Siza Vieira é o novo sócio da PLMJ

O ex-ministro da Economia de António Costa vai coordenar, na PLMJ, uma equipa multidisciplinar dedicada à assessoria às empresas e ao setor financeiro.

Pedro Siza Vieira regressa à advocacia e junta-se ao colégio de sócios da PLMJ a partir de setembro, para coordenar uma equipa multidisciplinar dedicada à assessoria às empresas e ao setor financeiro. Entre 2017 e até ao início de 2022 foi ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital do Governo socialista de António Costa.

Esta integração foi aprovada por unanimidade esta quarta-feira em Assembleia Geral de Sócios da PLMJ. Os sócios lembraram que a vinda de Pedro Siza Vieira era algo que o escritório ambicionava há muitos anos, quando o ex-ministro estava ainda na Linklaters, e que agora “finalmente” aconteceu.

Com uma carreira de três décadas de advogado, tendo liderado operações relevantes da economia portuguesa e “contribuído para a modernização do setor da advocacia”, Pedro Siza Vieira vem reforçar a equipa da PLMJ, “trazendo um conhecimento profundo e ímpar do tecido empresarial português, bem como uma vasta experiência na assessoria a clientes portugueses e internacionais em grandes projetos, transações e arbitragens”, segundo fonte oficial do escritório.

Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ defende que esta contratação do Pedro Siza Vieira “deixa-nos especialmente entusiasmados. O Pedro tem uma carreira brilhante na advocacia, acompanhou alguns dos projetos mais estruturantes da economia portuguesa e tem um reconhecimento nacional e internacional assinaláveis, quer pela sua carreira de advogado, quer pela forma como se envolveu, ao longo das últimas décadas, em projetos de promoção do desenvolvimento económico e em particular do tecido empresarial português. Para a PLMJ, que assumiu em 2018 um posicionamento muito claro de um escritório que está ao lado das maiores empresas nacionais e dos principais investidores em projetos no nosso país, tê-lo connosco reafirma e consolida essa visão e vai seguramente representar um acelerador desta nossa missão”.

Pedro Siza Vieira explica que foi “com muito entusiasmo que aceitei o convite da PLMJ para me integrar na equipa como sócio. Na PLMJ encontrei uma equipa extremamente motivada e de elevadíssima qualidade, com uma visão sobre a nossa profissão e o modo de operar em sociedade muito alinhada com a minha. Nos últimos anos, a PLMJ operou uma grande transformação em termos de organização, de métodos e de equipas, e tendo assegurado um rejuvenescimento significativo da equipa, manteve-se no topo do seu mercado. Estou muito satisfeito com a perspetiva de regressar à profissão que é a minha há trinta anos e que interrompi nos últimos tempos, e de poder contribuir para melhor servir as empresas nacionais e os investidores estrangeiros que procuram o nosso país”.

Como advogado, Pedro Siza Vieira passou pela Morais Leitão, J. Galvão Teles, & Associados (como então se designava), onde foi sócio a partir de 1997. Fundou depois o escritório da Linklaters em Lisboa, onde foi managing partner entre 2006 e 2016.

Ao longo da sua carreira, desempenhou funções na direção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, foi presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem, integrou a Comissão Executiva da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas e foi Professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

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Governo aponta eleições na ADSE para novembro

As eleições para os beneficiários titulares escolherem os seus representantes no Conselho Geral e de Supervisão da ADSE atrasaram-se devido à pandemia e à tomada de posse do novo Governo.

As eleições para os representantes dos beneficiários titulares da ADSE no Conselho Geral e de Supervisão (CGS) têm vindo a arrastar-se devido à pandemia, bem como pela espera pela tomada de posse do atual Governo, mas deverão ser convocadas para o próximo mês de novembro. A previsão foi apontada pela secretária de Estado da Administração Pública à associação de beneficiários 30 de Julho.

A secretária de Estado que vai ficar responsável pela pasta do subsistema de saúde dos funcionários públicos reuniu com a associação esta terça-feira, num encontro onde foi analisado o projeto de “Regulamento do Processo Eleitoral dos Membros Representantes dos Beneficiários Titulares da ADSE, I.P., no Conselho Geral e de Supervisão” proposto, segundo indica a associação em comunicado.

