5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Setembro 2022

No dia em que o primeiro-ministro volta à AR para um debate sobre política geral, há Conselho de Ministros para aprovar diplomas que vão definir a nova estrutura e metodologia do novo aeroporto.

António Costa vai esta quinta-feira à Assembleia da República para um debate sobre política geral, no mesmo dia em que o Conselho de Ministros deverá aprovar diplomas sobre o novo aeroporto. Há também dados do INE sobre o emprego, a confiança dos consumidores e o clima económico, ficando ainda a conhecer-se as entidades selecionadas para investimento ao abrigo do programa Consolidar.

Debate sobre política geral com António Costa

O primeiro-ministro vai regressar esta quinta-feira ao Parlamento para o debate regimental, uma semana e meia antes de o Governo entregar a sua proposta de Orçamento do Estado para 2023 a 10 de outubro. Este será o terceiro debate desta legislatura, já que António Costa só fez um debate sobre política geral em junho e o estado da Nação no final de julho.

Como evolui o emprego? E a confiança dos consumidores?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira os dados relativos ao mercado de trabalho em Portugal no mês de agosto, bem como os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores referentes a setembro. Em julho, a taxa de desemprego fixou-se em 5,9%, menos 0,1 pontos percentuais face a junho. Já o indicador de confiança dos consumidores estabilizou em agosto, enquanto o clima económico diminuiu.

Conselho de Ministros com foco no novo aeroporto

Esta quinta-feira há Conselho de Ministros, no qual será aprovado um conjunto de diplomas sobre o novo aeroporto, com o propósito de definir a nova estrutura e metodologia. Para já, sabe-se que três entidades independentes irão escolher o coordenador da comissão técnica responsável pela avaliação estratégia ambiental, enquanto a decisão final sobre a localização só deverá chegar no 2.º semestre de 2024.

Banco de Fomento anuncia resultados do programa ‘Consolidar’

Um dia depois de duplicar a dotação do programa Consolidar para 500 milhões de euros, o Banco Português de Fomento divulga esta quinta-feira as entidades selecionadas para investimento ao abrigo deste promotor do investimento em pequenas e médias empresas (PME) e mid caps impactadas pela pandemia. Das 33 candidaturas apresentadas em fevereiro terão sido escolhidas 13, de acordo com os resultados do concurso divulgados em comunicado na quarta-feira, mas apagado pouco depois.

Novas ações da Porsche entram em bolsa

O capital da Porsche é colocado na bolsa de Frankfurt a partir desta quinta-feira, num total de 911 milhões de ações emitidas. Os títulos serão repartidos em dois lotes: 455,5 milhões de ações preferenciais e 455,5 milhões de ações ordinárias. Na semana passada, a Volkswagen disse que espera encaixar entre 8.710 e 9.390 milhões de euros com a Oferta Pública de Venda (OPV) do fabricante de carros desportivos, sendo que o preço inicial da ação preferencial da Porsche se situará entre 76,50 e 82,50 euros.

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Empresas intensivas em gás não podem acumular apoios

Candidaturas aos apoios acima dos 500 mil euros vão ter regras ligeiramente distintas das seguidas para as ajudas já existentes. Fórmula de cálculo do Ebitda negativo ainda está a ser afinada.

O Executivo anunciou um apoio de 235 milhões de euros para as empresas que utilizam gás de forma intensiva. Mas as ajudas não são cumulativas com outras linhas para as eletrointensivas e vão ter regras de acesso diferentes.

A ajuda por empresa, cujos gastos com gás aumentaram para mais do dobro, foi alargada de 400 mil para 500 mil euros e a taxa de apoio que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022, e que é hoje de 30%, passará para os 40%. Por outro lado, foi criado um apoio extra de dois milhões de euros especificamente para as empresas com maiores consumos. Já as que registam perdas operacionais podem ver este valor subir até aos cinco milhões de euros.

Contudo, no setor persistia a dúvida se os dois milhões de euros eram cumulativos com os 500 mil euros, como explicaram ao ECO. A resposta é ‘não’.

Para aceder ao apoio de 500 mil euros “as regras já estão determinadas e serão idênticas às que já tínhamos agora, apenas com a alteração da taxa de apoio que passa de 30 para 40%”, explicou ao ECO o secretário de Estado da Economia.

