Mais de 10 mil contratos sem termo celebrados ao abrigo do Compromisso Emprego Mais Sustentável

  • Lusa
  • 11 Novembro 2022

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adiantou que a taxa de cobertura das políticas ativas de emprego em 2022 está em 26,1%, o que compara com uma taxa de 20% em 2015.

A ministra do Trabalho disse esta sexta-feira que 17.500 pessoas candidataram-se ao Compromisso Emprego Mais Sustentável, tendo sido celebrados mais de 10.000 contratos sem termo ao abrigo da medida e pagos 40,4 milhões de euros.

O balanço da medida, lançada em março, foi avançado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Segundo disse, até agora verificaram-se 17.500 candidaturas e “mais de 10.000 contratos celebrados” ao abrigo do Compromisso Emprego Mais Sustentável e foram pagos 40,4 milhões de euros. Do total de contratos, 45% foram celebrados com jovens até aos 35 anos de idade, disse Ana Mendes Godinho.

A medida Compromisso Emprego Sustentável consiste num apoio financeiro a empresas que contratem sem termo desempregados inscritos nos centros de emprego. As candidaturas arrancaram em 15 de março e decorrem até final do ano, segundo os prazos indicados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Quanto aos Estágios Ativar.pt, registaram-se 66.000 estágios aprovados até agora e 9.000 conversões em contratos sem termo, tendo sido pagos 204 milhões de euros, segundo um documento do ministério que acompanha a audição de Ana Mendes Godinho.

Ainda de acordo com a ministra, a taxa de cobertura das políticas ativas de emprego era de 26,1% em 2022, face a 20% em 2015.

No balanço sobre o mercado de trabalho na intervenção inicial da audição, a ministra referiu ainda os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na quinta-feira, realçando que “refletem um número recorde de empregados em Portugal“, com 4,9 milhões de pessoas empregadas. “Temos mais 50 mil pessoas empregadas face a 2021”, destacou Ana Mendes Godinho.

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Isabel dos Santos diz que sempre esteve disponível para “esclarecer as inverdades”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2022

A filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos afirma ter estado sempre “disponível” para repor a verdade e nunca se ter negado a prestar esclarecimentos às autoridades angolanas.

Isabel dos Santos afirma ter estado sempre “disponível” para repor a verdade e nunca se ter negado a prestar esclarecimentos às autoridades angolanas.

As declarações da filha do ex-Presidente angolano foram partilhadas nas suas redes sociais, na sequência de uma notícia da agência Lusa em que o Procurador-Geral da Republica (PGR) de Angola disse que a justiça angolana deu “todas as oportunidades” à empresária angolana para que esta relatasse a sua versão dos factos relativamente aos processos judiciais de que é alvo, sem sucesso.

Na quarta-feira, Helder Pitta Gróz disse que a indisponibilidade de Isabel dos Santos para prestar declarações atrasou os processos judiciais, lamentando que a filha de José Eduardo dos Santos se tenha escusado a ser ouvida na condição de arguida.

Sempre estive disponível e representada pelos meus advogados. Ao contrário da notícia, acredito que é do interesse de todos angolanos e sobretudo do meu de esclarecer as inverdades que existem a meu respeito”, escreveu Isabel dos Santos numa publicação partilhado no Instagram.

A empresária angolana garante que nunca se negou a prestar esclarecimentos e continua “disponível para repor a verdade”. “Acredito em Angola, sempre investi no meu país, criei empresas, empregos e formei pessoas. Eu amo Angola”, escreveu também Isabel dos Santos.

Helder Pitta Gróz, por seu lado, salientou que a empresária se ausentou de Angola há vários anos e que as autoridades angolanas têm emitido várias cartas rogatórias, pedindo a colaboração das entidades judiciais noutros países nos processos relacionados com a empresária que “não foram tendo sucesso”.

