Portugal teve terceiro maior aumento de novas empresas na UE no 3.º trimestre

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2022

O registo de novas empresas em Portugal aumentou 6,8% entre julho e setembro, tendo assistido também a um recuo de 2,9% no número de insolvências.

O número de negócios forçados a iniciar um processo de insolvência na União Europeia (UE) disparou no terceiro trimestre deste ano, na comparação em cadeia. De acordo com os dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat, as declarações de falência aumentaram 16,3% entre julho e setembro face ao segundo trimestre. Este cenário, no entanto, não se verificou em Portugal, que assistiu a um recuo de 2,9% nos processos de insolvência, ao mesmo tempo que registou o terceiro maior aumento no registo de novas empresas (+6,8%)

Este é o quinto trimestre consecutivo em que se observou um aumento das falências, depois da queda em cadeia de 9,6% no segundo trimestre de 2021. O aumento foi ainda mais significativo na Zona Euro (19,3%), segundo o gabinete de estatísticas europeu.

Fonte: Eurostat

Apenas o setor dos transportes escapou a este aumento, ao registar um decréscimo de 5,4% nas falências no terceiro trimestre. Alojamento e serviços alimentares (+24,0%), atividades financeiras e de seguros (+17,8%) e indústria (+16,2%) tiveram as maiores subidas.

Entre os Estados-membros, a Roménia foi o país onde os processos de insolvência mais encolheram, com um recuo de 36,1%, sendo seguida pelo Chipre (-32,7%) e a Estónia (-21,3%). Importa sublinhar que em 11 dos 16 Estados-membros com dados disponíveis o número de falências reduziu. Em sentido inverso, o maior aumento de falências verificou-se na Hungria (+110,6%), país ao qual se seguem a Espanha (+66,1%) e a Lituânia (+4%).

Ao mesmo tempo, o registo de novas empresas no bloco comunitário aumentou 2,6% no terceiro trimestre deste ano face aos três meses anteriores, depois de um ligeiro recuo nos dois primeiros trimestres. Aliás, o número de novas empresas nos primeiros nove meses do ano ultrapassou o número de registos no mesmo período de 2019, antes da pandemia.

Comparando com o segundo trimestre de 2022, os maiores aumentos nos registos de novas empresas observaram-se na Roménia (+13,8%), Hungria (+8,0%) e Portugal (+6,8%), enquanto a Irlanda (-44,0%), a Eslováquia (-8,7%) e a Estónia (-5,4%) registaram os maiores recuos.

No período em análise, os registos de novas empresas aumentaram principalmente nos setores da indústria, da informação e comunicação e do transportes e armazenamento (+8,1%, +2,3% e +1,8%, respetivamente).

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Semana de quatro dias de trabalho é “vergonha nacional”, diz CEO do Grupo Pestana

CEO do Grupo Pestana diz que implementar uma semana de quatro dias de trabalho, mantendo a carga horária de 40 horas, é um "desastre" e um "tiro nos pés".

O projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho que o Governo preparou não conquista o setor do turismo. O CEO do Grupo Pestana diz que aplicar isso mantendo as 40 horas de trabalho seria um “desastre”, sobretudo tendo em conta que o turismo tem falta de mão-de-obra e que a qualidade dos serviços hoteleiros piorou desde a pandemia. “É impensável”, diz José Theotónio.

“Se for um horário de trabalho em que as 40 horas são trabalhadas em apenas quatro dias, isso obriga a uma flexibilidade e, para algumas unidades, até poderia ser produtivo“, começa por assumir o CEO do Grupo Pestana, durante o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorre até esta sexta-feira em Fátima.

Mas “na indústria [do turismo] é impensável trabalhar mais do que 40 horas”, afirma José Theotónio, notando que faltam 1,5 milhões de trabalhadores em todo o mundo no setor e cerca de 45 mil em Portugal.

“Numa indústria em que sentimos que há uma redução da qualidade de serviço, nesta fase do campeonato, passar para quatro dias [de trabalho] e manter a carga horária é um desastre, um tiro nos pés”, afirma. “Depois da questão do novo aeroporto, é a segunda maior vergonha nacional”, diz.

No mesmo congresso, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) mostrou ter a mesma opinião. “Já sabemos como estas experiências acabam”, disse Francisco Calheiros, sublinhando: “Temos de estar todos contra este problema.”

