Inflação atingiu o pico no terceiro trimestre, prevê Banco de Portugal

O Banco de Portugal reviu em alta a previsão para o crescimento da economia e a taxa de inflação para este ano. Subida do índice de preços será a mais elevada desde 1993, mas já está a aliviar.

O Banco de Portugal reviu em alta para 6,7% a estimativa para o crescimento da economia este ano, face aos 6,3% previstos em junho. A alteração mais significativa no Boletim Económico de Outono é, no entanto, outra: a inflação média anual deverá chegar aos 7,8%, o nível mais elevado desde 1993. A boa notícia é que já estará a aliviar.

A mais recente avaliação do banco central ao estado da economia aponta que “as pressões inflacionistas permanecem elevadas na segunda metade do ano”, mas nota “alguns sinais de alívio”. O Banco de Portugal estima que a variação no índice de preços tenha atingido “o ponto máximo no terceiro trimestre (9,5%)”, “diminuindo ligeiramente no final do ano”. No Boletim Económico de junho, a inflação estimada era de 5,9%.

Sublinhado que “as expectativas de preços dos empresários registaram uma inflexão no período recente”, a publicação refere as quedas em cadeia no preço do petróleo, o abrandamento da atividade e o desvanecimento de constrangimentos nas cadeias de fornecimento como fatores que contribuem para atenuar as pressões inflacionistas. A suportá-las vão continuar, no entanto, os preços do gás.

A entidade liderada por Mário Centeno estima um crescimento da economia um pouco mais robusto do que antecipava em junho, melhorando em quatro décimas a previsão para a evolução do PIB em 2022, situando-a agora em 6,7%. No ano anterior, a economia cresceu 5,5%.

A economia beneficiou este ano da recuperação do turismo e do consumo privado. Este último deverá crescer 5,5% (4,7% no ano anterior), beneficiando do “bom desempenho do mercado de trabalho, refletido no dinamismo do emprego e dos salários nominais, bem como no aumento da taxa de atividade para níveis historicamente elevados”. A resiliência do consumo privado decorre ainda da canalização para despesa de parte da poupança acumulada pelas famílias durante a crise pandémica.

As exportações de bens e serviços deverão crescer 17,9% em 2022 (13,5% em 2021), acima da procura externa, “implicando ganho adicionais de quota de mercado”, sublinha o Boletim Económico. Aquela evolução beneficiou sobretudo do aumento das exportações de serviços, em particular os relacionados com o turismo, que deram um salto de cerca de 86%. O crescimento das exportações de bens abranda de 10,8% em 2021 para 6% este ano.

Também o investimento deverá desacelerar, crescendo apenas 0,8% em 2022 (contra 8,7% em 2021), num “contexto de restrições de oferta, aumento dos custos de produção, agravamento das condições de financiamento, baixa execução dos fundos europeus e elevada incerteza”. O investimento público também trava, “com um menor impacto do PRR face ao anteriormente esperado”.

O défice da balança de bens e serviços deverá encolher para 1,9% do PIB, com o crescimento das exportações a não ser suficiente para compensar o agravamento do custo das importações de bens energéticos. A balança corrente e de capital fechará o ano com um excedente de 0,5%.

Travagem a fundo, mas sem recessão

O Banco de Portugal dá conta de uma forte travagem da economia a partir do segundo trimestre, não prevendo, no entanto, uma recessão, com as taxas de crescimento a manterem-se próximo mas acima de zero. “Os efeitos negativos da agressão militar russa na Ucrânia foram-se acentuando ao longo do ano, implicando uma relativa estabilização da atividade a partir do segundo trimestre”, refere.

A desaceleração da economia mundial, influenciada por um aumento da inflação mais elevado e persistente do que o esperado, condicionaram a atividade. Além disso, a inversão da política monetária acomodatícia do BE traduz-se num agravamento das condições de financiamento da economia.

A entidade liderada por Mário Centeno alerta ainda que os efeitos negativos “serão mais notórios em 2023, antecipando-se uma desaceleração significativa face a 2022″. O perfil de crescimento económico este ano implica um efeito de arrastamento de apenas 0,5 pontos percentuais em 2023, num claro contraste com os 3,9 pontos percentuais de 2022.

(artigo atualizado às 11h50)

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Musk perde parceiros de investimento para compra do Twitter

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Apollo e Sixth Street abandonaram as negociações relativas à operação financeira a montar pelo dono da Tesla, que recuperou a proposta para adquirir a rede social por 44 mil milhões de dólares.

A Apollo Global Management e a Sixth Street Partners estão fora da operação de financiamento que está a ser montada pelo empresário Elon Musk para a compra da rede social Twitter, de acordo com a Reuters.

Os dois grupos de investimento, que faziam parte do grupo que iria financiar esta operação com mais de mil milhões de dólares, abandonaram as negociações no início do verão, quando Musk começou a recuar na intenção de compra, depois de ter apresentado uma primeira proposta em abril.

Esta terça-feira, o Twitter anunciou ter aceitado vender a rede social ao empresário Elon Musk por 44 mil milhões de dólares, o mesmo valor da oferta inicial (isto é, 54,20 dólares por ação). Uma decisão que deve pôr termo ao processo judicial entre as partes, estando o início do julgamento marcado para 17 de outubro.