Uma das últimas foi solicitada aos Países Baixos, este ano, mas Isabel dos Santos, “escusou-se a colaborar” com as autoridades neerlandesas, a pedido da justiça angolana, disse o Procurador-Geral.

Para Pitta Gróz, esta teria sido uma oportunidade “soberana” para a filha do antigo Presidente angolano se poder defender e contar a sua versão dos factos. “Ela preferiu não o fazer e, portanto, vamos continuar com aquilo que a nossa lei processual penal prevê”, sublinhou.

Isabel dos Santos, que chegou a ser a mulher mais rica de África, é alvo de processos judiciais em vários países, na sequência do escândalo Luanda Leaks.

Em Angola, além do processos-crimes e cíveis foram apreendidos ativos, contas e participações sociais em várias empresas, tendo sido recentemente nacionalizada a quota que detinha na operadora de telecomunicações Unitel.

O mesmo acontece em Portugal, onde Isabel dos Santos tem participações e contas congeladas e tem abertos na justiça, segundo o Observador, 17 processos.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em janeiro de 2020 mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que, entretanto, morreu, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

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Grupo de Braga quer aumentar salário mínimo para 1.500 euros até 2030

Grupo Bernardo da Costa, que está presente em nove países e tem cerca de 250 trabalhadores, pratica atualmente um valor mínimo de ordenado de 850 euros.

O grupo Bernardo da Costa quer aumentar para 1.500 euros o salário mínimo da empresa e para 2.700 euros a remuneração média da empresa até 2030, anunciou o CEO do grupo, Ricardo Costa, durante o 53.º Encontro Nacional da APG, a decorrer esta sexta-feira na Alfândega do Porto. Atualmente, o salário mínimo no grupo é de 850 euros.

“É um desígnio de todos aumentar o salário mínimo e o salário médio”, afirma o gestor. Atualmente, o salário mínimo no grupo — constituído por nove empresas em Portugal, Espanha, Brasil, Camarões e Marrocos, e com 250 colaboradores — é de 850 euros, valor acima do atual salário mínimo nacional de 705 euros. “Temos apenas uma pessoa a ganhar o salário mínimo”, reforça o gestor.

Desde 2017 que o grupo tem um departamento de felicidade, promovendo nesse âmbito um conjunto de benefícios, como seguro de vida, ofertas dos dias 24 e 31 de dezembro, bem como o dia de aniversário, serviço de engomadoria, fruta grátis e viagens a destinos no exterior. Mas, refere, nada disto faria sentido sem um salário que garanta o bem-estar dos colaboradores.

“O meu avô levava os colaboradores ao fim de semana de autocarro a Ofir. Ao sábado. Nós metemo-nos num avião e fomos uma semana para Punta Cana”, comenta Ricardo Costa.

“Na indústria não podemos ter os mesmos benefícios do que nos serviços, mas podemos ter a mesma cultura”, reforça, frisando que há que investir no talento.

“A felicidade é o tema do momento face à atual situação (de escassez de talento) do mercado de trabalho”, refere o gestor.

“A felicidade não pode ser colada a custa, nem pode ser do dia a para a noite. É preciso cultura, investimento nas pessoas, ter valores muito seguros e, por mais tentador que seja ultrapassar esses valores”, diz.

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Porcelanosa investe 2,5 milhões de euros no Porto

Grupo espanhol renova espaço comercial no Porto e calcula fechar o ano no mercado português com 21 milhões de euros de faturação, um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

No ano em que a Porcelanosa assinala 22 anos de atividade no Porto, a multinacional espanhola investiu 2,5 milhões de euros no novo showroom na cidade Invicta. O grupo prevê abrir, nos próximos anos, mais espaços comerciais em Braga, Coimbra, Cascais, Sintra e na ilha da Madeira, no âmbito do plano de expansão definido para o país, avança ao ECO/Local Online o diretor geral em Portugal, Pedro Neiva.