Mas para os “valores acima dos 500 mil euros vão ter regras ligeiramente distintas”, acrescentou João Neves. “A empresa pode aceder ao limite de dois milhões, mas as duas componentes têm regras distintas”, acrescentou recordando que o Executivo português “ainda está à espera da decisão da Comissão Europeia” sobre este apoio.

Outras das dúvidas que persiste entre as empresas que poderão aceder a estes apoios mais avultados é a forma como se calcula o EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) negativo, condição prévia para se chegar ao patamar dos cinco milhões de euros.

“Essa é uma clarificação que vamos fazer agora no processo de notificação à Comissão Europeia”, explicou o secretário de Estado. “Temos um marco que é o que está inscrito no quadro temporário de auxílios de Estado. Do ponto de vista regulamentar não pode ser distinto do que lá está especificado, mas é uma discussão do ponto de vista técnico que ainda estamos a fazer com a Comissão sobre os dados em concreto que são necessários para que as empresas possam ser consideradas”, acrescentou.

João Neves não acredita que este apoio venha a abranger um grande número de empresas. Menos de dez. São empresas com contas “sólidas” antes da escalada dos preços do gás, vítimas de “questões conjunturais”, que acabaram por “muito rapidamente passar de uma situação de solidez para resultados operacionais negativos”.

O secretário de Estado sublinha ainda que o regime nacional “é, até agora, o mais competitivo de todos os que foram notificados à Comissão Europeia”. “Apenas França tem valores acima dos 400 mil euros, mas tem uma condição que é uma redução muito substancial do volume de negócios além do Ebitda negativo”, acrescenta.

“Não é essa a nossa intenção. Queremos ter um sistema mais aberto do ponto de vista do acesso, porque estamos a verificar situações muito difíceis em que algumas empresas até têm melhoria dos volumes de negócio, mas têm valores negativos do ponto de vista dos proveitos de exploração”. Isto porque “há uma aproximação à Europa de algumas fabricações até por dificuldade das cadeias logísticas e é muito bom ter mais quotas de mercado”.

“O problema é que os custos de produção estão hoje muito elevados e as empresas olharam para esta oportunidade pensando: se não conseguir responder agora não vai ser no futuro que vêm aqui bater à porta”, resume o responsável solidário com o esforço que as empresas estão a fazer para “tentar aguentar a situação” na expectativa de manter os novos clientes.

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Centeno tem reservas sobre apoios às famílias com empréstimos à habitação

Governo e partidos discutem medidas para apoiar as famílias com crédito à habitação. PSD chamou governador do Banco de Portugal ao Parlamento. Mário Centeno tem reservas.

Conferência "O Impacto da Nova Ordem Mundial na Economia Europeia" no CCB - 27SET22
Mário Centeno no encerramento da conferência “O impacto da nova ordem mundial na economia europeia”.Hugo Amaral/ECO

A subida acentuada das taxas de juro está a pressionar milhares de famílias com crédito da casa. Com a prestação a aumentar, o Governo e os partidos colocam em cima da mesa eventuais medidas para aliviar o impacto do agravamento das Euribor. O governador do Banco de Portugal acabou de ser chamado ao Parlamento pelo PSD para dar a sua opinião sobre este tema. Mas Mário Centeno tem reservas quanto aos apoios para quem está a pagar o empréstimo da habitação ao banco.

Para Centeno, que falou no encerramento da conferência “O impacto da nova ordem mundial na economia europeia”, é impossível não nos depararmos com “um sentimento de vertigem” quando olhamos para a evolução das taxas de juro no último ano. “Esta correção é muito abrupta e nós devemos olhar com atenção”, afirmou esta terça-feira no evento organizado pelo ECO, em parceria com a Morais Leitão, PLMJ e VdA.

Desde o início do ano que as taxas Euribor, usadas na grande maioria dos contratos da casa, estão a acelerar, tendo saído de valores negativos para máximos de mais de dez anos num curto espaço de tempo, antecipando o aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação que se encaminha para 10%.