A Reuters escreve que esta reviravolta na compra do Twitter não podia vir em pior altura para os grandes bancos, que se comprometeram a financiar uma parte significativa do acordo (12,5 mil milhões de dólares) e que “poderão enfrentar perdas significativas por causa do atual ambiente desfavorável no financiamento”.

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Rendimento real das famílias estagna em 2022

O Banco de Portugal assinala o desempenho positivo do mercado de trabalho e os apoios do Governo. Boletim Económico revê números da economia em 2022.

Os preços aceleraram, mas, ainda assim, “o rendimento disponível real estagna em 2022 (0,2%, após 2,2% em 2021)“, revela o Banco de Portugal no Boletim Económico do Outono e que contempla a revisão do quadro macroeconómico para este ano.

A explicação do supervisor liderado por Mário Centeno para a evolução do rendimento disponível real das famílias — em termos nominais, refira-se, este agregado acelera de 3,6% para 6,5%–, assenta no desempenho do mercado de trabalho, isto é, “no comportamento das remunerações do trabalho e das transferências internas”, leia-se o plano de apoio às famílias.

O Banco de Portugal assinala logo no texto de enquadramento deste boletim económico — sem previsões económicas para 2023 — que “o enquadramento externo e financeiro tem vindo a deteriorar-se pela via de aumentos da inflação e das taxas de juro, que têm efeitos adversos sobre o rendimento disponível real. Estes efeitos são atenuados em 2022 pelo bom desempenho do mercado de trabalho, refletido no dinamismo do emprego e dos salários nominais, bem como no aumento da taxa de atividade para níveis historicamente elevados“. Mais à frente, acrescenta, “as medidas anunciadas em setembro pelo Governo português deverão ter um contributo de 1,4 pontos percentuais (p.p.) para a variação do rendimento disponível em 2022“, enquanto “o aumento das taxas de juro implica um aumento ligeiro do serviço da dívida em 2022, interrompendo a trajetória descendente visível desde 2012″.

Nas contas do Banco de Portugal, “os salários por trabalhador no setor privado crescem 5,4% (4,9% em 2021), implicando uma queda em termos reais no ano, mas mantendo ganhos reais face a 2019″.

“Este crescimento incorpora o aumento de 6% do salário mínimo no início do ano e refletirá também um elevado dinamismo dos salários ao longo de toda a distribuição”. Mas como é que o salário médio é compatível com esta evolução do salário considerado individualmente? O Banco de Portugal garante que sim, “dada a presença de fortes efeitos de composição negativos (o aumento do emprego estará a ser mais concentrado nos escalões salariais mais baixos)”. Além disso, acrescenta, “cerca de 80% dos salários são definidos no âmbito de instrumentos de regulamentação coletiva em Portugal, o que pode introduzir um elemento de rigidez na transmissão da inflação aos salários“.

Se a revisão em alta do PIB e da inflação já era mais ou menos previsível, o desempenho do mercado de trabalho tem um comportamento surpreendente neste contexto. Segundo o Banco de Portugal, “em 2022, o emprego acelera face ao ano anterior (2,3%, após 1,9% em 2021), refletindo a evolução do emprego por conta de outrem. As horas trabalhadas crescem 5,1% (3,1% em 2021), ultrapassando o nível pré-pandemia no final do ano“. Mas a instituição liderada por Mário Centeno também assinala que já se vê “sinais de moderação” ao longo do ano.

O Banco de Portugal nota um fenómeno no mercado de trabalho durante o ano de 2022. “Em termos trimestrais, apesar do arrefecimento da atividade, a taxa de desemprego permanece relativamente estável ao longo do ano”, o que refletirá a necessidade das empresas de manterem trabalhadores quando sabem que há uma escassez de mão de obra. Aliás, “a percentagem de empresas que reporta dificuldades em contratar pessoal qualificado mantém a trajetória ascendente no terceiro trimestre de 2022, sendo o aumento particularmente notório no setor dos serviços”, escreve o Banco de Portugal. E enquanto a taxa de desemprego está estável, a taxa de empregos vagos aumentou, o que significará, para o supervisor, uma diferença entre o perfil de trabalhadores que as empresas querem e o perfil que está disponível. Consequência: “O aumento do desemprego de longa dura-ção (cerca de 55% no segundo trimestre de 2022, face a 37% dois anos antes)“.

Neste boletim económico de outono, o Banco de Portugal reviu em alta para 6,7% a estimativa para o crescimento da economia este ano, face aos 6,3% previstos em junho. A alteração mais significativa é, no entanto, outra: a inflação média anual deverá chegar aos 7,8%, o nível mais elevado desde 1993. A boa notícia é que já estará a aliviar.

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Bruxelas aprova alterações aos apoios às indústrias intensivas em gás

Alterações permitiram aumentar a taxa de apoio sobre o custo elegível para 40%, mas também aumentar o limite máximo de apoio atribuível para 500 mil euros por empresa.

A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira, as alterações aos apoios às indústrias intensivas em gás, anunciou o Ministério da Economia em comunicado. Estas alterações permitiram aumentar a taxa de apoio sobre o custo elegível para 40%, mas também aumentar o limite máximo de apoio atribuível para 500 mil euros por empresa.