Com presença em 150 países, a Porcelanosa detém quatro lojas em Portugal — sendo a do Porto a “mais consolidada no mercado” –, com uma faturação anual na ordem dos 21 milhões de euros no país, segundo Pedro Neiva.

“O ano tem sido de crescimento exponencial para a Porcelanosa, que, mesmo num período atípico, na sequência da pandemia da Covid-19, atingiu marcos históricos e valores de faturação que ficarão para sempre na história da empresa”, sublinha o representante da multinacional em Portugal.

O espaço no Porto, que ocupa 1.400 metros quadrados, apresenta uma nova “área técnica interativa, intuitiva e inovadora no setor da prescrição / decoração e construção”. A possibilidade de visualização de ambientes de banho e de cozinha à escala real, assim como a existência de salas de formação e de reuniões, são outros “trunfos” deste espaço.

A Porcelanosa é um dos maiores fabricantes mundiais no ramo da cerâmica, do mobiliário de cozinha, do equipamento de casa de banho e de soluções construtivas para a arquitetura contemporânea.

A nível global, o grupo registou uma faturação de 900 milhões de euros e prevê um crescimento na ordem dos 8% para o próximo ano.

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Bastonário dos advogados diz que revisão constitucional suprime direitos

  • Lusa
  • 11 Novembro 2022

O bastonário da Ordem dos Advogados alertou que com a proposta de revisão constitucional parece estar “mais em causa a supressão de direitos, liberdades e garantias”.

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Luís Menezes Leitão alertou que com a proposta de revisão constitucional parece estar “mais em causa a supressão de direitos, liberdades e garantias”, o que entende como “uma deriva muito preocupante”.

Num debate na tarde de quinta-feira em Setúbal, dedicado ao tema “Os ataques em curso à advocacia”, Menezes Leitão defendeu que se atravessa “um período bastante complexo, começando desde logo pela questão da revisão constitucional”.

Parece que está mais em causa a supressão de direitos de liberdade e garantias, porque, como sabem, nós tivemos 23 decisões do Tribunal Constitucional a declararem inconstitucionais todas as medidas que foram adotadas pelo Governo durante a pandemia”, disse o bastonário da OA.

“Agora parece que vai surgir, até com o apoio do Presidente da República, uma revisão constitucional para dizer ou tornar constitucional tudo o que se passou. Bom, isso só me fez lembrar a história do ministro Santos Costa, que costumava dizer, quando diziam que ele violava a lei, que a lei estava na ponta da sua caneta. E de facto estamos um pouco a entrar nesta deriva, o que me parece muito preocupante”, acrescentou Menezes Leitão.

O bastonário referiu ainda queixas dos deputados, que afirmam que este processo está a acontecer à sua revelia, lembrando que a Constituição estipula que “a revisão constitucional compete aos deputados”.

“Bom, isto é possível em Portugal? E ninguém diz nada? Não, mas hoje estamos zangados porque a revisão constitucional vai ser feita sem nós. Eu pergunto, mas então, o que é que se está a passar em Portugal? Acho que a situação é muito preocupante, e, devo dizer, acho que a primeira função de ordem dos advogados é defender o Estado de Direito, as liberdades e garantias dos cidadãos”, disse o bastonário.

Luís Menezes Leitão rejeitou “meias palavras” e “palavras delicadas” para caracterizar o momento: “Acho que temos que olhar com o caso com olhos de ver, e os olhos de ver dizem que a situação que estamos a atravessar é gravíssima”.

O Governo recusou esta quinta-feira que esteja a condicionar os deputados sobre a forma como a questão da emergência sanitária deve constar no futuro processo de revisão constitucional, alegando que se tratou apenas de “partilha de informação”.

Esta posição foi transmitida pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, depois de ter sido confrontada com a reação negativa de vários deputados, alguns mesmo do PS, pelo facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter enviado na quarta-feira para o parlamento novos contributos da comissão técnica por si nomeada sobre proteção em emergência de saúde pública.