A “vertigem” das Euribor está a assustar as famílias, que estão a ver os encargos com a casa a aumentar a cada revisão do contrato do banco. O PSD pediu esta semana audições no Parlamento junto do governador do Banco de Portugal, do presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Vítor Bento, e do secretário-geral da Deco, perante a ausência de medidas do Governo “para fazer face à escalada das taxas de juro a que já se assiste e cuja continuidade se prenuncia”.

Mas antes de ir à Assembleia da República, Mário Centeno já deu algumas pistas sobre o que poderá transmitir aos deputados.

Evolução da Euribor a 12 meses

O que disse Centeno?

Na sua intervenção, o governador do Banco de Portugal apresentou vários dados financeiros das famílias que podem não justificar a adoção de uma política transversal de apoios nos empréstimos da casa:

  • A prestação média situa-se hoje nos 276 euros, menos 87 euros do que em 2009;
  • O rendimento disponível das famílias aumentou neste período, está 3,4 pontos percentuais mais elevado do que em 2020;
  • O endividamento das famílias diminuiu 15 mil milhões desde 2009;
  • As taxas de juro (mesmo os futuros) continuam abaixo dos valores registados em 2009.

É preciso olhar para esta realidade para avaliar o que fazer, para a urgência do que temos de fazer e onde estamos verdadeiramente nesta resposta”, apontou Mário Centeno.

Em relação à prestação média dos contratos da casa, o ex-ministro das Finanças destacou diferenças substanciais entre a realidade atual e aquela que tínhamos na anterior crise de 2009, que também ficou marcada por uma subida dramática das Euribor (acima daquelas que temos atualmente).

Em março de 2009, a média da prestação dos créditos à habitação era de 363 euros. “Em termos reais, isso equivale hoje a ter 217 euros de prestação de crédito à habitação. Ou seja, estamos a falar, em termos corrigidos da evolução do rendimento disponível, de uma prestação que é 60% da prestação que existia em 2009, porque o rendimento disponível aumentou neste período”, demonstrou. Isto significa que a taxa de esforço das famílias regista valores mais baixos do que observados anteriormente.

Também revelou que 10% das prestações da casa são de valor inferior a 106 euros e que, tendo em conta as perspetivas de evolução da Euribor até julho de 2023, vão ter um agravamento de apenas quatro euros. E apenas 10% têm prestações acima dos 470 euros, as quais vão sofrer mais com a subida dos juros.

Faça aqui a simulação do impacto da Euribor no seu crédito à habitação

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o artigo no browser.

Apoios temporários em tempos de normalidade?

Por outro lado, vivemos um período de taxas de juro anormalmente baixas nos últimos anos, enquanto o BCE tentava reanimar a economia e evitar um cenário perigoso de deflação na Zona Euro. Centeno também deu conta disso: “Partimos de um período talvez demasiado longo de taxas de juro negativas, que não eram sustentáveis no médio e longo prazo”.

O cenário mudou radicalmente nos últimos dois anos, com a pandemia e com a eclosão de uma guerra na Europa. E o que temos agora é um ciclo de subidas, apesar de em ritmo acelerado por conta da inflação elevada, que corresponde a um caminho de normalização da política monetária. O BCE já subiu os juros em 125 pontos base e prometeu mais subidas, antes de estabilizarem em níveis considerados “neutrais” para a economia.

Este cenário levanta a questão da temporalidade das medidas de apoio para a prestação da casa: se elas fossem adotadas, quando é que seriam retiradas?

Taxas de juro mais altas são a normalidade que as famílias vão ter de lidar nos próximos anos, não se antecipando uma reversão do ciclo. Assim, será difícil de justificar apoios temporários para responder não a um choque, mas antes a uma realidade que será permanente. E tudo isto num quadro em que as famílias continuam a beneficiar de boas condições no mercado de trabalho e a economia a tirar partido de taxas de juro reais negativas (abaixo da inflação), que potenciam o investimento.

Em resumo, o governador repetiu a mensagem que os bancos centrais têm passado aos governos sobre como devem atuar: “A política orçamental deve ser temporária, focada e deve ser atempada, deve agir nos momentos exatos”. E deverá manter estas palavras quando for questionado no Parlamento sobre os apoios às famílias no crédito da casa.

