Consumidores da Zona Euro antecipam inflação elevada e contração económica

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

Consumidores da Zona Euro esperam que economia se contraia 1,3% dentro de 12 meses e que o desemprego aumente para 11,5%.

Os consumidores da Zona Euro esperam uma inflação elevada e uma contração económica, de acordo com um inquérito conduzido pelo Banco Central Europeu (BCE) na Bélgica, Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos.

O BCE informou esta quinta-feira que os consumidores inquiridos previram uma inflação de 5% nos próximos 12 meses e de 2,8% dentro de três anos. O BCE tem como objetivo uma taxa de inflação de 2% a médio prazo.

Os consumidores da Zona Euro esperam que esta se contraia 1,3% dentro de 12 meses e que o desemprego aumente para 11,5%.

O BCE realiza este inquérito mensal sobre as expectativas dos consumidores, que recolhe informações sobre as perceções e expectativas dos consumidores na zona euro e sobre o seu comportamento económico e financeiro.

Os resultados do inquérito baseiam-se nas respostas de 14.000 consumidores com 18 anos ou mais de seis países da zona euro, que representam 85% do Produto Interno Bruto (PIB) e 83,8% da população. O BCE começou hoje a publicar os resultados deste inquérito e fá-lo-á mensalmente a partir de agora.

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Grupo Your compra empresa de contabilidade com 700 clientes

A CERB de Manuel Homem de Melo, com 80 funcionários e faturação de 3,5 milhões em 2021, passa para as mãos do grupo liderado por Sara do Ó e Filipa Xavier de Bastos, numa operação de cinco milhões.

A Your Finance, empresa do Grupo Your especializada em serviços de contabilidade e payroll, adquiriu a CERB num negócio avaliado em cerca de cinco milhões de euros e que publicita como “um grande passo no caminho para líder” deste setor de atividade em Portugal.

Especialista em serviços de apoio à gestão, contabilidade financeira, gestão de recursos humanos e organização de empresas, a CERB conta com uma equipa com 80 colaboradores — que passa a ser chefiada por Francisco Santana Lopes, associate partner do grupo Your –, e uma carteira de cerca de 700 clientes. A empresa sediada em Sintra fechou o ano de 2021 com uma faturação de 3,5 milhões de euros.

“É com muito orgulho e responsabilidade que assumimos a sucessão da CERB, liderada por Manuel Homem de Melo, que sempre foi uma empresa de referência e exemplo a seguir para nós. A estratégia de crescimento do Grupo Your passa precisamente por procurar sinergias através de fusões e aquisições que potenciem o nosso know how especializado junto do tecido empresarial”, resumiu a fundadora e CEO, Sara do Ó.

É com muito orgulho e responsabilidade que assumimos a sucessão da CERB, liderada por Manuel Homem de Melo, que sempre foi uma empresa de referência e exemplo a seguir para nós.

Sara do Ó

Fundadora e CEO do grupo Your

Fundado há 15 anos por Sara do Ó e Filipa Xavier de Bastos, que continuam a ser as acionistas maioritárias – os outros três partners são Hugo Salgueiro, Pedro Lourenço Marques e Manuel Cotta Dias, o Grupo Your registou em 2021 um volume de negócios de dez milhões de euros. Nos escritórios de Lisboa, Porto e Luanda (Angola) empregava até agora cerca de 250 pessoas.

Francisco Santana Lopes, Sara do Ó, Filipa Xavier de Basto e Manuel Homem de Melo.

Apesar de contar atualmente com um total de 11 áreas de negócio distintas, a contabilidade (Your Finance) ainda representa cerca de 75% do volume de negócios, empregando mais de 200 pessoas. Nos serviços prestados a uma carteira com cerca de 2.500 clientes, os outros segmentos mais relevantes são a Your Care (medicina e saúde no trabalho) e a Your People (consultoria em recursos humanos).

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APPM Marketing Awards com 184 candidaturas

No total, estão a concurso 74 marcas. As categorias de Advertising contam com 52 trabalhos inscritos, as de Marketing com 46, Comunicação 45, Media 33 e Inovação oito. 

A primeira edição dos APPM Marketing Awards, após um interregno de 15 anos, contou com 184 trabalhos inscritos.

No total, estão a concurso 74 marcas. As categorias de Advertising contam com 52 trabalhos inscritos, as de Marketing com 46, Comunicação 45, Media 33 e Inovação oito.

