Costa sugere reprogramar bazuca para ajudar empresas na crise energética

Costa afirma ser importante olhar para os recursos disponíveis pela UE e adaptá-los a novas realidades, antes de ser ponderado contrair uma nova dívida comum.

O primeiro-ministro sugeriu que a dívida comum contraída no âmbito do programa Next Generation EU fosse utilizada para apoiar as empresas afetadas pela crise energética, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia com a criação do programa de apoio ao emprego, SURE. Nesse sentido, António Costa admitiu que Portugal poderia disponibilizar-se para renunciar de até 10 mil milhões de euros em empréstimos que recebeu da ‘bazuca europeia’ caso essa medida fosse acordada entre os restantes Estados-membros.

A Europa deve procurar sempre reter as boas lições e experiências. Na altura [da pandemia] era importante pagar o lay off — no fundo, estarmos a financiar as empresas para manter os postos de trabalho inativos” uma vez que “a mensagem era ficar em casa para nos protegermos”, explicou António Costa, esta quinta-feira, à margem da primeira reunião da Comunidade Política Europeia, em Praga. “Agora a mensagem é ao contrário: a criação de um lay on. Ou seja, apoiar as empresas a manter a atividade apesar do brutal aumento dos custos da energia“, acrescentou. “O mecanismo deve ser o mesmo, só mudar o objetivo. Antes era pagar para ficar em casa, agora é preciso pagar para manter a atividade”.

Questionado pelos jornalistas sobre se esse mecanismo deve ser financiado com a contração de uma nova dívida comum, o primeiro-ministro referiu que embora esse método já tenha sido provado como “uma boa solução”, existem “limitações constitucionais em alguns Estados-membros para que possa ser um recurso permanente”.

Nesse sentido, o governante recorda que o Next Generation EU está dividido em duas partes: subvenções e empréstimos, dos quais Portugal recebeu 15,5 mil milhões de euros a fundo perdido. Desses, indica Costa, Portugal sinalizou a disponibilidade para usar 3 mil milhões para combater a crise energética no país.

“Se me perguntar se estamos disponíveis para utilizar os 12 mil milhões [de euros]”, caso a Comissão Europeia os decida reprogramar, sem aumentar nova dívida da União Europeia, para “financiar um programa destinado a apoiar as empresas para fazerem face a esta crise energética, teríamos que fazer alguma conta”, indicou, revelando, no entanto, que Portugal estaria disponível para “renunciar 10 mil milhões” para financiar este mecanismo.

“Antes de começarmos a discutir se é preciso nova dívida, podíamos fazer uma discussão mais prática: dos recursos já existentes e mobilizados pela União Europeia, o que é que está disponível para financiar um programa desta natureza“, afirmou, alertando estarem em cima da mesa duas realidades: “Se vamos voltar a cometer o erro da crise de 2008, em cada um toma as decisões por si, ou se aprendemos com as decisões da covid-19 e percebemos que é fundamental termos um fundo comum para respondermos em conjunto a este desafio que é global para todos nós”. O tema será discutido amanhã, acrescentou António Costa, altura em que será debatido um novo apoio financeiro e militar à Ucrânia, mas sobretudo a resposta à escalada dos preços da energia.

O Castelo de Praga recebe esta quinta-feira a primeira reunião da Comunidade Política Europeia, uma nova plataforma politica que junta os 27 países da União Europeia e 17 países do Continente Europeu. Ficam de fora duas nações: a Rússia e a Bielorrússia. Sobre a exclusão destes dois países, António Costa afirma que Moscovo “isolou-se a si próprio pela forma como, em clara violação do direito internacional, desencadeou uma guerra política ilegítima, brutal e desumana contra a Ucrânia e o seu povo”

Sobre a cimeira, o primeiro-ministro que não serão tomadas “conclusões práticas”, apenas que servirá como um “fórum para articular políticas convergentes para ultrapassar uma crise global”. Também presente, mas por videoconferência, vai estar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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Governo estuda aumento do subsídio de refeição

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Fesap “apresentou uma proposta de atualização do subsídio de refeição para seis euros, que o Governo prometeu estudar”, disse José Abraão.

