoriedade de uso de máscara na generalidade dos espaços fechados, bem como com a exigência de apresentação de teste negativo ao SARS-CoV-2 para as visitas aos serviços de saúde e lares (excluído as pessoas que tenham certificado de recuperação ou dose de reforço), sublinhando que temos que ser “muito cautelosos com as projeções” e que as medidas em vigor vão manter-se enquanto se mostrarem “protetoras e seguras”.

E sinaliza que mesmo quantos estas medidas forem levantadas, as autoridades de saúde vão continuar a recomendar o uso de máscara para os serviços de saúde e lares de idosos. Recorde-se que o Governo prolongou a situação de alerta, mantendo as medidas em vigor, até 22 de abril.

Por fim, e tendo em conta que se aproxima a Páscoa, período festivo habitualmente de maior convívio, a diretora-geral da Saúde aproveitou ainda para deixar algumas recomendações, apelando aos cidadãos para terem cuidados especiais com os mais vulneráveis, mas não só. “Os doentes com Covid 19 devem manter-se isolados, em espaços fechados continuamos a recomendar o arejamento e obviamente ainda continuamos a recomendar uso de mascara em espaços fechados”, disse. Como “cautela”, Graça Freitas recomendou ainda “manter a distância física com quem não se convive habitualmente”, fazer um teste à Covid antes dos encontros familiares e manter as habituais medidas de higienização das mãos.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h16)

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Autarcas querem estrutura de reflexão que agrupe um conjunto de municípios do Centro

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Cimeira regional reúne 13 autarcas do “corredor ibérico” entre Figueira da Foz e fronteira espanhola; reivindicam requalificação do IC8, construção do IC31, e políticas de discriminação positiva.

Treze autarcas do “corredor ibérico”, entre a Figueira da Foz e a fronteira com Espanha, estiveram reunidos para discutir a criação de uma estrutura de reflexão que agregue um conjunto de municípios da região Centro.

“É hora de dizer basta à continuidade de privilégios atribuídos às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto sob a forma de investimentos e políticas públicas”, disse esta quarta-feira à agência Lusa, o anfitrião da reunião e presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Marques Jorge.

O desafio para a criação desta estrutura foi lançado por este autarca do distrito de Castelo Branco e o objetivo passa pela identificação das necessidades infraestruturais e de políticas legislativas deste território que culminem num documento a enviar ao Governo.

“Toda esta região [referenciada pelo eixo Figueira da Foz-fronteira] está repleta de belezas de todo o tipo – da gastronomia às paisagens – e de gente trabalhadora e criativa. Mas tem sido sempre secundarizada. Em meu entender, só uma união séria e ativa dos autarcas pode fazer face a este fado contínuo”, afirmou.

Os autarcas apontaram a necessidade “urgente” de conclusão e requalificação do IC8 (itinerário complementar que liga a A17, na zona de Pombal, à A23, em Vila Velha de Ródão), da construção do IC31 (entre a fronteira e a A23, em Castelo Branco – colocando a região no eixo Lisboa-Madrid), da região ser encarada como um território possível para acolher o futuro aeroporto, e de ser dada prioridade à criação de políticas e efetivas de discriminação positiva.

“Desde há muito que medito sobre a forma de fazermos valer a força que temos nesta região Centro, desde a fronteira com Espanha até ao litoral. Sistematicamente, Governo após Governo, em épocas eleitorais, prometem um não acabar de promessas, logo esquecidas salvo raras exceções”, sustentou Fernando Marques Jorge.

Os autarcas presentes na reunião concordaram que este processo de união de concelhos pela região Centro tem de ter o envolvimento das respetivas comunidades intermunicipais (CIM) para a elaboração de um documento a ser debatido no Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para chegar ao Governo.

“Os cidadãos do interior pagam mais de taxa de resíduos do que os de Lisboa. Alguém entende isto? O mesmo se passa com os passes sociais. Nos grandes centros são suportados pelo Estado e no interior têm de ser as câmaras a custear estes custos. “Todos nos queixamos do mesmo, a união é que faz a força”, concluiu o presidente da Câmara de Oleiros.