 

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Marcelo afirma que propostas do Governo sobre IRC e salários “são sob condição”

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

As propostas do Governo, para o acordo de rendimentos, correspondem "a uma procura de equilíbrio", diz Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República considerou esta quarta-feira que as propostas do Governo sobre IRC e aumento dos salários correspondem “a uma procura de equilíbrio”, mas afirmou que “são sob condição”, dada a incerteza que se vive. “Todas as propostas que são apresentadas agora são propostas sujeitas a condição”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Sausalito, na Califórnia.

Interrogado se não acredita que seja possível manter aumentos salariais anuais de 4,8% em média até 2026, como propõe o Governo, o chefe de Estado respondeu: “Não sei. Ninguém sabe. Para ser honesto, ninguém sabe”. Segundo o Presidente da República, “são sob condição” as propostas apresentadas “neste momento, neste dia preciso deste mês preciso”, porque não se sabe se a situação vai “piorar ou não e piorar quanto”.

“Sei que as pessoas, estando agora a viver o que estão a viver, têm expectativas de compensação do que estão a viver e do que temem viver no futuro. Agora, o que é que vai ser esse futuro, como é que se vai projetar esse futuro, pois isso é que é difícil de fazer de uma forma muito rígida”, reforçou.

No seu entender, as propostas do Governo de redução seletiva do IRC e de aumentos salariais anuais de 4,8% entre 2023 e 2026 correspondem “a uma procura de equilíbrio, num plano como no outro”. “Mas a palavra decisiva numa parte, que é a parte dos impostos, pertence ao parlamento. E na outra parte pertence à concertação social e pertence à realidade económica, uma vez que o setor privado vai ter de encarar essa realidade, não é só salários da função pública”, acrescentou.

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“Metade dos portugueses que nascem hoje ultrapassará os 100 anos de vida”

  • ECO Seguros
  • 28 Setembro 2022

Longevidade e reformas foi tema de uma conferência organizada pela ASF para entregar os primeiros prémios ASF de investigação. Uma vida longa está assegurada falta a qualidade e finanças.

Margarida Corrêa de Aguiar prometeu a continuidade dos Prémios Investigação ASF e anotou dados que considerou interessantes para a Supervisão do setor.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) entregou o “Prémio Investigação ASF” aos vencedores da 1.ª edição. A sessão de entrega do Prémio iniciou-se com uma introdução de Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, seguindo-se a entrega de prémios e a Conferência “A longevidade e a poupança para a reforma”, na qual especialistas em áreas cruciais para o tema da longevidade dos portugueses, da qualidade dessa vida longa e da sustentabilidade financeira na parte final da vida explicaram as realidades que o país enfrenta para dar resposta a esses desafios.

Debatendo Longevidade e poupanças: Sandra Maximiano, Paulo Neto, Maria João Valente Rosa e Hugo Borginho.

A Conferência foi moderada por Hugo Borginho, Diretor do Departamento de Análise de Riscos e Solvência da ASF, e participaram os docentes universitários Maria João Valente Rosa, especialista em Demografia, Paulo Neto, especialista em Políticas Públicas e Sandra Maximiano, especialista em Economia Pública e Bem-estar.

A conferência pode ser vista integralmente aqui.

Prémios ASF distinguem investigação académica

Rui Leão Martinho, presidente do júri dos prémios ASF, revelou que foram apresentados 12 trabalhos, que qualificou “de assinalável qualidade e provenientes de diversas áreas científicas”, tendo o júri decidido atribuir o Prémio de Investigação ASF 2021 /2022, ex aequo, aos trabalhos Longevity – linked life annuities: the Portuguese Experience, da autoria de Ana Catarina Amorim, e Saving for retirement through consumption: an application for Portugal, de Roberto Carcache Flores, Abraham Hernandez Pacheco e Ana Margarida Ramos.

O Júri da edição 2021, dedicada à área “Economia, Matemática e Tecnologia,” para além de Rui Martinho, foi constituído por João Andrade e Silva, do ISEG – Lisbon School of Economics and Management, Manuel Esquível, da Universidade Nova de Lisboa, José Veiga Sarmento, profissional do setor dos Fundos de Pensões e Paulo Bracons, profissional do setor dos Seguros.

Rui Leão Martinho e Margarida Corrêa de Aguiar com a premiada Ana Catarina Amorim.

