Portugal entre países que mais reduziram dívida no segundo trimestre

No segundo trimestre, rácio da dívida pública de Portugal face ao PIB caiu 10,8 pontos percentuais, a quarta maior descida entre os 27 países da União Europeia.

Portugal teve uma das maiores descidas da dívida pública na União Europeia no segundo trimestre. Entre abril e junho, o rácio do passivo face ao PIB desceu 10,8 pontos percentuais. Foi o quarto maior recuo entre os 27, segundo os dados revelados esta sexta-feira pelo gabinete de estatísticas Eurostat.

No final do segundo trimestre de 2022, a dívida pública portuguesa representava 123,4% do Produto Interno Bruto nacional – em igual período de 2021, estava nos 134,2%. Apesar da descida, Portugal continua a ter o terceiro maior rácio de dívida pública pública entre os 27 países da União Europeia.

Grécia, Chipre e Croácia foram os três países com maiores reduções do rácio da dívida pública entre abril e junho face ao período homólogo de 2021. Apesar da descida de 25,4 pontos percentuais, a Grécia continua a ter a maior percentagem de dívida pública, com 182,1%.

Itália mantém-se como o segundo país mais endividado da UE, com 150,2% face ao PIB, embora tenha descido 5,3 pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre de 2021.

Na variação face ao primeiro trimestre deste ano, Chipre (-6,8 pontos percentuais), Grécia (-6,3 pontos percentuais) e Croácia (-3 pontos percentuais) foram os três países com maior descida do rácio dívida pública face ao PIB.

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Portugal é o país na Europa com maior excedente orçamental

As contas de Portugal apresentam um excedente orçamental de 3% do PIB no segundo trimestre. Este valor compara com um défice de 1,8% do PIB da média dos países da União Europeia.

Portugal é um dos poucos “bons alunos” da União Europeia. De acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, Portugal fechou as contas do segundo trimestre do ano com um excedente orçamental equivalente a 3% do PIB. Em contrapartida, os países da União Europeia apresentaram um défice médio de 1,8% do PIB.

O excedente orçamental registado no segundo trimestre por Portugal compara com um défice de 4,5% registado no final do segundo trimestre de 2021 e com um défice de 9,8% no segundo trimestre de 2020.

No espaço de dois anos, Portugal deixou de ser o oitavo país da zona euro com o maior défice orçamental para se tornar no país do espaço da moeda única com o maior excedente orçamental.

O resultado apresentado hoje por Portugal tem sido construído pelo governo desde o segundo trimestre de 2020, quando as contas públicas afundaram para um défice orçamental histórico de 9,8% do PIB. Desde então, o défice do saldo orçamental tem vindo a perder dimensão, alcançando no primeiro trimestre um saldo positivo de 1% do PIB e agora 3% do PIB.

No espaço de dois anos, Portugal deixou de ser o oitavo país da zona euro com o maior défice orçamental para se tornar no país do espaço da moeda única com o maior excedente orçamental.

Na União Europeia, a maioria dos países registou um decréscimo do défice orçamental entre o primeiro e o segundo trimestre, passando de um valor equivalente a 2,3% do PIB para 1,8%. O Eurostat revela que o rácio défice/PIB diminui neste período devido a aumentos mais fortes das receitas totais em comparação com as despesas totais.

Os resultados apresentados pelo Eurostat revelam ainda que praticamente todos os países da União Europeia apresentam um défice inferior a 3% do PIB, respeitando assim um dos elementos do Procedimento por Défice Excessivo no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. As exceções são a Letónia (-3,2%), Bulgária (-3,3%), Eslováquia (-3,4%), Hungria (-3,4%), França (3,9%), Bélgica (-4%), Espanha (-4,2) e Malta (-6,6%).

Mudança de paradigma orçamental

Portugal destaca-se entre os países da União Europeia com a maior transformação do seu saldo orçamental no espaço dos últimos dois anos.

Fonte: Eurostat.

 

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Fórum Empresarial Espanha-Saudi reforça laços empresariais entre os países

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2022

A Arábia Saudita e Espanha realizaram, esta quinta-feira, o Fórum Empresarial Espanha-Saudi, em Espanha. O evento visa estreitar laços entre o tecido empresarial de ambos os países.

