Economia dos EUA contrai 1,4% no primeiro trimestre e surpreende economistas

O Produto Interno Bruto da maior economia do mundo encolheu em 1,4% no primeiro trimestre, uma quebra que não era antecipada pela maioria dos economistas.

A guerra na Europa castigou a maior economia do mundo. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA encolheu 1,4% no primeiro trimestre, em termos homólogos, a primeira contração desde o início da pandemia.

O recuo do PIB norte-americano apanhou muitos economistas de surpresa. O consenso recolhido pela Bloomberg apontava para um abrandamento do crescimento económico para 1%, depois da subida de 6,9% no último trimestre de 2021, ainda que alguns admitissem a hipótese de queda.

A quebra do PIB entre janeiro e março é explicada por um salto no défice comercial dos EUA, com as exportações líquidas a recuarem cerca de 4%, bem como a componente do inventário. A menor despesa pública também contribuiu para o resultado.

Os dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano alimentam os receios de que os EUA entrem numa recessão técnica, dois trimestres consecutivos de contração económica.

Em concreto, o primeiro trimestre foi marcado pelo início da invasão da Rússia à Ucrânia, pela imposição de sanções pesadas pelos países ocidentais a Moscovo e pelo agravar da crise energética.

Neste período, os preços dos combustíveis bateram recordes nos EUA, alimentando ainda mais a inflação, e a Administração Biden impôs um embargo ao petróleo russo, com efeito limitado, dado que o país já antes não importava muito petróleo com origem na Rússia.

A queda do PIB também ganha relevância vista à luz do novo ciclo económico. A Fed, o banco central dos EUA, iniciou em março a subida das taxas de juro para tentar impor um travão a uma economia em sobreaquecimento. Idealmente, a Fed seria capaz de controlar a inflação sem atirar o país para uma recessão, mas a chamada “aterragem suave” nunca foi conseguida na história com o atual ritmo de crescimento de preços.

Ainda assim, a Bloomberg, numa análise mais refinada aos números, nota que existem sinais positivos nas entrelinhas. A procura dos consumidores continua pujante, assim como o investimento das empresas.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h06)

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Sérvulo integra Anna Uskova

Sérvulo & Associados integrou Anna Uskova, jurista ucraniana, para apoiar a sociedade no aconselhamento jurídico a empresas e clientes internacionais com escritórios na Ucrânia.

A Sérvulo & Associados integrou Anna Uskova, jurista ucraniana, para apoiar a sociedade no aconselhamento jurídico a empresas e clientes internacionais com escritórios na Ucrânia e ainda para apoio à equipa de advogados pro bono para assistência a cidadãos ucranianos.

Paralegal nos departamentos de Propriedade Intelectual e TMT da Sérvulo, Anna Uskova conta com mais de 12 anos de experiência profissional na Ucrânia, onde prestava assessoria jurídica ao Instituto Ucraniano de Propriedade Industrial e a entidades nos sectores bancário e de construção civil.

Licenciada em Direito pela National Technical University of Ukraine, em 2009, Anna é Mestre em Gestão, com especialização em Propriedade Intelectual, pelo Institute of Intellectual Property of the National University «Odessa Law Academy», em 2019.

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Tempestade de ideias da universidade vale quatro prémios

Sexta edição da maratona universitária de programação reuniu mais de 150 estudantes e distinguiu projetos nas áreas da conectividade, energia, saúde e responsabilidade social.

Mais de 150 estudantes universitários de todo o país participaram numa tempestade de ideias no último fim de semana. A sexta edição da maratona universitária de programação TecStorm, organizada pelos alunos do Instituto Superior Técnico (IST) atribuiu um total de 10 mil euros (2500 euros por vencedor) em prémios para os melhores projetos nas áreas da conectividade, energia, saúde e responsabilidade social.

Durante três dias, foram finalizados 28 projetos tecnológicos nas instalações da Fundação Champalimaud, em Lisboa. Inicialmente, foram reunidas mais de 580 inscrições de alunos.

Seguem-se os vencedores por categoria:

  • Conectividade – Mantis – passadeira inteligente automatizada, conectada e sincronizada que torna as passadeiras para peões mais seguras;
  • Energia – Ecopod – dispositivo equipado com sistemas elétricos e mecânicos que potenciam a utilização dos recursos naturais à sua volta, transformando-os em energia elétrica verde;
  • Saúde – SEHT – plataforma digital para melhoria do transporte hospitalar que faz a gestão do transporte de pacientes não urgentes para evitar o uso inadequado de ambulâncias;
  • Responsabilidade Social – Seeds4Kids – (horta doméstica inteligente que alia tecnologia de monitorização por sensores e aplicação móvel à natureza e à sustentabilidade.

