Porto, Gaia e Matosinhos unem esforços para captar investimentos para a região
Porto, Gaia e Matosinhos avançam com projeto "Greater Porto" para captar investimento, dinamizar a economia e impulsionar a região para um novo patamar de competitividade.
“O desígnio deste projeto [Greater Porto] é o de impulsionar a região como um todo. De Vila Nova de Gaia a Matosinhos, com o Porto no meio, mostrando todo o potencial de um território heterogéneo e capaz de cativar investidores pelas suas características únicas“. É desta forma que o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, E.M, António Miguel Castro, descreve o projeto Greater Porto que une as três cidades nortenhas e que se mostra até esta quinta-feira na edição da Expo Real, em Munique, Alemanha.
Considerado um “projeto pioneiro”, as três autarquias constituíram o Greater Porto como uma “entidade que pretende agregar interesses e empresas, dinamizar a economia, impulsionando a região para um novo patamar de competitividade e atratividade na captação de investimento de elevado valor acrescentado”, resume António Miguel Castro.
Por isso mesmo, a participação na ExpoReal é mais um passo na estratégia conjunta dos três municípios em captar investimento e capital estrangeiro, posicionando o território para conseguirem competir com as grandes cidades europeias. Cada uma destas localidades tem as suas características próprias que, juntando sinergias, constituem um todo de atratividade e competitividade.
“Beneficiando do interesse estrangeiro em Portugal do ponto de vista do investimento, temos de ser capazes de agarrar as oportunidades e crescer com elas. O know how que pode instalar-se no Grande Porto e alavancar a nossa capacidade de resposta industrial, tecnológica, sustentável e de investigação traduz-se numa oportunidade com um impacto social tão ou mais importante do que o impacto económico que é, naturalmente, muito significativo”, afirma ao ECO/Local Online António Miguel Castro, da Câmara Municipal de Gaia, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues.
Estamos a afirmar-nos enquanto região empreendedora, contrariando a visão conservadora e demonstrando uma atitude nova e dinâmica, em que os municípios não servem apenas para regular, mas também para serem dinâmicos, criativos e verdadeiros catalisadores da atividade económica.
Já a vereadora do Turismo e Atividades Económicas da Câmara Municipal de Matosinhos, Marta Pontes, elogia o facto de “este ser o primeiro evento do género em que Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia não se apresentam como entidades separadas. Mas, sim, como uma grande região que está intrinsecamente ligada e em colaboração”. Aliás, defende a vereadora da câmara liderada pela socialista Luísa Salgueiro, “este posicionamento permite-nos ganhar escala quer na feira, quer nas oportunidades que apresentamos, desenvolvendo uma atratividade concorrencial com as grandes metrópoles europeias”.
O vereador do Pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização e Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da autarquia do Porto, Ricardo Valente, frisa, por sua vez, que “o investimento direto estrangeiro em Portugal está em constante crescimento desde 1990, do ponto de vista das três cidades, representa diversas, além dos efeitos diretos e naturais sobre a produção e os níveis de emprego”.
Interpelado pelo ECO/Local Online sobre o impacto económico deste projeto para a região, o vereador da autarquia liderada pelo independente Rui Moreira refere que “o impacto não será medido apenas em números, mas também na transferência de tecnologia, a introdução de técnicas inovadoras de gestão e cultura nos negócios e a mudanças na estrutura produtiva da região”. Mais, avança Ricardo Valente, “no Greater Porto estamos também a pensar no longo prazo e no desenvolvimento económico de uma região como um todo, e não apenas no impacto imediato, ano após ano. Aliás, destaca mesmo que, “em 2021, o Porto teve “mais de um bilião de euros de investimento de empresas na cidade“.
Matosinhos é especialmente interessante para empresas ligadas à economia do mar, energias renováveis, mobilidade, empresas exportadoras e empresas ligadas às novas tecnologias.
O objetivo é, por isso, claro para os três municípios: mostrar que a região tem características únicas, um “forte” potencial para captar investimento e acolher empresas nas mais variadas áreas de negócio. Assim como mostrar o que de melhor tem cada uma das cidades. No caso de Matosinhos, por exemplo, a vereadora Marta Pontes é perentória em afirmar que “é um dos poucos locais da Europa que tem, simultaneamente, um dos maiores portos de mercadorias e passageiros – o porto de Leixões –, um dos melhores aeroportos internacionais e das melhores escolas de negócios que é a Porto Business School”. Destaca ainda o acesso a autoestradas que ligam Matosinhos a todo o país e a uma parte considerável de Espanha como mais-valias.
A vereadora do Turismo e Atividades Económicas vai mais longe na defesa do município: “Se somarmos a isto sermos a primeira zona livre tecnológica em Portugal, a primeira cidade 5G, as várias faculdades e proximidade à Universidade do Porto e o lifestyle único que é a proximidade ao mar permite a quem vive, trabalha ou investe em Matosinhos, não é difícil perceber os motivos pelos quais várias multinacionais e investidores internacionais nos escolhem“.
Marta Pontes aponta, assim, um conjunto de mais-valias que são o cartão-de-visita da cidade e “fazem com que Matosinhos seja especialmente interessante para empresas ligadas à economia do mar, energias renováveis, mobilidade, empresas exportadoras e empresas ligadas às novas tecnologias”.
Por tudo isto, a vereadora de Matosinhos refere que, no caso de Matosinhos, o “interesse especial em empresas de indústrias ligadas à história e tradição, como as conserveiras e de transformação alimentar ou em áreas em que Matosinhos assume uma posição de destaque no panorama nacional e internacional, como as ligadas à arquitetura. Dá como exemplo a instalação de empresas como o BNP Paribas, a Xing, a Revolut, a FedEX, a Cofco, a Vestas, a Oracle.
Já o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, E.M. defende que “o primeiro requisito e o mais importante é demonstrar atitude, confiança e uma enorme perceção do potencial de crescimento”. Mais, sustenta António Miguel Castro: “Estamos a afirmar-nos enquanto região empreendedora, contrariando a visão conservadora e demonstrando uma atitude nova e dinâmica, em que os municípios não servem apenas para regular mas também para serem dinâmicos, criativos e verdadeiros catalisadores da atividade económica.
Por isso mesmo, o presidente do Conselho de Administração da Gaiurb frisa que a presença nesta feira passa por “sustentar o futuro”, adiantando: ” Queremos conquistar confiança e demonstrar que, se fomos capazes de fazer diferente e se caminharmos juntos rumo à região mais competitiva, feliz e sustentável, também vamos ser capazes de apoiar as nossas empresas no seu crescimento e de retribuir confiança a todos os investidores estrangeiros que olham para nós”.
O objetivo é criar um ambiente favorável para potenciar ao máximo os valores dos fatores competitivos da região, tornando-a um destino atrativo a uma escala global, numa intersecção de sinergias.
O objetivo, assegura o vereador da autarquia do Porto, “é criar um ambiente favorável para potenciar ao máximo os valores dos fatores competitivos da região, tornando-a um destino atrativo a uma escala global, numa intersecção de sinergias.”
Por tudo isto, este certame serve de alavanca para a região mostrar a competitividade e dinamismo que tem. Além de os municípios terem a oportunidade de encetar contactos diretos com investidores de todo o mundo.
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