Resultado da Caixa dispara 65% para 486 milhões. “Lucro excessivo? Zero”, diz Paulo Macedo

Banco público viu os lucros subirem 65% para 486 milhões na primeira metade do ano. Prevê dividendos de 198 milhões. "Lucros excessivos? Até agora zero", diz o CEO Paulo Macedo.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 486 milhões de euros no primeiro semestre, uma subida de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia da redução das provisões e imparidades e do crescimento do negócio internacional. Ainda assim, o presidente do banco rejeita que seja um resultado excessivo. A instituição do Estado prevê dar dividendos de 198 milhões de euros referente aos lucros dos primeiros seis meses do ano.

“Lucros excessivos? Até agora zero”, respondeu esta sexta-feira Paulo Macedo na conferência de apresentação de resultados. “Não temos lucros excessivos, nem na margem [financeira]. Tivemos felizmente várias áreas do banco a correr bem”, acrescentou, lembrando, por seu turno, que “a Caixa e os outros bancos todos os anos que tiveram prejuízos pagaram o imposto extraordinário”.

Quais foram as áreas em que correu bem? “A área internacional correu bem, a área de recuperação de crédito correu bem”, explicou Macedo aos jornalistas.

De acordo com o banco, a subida dos lucros do semestre “reflete um menor custo do risco de crédito no período após a fase mais aguda da pandemia Covid-19 e a venda de alguns ativos não core, bem como o contributo da atividade internacional para o resultado líquido do grupo, no valor de 109 milhões de euros, cerca de 22% do total, um crescimento de 77% face ao primeiro semestre de 2021″, diz o banco público liderado por Paulo Macedo.

A instituição destaca a redução de provisões e imparidades no valor de 334,7 milhões de euros. As imparidades de crédito caíram 197 milhões de euros, “correspondente a uma redução parcial dos níveis de imparidades adicionais constituídos em contexto de pandemia entre 2020 e 2021”.

Os indicadores de negócio mostram uma evolução muito positiva nos seis primeiros meses do ano: margem financeira subiu 21,6% para 600 milhões de euros e os resultados com comissões subiram 22,5% para 306 milhões de euros. No global, o produto da atividade aumentou 17,3% para 1.025,9 milhões de euros.

O crédito a clientes subiu 2,7% para 51,6 mil milhões de euros e os recursos de clientes, incluindo depósitos, cresceram 4,5% para 83,4 mil milhões de euros.

Banco contacta clientes mais expostos à inflação

O banco adianta que está a atuar proativamente junto das empresas dos setores mais vulneráveis ao aumento dos preços dos fatores produtivos, em particular a energia, como transportes, têxteis, metalurgia e indústria alimentar, entre outros. “Queremos aferir o grau de pressão e dificuldade e o que esperam na relação creditícia connosco”, explicou a administradora financeira, Maria João Carioca.

Do contacto com os clientes mais vulneráveis, 85% dos clientes não esperam impactos significativos do atual contexto, com 15% a merecerem monitorização continuada por parte do banco.

Para já, não há sinais de deterioração da carteira. Pelo contrário, pois o rácio de NPL (non performing loans) caiu para 2,58%, totalizando os dois mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 18h56)

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Rumos Education quer contratar mais de 50 professores

O objetivo deste processo de recrutamento é reforçar as equipas para o arranque do próximo ano letivo.

A Rumos Education abriu mais de 50 vagas destinadas a professores e formadores. As oportunidades dizem respeito a escolas em oito cidades do país: Lisboa, Porto, Coimbra, Barcelos, Guimarães, Braga, Viseu e Matosinhos. O objetivo deste processo de recrutamento é reforçar as equipas para o arranque do próximo ano letivo.

“As escolas da Rumos Education contam com uma vasta oferta formativa no que diz respeito à preparação e certificação para o exercício de profissões, tendo unidades escolares em diversas cidades de Portugal, num projeto que integra mais de 3.000 alunos. Através destas candidaturas pretendemos reforçar as nossas equipas educativas para o arranque do próximo ano letivo”, afirma a direção da Rumos Education, em comunicado.

