Porto, Gaia e Matosinhos unem esforços para captar investimentos para a região

Porto, Gaia e Matosinhos avançam com projeto "Greater Porto" para captar investimento, dinamizar a economia e impulsionar a região para um novo patamar de competitividade.

“O desígnio deste projeto [Greater Porto] é o de impulsionar a região como um todo. De Vila Nova de Gaia a Matosinhos, com o Porto no meio, mostrando todo o potencial de um território heterogéneo e capaz de cativar investidores pelas suas características únicas“. É desta forma que o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, E.M, António Miguel Castro, descreve o projeto Greater Porto que une as três cidades nortenhas e que se mostra até esta quinta-feira na edição da Expo Real, em Munique, Alemanha.

Considerado um “projeto pioneiro”, as três autarquias constituíram o Greater Porto como uma “entidade que pretende agregar interesses e empresas, dinamizar a economia, impulsionando a região para um novo patamar de competitividade e atratividade na captação de investimento de elevado valor acrescentado”, resume António Miguel Castro.

Por isso mesmo, a participação na ExpoReal é mais um passo na estratégia conjunta dos três municípios em captar investimento e capital estrangeiro, posicionando o território para conseguirem competir com as grandes cidades europeias. Cada uma destas localidades tem as suas características próprias que, juntando sinergias, constituem um todo de atratividade e competitividade.

“Beneficiando do interesse estrangeiro em Portugal do ponto de vista do investimento, temos de ser capazes de agarrar as oportunidades e crescer com elas. O know how que pode instalar-se no Grande Porto e alavancar a nossa capacidade de resposta industrial, tecnológica, sustentável e de investigação traduz-se numa oportunidade com um impacto social tão ou mais importante do que o impacto económico que é, naturalmente, muito significativo”, afirma ao ECO/Local Online António Miguel Castro, da Câmara Municipal de Gaia, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues.

Estamos a afirmar-nos enquanto região empreendedora, contrariando a visão conservadora e demonstrando uma atitude nova e dinâmica, em que os municípios não servem apenas para regular, mas também para serem dinâmicos, criativos e verdadeiros catalisadores da atividade económica.

António Miguel Castro

Presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, EM

Já a vereadora do Turismo e Atividades Económicas da Câmara Municipal de Matosinhos, Marta Pontes, elogia o facto de “este ser o primeiro evento do género em que Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia não se apresentam como entidades separadas. Mas, sim, como uma grande região que está intrinsecamente ligada e em colaboração”. Aliás, defende a vereadora da câmara liderada pela socialista Luísa Salgueiro, “este posicionamento permite-nos ganhar escala quer na feira, quer nas oportunidades que apresentamos, desenvolvendo uma atratividade concorrencial com as grandes metrópoles europeias”.

O vereador do Pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização e Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da autarquia do Porto, Ricardo Valente, frisa, por sua vez, que “o investimento direto estrangeiro em Portugal está em constante crescimento desde 1990, do ponto de vista das três cidades, representa diversas, além dos efeitos diretos e naturais sobre a produção e os níveis de emprego”.

Interpelado pelo ECO/Local Online sobre o impacto económico deste projeto para a região, o vereador da autarquia liderada pelo independente Rui Moreira refere que “o impacto não será medido apenas em números, mas também na transferência de tecnologia, a introdução de técnicas inovadoras de gestão e cultura nos negócios e a mudanças na estrutura produtiva da região”. Mais, avança Ricardo Valente, “no Greater Porto estamos também a pensar no longo prazo e no desenvolvimento económico de uma região como um todo, e não apenas no impacto imediato, ano após ano. Aliás, destaca mesmo que, “em 2021, o Porto teve “mais de um bilião de euros de investimento de empresas na cidade“.

Matosinhos é especialmente interessante para empresas ligadas à economia do mar, energias renováveis, mobilidade, empresas exportadoras e empresas ligadas às novas tecnologias.

Marta Pontes

Vereadora do Turismo e Atividades Económicas

O objetivo é, por isso, claro para os três municípios: mostrar que a região tem características únicas, um “forte” potencial para captar investimento e acolher empresas nas mais variadas áreas de negócio. Assim como mostrar o que de melhor tem cada uma das cidades. No caso de Matosinhos, por exemplo, a vereadora Marta Pontes é perentória em afirmar que “é um dos poucos locais da Europa que tem, simultaneamente, um dos maiores portos de mercadorias e passageiros – o porto de Leixões –, um dos melhores aeroportos internacionais e das melhores escolas de negócios que é a Porto Business School”. Destaca ainda o acesso a autoestradas que ligam Matosinhos a todo o país e a uma parte considerável de Espanha como mais-valias.