“A Senhora Secretária de Estado garantiu que irão ser desenvolvidos todos os esforços possíveis para garantir uma ampla participação e anunciou a intenção de virem a ser convocadas as eleições para novembro próximo“, adiantam.

A associação vai dar um contributo escrito sobre o projeto, “tendo desde logo salientado a importância de se garantir condições de igualdade para todas as candidaturas, designadamente no que respeita aos candidatos que estão no ativo, e uma ampla divulgação do processo eleitoral por forma a permitir um aumento significativo da participação dos beneficiários no ato eleitoral”.

As eleições servem para os beneficiários titulares escolherem os seus quatro representantes no Conselho Geral e de Supervisão do instituto público. Foi já em setembro do ano passado que o CGS aprovou um documento com recomendações para o processo eleitoral. Nele, é indicado que a “pandemia Covid-19 e as consequentes dificuldades de deslocação e contactos provocaram o adiamento do ato eleitoral”, mas que no momento “existem condições para avançar com o processo eleitoral”.

Isto depois de numa reunião em junho do ano passado, o conselho diretivo informar que mantém como proposta o atual regulamento eleitoral, “ficando a aguardar as contribuições do CGS, antes de aprovar a proposta de regulamento eleitoral a submeter às tutelas”.

Após a aprovação das recomendações pelo CGS, foi publicada uma nota na página da ADSE onde se lê que o conselho diretivo “está a elaborar a proposta de regulamento eleitoral para a eleição dos representantes dos beneficiários titulares da ADSE no Conselho Geral e de Supervisão (CGS), considerando, para este efeito, as recomendações aprovadas por este órgão no passado dia 21 de setembro”. “O regulamento, que se destina a reger e organizar o processo de eleição, será posteriormente enviado às tutelas”, continuava a nota, sendo que “as eleições serão marcadas no prazo que vier a ser definido pelo regulamento, após a sua publicação em Diário da República“.

Na reunião foram também discutidos temas como a relação com os prestadores privados, as regras e valores das Tabelas do Regime Convencionado e atrasos nos reembolsos. A secretária de Estado e da Administração Pública “reiterou a sua intenção de promover as melhores soluções para os vários problemas referidos, tendo sempre em vista a sustentabilidade da ADSE e a criação das melhores condições de proteção da saúde dos beneficiários”, salienta a associação.

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Portugal empurra 793 milhões de dívida para 2028 e 2035

O IGCP recomprou 793 milhões de euros em dívida que vencia em 2023 e 2024, trocando-a por obrigações com maturidade em 2028 e 2035. Alivia as necessidades de reembolso nos próximos anos.

Portugal conseguiu recomprar 793 milhões de euros em obrigações do Tesouro que venciam nos próximos dois anos, trocando por dívida com prazos de seis anos e de 13 anos. Com esta operação, o IGCP “empurra” os reembolsos de dívida para mais tarde, aliviando as necessidades financeiras entre 2023 e 2024.

Como contrapartida para adquirir estes títulos, a agência que gere a dívida pública emitiu junto dos investidores um total de 763 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2028 e 2035. A diferença de 30 milhões entre o montante recomprado e emitido resultará de ajustamentos nos preços de recompra de antigos títulos e de venda dos novos.

De acordo com o IGCP, foram recomprados antecipadamente 538 milhões de euros em obrigações com maturidade em outubro de 2023 e 255 milhões de euros em obrigações com maturidade em fevereiro de 2024.

Em troca, os investidores aceitaram 531 milhões de euros em títulos com maturidade em 2028 e 232 milhões de euros em títulos com maturidade em 2035.

Portugal enfrenta um calendário de reembolsos desafiante nos próximos anos, também tendo em conta a pressão que o país já está a sentir com o aumento dos custos de financiamento. Já em outubro terá de devolver cerca de 8,4 mil milhões de euros aos investidores, sendo que Cristina Casalinho já disse ao ECO que o país “beneficia de uma posição confortável” para fazer esse pagamento daqui a três meses.

Em relação a 2023 e 2024, os reembolsos atingirão os 11,1 mil milhões de euros e os 10,7 mil milhões. Faz parte da estratégia do IGCP “alisar” as necessidades financeiras ao longo dos anos através de operações de troca de dívida como esta ou de recompra antecipada de títulos.