A Rumos Education lança tabém um novo site – Rumos Experience – onde os colaboradores e candidatos podem experimentar as várias fases da sua interação com as escolas, bem como ter acesso a informação sobre carreira, projetos, sociedade e ambiente, tecnologia, espaços e projetos.

Todas as informações sobre as oportunidades de trabalho disponíveis estão no site.

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Empresa do Kuwait em negociação “exclusiva” para comprar Groundforce

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

Os administradores de insolvência da Groundforce confirmam as notícias de que a NAS, uma empresa de serviços de logística de aviação do Kuwait, está em negociação exclusiva para a compra da empresa.

A Groundforce Portugal confirmou esta sexta-feira a seleção da National Aviation Services (NAS) para uma negociação “direta e exclusiva” para compra da empresa, prevendo que os termos da operação sejam fechados “no decurso das próximas semanas”.

O “período de negociações exclusivas que agora se iniciará deverá permitir que, no decurso das próximas semanas, se vejam fechados todos os termos e condições em que se fará esta capitalização, visando, depois, avançar com as negociações junto dos credores, para elaboração da proposta de plano de insolvência que se verá submetida, no âmbito do processo de insolvência, à votação”, afirmam, num comunicado dirigido aos trabalhadores, os administradores de insolvência da Groundforce, Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell.

Contudo, salientam, a “entrada no capital da Groundforce pelo investidor apenas poderá ocorrer no âmbito do processo de insolvência e após a aprovação e homologação do plano de insolvência a ser apresentado pelos administradores da insolvência”.

O comunicado dos administradores de insolvência surge na sequência de notícias avançadas na quinta-feira pela imprensa dando conta que a NAS, uma empresa de serviços de logística de aviação do Kuwait, ganhou a corrida para a compra da Groundforce.

Começando por garantir que são “alheios à publicação de tais notícias”, os administradores confirmam, no entanto, que “o processo competitivo que se encontra em curso, visando identificar um investidor para capitalizar a empresa (nos termos e nas condições que se concretizarão, depois, na proposta de plano de insolvência que será apresentada posteriormente) culminou, após a submissão das propostas finais pelos investidores NAS e SWISSPORT, com a seleção da NAS para encetar negociações, de forma direta e exclusiva, com a massa insolvente”.

O objetivo é “alcançar um acordo que assegure as melhores condições para a recuperação da Groundforce e de ressarcimento dos créditos dos credores”.

Segundo Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, era sua intenção – após a reunião que tiveram ao final da manhã de quinta-feira com a Comissão de Credores, “visando informar os seus membros das evoluções mais recentes ocorridas no processo competitivo em curso” – elaborar “um breve comunicado para informar os trabalhadores destas mesmas evoluções”.

Neste contexto, “foi com surpresa que constaram a publicação de notícias relacionadas com este assunto junto dos meios de comunicação”.

Garantindo que é sua “firme intenção assegurar a transparência e a exatidão das informações que chegam a toda a equipa da Groundforce, enquanto elementos essenciais no melhor desfecho deste processo de insolvência”, os administradores de insolvência salientam ser “importante e crucial” para um “bom desfecho” do processo que “toda a equipa da Groundforce se mantenha focada e empenhada na sua missão, assegurando a prossecução da sua atividade comercial e a excelência que a caracteriza”.

No dia 22 de setembro de 2021, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia de credores, no tribunal de Monsanto, Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência, avançou, na altura, fonte sindical à agência Lusa.

A maioria dos credores representada na assembleia tem créditos laborais, ou seja, são trabalhadores. Estão ainda representados os maiores credores do grupo de handling (assistência nos aeroportos em terra).

A lista de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência da empresa, conta com 2.791 entidades, num total de mais de 154 milhões de euros, sendo que a TAP viu reconhecidos créditos de quase 19,7 milhões de euros.