De acordo com a ministra da Presidência, ainda durante a anterior legislatura o Governo solicitou a um grupo de trabalho uma reflexão sobre as dimensões legislativas necessárias para enquadrar medidas que o executivo, o Presidente da República e parlamento, “em articulação, tomaram durante a pandemia da covid-19”.

Na nota divulgada na quarta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro, refere-se que, “tendo sido iniciado um processo de revisão da Constituição”, António Costa “entendeu solicitar à comissão técnica que ponderasse novamente a necessidade de introduzir uma norma constitucional que reforce a segurança jurídica do conjunto de previsões constantes do anteprojeto de Lei de Proteção em Emergência de Saúde Pública e, em face desta nova circunstância, propusesse o que lhe parecesse mais conveniente”.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro, os novos contributos da comissão técnica foram enviados na quarta-feira à Assembleia da República.

A comissão técnica sugere, no âmbito dos trabalhos da comissão eventual de revisão constitucional, que seja aditada uma nova alínea: “Separação de pessoa portadora de doença contagiosa grave ou relativamente à qual exista fundado receio de propagação de doença ou infeção graves, determinada pela autoridade de saúde, por decisão fundamentada, pelo tempo estritamente necessário, em caso de emergência de saúde publica, nos termos da lei”.

Em junho de 2021, o Governo constituiu uma comissão técnica para o estudo e elaboração de anteprojetos de revisão do quadro jurídico vigente em função da experiência vivida durante a pandemia da covid-19.

A comissão técnica foi constituída pelo juiz-conselheiro jubilado António Henriques Gaspar, o procurador-geral-adjunto João Possante, em representação da Procuradora-Geral da República, Ravi Afonso Pereira, em representação da Provedora de Justiça, e Alexandre Abrantes, professor catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública.

No sábado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou pronunciar-se sobre a revisão constitucional por ser um processo em que não tem qualquer intervenção, mas voltou a alertar para a necessidade de mexidas nas questões dos metadados e da emergência sanitária.

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Comissão vê inflação em Portugal a disparar 8% em 2022 e 5,8% em 2023

Bruxelas projeta inflação mais elevada que o estimado pelo Governo. Comissão prevê que a subida de preços vai acalmar em 2024, com a inflação a abrandar para 2,3%.

A Comissão Europeia prevê que a taxa de inflação em Portugal se vai fixar nos 8% em 2022 e 5,8% em 2023, ambas mais elevadas que a previsão inscrita pelo Governo no Orçamento do Estado para 2023, de acordo com as previsões económicas de outono. O Executivo estima uma inflação de 7,7% este ano e 4% no próximo.

Estas projeções representam também uma revisão em alta das estimativas de verão da Comissão, quando apontavam para uma inflação de 6,8% em 2022 e 3,6% em 2023. Já para 2024, Bruxelas projeta agora que a subida de preços vai acalmar, com a inflação a abrandar para 2,3%.

Olhando para os fatores específicos de cada país, a seca extrema também impulsionou a inflação em Portugal, “uma vez que os preços dos alimentos não processados ​​aumentaram 18,1% em setembro (homólogo) em comparação com 12,7% na área do euro”, nota a Comissão Europeia. A moderação gradual nos próximos anos para 5,8% em 2023 e 2,3% em 2024, tendo em conta a “esperada queda nos preços de energia e alimentos, enquanto os preços dos serviços devem permanecer altos, acompanhados por reajustes salariais”.

Os últimos dados da inflação deixavam adivinhar que a meta do Governo dificilmente será cumprida. A presidente do Conselho das Finanças Públicas até sinalizou no Parlamento, esta semana, que a própria previsão do organismo, de 7,7%, já deve estar ultrapassada. A estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística já mostrava que a inflação atingiu os dois dígitos em outubro (foi de 10,1%). Tendo em conta este valor, contas feitas pelo ECO já apontavam que a meta do Governo podia estar comprometida.