“Tal demonstra que existe espaço para prémios que desafiem os marketers e as agências a partilharem os seus sucessos e o trabalho bem feito nas suas marcas”, comenta a Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing, promotora dos prémios.

Ideia criativa e insights, Inovação e originalidade e Execução e Resultados são agora os critérios de avaliação do júri, presidido por Sandra Alvarez (APPM, PHD Media) e Carolina Afonso (APPM, Gato Preto). Tiago Simões (Continente), Filipa Appleton (Galp), Leonor Dias (Vodafone), Teresa Cortes (Sociedade Ponto Verde), Nuno Jerónimo (O Escritório), Diogo Anahory (ano sabático), Bernardo Rodo (OMD), Rui Freire (Initiative), Salvador da Cunha (Lift), Francisco Véstia (Samyroad), Tiago Froufe (Louvin), Pedro Janela (WY Group), Pedro Rodrigues (Desafio Global), Mónica Serrano (SIC) e Rudolf Gruner (Observador) são os jurados.

A entrega de prémios irá decorrer a 30 de setembro.

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Credit Suisse pondera corte de milhares de postos de trabalho

Fonte oficial do banco suíço afirma que a estratégia do Credit Suisse "será atualizada", mas sem fornecer mais detalhes. 

O Credit Suisse está a ponderar cortar mil milhões de dólares (o equivalente a cerca de 980 milhões de euros) nas suas despesas. A eliminação de milhares de postos de trabalho é uma das medidas em cima da mesa da administração da instituição bancária suíça.

“O banco, que começou a eliminar postos de trabalho na Ásia, está a ponderar um plano agressivo para reduzir o número de funcionários, que era de 51.410 no final de junho”, avançaram fontes próximas do processo, em declarações à Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

O banco deverá finalizar os seus planos durante os próximos meses, estando agora a examinar a eficiência de cada departamento, tanto os de back office como os de contactos direito com os clientes. As mesmas fontes ouvidas pela agência noticiosa referem que as estimativas a ser discutidas, e que incluem o corte de vários milhares de funções, deverão acontecer ao longo de vários anos. Ainda nenhuma decisão foi tomada, ressalvam.

Fonte oficial do banco suíço, por sua vez, diz apenas que a estratégia do Credit Suisse “será atualizada”, mas sem fornecer mais detalhes. “Já dissemos que vamos atualizar a nossa estratégia, quando anunciarmos os resultados do terceiro trimestre. Até lá qualquer notícia sobre uma decisão é meramente especulativa.”

A notícia surge apenas uma semana depois de anúncio da saída de Thomas Gottsein do cargo de chairman da instituição, posição que passou a ser assumida por Ulrich Koerner. Entre abril e junho, o Credit Suisse reportou o terceiro prejuízo trimestral consecutivo.

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Marcelo quer mais clareza do regulador sobre preços da luz

Presidente da República lamenta declarações do presidente da Endesa e pede mais bom senso e responsabilidade social às empresas energéticas em tempo de crise.

O Presidente da República pediu maior clareza nas explicações do regulador do setor energético — a ERSE — relativamente aos impactos do mecanismo ibérico para limitar os preços do gás e, assim, travar a subida dos preços da luz junto dos consumidores. Marcelo Rebelo de Sousa lamentou ainda as declarações do presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, sobre eventuais aumentos da eletricidade a partir de agosto, que classificou de “alarmistas”.

“Os portugueses têm o direito a saber quanto vão pagar de eletricidade. A ERSE já emitiu um documento, mas ganha-se em tornar o esclarecimento mais esclarecedor. Eu próprio tive alguma dificuldade em entender”, propôs Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3.

A polémica começou com uma entrevista do presidente da Endesa à Antena 1 e Jornal de Negócios, na qual Nuno Ribeiro da Silva alertava para possíveis aumentos de tarifas de 40% por causa do mecanismo ibérico para limitação do preço do gás natural para produção de eletricidade.

Logo no domingo, e em reação à entrevista, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) emitiu um comunicado onde explicava que o “travão ibérico” tem custos que têm de ser suportados pelos consumidores, mas que o benefício da descida do preço da eletricidade é superior ao custo.

A situação levou o primeiro-ministro a assinar um despacho relativo aos contratos entre o Estado e a Endesaavaliados em cerca de 100 milhões de euros. No caso, os pagamentos ficam a estar sujeitos a avaliação prévia do secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba.