A Câmara de Comércio Espanhola acolheu, esta quinta-feira, o Fórum Empresarial Espanhol-Saudi como um ponto de encontro onde as empresas espanholas puderam conhecer as prioridades e oportunidades oferecidas pelo Reino, noticia a Servimedia.

O evento surge num contexto em que a Visão 2030 do Governo Saudita está a orientar a diversificação da economia e em que vários megaprojetos de infraestruturas estão a ser promovidos.

O fórum girou em torno de duas mesas redondas sobre ‘infraestruturas e água’ e ‘turismo’, alguns dos setores em que as empresas espanholas têm mais oportunidades de crescimento e internacionalização quando investem no mercado saudita.

Entre os objetivos estabelecidos pelo Vision 2030 está o de aumentar o investimento direto estrangeiro de 3,8% para 5,7% do PIB e aumentar a contribuição do setor privado de 40% para 65% do PIB. Representantes de Acciona Agua, Aqualia e Grupo Meliá ligados à Arábia Saudita ou EMEA foram alguns dos oradores que partilharam a sua experiência e visão durante o debate.

Segundo Marta Blanco, presidente da CEOE Internacional, “em apenas alguns anos, a Arábia Saudita tornou-se a economia mais importante do Golfo. A sua liderança no comércio de hidrocarbonetos, diversificação e expansão do setor privado, digitalização e turismo são um facto. Do setor empresarial espanhol, estamos empenhados na internacionalização e encontramos na Arábia Saudita um parceiro perfeito com o qual podemos gerar sinergias e oportunidades”.

O ministro da Indústria, Comércio e Turismo, Reyes Maroto, encerrou o fórum juntamente com o ministro da Economia e Planeamento do Reino da Arábia Saudita, Faisal Alibrahim. Ambos concordaram que a experiência espanhola, em muitas áreas, – da construção ao turismo, incluindo a indústria e o ambiente-, é uma oportunidade para estabelecer alianças que aproximarão o Reino dos objetivos da Visão 2030.

Faisal Alibrahim salientou que “Espanha é um parceiro internacional fundamental no processo de transformação em que o Reino da Arábia Saudita está imerso no âmbito da Visão 2030, pelo que procuramos aprofundar as relações bilaterais que tradicionalmente temos mantido para continuar a proporcionar um futuro seguro e próspero para todos”.

Por sua vez, a ministra Reyes Maroto salientou: “Precisamos de fóruns como este para encontrar interesses comuns e reforçar os atrativos das nossas economias. As empresas espanholas que se estabelecem na Arábia Saudita fazem-no com vista à permanência, por um compromisso com o desenvolvimento do país e para gerar emprego local”.

Apesar dos efeitos globais da pandemia, o comércio bilateral entre a Espanha e a Arábia Saudita recuperou rapidamente. Nos 12 meses entre 2020 e 2021, o comércio bilateral cresceu em 3,8 mil milhões de riyals sauditas (cerca de mil milhões de euros) para 20,3 mil milhões de riyals (cerca de 5,5 mil milhões de euros), de acordo com os últimos dados da Autoridade Geral de Estatística Saudita (Gastat).

Em 2021, as exportações sauditas para Espanha atingiram um valor de 11,4 mil milhões de riyals (cerca de 3,1 mil milhões de euros), enquanto que as importações espanholas para a Arábia Saudita foram avaliadas em 8,9 mil milhões de riyals (2,4 mil milhões de euros). Os dois países estão a trabalhar em conjunto em várias iniciativas para fomentar o crescimento económico.

Comité Conjunto

No âmbito da visita oficial que uma delegação institucional e empresarial liderada por Faisal Alibrahim está a efetuar a Espanha, de 19 a 21 de Outubro, os governos dos dois países realizaram também a Comissão Mista Espanha-Saudi para reforçar as suas relações bilaterais.

Este comité, que visa reforçar e promover a colaboração e cooperação em todos os setores em ambos os países, foi criado em 2007 e a última reunião teve lugar em Riade em 2018. Nessa reunião estiveram presentes representantes de até 10 ministérios do Reino e outras instituições como a Autoridade Geral do Comércio Externo ou a Autoridade Saudita de Desenvolvimento das Exportações, entre outros. Do lado espanhol, a reunião foi presidida pelo Ministro Reyes Maroto e contou com a presença de Xiana Méndez, Secretária de Estado do Comércio.

