Douro, Tâmega e Sousa tem nova marca

  • ECO
  • 1 Julho 2022

A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa tem um novo nome e uma nova marca, criada pela Ivity, para relançar economia dos 11 municípios.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa mudou de marca, e de nome. Agora, chama-se ‘Douro, Tâmega e Sousa’ e usa a imagem de Afonso Henriques com a frase “Aqui começa o futuro do nosso território”. A nova imagem de marca que une 11 municípios foi criada pela Ivity Brand Corp e inspirada nas origens e fundações de Portugal.

Para Pedro Machado, presidente da CIM do Tâmega e Sousa, a nova marca traduz a “força e união em torno de uma região rica e com forte potencial de crescimento ao nível da indústria, dos vinhos, da gastronomia e do turismo de qualidade“. Apresentada em cerimónia pública realizada em Cinfães, é composta por um escudo, em fundo verde com 11 pontos que representam cada um dos concelhos, uma espada e um soldado, Afonso Henriques.

O ponto de partida económico e social desta comunidade é difícil: É a região com o pior PIB per capita do país, tem as maiores disparidades de rendimento e, na última década, perdeu cerca de 25 mil pessoas (-5,6 % da sua população).

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TC declara “parcialmente inconstitucional” suspensão de rendas nos centros comerciais

  • Lusa e ECO
  • 1 Julho 2022

Juízes do Palácio Raton entenderam ser parcialmente inconstitucional a norma orçamental que, em 2020, determinou a supressão da componente fixa das rendas dos centros comerciais.

O Tribunal Constitucional (TC) declarou parcialmente inconstitucional a norma orçamental que, em 2020, determinou a supressão da componente fixa das rendas dos centros comerciais, considerando que esta solução constitui uma restrição excessiva do direito de propriedade dos promotores daqueles espaços.

Na origem desta decisão do TC, cujo acórdão foi agora divulgado, está um pedido de apreciação da constitucionalidade, formulado pela provedora de Justiça, relativamente a uma norma de apoio ao pagamento das rendas não habitacionais inscrita no Orçamento do Estado (OE) Suplementar de 2020 no âmbito das medidas de mitigação dos efeitos da pandemia.

A referida norma estipulava que, “nos casos em que sejam aplicáveis formas específicas de contratos de exploração de imóveis para comércio e serviços em centros comerciais, não são devidos quaisquer valores a título de rendas mínimas, até 31 de dezembro de 2020, sendo apenas devido aos proprietários dos centros comerciais o pagamento da componente variável da renda, calculada sobre as vendas realizadas pelo lojista, mantendo-se ainda a responsabilidade, da parte dos lojistas, pelo pagamento de todas as despesas contratualmente acordadas, designadamente as referentes a despesas e encargos comuns”.

A provedora de Justiça fundamentou o seu pedido de declaração de inconstitucionalidade na violação dos direitos de propriedade privada e de livre iniciativa económica dos proprietários ou gestores dos centros comerciais, que entendeu terem sido restringidos sem que tenham sido observadas as exigências próprias do princípio da proporcionalidade, bem como da violação do princípio da igualdade.

No acórdão agora conhecido, o TC considerou que o direito de crédito do proprietário ou gestor do centro comerciais a uma remuneração fixa “integra o âmbito de proteção do direito de propriedade privada consagrado no artigo 62.º da Constituição”, segundo indica uma nota divulgada por fonte oficial do tribunal.

Os juízes do Palácio Raton consideraram ainda que “a supressão da remuneração fixa constitui uma ablação excessiva do direito de propriedade, por ser desnecessária e desproporcionada em função das finalidades de justiça distributiva e proteção social que através dela o legislador pretende prosseguir”.

Para o TC, não esteve em causa a legitimidade constitucional destes objetivos, nem da intervenção do legislador em contratos deste tipo no contexto crise sanitária, mas apenas o caráter excessivo da exoneração total da obrigação de o lojista pagar a remuneração fixa estipulada pelas partes.

A mesma nota de fonte oficial do TC, divulgada esta sexta-feira, refere que entendeu o Tribunal ponderar “a possibilidade de uma declaração de inconstitucionalidade parcial, mediante a qual se conservassem alguns dos efeitos jurídicos” da norma apreciada.