A vereadora do Turismo e Atividades Económicas vai mais longe na defesa do município: “Se somarmos a isto sermos a primeira zona livre tecnológica em Portugal, a primeira cidade 5G, as várias faculdades e proximidade à Universidade do Porto e o lifestyle único que é a proximidade ao mar permite a quem vive, trabalha ou investe em Matosinhos, não é difícil perceber os motivos pelos quais várias multinacionais e investidores internacionais nos escolhem“.

Marta Pontes aponta, assim, um conjunto de mais-valias que são o cartão-de-visita da cidade e “fazem com que Matosinhos seja especialmente interessante para empresas ligadas à economia do mar, energias renováveis, mobilidade, empresas exportadoras e empresas ligadas às novas tecnologias”.

Por tudo isto, a vereadora de Matosinhos refere que, no caso de Matosinhos, o “interesse especial em empresas de indústrias ligadas à história e tradição, como as conserveiras e de transformação alimentar ou em áreas em que Matosinhos assume uma posição de destaque no panorama nacional e internacional, como as ligadas à arquitetura. Dá como exemplo a instalação de empresas como o BNP Paribas, a Xing, a Revolut, a FedEX, a Cofco, a Vestas, a Oracle.

Já o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, E.M. defende que “o primeiro requisito e o mais importante é demonstrar atitude, confiança e uma enorme perceção do potencial de crescimento”. Mais, sustenta António Miguel Castro: “Estamos a afirmar-nos enquanto região empreendedora, contrariando a visão conservadora e demonstrando uma atitude nova e dinâmica, em que os municípios não servem apenas para regular mas também para serem dinâmicos, criativos e verdadeiros catalisadores da atividade económica.

Por isso mesmo, o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb frisa que a presença nesta feira passa por “sustentar o futuro”, adiantando: ” Queremos conquistar confiança e demonstrar que, se fomos capazes de fazer diferente e se caminharmos juntos rumo à região mais competitiva, feliz e sustentável, também vamos ser capazes de apoiar as nossas empresas no seu crescimento e de retribuir confiança a todos os investidores estrangeiros que olham para nós”.

O objetivo é criar um ambiente favorável para potenciar ao máximo os valores dos fatores competitivos da região, tornando-a um destino atrativo a uma escala global, numa intersecção de sinergias.

Ricardo Valente

Vereador do Pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização e Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto

O objetivo, assegura o vereador da autarquia do Porto, “é criar um ambiente favorável para potenciar ao máximo os valores dos fatores competitivos da região, tornando-a um destino atrativo a uma escala global, numa intersecção de sinergias.”

Por tudo isto, este certame serve de alavanca para a região mostrar a competitividade e dinamismo que tem. Além de os municípios terem a oportunidade de encetar contactos diretos com investidores de todo o mundo.

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A contabilidade do futuro chegou para revolucionar processos

  • BRANDS' TRABALHO
  • 6 Outubro 2022

A tecnologia aplicada à contabilidade veio abrir caminho a um novo mundo, com claras vantagens para todos. Descubra neste evento como pode a inovação revolucionar o dia a dia da sua atividade.

Menos tempo a tratar de burocracia e obrigações fiscais, maior disponibilidade para apoiar empresas e colaboradores, com benefícios para todos. Este é o sonho de qualquer contabilista, e a boa notícia é que a utopia já é realidade, graças às ferramentas tecnológicas existentes e que vieram transformar por completo esta atividade. Para falar sobre esta revolução, a PHC Software organiza, no dia 13 de outubro, o evento híbrido “O contabilista do futuro já hoje”, em que serão apresentadas as características da contabilidade do futuro e de como esta pode ser levada a cabo, nomeadamente com recurso ao software de gestão PHC GO, concebido para quem quer ter mais tempo para os seus clientes e automatizar tarefas rotineiras.

Sabe-se que, tradicionalmente, o contabilista sempre desempenhou uma atividade bastante exigente e fortemente determinada pelo cumprimento de prazos, recolha e conferência de documentação, bem como inúmeras outras tarefas burocráticas que o impedem de se dedicar mais e melhor às empresas. Com a contabilidade do futuro, este cenário fará cada vez mais parte do passado, já que a inteligência artificial veio ajudar o contabilista nas suas rotinas profissionais, e a transição digital pôs fim à transferência física de papéis e ficheiros. Desta forma, recorrendo à mais recente tecnologia, o contabilista consegue apoiar a empresa ou os seus clientes com mais impacto no negócio e, em simultâneo, beneficiando de uma vida pessoal e profissional mais satisfatória e realizada.