Marcelo Rebelo de Sousa designou o despacho de um “documento interno sobre um procedimento administrativo” e que “não tem eficácia externa a não ser política”.

Sobre as declarações do líder da Endesa, o Chefe de Estado, entende que “não é a ideia mais brilhante do mundo suscitar questões sobre uma matéria tão sensível”.

Para o futuro, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que as empresas energéticas devem ter mais bom senso e maior atenção à responsabilidade social. Na responsabilidade social entra o bom senso de não terem intervenções alarmistas ou especulativas que criem perturbação na comunidade. É o mínimo dos mínimos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Afastada, para já, está a defesa de um imposto sobre lucros extraordinários: “Não vou tão longe quanto o secretário-geral da ONU.”

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Rendimento real ‘per capita’ das famílias cai 1,1% na OCDE até março

  • Lusa
  • 4 Agosto 2022

O declínio do rendimento real 'per capita' das famílias contrasta com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real por pessoa, que cresceu 0,2% no primeiro trimestre.

O rendimento real ‘per capita’ das famílias diminuiu 1,1% na OCDE no primeiro trimestre deste ano, devido em parte a aumentos dos preços do consumidor, que “minaram o rendimento das famílias em termos reais”, foi anunciado nesta quinta-feira.

Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o declínio do rendimento real ‘per capita’ das famílias contrasta com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real ‘per capita’ (por pessoa), que cresceu 0,2% no primeiro trimestre.

Este foi o quarto trimestre consecutivo que o PIB ‘per capita’ ultrapassou o rendimento familiar ‘per capita’, reduzindo a diferença observada no início da pandemia.

O rendimento das famílias é agora 2,9% mais elevado do que era no quarto trimestre de 2019, enquanto o PIB real é 1,6% mais elevado.

Entre as economias do G7, o impacto da inflação sobre as famílias no primeiro trimestre foi particularmente claro em França, onde o rendimento familiar real ‘per capita’ caiu 1,9% e na Alemanha, onde caiu 1,7%.

Noutras partes da Europa, a elevada inflação doméstica também contribuiu para grandes quedas em termos reais do rendimento familiar ‘per capita’ como na Áustria (menos 5,5%) e em Espanha (menos 4,1%).

Entre os países do G7, o Canadá registou o maior crescimento do rendimento familiar real ‘per capita’ no primeiro trimestre de 2022, com uma subida de 1,5%, devido principalmente ao crescimento na “remuneração dos empregados” (salários e vencimentos dos empregados e contribuições sociais dos empregadores), que aumentaram 3,8% em termos nominais no primeiro trimestre de 2022.

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PRR tem 9,5 milhões para requalificar e alargar rede de equipamentos sociais

  • ECO
  • 4 Agosto 2022

No âmbito do PRR já foram assinados 105 contratos para respostas sociais, representando um investimento total de mais de 132,5 milhões de euros.

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), autarquias e outras entidades sem fins lucrativos têm disponíveis 9,5 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para financiar a requalificação e alargamento da rede de equipamentos e respostas sociais e inovadoras, em especial para Comunidades de Inserção e Habitação Colaborativa (Co-Housing).

Os interessados podem apresentar candidaturas entre 15 de setembro e 14 de outubro, mas o aviso com as regras já está publicado. “O presente Aviso tem como objetivo criar 370 novos lugares, repartidos entre as duas respostas, 120 lugares para as Comunidades de Inserção e 250 lugares para a Habitação Colaborativa”, detalha o comunicado do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Em causa estão 9,58 milhões de euros.

Para este apoio são elegíveis as candidaturas para criar “lugares em Comunidades de Inserção, na modalidade com alojamento, em unidades funcionais autónomas para pessoas em situação de sem-abrigo, e em Habitação Colaborativa”. Uma resposta inspirada no modelo que surgiu na Dinamarca nos anos 70 e que é “constituída por um conjunto de unidades habitacionais independentes e por zonas comuns ou comunitárias partilhadas, constituídas por um ou mais espaços polivalentes para atividades colaborativas, em que é assegurada a prestação de serviços de retaguarda”.

“É fundamental acelerar novas respostas sociais para promover envelhecimento ativo com autonomia e independência e por isso lançamos este aviso para desenvolvimento de projetos inovadores nesta área”, declara a ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, citada no mesmo comunicado.