“As alterações em causa envolvem um aumento da dotação da medida para 190 milhões de euros e serão aplicadas retroativamente às candidaturas já submetidas e decididas“, sublinha o comunicado do gabinete de António Costa Silva, recordando que outra das mudanças introduzidas passa pelo alargamento da medida às empresas da indústria transformadora agroalimentar.

Mas Bruxelas ainda não deu luz verde a todas as alterações sugeridas pelo Executivo português. As medidas direcionadas para as empresas com consumos mais elevados, ou seja, um apoio extra de dois milhões de euros ou de cinco milhões para as as que registam perdas operacionais, continuam a aguardar uma decisão da Comissão Europeia.

O pacote global de incentivos às indústria intensivas em gás ascende a 235 milhões de euros e faz parte das medidas apresentadas em setembro para ajudar as empresas a mitigar os impactos da inflação.

As candidaturas para os apoios de dois ou cinco milhões “vão ter regras ligeiramente distintas”, face à que estão atualmente em vigor para os incentivos de 500 mil euros, avançou ao ECO o secretário de Estado da Economia, João Neves. Do mesmo modo, a fórmula de cálculo do EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) negativo, condição prévia para se chegar ao patamar dos cinco milhões de euros, ainda terá de ser definido no âmbito do “processo de notificação à Comissão Europeia”, acrescentou o secretário de Estado.

“Temos um marco que é o que está inscrito no quadro temporário de auxílios de Estado. Do ponto de vista regulamentar não pode ser distinto do que lá está especificado, mas é uma discussão do ponto de vista técnico que ainda estamos a fazer com a Comissão sobre os dados em concreto que são necessários para que as empresas possam ser consideradas”, frisou.

João Neves considera que este apoio, que é financiado com verbas comunitárias, não irá abranger um grande número de empresas. Menos de dez, admitiu. São empresas com contas “sólidas” antes da escalada dos preços do gás, vítimas de “questões conjunturais”, que acabaram por “muito rapidamente passar de uma situação de solidez para resultados operacionais negativos”.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Há mais uma empresa a adotar em Portugal a semana de 4 dias. E não há corte de salário

A partir da próxima segunda-feira, 10 de outubro, os 180 colaboradores da 360imprimir.pt podem adotar um novo modelo de trabalho: a semana de 4 dias.

Há mais uma empresa em Portugal a avançar com a semana de quatro dias de trabalho. Depois de ter adotado uma política de trabalho 100% remoto, a 360imprimir.pt vai iniciar, a partir de 10 de outubro, um piloto em que propõe aos 180 colaboradores uma semana de trabalho mais reduzida, sem corte salarial. A companhia tem 20 vagas em aberto.

Depois de encerrar os escritórios em Lisboa e Braga em setembro, adotando uma política de trabalho full remote, a 360imprimir.pt quer dar mais um passo. “Esta decisão é o resultado de meses de estudo, com um cuidadoso desenho de um modelo que acreditamos salvaguardar os interesses de todas as partes. Acreditamos ainda que a nossa partilha trimestral dos impactos do modelo em todas as variáveis de negócio ajudará gestores e colaboradores a acelerar aquele que acreditamos ser o futuro modelo de trabalho”, afirma Sérgio Vieira, CEO da 360imprimir.pt.

“Tanto o teletrabalho, que já assumimos a 100% no passado mês de setembro, como a semana de quatro dias que estamos a implementar em outubro, trazem benefícios que acreditamos terem um impacto positivo nas pessoas e no negócio, com um aumento na satisfação e bem-estar, sem prejudicar a produtividade e os nossos objetivos”, diz ainda.

Empresa apoia teletrabalho

Com a adoção de um modelo 100% remoto, a empresa avançou com um subsídio para apoiar os colaboradores, revertendo para os trabalhadores as poupanças obtidas com os custos de instalações com os escritórios.

“Compreendemos que a passagem em definitivo para teletrabalho representa custos acrescidos para os nossos colaboradores e atribuímos uma compensação mensal de 30 euros para despesas associadas a teletrabalho. Fomos propositadamente conservadores uma vez que estamos a aguardar pelo Governo se pronunciar nesta matéria, de modo a avaliar se poderemos mais ir além no valor a atribuir a cada colaborador”, adianta Sérgio Vieira, à Pessoas.

Para manter a ‘cola organizacional’, a 360imprimir.pt decidiu igualmente reforçar o orçamento para o desenvolvimento de diferentes atividades de cultura e espírito de equipa, promovendo o contacto físico e pessoal entre os colaboradores.

“No que diz respeito ao budget para atividades para reforço da cultura e espírito de equipa o budget por colaborador triplicou face ao que existia no passado e é gerido pelo diretor de cada área”, refere o CEO.

Semana de 4 dias: resultados do piloto serão divulgados ao mercado

A partir da próxima segunda-feira, 10 de outubro, os colaboradores podem adotar um novo modelo de trabalho: a semana de 4 dias. O modelo será implementado de forma experimental durante dois anos, sendo o impacto da medida monitorizado em áreas como bem-estar, satisfação e motivação, tal como a produtividade, a atração e retenção de talento. Os resultados serão depois divulgados a todo o mercado, através de um Barómetro Trimestral. A empresa conta neste processo com a Deloitte.