Em concreto, na contabilidade do futuro – que já está disponível para ser usada –, a empresa tem acesso a toda a informação contabilística e fiscal que lhe diz respeito, conhece em tempo real os seus verdadeiros resultados e, como tal, consegue decidir com mais autonomia, beneficiando do apoio de um contabilista (interno ou externo) mais informado e disponível.

Venha conhecer o futuro

Durante o evento “O contabilista do futuro já hoje”, que se vai realizar no dia 13 de outubro, entre as 16h30 e as 19 horas (entre as 17h e as 18h para quem assiste remotamente), na sede da PHC Software, em Porto Salvo, Oeiras, serão apresentadas as características e vantagens desta nova forma de fazer contabilidade e de como pode beneficiar todos os envolvidos. A participação no evento é gratuita, só necessitando de inscrição através deste link.

Direcionado especialmente para contabilistas e gestores que querem melhorar os processos contabilísticos das suas empresas, o encontro irá permitir que os participantes entrem em contacto com as novas metodologias criadas para permitir uma contabilidade mais útil para o negócio, em tempo real e sem erros, através de um software completo e integrado, que permite um novo patamar de gestão financeira e fiscal.

No encontro, que será também transmitido via streaming, estarão presentes Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, e Gonçalo Andrade, Community Manager da mesma empresa. Em conjunto, falarão sobre os principais desafios do contabilista, assim como sobre as formas como a tecnologia pode apoiar os clientes e os contabilistas e as grandes oportunidades existentes para ambos. No início e no final do encontro estão ainda previstos momentos de confraternização e networking para os participantes da sessão presencial.

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13ª edição do Rock ‘n Law reuniu cerca de 1600 pessoas com donativos de 66 mil euros

A Associação de Ucranianos em Portugal vai receber cerca de 66 mil euros de donativos através do Rock ‘n’ Law. Cerca de 1600 pessoas reuniram-se no Kais, em Lisboa.

Quase 1600 pessoas marcaram presença na 13.ª edição do Rock ‘n’ Law (RnL), no passado dia 30 de setembro, no Kais, em Lisboa e contribuíram com de 66 mil 326 euros para o projeto “Centro de Integração para os Refugiados (CIR) da Associação de Ucranianos em Portugal. Ao todo, desde 2009, o RnL conseguiu 880 mil euros de donativos.

Com este donativo, a organização do RnL pretende ajudar cerca de 3.000 beneficiários diretos da associação e ainda 6.000 beneficiários indiretos, como por exemplo famílias. Espera-se que a linha de apoio psicossocial receba 2.500 contactos e que se possa ajudar estas pessoas através do correto encaminhamento dos refugiados para projetos específicos da associação ou outros serviços e entidades.

Parece-me um resultado bastante digno, atendendo especialmente aos tempos em que enfrentamos um aumento relevante de custos. Foi um resultado muito significativo alcançado e que será decisivo para o desenvolvimento do projeto desta Associação”, explica Francisco Proença de Carvalho, coordenador do evento. “Especialmente porque nestes anos difíceis nunca desistimos desta nossa grande causa comum e, agora, conseguimos retomar a “normalidade” do Rock ‘n’ Law com uma festa “à antiga”, mas cheia de uma nova geração feliz por participar neste evento”, concluiu.

Rock N Law 2022 - 30SET22

Todos os anos é selecionado um projeto de impacto social que é promovido no evento e para o qual reverte o valor angariado. Este ano a Associação de Ucranianos em Portugal com o projeto “Centro de Integração para os Refugiados” foi, entre dezenas de candidaturas, a escolha do RnL. Com quase 20 anos de existência em Portugal, esta associação tem como objetivo a defesa dos direitos dos cidadãos ucranianos que imigram para Portugal, ajudando-os na integração na sociedade portuguesa e na melhoria da qualidade de vida.

O CIR é um dos novos projetos da associação, criado especialmente para o apoiar os cidadãos, nesta que é a maior vaga de imigração dos últimos 40 anos. Com a ajuda do RnL, o projeto pretende reforçar o apoio a diversos problemas sociais, como o apoio à educação, o apoio jurídico, apoio à integração profissional e o apoio alimentar. Para além disso, contribuirão para a criação de uma Linha de Apoio Psicossocial que encaminhará os pedidos de ajuda de forma rápida, especialmente numa altura de grande fragilidade económica e emocional destes cidadãos.

O Rock ‘n’ Law é uma iniciativa solidária e que ao longo das últimas 13 edições já angariou mais de 800 mil euros através de um evento de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas. O Rock ‘n’ Law conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República e, desde 2009, já angariou mais de 800.000 euros para diversas causas sociais.