O trabalho Longevity-linked life annuities: the Portuguese Experience, aborda a temática das rendas vitalícias indexadas à longevidade, segundo o júri “matéria de grande interesse e relevância para o setor segurador”, propondo a utilização deste tipo de rendas face às frequentes alterações de esperança de vida.

Ana Margarida Ramos e Abraham Hernandez Pacheco receberam o Prémio também em nome de Roberto Carcache Flores.

Saving for retirement through consumption: an application for Portugal, co-premiado nesta primeira edição, “aborda de forma inovadora um problema essencial da sociedade portuguesa – a poupança para a reforma, através de um novo método, via consumo -, propondo uma solução concreta para esta premente questão, e que já tem sido implementada com resultados significativos em vários países”, refere a ASF.

O Júri decidiu ainda atribuir uma Menção Honrosa ao trabalho de Raquel Ramos intitulado Modelação em SAS dos fulfilment cash flows e implementação do teste de operosidade no âmbito da Nova Norma de Relato Financeiro IFRS 17, obra resultante de uma parceria entre a Academia e o Mercado Segurador, e que foi distinguida “pela sua qualidade, atualidade e interesse para a Atividade”.

A supervisora dos seguros e dos fundos de pensões decidiu instituir o “Prémio Investigação ASF”, no valor de 7500 euros, no sentido de incentivar a produção de trabalhos de investigação científica de elevado valor para o desenvolvimento dos mercados nacionais dos seguros e dos fundos de pensões. Em cada edição, o Prémio versará alternadamente sobre as áreas “Economia, Matemática e Tecnologia” e “Direito e Humanidades”.

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Trabalhadores da Transtejo avançam com greve de três horas por turno em outubro

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

Os trabalhadores da Transtejo decidiram levar a cabo mais uma paralisação parcial, entre os dias 10 e 14 de outubro, às entradas para os turnos da manhã e da tarde.

Os trabalhadores da Transtejo vão avançar em outubro com uma greve de três horas por turno, durante cinco dias, para reivindicar aumentos salariais, queixando-se dos aumentos do custo de vida, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte sindical.

Em declarações à Lusa, Carlos Costa, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) adiantou que, após o plenário, os trabalhadores da Transtejo decidiram levar a cabo mais uma paralisação parcial, entre os dias 10 e 14 de outubro, às entradas para os turnos da manhã e da tarde.

“A nossa expectativa é conseguir o reinício das negociações com o Governo e com a administração. Mantém-se a intransigência governamental e do conselho de administração nos 0,9% (percentagem de aumento aceite) e não passa disso. A inflação já vai à volta dos 8% e, por isso, a proposta de 0,9% é irrelevante para o poder de compra atual”, argumentou.

Carlos Costa disse esperar uma adesão elevada a este protesto. Contactada pela Lusa, fonte da Transtejo remeteu um comentário para mais tarde. A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa.

Esta empresa partilha o conselho de administração com a Soflusa, responsável pela travessia entre o Barreiro, no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa. Os trabalhadores de ambas as empresas têm levado a cabo nos últimos meses várias ações de luta, reivindicando uma valorização salarial e a contratação de funcionários.

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Alqueva não deverá ter “restrições” de água em outubro, diz presidente da empresa gestora

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

O presidente da empresa gestora do Alqueva não antevê, a partir de outubro, “quaisquer restrições” ao uso da água armazenada na albufeira, que está com 64,5% de volume.

O presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, não antevê, a partir de 1 de outubro, “quaisquer restrições” ao uso da água armazenada na albufeira, que está com 64,5% de volume. “Face aos mecanismos que já estão previstos no contrato de concessão das centrais hidroelétricas e às prioridades de uso, eu acho que não haverá quaisquer restrições”, afirmou José Pedro Salema.

Questionado sobre a determinação do Governo de, a partir de 1 de outubro, existir uma suspensão temporária nos recursos hídricos de 15 albufeiras, incluindo a de Alqueva, José Pedro Salema disse compreender o porquê da inclusão da barragem alentejana. “Alqueva tem um grande volume de armazenamento, é uma gigantesca bateria, com uma potência significativa, 520 megawatts, e, por ter muita água armazenada, pode trabalhar durante muitas horas. Portanto, pode dar uma ajuda durante muito tempo”, argumentou.