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Sánchez diz que banca e energia beneficiam com inflação e têm obrigação de ajudar

Numa altura em que a inflação atinge o valor mais alto em 38 anos, Sánchez defende que os bancos e as energéticas que beneficiam dos aumentos têm "a obrigação" de ajudar Espanha a sair desta crise.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse hoje que os bancos e as empresas energéticas estão a beneficiar com o aumento dos preços e que têm “a obrigação” de ajudar Espanha a sair desta crise.

“As dificuldades da maioria não podem ser as alegrias de uma minoria”, disse Sánchez, a propósito do imposto extraordinário e temporário que o Governo espanhol decidiu aplicar aos maiores bancos e companhias do setor da energia, sobre ganhos com juros e comissões e sobre as vendas em 2022 e 2023.

Para o líder do Governo espanhol, uma coligação do partido socialista (PSOE) com a plataforma de esquerda Unidas Podemos, trata-se de fazer uma “partilha mais justa” dos custos da guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com uma invasão da Rússia.

Sánchez lembrou “o impacto tão duro, tão contundente no custo de vida” que tem a escalada da inflação, agravada pela guerra na Ucrânia, depois de dois anos de pandemia e recordou as medidas que Espanha tem tomado para tentar responder à subida dos preços, com uma inflação que em julho se situou, no país, em 10,8%, o valor mais alto em 38 anos, segundo dados conhecidos hoje.

O Governo espanhol já adotou, desde o início da guerra, medidas de apoio a famílias e setores mais afetados pela inflação no valor de 30 mil milhões de euros, o equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha, segundo Sánchez, que garantiu que sem estes apoios, a inflação estaria agora nos 15%.

O imposto sobre as maiores empresas do setor da energia e sobre os maiores bancos é, neste contexto, “uma medida de justiça social” e também uma “obrigação”, defendeu o chefe do Governo espanhol, que lembrou as ajudas estatais aos bancos na última crise financeira.

“Podem e devem ajudar o país a sair desta situação, exatamente como Espanha ajudou os bancos a sair da crise financeira e exatamente como estão a fazer outros países europeus”, afirmou, numa conferência de imprensa em Madrid para fazer um balanço do primeiro semestre de governação.

A banca e as empresas do setor da energia criticam o novo imposto, negam lucros extraordinários associados à inflação e ponderam recorrer à justiça para evitar a sua aplicação.

Para os bancos, o novo imposto é mesmo contraproducente, por retirar capacidade aos bancos de ajudar a economia num contexto de crise.

Espanha quer limite sobre preço das licenças de emissão de carbono

O Governo espanhol vai enviar uma proposta à Comissão Europeia que visa limitar os preços das licenças de emissão de dióxido de carbono (CO2), numa tentativa de conter os aumentos dos preços da energia e os efeitos sobre a inflação.

Pedro Sánchez anunciou a medida esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa, onde explicou que o objetivo é propor “uma nova intervenção no mercado de energia com um teto sobre o preço de emissão de CO2” nos 27 Estados-membros, acrescentando que o seu governo também enviará ao executivo comunitário uma proposta para “reformar o mercado de eletricidade”. “Estas são medidas que vão ajudar a dobrar a curva da inflação e beneficiar a Espanha e a Europa”, disse Sánchez.

O preço sobre as licenças de carbono tem como objetivo fazer com que os poluidores assumam um custo proporcional às suas emissões de CO2, incentivando-as, assim, a reduzi-las.

No mesmo momento, o primeiro-ministro também anunciou que governo apresentará um novo plano de poupança energética na segunda-feira, mas não adiantou detalhes.

 

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Abanca aumenta lucros em 14% para 104 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

O volume de negócios do grupo cresceu em mais de 6.800 milhões de euros, um aumento de 6,6% em relação aos mesmos meses do ano passado.