Rock N Law 2022 - 30SET22

O evento é um dos principais momentos solidários da advocacia em Portugal e reúne anualmente todo o setor jurídico e os seus parceiros para uma noite de música e animação que tem como objetivo principal a recolha do maior donativo possível para entregar ao projeto selecionado. O evento é uma iniciativa da Abreu Advogados, CMS Portugal, DLA Piper, Cuatrecasas, Eversheds Sutherland FCB, Gómez-Acebo & Pombo, SRS Advogados, Linklaters, Garrigues, Morais Leitão, Sérvulo, PLMJ, Uría Menéndez – Proença de Carvalho e Vieira de Almeida.

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Micro-empresas são as mais penalizadas com subida das taxas de juro

A contínua subida dos juros em 2023 deverá ter um impacto duas vezes superior nas contas das micro-empresas quando comparado com as médias e grandes.

A subida das taxas de juro no próximo ano terá um impacto grande nas contas das empresas, mas nem todas vão senti-lo da mesa forma.

De acordo com uma simulação apresentada hoje pelo Banco de Portugal no boletim económico de outubro, o aumento do custo com juros que as empresas enfrentam até julho de 2023 ascende a 1188 milhões de euros, caso as taxas de juro dos empréstimos bancários aumentem 1,58 pontos percentuais, como o mercado está hoje a antecipar que venha a acontecer.

Nas contas das empresas, assumindo a mesma variação de taxa para o encargo total com juros, traduz-se num aumento de custos correspondente a 5,3% do EBITDA de 2019, calcula a entidade liderada por Mário Centeno, adiantando que este rácio ficará entre os valores verificados em 2015 e 2016.

Todavia, são as micro-empresas que mais sofrerão com o aumento do custo de financiamento bancário em 2023. Na simulação do Banco de Portugal, a subida de 1,58 pontos percentuais da taxa de juro terá um custo equivalente a 8,7% do EBITDA nas suas contas, mais do dobro dos 4,3% que sentirão as médias empresas e superior aos 4,4% das grandes empresas.

Por setores de atividade, “destacam-se as empresas da construção e atividades imobiliárias (com um rácio de 9,1%), do alojamento e da restauração (8,5%) e da eletricidade, gás e água (7,9%), para as quais o rácio já registava valores muito elevados e comparação com o total”, lê-se no boletim.

Empresas serão forçadas as reduzirem os seus níveis de endividamento

Por forma a mitigar o impacto antecipado da subida das taxas de juro, o Banco de Portugal prevê que as empresas serão obrigadas a reajustar a sua estrutura de financiamento que passará, por exemplo, pela redução dos níveis de endividamento. “Estas estratégias de desalavancagem podem passar pela utilização dos depósitos existentes para amortizar total ou parcialmente os empréstimos bancários”, diz

Esta mudança de paradigma terá um forte impacto na economia dado que “os aumentos que não possam ser absorvidos pelas margens das empresas levarão a uma redução da procura de crédito, a uma alteração da gestão da liquidez das empresas e a um adiamento de projetos de investimento.” E, naturalmente, muitas tenderão também a passar, pelo menos parte, deste aumento para o preço final dos seus bens e serviços.

O Banco de Portugal revela que, em julho, a taxa de juro dos empréstimos das empresas cifrou-se em 2,23% (2,63% para os novos empréstimos), 0,21 pontos percentuais acima do mínimo histórico registado em abril de 2022. Nessa altura, os empréstimos com taxa variável ou mista representavam 83% do montante total do crédito e 61% do número de empréstimos – e 89% destes empréstimos estavam indexados a uma taxa Euribor.

Esta realidade cria a expectativa de que à medida que as taxas forem revistas nos contratos bancários, o impacto na gestão financeira das empresas, particularmente na sua tesouraria, seja considerável. No entanto, o Banco de Portugal, apesar de assumir “o peso elevado dos empréstimos a taxa variável ou mista”, sublinha que “a magnitude do aumento do custo de financiamento bancário das empresas foi, até à data, inferior à das taxas de juro de mercado.”

E deixa ainda a nota de que não antecipa que o rácio da despesa com juros sobre os resultados das empresas se aproxime dos valores máximos observados no passado.

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Investigação sueca diz que ruturas do Nord Stream foram causadas por detonação

A investigação “reforçou a suspeição de uma séria sabotagem”, cita a Bloomberg.

As autoridades suecas apontam que as ruturas nos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha terão sido causadas por detonações, depois de terem sido lançadas suspeitas de sabotagem.