A adesão ao modelo – que é voluntária – não representa um corte salarial proporcional ao número de horas reduzidas. “Não há corte salarial e o subsídio de almoço que corresponde ao dia extra de descanso passa para o salário”, garante o CEO.

Na prática, haverá uma redução de 17% dos dias de trabalho por ano, para 186 dias, e uma redução das horas de trabalho de 7%, para as 1.672 horas. Com essa redução dos dias de trabalho será feito o ajuste do subsídio de refeição, havendo o incremento correspondente de salário.

Com este novo modelo, a empresa pretende “suprir necessidades de reforço de equipas operacionais por via da redução do número de horas trabalhadas”.

Acreditamos que a produtividade vá subir na maioria das áreas, porém a redução horária nas áreas operacionais terá de ser compensada“, diz.

Assim, no caso de cerca de 30% dos colaboradores, afetos à área de operações e atendimento ao cliente, o modelo será ligeiramente diferente, no que toca à rotatividade do dia de descanso extra, embora esteja “garantido” que beneficiarão sempre de três dias de descanso em cada semana.

Com esta medida, além da promoção da saúde e bem-estar da equipa, a companhia pretende ainda que seja um foco de atração de talento de qualquer ponto do país. Neste momento, tem 20 vagas em aberto em IT, Marketing, Operações, Finance e Produto.

Fundada em 2013, a tecnológica que atua na área da indústria gráfica está hoje presente em 21 mercados, detendo a marca 360imprimir.pt (em Portugal e Espanha) e a Bizay (nos restantes 19 mercados europeus e americanos). A empresa, segundo dados partilhados pela companhia, está a crescer 60% face ao ano anterior e com uma faturação anual superior a 40 milhões de euros.

Além da 360imprimir.pt, o unicórnio Feedzai, a Doutor Finanças, a tb.lx e a Happytown são algumas das empresas que, mesmo sem incentivo legislativo, estão neste momento a testar a semana laboral de quatro dias ou já realizaram pilotos em Portugal.

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Forças russas lançam múltiplos ataques em Zaporijia

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Um bombardeamento levado a cabo pelas forças russas matou pelo menos duas pessoas durante a madrugada em Zaporijjia. Zelensky anunciou que exército ucraniano reconquistou três aldeias em Kherson.

As forças russas bombardearam a cidade ucraniana de Zaporijia durante a madrugada desta quinta-feira, destruindo vários prédios residenciais e causando múltiplos incêndios. De acordo com o governador regional, Oleksandr Starukh, pelo menos dois civis morreram e cinco estão presos nos escombros.

“Pelo menos cinco pessoas estão debaixo dos escombros dos prédios. Muitas pessoas foram retiradas, entre elas uma menina de três anos, que já está a receber cuidados de saúde. As operações de resgate continuam”, escreveu Starukh no Telegram, acrescentando que existiram pelo menos sete ataques russos durante a madrugada.

Já o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na quarta-feira que o exército ucraniano reconquistou três novas aldeias, na região de Kherson, no sul do país, que estavam sob domínio russo.

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Orçamento deve ser “dinâmico, cauteloso e pró-estrutural”, diz bastonário dos economistas

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

O OE2023 deve "acomodar ‘buffers’, aproveitando as folgas geradas este ano para ter margem de manobra para intervir de acordo com as circunstâncias”, defende António Mendonça.

O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, defende que o Orçamento do Estado para 2023 deve ser “dinâmico, cauteloso e pró-esturural”, considerando que deve ser encarado como um “orçamento de guerra”, sendo a favor de medidas transversais.

Em declarações à Lusa, António Mendonça destaca que “o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) não poderá ser considerado como um orçamento normal”, ou “sequer como um Orçamento excecional num quadro de referência plurianual em que a normalidade mais tarde ou mais cedo será reposta”, mas “deve ser encarado como um ‘orçamento de guerra’”.

O economista, que é também professor catedrático do ISEG, alerta para que a proposta orçamental “deve acautelar os efeitos imediatos e mais dramáticos junto dos diferentes setores da economia e da sociedade portuguesa”, mas também “prever os desenvolvimentos a médio e a longo prazo da situação internacional e as suas repercussões no país”.

“Todas as projeções económicas apontam para uma forte desaceleração da economia europeia e mundial para 2023 e Portugal não ficará imune aos impactos, porque por mais que se acredite que a distância geográfica em relação ao conflito, continuará a alimentar o dinamismo do turismo e as atividades dele dependentes que caracterizaram o crescimento económico do último ano”, refere.

Todas as projeções económicas apontam para uma forte desaceleração da economia europeia e mundial para 2023 e Portugal não ficará imune aos impactos.

António Mendonça

Bastonário dos Economistas

Para António Mendonça, dever-se-á, assim, “adotar um Orçamento dinâmico, cauteloso e pró-estrutural”.

Dinâmico, diz, “no sentido de ser capaz de dar resposta progressiva e ajustada aos efeitos já em curso e previsíveis da evolução da guerra e das suas consequências económicas”.