Nesta primeira “cimeira autárquica regional” estiveram presentes Arganil, Castelo Branco, Coimbra, Condeixa, Fundão, Idanha-a-Nova, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei, Vila Nova de Poiares, Vila Velha de Ródão e Pombal.

Outros municípios da região Centro, (casos da Figueira da Foz, Covilhã, Batalha, Pampilhosa da Serra, entre outros) justificaram a sua ausência, por motivos de agenda.

Segundo Fernando Marques Jorge, os ausentes expressaram “total solidariedade” à proposta de criar um manifesto de interesses coletivo que defenda e posicione toda a região Centro, no momento em que arrancam o Plano de Recuperação e Resiliência e um novo quadro comunitário de apoio para 2021-2027, ambos apoiados por fundos europeus.

Dando continuidade a esta iniciativa, está prevista uma nova reunião de autarcas em data e local a definir.

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Boston Consulting Group abre escritório no metaverso

Este novo espaço, que se junta aos 34 escritórios que a BCG GAMMA tem em todo o mundo, servirá de ponto de encontro para conferências, reuniões internas e eventos de recrutamento.

A BCG GAMMA, a divisão de inteligência artificial da Boston Consulting Group (BCG), anunciou a abertura do seu primeiro escritório em The Sandbox, um metaverso baseado na tecnologia de blockchain da Ethereum. A BCG torna-se, assim, uma das primeiras empresas de consultoria estratégica a adotar esta tecnologia e uma das pioneiras a ter presença neste espaço virtual.

“Com este lançamento, queremos estar na vanguarda da tecnologia e da inovação para podermos oferecer diferentes formas de os nossos stakeholders se ligarem a nós”, afirma Sylvain Duranton, diretor-geral & sócio sénior da BCG e global leader da BCG GAMMA, em comunicado.

Este novo espaço, que se junta aos 34 escritórios que a BCG GAMMA tem em todo o mundo, servirá de ponto de encontro para conferências, reuniões internas e eventos de recrutamento.

Segundo um estudo da consultora, o mercado de metaverso deverá alcançar os 1,3 biliões de dólares em 2030, valor justificado pelas possibilidades que traz às marcas e aos consumidores. Esta tecnologia permite um envolvimento imersivo do cliente, ou seja, dá-lhe a possibilidade de se ligar a um nível mais profundo e criar comunidades e experiências virtuais únicas, além de permitir também realizar demonstrações de produto remotas virtuais e testar conceitos de produtos sem protótipos dispendiosos.

No âmbito deste lançamento, a BCG GAMMA irá organizar, no dia 28 de abril, o webinar “Ignite”, um evento virtual de recrutamento onde será apresentada a sua visão do metaverso e da nova era da transformação digital. Durante o encontro, irá refletir-se sobre as megatendências nas novas realidades virtuais e o seu impacto na emergência de novos modelos de negócio, tecnologias e perfis profissionais.

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Euribor a 12 meses regressa a terreno negativo

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Euribor descem em todos os prazos, a 12 meses regressa a terreno negativo nos -0,014%, a seis meses recua para -0,328%, e a três meses baixa para para -0,448%.

As taxas Euribor desceram esta quarta-feira em todos os prazos e regressaram a terreno negativo a 12 meses, depois dos máximos de terça-feira.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor desceu esta quarta-feira, ao ser fixada em -0,014%, menos 0,19 pontos que na terça-feira, quando disparou para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, contra o atual mínimo de sempre, de -0,518%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também recuou esta quarta-feira, para -0,328%, menos 0,008 pontos do que na terça-feira, quando subiu para -0,320%, um novo máximo desde agosto de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,554%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

No mesmo sentido, a três meses, a Euribor baixou para -0,448%, menos 0,015 pontos, também depois de na terça-feira ter subido para -0,433%, um novo máximo desde agosto de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,605%, verificado em 14 de dezembro de 2021.

As Euribor têm estado voláteis, mas sob pressão, desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, depois de terem começado a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, após o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido à subida da inflação na zona euro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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PLMJ assessora SCG Chemicals na aquisição do controlo da Sirplaste

A operação foi liderada pelo sócio co-coordenador da área de Corporate M&A da PLMJ Diogo Perestrelo e uma equipa coordenada por Rita Albuquerque, associada coordenadora.