A decisão do Tribunal Constitucional foi, assim, a de declarar “com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade da norma contida no n.º 5 do artigo 168.º-A da Lei n.º 2/2020, de 31 de março, que aprovou o OE para 2020, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 27-A/2020, de 24 de julho, que aprovou o OE Suplementar, na medida em que determina, a respeito das formas específicas de contratos de exploração de imóveis para comércio e serviços em centros comerciais, a isenção de pagamento da remuneração mensal fixa ou mínima devida pelos lojistas além de uma redução proporcional à redução da faturação mensal, até ao limite de 50/prct. do valor daquela”, quando os estabelecimentos tenham uma quebra do volume de vendas mensal, face ao volume de vendas do mês homólogo do ano de 2019 ou, na sua falta, ao volume médio de vendas dos seis meses antecedentes ao decreto de março de 2020 em que foi declarado o estado e emergência.

Decisão confirma que proprietários e gestores “tinham toda a razão”, diz APCC

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais – APCC registou “de forma positiva” a decisão do Tribunal Constitucional desta sexta-feira.

Em comunicado, o CEO da APCC, Rodrigo Moita de Deus, sublinha que o acórdão do TC “confirma que proprietários e gestores de centros comerciais tinham toda a razão quando denunciaram a inconstitucionalidade da medida tomada por alguns partidos na Assembleia da República, que acabou por prejudicar grandemente o setor”.

(Notícia atualizada às 19h15 com a reação da APCC)

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Sylvia Earle: “Saibam as consequências antes de agir”

A reconhecida bióloga marinha relembra que “para todos os benefícios há um custo” e “devemos cada vez mais pensar nos impactos, começando por respeitar o princípio de “não causar nenhum mal”.

“Saibam as consequências antes de agir”, apelou Sylvia Earle, bióloga marinha da National Geographic, que se dedica ao estudo dos oceanos desde os anos 50. O apelo, dirigido a uma plateia preenchida por vários líderes empresariais, surgiu num evento paralelo à Conferência dos Oceanos, e a propósito das tecnologias que estão a ser usadas para explorar o oceano, nomeadamente para extrair petróleo ou metais e minerais.

Aos 86 anos de idade, grande parte deles dedicados ao estudo dos oceanos, Earle já testemunhou várias mudanças. Uma delas, aponta, foi a proliferação de infraestruturas de exploração de petróleo no Golfo do México que, em torno de 1950, só contava com uma destas infraestruturas. Hoje, são dezenas de milhares. Mais recentemente, os metais e minerais presentes no fundo do oceano têm captado interesse para mineração, com o objetivo de apoiarem a “revolução verde”, para serem usados por exemplo no fabrico de baterias. Mas “a que custo?”, perguntou. “Há uns anos podiam dizer que ‘não há nada lá em baixo’ que não tínhamos muita informação sobre isso. Mas agora sabemos mais. As profundezas do oceano rivalizam com a das florestas tropicais”, assinala.

Neste cenário, sublinha a bióloga, “para todos os benefícios há um custo” e “devemos cada vez mais pensar nos impactos, começando por respeitar o princípio de “não causar nenhum mal”, defende. E, ao mesmo tempo que relembrou vários dos problemas que os oceanos enfrentam, como a poluição causada pelos plásticos ou a destruição das florestas marinhas que são essenciais para sequestrar carbono, deixa o aviso: “nós tornámo-nos vulneráveis. Podemos vê-lo no custo da energia”.

EDP aposta no eólico offshore mas também no solar

O evento no qual Sylvia Earle falava foi organizado pela EDP e pelo Business Council for Sustainable Development, esta sexta-feira, no Convento do Beato, el contou também com a intervenção de Miguel Stilwell de Andrade, CEO da EDP. Este endereçou também a questão da atual turbulência nos preços da energia, sublinhando que as energias renováveis são a fonte mais barata atualmente, defendendo que “temos de tirar vantagem dos oceanos. Não vamos andar para trás; é dar dois passos em frente e fazer isto mais rápido”.

Neste sentido, apontou o investimento em projetos eólicos offshore e em particular na tecnologia pioneira de eólico offshore flutuante, o qual está a crescer na Escócia e a empresa gostaria de expandir também noutros países. Além destes, a EDP refere que possui agora 5 megawatts de capacidade de solar offshore em Singapura. “Esperamos escalar”, anteviu.

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APECOM tem nova imagem e posicionamento

A nova imagem da associação das consultoras de comunicação pretende simbolizar o reposicionamento, que "resulta da evolução significativa do setor das relações-públicas e comunicação nos últimos anos"

A APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas) tem desde hoje uma nova imagem espelhando o seu reposicionamento. A RODA – Creative Human Colective assina a nova imagem.

“Sempre foi missão desta nova direção caminhar no sentido de constituir uma APECOM ainda mais representativa e inclusiva, integrando empresas de diferentes dimensões e de distintas áreas da comunicação, eliminando uma perceção histórica que associa a atividade à tradicional assessoria de imprensa. Esse já não é o retrato fiel das consultoras de comunicação e do setor“, diz Domingas Carvalhosa, presidente da associação, em comunicado.