“Entre medidas discriminatórias e transversais, para as famílias ou para as empresas, teria tendência a adotar progressivamente medidas transversais para manter a dinâmica geral da economia e da sociedade”, afirma, apontando “para as empresas, para atender às necessidades imediatas, mas, sobretudo, para gerar confiança, previsibilidade e estabilidade e favorecer a continuação das decisões de investimento”.

Mas também para as famílias, identifica, “para evitar os efeitos perversos das políticas mais assistencialistas, que atenuam problemas imediatos, mas minam a atitude e o empenho dos setores mais dinâmicos e inovadores da sociedade que veem a sua situação económica degradar-se continuamente”.

Ainda assim, considera que deve ser “precavido”, de modo a estar preparado para a necessidade de atender a todos os imprevistos que por certo ocorrerão em 2023.

“Neste sentido deverá acomodar ‘buffers’, aproveitando as folgas geradas este ano para ter margem de manobra para intervir de acordo com as circunstâncias”, salienta.

Já “pró-estrutural”, por considerar ser preciso “pensar a economia em termos estratégicos, integrar neste pensamento a evidência de que a Europa e o mundo estão a mudar rapidamente e de que é necessário que o país se ajuste a essa mudança”. “E que o instrumento orçamental, nas suas diferentes dimensões, deverá ser ajustado em conformidade”, acrescenta.

Para o economista, “hoje é consensual que o sistema fiscal está desajustado relativamente a uma perspetiva de crescimento sustentado”, quer no que diz respeito aos incentivos ao investimento, inovação, criação de escala e aquisição de competitividade do setor empresarial, quer nos incentivos “ao empenho das classes médias, mobilização dos jovens qualificados ou promoção da natalidade, entre outros problemas da sociedade portuguesa”.

Revisão [dos benefícios fiscais] deve ser feita com profundidade, rigor técnico e sentido estratégico, sem estar sujeita a pressões, deste ou daquele setor da sociedade.

António Mendonça

Bastonário dos Economistas

“Mas esta revisão deve ser feita com profundidade, rigor técnico e sentido estratégico, sem estar sujeita a pressões, deste ou daquele setor da sociedade”, sublinha.

Perante a atual crise, António Mendonça defende uma resposta articulada por parte da União Europeia e da zona euro.

“Os instrumentos já criados, como o recente Instrumento de Proteção da Transmissão, que pretende acautelar as assimetrias na zona euro, apontam nesse sentido. Mas necessitam de ser suportados numa política orçamental e fiscal mais integrada do que acontece hoje”, justifica, acrescentando: “Não estamos em tempos de pequenos passos, mas de ações decisivas e de natureza estrutural”.

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Networkme fecha ronda de 1 milhão e já aponta mira à Alemanha e Brasil

Até ao final do ano, a startup portuguesa quer crescer 30% na equipa e atingir 80 mil utilizadores. No final de 2023, o objetivo é atingir os 300 mil utilizadores em Portugal e Espanha.

A portuguesa Networkme fechou uma ronda de um milhão de euros e, depois da entrada em Espanha, já aponta a mira a novos mercados. “O principal objetivo desta ronda de investimento é expandir e solidificar o negócio nos mercados onde já estamos presentes, Portugal e Espanha. Temos outros mercados em vista, como é o caso do britânico, alemão e brasileiro”, adianta Felipe Vieira, cofundador & CEO da Networkme, à Pessoas. Até ao final do ano, querem crescer 30% a equipa e atingir 80 mil utilizadores e, no final de 2023, atingir os 300 mil utilizadores.

Com esta nova ronda de investimento de um milhão – liderada pela Big Sur Ventures, com participação da Fundação Inovação Bankinter, e das gestoras de capital de risco Demium, Newzone e a Savvy Capital –, a startup nacional eleva para 1.250.000 euros o investimento levantado num momento de abrandamento do mercado de capitais.

“É verdade que tem havido um abrandamento das rondas, mas continuar a haver interesse em investir em negócios e tecnologias com futuro, embora a profundidade e o período de análise sejam ambos maiores. Estamos confiantes no papel que a Networkme desempenha na ligação de jovens estudantes do ensino superior e as empresas, ajudando os primeiros na definição das suas carreiras e, os segundos, a recrutarem o talento certo para as suas equipas”, refere Felipe Vieira.

O capital será injetado no projeto de expansão de mercados e equipa da startup. Os planos passam, a curto prazo, pela consolidação dos países onde já estão presentes: Portugal e Espanha, este último desde junho.

“Já temos algumas empresas parceiras no mercado espanhol, mas ainda numa fase inicial que não nos permite identificá-las. Estamos ativos no mercado e a começar a partir pedra no que diz respeito à notoriedade da plataforma junto dos estudantes do ensino superior em Espanha, assim como junto das empresas”, diz o gestor.

Reino Unido, Alemanha e Brasil na mira

Reino Unido, Alemanha e Brasil são outros mercados na mira da startup, mas sem ainda datas para uma potencial entrada.