Os serviços de segurança suecos afirmam estar ainda a analisar as ruturas no sentido de perceber se alguém poderá ser acusado e julgado pelas referidas detonações. A investigação “reforçou a suspeição de uma séria sabotagem”, cita a Bloomberg.

Duas das ruturas que afetaram os gasodutos foram descobertas na Zona Exclusiva Económica Sueca na semana passada, somando-se outras duas na área homóloga da Dinamarca.

O apuramento das causas e os respetivos trabalhos de reparação nas quatro ruturas do Nord Stream 1 e 2 poderão demorar “várias semanas, ou até mesmo meses”, estimam os professores ouvidos pelo ECO/Capital Verde, numa altura em que o bloco europeu está há um mês sem receber gás da Rússia.

As autoridades europeias e internacionais têm apontado para a hipótese de sabotagem, possivelmente, da autoria de um agente estatal. “Este tipo de condutas marítimas é feito de cimento e tem uma espessura significativa, com uma profundidade relativamente elevada. Se tivesse sido uma [rutura], até poderíamos pensar num evento catastrófico, ou inesperado, mas quatro ruturas, num espaço de tempo curto, em duas infraestruturas separadas, sugere que pode ter havido uma ação intencional”, argumenta o professor do IST, Rui Baptista.

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Advocatus Summit regressa à cidade do Porto para a 3.ª edição

A 3ª edição da Advocatus Summit Porto decorrerá dia 11 de outubro na Universidade Portucalense e digitalmente entre os dias 17 e 21 de outubro.

A Advocatus Summit está de regresso à cidade do Porto para uma terceira edição. Este ano o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia vai ser em formato misto — digital e presencial — e decorrerá dia 11 de outubro, pelas 14h, na Aula Magna da Universidade Portucalense, e entre os dias 17 e 21 de outubro digitalmente. Por dia, será divulgado um painel.

Em debate estarão os temas “Regime da transparência fiscal dos advogados”, “O que se espera deste novo Executivo em questões de Justiça?”, “Igualdade de género nos escritórios de advogados ainda é uma miragem?” e “O novo Estatuto do Denunciante: estão as empresas preparadas?”.

Os escritórios patrocinadores serão AVM Advogados, Gama Lobo Xavier, Luis Teixeira e Melo e Associados e PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados. Contamos ainda com o patrocínio da Universidade Portucalense.

Inscreva-se aqui no evento presencial. Posteriormente, poderá assistir também aos vídeos de cada painel no site, Facebook e Instagram da Advocatus.

 

Programa

Painel 1 – “Regime da transparência fiscal dos advogados”

17 de outubro no digital

  • Com José Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, José Alves do Carmo, sócio da AVM e Matilde Freitas Fortes, Consultora Fiscal. Moderado por Frederico Pedreira, jornalista do ECO/Advocatus.

Painel 2 – O que se espera deste novo Executivo em questões de Justiça?”

18 de outubro no digital

  • Com José Augusto da Silva Lopes, professor auxiliar na Universidade Portucalense, e Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense.

Painel 3 – “Igualdade de género nos escritórios de advogados ainda é uma miragem?”

19 de outubro no digital

  • Com Pedro Sá, sócio da PRA, e Maria Helena Almeida, Head of Sustainability na Sonae Capital.

Painel 4 – “O novo Estatuto do Denunciante: estão as empresas preparadas?”

20 de outubro no digital

  • Com José Pinto de Almeida, sócio Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira e Melo e Associados, Margarida Machado, sócia da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira, Melo & Associados, e César Araújo, CEO e CFO da CALVELEX e Presidente da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Moda.

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Justiça recruta técnicos superiores para executar projetos do PRR

Foram abertas cerca de 50 vagas e, destas, duas já foram preenchidas pela Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça, enquanto oito serão para área de Tecnologias de Informação.

Vários organismos da área governativa da Justiça estão a recrutar técnicos superiores para integrarem projetos no quadro da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Ao todo, foram abertas cerca de 50 vagas e, destas, duas já foram preenchidas pela Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça (CAAJ), enquanto oito serão preenchidas com recursos da área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que vão ingressar, nos próximos três meses, no Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).

Também o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), a Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) e a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça (SGMJ) têm, neste momento, em curso procedimentos de recrutamento.

Além das TIC, os trabalhadores deverão exercer funções nas áreas jurídica, financeira e contabilística, no planeamento e qualidade, avaliação e aplicação de métodos e processos de natureza técnica no âmbito das competências das equipas das dimensões estruturantes.