Para a Zona Euro, a Comissão Europeia prevê uma inflação de 8,5% em 2022, 6,1% em 2023 e 2,6%. Os números da União Europeia são mais elevados: 9,3% em 2022, 7% em 2023 e 3% em 2024. “Inflação acima do esperado ao longo dos primeiros dez meses de 2022 e pressões sobre os preços ampliadas deverão ter deslocado o pico da inflação para o final do ano e ter levantado a projeção anual da taxa de inflação”, aponta a Comissão em comunicado.

O mapa de inflação mostra muitas diferenças entre os Estados-membros: de 5,8% em França para 19,3% na Estónia” este ano, sinaliza o comissário europeu Paolo Gentiloni, em conferência de imprensa.

(Notícia atualizada às 10h35)

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Bruxelas mais pessimista do que o Governo. Economia cresce apenas 0,7% em 2023

A Comissão Europeia estima PIB a crescer 6,6% em 2022, mas abrandamento severo para 0,7% em 2023. Governo prevê crescimento económico de 1,3% no próximo ano.

A Comissão Europeia reviu em alta a previsão de crescimento do PIB de Portugal para 6,6% em 2022, mas cortou a previsão para 2023 em mais de metade para 0,7%, revela o relatório macroeconómico de outono divulgado esta sexta-feira. Além disso, as previsões para o próximo ano são mais pessimistas do que as do Governo, que antecipa um crescimento de 1,3% em 2023. Para este ano, as estimativas do Executivo são de uma progressão de 6,5%.

O crescimento de Portugal este ano foi impulsionado pela forte recuperação do turismo, nota a Comissão. No entanto, “os indicadores de curto prazo mais recentes sugerem uma perspetiva de crescimento fraca para o segundo semestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, uma vez que o sentimento de investimento continua a sofrer com a incerteza global e a procura privada é limitada por custos com energia elevados”, acrescentam.

Bruxelas admite ainda que há riscos para as perspetivas de crescimento “à luz do ambiente global incerto e dos riscos específicos de cada país relacionados com a grave seca na Península Ibérica, que pode ter repercussões prolongadas no abastecimento doméstico de alimentos”.

Previsões de variação do PIB

Fonte: Comissão Europeia (variação em percentagem).

As últimas previsões de Bruxelas para Portugal datavam de julho e apontavam para um crescimento de 6,5% em 2022 e 1,9% em 2023. A evolução deste ano deu confiança para subir o valor estimado para 2022, que é mais elevado do que o estimado pelo Governo (6,5%). Mas as projeções do próximo ano ficam bastante abaixo do cenário inscrito no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023). As previsões do Governo apontam para um crescimento de 6,5% este ano e 1,3% no próximo.

A Comissão Europeia alinha assim as suas previsões com as do Fundo Monetário Internacional, até agora a instituição mais pessimista, pois aponta para um crescimento de 6,2% este ano e de 0,7% no próximo. Já o Banco de Portugal prevê um crescimento de 6,7% para este ano, uma previsão partilhada pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) que antecipa um abrandamento para 1,2% em 2023, numa base de políticas invariantes, ou seja, que não tem em conta as medidas que o Governo vai tomar, nomeadamente no OE.

Quanto à dívida pública, a previsão é que se cifre nos 115,9% este ano e 109,1% no próximo, o que está quase em linha com o estimado no OE2023 (115% em 2022 e 110,8% em 2023). A trajetória de redução continua em 2024 para 105,3%, projeta o Executivo comunitário.

No saldo orçamental, a Comissão aponta para um défice de 1,9% este ano, igual ao Governo, mas para o ano é mais pessimista: prevê que apenas se reduza para 1,1%, enquanto a projeção do OE é de um défice de 0,9%.