Esta operação surge numa altura em que os juros da dívida da periferia da Zona Euro têm acelerado com a perspetiva de subida das taxas do Banco Central Europeu (BCE). O banco central vai aumentar as taxas em 25 pontos na reunião de 21 deste mês e a subida prevista para a reunião de setembro poderá ser maior se as pressões inflacionistas persistirem, segundo admitiu Christine Lagarde na semana passada em Sintra.

Face ao agravamento dos juros da dívida de países como Itália e Portugal, o BCE anunciou um novo instrumento para “controlar” os diferenciais em relação à Alemanha. Os detalhes deste escudo anti-crise serão divulgados daqui a duas semanas.

(Notícia atualizada às 11h15)

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Amazon Prime aceita alterar práticas de cancelamento na UE

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A partir de 1 de julho, a Amazon comprometeu-se a fazer alterações ao serviço de cancelamento do serviço Amazon Prime, utilizando apenas dois cliques e um botão de cancelamento claro e visível.

A Amazon vai facilitar o cancelamento do serviço de subscrição Amazon Prime, que dá acesso a entregas grátis e ao serviço de streaming de vídeo, depois de dialogar com a Comissão Europeia no sentido de cumprir regras europeias.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC), em comunicado publicado na sua página de internet, informa que a Amazon se comprometeu “a partir de” 1 de julho a fazer alterações ao serviço de cancelamento do serviço Amazon Prime, utilizando apenas dois cliques e um botão de cancelamento claro e visível e seguindo as regras de proteção do consumidor da União Europeia.

“A empresa comprometeu-se a implementar estas alterações em todos os seus websites disponíveis na União Europeia e para todos os dispositivos”, acrescenta.

Esta medida terá resultado de um diálogo desenvolvido pela Comissão Europeia e pelas autoridades nacionais de proteção do consumidor com a empresa, no âmbito de um processo iniciado em 2021, no seguimento de queixas apresentadas por várias entidades denunciando dificuldades dos utilizadores europeus no cancelamento daquele serviço, nomeadamente devido a “menus confusos e informações pouco claras”.

A DGC adianta que a situação vai continuar a ser monitorizada pela Comissão Europeia e pelas autoridades nacionais.

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José Luis Martín Zabala é o novo managing director da Sage para Portugal e Espanha

O profissional já ocupou cargos de responsabilidade em empresas internacionais como a SAP, a Lexmark, a Symantec e a Panda Software.

A Sage acaba de anunciar a nomeação de José Luis Martín Zabala como novo managing director para Portugal e Espanha. O executivo juntou-se à empresa que atua no mercado de soluções de gestão empresarial na Cloud em 2016 e, até ao momento, exercia funções de VP indirect sales & accountants.

“Para além de ser um desafio entusiasmante, para mim é um privilégio assumir este cargo num momento tão importante para a Sage a nível mundial. Com o lançamento da nova marca, há alguns meses, reforçámos a nossa ligação e proximidade com os clientes e parceiros, ao mesmo tempo que continuámos a construir uma rede digital de confiança e conhecimento – à qual queremos adicionar a maioria dos agentes que contribuem para o crescimento económico, a sustentabilidade e a melhoria social, tanto em Portugal como em Espanha”, comenta José Luis Martín Zabala, em comunicado.

Com uma longa carreira profissional, José Luis Martín Zabala já ocupou cargos de responsabilidade em empresas internacionais como a SAP, a Lexmark, a Symantec e a Panda Software.

A nível académico, o profissional é licenciado em Direito e diplomado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidad Complutense de Madrid. Mais tarde, especializou-se em Dealing & Negotiation de TI e concluiu ainda um mestrado em Innovation Management & IT Governance, ambos na IE Business School. Mais recentemente, frequentou o Programa PADDB+ de Digital Business pela The Valley Business School.

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PS inviabiliza audição de Pedro Nuno Santos no Parlamento

O Partido Socialista votou contra as propostas de partidos da oposição para ouvir o ministro das Infraestruturas a propósito da polémica que quase levou à sua demissão.

O PS votou contra os requerimentos dos partidos da oposição para ouvir o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação do Parlamento, a propósito da revogação do despacho sobre os novos aeroportos pelo primeiro-ministro.

Pedro Nuno Santos anunciou na quarta-feira passada um novo plano para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, com a construção de uma nova infraestrutura no Montijo, até 2026, e de um segundo aeroporto de raiz em Alcochete, no prazo de 10 a 15 anos. O plano chegou ao Diário da República sob a forma de um despacho, que seria revogado no dia seguinte pelo primeiro-ministro, António Costa.