O Governo está a estudar aumentar o subsídio de refeição para ajudar as famílias a suportar o impacto da inflação, avança o Correio da Manhã (acesso pago) esta quinta-feira.

A Federação dos Sindicados da Administração Pública (Fesap) “apresentou uma proposta de atualização do subsídio de refeição para seis euros, que o Governo prometeu estudar”, avançou o secretário-geral José Abraão. Atualmente, o subsídio de refeição é de 4,77 euros, um valor que não é atualizado desde 2017, e está isento de tributação em sede de IRS. Este valor sobe para 7,63 euros se for pago em cartão ou em vales refeição.

Esta é uma das medidas que irá constar da proposta de Orçamento do Estado para 2023 que o Executivo vai entregar no Parlamento na segunda-feira. Mas, por enquanto, ainda está tudo em aberto. Só após a nova ronda negocial com os sindicatos da Função Pública será possível começar a fechar pastas. Além disso, somente depois de fixar os aumentos salariais no âmbito do acordo de rendimentos será possível definir a atualização dos escalões de IRS, fixar o mínimo de existência e determinar as deduções à coleta. Pontos que só serão fechados sexta-feira.

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Bruxelas estende regras de ajudas estatais para compensar preços da energia

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

Comissão Europeia propõe prolongamento do quadro temporário que inclui regras mais flexíveis para os apoios públicos, mas promete estar "vigilante" quanto ao impacto na igualdade de concorrência.

A Comissão Europeia propôs esta quinta-feira um prolongamento do quadro temporário de ajudas estatais para os Estados-membros da União Europeia (UE) terem mais margem para compensar os altos preços da energia, dada a crise acentuada pela guerra da Ucrânia.

“A Comissão Europeia enviou aos Estados-membros para consulta um projeto de proposta para prolongar e ajustar o quadro temporário de crise em matéria de auxílios estatais para permitir aos países utilizarem a flexibilidade prevista […] para apoiar a economia no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

Numa declaração divulgada esta manhã, a vice-presidente executiva da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, afirma que, “à medida que esta crise se desenrola e continua a persistir”, é necessário “assegurar que o quadro temporário continua a ser adequado” e que “responde às necessidades”.

A responsável europeia pela tutela aponta que “a proposta visa permitir que os Estados-membros continuem a fornecer o apoio de liquidez necessário às empresas de serviços públicos de energia, tendo em conta a volatilidade do mercado, esclarece as condições para recapitalizações públicas com compromissos claros em anexo e visa facilitar um apoio bem direcionado às empresas afetadas pelos preços elevados da energia, incluindo os utilizadores intensivos de energia, mantendo simultaneamente incentivos para reduzir a procura”.

Além disso, “a proposta mantém e reforça importantes salvaguardas para preservar a igualdade de condições e para alcançar os nossos objetivos ‘verdes’”, adianta.

Margrethe Vestager deixa, porém, um aviso: “Permaneceremos vigilantes para que todas as medidas de apoio nacionais sejam postas em prática em total conformidade com as regras da UE e manter-nos-emos igualmente vigilantes quanto à sua implementação e impacto na igualdade de condições de concorrência”.

Permaneceremos vigilantes para que todas as medidas de apoio nacionais sejam postas em prática em total conformidade com as regras da UE e manter-nos-emos igualmente vigilantes quanto à sua implementação e impacto na igualdade de condições de concorrência.

Margrethe Vestager

Vice-presidente executiva da Comissão Europeia, responsável pela pasta da Concorrência

Esta posição é divulgada dias depois de terem surgido críticas na UE à nova “bazuca” da Alemanha, um pacote 200 mil milhões de euros em ajudas às famílias e empresas alemãs para lidarem com os elevados preços da energia, por se tratar de um apoio avultado que coloca em desvantagem outros países europeus com economias mais vulneráveis.