A APECOM pretende, para além da consultoria de comunicação e assessoria de imprensa, “dar voz a outros segmentos relevantes, desde a produção de conteúdos na ótica da comunicação, ao design e ativação de marca, sem esquecer as empresas de social media, de representação de influenciadores e de organização de eventos“.

A nova imagem pretende assim simbolizar este reposicionamento, que “resulta diretamente da evolução significativa do setor das relações-públicas e comunicação nos últimos anos”, que tem vindo a integrar novas disciplinas da comunicação e também empresas.

Promoção do conhecimento e formação, de códigos de ética, defesa de uma regulação forte e adequada para o setor e uma adaptação aos novos códigos de sustentabilidade e de responsabilidade social são o foco da direção da associação, que acredita que, com o reposicionamento e nova imagem, “estarão criadas condições para um desenvolvimento mais sustentável do setor da comunicação em Portugal e um maior alinhamento com as melhores práticas internacionais, o que conduzirá necessariamente a um maior reconhecimento por parte do tecido empresarial português dos verdadeiros benefícios e do valor criado pelas empresas de comunicação em atividade em Portugal para a economia e para a sociedade em geral“.

A nova imagem é assinada por Nuno Quartin, partner e brand director da RODA – Creative Human Colective, e assentou no ‘ponto’ existente no anterior logótipo o rebranding.

“Olhando para o futuro e estando já estabelecidos como um ponto de referência, a nossa responsabilidade será olhar para todos os pontos à nossa volta de forma a reforçar o nosso ADN criado há mais de 25 anos”, reforça a associação.

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Prémios Dona Antónia distinguem Maria João Avillez com Consagração de Carreira

Atribuídos desde 1988, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm como propósito reconhecer mulheres que fizeram a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal.

Maria João Avillez, jornalista e escritora, também conhecida como “cronista da política portuguesa”, foi distinguida pelos Prémios Dona Antónia, com o Prémio Consagração de Carreira, que já vai na sua 34.ª edição. Carmo Teixeira Bastos surge a seu lado, mas no Prémio Revelação, fruto do seu contributo enquanto cofundadora e presidente da Young Parkies Portugal, a Associação Portuguesa de Parkinson Precoce.

“Este prémio foi uma maravilhosa surpresa e uma distinção formidável, sobretudo porque o prémio tem um nome feminino e tem o nome de uma das mulheres que eu mais admiro. Claro que nós ficamos muito satisfeitos quando alguém, ou um conjunto de pessoas que respeitamos e admiramos, reconhecem e distinguem o nosso trabalho. Mas eu queria reforçar que, não só estou muito grata por terem reconhecido o meu trabalho, como por esse prémio ter o nome de uma pessoa que, por vezes, até me inspirou e cujo exemplo é sempre de seguir”, afirma Maria João Avillez, no vídeo publicado no site dos Prémios Dona Antónia.

Com apenas 17 anos, Maria João Avillez estreou-se na comunicação social enquanto locutora do Programa Juvenil da Radiotelevisão Portuguesa, acompanhada por João Lobo Antunes, Júlio Isidro e Lídia Franco. Ao longo da sua carreira jornalística, passou pela Rádio Renascença, TSF, RTP, Público, Diário de Notícias, Expresso, SIC e, mais recentemente, pela TVI24 e revista Sábado, onde assumiu o papel de comentadora de assuntos políticos e de cronista, respetivamente.

Com a peça “Sá Carneiro – O Último Retrato”, venceu, em 1981, o Prémio EFE, entre um total de 350 candidaturas, para a “Melhor Reportagem do Ano”. Com mais de uma dezena de livros publicados, Maria João Avillez é autora de obras como “As Sete Estações da Democracia” (2021) e “Entre Palavras” (1984), bem como de quatro livros dedicados a Mário Soares, entre os quais uma biografia autorizada, “Soares. O Presidente” (1996).

Maria do Carmo Teixeira Bastos, por sua vez, afirma que foi uma “enorme honra” receber o Prémio Revelação. “Dona Antónia é um exemplo extraordinário do que é transformar dificuldades em oportunidades e do que é ter sentido e visão estratégica, colocando as pessoas sempre em primeiro lugar. Foi também com esse espírito e com uma equipa fantástica que surgiu a Young Parkies Portugal, uma associação destinada a apoiar doentes com parkinson precoce, ou seja, pessoas cujo diagnóstico da doença de parkinson surge antes dos 50 anos”, reconhece.