“Nesta fase estamos focados num horizonte mais próximo, e na solidificação da nossa presença em Espanha, assim como na consolidação do nosso trabalho em Portugal. Inglaterra, Alemanha e Brasil são mercados que acompanhamos e para os quais olhamos como tendo muito potencial para a Networkme, e onde conseguimos marcar uma boa diferença na ligação entre os jovens e as empresas”, diz.

“Ainda não temos datas em vista e ter um escritório físico não é, nesta fase, obrigatório. Precisaremos de profissionais que conheçam bem o mercado, como temos, nesta fase, em Espanha”, reforça.

Estamos focados num horizonte mais próximo, e na solidificação da nossa presença em Espanha, assim como na consolidação do nosso trabalho em Portugal. Inglaterra, Alemanha e Brasil são mercados que acompanhamos e para os quais olhamos como tendo muito potencial para a Networkme, e onde conseguimos marcar uma boa diferença na ligação entre os jovens e as empresas.

Reforçar a equipa está nos planos da startup de modo a apoiar o plano de crescimento: “Queremos reforçar a nossa equipa assim como desenvolver novas atualizações e tecnologias para a plataforma, com o objetivo a de atingirmos a meta dos 80.000 utilizadores até ao final deste ano e 300.000 até final do próximo ano nos dois mercados“, precisa Felipe Vieira.

Neste momento, a empresa já conta com 30.000 jovens inscritos na plataforma. “E estamos prestes a arrancar com uma tour nacional por diferentes universidades e politécnicos, para apresentar os benefícios da Networkme para os jovens estudantes, da qual resultará também um aumento de inscritos utilizadores da nossa plataforma”, diz.

Fazer ponte com empresas e talento

A plataforma permite aos jovens, que procuram entrar no mercado de trabalho, participar em desafios e atividades que lhe seriam propostas no local de trabalho, ter sessões de mentoria com profissionais ou participar em eventos e workshops.

“Estes exercícios são criados com o apoio das próprias empresas nossas clientes, que podem utilizar estes dados como análise de performance num futuro processo de recrutamento. Desta forma, os nossos utilizadores conseguem perceber que tipo de funções poderão gostar ou não de desempenhar numa empresa, assim como uma empresa consegue avaliar de forma prática um futuro membro da sua equipa“, descreve o cofundador.

E também fazer a ponte com as empresas e o talento, num momento em que a escassez de talento é transversal a vários setores.

A escassez de talento é muitas vezes impulsionada também pela lacuna que se abre entre um profissional formado e os seus desejos profissionais. Quantas vezes não nos cruzamos com pessoas que trabalham em áreas totalmente distintas daquelas em que são formados?”, questiona.

“A nossa missão, na Networkme, é tentar ajudar a fechar essa lacuna, ajudando, por um lado, os jovens a direcionarem melhor os seus caminhos no ensino superior e, num segundo passo, no início das suas carreiras. Por outro lado, queremos ajudar as empresas a encontrarem este talento que teve um trabalho prévio na definição dos seus estudos e carreira, sendo por isso um profissional já mais orientado para as funções que irá desempenhar e que as empresas procuram”, diz.

Sonae, NOS, The Navigator Company, Natixis, Synopsys e El Corte Inglés são algumas das empresas com que a plataforma trabalha.

Crescer equipa 30%

Atualmente, a Networkme conta já com 20 colaboradores. “Mantemos a meta de ver a nossa equipa crescer mais de 30% até ao final do ano”, diz. Ou seja, para 30.

“Continuamos empenhados em recrutar e procuramos profissionais de diferentes áreas, estando neste momento mais focados na contratação de talento nas áreas da tecnologia – desenvolvimento e programação – mas também na área financeira. As vagas são para trabalho híbrido e, para já, dedicadas aos mercados de Portugal e Espanha.”

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“Anúncio extemporâneo” do ministro da Economia “penalizou” baixa do IRC

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

António Saraiva considera que será inevitável o racionamento de energia no inverno e sugere a criação de “um défice tarifário à semelhança do que se fez em relação à energia elétrica”.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que não vai haver uma redução transversal do IRC porque o ministro da Economia anunciou “previamente aquilo que já vinha sendo trabalhado”, o que, “de facto, penalizou esse objetivo”, quando “a medida já não era muito bem vista” dentro do Governo e do PS. Em entrevista conjunta ao Público (acesso pago) e à Rádio Renascença, admite que, a haver uma redução do IRC, irá “tender para a redução com diferenciação ou discriminação positiva”.

António Saraiva alerta que uma subida da massa salarial de 4,8% como o Executivo sugere no âmbito do Acordo de Rendimentos, terá de ser acompanhada de compensações. “Este esforço a que o Governo quer obrigar a economia de 4,8% ao ano durante os próximos quatro anos implica um aumento da massa salarial de 1.000 milhões de euros por ano. Em quatro anos são quatro mil milhões de euros. Obviamente têm que existir contrapartidas para este enorme esforço”, explica o patrão dos patrões. E, por contrapartidas, entende “redução e previsibilidade da carga fiscal”. “Quando digo redução da carga fiscal, falo na redução da taxa nominal de IRC, dos 21% para os 19%”, precisa.

No capítulo da energia, António Saraiva considera que será inevitável o racionamento de energia no inverno. “Não há uma maneira boa de dar uma má notícia”, disse. Por isso, defende que para mitigar o impacto da subida do preço do gás natural seja criado “um défice tarifário à semelhança do que há tempos lá atrás se fez em relação à energia elétrica”.