Em março de 2020, devido aos efeitos económicos da pandemia, a Comissão Europeia adotou um quadro temporário para facilitar ajudas estatais, iniciativa que veio alargar os apoios que os Estados-membros podem dar às suas economias, normalmente vedados pelas regras concorrenciais da UE, como empréstimos com garantias estatais, subvenções, entre outros.

Este quadro temporário deu entretanto origem a um outro, adotado em março de 2022, para permitir aos Estados-membros ter flexibilidade para apoiar as suas economias no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia, que em julho foi adaptado planos europeus na área da energia.

Agora, Bruxelas pretende prolongar – além de dezembro de 2022 no caso das medidas de liquidez e além de junho de 2023 das ajudas à implantação de energias renováveis e à descarbonização da indústria –, as regras mais flexíveis para os apoios estatais.

Além de aumentar os tetos para os montantes de ajuda e de permitir apoios à liquidez sob a forma de garantias estatais e de empréstimos bonificados, o executivo comunitário sugere ajudas para compensar os preços elevados da energia, bem como medidas que “aceleram a implantação das energias renováveis” e que “facilitam a descarbonização dos processos industriais”.

As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, desde logo porque a UE depende dos combustíveis fósseis russos, como o gás, e teme cortes no fornecimento este outono e inverno.

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Portugal com uma média de 2.644 novos casos de Covid por dia

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

Valor médio do índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus baixou para os 0,98 em Portugal.

O valor médio do índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 baixou para os 0,98 em Portugal, com uma média de 2.644 novos casos por dia, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

O relatório do INSA que analisa “a evolução do número de casos de covid-19 em Portugal” indica que o valor médio do Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – baixou de 1,06 para 0,98 a nível nacional, entre 26 e 30 de setembro, podendo o seu verdadeiro valor estar entre 0,98 e 0,99 com uma confiança de 95%.

Segundo o relatório, o índice de transmissibilidade baixou em todas as regiões do país em relação à semana anterior, estimando-se um Rt de 0,93 na região Norte e 0,96 na região Centro. Nas restantes regiões do país, este indicador está acima do limiar de 1, atingindo os valores mais elevados nos Açores (1,24) e na Madeira (1,23). Na região de Lisboa e Vale do Tejo, o valor estimado do Rt é de 1,02, na região do Alentejo é de 1,06 e na região Algarve de 1,07.

“No comparativo Europeu, Portugal apresenta a taxa de notificação acumulada de 14 dias entre 240 a 479.9 casos por 100.000 habitantes e um Rt inferior a 1, ou seja, taxa de notificação elevada e com tendência decrescente”, afirma o INSA, observando que “apenas Portugal se encontra nesta situação”.

Dos países analisados, Bélgica, Bulgária, Croácia, Grécia, Islândia, Noruega, Polónia e Eslováquia apresentam uma tendência decrescente no número de novos casos, com um índice de transmissibilidade inferior a 1.

O INSA estima que, desde 02 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos, até 30 de setembro, Portugal tenha registado um total de 5.500.200 infeções pelo vírus que provoca a covid-19.

O objetivo deste relatório semanal é apresentar as estimativas da curva epidémica da infeção por SARS-CoV-2 por data de início de sintomas e as estimativas dos parâmetros de transmissibilidade R0 (número básico de reprodução) e Rt (número de reprodução efetivo em função do tempo).

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UE aprova formalmente oitavo pacote de sanções à Rússia

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A legislação introduz a base para limitar os de preços relacionados com o transporte marítimo de petróleo russo e também novas restrições ao transporte marítimo desta matéria-prima.

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou esta quinta-feira, formalmente, o oitavo pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, que entrará em vigor assim que for publicado no Jornal Oficial, o que acontecerá “em breve”.

O pacote formalmente acordado “introduz na legislação da UE a base para estabelecer um limite de preços relacionado com o transporte marítimo de petróleo russo para países terceiros e mais restrições ao transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos para países terceiros”, de acordo com um comunicado de imprensa do Conselho.

As novas sanções foram propostas pela Comissão Europeia – que já saudou a aprovação desta quinta-feira – na sequência da escalada militar russa na Ucrânia e a anexação ilegal das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.