Cofundadora e presidente da Young Parkies Portugal, Associação Portuguesa de Parkinson Precoce, Maria do Carmo Teixeira Bastos criou a associação depois de ela própria, aos 43 anos, ter recebido o diagnóstico. A sua experiência fez com que se apercebesse da falta de informação e das respostas pouco personalizadas a cada caso. Assim nasceu a Young Parkies Portugal, que tem como objetivo informar, integrar e acompanhar todas as pessoas com parkinson, juvenil ou precoce.

Atribuídos desde 1988, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm como propósito reconhecer mulheres que fizeram a diferença no desenvolvimento económico, social e cultural de Portugal. Estes distinguem personalidades cujo percurso de vida está associado aos valores da homenageada Dona Antónia, representados pela capacidade de liderança, empreendedorismo e inovação, humanismo e responsabilidade social.

Anualmente, são duas as mulheres premiadas nas categorias de Prémio Consagração de Carreira e Prémio Revelação. O primeiro pretende homenagear um percurso de trabalho consolidado e merecedor de reconhecimento público, enquanto o segundo visa reconhecer mulheres com um percurso de vida relevante e em fase de afirmação e desenvolvimento.

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Nações Unidas aprovam e assinam Declaração de Lisboa em prol dos oceanos

A Declaração de Lisboa foi aprovada de forma unânime esta sexta-feira no encerramento da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.

A Conferência dos Oceanos para as Nações Unidas (UNOC) terminou esta sexta-feira e contou com a aprovação unânime da Declaração de Lisboa.

A aprovação já era esperada uma vez que as negociações para a elaboração do documento não decorreram durante os dias da conferência, mas sim ao longo dos últimos dois anos, em Nova Iorque, entre os 193 membros das Nações Unidas. Ao ECO/Capital Verde, a embaixadora de Portugal da ONU, Ana Zacarias, já tinha adiantando que os debates, plenários e sessões no âmbito da conferência, aconteceriam já com Declaração de Lisboa pré-aprovada.

A moderar os trabalhos no encerramento da sessão, esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que pediu que reconheceu a importância do documento a apelou aos signatários mais ação no que toca à proteção dos oceanos.

“Fizemos o melhor para fazer desta conferência um sucesso e conseguimos uma declaração“, referiu na sua intervenção final, sublinhando ser necessário concretizar as metas visadas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14.

O documento elaborado sob o mote “Salvar o Oceano, Proteger o Futuro” identifica os principais problemas na gestão os oceanos nos dias de hoje mas não oferece objetivos nem medidas concretas que visam melhorar a preservação deste recurso. Tal como explicaram os especialistas ouvidos pelo ECO/Capital Verde, a conferência é considerada um evento político e um instrumento de diplomacia e, por isso, a declaração é, também ela, política, de forma a encontrar consenso entre todos os signatários.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a associação ambientalista Zero assinala que a UNOC termina “após uma semana preenchida de eventos paralelos, diálogos (pouco) interativos e sessões plenárias que culminaram numa Declaração de Lisboa um tanto ou quanto inócua“. Ainda assim, os responsáveis reconhecem “o caminho a seguir e nas soluções e compromissos a adotar”.

Além da declaração, a UNOC termina esta sexta-feira sabendo onde decorrerá a próxima conferência. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou em Lisboa que a França será a anfitriã da terceira edição deste evento, em 2025, organizada em conjunto com a Costa Rica. “Vamos usar este impulso para nos ajudar a avançar coletivamente”, declarou Macron.

Durante a sua intervenção no plenário de encerramento, esta tarde, Peter Thomson, enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para os Oceanos, agradeceu a cooperação entre Portugal e o Quénia para a concretização deste evento. No mesmo momento, Thomson deixou uma mensagem às gerações mais jovens em nome do secretário-geral da ONU, António Guterres, que não esteve presente no encerramento: os líderes mundiais saem de Lisboa com o compromisso de fazer mais e melhor.

Um profundo pedido de desculpas em nome de nossa geração pela forma como usámos o mundo e um compromisso de que passaremos o resto dos anos a identificar soluções para sair dos terríveis problemas que criámos“, disse Peter Thomson.

(Notícia atualizadas às 18h06 com as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa)

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Mercado automóvel trava 18,6% em junho

Apesar de ter sido o melhor mês do ano até agora, junho marcou mais uma descida nas vendas de automóveis face a 2021. Renault e Peugeot foram as duas marcas com melhor desempenho.