“O PRR, enquanto instrumento de financiamento, estabelece metas e prazos de execução exigentes que implicam o reforço das equipas internas, tendo sido por isso permitida a contratação excecional de recursos humanos. Pretende-se que a contratação destes técnicos superiores, contribua para prover os serviços de perfis especializados necessários à execução dos compromissos assumidos pelo Governo português no âmbito do PRR para setor da Justiça”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

A área setorial da Justiça foi abrangida com o contingente de 159 postos de trabalho, permitindo a constituição de relações jurídicas de emprego durante a execução do PRR e por este integralmente financiado.

Os interessados deverão candidatar-se através da Bolsa de Emprego Público (BEP), onde estão disponíveis as ofertas de emprego no âmbito do PRR.

 

 

 

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Amgen investe 100 milhões no hub em Portugal. Quer contratar até 300 pessoas

Cem milhões é o valor de investimento estimado em cinco anos no centro de excelência da Amgen em Portugal, o segundo da biofarmacêutica nível mundial.

O Amgen Capability Center Portugal (ACCP) já contratou 170 colaboradores no seu primeiro ano de atividade e o objetivo é continuar a reforçar os seus quadros no mercado nacional: o objetivo é contratar até 300 pessoas em dois/três anos. Constituído para dar suporte ao negócio global da biofarmacêutica Amgen, o centro de alta competência e inovação, com sede em Lisboa, representa um investimento estimado de 100 milhões de euros no país em cinco anos.

“O Amgen Capability Center Portugal representa a aposta e o compromisso da Amgen com o país após a seleção de Lisboa, em detrimento de outras cidades europeias, para a abertura do nosso centro de competências e inovação na Europa. No final do ano passado, fomos considerados um Projeto de Interesse Estratégico para a economia de Lisboa pelo IEFP. Este é o momento de aproveitarmos as oportunidades que Portugal oferece para podermos gerar na Amgen inovação e eficiência, entre as quais se destacam a disponibilidade de talento local qualificado, a atratividade de talentos internacionais, a cultura favorável e o perfil de custos adequado”, afirma Daniel Campanha, general manager do Amgen Capability Center Portugal, em comunicado.

O centro de excelência em Portugal é o segundo da Amgen a nível mundial, depois da abertura de um primeiro nos Estados Unidos, em 2017, e destina-se a prestar apoio à atividade da biofarmacêutica nos mercados da Europa, Médio Oriente e África, América do Sul e Canadá, assim como a nível global.

Neste primeiro ano de atividade, já foram contratadas cerca de 170 pessoas de 27 nacionalidades e competências diversificadas. “O nosso objetivo é continuarmos a crescer e a dar suporte à Amgen no cumprimento da sua missão de servir os doentes”, adianta Daniel Campanha. Em dois/três anos o objetivo é contratar até 300 pessoas.

O ACCP opera em áreas distintas, como data & analítica, finanças & planeamento financeiro e controlo interno, Business enablement, global information protection, tecnologia digital & inovação, global strategic sourcing, regulatory affairs e recursos humanos.

Este é o momento de aproveitarmos as oportunidades que Portugal oferece para podermos gerar na Amgen inovação e eficiência, entre as quais se destacam a disponibilidade de talento local qualificado, a atratividade de talentos internacionais, a cultura favorável e o perfil de custos adequado.

Daniel Campanha

General manager do Amgen Capability Center Portugal

“O sucesso deste primeiro ano de operação é revelador das oportunidades que existem no ACCP. Os valores e a missão da Amgen de servir os doentes estão presentes em tudo o que fazemos, desde o trabalho colaborativo interno entre equipas de áreas e competências diferentes às parcerias globais com os vários mercados da região que integramos. O nível de satisfação dos nossos colaboradores tem-se mantido sempre muito alto nos nossos inquéritos internos, o que nos deixa ainda mais motivados para continuar a servir os doentes. Queremos continuar a atrair e a desenvolver talentos e a criar também parcerias em Portugal com universidades e outras entidades de relevo nacional”, refere Daniel Campanha.

Estrategicamente localizado em Lisboa, na zona de Sete Rios, junto a um dos maiores hubs de transportes da capital, o ACCP desenvolve a sua atividade assente num modelo de trabalho colaborativo entre equipas locais e globais e em alinhamento com a política de flexibilidade laboral da Amgen, denominada de Flexspace.

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Grande parte do BCE votou a favor de aumento de 75 pontos base em setembro

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

Atas mostram que grande parte do BCE, cuja percentagem não é especificada, "manifestou preferência por aumentar as taxas de juro do BCE em 75 pontos base".

“Um número muito elevado de membros” do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) votou a favor do aumento das taxas de juro, de 75 pontos base, para 1,25%, na reunião de setembro, foi esta quinta-feira anunciado.