Desta vez, durante a visita oficial de três dias, figuras-chave do governo saudita e do setor privado estão a realizar um intenso calendário de reuniões com vários ministros e empresas espanholas com presença em ambos os mercados, tais como a Indra e a Airbus. Outras reuniões programadas incluem a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), ICEX e o Elcano Royal Institute, um organismo de política internacional líder.

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Pfizer tenciona quadruplicar preço da vacina Covid nos EUA

A farmacêutica norte-americana Pfizer tenciona quadruplicar o preço da sua vacina contra a Covid-19 para cerca de 110 a 130 dólares por dose nos Estados Unidos.

A farmacêutica Pfizer tenciona quadruplicar o preço da sua vacina contra a Covid-19 para cerca de 110 a 130 dólares por dose (entre 112,50 euros a 133 euros à taxa de câmbio atual), após o atual programa de compras do Governo norte-americano expirar, revelou a presidente executiva da Pfizer.

A administração norte-americana paga atualmente cerca de 30 dólares por dose de vacina contra a Covid (cerca de 30,70 euros) ao consórcio BioNTech/Pfizer, de acordo com a Reuters. Contudo, se atualmente a vacina é disponibilizada gratuitamente a todos os cidadãos norte-americanos, em 2023 é expectável que a vacina seja apenas gratuita para as pessoas que têm seguro de saúde privado ou seguro pago pelo Governo norte-americano.

“Estamos confiantes de que o preço da vacina Covid-19 nos EUA reflete sua relação custo-benefício geral e que o preço não será uma barreira para o acesso dos pacientes”, afirmou a presidente executiva da Pfizer, Angela Lukin.

Segundo a Reuters, este aumento de preço já era expectável na sequência da fraca procura de vacinas contra a Covid-19, nomeadamente no que toca às doses de reforço dirigidas à variante Ómicron, dado que as farmacêuticas querem atingir os seus objetivos de receitas para 2023 e para os anos seguintes.

Nas primeiras semanas em que começaram a ser administradas as vacinas contra esta variante, foram vacinadas cerca de 14,8 milhões de pessoas nos Estados Unidos, valor que compara com os mais de 22 milhões de norte-americanos vacinados nas primeiras seis semanas de reforço vacinal em 2021, isto apesar de apenas os mais idosos e pessoas que sofrem de imunossupressão serem considerados elegíveis naquele período.

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Concessão de voos Porto Santo-Funchal prolongada até fevereiro

Enquanto decorre processo de fiscalização prévia junto do Tribunal de Contas, Governo atribui mais de 500 mil euros para Binter fazer voos de serviço público entre Porto Santo e Funchal.

A companhia aérea Binter vai assegurar, pelo menos até 23 de fevereiro, a ligação aérea entre Porto Santo e Funchal. A prorrogação do contrato entre o Estado e a empresa, no valor de 578.204,45 euros, foi publicada nesta sexta-feira em Diário da República.

O Governo justifica a necessidade de prorrogar o contrato de concessão porque verificaram-se “diversas circunstâncias imprevisíveis que prejudicaram a tramitação do procedimento concursal em curso e que justificam a necessidade de proceder a uma nova prorrogação do período de vigência do referido contrato de concessão”, refere o texto da resolução do Conselho de Ministros.

A prorrogação do contrato poderá terminar antecipadamente “até ao quinto dia útil seguinte à data da notificação da decisão a proferir no âmbito do processo de fiscalização prévia junto do Tribunal de Contas relativo ao novo contrato de concessão”, caso esta ocorra antes de 23 de fevereiro.

Desde dezembro de 2021 que o Governo português autorizou a despesa correspondente à abertura do concurso internacional para a concessão, durante três anos, da rota aérea regular entre as ilhas da Madeira e Porto Santo, no valor máximo de 5.577.900 euros. Processo que ainda não ficou concluído.

O Governo português faz um contrato de concessão para esta ligação “caso nenhuma transportadora aérea da União Europeia pretenda dar início à prestação de serviços aéreos regulares sustentáveis, sem contrapartida financeira, e de acordo com as obrigações de serviço público impostas para a mesma rota”.