O projeto-piloto da semana de quatro dias arranca em junho de 2023 em empresas privadas voluntárias, com uma duração de seis meses e sem incentivos financeiros públicos, estendendo-se posteriormente ao setor público, se tiver uma “evolução satisfatória”.

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PSD pede suspensão do processo de descentralização até junho

PSD pede suspensão do processo de descentralização de competências na ação social até junho, alegando que autarcas devem ter tempo para fazer o levantamento das necessidades.

Em declarações à Renascença, o deputado social-democrata Luís Gomes defende que não há condições para as autarquias assumirem as competências na área da ação social em janeiro de 2023.

A RR avança que o PSD pede, em sede de discussão do Orçamento do Estado 2023 (OE2023), a suspensão deste processo transferência de competências por seis meses. O deputado social-democrata justifica que “os autarcas devem ter tempo para fazer o levantamento das necessidades, e por isso, o processo deve ser suspenso por seis meses”.

Luís Gomes acusa ainda o Governo de não cumprir prazos, não chegar a acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) no que toca à descentralização de competências.

O deputado explicou à RR que “o acordo, que foi assinado com a ANMP, previa que as portarias pudessem ser publicadas no final de outubro e isso não aconteceu”. E acrescenta ainda que “numa altura em que os municípios já têm fechado o orçamento para 2023, não faz sentido o Governo vir com mais uma proposta de descentralização que tem um impacto muito importante”.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, já recusou um novo adiamento da passagem das competências na área da ação social para as autarquias, a 1 de janeiro.

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Euribor caem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 17 Novembro 2022

A taxa Euribor a seis meses recuou para 2,294%, menos 0,017 pontos do que na quarta-feira. A Euribor a três meses foi fixada em 1,802% e a 12 meses em 2,834%.

As taxas Euribor desceram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, recuou hoje, para 2,294%, menos 0,017 pontos do que na quarta-feira e depois de ter subido em 14 de novembro para 2,337%, um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também baixou hoje, ao ser fixada em 1,802%, menos 0,001 pontos, contra um novo máximo desde março de 2009, de 1,803%, verificado na quinta-feira. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor desceu hoje, ao ser fixada em 2,834%, menos 0,009 pontos do que na quarta-feira, contra 2,874% em 09 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Analistas aplaudem aposta na continuidade com escolha de Filipe Silva para CEO da Galp

  • ECO
  • 17 Novembro 2022

Jefferies e RBC elogiam aposta num gestor que já fazia parte da administração e continuidade da estratégia num momento exigente para o setor. Ações sobem em contraciclo com o PSI.

Os analistas reagiram de forma positiva à escolha de Filipe Silva para liderar a Galp a partir do final do ano, quando Andy Brown deixará a presidência executiva da empresa. Aposta num gestor que já fazia parte da administração é elogiada.

A escolha não é uma surpresa e é um “sinal de continuidade estratégia” que deve ser bem recebido pelos investidores, afirma a Jefferies, citada pela Bloomberg. O analista Giacomo Romeo mantém a perspetiva positiva para a Galp, com a próxima fase de crescimento da empresa a ganhar visibilidade.

O banco de investimento RBC considera que o cargo ser ocupado por alguém que já está na administração reduz a possibilidade de mudanças transversais na estratégia da Galp. Um cenário macroeconómico incerto e o ritmo da evolução da transição energética nos próximos anos significam que uma equipa de gestão estável é “mais importante agora do que nunca para as empresas do setor”, diz o analista Biraj Borkhataria, também citado pela agência norte-americana.

A Galp anunciou na quarta-feira a escolha de Filipe Silva, o atual administrador financeiro (CFO), para suceder ao britânico Andy Brown. A proposta partiu do maior acionista, a Amorim Energia, que quer ver Filipe Silva eleito na assembleia geral de abril para um mandato de três anos.

“É um executivo com uma vasta experiência na empresa e nos mercados de energia, e estou certa de que esta sucessão é a que melhor permite à Galp continuar o seu percurso de crescimento e transformação, de acordo com as orientações estratégicas definidas. Desejo ao Filipe as maiores felicidades nas suas novas funções”, afirmou Paula Amorim, presidente da Galp.

As ações da Galp seguiam, pelas 10h00, a subir 0,18% para os 11,42 euros por ação enquanto o índice PSI recuava 0,65%.