A competição TecStorm é promovida, desde 2017, pela Júnior Empresa Junitec – Júnior Empresas do IST.

(Notícia corrigida às 15h08: a competição contou com estudantes universitários de todo o país e não apenas do Instituto Superior Técnico, como referia a versão original do artigo)

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BCE reconhece erros nas previsões da inflação devido a aumento sem precedentes de preços

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

Algumas subestimações começaram a ocorrer no primeiro trimestre de 2021 e tornaram-se mais pronunciadas a partir do terceiro trimestre de 2021, de acordo com o BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) reconhece erros nas suas previsões de inflação devido ao “aumento sem precedentes dos preços da energia e estrangulamentos no fornecimento“. No boletim económico, publicado esta quinta-feira, o BCE afirma que projeções recentes, que são as que utiliza para decidir a política monetária, subestimaram substancialmente a recuperação da inflação.

As projeções da inflação do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) para 2020 eram bastante precisas apesar do surto da pandemia da covid-19. Contudo, algumas subestimações começaram a ocorrer no primeiro trimestre de 2021 e tornaram-se mais pronunciadas a partir do terceiro trimestre de 2021, de acordo com o BCE.

A subestimação no primeiro trimestre de 2022 foi o maior erro de inflação do trimestre – uma diferença de dois pontos percentuais entre a projeção real e a projeção de dezembro de 2021 – desde que as primeiras projeções foram produzidas em 1998.

A precisão das projeções do IHPC diminuiu significativamente durante a crise da pandemia, embora até ao segundo trimestre de 2021 as projeções fossem ainda mais precisas do que as produzidas durante a crise financeira global.

A precisão das projeções deteriorou-se principalmente a partir do terceiro trimestre de 2021. Desde então, a inflação disparou devido à subida acentuada dos preços da energia, aos efeitos da reabertura após o levantamento das restrições relacionadas com a covid-19 e aos impactos dos estrangulamentos do fornecimento global.

As projeções da inflação durante 2021 e o primeiro trimestre de 2022 foram produzidas num ambiente em que os preços de energia dispararam. Os preços por grosso do gás e da eletricidade e os preços do petróleo bruto registaram taxas de crescimento homólogas excecionalmente elevadas nos últimos trimestres.

Especificamente, em termos homólogos, no quarto trimestre de 2021, os preços do gás subiram 540% e os da eletricidade 390%, refere o BCE, precisando que este crescimento homólogo no quarto trimestre de 2021 foi cerca de quatro vezes superior ao anterior máximo verificado no período de 2005-2020.

A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um novo aumento dos preços dos produtos energéticos no primeiro trimestre de 2022.

Nas projeções realizadas pelo BCE, os pressupostos relativos aos preços das matérias-primas energéticas são estabelecidos em função dos futuros baseados no mercado, o que é prática corrente entre os bancos centrais e as instituições internacionais. “Os participantes no mercado dificilmente conseguiram antecipar o aumento excecional dos preços da energia”, escreve o BCE.

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PCP, Chega e IL votam contra OE 2022 na generalidade

  • ECO e Lusa
  • 28 Abril 2022

PCP, Chega e Iniciativa Liberal vão chumbar na generalidade a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Um documento que tem aprovação garantida, já que o PS tem maioria absoluta.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 vai receber os votos contra do PCP, Chega e Iniciativa Liberal na votação na generalidade na sexta-feira. Já o PAN e o Livre não revelam ainda o seu sentido de voto. O documento tem aprovação garantida porque o PS tem maioria no Parlamento.

Esta é “uma proposta sem intervenção do ponto de vista dos rendimentos e sem soluções concretas para controlar e fixar preços, agravados pela guerra”, justificou a líder parlamentar do PCP, Paula Santos em declarações à RTP.

Este Orçamento tem falhas graves ao nível da Justiça e da economia”, diz, por seu turno, Pedro Pinto, em declarações à RTP. O deputado do Chega justifica que “não pode votar a favor de um Orçamento que não é bom para o português comum”.

Também o presidente da Iniciativa Liberal (IL) anunciou o voto contra na generalidade do OE 2022 (OE2022), considerando que o documento tem falhas de credibilidade, de honestidade e de ambição. Em declarações aos jornalistas nos passos perdidos na Assembleia da República e horas antes de começar o debate do OE2022 na generalidade, João Cotrim Figueiredo disse que o documento apresentado pelo Governo do PS tem “três falhas grandes”, que justificam a decisão: falha de credibilidade, falha de honestidade e falha de ambição.