“O primeiro-ministro reafirma que a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação prévia ao senhor Presidente da República”, dizia o comunicado enviado pelo gabinete de António Costa às redações.

A revogação quase levou à demissão do ministro das Infraestruturas, que acabou por manter-se no cargo após uma reunião em São Bento com António Costa. Pedro Nuno Santos assumiu ter-se tratado de uma “falha relevante”.

A decisão de inviabilizar a audição foi criticada pelos partidos da oposição, que acusaram o PS de usar a maioria absoluta para impedir que Pedro Nuno Santos esclarecesse a polémica no Parlamento.

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Critical Software quer recrutar pessoas neurodiversas. Candidaturas abertas até 9 de julho

O Programa Neurodiversidade pretende encontrar pessoas neurodiversas motivadas pela área tecnológica e que possam integrar as equipas de teste e de desenvolvimento de software.

A Critical Software decidiu avançar com a segunda edição do Programa de Neurodiversidade, desta vez em conjunto com a Critical TechWorks e a Critical Manufacturing. A iniciativa, que deu origem à contratação de sete profissionais na sua primeira edição, pretende encontrar pessoas neurodiversas motivadas pela área tecnológica e que possam integrar as equipas de teste e de desenvolvimento de software. As inscrições estão abertas até este sábado, 9 de julho.

“A Critical Software sempre recebeu profissionais com diferentes perfis e competências e vimos, na primeira edição do Programa de Neurodiversidade, que há muita vontade de aprender e integrar equipas de trabalho multidisciplinares. 85% das pessoas com diagnóstico confirmado de autismo estão numa situação de desemprego e nós, juntamente com os nossos parceiros neste projeto, queremos fazer a nossa parte para combater este problema”, explica Catarina Fonseca, coordenadora do Programa de Neurodiversidade da Critical Software, citada em comunicado.

São elegíveis pessoas com mais de 18 anos que tenham um diagnóstico de autismo/Asperger com claro interesse pela área de TI e um nível médio de inglês. Os candidatos deverão ter também conhecimentos de uma linguagem de programação para conseguirem integrar os projetos de engenharia.

As candidaturas já estão a decorrer e fecham no dia 9 de julho. Os interessados podem inscrever-se através do formulário de inscrição no website ou enviar o currículo para [email protected]. A fase de formação será em setembro e, em novembro, os novos colaboradores da Critical Software começarão a trabalhar na empresa.

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Comissão Europeia apresenta este mês plano de emergência para precaver corte do gás russo

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A presidente da Comissão Europeia anunciou no Parlamento Europeu que o seu Executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para o caso de a Rússia fechar a torneira do gás à Europa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou esta quarta-feira perante o Parlamento Europeu que o seu Executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo.

“Precisamos de nos preparar para novas perturbações no fornecimento de gás, até mesmo para um corte total da Rússia. Atualmente, no total, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais do fornecimento de gás. É óbvio: [o Presidente russo, Vladimir] Putin continua a utilizar a energia como uma arma”, afirmou, num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre a presidência semestral checa do Conselho da UE, que teve início em 1 de julho.

Von der Leyen anunciou então que “é por esta razão que a Comissão está a trabalhar num plano de emergência europeu”, que apresentará “em meados de julho”.

“Os Estados-membros já têm os seus planos nacionais de emergência em vigor. Isso é bom, mas precisamos de coordenação europeia e de ação comum. Precisamos de assegurar que, em caso de rutura total, o gás flui para onde é mais necessário. Temos de assegurar a solidariedade europeia. E precisamos de proteger o mercado único, bem como as cadeias de abastecimento da indústria”, disse.

A presidente do executivo comunitário sublinhou que os 27 não podem esquecer “a amarga lição” aprendida no início da pandemia da Covid-19, em 2020, comentando que “o egoísmo e o protecionismo conduzem apenas à desunião e à fragmentação”. “Como sempre, esperamos o melhor, mas preparamo-nos para o pior. Temos um trabalho árduo à nossa frente. Mas, tal como nas últimas semanas, a unidade trará sucesso”, disse.