O oitavo pacote de sanções inclui medidas destinadas a reforçar a pressão sobre o governo e a economia russos e ainda enfraquecer as capacidades militares da Rússia.

Os 27 Estados-membros concordaram ainda em sancionar indivíduos e entidades que tenham desempenhado um papel na organização de referendos ilegais nas quatro regiões ucranianas em causa, representantes do setor da defesa, e pessoas que difundem desinformação sobre a guerra.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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João Partidário é o novo responsável da Nestlé Purina em Portugal

Ligado à multinacional suíça desde 1999, o profissional dedicou grande parte do seu percurso na Nestlé à categoria de petcare.

Desde o dia 1 de outubro que João Partidário é o novo business executive officer da Nestlé Purina em Portugal. Especialista na área de vendas e em estratégia de categoria, o profissional dedicou parte relevante do seu percurso na Nestlé à categoria de petcare, reunindo assim todas as condições para liderar o negócio de Purina em Portugal.

“É um orgulho regressar à Purina e assumir a enorme responsabilidade de liderar a equipa responsável por um negócio tão importante para a Nestlé. Somos líderes do mercado e pretendemos continuar nesse caminho, desenvolvendo as pessoas e reforçando a nossa capacidade de vencer como equipa, fazendo jus ao lema da Purina ‘Better together’, porque as pessoas e os animais de companhia estão, efetivamente, melhor quando estão juntos”, diz João Partidário, em comunicado.

João Partidário iniciou o seu percurso na Nestlé Portugal, em outubro de 1999, como key account manager e, em janeiro de 2006, assumiu a função de discount channel manager food division. Em novembro de 2007 assumiu a função de grocery national sales manager da Purina Portugal e, em janeiro de 2014, iniciou uma expatriação na Purina Espanha, onde assumiu a direção de vendas grocery. Passados quase quatro anos regressou ao mercado português para assumir a liderança da direção de vendas retalho do grupo.

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Credit Suisse põe à venda o histórico hotel Savoy de Zurique

Projeto hoteleiro no centro do distrito financeiro de Zurique avaliado em 400 milhões de francos suíços. Novo CEO do banco de investimento, sob pressão dos mercados, ultima plano de reestruturação.

Sob pressão dos mercados financeiros, com as ações a afundar, o risco a disparar e a tentar dar a volta aos prejuízos, o Credit Suisse colocou à venda o histórico hotel Savoy, que funciona há quase 200 anos na Paradeplatz, no centro do distrito financeiro de Zurique, e que está avaliado em perto de 400 milhões de francos suíços (411 milhões de euros).

No entanto, um porta-voz do banco que acumulou prejuízos de cerca de quatro mil milhões de francos suíços nos últimos três trimestres, garante à Reuters que a operação faz parte da estratégia global para o imobiliário, com a “revisão regular ao portefólio”. “Vamos analisar cuidadosamente todas as ofertas e potenciais investidores”, acrescenta. O hotel está fechado para obras de remodelação e reabre em 2024 como Mandarin Oriental Savoy Zurich.

A instituição financeira vai anunciar a 27 de outubro, dia da apresentação dos resultados do terceiro trimestre, um agressivo plano de reestruturação. Em cima da mesa está a transformação do banco de investimento num negócio bancário que seja de capital leve e focado no advisory, e ainda cortes até 1,5 mil milhões de francos suíços nos custos, o que deverá incluir milhares de perdas de empregos.

Com este ajustamento, o novo CEO, Ulrich Körner, que já disse que o banco vive num “momento crítico”, e o presidente Axel Lehmann (que sucedeu a António Horta Osório) pretendem resolver um passado marcado pelos escândalos com o colapso do Archego (custou 5,5 mil milhões de dólares) e a falência da Greensill, que abriu uma frente de batalha legal que o banco vai ter de enfrentar nos próximos cinco anos.