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Saúde mental. Fundação José Neves cria guia para empresas e outro para famílias e professores

Os guias, um destinado às empresas e outro aos pais, famílias e professores, surgem para assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra a 10 de outubro.

A Fundação José Neves (JFN) criou, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade do Minho e com o patrocínio científico da Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde, dois guias para ajudar empresas, pais e professores na definição de políticas e estratégias que garantam o bem-estar e saúde mental dos colaboradores e jovens. Os dois Guias FJN assinalam o Dia Mundial da Saúde Mental, que se celebra a 10 de outubro. Estima-se que, na Europa, a falta de saúde mental tenha um custo anual de cerca de 240 mil milhões de euros.

“Queremos chegar a cada vez mais portugueses. Fazemo-lo através da app 29k FJN e de conteúdos práticos que impactem os diversos setores da sociedade, nomeadamente as famílias, os adultos e os jovens, as escolas, os professores e os encarregados de educação, as empresas e os gestores, mas também os agentes decisores nacionais. Há um longo caminho a percorrer para incluir nas dinâmicas sociais uma cultura que identifique e atue perante situações de perigo e que promova permanentemente a saúde mental e o bem-estar. Cuidar da nossa mente é tão importante como cuidarmos da nossa saúde física”, afirma Carlos Oliveira, presidente executivo da FJN, em comunicado.

Investir na saúde mental tem retorno

“Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores?” destina-se a todas as empresas e gestores que queiram melhorar a sua atividade e garantir o bem-estar e a saúde mental dos seus colaboradores. E revela que investir na saúde mental dos trabalhadores pode ter um significativo retorno económico. É que, só na Europa, a falta de saúde mental custa anualmente cerca de 240 mil milhões de euros.

De acordo com o guia, os trabalhadores passam cerca de 12 dias por ano no trabalho sem conseguirem ser produtivos, que os portugueses trabalham mais horas do que a maioria dos europeus, mas também que cerca de 70% das pessoas com problemas de saúde mental recuperam totalmente.

Ambientes de trabalho pouco saudáveis e estimulantes e geradores de stress continuam a ser uma realidade persistente nas empresas o que, consequentemente, diminui a produtividade dos trabalhadores e compromete o sucesso das empresas.

FJN

“Não há sucesso empresarial sem saúde mental e bem-estar dos trabalhadores. O maior valor das empresas é o capital humano e as pessoas que aí trabalham. Ambientes de trabalho pouco saudáveis e estimulantes e geradores de stress continuam a ser uma realidade persistente nas empresas o que, consequentemente, diminui a produtividade dos trabalhadores e compromete o sucesso das empresas”, explica a FJN.

O documento dá alguns exemplos de empresas que podem motivar e inspirar o processo de mudança (como é o caso da Accenture, Bial, EDP, Farfetch, Galp e REN) e oferece recomendações e dicas para promover a saúde mental dos trabalhadores. O “Guia para empresas: como promover o bem-estar e saúde mental dos trabalhadores?” está disponível para consulta no portal da FJN através deste link.

Atuar para melhorar a saúde mental dos jovens

Um segundo guia — “Guia para pais e professores: como investir na saúde mental e no bem-estar dos jovens” — está mais focado nos pais, famílias e professores, e disponibiliza recomendações para este público-alvo, assim como estratégias e recursos para que estes possam ajudar, bem como exemplos práticos para atuar de uma forma global ou, por exemplo, nos casos em que os jovens apresentem sintomas de ansiedade ou de depressão, ou mesmo perturbações de comportamento alimentar.

“A adolescência é um período repleto de desafios e riscos para a saúde mental. Dados demonstram que um em cada sete jovens entre os dez e os 19 anos sofre de perturbações mentais e que o suicídio é a quarta principal causa de morte em adolescentes dos 15 aos 19 anos. E ainda que as perturbações emocionais e as alimentares são as mais prevalentes na adolescência e que 50% das perturbações diagnosticadas nos adultos surgem na adolescência”, refere a Fundação José Neves.

“Mas a adolescência é também um mundo de oportunidades e de desafios para os adultos de amanhã. E os adultos de hoje têm um papel preponderante para alertar e promover para a importância de investir no bem-estar e na saúde mental dos jovens.”

O “Guia para pais e professores: como investir na saúde mental e no bem-estar dos jovens?” está disponível para consulta no portal da FJN através deste link.

A FJN tem já disponível também o “Guia de Desenvolvimento pessoal: como investires no teu bem-estar?”, dirigido tanto aos portugueses que já cuidam do seu bem-estar e saúde mental como aos que nunca pensaram no assunto. Este guia apoia os portugueses na promoção da sua saúde mental através de um conjunto de exercícios e estratégias que visam ajudar as pessoas a lidar com as suas emoções de uma forma saudável.

Além dos guias, a FJN lança também dois novos desafios na aplicação de desenvolvimento pessoal 29k FJN, que já conta com mais de 37 mil utilizadores registados em Portugal e disponibiliza 14 cursos — três deles direcionados a jovens entre os 15 e os 20 anos –, 22 meditações, 25 exercícios, três testes, seis check-in e, agora, três desafios, sendo que dois são lançados no dia 10.