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Estado financia obras na encosta do forte de São Filipe em mais de um milhão de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2022

Foi publicada esta quinta-feira a portaria que autoriza a Direção-Geral do Tesouro e Finanças a assumir, em 2022 e 2023, encargos orçamentais plurianuais até 1.022.218,07 euros.

A Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF) vai financiar as obras de estabilização da encosta onde está implantado o Forte de São Filipe, em Setúbal, em 1.022.218,07 euros até ao próximo ano, de acordo com uma portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República.

Os encargos orçamentais previstos para este ano são de 252.150,29 euros, enquanto para 2023 estão designados 770.067,78 euros. “O montante fixado para cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano antecedente”, indica a portaria assinada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.

A intervenção de reforço da encosta do Forte de São Filipe decorre de um protocolo de colaboração celebrado entre várias entidades, incluindo a DGTF e a Câmara Municipal de Setúbal, através do qual a DGTF se comprometeu a financiar até a um montante máximo correspondente a 25 % do custo total estimado da operação, tendo em vista assegurar a contrapartida nacional.

Já os restantes 75 % são suportados através de fundos europeus, nomeadamente do POSEUR – Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

As despesas serão suportadas por verba inscrita e a inscrever no Orçamento do Estado, no capítulo 60 (“Despesas excecionais”), gerido pela DGTF, sendo que a portaria produz efeitos já a partir desta quinta-feira.

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Inflação na Zona Euro atinge 10,6% em outubro. Portugal está alinhado

A inflação registada em Portugal (10,6%) fica em linha com a média dos países do euro, mas abaixo da média da União Europeia (11,5%). Eurostat reviu valores ligeiramente em baixa.

A inflação na Zona Euro acelerou para 10,6% em outubro, um valor que corresponde a uma ligeira revisão em baixa do Eurostat, segundo os dados divulgados esta quinta-feira. A taxa registada em Portugal (10,6%) fica em linha com a média dos países do euro, mas abaixo da média da União Europeia (11,5%).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) na Zona Euro, o indicador utilizado para comparações europeias, avançou para 10,6% em outubro de 2022, acima dos 9,9% registados em setembro. Já a inflação anual da União Europeia foi de 11,5% em outubro de 2022, o que compara com 10,9% em setembro.

Portugal encontra-se assim entre as médias europeias, registando uma taxa de inflação de 10,6% (medida pelo IPHC), uma aceleração face aos 9,8% registados no mês anterior.

As taxas anuais mais baixas registaram-se em França (7,1%), Espanha (7,3%) e Malta (7,4%). Já no extremo oposto, com as maiores variações encontra-se a Estónia (22,5%), Lituânia (22,1%) e Hungria (21,9%). Em comparação com setembro, a inflação anual caiu em onze Estados-Membros, manteve-se estável em três e aumentou em treze.

Apesar de seguirem a mesma tendência, a inflação média na União Europeia tem atingido níveis mais elevados do que na Zona Euro.

Na Zona Euro, o maior contributo para a taxa de inflação anual em outubro veio da “energia (+4,44 % pontos percentuais), seguindo-se a alimentação, álcool e tabaco (+2,74 p.p.), serviços (+1,82 p.p.) e bens industriais não energéticos (+1,62 p.p.)”, indica o gabinete de estatísticas europeu.

(Notícia atualizada às 10h30)

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Gap de competências? Mentoria pode ser a solução, mas são poucas as empresa que os têm

Metade dos empregados admite mesmo que a pandemia da Covid-19 teve um impacto positivo sobre estes programas. Hoje é o Dia Internacional do Estudante.

Embora a maioria das organizações (82%) esteja preocupada com a escassez e o desalinhamento de competências, apenas 39% dos empregadores dizem ter um esquema de mentoria em vigor. E, entre os profissionais, só 21% afirma que a sua organização conta com programas de mentoria implementados, revela o “Hays Learning Mindset Report 2022”. Esta quinta-feira, 17 de novembro, é o Dia Internacional do Estudante.

“As organizações devem aproveitar ao máximo o conhecimento e a experiência dos seus trabalhadores seniores, uma vez que podem ajudar outros membros da equipa a melhorar as suas capacidades”, começa por dizer Mário Rocha, senior manager na Hays.