Ainda em matéria de política energética, a presidente da Comissão observou que “alguns dizem que, no novo ambiente de segurança após a agressão da Rússia, é preciso abrandar a transição verde”, mas argumentou que “o oposto é que é verdade”.

“Se todos nós não fizermos mais do que competir com combustíveis fósseis limitados, os preços vão explodir ainda mais e encher o cofre de guerra de Putin. A melhor, mais limpa e mais segura maneira de sair da nossa dependência são as energias renováveis. Portanto, o novo ambiente de segurança é o melhor argumento para acelerar a implantação das energias renováveis. As energias renováveis são de origem caseira. Elas dão-nos independência dos combustíveis fósseis russos. São mais rentáveis. E são mais limpas”, defendeu.

Por seu lado, o primeiro-ministro checo, Petr Fiala, ao apresentar as prioridades de Praga para o segundo semestre do ano, destacou também a segurança energética, e indicou que “o caminho que a presidência checa quer seguir é principalmente trabalhar em projetos europeus comuns” que ajudem o bloco a libertar-se da sua dependência da Rússia, no que classificou como “desrussificação” do fornecimento de energia.

“Estamos prontos a trabalhar na coordenação dos ‘stocks’ de gás antes do próximo inverno e a promover a compra voluntária conjunta, seguindo o modelo que provou o seu valor durante a crise da Covid-19. Devemos ter sempre em mente que podemos encontrar-nos numa situação em que a solidariedade entre os Estados-Membros é mais do que nunca necessária”, disse.

Fiala defendeu, contudo, que, a fim de a UE se tornar independente da Rússia, é necessário “aproveitar todas as oportunidades que as condições geográficas permitam”, pelo que não deve ser imposta uma solução única para os 27.

“Devido à dimensão da União e ao número de Estados-membros, não existe uma solução única. Cada Estado-membro deve poder escolher o cabaz energético que melhor se adapte às suas próprias condições e que lhe permita tanto cumprir os seus objetivos climáticos, como libertar-se do abastecimento energético russo”, declarou.

A guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país no final de fevereiro passado, agravou a situação de crise energética em que a UE já se encontrava. As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

Na última cimeira de líderes da UE, celebrada em 23 e 24 de junho em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, também defendeu que a União Europeia deve chegar ao outono “com outra situação” energética, dada a dependência da Rússia, admitindo ainda “riscos globais” no fornecimento do gás, apesar da baixa dependência de Portugal.

“É fundamental chegarmos ao outono com outra situação porque nessa altura o consumo de energia vai aumentar, sobretudo nos países mais frios, que são também os mais dependentes do fornecimento de energia por parte da Rússia”, disse o chefe de Governo, falando em conferência de imprensa no final do Conselho Europeu.

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O papel dos RH: a opinião do area manager da zona centro da Adecco

  • Pessoas + Adecco
  • 6 Julho 2022

A forma como o departamento de RH é visto nas empresas tem vindo a mudar? Qual a sua importância para o mundo empresarial? Miguel Saúde, área manager da zona centro da Adecco, responde.

Miguel Saúde, area manager da zona centro da Adecco, reconhece que o papel dos departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas está a mudar. De acordo com o especialista, licenciado em sociologia pela Faculdade e Economia da Universidade de Coimbra, em muitos casos, são já encarados como business partners. Fizemos-lhe três questões sobre o papel dos RH nas empresas.