No âmbito do PRR, já foram assinados 105 contratos para respostas sociais, representando um investimento total de mais de 132,5 milhões de euros.

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Grupo Turim desiste do Paço Real de Caxias. Governo lança novo concurso

Grupo Turim desistiu de transformar o imóvel histórico num hotel com 120 quartos, culpando a pandemia. Novo concurso, no âmbito do Revive, prevê um investimento de 11 milhões de euros.

Cerca de dois anos e meio depois de o Grupo Turim ter vencido o concurso para reabilitar e transformar o Paço Real de Caxias num hotel, o Governo lança novamente um concurso público para o imóvel, no âmbito do Revive. A cadeia hoteleira diz ter desistido do projeto devido à pandemia. Novo concurso é lançado esta quinta-feira para a concessão deste imóvel por 50 anos, por uma renda anual mínima de 174.912 euros.

Em novembro de 2019, o Governo dava por encerrado o concurso público para a exploração do Paço Real de Caxias, em Oeiras, com três propostas recebidas. Em janeiro de 2020 era noticiado que a concessão do imóvel tinha sido atribuída ao Grupo Turim, que pretendia lá implementar um hotel com 120 quartos, mediante o pagamento de uma renda anual de 216 mil euros ao Estado. Mas, com a pandemia, a cadeia hoteleira desistiu.

“A celebração do contrato [com o Grupo Turim] coincidiu com o início da pandemia, que originou inesperadas transformações (…). Em 2022, reconhecendo a inviabilidade da execução dos termos do contrato pela concessionaria, as partes acordaram na sua revogação“, diz o Ministério da Economia, em comunicado enviado às redações esta quinta-feira.

O Governo lança um novo concurso público para a exploração do imóvel, por uma renda anual mínima de 174.912 euros, abaixo do valor acordado com o Grupo Turim. Este processo, lê-se na mesma nota, “pretende dar, finalmente, uma nova vida a este imóvel histórico, com uma localização excecional, em frente à linha de costa, no qual se destacam as esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos“.

Paço Real de Caxias vai novamente a concurso público para ser reabilitado e explorado no âmbito do Programa Revive.Wikimedia Commons

O imóvel será, no âmbito do Programa Revive, “concessionado por 50 anos, por uma renda anual mínima de 174.912 euros, estimando-se um investimento de recuperação na ordem dos 11 milhões de euros”, diz o Ministério da Economia. A área de construção total é de 5.817 metros quadrados e os investidores interessados terão agora um prazo de 48 dias para apresentação de propostas no novo concurso.

“O Paço Real de Caxias é um ativo estratégico, que merece ser valorizado e divulgado. O Programa Revive ajudará a que este património seja requalificado, passando a acolher um projeto turístico de qualidade tal como se impõe”, diz a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, citada em comunicado.

O Revive é uma iniciativa que prevê a reabilitação de edifícios públicos em unidades turísticas e o Paço Real de Caxias é um dos 33 imóveis inscritos na primeira fase, que neste momento integra já 52 imóveis. Atualmente, estão abertos os concursos para a Casa Grande, em Pinhel, e da 7.ª Bateria do Outão, no Parque Natural da Arrábida, em Setúbal, estando ainda a decorrer os concursos para os Fortes de S. João e de S. Pedro, em Cascais.

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Banco de Inglaterra sobe taxas de juro em 50 pontos base, a maior subida desde 1995

Com a inflação perto dos 10%, o Banco de Inglaterra decidiu subir as taxas de juro em 50 pontos base, a maior subida em 27 anos. Avisa que Reino Unido vai entrar em recessão no final do ano.

O Banco de Inglaterra subiu esta quinta-feira as taxas de juro em 50 pontos base, naquela que é a maior subida desde 1995, num esforço para conter a escalada da inflação que deverá atingir os 13,3% em outubro. E já deixou o alerta: “O Reino Unido deverá entrar em recessão no quarto trimestre deste ano.”

Com esta decisão, que era amplamente esperada pelos investidores, o BoE (sigla para Bank of England) agrava a taxa diretora para 1,75%, o nível mais elevado desde o final de 2008, no início da crise financeira global. Oito dos nove membros do comité de política monetária do BoE votaram a favor de uma subida dos juros em 50 pontos base, sendo que apenas um membro queria uma subida de apenas 25 pontos base.