A Comissão alerta que existem riscos para as perspetivas orçamentais, que “estão ligados a passivos contingentes relacionados a linhas de crédito com garantia pública, o processo de negociação em andamento de pedidos de reequilíbrio de parcerias público-privadas (PPP) e pressões ascendentes sobre os gastos correntes”.

Bruxelas estima ainda que a taxa de desemprego em Portugal será de 5,9% tanto em 2022 como 2023, acima da previsão de 5,6% do Governo português. Para 2024, a Comissão antecipa uma descida do desemprego para 5,7%.

Já para a inflação, vê uma taxa de 8% em 2022 e 5,8% em 2023, ambas mais elevadas que a estimativa do Governo. O Executivo estimava uma taxa de 7,4% em 2022 e 4% em 2023. No entanto, esta previsão já deve estar ultrapassada, como sinalizou a presidente do Conselho das Finanças Públicas no Parlamento, esta semana.

(Notícia atualizada às 10h50)

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Cuatrecasas assessora ronda de investimento de 5 milhões de euros da Exclusible

A equipa da Cuatrecasas envolvida na operação foi liderada pelo sócio Vasco Bivar de Azevedo e integrou os associados Nuno Lima da Luz e de Manuel Ximenez.

A Cuatrecasas assessorou a Exclusible, uma startup sediada em Portugal que opera na área da Web3, comercializando propriedades, produtos e marcas de luxo no metaverso, numa ronda de financiamento de seed capital no montante de cinco milhões de euros que visou dotar a empresa de meios financeiros para alocar à operação, e preparar uma próxima ronda de investimento.

A operação foi liderada pela Tioga Capital Partners e contou com outros investidores nacionais e estrangeiros, entre os quais a WSC, Indico Capital Parners e Shhilling.

“No período de cerca de 12 meses, e em resultado desta ronda, a Exclusible alcançou uma valorização (post money valuation) de 100 milhões de euros, sendo considerada por vários fundos e investidores de Venture Capital (VC) como uma das startups to watch“, referem.

A equipa da Cuatrecasas envolvida na operação foi liderada pelo sócio de M&A/VC Vasco Bivar de Azevedo e integrou os associados de Tecnologia, Media e Telecomunicações Nuno Lima da Luz e de M&A Manuel Ximenez.

“Tratou-se de uma operação VC com alguma complexidade, a qual, além da entrada de capital adicional, visou regularizar a cap table (que mostra a capitalização do património de uma empresa) resultante da realização de uma de ronda de financiamento através de instrumentos convertíveis”, referem.

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Twitter pode falir se não gerar mais dinheiro, avisa Musk

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Novembro 2022

O aviso aconteceu na primeira vez que falou aos funcionários da empresa após adquirir a rede social. Musk disse ainda que trabalhadores devem preparar-se para semanas de 80 horas de trabalho.

Na primeira vez que falou aos funcionários do Twitter desde que comprou a rede social por 44 mil milhões de dólares, Elon Musk alertou que a empresa corre o risco de falir se não começar a gerar mais receita, revela esta sexta-feira a Bloomberg.

O aviso surge após, nas duas últimas semanas, o novo proprietário do Twitter ter demitido cerca de metade dos trabalhadores, incluindo executivos, assumido o cargo de CEO, retirado a empresa da bolsa e anunciado o fim do teletrabalho. Há dias, justificou os despedimentos alegando que a rede social perde quatro milhões de dólares por dia.

De acordo com fontes da agência, um executivo que até quinta-feira fazia parte da nova equipa de liderança de Musk, Yoel Roth, saiu, enquanto outra, Robin Wheeler, também se demitiu, mas o multimilionário persuadiu-a a permanecer na empresa.

Além do aviso de falência, o empresário disse ainda que os funcionários devem preparar-se para haver semanas de 80 horas de trabalho e que haverá menos regalias nos escritórios, como comida grátis. “Se não quiserem vir, a demissão é aceite”, terá dito Musk, de acordo com uma das fontes citadas pela Bloomberg.