“A mentoria é particularmente útil para os profissionais mais juniores, ao emparelhar pessoas que trabalham em funções semelhantes ou dentro do mesmo departamento, permitindo aos mais novos identificar lacunas de competências ao mesmo tempo que estão a ser apoiados no cumprimento dos seus objetivos de carreira”, acrescenta em comunicado, comentando os resultados do inquérito.

O relatório, que envolveu mais de 20.000 respostas, tanto de empregadores como de profissionais, de 26 países — incluindo Portugal –, conclui ainda que os sistemas de mentoria não foram, contudo, negativamente afetados pela pandemia. Na verdade, metade dos empregadores admite mesmo que a pandemia da Covid-19 teve um impacto positivo sobre estes programas. Já apenas 18% dos profissionais tem a mesma opinião e 20% das organizações diz que a Covid teve um efeito negativo nos programas de mentoria.

Tal como a Hays, a Adecco Portugal também considera que os programas de mentoria são um método de aprendizagem altamente eficaz, sobretudo para desenvolver as soft skills dos millennials, que querem aprender e trabalhar de forma diferente das gerações anteriores: “procuram empresas que estejam alinhadas com os seus valores e interesses”, indica a recrutadora.

“Este é um fator quase tão importante como um bom salário ao considerar uma oferta de emprego. Em troca, os recrutadores terão um colaborador empenhado e leal a longo prazo.”

A mentoria – a par do desenvolvimento das capacidades (aprendizagem e aperfeiçoamento das competências necessárias), um propósito em que acreditar e os sistemas de reforço (estruturas, gestão, processos operacionais e procedimentos de medição que promovem e recompensam a utilização das competências e comportamentos corretos) – é “essencial para a aquisição de competências necessárias que os ajudarão a enfrentar os desafios do mundo empresarial”, defende a Adecco Portugal.

Sistema de mentoria bidirecional

Estudos recentes confirmam mesmo que os millennials querem ser treinados no local de trabalho. “Querem um mentor, uma interação mais pessoal e ver o seu líder de equipa como um ‘par’ e não como um ‘chefe’”, salienta.

Segundo um artigo publicado pelo The Harvard Business Review, intitulado “Make Yourself an Expert”, deve existir uma aprendizagem partilhada entre os trabalhadores mais experientes e a geração millennial, visto que estes têm um maior conhecimento sobre áreas como a tecnologia e as redes sociais, o que se pode tornar bastante enriquecedor.

Haverá provavelmente casos em que os colaboradores mais jovens possuem competências que os mais velhos não possuem. Estas competências são tão valiosas e úteis como as que os profissionais mais velhos têm a transmitir aos seus colegas menos experientes. Criar um ambiente de aprendizagem em que as pessoas são encorajadas a aprender umas com as outras pode ser a chave para reter e obter competências dentro das organizações.

Mário Rocha

Senior manager na Hays

“O sistema de mentoria bidirecional em que colegas seniores e juniores se formam mutuamente com competências relevantes é uma forma eficaz de partilhar conhecimentos. Haverá provavelmente casos em que os colaboradores mais jovens possuem competências que os mais velhos não possuem. Estas competências são tão valiosas e úteis como as que os profissionais mais velhos têm a transmitir aos seus colegas menos experientes. Criar um ambiente de aprendizagem em que as pessoas são encorajadas a aprender umas com as outras pode ser a chave para reter e obter competências dentro das organizações”, finaliza Mário Rocha.

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VdA assessora diversas emissões de dívida sustentável neste trimestre

A VdA assessorou empresas como a Mota-Engil, a Greenvolt e a CGD. As equipas da VdA foram coordenadas por Pedro Cassiano Santos, Hugo Moredo Santos, Ana Luís de Sousa e Orlando Vogler Guiné.

A sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) assessorou várias empresas, como a Mota-Engil a Greenvolt, os bancos na emissão da EDP e Caixa Geral de Depósitos, em várias emissões de dívida sustentável neste trimestre.

“O mercado de capitais assume um papel de grande predominância no âmbito do financiamento sustentável. A emissão de instrumentos como green bonds ou sustainability-linked bonds ainda representa, em valor absoluto e em termos relativos, uma pequena parte das emissões totais de dívida. Mas o interesse de emitentes e investidores tem crescido de forma muito significativa”, refere o escritório.