Ao mesmo tempo, o banco central liderado por Andrew Bailey avisou que o Reino Unido deverá deslizar para uma recessão com uma perda de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), uma queda da mesma dimensão da que registou nos anos 1990 mas muito longe das contrações verificadas na pandemia ou na crise financeira global de 2008.

A economia britânica deverá começar a retrair-se nos últimos três meses do ano e durante todo o ano de 2023, antecipando-se assim a mais longa recessão após da crise financeira.

A inflação no Reino Unido disparou para 9,4% e, apesar do aperto monetário, deverá atingir os 13,3% em outubro, segundo as estimativas do banco central, devido à pressão dos preços da energia. O think tank Resolution Foundation perspetiva que a taxa de inflação possa escalar até aos 15% no início do próximo ano, perante o impacto da invasão da Rússia na Ucrânia e das disrupções nas cadeias de valor globais após a pandemia.

“Sem se’s, nem mas”

Em conferência de imprensa, Andrew Bailey justificou a decisão com o facto de ter “algumas indicações de que as pressões nos preços estão a tornar-se mais persistentes e amplas” e reiterou o compromisso inabalável do banco de fazer baixar a inflação para 2%. “Regressar ao objetivo de 2% continua a ser a nossa prioridade absoluta. Não há se’s nem mas em relação a isso”, disse aos jornalistas.

Por outro lado, também considerou que “um aperto mais rápido agora reduz o risco de um ciclo de subidas mais prolongado e custoso mais tarde” e que se a inflação não regressar ao objetivo “as coisas vão ficar piores” sobretudo para quem tem menos rendimentos.

O governador sublinhou ainda que todas as opções continuam em cima da mesa nas próximas reuniões do banco e que não há um caminho “predeterminado” nas subidas das taxas de juro. “A magnitude, ritmo e timing de novas mudanças na taxa do banco irá refletir a avaliação do comité em relação ao outlook económico e às pressões inflacionistas”, refere o BoE.

Sexta subida

Para travar a subida descontrolada dos preços, e já contando com a decisão desta quinta-feira, o BoE já aumentou as taxas por seis ocasiões desde dezembro. Em junho, o banco central prometeu que iria agir com força se as pressões inflacionistas persistirem.

Nas últimas semanas também a Reserva Federal norte-americana e o Banco Central Europeu (BCE) aumentaram as suas taxas de referência para colocar a inflação novamente dentro do objetivo dos 2%.

(Notícia atualizada às 13h12)

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Minipreço fecha 25 lojas e despede 159 trabalhadores, menos 12% do que o previsto

Grupo DIA fecha 25 lojas Minipreço e despede um total de 159 pessoas em Portugal, após negociação que colocou 12% dos envolvidos noutras funções. Vendas voltaram a cair 4,5% no primeiro semestre.

A lidar com um “complexo cenário macroeconómico com pressão sobre os custos e os preços devido à escalada da inflação”, o grupo DIA avançou com o encerramento de 25 lojas Minipreço em Portugal, numa decisão que diz estar “devidamente enquadrada no esforço de adaptação, modernização e equilíbrio das operações da Dia Portugal, com o objetivo de melhor preparar a empresa para os desafios atuais e futuros que decorrem da atual conjuntura económica no país”.

Em resposta às perguntas enviadas pelo ECO na sequência de uma greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP), fonte oficial da empresa que detém a insígnia Minipreço adianta, ainda assim, que “foi possível recolocar 12% dos colaboradores afetados, que saíram deste processo de despedimento coletivo, concluindo-se pela necessidade de supressão não de 181, mas de um total de 159 postos de trabalho”.

“Todo este processo foi conforme com os requisitos legais aplicáveis, contando desde o primeiro momento com a participação ativa da Comissão de Trabalhadores da DIA Portugal, que, num clima construtivo e de trabalho contínuo durante as três semanas de negociação, foi fundamental para garantir a paz social, salvaguardando os direitos dos colaboradores afetados”, acrescenta a mesma fonte.

A empresa assegura que “fará todos os esforços para manter uma operação estável e que contribua para a tranquilidade de todos os que diariamente contribuem” para a operação em Portugal, incluindo nesta lista os clientes, fornecedores, colaboradores e franqueados. Já o sindicato afeto à CGTP reclama que este despedimento é “evitável” e que “boa parte” dos abrangidos podiam ser absorvidos para “garantir o bom funcionamento” das lojas que continuam abertas ao público.