Junho foi mais um mês de quedas para o mercado automóvel nacional. No último mês, foram vendidos 18.087 veículos, menos 18,6% que em igual período de 2021, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Naquele que foi o primeiro semestre sem restrições pandémicas desde 2019, venderam-se menos 9,4% carros do que nos primeiros seis meses do ano passado (ainda marcados pela Covid-19), num total de 89.982 unidades.

Nos ligeiros de passageiros, no mês de junho, a descida nas vendas foi de 18,1%, para um total de 15.510 matrículas. A Renault foi a marca mais vendida em junho e regressou ao lugar cimeiro que ocupou durante mais de uma década: foram 1.734 unidades, menos 46,6% face ao período homólogo de 2021.

Líder desde 2021, a Peugeot ocupou a segunda posição nas vendas, com 1.719 matrículas, mais 12,9% do que em igual mês de 2021. A Dacia ficou em terceiro lugar, com 1.637 carros, mais do triplo (236,8%) do que em junho do ano passado.

Entre janeiro e junho, a descida das matrículas de carros ligeiros de passageiros foi de 7,4%, para 75.449 unidades. A Peugeot retém o primeiro posto, com 8.713 carros, apesar do recuo de 8,5% face a igual período de 2021. Renault e Toyota estão no segundo e terceiro lugares, respetivamente, com 5.584 e 5.434 unidades.

Nos ligeiros de mercadorias, junho representou uma descida de 30,5%, para 1.943 unidades. Esta tipologia de veículos teve o pior desempenho no semestre, ao recuar 23,4%, para 11.730 matrículas.

Em sentido contrário, o mercado de veículos pesados cresceu 26,8%, para 634 unidades. Boa parte desta subida deveu-se à compra de autocarros, que dispararam de 32 para 337 unidades só em junho, em véspera de arranque de parte da Carris Metropolitana, na região de Lisboa. À conta disso, o mercado de pesados cresceu 9% entre janeiro e junho.

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Lisboa fecha no verde com grupo EDP a disparar mais de 4%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Julho 2022

Apesar da subida da inflação em junho para 8,7%, o principal índice português conseguiu inverter o tom negativo da abertura e registou ganhos ligeiros, impulsionado sobretudo pelas cotadas da EDP.

Embora a maioria das cotadas tenha ficado abaixo da linha de água, o PSI encerrou a sessão desta sexta-feira com ganhos de 0,12%, para 6.051,75 pontos. Contrariando a tendência negativa na abertura da sessão, tendo em conta a revelação do valor da inflação mais elevado desde dezembro de 1992, a família EDP aliviou as fortes perdas registadas pela Galp.

Com apenas seis das 15 cotadas em terreno positivo, foram a EDP Renováveis e a EDP que registaram o maior avanço no primeiro dia de julho: 5,73% e 4,07%, respetivamente. Também na energia, a REN subiu 0,52%, enquanto a Greenvolt ganhou 2,99%.

O grupo Jerónimo Martins, que no início do dia detinha um dos piores desempenhos, acelerou 0,77%, e a Mota Engil avançou 0,49%. A Semapa foi a única cotada que se manteve inalterada.

A impedir maiores ganhos em Lisboa esteve, sobretudo, a Galp Energia. A petrolífera iniciou o mês de julho a ceder 4,69%, para 10,66 euros por ação, logo seguida da Sonae, que desacelerou 2,90%. O Banco Comercial Português (BCP) não conseguiu evitar as perdas da abertura e recuou 1,94%.

No setor do papel, a Altri e a Navigator perderam, respetivamente, 1,51% e 1,33%, enquanto os CTT, a Corticeira Amorim e a Nos tiveram recuos abaixo de 1%.

Além da praça lisboeta, também as suas congéneres de Paris, Frankfurt e Madrid contrariaram a tendência de abertura: enquanto o índice francês CAC-40 subiu 0,04%, o alemão DAX avançou 0,12% e o espanhol IBEX acelerou 0,81%.

Já o índice de referência na Europa, o Stoxx 600, teve perdas de 0,12% e o britânico FTSE 100 recuou 0,18% na primeira sessão do segundo semestre de 2022.

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ONU encerra Conferência dos Oceanos e assina Declaração de Lisboa. Assista aqui

  • Capital Verde
  • 1 Julho 2022

A sessão de encerramento da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas já arrancou. Declaração de Lisboa vai ser assinada pelos 193 membros da ONU. Assista aqui.

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Nota: Se está a aceder através da aplicação, carregue aqui para ver a transmissão.

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Recrutamento na aldeia global: uma questão de valores

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  • 1 Julho 2022

O conceito de aldeia global está longe de ser novo, aliás, há já 60 anos que se fala dele. No entanto, os últimos dois anos vieram dar-lhe um novo ímpeto e estendê-lo a uma série de novas dimensões.