O desafio “Encontra os teus valores” tem a duração de dez dias e promove uma exploração do mundo interior e a forma de identificar e aplicar os valores de forma a dar o máximo propósito a cada um dos dias. Por sua vez, “Lidar com emoções difíceis” é o desafio 29k FJN para aprender estratégias para melhorar a capacidade de lidar com emoções difíceis.

A aplicação 29k FJN está disponível para iOS e Android e pode ser descarregada aqui.

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Lisboa encerra a perder 0,68% em linha com o resto da Europa

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Hoje é quinta-feira, 6 de outubro. Acompanhe aqui em direto todas as notícias que mexem com os mercados. Bolsa de Lisboa fechou a perder.

A bolsa de Lisboa encerrou em baixa, com o índice PSI a recuar 0,68% para 5.407,18 pontos, seguindo a tendência negativa das principais bolsas europeias. Das 15 cotadas que integram o PSI, 11 desceram e quatro subiram. A liderar as descidas ficou a EDP, que perdeu 2% para 4,41 euros.

Depois do anúncio desta quarta-feira da aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, de reduzir a sua produção em dois milhões de barris por dia, as preocupações do Ocidente com a escassez da oferta de petróleo e a subida da inflação voltaram a aumentar.

A decisão alargou uma clivagem diplomática entre o bloco de países apoiado pela Arábia Saudita e as nações ocidentais, intensificando as preocupações de que preços mais elevados da energia irão prejudicar a já frágil economia global e travar os esforços para privar Moscovo das receitas petrolíferas na sequência da invasão russa da Ucrânia.

 

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Hoje nas notícias: Nigéria, IRC e OE2023

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Nigéria, maior exportadora de gás para Portugal, falhou quatro dos 30 carregamentos previstos até agosto. O presidente da CIP considera que o anúncio “extemporâneo” do ministro da Economia de redução transversal do IRC penalizou objetivo. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Nigéria falhou quatro cargas de gás natural até agosto

O principal motivo para a viagem urgente do secretário de Estado da Energia e do CEO da Galp a Abuja, no início de setembro, terá sido o facto de a Nigéria ter falhado quatro carregamentos de gás natural liquefeito (GNL) de um total previsto de cerca de 30, avança o Jornal de Negócios, citando fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. João Galamba e Andy Brown foram dialogar com o Governo nigeriano para garantir o cumprimento dos contratos de longo prazo (detidos pela Galp) para entrega de GNL a Portugal, estando agora “contratualmente previstos sete carregamentos adicionais” até ao fim do ano, de acordo com a mesma fonte.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Anúncio extemporâneo” do ministro da Economia “penalizou” baixa do IRC

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que não vai haver uma redução transversal do IRC pelo facto de o ministro da Economia ter anunciado “previamente aquilo que já vinha sendo trabalhado”, o que, “de facto, penalizou esse objetivo”, quando “a medida já não era muito bem vista” dentro do Governo e do PS. Para António Saraiva, a haver uma redução do IRC, irá “tender para a redução com diferenciação ou discriminação positiva”.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

Governo estuda aumento do subsídio de refeição

O Governo está a estudar aumentar o subsídio de refeição para ajudar as famílias a suportar o impacto da inflação. Esta é uma das medidas que irá constar da proposta de Orçamento do Estado para 2023 que o Executivo vai entregar no Parlamento na segunda-feira. Mas, por enquanto, ainda está tudo em aberto. Só após a nova ronda negocial com os sindicatos da Função Pública será possível começar a fechar pastas. Além disso, somente depois de fixar os aumentos salariais no âmbito do acordo de rendimentos será possível definir a atualização dos escalões de IRS, fixar o mínimo de existência e determinar as deduções à coleta. Pontos que só serão fechados sexta-feira.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

PSD quer aumentar IAS à inflação e reduzir IRS até ao sexto escalão no OE2023

Para o Orçamento do Estado de 2023 (OE2023), o PSD vai propor aumentar o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) à taxa de inflação estimada de 7,4% e reduzir o IRS até ao sexto escalão (inclusive), duas medidas que o partido considera “prioridades”, avança o Diário de Notícias, adiantando que, em conjunto, ambas têm um custo estimado de 800 milhões de euros. Os social-democratas argumentam que, com isto, quem beneficiar de apoios sociais, como subsídio de desemprego, Rendimento Social de Inserção (RSI) ou abono de família, não irá perder poder de compra no próximo ano, enquanto todos os contribuintes até ao sexto escalão (ou seja, com um vencimento anual até 36.757 euros) terão uma redução da carga fiscal “sobre os rendimentos do trabalho”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Maioria das pessoas com deficiência sem acesso a subsídio para a inclusão

Há 1,7 milhões de portugueses com algum tipo de incapacidade, mas nem todos recebem um subsídio para a inclusão. De acordo com o Jornal de Notícias, apenas 127 mil recebem este apoio. Entre as razões para lhes ser vedado o pagamento deste direito universal está, por exemplo, o facto de terem um emprego a tempo inteiro, mas há outras condições de exclusão

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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