O banco espanhol Abanca teve 104,3 milhões de euros de lucros no primeiro semestre deste ano, mais 14,3% do que no mesmo período de 2021, divulgou esta sexta-feira a instituição, que está presente no mercado português.

O volume de negócios do grupo cresceu em mais de 6.800 milhões de euros, um aumento de 6,6% em relação aos mesmos meses do ano passado, e situou-se em 110.000 milhões de euros, segundo um comunicado.

A instituição destacou o aumento do número de clientes e da concessão de crédito neste período, com um crescimento de 67,6% do número de novas hipotecas para compara de primeira habitação em comparação com o primeiro semestre de 2019, antes do impacto da pandemia de covid-19. Já a pequenas e médias empresas e a empresários em nome individual, o Abanca, que tem sede na região espanhola da Galiza, atribuiu 1.500 milhões de euros, mais 35% do que mesmo período de 2019.

O presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet Rodríguez, sublinhou, numa conferência de imprensa, os bons resultados, “tendo em conta a volatilidade e a enorme incerteza que tem estado a imperar no mercado”. Em relação ao futuro, há “ameaças consideráveis no contexto”, como uma possível desaceleração do crescimento da economia, as subidas das taxas de juro de referência para o crédito à habitação e “a tendência inflacionista que já se reconhece como sendo persistente”, afirmou o presidente do Abanca, citado pela agência de notícias EFE.

Apesar de este cenário colocar “desafios de gestão considerável”, o Abanca está “magnificamente preparado” para os enfrentar, acrescentou. “O banco permanece entre os mais sólidos do setor, com uma cobertura de ativos de cobrança duvidosa de 82,9%”, lê-se no comunicado que foi divulgado hoje com os resultados do Abanca. Segundo o mesmo texto, “o rácio de capital total situa-se em 16,4%, superando os requisitos regulatórios”.

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Casa da Praia do WYgroup é finalista dos “Society of British Interior Design Awards”

A Casa da Praia foi um dos escritórios escolhidos para fazer parte do leque de finalistas, entre 85 países, dos "Society of British Interior Design Awards", na categoria de office design.

A Society of British Interior Design selecionou a Casa da Praia como finalista para os seus prémios na categoria de office design, entre mais de 85 países a concurso. O projeto, um experience hub com mais de 2.000 metros quadrados em frente à praia de Santo Amaro de Oeiras, destinado aos colaboradores do grupo, foi conceptualizado e desenvolvido por uma equipa interdisciplinar da WYcreative, agência do WYgroup, que combinou as suas valências com a equipa de arquitetura da MOA Arquitectos e com a visão estética da Rita Andringa, designer de interiores e fundadora do Andriga Studio.

“A Casa de Praia é representativa da cultura e identidade do WYgroup. Foi inspirada no próprio ecossistema – o mar, a criatividade – e orientada à sustentabilidade, através de uma cultura de consciência ambiental e de promoção de um estilo de vida sustentável, de forma a reduzir o impacto no meio ambiente e a ampliar o impacto no bem-estar. Valorizámos ambientes fluidos e ágeis, que acomodam as várias tarefas e estilos de trabalho e esse é um ponto crucial”, conta Carlos Castelo Branco, 3D director na WYcreative, em comunicado.

“O futuro do trabalho coexiste com o home office, e que para a criação de um ambiente de trabalho positivo, os escritórios deverão ser cada vez mais humanizados e preparados para a aprendizagem, o crescimento, e a partilha de cultura. Na idealização da Casa da Praia, a aposta focou-se na promoção da experiência dos colaboradores in loco, privilegiando o bem-estar, a sustentabilidade, a colaboração, a interação e proximidade entre as pessoas porque equipas felizes e saudáveis são produtivas e os melhores ativos de qualquer organização que quer ser bem-sucedida no futuro”, acrescenta Rita Baltazar, cofundadora e partner do WYgroup.