Quando McLuhan popularizou este termo, em 1962, estávamos longe de imaginar que, tanto tempo depois, seria uma pandemia a voltar a trazê-lo ao vocabulário comum.

Os desafios que o contexto pandémico impôs à sociedade e, em particular, às organizações fizeram com que se reconsiderasse realidades que há muito não eram questionadas, e os modelos de trabalho foram, possivelmente, uma das que mais sofreu alterações. A desmaterialização do local de trabalho, com a adoção de modelos remotos ou híbridos, veio mostrar a empresas e profissionais que o tradicional escritório era algo que podia, de forma relativamente fácil, ser repensado. O recurso a soluções e ferramentas tecnológicas mostrou ser capaz de relocalizar e descentralizar muitos postos de trabalho e, em última análise, levou à dissipação de fronteiras físicas e geográficas.

Volvidos dois anos de reinvenção e adaptação, deparamo-nos agora com uma realidade em partes iguais interessante e desafiante: se o recrutamento se fazia antes fortemente com base na localização, agora acontece nesta aldeia global, em que o talento pode ser oriundo de virtualmente qualquer parte e a próxima oportunidade de emprego pode muito bem vir do outro lado do mundo. Num momento em que, nas mais diversas áreas, a oferta se sobrepõe largamente à procura, este cenário vem desequilibrar ainda mais a balança.

Mariana Oliveira- National Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

 

Em Portugal, fruto do contexto histórico e económico, o consenso tem sido de que os salários são, em muitos casos, menos competitivos, quando comparados com outros países de dentro e fora da Europa. Muitas empresas internacionais têm, aliás, visto no nosso país a oportunidade de recrutar talento altamente qualificado, com valores relativamente baixos. Ora, este panorama pode deixar o tecido empresarial português numa posição algo fragilizada, perante a incapacidade de competir pelo talento com ofertas salariais suficientemente apelativas.

A verdade é que não podemos negar que a vertente financeira continua a ser um dos fatores mais preponderantes para um candidato, na hora de considerar uma oferta de emprego. No entanto, isto não quer dizer que as empresas nacionais estejam condenadas ou que se vejam forçosamente numa situação em que o aumento salarial se torne insustentável. Sabemos, hoje, que as prioridades e expectativas dos profissionais já não são as mesmas e há algo que se destaca no topo desta lista: aquilo a que chamamos de projeto e a identificação que os candidatos, cada vez mais, querem sentir com a empresa para a qual trabalham, a sua missão, cultura e valores.

Falamos em desafios crescentes, mas é importante falar também em oportunidades. As organizações podem e devem pegar nestas recentes aprendizagens e usá-las em seu favor, sendo proativas não só na forma como desenvolvem e trabalham a sua missão, mas também no modo como a comunicam e transmitem os seus valores. Os profissionais procuram oportunidades que se alinhem com os seus interesses e que lhes permitam contribuir de uma maneira tangível e visível; procuram oportunidades para usarem o seu talento em prol de algo em que acreditem e com que se identifiquem.

Assim, ainda que a competitividade ao nível do salário possa representar, até certo ponto, uma barreira à atração e retenção de talento, as organizações devem focar-se naquilo que está ao seu alcance, apostando em tecnologias e projetos inovadores, num acompanhamento próximo e contínuo e numa comunicação com os candidatos clara, transparente e eficaz, desde o início do recrutamento, passando pelo processo de onboarding e posteriormente na gestão de carreiras. Mais do que nunca, o foco deve estar em oferecer um bom “fit”, considerando não apenas o valor que os profissionais podem acrescentar às empresas, mas também o valor que as empresas podem acrescentar aos profissionais.

 

 

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Autoridade da Concorrência multa privados em 190 milhões por concertação na negociação com a ADSE

Os visados neste processo foram o Grupo Trofa Saúde, o Hospital Particular do Algarve, o Grupo Mello, o Grupo Lusíadas e a Luz Saúde, bem como a APHP.

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu avançar com sanções aos hospitais privados e à associação que os representa, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), por práticas de concertação na negociação com a ADSE. A coima total para cinco hospitais e a associação é de 190.945.000 euros.

Os visados neste processo foram o Grupo Trofa Saúde, o Hospital Particular do Algarve (HPA), o Grupo Mello, o Grupo Lusíadas e a Luz Saúde, além da APHP, segundo avançou a AdC em comunicado.

A AdC “concluiu que os referidos grupos de saúde coordenaram entre si a estratégia e o posicionamento negocial a adotar no âmbito das negociações com a ADSE, através e com a participação conjunta da APHP, entre 2014 e 2019″, lê-se em comunicado. O Grupo Mello recebeu a coima mais elevada, no valor de 74,9 milhões de euros.