Neste contexto, várias empresas nacionais utilizaram o mercado de capitais para emitir dívida sustentável no trimestre em curso.

Destacam-se, nomeadamente, as emissões de green bonds realizadas pela EDP – Energias de Portugal, S.A. e de sustainbility-linked bonds pela Mota-Engil, concluídas em outubro, e a emissão de green bonds pela Greenvolt– Energias Renováveis, S.A., agora concluída. Também o setor bancário recorreu a este segmento de financiamento, sendo de referir a emissão de green bonds realizada pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. em outubro.

A VdA assessorou assim os “joint-bookrunners” no âmbito das referidas emissões de green bonds realizadas pela EDP, a Mota-Engil na sua emissão de sustainability-linked bonds, a Greenvolt e a CGD nas respetivas emissões de green bonds.

As equipas da VdA envolvidas nestas operações foram coordenadas por Pedro Cassiano Santos, Hugo Moredo Santos, Ana Luís de Sousa e Orlando Vogler Guiné, e incluíram advogados das áreas de direito bancário & financeiro, mercado de capitais, energia e recursos naturais e direito fiscal, nomeadamente, Soraia Ussene, Francisca César Machado, Sara Santos Dias, Sara Frois Guerra, Maria Gorjão Henriques, Rita Pereira Abreu, Júlio Venâncio, Madalena Cid Gonçalves, Teresa Ferrão, Inês Freire da Veiga, João Ramalho Dias, Maria Beatriz Garcia, Andreia Costa Caeiro e Teresa Prates Fernandes.

“A assessoria no âmbito de operações de financiamento sustentável pela VdA está alinhada com a visão estratégica da firma, que recentemente organizou conferências em Angola e Moçambique sobre os fatores ESG no contexto desses países e concluiu, através da VdA Academia, o seu primeiro Programa de Formação Executiva ESG”, refere o escritório.

A EDP – Energias de Portugal, S.A. foi a primeira empresa portuguesa a emitir um green bond, em 2018, e desde então tem vindo a recorrer com regularidade à emissão deste tipo de dívida junto de investidores qualificados para obter fundos destinados ao financiamento ou refinanciamento do seu portfólio de projetos “Green” elegíveis, tal como definido no respetivo “Green Finance Framework”.

A Mota-Engil, SGPS, S.A. estreou-se no ano passado na emissão de sustainability-linked bonds, oferta que a empresa agora repetiu junto do mercado de retalho. No âmbito destas emissões, a Mota-Engil propõe-se melhorar um indicador de performance relevante no contexto da sua atividade – a redução do nível de acidentes de trabalho não mortais com baixa.

A Greenvolt – Energias Renováveis, S.A., que se estreou em bolsa no ano passado, já havia realizado uma emissão de green bonds em 2021, dirigida a investidores qualificados, e abordou agora o mercado de retalho com uma nova emissão de green bonds. Com esta operação, a Greenvolt propõe-se captar fundos para financiar e/ou refinanciar projetos novos e/ou existentes de energias renováveis e de eficiência energética.

A Caixa Geral de Depósitos, S.A., realizou a sua segunda emissão de green bonds, concretamente de obrigações de dívida sénior preferencial. Na qualidade de obrigações “verdes”, a operação direciona os fundos captados para o financiamento de operações de crédito nos domínios ambientais.

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Hotelaria quer ser incluída nos apoios à energia. “Perspetivas mantêm-se incertas”, diz presidente da AHP

Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defende que empresas do setor devem ser elegíveis para o pacote de 3.000 milhões que o Governo criou para fazer face ao aumento dos custos da energia.

As empresas do setor hoteleiro querem ter direito ao pacote de 3.000 milhões de euros em apoios que o Governo criou para fazer face ao aumento dos custos da energia. O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) nota que a fatura do gás e da eletricidade tem bastante “impacto” nas contas dos hotéis. E aponta que, embora 2022 esteja a ser um ano “excecional”, a “perspetiva mantém-se incerta”.

“2022 tem sido excecional na recuperação da confiança dos nossos clientes e Portugal liderará o crescimento económico na União Europeia. Mas não nos iludamos“, disse Bernardo Trindade esta quinta-feira, durante o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que decorre em Fátima.