A primeira fase das votações dos “Society of British Interior Design Awards” é feita pelo público, por isso, até 24 de agosto, qualquer um pode votar na Casa da Praia do WYgroup aqui.

Percorra a fotogaleria para ficar a conhecer a Casa da Praia:

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Grupo Symington compra produtora do espumante Vértice

Maior proprietário de quintas no Douro, que fatura 105 milhões de euros, entra no capital da Caves Transmontanas, através de aumento de capital acordado com o grupo TMG e Michael de Mello.

Num “feliz encontro de vontades” com o grupo TMG e Michael de Mello, acionistas da Caves Transmontanas, a Symington Family Estates, que detém marcas como Graham’s, Cockburn’s, Dow’s (Porto), Quinta do Vesúvio ou Altano (DOC Douro), acaba de avançar para a compra desta empresa de Alijó que produz o conhecido espumante Vértice.

Através de um aumento de capital, aquele que é o maior proprietário no Douro e que na venda de vinhos só perde para a Sogrape passa a deter 50% do capital da Caves Transmontanas, “o que permitirá criar o suporte financeiro necessário para promover a expansão do negócio e o investimento em ativos que lhe permitam continuar a trilhar um caminho de excelência”.

Num comunicado em que não avança com o valor do investimento realizada, o grupo familiar liderado por Rupert Symington sublinha que “há muito tempo que vinha considerando a possibilidade de investir no negócio dos vinhos espumantes portugueses, onde reconhece existir um elevado potencial de valorização e de ganho reputacional”.

Com esta mudança na estrutura acionista será nomeado um novo conselho de gerência, que incluirá Celso Pereira, desde 1989 o responsável pela produção do Vértice, e que irá assegurar a continuidade da gestão independente deste negócio. “É com grande entusiasmo e vontade de trabalharem em conjunto, que os sócios da empresa olham para o futuro da Caves Transmontanas e dos seus espumantes Vértice”, lê-se na mesma nota.

Criada por uma família de origem britânica e portuguesa que iniciou este negócio de vinhos em 1882 – a quinta geração já trabalha na empresa –, a Symington fechou o ano passado com um volume de negócios de 105 milhões de euros. É um dos principais produtores de Portos premium e conta com 26 quintas no Douro, com um total de 2.420 hectares (dos quais 1.114 de vinha), além do projeto da Quinta da Fonte Souto, no Alto Alentejo.

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Países ricos falharam meta de apoio climático de 100 mil milhões para países mais pobres

Segundo a OCDE, os países ricos disponibilizaram cerca 83 mil milhões de dólares em 2020 para ajudar as nações mais pobres e afetadas pelas alterações climáticas.

Os países ricos não cumpriram a promessa de ajudar com 100 mil milhões de dólares (98,47 mil milhões de euros) os países mais pobres a enfrentar os prejuízos resultantes das alterações climáticas. De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), citado esta sexta-feira pela Reuters, foram disponibilizados 83,3 mil milhões de dólares (cerca de 81,95 mil milhões de euros), em 2020, menos 16,7 mil milhões de dólares, ou 16,43 mil milhões de euros, do que o valor a que se comprometeram entregar, em 2009.

De acordo com a OCDE, os 83,3 mil milhões de dólares mobilizados em 2020 ficaram acima dos 79,9 mil milhões de dólares registados em 2018. A maior parte desse dinheiro assume a forma de empréstimos.

Segundo a agência noticiosa, a falha não é, no entanto, uma surpresa, uma vez que os países desenvolvidos já admitiram que essa meta só poderia ser concretizada a partir de 2023 — algo que só será confirmado em 2024, uma vez que, para a elaboração do relatório, a OCDE baseia-se em dados das Nações Unidas que só são processados de dois em dois anos.