A sociedade de advogados PLMJ assessorou a SCG Chemicals, empresa da indústria petroquímica do continente asiático, na aquisição de uma posição de controlo na Sirplaste, empresa portuguesa na reciclagem de resíduos plásticos.

A operação foi liderada pelo sócio co-coordenador da área de Corporate M&A da PLMJ Diogo Perestrelo e uma equipa coordenada por Rita Albuquerque, que integrou Carolina Martins Correia e Beatriz Veiga Santos, da equipa de Corporate M&A. Contou ainda com a participação de Mariana Guisado, da equipa de Resolução de Litígios.

A aquisição foi feita através da SCG Singapore, subsidiária da SCG Chemicals, Tailândia, detidas pela The Siam Cement Puclic Company Limited. A SCG Chemicals é uma das maiores empresas petroquímicas do continente asiático, com uma posição de liderança no setor e com um projeto de expansão para a Europa.

A Sirplaste é a maior empresa portuguesa de reciclagem de plásticos, com uma capacidade anual de 36.000 toneladas métricas, com atividade em Portugal e presença destacada noutras geografias europeias.

“O investimento na Sirplaste é um passo importante na estratégia da SCG Chemicals de reforço do seu posicionamento no negócio de reciclagem de plástico, com vista à criação de novas oportunidades no desenvolvimento e melhoria da tecnologia de reciclagem, bem como uma expansão dos canais de vendas no mercado europeu“, refere a firma.

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As regras do jogo mudaram e é preciso alterar a tática

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  • 13 Abril 2022

Ricardo Carneiro, Diretor de Recrutamento e Seleção Especializado na Multipessoal, fala da transformação que está em marcha, com novas prioridades para as organizações. "Já não há ponto de retorno".

Volvidos dois anos de mudanças, reinvenções e ajustes, falar simplesmente em adaptação é, hoje, uma visão bastante acanhada e obsoleta daquela que é a realidade atual do mercado de trabalho. Assumamos os factos: transitamos para um momento de transformação, de reestruturação mais sustentada e mais profunda. Novos modelos de trabalho, novos hábitos e rotinas e, acima de tudo, novas preocupações e prioridades manifestam-se agora como algo permanente e, inevitavelmente, algo que as organizações não podem ignorar. Já não há ponto de retorno.

A inversão das dinâmicas de poder é, possivelmente, um dos elementos-chave nesta nova era: num mercado marcadamente candidate-driven, a balança pende para o lado dos profissionais, e os desafios ao nível da atração e retenção de talento emergem como a grande preocupação por parte dos empregadores.

Ricardo Carneiro, Diretor de Recrutamento e Seleção Especializado na Multipessoal

Ainda que muitas empresas manifestem a vontade de voltar ao “normal” e recuperar os modelos e estruturas pré-pandémicos, a questão há muito que deixou de ser tão simples. Lembram-se da lógica hierárquica estilo command and control? Também ficou lá para trás. Os novos tempos transformaram-na em algo como listen and take action.

Nunca a afirmação “os negócios são feitos de pessoas” teve tanta importância. Hoje, é imperativo que sirva de mantra às lideranças e que esteja na base de qualquer estratégia empresarial, independentemente do setor de atividade ou da dimensão da organização. Dos departamentos de recursos humanos à gestão de topo, é preciso desenvolver a consciência de que as pessoas não são um tema circunstancial, mas sim um tema para o presente e para o futuro.

"Quando falamos em transformação, falamos, antes de mais, da cultura e dos valores das organizações; falamos de trocar verbos como “controlar” ou “chefiar” por ações como “acompanhar”, “formar” e “mentorear””

Ricardo Carneiro

Diretor de Recrutamento e Seleção Especializado na Multipessoal

Em termos práticos, é fundamental compreender que o trabalho de recrutamento não se esgota no onboarding de um colaborador e deve ser entendido como um processo contínuo e a longo prazo, transversal às várias áreas e estruturas que compõem a empresa.