“Os anos de pandemia fizeram-nos recuar 20 anos em número de dormidas e dez anos em termos de proveitos”, continuou o presidente da AHP, sublinhando que a guerra na Ucrânia “trouxe um grau de incerteza tal que não permite dizer o nível de resultados que teremos em 2022“.

“A perspetiva mantém-se incerta. E realisticamente temos de ser ajudados”, acrescentou o responsável.

Nesse sentido, Bernardo Trindade defendeu que as empresas hoteleiras devem ser elegíveis no pacote de 3.000 milhões de euros que o Governo anunciou em outubro para ajudar as empresas a lidar com os aumentos no preço da energia. “Temos a expectativa de ser incluídos nesse pacote. Só quem não é hoteleiro é que não sabe o impacto do peso da eletricidade e do gás na fatura de um hotel“, disse.

O presidente da AHP notou que “a autonomia financeira das empresas hoteleiras se degradou durante a pandemia” e que, embora a recuperação tenha sido “mais rápida” do que o previsto, “resultou numa qualidade de serviços piores”.

Além disso, Bernardo Trindade notou que, embora as linhas de crédito tenham sido “importantes”, estão prestes a acabar. “Precisamos de alargar as maturidades das linhas de crédito e premiar os projetos em função das metas realizadas”.

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Associações juvenis vão poder receber consignação de 0,5% do IRS

Os contribuintes terão a opção de destinar a uma associação juvenil, de caráter juvenil ou de estudantes, uma quota equivalente a 0,5 % do IRS.

O Governo decidiu alargar às associações juvenis a possibilidade de consignação de 0,5% do IRS, segundo uma portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República. Os contribuintes vão assim poder escolher dar uma quota equivalente a 0,5% deste imposto liquidado a associações de caráter juvenil ou de estudantes.

Esta medida surge tendo em conta a “importância do associativismo jovem”, como é explicado no texto que antecede a portaria, assinada pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Moreira Correia, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

Para concretizar a medida, o Fisco deve “publicitar na página das declarações eletrónicas, até ao primeiro dia do prazo de entrega das declarações de rendimentos, previsto no artigo 60.º do CIRS, a lista de todas as entidades que se encontram em condições de beneficiar da consignação fiscal“.

A lista das entidades inscritas como elegíveis para efeitos da consignação será criada pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), que fica também responsável pela sua manutenção.

As associações juvenis que queiram ser elegíveis para beneficiar da consignação da quota equivalente a 0,5% do IRS liquidado com base nas declarações anuais, deverão sinalizá-lo junto do IPDJ (através do endereço eletrónico [email protected]), com prova do reconhecimento como associação.

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ONU congratula-se pela continuação do acordo de exportação de cereais

  • Lusa
  • 17 Novembro 2022

O acordo para a exportação de cereais através do Mar Negro expira na sexta-feira, mas foi hoje prolongado por 120 dias.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, congratulou-se esta quinta-feira pelo prolongamento do acordo sobre a “exportação de cereais ucranianos” através do Mar Negro.

Num comunicado enviado à agência France Presse pelo Centro de Coordenação Conjunto, com sede em Istambul, e que faz a supervisão das exportações, António Guterres acrescenta que as “Nações Unidas estão totalmente comprometidas em levar a cabo todos os esforços no sentido de ultrapassar os obstáculos que podem travar as exportações de produtos agrícolas e fertilizantes da Federação da Rússia”.

O acordo sobre a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro vai ser prolongado 120 dias, indicou esta quinta-feira o ministro das Infraestruturas do Governo de Kiev. “A iniciativa [transporte de cereais] no Mar Negro vai ser prolongada por mais 120 dias”, disse Oleksandre Koubrakov através de uma mensagem difundida na rede social Twitter.

De acordo com o ministro ucraniano, trata-se de um passo importante “na luta contra a crise alimentar mundial” agravada pela nova invasão da Rússia, iniciada no passado dia 24 de fevereiro.

Anteriormente, a Turquia indicava o relançamento do acordo sobre as exportações dos cereais ucranianos, “sob as mesmas condições” que se verificaram anteriormente, dizia à France Presse um alto responsável turco sob anonimato.

Assim, a primeira fase da iniciativa diplomática em funcionamento desde julho sobre o transporte de cereais através do Mar Negro expira na sexta-feira e, até ao momento, permitiu a exportação de 11 milhões de toneladas a partir dos portos ucranianos.

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