Em causa estava a fixação do nível dos preços e outras condições comerciais, no âmbito das negociações com a ADSE, bem como a “coordenação da suspensão e ameaça de denúncia da convenção celebrada com a ADSE para obstaculizar a regularização da faturação por parte da ADSE relativa a 2015 e 2016″.

As sanções foram divididas da seguinte forma: APHP recebeu uma coima de 50 mil euros, Grupo Trofa de 6,6 milhões de euros, HPA de 8,8 milhões de euros, o Grupo Mello terá de pagar 74.980.000 euros, o Grupo Lusíadas 34.242.000 e finalmente a Luz Saúde 66.209.000 euros.

As coimas foram “determinadas pelo volume de negócios dos referidos grupos de saúde no mercado afetado nos anos da prática ilegal”. Já no caso da APHP, a AdC considerou “o volume de negócios total da associação no último ano da infração”. É de salientar também que as coimas não podem exceder 10% do volume de negócios das referidas entidades no ano anterior à data de adoção da decisão.

A APHP já reagiu à decisão, avançando, em comunicado, que “apresentará recurso da decisão para o Tribunal da Concorrência e Regulação no sentido de impugnar todas as infrações que ali lhe são imputadas”.

A associação sublinha que os contactos desenvolvidos e o seu envolvimento no processo “apenas aconteceram na sequência diversos pedidos expressos nesse sentido — a convite, portanto —, feitos, formalmente, pelo então Ministro da Saúde”. Além disso, o convite foi também “reiterado sucessivamente pela própria direção da ADSE à Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, que, aceitando o pedido para ajudar a resolver um assunto fundamental para a saúde dos beneficiários da ADSE, respeitou em todas as circunstâncias o quadro regulamentar e legal em vigor”.

A APHP destaca ainda que os preços das tabelas da ADSE são “em todas as circunstâncias fixados administrativa e unilateralmente, para todos os prestadores, pela própria ADSE”. Acrescenta também que “os dados financeiros da ADSE provam que todas as revisões de regras e tabelas se traduziram numa redução de encargos para aquele subsistema público de saúde”.

Também num comunicado, a Luz Saúde diz não ter cometido “qualquer infração ao direito da concorrência, tal como foi defendido ao longo do processo”, acreditando que “esta decisão da AdC acabará por ser revertida”. “O processo negocial com a ADSE, em causa na decisão final da AdC, refletiu apenas metodologia adotada para as referidas negociações que, a pedido da própria ADSE, foi acordada entre esta e a APHP, em representação dos seus associados. O objetivo era tornar o processo de negociação mais eficiente e rápido, no interesse da própria ADSE”, acrescenta.

Assim, “estamos, neste momento, a analisar em detalhe os termos da decisão da AdC e a respetiva argumentação, sendo certo que o Grupo Luz Saúde não deixará de exercer os seus direitos no contexto deste processo, através dos meios legítimos que considere adequados”, refere o comunicado da empresa.

A CUF diz também rejeitar a multa aplicada pela AdC por concertação nas negociações com a ADSE, garantindo que vai avançar com um recurso. “A CUF rejeita em absoluto a decisão, hoje [sexta-feira] conhecida, da AdC, pelo que irá avançar, de imediato, com um recurso junto das instâncias judiciais competentes”, lê-se numa nota enviada à Lusa.

A CUF garante estar “totalmente ciente” das suas obrigações legais e convicta do “escrupuloso cumprimento” das regras da concorrência e, por isso, “estranha e lamenta” a decisão adotada, “à qual não reconhece qualquer fundamento jurídico e objetividade na descrição dos factos”. Assim, reitera que vai utilizar todos os meios disponíveis para garantir o esclarecimento da verdade e a “reposição da justiça, não se conformando com a forma grave como estão a ser colocados em causa a sua boa conduta e o seu bom nome”.

Já o Grupo HPA, em comunicado, “refuta a acusação da Autoridade da Concorrência”, rejeitando os pressupostos que levaram a AdC a acusar estes grupos de “uma prática concertada, restritiva da concorrência, na contratação de serviços de saúde hospitalares por parte do subsistema de saúde público ADSE”.

Na nota, o grupo rejeita o “entendimento subjacente à decisão sancionatória da Autoridade da Concorrência” e garante que vai exercer “todos os direitos que a lei confere neste âmbito” para reiterar a sua “postura de cumprimento da lei e de cooperação com os reguladores”.