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IGCP agenda dois leilões de dívida de curto prazo ainda em 2022

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Calendário para o último trimestre inclui duas emissões de Bilhetes do Tesouro num valor total até 1.750 milhões. IGCP “acompanha ativamente a evolução das condições de mercado” e admite ajustamentos.

O calendário apresentado esta quinta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), relativo aos últimos três meses do ano, prevê emissões de Obrigações do Tesouro (OT) através de leilões, sendo esperadas colocações de 750 a 1.000 milhões de euros por leilão, e inclui ainda duas emissões de Bilhetes do Tesouro (BT).

De acordo com a nota divulgada esta quinta-feira, a primeira operação com estes títulos de dívida a curto prazo (BT) arranca a 19 de outubro, tem um montante indicativo de 500 a 750 milhões de euros e maturidade de 11 meses. Para 16 de novembro está prevista a reabertura de uma linha a seis meses e outra a 12 meses, num valor conjunto entre 750 e 1.000 milhões de euros.

No que toca aos leilões de OT, o IGCP refere que “terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e poderão ser realizados às segundas ou quartas-feiras de cada mês após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão”.

Nesta nota enviada às redações, a entidade liderada desde 1 de setembro por Miguel Martín sublinha que “acompanhará ativamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de atuação”.

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Diana Michelli é a nova diretora de vendas & marketing do Lisbon Marriott Hotel

A profissional é bacharel em Gestão Hoteleira no Instituto Arthur Haulot, em Bruxelas, com uma pós-graduação em Social Media Marketing.

O Lisbon Marriott Hotel promoveu Diana Michelli para assumir o cargo de diretora de vendas & marketing. A profissional de nacionalidade belga desempenhava a função de diretora de vendas & marketing & UK south junior business council chair do London Marriott Hotel Regents Park desde 2018.

Diana Michelli iniciou a sua carreira profissional no Radisson Blu Resort St. Julian’s & SPA, Golden Sands, Melia, enquanto cluster M&E coordinator, onde esteve até de 2010 a 2013. Posteriormente, desempenhou funções como cluster key event manager do Holiday Inn Central Cluster Hotels, em Londres (até 2016), cluster assistant director of sales no Holiday Inn Bloomsbury & Regent’s Park, em Londres (2016-2018), e diretora de vendas & marketing & UK south junior business council chair do London Marriott Hotel Regents Park (2018 até fevereiro 2022).

A nível académico, a profissional conta com o bacharelato em Gestão Hoteleira no Instituto Arthur Haulot, em Bruxelas (Bélgica), e uma pós-graduação em Social Media Marketing.

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Euribor sobem, com taxa a três meses a atingir um novo máximo

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, atingiu esta quinta-feira um novo máximo desde janeiro de 2012.

As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde janeiro de 2021.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou hoje para 1,838%, mais 0,107 pontos, depois de cair em três sessões consecutivas e de ter subido a 28 de setembro até 1,858%, um máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,470%, também mais 0,107 pontos, depois de ter descido em seis sessões consecutivas e contra 2,625% em 27 de setembro, um novo máximo desde fevereiro de 2009. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,248%, mais 0,048 pontos que na quarta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Centeno pede urgência na aplicação dos fundos do PRR

Banco de Portugal assinala a "perda acumulada de termos de troca da economia" e pede uma aceleração do investimento associado à bazuca europeia.

Há muito tempo que a economia nacional não enfrenta uma situação de aperto como se vive atualmente. “A perda acumulada de termos de troca da economia portuguesa em 2021 e 2022 não tem precedente desde a adoção do euro”, salienta o Banco de Portugal no Boletim Económico de outono. Segundo a instituição liderada por Mário Centeno, a forma de contornar o aperto que tanto empresas como famílias têm e vão continuar a sentir passará por uma “urgente” promoção da “utilização efetiva e eficaz dos fundos do PRR e acelerar a prossecução das reformas no seu âmbito”.

O Banco de Portugal salienta a importância de a perda de rendimento real da economia deva ser partilhada por todos os agentes destacando que “os mecanismos de indexação à inflação devem ser reavaliados, tendo em conta a importância de ancorar as expectativas dos agentes no objetivo de médio prazo do BCE.”