  1. Porque é que é tão importante o papel da empresa de Recursos Humanos (RH)?
    Há uma mudança de paradigma relativamente à forma como o departamento de RH das empresas é encarado pelos gestores que passaram, em muitos casos, a ser considerados como business partners. A ação do departamento passou a ser considerada ainda mais crítica para o negócio, num contexto de crescentes desafios na componente de atração e retenção de colaboradores. Tornou-se crucial para as empresas terem parceiros especialistas que os suportem nos desafios mencionados ou, em alguns casos, que permitam libertar o departamento de RH para ações de desenvolvimento críticas para a organização. Desta forma, as empresas de consultoria de RH também se tiveram de adaptar a esta realidade, na medida em que as motivações que levam uma empresa a recorrer aos seus serviços se modificaram também. A expetativa dos clientes é que abracemos um papel efetivo de consultora. Na nossa ação têm de estar pressupostas medidas que nos permitam recolher informação crítica, nomeadamente: qualidade do onboarding dos colaboradores; adaptação ao posto de trabalho; satisfação com o nosso acompanhamento; entrevistas de desvinculação, etc.; e a coordenação de ações corretivas com o cliente.
  2. O que torna um recrutamento eficaz e o que leva os candidatos a preferir uma consultora de RH?
    A eficácia do recrutamento afere-se quando todo o processo decorre para garantir o match entre aquilo que são as expetativas do cliente e do candidato. Na Adecco, preconizamos que os nossos profissionais de recrutamento e seleção obtenham o máximo de informação possível sobre determinado posto de trabalho (clima social, condições físicas, estilo de management, funções, qualificações) para reduzir a margem de erro que poderá ocorrer neste ‘jogo’ de expetativas. Mas de nada servirá se, enquanto empresa RH, eu não tiver a credibilidade e a capacidade para atrair os melhores candidatos e colaboradores. E esta fiabilidade só é garantida pelas empresas de RH com procedimentos e regras muito claras e transparentes no que diz respeito à interação com o referido público. Garantir canais de comunicação eficientes para responder/resolver as suas questões, promover a comunicação atempada em toda a jornada do candidato na sua relação com a empresa de RH, sermos rigorosos no cumprimento das nossas obrigações enquanto entidade patronal e consultora, sermos atenciosos e recetivos quer nas nossas instalações físicas quer remotamente.
  3. Quais os fatores de diferenciação da consultora no mercado?
    Os fatores de diferenciação da Adecco no mercado são o reflexo de uma cultura organizacional bastante enraizada, tendo como pedras basilares: o trabalho de equipa, a complementaridade e interdisciplinaridade, melhoramento contínuo de processos, rigor na aplicação de procedimentos e legislação. Estes pressupostos têm como objetivo uma completa orientação dos nossos profissionais internos para os colaboradores, candidatos e clientes com o principal objetivo de encontrar as skills certas entre candidatos e clientes. Um serviço de excelência não se decreta numa brochura comercial ou num discurso mais ou menos trabalhado de um representante comercial. Este é o resultado de um trabalho consolidado, disciplinado sob o chapéu dos valores certos até ao ponto que qualquer elemento que integre a equipa se veja rapidamente imerso nesta cultura. É, no entanto, importante consubstanciar esta diferenciação na perspetiva dos nossos clientes, colaboradores e candidatos. Uma das características mais importantes é a preocupação com a proximidade, demonstrado na nossa rede alargada de agências e estruturas on site, que visa um acompanhamento desejavelmente presencial, que envolve conhecimento da realidade local, indispensável para a apresentação de soluções adaptadas. A nossa orientação para o cliente, colaboradores e candidatos é exatamente o resultado desta interação direta proporcionada pela nossa abrangência física. Outro atributo é o portefólio de soluções, revelando a Adecco como uma ‘one stop shop’, onde o cliente pode obter soluções transversais para os seus desafios e os candidatos podem esperar soluções de trabalho ecléticas. Por fim, salientaria a preocupação com o diagnóstico contínuo, utilizando um conjunto de ferramentas que nos permitem apurar métricas críticas para a avaliação do nosso desempenho com o rigor que preconizamos na preparação imediata dos respetivos planos de ação.

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Nas notícias lá fora: Reino Unido, Revolut e Amazon

O novo chanceler do Tesouro do Reino Unido quer reduzir os impostos. A Amazon vai ter de partilhar dados com rivais, como parte de um acordo alcançado na União Europeia.

O Governo britânico sofreu uma remodelação “forçada” após uma nova vaga de demissões e o novo ministro das Finanças quer reduzir os impostos. A Revolut juntou-se à Stripe para avançar no setor dos pagamentos na Europa, enquanto a Amazon terá de partilhar mais dados com os rivais, como consequência de um acordo celebrado com a União Europeia. Fique a par destas e de outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

Novo chanceler do Tesouro do Reino Unido quer rever planos fiscais do Governo

Nadhim Zahawi, escolhido para o cargo de chanceler do Tesouro do Reino Unido após Rishi Sunak ter apresentado a demissão, quer rever os planos do Governo britânico de aumentar os impostos sobre as empresas a partir de abril. Após a vaga de demissões de terça-feira, que fragilizou ainda mais o controverso primeiro-ministro Boris Johnson, o titular da pasta das Finanças deverá considerar cortes nos impostos e a reversão de aumentos, numa tentativa de recuperar o apoio do público.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Financial Times