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Governo não muda regras dos Certificados de Aforro

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

À boleia da escalada das Euribor, a taxa de juro dos Certificados de Aforro voltam a estar atrativos para captar a poupança dos portugueses. Governo garante que não vai mudar as regras deste produto.

O Governo assegura que “não estão a ser ponderadas alterações aos Certificados de Aforro”, revelou fonte oficial do Ministério das Finanças ao Expresso (acesso pago).

Depois de largos anos afastados do radar devido às rendibilidades muito magras, a taxa de juro dos Certificados de Aforro voltam a estar atrativos para captar a poupança dos portugueses, à boleia da escalada das Euribor. Tal como o ECO noticiou, a taxa de juro dos Certificados de Aforro supera 2% em outubro e poderá atingir o máximo de 3,5% em 2023.

Para travar esta subida da taxa de juro dos Certificados de Aforro, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) teria que mexer nas regras deste produto. E a entidade liderada por Miguel Martín chegou mesmo a abrir a porta a essa possibilidade, ao referir na semana passada ao Jornal de Negócios (acesso pago) que “as condições dos produtos de aforro são avaliadas regularmente” e que a “alteração de condições depende dos objetivos de captação e do contexto de mercado”.

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PS mexe em processos de despedimento coletivo

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

Proposta de alteração ao Código do Trabalho feita pelo PS prevê que todas as empresas tenham que informar previamente a DGERT a intenção de avançar para um despedimento coletivo.

As empresas terão de comunicar previamente à Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) a intenção de avançar para um despedimento coletivo, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Em causa está uma proposta de alteração Código do Trabalho feita pelo PS que indica ainda que o despedimento pode ser considerado ilícito quando não sejam feitas as comunicações iniciais aos funcionários. Os socialistas querem que haja uma comunicação ao serviço do Ministério do Trabalho quando há comissão sindical ou quando o trabalhador é informado, mesmo sem comissão ad hoc.

Contudo, a proposta do PS está a suscitar dúvidas nomeadamente sobre se basta uma comunicação simples ao trabalhador ou é necessário fundamentar os motivos para o despedimento. Ao mesmo tempo, a proposta socialista prevê também que as indemnizações por despedimento coletivo passem dos atuais 12 dias para 14.

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Emigrantes com casas de luxo recebem apoio de 60 euros

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

Emigrantes que não declaram rendimentos em Portugal, mas têm salários elevados nos países onde trabalham receberam o apoio de 60 euros destinado a apoiar famílias carenciadas.

Os emigrantes que não declaram rendimentos em Portugal, mas têm salários elevados nos países onde trabalham receberam o apoio extraordinário de 60 euros que se destinava apenas a “famílias mais vulneráveis”, escreve o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

A situação foi denunciada ao Governo e aos grupos parlamentares. “Há pessoas sem escrúpulos, com reformas de 2.000 e mais euros, que se vêm gabar que receberam 60 euros. Dizem que dá para pagar os cafés, quando esse dinheiro devia ser usado para comprar bens alimentares”, afirma o presidente de junta de freguesia do concelho de Pombal, acrescentando que muitos destes emigrantes têm moradias luxuosas e com piscina, mas como não declaram IRS, estão isentos do pagamento do IMI.

Ao JN, a Segurança Social diz que “a lista de beneficiários da tarifa social de eletricidade é elaborada pela Direção-Geral de Energia e Geologia, com base nos dados de clientes finais recebidos dos agentes do setor, após verificação das condições de elegibilidade junto da Autoridade Tributária e Aduaneira”, não explicando, no entanto, se foram tomadas medidas para impedir que emigrantes com rendimentos elevados recebessem este apoio.

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Musk tem planos para dispensar 75% dos funcionários do Twitter

  • Lusa e ECO
  • 21 Outubro 2022

Segundo documentos consultados pelo The Washington Post e testemunhos de outras fontes, cortes seriam não só no pessoal, mas também nas infraestruturas da empresa, como o centro de dados.