Os dados surgem meses antes da próxima conferência das Nações Unidas sobre as alterações climáticas (COP27) que este ano acontece em novembro, no Egito. O evento anual é, tipicamente, uma oportunidade para serem agravadas as pressões sobre os países para que sejam feitos mais esforços de reduzir as emissões de carbono e limitar o aquecimento do planeta em 1,5 graus Celsius até 2050, tal como pede o Acordo de Paris.

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S&P 500 sobe com apoio da Apple e Amazon, naquele que é o melhor mês desde 2020

Índice de referência financeiro vai encerrar julho naquele que é o melhor mês desde 2020, ajudado pelos títulos da Amazon e da Apple.

Os principais índices de Wall Street abriram a última sessão da semana em terreno positivo, com o S&P 500 a encerrar julho naquele que é o melhor mês desde 2020, ajudado pelos títulos da Amazon e da Apple.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a valorizar 0,56% para 4.095,30 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que valoriza 0,04% para 32.541,93 pontos. Pelo mesmo caminho segue o tecnológico Nasdaq ao avançar 0,94% para 12.277,04 pontos.

O Dow Jones está a caminho de um ganho de mais de 5% em julho, naquele que será o maior desde março de 2021, enquanto o S&P 500 subiu 7,5% este mês e o Nasdaq mais do que 10%. Ambos os índices estão prestes a fechar os maiores ganhos mensais desde novembro de 2020.

Esse desempenho é um forte contraste com os seis meses anteriores. O mercado reverteu quando os receios dos investidores sobre o ritmo agressivo dos aumentos das taxas de juros por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed) começaram a diminuir e a ideia de que a inflação talvez tenha atingido o pico começou a instalar-se.

Ainda assim, muitos analistas e investidores continuam preocupados com os níveis de inflação, tendo em conta a guerra na Ucrânia e a possibilidade de que os mercados possam cair novamente. Esta sexta-feira, o Bureau of Economic Analysis informou que o índice de preços das despesas de consumo pessoal, um indicador de inflação observado de perto pela Fed, atingiu o nível mais alto desde janeiro de 1982.

No mercado de ações, destaque para a Apple, que sobe 3,18% para 162,36 dólares, depois de as receitas com a venda de iPhones terem superado as expectativas, enquanto a Amazon dispara 10,41% para 135,01 dólares, depois de ter reportado vendas mais fortes do que o esperado no trimestre anterior.

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Queixas à CMVM aumentam no semestre do início da guerra

Nos primeiros seis meses deste ano, o regulador recebeu mais de 200 queixas, mais 7%. Os dois tipos de instrumentos financeiros mais reclamados continuam a ser os fundos de investimento e as ações.

No primeiro semestre, marcado pela instabilidade e pela guerra, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 206 reclamações, um aumento de 7% face à primeira metade do ano passado. Os fundos de investimento e as ações continuam a motivar a maioria das queixas.

Em comunicado, o regulador informa que as 206 reclamações, feitas nos primeiros 180 dias deste ano (seis meses), visaram 22 entidades, “das quais a maioria (16) registou um aumento do número de reclamações face ao semestre anterior”.

Os dados constam no “Relatório Estatístico sobre Reclamações dos Investidores” referente ao primeiro semestre deste ano, sendo que a instituição justifica o aumento de reclamações “com o clima de maior instabilidade política e económica a nível mundial que provocou a desvalorização de alguns instrumentos financeiros detidos por investidores”.

Os dois tipos de instrumentos financeiros mais reclamados continuaram a ser os fundos de investimento e as ações, apresentando, contudo, evoluções distintas. Face ao primeiro semestre de 2021, o peso das reclamações recebidas sobre fundos de investimentos aumentaram 17 pontos percentuais para 40%, enquanto as reclamações sobre ações tiveram uma queda de 11 pontos percentuais para 33%.

Reclamações recebidas por tipo de instrumento financeiro durante o primeiro semestre de 2022

Fonte: CMVM

Por outro lado, a qualidade da informação prestada foi o assunto mais reclamado, tendo aumentado 17 pontos percentuais, face ao período homólogo, para 39%. De acordo com o regulador, esta subida está relacionada “em grande parte” com o investimento em fundos de investimento e com um menor conhecimento dos investidores “sobre a possibilidade de perda de capital neste tipo de produto”.