Já o PAN e o Livre ainda não decidiram o sentido de voto, explicando que este vai depender do rumo do debate destes dois dias. É necessário “fazer contas à rota do crescimento salarial e das pensões e o combate à inflação provocada pela guerra”, disse Inês Sousa Real, em declarações à RTP, apelando à necessidade de o “Governo de António Costa ser dialogante”, ainda que admita não ter sido ainda contactada para qualquer tentativa de diálogo, “ao contrário de anos anteriores”.

Já Rui Tavares do Livre questionou se um Orçamento que “pretende baixar o défice em seis décimas é a estratégia correta” num momento que que existe uma guerra na Europa e uma taxa de inflação mais elevada.

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Contratos de obras públicas caem 56% no primeiro trimestre

Contratos de empreitadas de obras públicas celebrados entre janeiro e março atingiram um volume de apenas 413 milhões de euros, 56% menos do que há um ano.

O setor da construção está a ser afetado de várias maneiras, desde o disparo dos preços até à falta de trabalhadores. As consequências acabam por ser sentidas no volume de obras, incluindo as públicas. Os dados referentes ao primeiro trimestre são claros. O volume de concursos de obras públicas caiu 8% face ao ano passado, enquanto os contratos de empreitadas de obras públicos estão 56% abaixo do registado em 2021.

De acordo com os dados revelados esta quinta-feira pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o volume total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos no primeiro trimestre atingiu os 892 milhões de euros, menos 8% que o verificado no trimestre homólogo de 2021, entrando em terreno negativo depois da variação nula ocorrida em fevereiro.

Por sua vez, no que diz respeito aos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados, o primeiro trimestre encerrou com uma variação significativamente negativa, atingindo-se um volume de apenas 413 milhões de euros, valor que é 56% inferior ao registado no mesmo período de 2021. Aqui, “prolonga-se uma variação negativa em termos homólogos acumulados que se regista desde dezembro”, diz a associação.

Dentro dos concursos públicos, o total de contratos celebrados foi de 315 milhões de euros, menos 52% que o apurado em idêntico período de 2021. Quanto aos contratos celebrados através de ajustes diretos e consultas prévias, estes totalizaram 79 milhões de euros, menos 36% do que em 2021.

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Indústria desconfia dos efeitos do acordo ibérico no gás natural

Cerâmica, têxtil e fabricantes de componentes automóveis elogiam, mas destacam que limites ao preço do gás natural correspondem apenas a um dos indexantes da formação do preço da eletricidade.

O acordo ibérico para limitar o preço do gás natural é bem visto pelas indústrias, mas os efeitos são limitados. Esta é a mensagem passada ao ECO pelos líderes das associações empresariais da cerâmica, do têxtil e vestuário, e dos fabricantes de componentes para automóveis, em reação à aprovação da Comissão Europeia da proposta conjunta de Portugal e Espanha para fixar o preço médio do gás natural nos 50 euros por MWh (megawatt-hora) durante um ano.

“Parece-me um acordo muito positivo e que resulta de um bom trabalho dos dois Governos”, destaca o líder da ATP – Associação do Têxtil e Vestuário de Portugal. Mário Jorge Machado acredita que o custo da produção da eletricidade “será mais baixo” e que “todas as indústrias vão ficar a ganhar”.

O dirigente associativo lembra que o gás natural está “cinco a seis vezes mais caro do que há um ano”. Fileiras como as das fiações e das tecelagens têm sido as mais penalizadas pelo “choque elétrico” vivido nos últimos meses — e que foi agravado com a guerra na Ucrânia. Com esta proposta, acredito o presidente da ATP, este setor “pelo menos não terá prejuízo”.

Do lado da indústria da cerâmica, José Luís Sequeira também aponta para uma “medida que faz todo o sentido”, mas com efeitos limitados. “Trata-se apenas de um limite a um dos indexantes da formação do preço de eletricidade, que lhe dá alguma estabilidade”, recorda o líder da APICER – Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica.

Mesmo com o acordo ibérico, o responsável acredita que o setor da cerâmica vai continuar a viver uma situação “crítica”, pois os apoios já publicados para suportar o aumento do preço do gás são “manifestamente insuficientes” e “correspondem apenas ao acréscimo de custos de um mês”.