O empresário Elon Musk tem planos para dispensar 75% dos funcionários do Twitter e reduzi-los a cerca de 2000 pessoas, segundo o The Washington Post (acesso pago, conteúdo em inglês). O jornal afirma ter obtido documentos sobre as últimas conversações entre o milionário e potenciais investidores que o ajudarão a fechar a compra da rede social.
O The Washington Post adianta também que, mesmo que a compra não seja formalizada, a empresa vai fazer grandes cortes de pessoal que atingirão aproximadamente um quarto dos 7500 trabalhadores. A empresa negou a existência deste plano, através de um e-mail enviado na noite de quinta-feira aos funcionários.
Nenhum outro meio de comunicação social deu ainda eco destes planos, nem o Musk reagiu através da sua conta no Twitter.
O jornal frisa que os cortes podem afetar a capacidade da rede para controlar conteúdos nocivos ou ofensivos, como a pornografia infantil, assim como para prevenir violações na segurança dos conteúdos.
Segundo os documentos consultados pelo The Washington Post e testemunhos de outras fontes, os cortes teriam efeitos não apenas no pessoal, mas também nas infraestruturas da empresa, especificamente nos centros de dados que permitem o funcionamento da rede, consultada diariamente por mais de 200 milhões de utilizadores.
Segundo o jornal, os referidos cortes explicam a ansiedade com que o Twitter tem tentado fechar a venda a Musk por 44 mil milhões de dólares (cerca de 45 mil milhões de euros), pois isso significaria que a atual equipa de gestão deixaria as decisões mais difíceis para a futura gestão.
Um perito em dados científicos contactado pela publicação observou que, se os cortes se confirmarem, terão um “efeito cascata”: serviços mais pobres, menos pessoal de apoio e uma desmoralização crescente do restante pessoal, que tem vivido meses de incerteza sobre o interesse de Elon Musk no negócio.
Se não houver novos desenvolvimentos, a compra ficará selada em 28 de outubro, dia em que Musk se tornará o único proprietário da rede social Twitter e poderá levar a efeito as alterações que pretender.
A empresa já mandou um email aos trabalhadores clarifica que não existem planos para avançar com um despedimento em larga escala depois de fechado o negócio com Elon Musk. O email, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), que cita fontes que leram a mensagem, foi assinado Sean Edgett, o principal advogado do Twitter.

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Ajustes diretos entre Câmara de Lisboa e Linklaters sob suspeita

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

O DIAP está a investigar ajustes diretos entre a Câmara Municipal de Lisboa e a sociedade de advogados fundada por Pedro Siza Vieira. Em causa estarão contratos avaliados em mais de 500 mil euros.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) está a investigar desde 2016 contratos realizados por ajuste direto entre a sociedade de advogados Linklaters, fundada em Portugal por Pedro Siza Vieira, e a Câmara Municipal de Lisboa, numa altura em que lá estavam Fernando Medina, Duarte Cordeiro e Graça Fonseca, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

Em causa estão contratos assinados entre 2014 e 2018 que estão avaliados em mais de 500 mil euros e neles recaem suspeitas de violação da lei da contratação pública. De acordo com o mesmo jornal, a sociedade de advogados Linklaters terá ganho mais de 800 mil euros em serviços jurídicos, direta ou indiretamente na autarquia lisboeta.

A maioria dos contratos diz respeito aos litígios do Parque Mayer e da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL). Ao Correio da Manha, a PLMJ, onde trabalha atualmente Pedro Siza Vieira, escusou-se a comentar, já o gabinete do ministro Duarte Cordeiro diz que “todos os processos de contratação relacionados com os serviços jurídicos eram instruídos pelos serviços da Câmara” e que nunca foi ouvido neste processo. Ao mesmo tempo, o ministro Fernando Medina assegura que desconhece a investigação. “Não fui ouvido a qualquer título, nem constituído arguido”, acrescenta. Já a antiga ministra Graça Fonseca não respondeu.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou estar de consciência “tranquila” em relação aos ajustes diretos assinados entre a Câmara Municipal de Lisboa e a sociedade de advogados Linklaters, garantindo não ter prejudicado o erário público. “Ao longo da minha vida pública tomei milhares de decisões e tenho a consciência muito tranquila, plenamente tranquila”, afirmou Fernando Medina, em declarações aos jornalistas, à margem da audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento, no âmbito do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Confrontado com este facto, o Presidente da República recusou “comentar casos em concreto” e disse que a questão tinha de ser vista pelos princípios. “Um desafio que se coloca ao Ministério Público, juízes e toda a sociedade é de permanentemente afirmar os valores da Constituição e da lei; investigando o que há a investigar e, sendo caso disso aplicando a Justiça de forma igual para todos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

(Notícia atualizada às 21h46 com as declarações de Fernando Medina)

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Hoje nas notícias: ajustes diretos, apoios e Certificados de Aforro

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O DIAP está a investigar ajustes diretos entre a CML e a sociedade de advogados fundada por Pedro Siza Vieira. Emigrantes com casas de luxo receberam o apoio de 60 euros. No plano político, o PS quer alterar as regras para os processos de despedimento coletivo, já o Governo não vai mudar as regras dos Certificados de Aforro. Conheça estas e outras notícias em destaque esta sexta-feira.