As lideranças devem interiorizar que o esforço está na atração permanente para criar relações duradouras que potenciem lealdade, satisfação e um compromisso sustentável. Quando falamos em transformação, falamos, antes de mais, da cultura e dos valores das organizações; falamos de trocar verbos como “controlar” ou “chefiar” por ações como “acompanhar”, “formar” e “mentorear”. Da mesma forma, não podemos esquecer que o talento tem, hoje, uma nova voz – muito mais clara, esclarecida, consciente e assertiva. Ignorar esta voz é, porventura, tão contraproducente como ignorar a voz dos clientes ou parceiros de negócio.

Ora, as empresas têm aqui, simultaneamente, um desafio e uma oportunidade: podem optar pela abordagem aparentemente mais fácil e voltar a impor os modelos e metodologias tradicionais de trabalho, ou aproveitar para desafiar esse status quo e tirar partido das aprendizagens conquistadas nos últimos anos para repensar e otimizar a relação que têm com as suas pessoas. Por esta altura, penso que é fácil antever qual das opções terá melhor retorno…

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Inflação acelera para 7% em março no Reino Unido, um máximo de 30 anos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Abril 2022

Preços no consumidor no Reino Unido atingem máximos de três décadas. Custos das matérias-primas e dos combustíveis para automóveis foram os maiores impulsionadores da subida da inflação.

A inflação no Reino Unido atingiu máximos de 30 anos, acelerando para 7% em março e agravando o custo de vida que ameaça a recuperação económica pós-pandemia, noticia a Bloomberg.

A impulsionar a subida da inflação estiveram aumentos na generalidade das componentes, com destaque para o custo das matérias-primas, que registou uma subida recorde de 19,2%, e para os combustíveis automóveis, que aceleraram 9,9% desde fevereiro, o maior aumento em 31 anos. O custo das refeições em restaurantes, hotéis, mobiliário, vestuário e calçado também contribuíram para a subida.

Os dados de março, que marcam o sexto mês consecutivo em que a inflação excede as estimativas dos economistas, antecedem a próxima reunião do banco central do Reino Unido, na qual os decisores políticos irão atualizar as previsões. As estimativas do Banco de Inglaterra para os próximos meses apontam para uma subida da inflação para 8%, sendo esperado que volte a aumentar as taxas de juro no início de maio.

Face à previsão de uma subida ainda maior dos preços neste mês, aumenta também a pressão sobre o Governo britânico e o Banco de Inglaterra para agir, numa altura em que os custos da energia, que subiram 54%, atingem as contas das famílias.

Esta quarta-feira, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, afirmou que o país está a assistir “ao aumento dos custos causado pelas pressões globais” nas cadeias de abastecimento e nos mercados energéticos, que “poderiam ser ainda mais exacerbados pela agressão russa na Ucrânia”. “Sei que este é um momento preocupante para muitas famílias e é por isso que estamos a tomar medidas para aliviar os encargos, sublinhou.

“A crise do custo de vida na Grã-Bretanha – no bom caminho para ser a maior desde meados dos anos 70 – continuará a agravar-se antes de começar a abrandar em algum momento do próximo ano”, disse Jack Leslie, economista sénior da Resolution Foundation, um think tank britânico que faz campanha contra a pobreza, citado pela Bloomberg.

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INE espanhol confirma inflação de 9,8% em março em Espanha

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

INE espanhol confirma inflação homóloga de 9,8%, um recorde desde maio de 1985. Valor mantém-se igual ao anunciado em 30 de março e supera inflação de 7,6% em fevereiro.

O Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) confirmou que a inflação homóloga em Espanha se situou em março nos 9,8%, o nível mais alto desde maio de 1985, devido ao aumento dos preços da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos.

O IPC publicado esta quarta-feira pelo INE permaneceu inalterado em relação ao valor estimado anunciado em 30 de março e é 2,2 pontos percentuais superior ao valor de fevereiro, que foi de 7,6%.

Destes 2,2 pontos de diferença, os maiores contribuintes foram o grupo habitacional (0,9 pontos), devido ao aumento da eletricidade, e o dos transportes (0,7 pontos), devido à subida dos preços dos combustíveis.

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