Embora a compra tenha retirado o Twitter do escrutínio dos mercados, Elon Musk já levou a empresa a endividar-se em 13 mil milhões de dólares, dívida que está agora nas mãos de sete bancos de Wall Street que não têm conseguido vendê-la a investidores.

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Rui Moreira preocupado com “excessivos atrasos” na construção da nova linha do Metro do Porto

  • Lusa
  • 11 Novembro 2022

Num ofício enviado à Metro do Porto, Rui Moreira afirma que o município ficou “desprovido de qualquer informação sobre o andamento da empreitada” e que as reuniões sobre o assunto foram canceladas.

O presidente da Câmara do Porto está preocupado com o “impacto profundamente negativo” da construção da nova linha Rosa da Metro do Porto que, defende, apresenta “excessivos atrasos” em “praticamente todas as frentes”, revela um ofício enviado à empresa.

No ofício, enviado na quinta-feira ao presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, e a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, manifesta a sua preocupação com “o impacto profundamente negativo gerado pela empreitada de construção da nova linha do metro”.

Lembrando que devido à “duração e dimensão” da obra foi criado um grupo de trabalho – constituído pelos serviços da Câmara do Porto, da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) Serviços, da Metro do Porto, do empreiteiro e da entidade fiscalizadora – o autarca independente afirma que o município ficou “desprovido de qualquer informação sobre o andamento da empreitada”.

Tais reuniões, que se revestem de extrema importância para auxiliar a boa gestão e funcionamento da cidade, foram, entretanto, canceladas pela Metro do Porto”, observa Rui Moreira, que solicitou aos serviços municipais a elaboração de um documento sobre as frentes de obra da linha Rosa. “Neste se constata que praticamente todas as frentes de obra apresentam excessivos atrasos”, assegura, acrescentando que na frente de obra da Casa da Música (nos cais da Linha Rosa e da Linha Rubi) “existe um atraso de 215 dias” e na Galiza, onde vai ser construída uma nova estação, um atraso de “275 dias”.

Na construção da nova estação do Hospital Santo António o “atraso é de 92 dias” e da nova estação da Praça da Liberdade (ligação Largo dos Loios e estação de S. Bento) verifica-se um atraso de “120 dias”, elenca Rui Moreira. “Nada do que foi planeado está a decorrer normalmente, muito pelo contrário”, destaca, lembrando que a situação tem “implicações graves no escoamento do tráfego”, bem como na circulação dos transportes públicos da STCP.

“É por de mais evidente os atrasos sucessivos registados pela STCP nas linhas 200, 201, 207, 305, 500 e 703, que chegam a atingir os 40 minutos”, afirma, dando conta de que na zona do centro histórico (PRT1) a procura se encontra a 80% da verificada em 2019. Defendendo que a cidade precisa de investimentos como os que a Metro do Porto está a realizar, Rui Moreira considera, no entanto, que o Porto “não pode definhar em função de uma excessiva disrupção das suas atividades”.

No ofício enviado a Tiago Braga, o presidente da câmara lembra ainda que estão previstas novas obras na cidade, nomeadamente a Linha Rubi e a linha de metrobus [BRT] da Boavista, e que estas “não poderão ser concomitantes com as obras ainda em curso e cujo real cronograma não pode ser aferido”.

Estamos perante uma verdadeira disrupção do normal funcionamento da cidade, com um impacto altamente negativo na qualidade de vida de todos os que vivem, trabalham ou visitam a cidade”, afirma Rui Moreira, questionando ainda a operadora sobre que medidas vai adotar para mitigar “os efeitos nefastos” provocados pela empreitada.

Contactada pela Lusa, a Metro do Porto não quis comentar o assunto.