Há 15 empresas com as linhas de montagem praticamente paradas, mantendo apenas o canal de vendas a funcionar para escoar o stock.

José Luís Sequeira

Presidente da APICER

Na semana passada entrou em vigor o apoio ao aumento dos custos do gás para as empresas intensivas em energia, no valor de até 400 mil euros por cada entidade. A medida tem um orçamento de 160 milhões de euros, mas provoca um sentimento de injustiça no setor. “Uma empresa com maior consumo tem o mesmo tipo de apoios que uma entidade com menos consumo. Tem de haver proporcionalidade”, lamenta.

Nesta indústria, contabiliza o líder associativo, há ainda 15 empresas que estão com as linhas de montagem praticamente paradas, “mantendo apenas o canal de vendas a funcionar para escoar o stock”. “Quanto mais trabalharem as empresas, mais consomem e mais dinheiro perdem”, detalha José Luís Sequeira.

O cenário na indústria de componentes para automóveis é ainda mais dramático. “O acordo tem um efeito indireto, pois as nossas empresas não utilizam o gás como fonte primária de energia. Não temos sequer acesso às linhas de crédito”, desabafa José Couto.

O acordo tem um efeito indireto, pois as nossas empresas não utilizam o gás como fonte primária de energia.

José Couto

Presidente da AFIA

O líder da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel insiste na reposição do mecanismo de lay-off simplificado – o trabalhador recebe 100% do ordenado, suportado pela Segurança Social em 70%. “Mais do que baixar o défice, as empresas do setor não podem perder competitividade e trabalhadores”.

Um inquérito da CIP divulgado esta quarta-feira, que mostra os impactos da guerra na Ucrânia, evidencia que a reintrodução do regime de lay-off simplificado só colhe a preferência de 17% das empresas, quando questionadas sobre as medidas prioritárias que o Governo deveria optar nesta fase. Muito atrás da redução do IVA ou do ISP na área da energia (75%), dos apoios diretos às empresas mais atingidas (65%), de uma “intervenção nos mercados energéticos” (45%) ou de novas linhas de crédito com garantia do Estado (37%).

Durante a conferência de imprensa de apresentação deste estudo, questionado sobre este acordo ibérico, o vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal considerou-o uma “boa notícia”, embora tenha lembrado que a subida dos custos da energia já estava em marcha antes da guerra na Ucrânia. “O problema foi potenciado e teme-se que aumente mais se houver menor oferta. Mantendo-se ou aumento um pouco o nível de procura, o preço tende a subir”, receia Armindo Monteiro.

Costa Silva ouve queixas dos industriais

O novo ministro da Economia andou a ouvir as associações industriais nos últimos dois dias. António Costa Silva esteve no Norte do país para encontros de trabalho com vários setores: metalurgia e metalomecânica, fundição, indústria automóvel, setor elétrico, cortiça, indústria extrativa, moldes, calçado, cerâmica e conservas de peixe.

“António Costa Silva encontrou agentes motivados, mas apreensivos com o atual contexto económico, tendo demonstrado o total apoio do Governo em promover uma economia mais capacitada e resiliente, capaz de fazer face aos principais fatores que preocupam as empresas nacionais”, refere uma nota do gabinete do ministro, enviada esta quarta-feira às redações.

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Atividade económica portuguesa estável mesmo com guerra na Ucrânia

Segundo os indicadores diários seguidos pelo Banco de Portugal, o impacto da guerra na Ucrânia ainda não abalou a atividade económica nacional.

Depois de ter vindo a subir nas últimas semanas, o indicador diário de atividade económica estabilizou, mesmo com o impacto que a guerra na Ucrânia tem vindo a ter na economia nacional e, particularmente nos preços, segundo mostram os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira.

“Na semana terminada a 24 de abril, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade similar à observada na semana anterior“, lê-se na nota da instituição liderada por Mário Centeno. Continuou assim a crescer, com a média móvel semanal do DEI a indicar uma subida homóloga de 9,4%.

O Banco de Portugal disponibiliza também uma taxa trienal acumulada, para permitir comparar com o período pré-pandemia, sendo que este indicador, em termos da média móvel semanal, registou um crescimento de 4,2%.

O DEI inclui várias variáveis diárias da atividade económica portuguesa, nomeadamente o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

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ROI UP Group vai oferecer NFT personalizado aos colaboradores

Nos próximos meses, o ROI UP Group prevê que cada membro da sua equipa, independentemente dos anos de trabalho na empresa, conte com o seu próprio NFT.