Este processo foi aberto pela AdC em março de 2019, “na sequência de várias denúncias e de notícias veiculadas pelos meios de comunicação social, tendo a AdC realizado em maio do mesmo ano diligências de busca e apreensão nas instalações das referidas empresas, localizadas em Lisboa, Portimão e Porto”. Foi em julho de 2021 que a AdC adotou a Nota de Ilicitude, dando a oportunidade às empresas de exercer o direito de audição e defesa.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h51)

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Formação digital chega a mais de 180 mil mulheres rurais em Espanha

  • Servimedia
  • 1 Julho 2022

O Plano de Promoção do Emprego Agrícola, promovido pelo Ministério do Trabalho e da Economia Social, vai dar formação em competências digitais a mais de 180 mil mulheres que trabalham em âmbito rural.

Mais de 180 mil mulheres que trabalham no ramo agrícola em Espanha vão receber uma formação em competências digitais através do programa de alfabetização digital das trabalhadoras contratadas ao abrigo do Plano de Promoção do Emprego Agrícola (PFEA), noticia a Servimedia.

O programa, financiado através dos fundos da Next Generation do MRR (Mecanismos de Recuperação e Resiliência), que será desenvolvido ao longo dos próximos dois anos, vai ser implantado na Andaluzia, Castela-La Mancha, Castela e Leão, Aragão, Comunidade Valenciana, Múrcia, Extremadura e Ilhas Canárias.

Gerardo Gutiérrez Ardoy, diretor-geral da SEPE, salientou que 2022 é um “ano chave para as reformas estruturais em termos de política de emprego” e que vai permitir “promover este projeto inovador a nível nacional para combater a lacuna digital existente entre as mulheres desempregadas e, acima de tudo, para reduzir a lacuna territorial”.

Por sua vez, Pedro Guzmán, gerente do Grupo Euroformac, destacou alguns dos objetivos desta iniciativa, nomeadamente “facilitar a redução do fosso entre os géneros, lutar contra o desafio demográfico através da promoção da formação nas zonas rurais, e a digitalização como forma de melhorar a empregabilidade das mulheres”.

María Burillo, diretora do projeto, salientou a participação das empresas e facilitadores locais na implementação e divulgação do programa e enalteceu a sua importância para “aumentar a capacidade de gestão e autonomia das mulheres rurais, para as capacitar e manter no mundo rural, combatendo assim o despovoamento nestas áreas”.

“Este programa é uma das 130 medidas da estratégia do governo espanhol para enfrentar o desafio demográfico e contribui para gerar uma dinâmica a partir do nível local para apoiar as mulheres trabalhadoras a superar as três clivagens: género, territorial e digital“, referiu Carmen Menéndez González Palenzuela, diretora-geral adjunta de Políticas Ativas de Emprego.

Como vai funcionar esta formação?

O programa de formação vai ser ministrado por empresas de formação, com experiência reconhecida, que fazem parte do Grupo Coremsa, Grupo Euroformac, Grupo Método, Grupo Academia Postal, Telefónica Educación Digital e Telefónica Soluciones Informáticas, e consiste em dois cursos diferentes.

O primeiro curso é uma introdução às competências digitais básicas e o segundo está relacionado com as competências digitais para a procura ativa de emprego. Ambos os cursos vão ser presenciais e gratuitos, e terão a duração de 26 horas cada um, num total de 52 horas de formação.

As inscrições podem ser feitas através deste site ou através de uma chamada telefónica para três opções de contacto: 900 90 96 96 53 para as zonas de Jaén, Almería e Granada; 900 90 96 96 84 para Sevilha; 900 90 96 96 85 para as zonas das Ilhas Canárias, Valência, Murcia, Castela e Leão e Aragão; e 900 90 96 96 87 no caso de Castela-La Mancha.

Este programa de alfabetização digital é um dos pilares do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência promovido pelo governo espanhol para lidar com as consequências da pandemia covid-19 e que visa alcançar efeitos transformadores no país.

Os requisitos para o acesso a estes cursos de formação são apenas ser mulher e ter sido ou estar empregada em algumas das obras ou projetos promovidos no âmbito do Plano de Promoção do Emprego Agrário (PFEA) desde o seu lançamento, em 1997.

A Andaluzia é a região com o maior número de lugares neste programa de formação. No total, mais de 140 mil mulheres na região poderão formar-se em competências digitais distribuídas. Destas, mais de 33 mil provêm da província de Sevilha, mais de 25 mil de Jaén, mais de 27 mil de Córdova e mais de 9 mil de Huelva. Cádis e Málaga têm mais de 14 mil, Granada mais de 21 mil e Almeria mais de 3 mil.

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