A empreitada de construção da Linha Rosa, que se traduz num novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, arrancou no dia 29 de março. Com quatro novas estações subterrâneas e um percurso em túnel de quase três quilómetros, esta linha tem o cunho de dois prémios Pritzker [considerados o Nobel da Arquitetura], uma vez que Eduardo Souto Moura é o responsável pelos projetos das novas estações, sendo que a de São Bento é assinada em parceria com Álvaro Siza Vieira.

Em março, o presidente da empresa, Tiago Braga, anunciou que as obras das linhas Amarela e Rosa da Metro do Porto decorrerão “durante três anos”, até 2024. As obras de prolongamento da Linha Amarela e a construção da Linha Rosa representam no total um acréscimo de seis quilómetros e sete estações à rede de metro do Porto e um investimento total superior a 400 milhões de euros.

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Após reunião no Infarmed, ministro da Saúde rejeita regresso das medidas Covid de “natureza obrigatória”

À saída da reunião do Infarmed, o ministro da Saúde reiterou que não vê necessidade de regressarem as medidas Covid de "natureza obrigatória".

Quase nove meses depois desde a última reunião, especialistas, Governo e partidos estiveram reunidos esta sexta-feira no auditório do Infarmed para avaliarem a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Neste encontro, João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, destacou que a sublinhagem B.A.5 da Ómicron continua a ser dominante em Portugal, mas sublinhou que outras sublinhagens desta variante estão a aumentar “consideravelmente” a sua frequência, dando como exemplo a BQ.1.

Ainda assim, os especialistas sublinharam que as vacinas “bivalentes” e originais continuam a demonstrar um elevada eficácia na prevenção contra a doença grave, ainda que os dados preliminares apontem para uma ligeira diminuição da proteção nestas novas sublinhagens.

No que toca à campanha de vacinação que está a decorrer, o coronel Penha Gonçalves adiantou que já foram vacinadas um milhão e 800 mil pessoas contra a Covid e um milhão e 900 mil contra a gripe. As autoridades de Saúde vão aumentar a capacidade de vacinação em cerca de 10%, tendo em vista vacinar com a dose de reforço os cidadãos a partir dos 50 anos “até ao final do ano”.

À saída, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, voltou a rejeitar a adoção de mais “medidas de saúde pública de natureza obrigatória”, mas lembrou que “virar a página não significa decretar o fim da pandemia por Covid-19”.

Nota: A transmissão da reunião do Infarmed pelo Governo esteve interrompida durante largos minutos devido a problemas técnicos.

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Moedas avança com isenção de IMT para jovens em Lisboa

  • ECO
  • 11 Novembro 2022

Se for aprovado, jovens ficam isentos do imposto na compra de casas até 250 mil euros em 2023 em Lisboa. A medida pode custar 4,5 milhões de euros à autarquia.

Os jovens até 35 anos que comprem casas num valor máximo de 250 mil euros em Lisboa vão ter isenção de IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões), avança o Expresso. A medida, prometida por Carlos Moedas durante a sua campanha eleitoral para as autárquicas no ano passado, vai ser incluída no orçamento da cidade para 2023. Se for aprovada, entra em vigor a partir do próximo 1 de janeiro, sendo que esta isenção pode custar 4,5 milhões de euros à autarquia.

A proposta será apresentada no início da próxima semana, altura em que o Executivo camarário planeia tornar públicas as contas para 2023. As casas até 250 mil euros representam cerca de 45% das compras feitas por pessoas com menos de 35 anos em Lisboa. Com esta medida, os compradores deverão poupar, em média, cerca de 3,3% do valor de compra de uma casa, o que pode ir até um máximo a rondar os 3.800 euros.

Para a medida da coligação PSD/CDS ser aprovada, basta uma abstenção dos socialistas, visto que os partidos à esquerda destes não defendem uma redução do imposto. Após várias acusações de “bloqueios à governação”, dificilmente o PS quererá ficar com o ónus de um eventual chumbo, tendo sido assim que a devolução de parte do IRS aos munícipes de Lisboa recebeu “luz verde”.

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