Amazon vai partilhar mais dados com rivais após acordo com UE

A Amazon terá aceitado partilhar mais dados com os rivais e oferecer aos compradores uma escolha mais ampla de produtos, como parte de um acordo com os reguladores da concorrência da União Europeia, encerrando duas das investigações mais importantes que têm lugar em Bruxelas. Os detalhes do acordo estão a ser apresentados aos rivais da Amazon para garantir que resolvem as preocupações antes do anúncio oficial por parte da Comissão Europeia.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

El Economista

Inflação leva a despesa adicional de 13 mil milhões com pensões espanholas

Com a inflação espanhola a ultrapassar os 10% em junho, um recorde desde a década de 1980, a Autoridade Independente para a Responsabilidade Fiscal (AIReF) alertou para os gastos adicionais com pensões indexadas ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) médio. Em causa pode estar uma despesa adicional de quase 13 mil milhões de euros com a valorização das pensões, aprovada seis meses antes.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Revolut faz parceria com a Stripe para pagamentos na Europa

A fintech Revolut juntou-se à Stripe para oferecer suporte a pagamentos no Reino Unido e na Europa. A Revolut vai facilitar os pagamentos através da infraestrutura existente da Stripe, sendo que poderá usar a plataforma em mais regiões no futuro, já que pretende expandir o negócio para mercados como a América Latina, Índia e Filipinas.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

New York Times

Subvariante da Ómicron torna-se dominante nos EUA

A subvariante BA.5 da Ómicron, que é altamente transmissível, tornou-se a variante de coronavírus dominante nos EUA, correspondendo a quase 54% das infeções por Covid-19 na semana passada, de acordo com estimativas dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças. Os casos têm estado a aumentar no país e as empresas farmacêuticas trabalham em reformular as vacinas para abranger novas variantes do vírus conhecidas pela capacidade de contornar os anticorpos.

Leia a notícia completa no NewYork Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Da cozinha ao computador, estas são as 10 profissões que mais crescem na União Europeia

Em contrapartida, os trabalhadores da agricultura, silvicultura e pesca registaram o decréscimo mais acentuado na UE entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, revela o Eurostat.

O número de europeus que trabalhavam como assistentes de cozinha no primeiro trimestre do ano disparou 25,1% face ao trimestre homólogo, saltando de quase 1,1 milhões para 1,4 milhões de pessoas. Esta profissão, de assistente de preparação de alimentos, foi a ocupação que mais cresceu no período na União Europeia (UE). Depois estão os trabalhadores da área dos serviços pessoais, como assistentes de viagens, cabeleireiros ou empregadores de mesa, e os profissionais das tecnologias da informação e comunicação (TIC), revela o Eurostat.

No primeiro trimestre, havia 1,4 milhões de assistentes de cozinha na UE e 7,6 milhões de pessoas que trabalhavam na área dos serviços pessoais, o que inclui assistentes de viagens, motoristas, guias, cozinheiros, empregados de mesa e de bar, cabeleireiros, esteticistas e supervisores de limpeza. Este grupo registou um aumento de 15,6%.

O terceiro grupo que mais cresceu entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022 foi o dos profissionais das TIC, que contava, no primeiro trimestre do ano, com 4,5 milhões de trabalhadores na UE, tendo aumentado 9,6%.

Mas houve mais dois grupos que cresceram na ordem dos 9%. É o caso dos profissionais da área legal, social e cultural (9,4%) e dos gestores de hospitalidade, comércio e retalho (9,1%). No primeiro trimestre deste ano, estes grupos contavam com 3,5 e 2,4 milhões de trabalhadores, respetivamente.

Fonte: Eurostat

Seguem-se no “top 10” das profissões com maior aumento percentual no número de empregados os profissionais do comércio e da administração (7,4%), artesãos e tipógrafos (6,7%), técnicos de informação e comunicação (5,9%), profissionais da ciência e engenharia (5,7%) e, finalmente, os gestores de produção e de serviços especializados (5,3%).

Em contrapartida, os trabalhadores da agricultura, silvicultura e pesca registaram o decréscimo mais acentuado na União Europeia do primeiro trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022, tendo caído 12,6%.