Em contrapartida, “o peso das reclamações relativas a execução de ordens ou a comissões e encargos foi menos expressivo do que na primeira metade de 2021″, tendo passado de 35% para 20%, tendo este, ainda assim, sido o segundo motivo assunto mais reclamado. Seguem-se as comissões, encargos ou cláusulas contratuais, que caíram de 22% para 15%.

A maioria das reclamações foi apresentada no Livro de Reclamações Eletrónico (68%), quase totalmente por pessoas singulares, do género masculino (64%), residentes em Portugal e maioritariamente nos distritos de Lisboa e do Porto.

Por fim, o regulador financeiro informa ainda que, entre janeiro e junho deste ano, foram concluídas 135 reclamações, o que representa um recuo de 13% relativamente ao semestre anterior.

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Pilotos da TAP manifestam-se contra “injustiças” da administração e do Governo

  • Lusa
  • 29 Julho 2022

SPAC convoca manifestação contra “atropelos e injustiças” da administração e da tutela, pela recusa do conselho da TAP em realizar reuniões de trabalhadores. Manifestação arranca às 08h30 em Lisboa.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) convocou uma manifestação, para a próxima terça-feira, dirigida aos trabalhadores que não se encontrem ao serviço, contra os “atropelos e injustiças” da administração e da TAP da tutela.

“A direção do SPAC e a comissão sindical convocaram uma manifestação dirigida a todos os pilotos da TAP Air Portugal, que não se encontrem ao serviço, para a próxima terça-feira, dia 2 de agosto”, lê-se numa nota da estrutura sindical.

Em causa, segundo o SPAC, estão as recusas do Conselho de Administração da TAP Air Portugal para a realização de reuniões de trabalhadores.

Apelando para a “participação massiva” dos trabalhadores, o sindicato disse ainda que o objetivo passa por demonstrar insatisfação face aos “atropelos, injustiças e à forma como a administração e a tutela têm gerido a empresa e a relação laboral com os pilotos”.

A manifestação terá início às 08:30, em Lisboa, junto ao Terminal de Tripulações do Areeiro (TTA) e terminará no Campus da TAP.

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Inflação na energia abranda pela primeira vez em mais de meio ano

Variação de preços nos produtos energéticos abrandou em comparação com julho de 2021 e face a junho de 2022. Preços dos combustíveis têm caído há várias semanas consecutivas.

A inflação homóloga nos preços dos produtos energéticos abrandou pela primeira vez em 2022. É preciso recuar ao final do ano passado para assistirmos a uma desaceleração nos custos com a energia, segundo os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em julho, o índice de preços no consumidor (IPC) para produtos energéticos aumentou 31,19% em relação ao mesmo mês de 2021. No entanto, esta variação foi inferior à registada em junho de 2022 (31,66%).

A última vez que tal tinha acontecido fora em dezembro de 2021. No último mês do ano passado, a variação homóloga nos preços foi de 11,18%; em novembro, a mexida nos preços dos produtos da energia tinha sido de 14,14%.

A diminuição do preço dos combustíveis tem contribuído para o abrandamento dos custos da energia. No mês de julho, tem diminuído a fatura com gasolina e o gasóleo, por conta da redução da cotação do petróleo (em dólares) nos mercados internacionais. Apenas a desvalorização do euro tem evitado maiores impactos da descida do ‘ouro negro’ junto dos automobilistas.

Na variação de mês para mês (em cadeia) dos preços dos produtos energéticos, também registou-se um abrandamento: de junho para julho, o aumento foi de 1,05%, o que compara com os 4,58% verificados entre maio e junho. Contudo, este abrandamento já fora registado três vezes neste ano: de janeiro para fevereiro; de março para abril; e de abril para maio.

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