Esta mensagem do Banco de Portugal vai ao encontro da opinião defendida por diversas ocasiões por Mário Centeno de que o apoio às famílias e empresas tem de ser realizado com prudência e que quaisquer medidas aplicadas sejam colocadas em prática em coordenação com políticas europeias.

É nesse sentido que o boletim do Banco de Portugal sublinha que a “a política orçamental deverá atender ao facto de os choques sobre os preços não afetarem da mesma forma todas as famílias ou empresas/setores de atividade” e que “medidas temporárias e específicas para amortecer o seu impacto sobre os segmentos mais vulneráveis poderão ser necessárias, em particular numa inversão do ciclo económico.”

Além disso, apesar de esperar que a trajetória de subida das taxa de juro dos empréstimos venha a ter um impacto não negligenciável sobre o rendimento das famílias e sobre a situação financeira das empresas, o Banco de Portugal não antecipa que o rácio da despesa com juros sobre o rendimento das famílias ou sobre os resultados das empresas se aproxime dos valores máximos observados no passado.

Recentemente, o governo, à semelhança da muitos dos países europeus, anunciou um pacote de medidas de apoio às famílias e empresas para mitigar o impacto da crise energética e da inflação. “Estima-se que este pacote, em conjunto com as medidas anteriormente tomadas, ascenda a 1,5% do PIB – uma dimensão semelhante ao de outras economias da área do euro” e que, segundo o Bano de Portugal, “anulam quase na totalidade o impacto da redução dos apoios associados ao choque pandémico, o que não se verifica noutras economias.”

Impacto do pacote de medidas à economia no PIB
Fonte: Banco de Portugal. Boletim de outubro 2022.

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Nigéria falhou quatro entregas de gás natural a Portugal até agosto

  • Capital Verde
  • 6 Outubro 2022

Depois de o ministro ter admitido o risco de a Nigéria não cumprir com as entregas, fonte oficial do MAAC revela ao Jornal de Negócios que até agosto quatro carregamentos não chegaram a Portugal.

De janeiro até agosto deste ano, a Nigéria falhou quatro carregamentos de gás natural de um total de 30 que estavam previstos serem entregues a Portugal.

A notícia avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Negócios, e confirmada por fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), surge depois da viagem do Secretário de Estado da Energia e o presidente executivo da Galp Energia a Abuja no final de agosto. Na altura, João Galamba e Andy Brown, respetivamente, deslocaram-se ao país africano para assegurar cumprimento dos contratos de gás, tal como avançava o Expresso.

Fruto dessas reuniões de trabalho na Nigéria, fonte oficial do MAAC diz agora que “até ao final do ano estão contratualmente previstos sete carregamentos adicionais” por parte do principal fornecedor de GNL a Portugal. Sozinha, a Nigéria assegurou até julho 55% do gás que o país importou, seguida pelos Estados Unidos (28%), revela o jornal do grupo Cofina.

Na mesma notícia, o Governo assegura que neste momento “a estratégia passa por assegurar a entrega de mais 11 carregamentos” ainda em 2022. Ou seja, os sete adicionais a que se somam os outros quatro que ficaram em falta até agosto e que o Governo quer recuperar.

Em meados de setembro, o ministro do Ambiente e da Ação Climática tinha admitido que, apesar de o Governo estar a tentar colmatar o risco no que toca ao fornecimento de gás ao país, a Nigéria, poderá não entregar as quantidades de gás previstas, o que pode significar alterações do preço desta matéria-prima.

“De hoje para amanhã qualquer um [país] pode ter um problema” no fornecimento de gás, indicou Duarte Cordeiro, numa conferência organizada pela PwC e a CNN Portugal. “Queremos acreditar nos nossos fornecedores” mas “o Governo nigeriano coloca-nos a questão de dizer que vamos cumprir os contratos mas existe o risco de não cumprir“, admitiu, revelando ainda que no passado já se verificou que este fornecedor não entregou a totalidade do gás contratualizado.

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