Trabalhadores do Dia Portugal (Minipreço) protestam durante uma concentração em Lisboa convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal contra o despedimento coletivo de 181 trabalhadores e o encerramento de 25 locais de trabalho, 04 de agosto de 2022.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

“Os trabalhadores consideram que a situação financeira da empresa é o resultado de uma má gestão, que, particularmente desde 2012, tem vindo a desenvolver políticas de desinvestimento na qualificação e valorização dos trabalhadores e das lojas, com a desvalorização acentuada dos salários e o brutal desinvestimento na requalificação e manutenção das lojas”, critica a estrutura sindical.

Vendas em Portugal caem 4,5% no primeiro semestre

Nos últimos dois anos, a multinacional com estabelecimentos em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina acumulou prejuízos superiores a 620 milhões de euros. Esta quinta-feira, a sociedade controlada pelo fundo de investimento LetterOne do russo Mikhail Fridman — um dos oligarcas sancionados pela invasão da Ucrânia –, reportou perdas de 104,7 milhões de euros no primeiro semestre (-0,1% em termos homólogos), com as vendas globais a crescerem 8,5%, apesar da redução de 4,3% no parque de lojas em relação aos primeiros seis meses do ano anterior.

Em Portugal, as vendas líquidas ascenderam a 283,1 milhões no primeiro semestre, 4,5% abaixo dos 296,3 milhões até junho de 2021. Já as vendas comparáveis registaram uma “melhoria significativa no segundo trimestre, apresentando níveis de 3,2% face aos -6,8% registados no primeiro trimestre do ano”. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 130 pontos base em termos de margem, “afetado pela queda no volume de vendas e maiores despesas operacionais não repercutidas ao cliente final, incluindo sobrecustos de energia e combustíveis que totalizaram 3,8 milhões de euros”.

Fonte: DIA

A 30 de junho, o total de lojas Dia Portugal ascendia a 494, das quais 202 próprias e 292 franqueadas. Nos primeiros seis meses do ano, o grupo diz ter concretizado “247 encerramentos estratégicos de lojas não rentáveis”, das quais 113 em Espanha, 121 no Brasil, 8 na Argentina e 5 em Portugal. Durante o segundo semestre deste ano, o grupo admite que “continuará a rever o portefólio com o objetivo de melhorar a sua rentabilidade”.

Questionada pelo ECO através da assessoria de imprensa, a filial portuguesa não quis comentar a possibilidade de avançar em breve com a alienação de estabelecimentos comerciais em Portugal, à imagem do acordo que foi anunciado esta semana em Espanha, com o Alcampo, parte do Grupo Auchan, a fechar a compra de 235 supermercados Minipreço no país vizinho.

Já sobre o futuro da operação no mercado português, o grupo de distribuição alimentar assinala a “intenção de continuar a investir em Portugal, reajustando a sua operação à realidade atual por forma a garantir o sucesso futuro da sua operação, com uniformidade, proporcionalidade e equidade”.

Reforçamos a intenção de continuar a investir em Portugal, reajustando a operação à realidade atual por forma a garantir o sucesso futuro da operação, com uniformidade, proporcionalidade e equidade.

Fonte oficial da DIA Portugal

Na apresentação dos resultados semestrais, o presidente executivo, Stephan DuCharme, frisou que Espanha e Argentina, que representam já 80% das vendas líquidas do grupo, estão em crescimento. Por outro lado, assinalou numa nota divulgada pelo grupo, Brasil e Portugal ainda “estão a trabalhar no desenvolvimento de seus modelos de negócios e a alcançar avanços significativos que também os aproximam da conclusão do seu plano de transformação”.

Na assembleia geral realizada a 9 de junho, o gestor da empresa fundada há quatro décadas em Madrid, que emprega 39 mil pessoas em quatro países, destacou como prioridades a transformação das lojas para um novo modelo baseado na proximidade; a “profunda revisão” da sua marca própria (Nova Qualidade DIA); e a implementação de um novo modelo de franquia para fortalecer a aliança com os produtores locais, que disse estar concretizada “em quase toda a rede de franquia em Espanha, Argentina e Portugal”.