O ROI UP Group, agência digital independente e de referência na área martech, acaba de estrear-se no universo dos non-fungible token com a criação e lançamento dos seus primeiros NFT, que serão disponibilizados aos seus colaboradores — veteranos e recém-contratados — de forma totalmente gratuita. Durante os próximos meses, cada membro da equipa deverá já ter o seu próprio NFT.

“Ainda que o mundo das agências seja particularmente volátil, o ROI UP Group tem conseguido, ao longo dos anos, uma alta taxa de retenção de talento. É por isso que a empresa continuará a procurar novos talentos entre os nativos digitais, pondo em prática fórmulas inovadoras, mas sem esquecer as pessoas que estão há mais tempo na agência”, explica Carmen López, head de recursos humanos do grupo.

O novo programa de fidelização de talento do ROI UP Group será lançado esta quarta-feira, com o mote “ROI UP TEAM: UNIQUE AS AN NFT”, e vai reconhecer os veteranos da empresa com uma distinção especial (um non-fungible token premium inspirado na sua própria imagem).

“Com esta iniciativa, a empresa (com presença em Lisboa, Madrid, Barcelona, Alicante, Valência, Corunha, México e Colômbia) espera que cada membro da ROI UP “se sinta como um verdadeiro NFT: único, insubstituível e com a possibilidade de demonstrar a sua singularidade”, diz Carmen López.

Nos próximos meses, o ROI UP Group prevê que cada membro da sua equipa, independentemente dos anos de trabalho na empresa, conte com o seu próprio NFT.

Mas também os novos membros vão passar a receber um NFT totalmente gratuito e personalizado, numa tentativa de melhorar a capacidade de atração da companhia.

Com esta iniciativa, que dá início a uma nova estratégia de atração e retenção de talento inspirada na tokenização, a empresa tentará também sensibilizar para a forma como os NFT passarão a estar imersos no tecido empresarial e social a curto prazo.

“Queremos explorar tudo aquilo que os NFT têm para nos oferecer e que vai muito além da conceção mais comum que se costuma ter deles (associada exclusivamente ao contexto artístico). Por isso, queremos motivar o seu uso responsável para, a curto prazo, poder implementá-los em estratégias adaptadas aos nossos clientes”, adianta o fundador e CEO do grupo, Diego Jiménez.

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Hungria diz não haver obstáculos à resolução de conflito com UE para receber fundos

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

Governo húngaro assegurou que não existem obstáculos à resolução do conflito com a Comissão Europeia, que pode levar à suspensão dos fundos europeus ao país.

O Governo da Hungria assegurou que não há obstáculos à resolução do conflito aberto com a Comissão Europeia devido a violações do Estado de Direito, que pode levar à suspensão dos fundos comunitários atribuídos a Budapeste.

“Analisámos a carta da Comissão e não há nenhum obstáculo à assinatura do acordo sobre os fundos de recuperação”, assegurou à imprensa o ministro do Interior, Gergely Gulyás, esta quinta-feira.

A Comissão Europeia acionou na quarta-feira o procedimento formal contra a Hungria que pode levar à suspensão ou redução de certos fundos da União Europeia, no quadro do novo mecanismo de condicionalidade ao respeito pelo Estado de Direito.

A notificação escrita formal lança na prática um procedimento inédito até agora na UE que pode levar à suspensão de fundos comunitários por falhas no respeito pelo Estado de Direito, no caso concreto por alegadas deficiências nos contratos públicos na Hungria e inquietações com corrupção, fraude e falta de transparência.

Fontes europeias indicaram que o mecanismo é ativado para proteger o próprio orçamento da UE, face ao “constante fracasso” do Governo húngaro, liderado por Viktor Orbán, em resolver uma série de “preocupações graves” de Bruxelas durante um período que já se prolonga por mais de 10 anos.

Gulyás garantiu que esta notificação apenas menciona questões que estão em negociação há meses e para as quais “foram encontradas soluções conjuntas”.

“O conteúdo da carta foi bem recebido, entendemos porque [é que a Comissão Europeia] a escreveu. Não há nenhum ponto em que não haja consenso ou não tenhamos encontrado uma solução aceitável”, sublinhou o ministro húngaro, afirmando que a assinatura de um acordo para acesso aos fundos “só depende da Comissão [Europeia]”.

Esta é a primeira vez que a Comissão ativa este mecanismo desde que entrou em vigor, em 01 de Janeiro, sendo que a suspensão dos fundos pode demorar nove meses a ser aplicada. A Hungria tem dois meses para responder às perguntas e propor soluções.