Segundo as atas da reunião de setembro da instituição monetária divulgadas, grande parte do BCE, cuja percentagem não é especificada, “manifestou preferência por aumentar as taxas de juro do BCE em 75 pontos base”.

As atas indicam que a referida grande parte do conselho considerou que o aumento de 75 pontos base era “uma resposta proporcional às revisões em alta das perspetivas de inflação e um sinal importante de que a instituição estava determinada a trazer a inflação de volta ao seu objetivo de 2% de forma atempada”.

O Conselho do BCE considerou a inflação mais elevada do que o esperado e a revisão em alta das projeções a médio prazo como um apelo a “um ritmo mais rápido de normalização da política monetária”.

Além disso, os mercados já tinham fixado os preços num aumento das taxas de juro mais elevado do que em julho, quando o BCE aumentou o preço do dinheiro em 50 pontos base em resposta aos últimos dados sobre a inflação.

O BCE decidiu em setembro aumentar as suas três taxas de juro diretoras em 75 pontos base. Desde 14 de setembro, a principal taxa de refinanciamento situa-se agora em 1,25%. A facilidade de crédito marginal, na qual concede empréstimos aos bancos durante a noite, é de 1,50%; e a facilidade de depósito, na qual remunera depósitos durante a noite, é de 0,75%.

“Alguns membros manifestaram uma preferência por um aumento das taxas de juro diretoras do BCE em 50 pontos base”, acrescenta a ata. Mas o Conselho do BCE considerou que “um aumento de 25 pontos base era insuficiente” para conter a inflação.

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Pbbr assessora multinacional Innowave na aquisição da Cycloid

Carina Branco, sócia da área de prática de Tecnologia, Media e Telecoms (TMT) e o Associado Bernardo Cortes (Corporate & M&A) asseguraram o suporte jurídico da transação.

A pbbr assessorou a multinacional tecnológica Innowave na aquisição da portuguesa Cycloid.A Innowave reforça assim, com esta aquisição, as suas competências para a área de soluções de TV e Media, IoT e Analytics, com tecnologias Cloud e Inteligência Artificial/Machine Learning.

Carina Branco, sócia da área de prática de Tecnologia, Media e Telecoms (TMT) e o Associado Bernardo Cortes (Corporate & M&A) asseguraram o suporte jurídico da transação.

A InnoWave anunciou a entrada no capital da Cycloid, empresa especializada na conceção, desenvolvimento, implementação e gestão de soluções inovadoras nas áreas de TV e media, IoT e analytics, recorrendo a tecnologias cloud e inteligência artificial/machine learning. A entrada da tecnológica no grupo nacional vai permitir o reforço de competências, explorar novas oportunidades de negócio, assim como promover a internacionalização já que 66% da faturação da Cycloid , diz respeito a negócio externo e foi determinante para a compra.

Além disso, permite à InnoWave crescer e reforçar posição no mercado das TI. Este ano, a empresa perspetiva receitas de 30,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 28% face a 2021.

Tiago Gonçalves, CEO da InnoWave, explica a aquisição: «Numa altura em o mercado coloca às empresas variados e exigentes desafios, a InnoWave assume-se como compradora de organizações com competências que reforcem o nosso portfólio e que tenham uma forte pegada internacional. Esta aquisição é mais um passo na nossa estratégia de crescimento, materializada também na criação de centros de competência em Portugal, como é o caso de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Beja».

 

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PSD quer que Banco de Portugal esclareça realidade dos contratos de crédito à habitação

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

Sociais-demcratas querem saber, sobretudo, o número de contratos com taxa de juro indexada à Euribor e contratos com taxa fixa, assim como créditos ao consumo..

O PSD questionou esta quinta-feira o Banco de Portugal sobre a “realidade dos contratos de crédito à habitação”, sobretudo o número de contratos com taxa de juro indexada à Euribor e contratos com taxa fixa, assim como créditos ao consumo.

De acordo com o requerimento, o objetivo dos sociais-democratas é “saber qual é a realidade em Portugal dos contratos de crédito à habitação, nas suas várias modalidades, além de obter informação sobre o número de contratos de crédito ao consumo com taxa variável e volume respetivo”.

No documento, entregue na Assembleia da República, dirigido ao Banco de Portugal, e que tem como primeiro subscritor o líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, sustenta-se que “na sequência da situação da pandemia e da guerra na Ucrânia, os valores da inflação iniciaram uma trajetória de crescimento mundial”.