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Trabalho remoto no Spotify dá frutos. Rotatividade reduz e diversidade aumenta

Mais um de um ano depois, a plataforma de streaming conseguiu reduzir a taxa de rotatividade dos colaboradores e, ao mesmo tempo, fomentar a diversidade na equipa.

Mais um de um ano depois de anunciar o seu novo modelo de trabalho, “Work From Anywhere”, o Spotify está a recolher os frutos da nova política de organização.Desde fevereiro, a plataforma de streaming conseguiu reduzir a taxa de rotatividade dos colaboradores, comparando com os níveis registados no período pré-pandemia, e, ao mesmo tempo, aumentar a diversidade.

“A política permite aos funcionários determinar com que frequência querem trabalhar a partir do escritório e a partir de onde querem trabalham, desde que a empresa tenha operação nesse local. O serviço de streaming de áudio também mudou a forma como fixa as faixas salariais, calibrando-as por país, em vez de por cidade ou região. Um benefício certamente apreciado pelos empregados, cerca de 6% mudaram-se após a instauração da política”, detalha a Fortune (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Além de um turnouver mais baixo — apesar de não serem revelados valores –, a empresa tem, agora, representação para além de Nova Iorque e Califórnia. Há profissionais a trabalharem a partir de 42 estados dos Estados Unidos da América (EUA) e até a partir da Europa, nomeadamente da Alemanha, Espanha e Holanda.

Com isto, os próprios objetivos de Diversity, Equity & Inclusion (DEI) foram acelerados, com cerca de metade das novas contratações serem profissionais residentes fora dos principais centros do Spotify, Nova Iorque e Los Angeles.

Os conflitos ou atritos na companhia reduziram na ordem dos 15% no segundo trimestre de 2022, em comparação com o mesmo trimestre de 2019, refere ainda a publicação norte-americana. A plataforma acredita que estas evoluções resultam do atual modelo de trabalho.

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Carteiras e malas, a nova vida das lonas publicitárias pelas mãos da ACIP de Famalicão

Projeto de economia circular do Espaço Guimarães, com vertente solidária, transforma lonas publicitárias em bolsas unissexo pelas mãos de utentes da Associação de Intervenção Psicossocial.

O reaproveitamento e transformação de antigas lonas publicitárias em malas e carteiras é o objetivo do projeto Corações sem Barreiras, em Guimarães, combatendo o desperdício e a poluição ambiental. São mais de 1.100 metros quadrados de lonas que acabariam desperdiçadas no aterro e que, agora, servem de pontapé de saída para a implementação da economia circular com vertente solidária.

A iniciativa faz parte da estratégia do centro comercial Espaço Guimarães, gerido pela Klépierre – proprietária de mais de 100 centros comerciais na Europa – com vista ao desenvolvimento de ações que “tenham forte impacto no meio ambiente e na comunidade, aliando, assim, responsabilidade social e ambiental”, sublinha o centro comercial.

Estas lonas faziam parte da comunicação publicitária do centro comercial e foram oferecidas à Associação de Intervenção Psicossocial (ACIP) de Joane, Vila Nova Famalicão, para os utentes portadores de deficiência e incapacidade transformarem em malas e carteiras unissexo. Ao dar uma nova vida aos materiais que seriam descartados, a associação também contribui para a redução do desperdício. A venda das bolsas, entre quatro a cinco euros cada, reverte depois a favor da ACIP para patrocinar uma viagem aos utentes e adquirir equipamentos para melhorar a qualidade de vida.

Segundo o Espaço Guimarães, “o principal material utilizado para confeção de banners e lonas publicitárias é a lona vinílica, um material que é composto por policloreto de vinila (PVC) e pode mesmo demorar centenas de anos a decompor-se”.

Ainda de acordo com o espaço comercial, “são produzidos todos os anos 1,2 milhões de banners/lonas e vão para os aterros sanitários cerca de 550 toneladas de gráficos em PVC devido ao principal composto que não é reciclável”. As lonas publicitárias causam, assim, um “elevado impacto ambiental uma vez que a sua matéria-prima é extremamente agressiva”, alerta, acrescentando que este material é enviado para os aterros sanitários sem nenhuma separação ou aproveitamento.

“A presença das lonas nos aterros interfere o processo de decomposição da matéria orgânica devido à formação de camadas impermeáveis que dificultam as trocas gasosas, importantes para as reações de oxidação”, conclui.

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