O congelamento de fundos afetaria tanto os já previstos no atual orçamento da UE (2021-2027) como os do período anterior, situação cuja legalidade é questionada pelo Governo húngaro.

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#35 As eleições francesas pelos olhos de um cientista político francófono (com Alexandre Afonso)

  • ECO
  • 28 Abril 2022

No episódio desta semana, convidámos o Alexandre Afonso para analisar os resultados das eleições presidenciais francesas.

No episódio desta semana, convidámos o Alexandre Afonso para analisar os resultados das eleições presidenciais francesas, o crescimento da extrema-direita (e como evoluiu o discurso de Le Pen) e ainda os objectivos de Macron para os próximos 5 anos. Venham daí!

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O‘Trinta por uma linha’ é um podcast de debate entre três «indivíduos na casa dos trinta» – Afonso Eça, João Tiago Gaspar e José Maria Pimentel – que se juntam para discutir assuntos políticos e económicos “sem partidarites nem salamaleques”.

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BCE diz que guerra ainda não é “ameaça direta” à estabilidade financeira da Zona Euro

  • Lusa
  • 28 Abril 2022

Banco Central Europeu (BCE) garantiu esta quinta-feira que as consequências da invasão da Rússia à Ucrânia ainda não representam uma "ameaça direta" à estabilidade financeira da Zona Euro.

O Banco Central Europeu (BCE) garantiu esta quinta-feira que as consequências da guerra ainda não são uma “ameaça direta” à estabilidade financeira da Zona Euro, com efeitos económicos “controláveis para o setor bancário” e sem escassez de liquidez.

“Até agora, as consequências da guerra não constituíram uma ameaça direta à estabilidade financeira. Os mercados financeiros têm sido altamente voláteis desde o início da invasão, mas continuam a funcionar de forma ordeira”, declarou vice-presidente do BCE, Luis de Guindos.

Apresentando o relatório anual do ano passado do banco central perante a comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas, Luis de Guindos acrescentou que, “globalmente, os efeitos económicos imediatos da invasão russa têm sido geralmente controláveis para o setor bancário da Zona Euro, e o sistema bancário não tem registado qualquer escassez de liquidez”.

“Ao mesmo tempo, as avaliações de mercado dos bancos diminuíram, mas isto refletiu principalmente preocupações mais vastas sobre uma perspetiva económica mais fraca à luz do aumento dos preços da energia e das matérias-primas e as associadas perspetivas mais baixas de rentabilidade dos bancos”, explicou.

Segundo Luis de Guindos, “a exposição direta agregada do setor bancário da Zona Euro à Rússia é de qualquer modo limitada e concentrada e os bancos preocupados estão a tomar medidas para a reduzir ainda mais”. O mesmo acontece no setor financeiro não bancário, no qual a exposição direta aos ativos russos “é também limitada”.

Certo é que “as instituições financeiras já incorreram em […] perdas da dívida soberana externa russa denominada em dólares e euros, devido à queda do valor de mercado destes ativos”, assinalou Luis de Guindos.

O “principal canal de transmissão de stress” tem sido, por seu lado, o mercado de mercadorias, de acordo com o vice-presidente do BCE, já que os “preços elevados dos produtos de base aumentam as preocupações com a estabilidade financeira associadas à inflação elevada e ao baixo crescimento” e “a extrema volatilidade dos preços levou a alguma tensão”.

“A invasão russa demonstrou como a Europa é vulnerável devido à sua elevada dependência das importações de combustíveis fósseis da Rússia [pelo que] acelerar a transição verde é, portanto, crucial, não só para enfrentar os urgentes desafios ambientais e climáticos que enfrentamos, mas também para ajudar a aumentar a nossa segurança energética e proteger a economia dos picos de preços da energia”, concluiu.

As declarações surgem numa altura em que os preços na União Europeia batem máximos devido aos constrangimentos das cadeias de abastecimento e aos problemas no fornecimento energético, acentuados com as tensões geopolíticas da guerra da Ucrânia, desencadeada no final de fevereiro passado.

A inflação é, por estes dias, mais acentuada no que toca aos preços energéticos.

Devido à guerra, a União Europeia avançou já com pesadas sanções à Rússia, nomeadamente excluindo quatro bancos russos do mercado financeiro europeu e retirando sete grandes bancos russos do Swift, sistema que permite comunicações das transações financeiras internacionais.

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