Com a subida do índice de preços, “o Banco Central Europeu tomou a decisão de subir as taxas de juro de referência, decisão esta que tem como consequência a subida das taxas de juro de mercado e, por isso, uma subida dos juros nos contratos de crédito à habitação e nos contratos de crédito ao consumo”. Nesse sentido, “importa perceber qual é a realidade em Portugal, apurando-se o número de contratos com taxa de juro indexada à Euribor e o número de contratos com taxa fixa”.

“Habitualmente, os créditos à habitação têm o juro contratual indexado à Euribor a três, seis ou 12 meses. Assim, com o decorrer do tempo, os portugueses com crédito habitação irão sofrer as atualizações contratuais do juro, o que conduzirá ao aumento das suas prestações mensais. Mas o mesmo pode suceder nos créditos ao consumo”, argumentam.

Por outro lado, prosseguem, “a par destes contratos, outros existem que, não estando indexados ao valor da Euribor, têm antes uma taxa de juro fixa, o que garante aos devedores uma eventual maior estabilidade no valor das suas prestações”. Concretamente, o PSD quer informação discriminada sobre o número de contratos com o juro indexado à Euribor a três, seis e 12 meses, e os que têm juro à taxa fixa, e o volume de total de crédito associado a estes contratos.

Os sociais-democratas querem ainda ter acesso ao valor médio da taxa de juro fixa aplicável e o número de contratos de crédito ao consumo com taxa variável e o volume de crédito que envolvem. O PS requereu hoje audições, em sede de Comissão de Orçamento e Finanças, com o Banco de Portugal, Associação Portuguesa de Bancos e Associação de Defesa do Consumidor sobre o impacto do aumento das taxas de juro.

Neste requerimento, ao qual a agência Lusa teve acesso, defende-se que “só com um diagnóstico rigoroso poderão ser equacionadas as soluções mais adequadas para responder às necessidades efetivas das famílias portuguesas no âmbito do crédito à habitação”.

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Fidelidade já controla 94% da seguradora peruana La Positiva

  • ECO Seguros
  • 6 Outubro 2022

A seguradora aumentou a sua participação na La Positiva, passando a controlar 93,9% da companhia, reforçando o seu investimento no mercado latino-americano.

A Fidelidade acaba de concluir com sucesso uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), ao adquirir 211.903.619 de ações da seguradora peruana La Positiva, valor que corresponde a 42,9% do capital. A Fidelidade passa assim a controlar 93,9% da seguradora e faz um investimento de 396,3 milhões de soles, cerca de 101,2 milhões de euros. A seguradora líder do mercado português era já detentora de 51% do capital da La Positiva.

Esta transação permite reforçar a posição de controlo da Fidelidade na La Positiva, considerada um ativo estratégico na expansão internacional do Grupo.

A transação, já prevista no acordo inicial de 2018, permite reforçar a posição de controlo da Fidelidade na La Positiva, considerada um ativo estratégico na expansão internacional do Grupo, e faz elevar para 192,5 milhões de euros o total de investimento nesta seguradora latino-americana.

Para André Cardoso, Administrador com o pelouro Internacional da Fidelidade, “O reforço do nosso investimento na La Positiva é a demonstração da aposta contínua que estamos a fazer na nossa estratégia de crescimento internacional”, disse. “Tivemos a oportunidade de trabalhar com a La Positiva nos últimos 3 anos, acreditamos muito no potencial da sua equipa e nas suas vantagens competitivas no mercado peruano, que consideramos muito atrativo. Passar a controlar 93,9% da companhia é um sinal de grande confiança no futuro deste mercado e é revelador da sua importância para o crescimento global da Fidelidade, que já contempla a presença em 12 países e em quatro continentes. O nosso objetivo é duplicar a nossa atividade fora do país até 2025”.

André Cardoso, administrador com o pelouro Internacional da Fidelidade: “o nosso objetivo é duplicar a nossa atividade fora do país até 2025”.

A presença internacional da Fidelidade já representa 27% do atual volume de negócios da seguradora, sendo que em 2022 o volume de negócios originado no exterior deverá superar os 1400 milhões de euros em prémios.

A OPA da Fidelidade à La Positiva foi acompanhada pelo regulador de seguros peruano, contou com a consultoria financeira da Lazard e teve consultoria legal da Estudio Rodrigo.

A La Positiva é o terceiro maior grupo do setor segurador no Perú, com uma quota de mercado de 13% em dezembro de 2021; prémios consolidados que ultrapassam os 700 milhões de euros; investimentos de mais de 1,2 mil milhões de euros e mais de 4,3 milhões de segurados. Como grupo, a La Positiva oferece uma gama abrangente de seguros Não Vida e Vida, para clientes individuais e empresas. A seguradora está presente no Perú, Bolívia e Paraguai.

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