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Costa fala em “estabilidade política” e contas certas para tentar cativar empresários alemães

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Primeiro-ministro afirmou, perante várias dezenas de empresários alemães, que Portugal é um país de confiança, sendo um dos poucos com estabilidade política, defendeu.

O primeiro-ministro afirmou na terça-feira, perante várias dezenas de empresários alemães, que Portugal é um país de confiança, sendo um dos poucos com estabilidade política e que apresenta uma trajetória de consolidação orçamental mesmo na atual conjuntura internacional.

Esta posição foi assumida por António Costa no final de um jantar promovido pela Câmara do Comércio e Indústria Luso Alemã, que se destinou a assinalar a presença deste ano de Portugal como país convidado na Feira Industrial de Hanôver, uma das maiores do mundo.

Num discurso com cerca de 30 minutos, perante uma plateia de empresários, o líder do Executivo socialista reconheceu a dificuldade da atual conjuntura internacional, mas defendeu a tese de que Portugal tem uma posição geográfica ideal para estar na linha da frente da transição digital, é forte na aposta das energias renováveis, superou um antigo défice ao nível das qualificações e tem por aplicar os fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030.

“Para além da posição geográfica, para além do capital humano, para além das oportunidades de financiamento, a verdade é que temos um quadro institucional, geopolítico e financeiro que pode ser um fator adquirido de confiança. Portugal tem estabilidade política, como raros países têm”, acentuou o primeiro-ministro.

Neste contexto, António Costa advogou que Portugal será “o quarto país mais seguro do mundo – e em tempos de guerra isto não é pouco – e tem conseguido manter uma trajetória firme de consolidação das contas públicas”.

“Apesar de o Pacto de Estabilidade estar suspenso, já no ano passado conseguimos ficar abaixo do limiar dos 3% de défice e este ano ficaremos seguramente abaixo ou pelo menos muito próximo do objetivo, um défice de 1,9%”, declarou.

De acordo com o líder do executivo, em 2021, apesar dos apoios extraordinários concedidos pelo Estado para o combate à Covid-19, “Portugal conseguiu retomar a inversão do peso da dívida no Produto Interno Bruto (PIB)”.

“Com confiança podemos dizer que chegaremos com um rácio da dívida do PIB de 100% no final desta legislatura. Podemos continuar a manter os objetivos mesmo neste cenário de incerteza que nos rodeia, o que é um fator muito importante de confiança. Neste contexto, as agências de rating têm continuado a melhorar o outlook [perspetiva] sobre Portugal”, completou.

No seu discurso, António Costa advogou que Portugal tem a sétima inflação mais baixa do conjunto da Zona Euro, “essencialmente por causa de um fator e que tem a ver com a intensidade da utilização das energias renováveis

“Cerca de 60% da luz que consumimos já vem de fontes renováveis e daqui a quatro ano já será 80% de fontes renováveis, o que nos poupa a ter de discutir, como outros, se é necessário ou não dar passos atrás no processo de descarbonização da economia”, assinalou.

Neste ponto, o primeiro-ministro referiu que nos últimos dois leilões de energia solar o país obteve em dois anos sucessivos “o recorde mundial do preço mais baixo, o que nos permite estar na linha da frente dos investimentos para a produção de hidrogénio verde, que é decisivo para as indústrias intensivas no consumo de gás”. “Ora, o hidrogénio verde é um gás renovável, limpo, descarbonizado e que pode assegurar o futuro”, defendeu.

Mas António Costa foi ainda mais longe em defesa das vantagens competitivas de Portugal, dizendo que “o lastro mais pesado”, que tinha a ver com as qualificações, “é um lastro que as novas gerações não vão ter de suportar”.

“Temos hoje o capital humano, que se junta à trajetória de crescimento, à oportunidade do ponto de vista da energia, à conectividade digital, para sermos um país não só parceiro da Feira de Hanôver, mas um país que efetivamente pode ser parceiro neste reposicionamento das cadeias de valor na Europa”, sustentou.

Segundo o primeiro-ministro, esta “é uma oportunidade que Portugal tem”. “E das duas uma: Ou a agarramos, ou não agarramos. Portanto, só há uma alternativa, que é a de agarrar esta oportunidade. Sabemos bem que os tempos têm imensos desafios, uma guerra, um ciclo inflacionista forte, mas também sabemos que, independentemente da gravidade do momento, já houve outros momentos de enorme gravidade que tivemos de enfrentar”, acrescentou.

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