Ajustes diretos entre Câmara de Lisboa e Linklaters sob suspeita

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) está a investigar desde 2016 contratos assinados entre 2014 e 2018 pela sociedade de advogados Linklaters, fundada em Portugal por Pedro Siza Vieira, e a Câmara Municipal de Lisboa, numa altura em que lá estavam Fernando Medina, Duarte Cordeiro e Graça Fonseca. Os contratos sob investigação estão avaliados em mais de 500 mil euros e há suspeitas de violação da lei da contratação pública.

Leia o artigo completo no Correio da Manhã (acesso pago)

Emigrantes com casas de luxo recebem apoio de 60 euros

Os emigrantes que não declaram rendimentos em Portugal, mas têm salários elevados nos países onde trabalham, receberam o apoio extraordinário de 60 euros que se destinava só a “famílias mais vulneráveis”. A situação já foi denunciada ao Governo e aos grupos parlamentares. A Segurança Social justifica que se baseou na lista de beneficiários da tarifa social de eletricidade elaborada pela Direção-Geral de Energia e Geologia e numa verificação junto da Autoridade Tributária para proceder à atribuição da ajuda.

Leia o artigo completo no Jornal de Notícias (acesso pago)

PS mexe em processos de despedimento coletivo

Todas as empresas vão ter de comunicar previamente à Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) a intenção de avançar para um despedimento coletivo. A proposta de alteração ao Código do Trabalho é do PS e indica que o despedimento pode ser ilícito quando não sejam feitas as comunicações iniciais aos trabalhadores. Os socialistas querem que haja uma comunicação ao serviço do Ministério do Trabalho quando há comissão sindical ou quando o trabalhador é informado, mesmo sem comissão ad hoc.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

Governo não muda regras dos Certificados de Aforro

O Governo assegura que “não estão a ser ponderadas alterações aos Certificados de Aforro”. Esta garantia surge depois de a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) ter aberto a porta a esta possibilidade ao referir que “as condições dos produtos de aforro são avaliadas regularmente” e que a “alteração de condições depende dos objetivos de captação e do contexto de mercado”.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

PGR angolana aprova venda do Eurobic por Isabel dos Santos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) autorizou Isabel dos Santos a realizar pagamentos de dívidas, através das contas bancárias arrestadas no âmbito do Luanda Leaks, às sociedades Finisantoro Holding Limited e Santoro Financial Holding através das quais a empresária detém uma participação de 42,5% no EuroBic.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Wall Street encerra a semana em alta. Empresa dona do Snapchat cai 28%

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

Os principais índices das bolsas norte-americanas inverteram a tendência de abertura e fecharam a semana com ganhos superiores a 2%. Em Lisboa, o PSI valorizou quase 0,50%.

As bolsas norte-americanas abriram em queda, mas rapidamente inverteram a tendência e terminaram o dia a subir mais de 2%, animadas pela notícia de que a Reserva Federal poderá adotar uma posição menos agressiva na subida das taxas de juro.

Os ganhos de mais de 2% da Navigator e da Altri levaram o PSI a fechar a semana em terreno positivo, contrariando as perdas das principais bolsas europeias. As ações da petrolífera Galp valorizaram 2,19%, num dia estável nos mercados do petróleo.

A marcar o dia está o alerta da Snap. A empresa dona do Snapchat diz que o último trimestre será marcado por um crescimento nulo das suas receitas. Os títulos afundaram 28% esta sexta-feira.

Na Europa, dá-se um alívio nos preços do gás natural, depois de uma reunião do Conselho Europeu marcada por acordos em torno de medidas para combater a crise energética na região. Os futuros do TTF para entrega em novembro cedem 11%.

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