Na resolução do Conselho de Ministros, aprovada na terça-feira, o executivo determinou, a partir de 1 de outubro, uma suspensão temporária nos recursos hídricos de 15 albufeiras, “até que sejam alcançadas as cotas mínimas da sua capacidade útil que venham a ser estabelecidas”.

Alqueva tem um grande volume de armazenamento, é uma gigantesca bateria, com uma potência significativa, 520 megawatts, e, por ter muita água armazenada, pode trabalhar durante muitas horas. Portanto, pode dar uma ajuda durante muito tempo.

José Pedro Salema

Presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)

O objetivo é criar “uma reserva estratégica de água nas albufeiras associadas aos aproveitamentos hidroelétricos” identificados no diploma.

O Governo determinou ainda que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “na qualidade de Autoridade Nacional da Água, promova, no prazo de 20 dias após a publicação da presente resolução, com a colaboração do gestor global do sistema elétrico nacional (SEN) e ouvidos os proprietários dos aproveitamentos hidroelétricos, a fixação do valor da cota, em metros, a atingir em cada armazenamento hidroelétrico identificado”.

O presidente da EDIA disse à Lusa que, à data de hoje, Alqueva armazena “2.670 milhões de metros cúbicos de água”, ou seja, está com um volume de 64,5%, rondando a cota 145.

“Temos que esperar pela definição da cota mínima que temos que atingir pela APA [que é a que] tem que fazer esse cálculo. Mas nós também sabemos fazer essas contas; já o fizemos e achamos que estamos já acima desse nível e, portanto, parece que não haverá necessidade, pelo menos imediata, de impor qualquer restrição a partir do dia 1 de outubro”, insistiu.

O empreendimento terá “uma folga à volta dos 250 hectómetros de água e, este ano, este inverno, não gastaremos isso, nem pensar”, acrescentou, frisando que, mesmo que o inverno seja seco, há que considerar que a época invernal ainda “traga alguma água”.

José Pedro Salema lembrou ainda que o Alqueva é um empreendimento de fins múltiplos, isto é, serve como reserva estratégica de água para abastecimento às populações, para a agricultura (já chega aos 130 mil hectares) e para a produção de energia hidroelétrica.

“Há aqui uma série de dependências e de obrigações que, até de acordo com a Lei da Água, têm prioridade sobre a produção de hidroeletricidade e, portanto, eu acredito que nenhum destes sistemas será posto em causa só para dar primazia à produção de energia”, argumentou.

Ainda assim, o responsável percebe “o porquê da resolução do Conselho de Ministros”, porque o país está a viver “uma situação muito grave e muito imprevisível”, com “um inverno à porta em que as albufeiras estão relativamente vazias”.

E é preciso “ter alguma reserva”, sendo “as barragens hidroelétricas” a “única reserva” que se pode “utilizar de forma quase imediata para satisfazer pedidos de ponta de consumo elétrico”, concluiu.

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MetLife chega aos portugueses de metro e de autocarro

  • ECO Seguros
  • 28 Setembro 2022

A MetLife aposta na segunda vaga da campanha "O Melhor da Vida", com o objetivo de se aproximar ainda mais dos portugueses. Mupis e vídeos promocionais estarão espalhados por Lisboa e Porto.

A MetLife, seguradora de Vida e de Acidentes Pessoais, lança a segunda vaga da campanha “O Melhor da Vida”. A mediadora quer reforçar o vínculo emocional com os portugueses e dar continuidade ao crescimento que a companhia tem registado na expansão da rede de agentes e no volume de seguros contratados.

Patrícia Jiménez, Diretora de Marketing e Comunicação MetLife Iberia

“Estamos muitos satisfeitos com os resultados deste forte investimento no mercado português, que nos tem permitido reforçar a notoriedade da marca e acelerar o crescimento do negócio. A campanha transmite um tom muito humano e empático, que evidencia o nosso propósito de acompanhar os clientes nas várias etapas da vida,” explica Patrícia Jiménez, Diretora de Marketing e Comunicação da MetLife na Ibéria.

Com criatividade da agência de publicidade FCB Lisboa e planeamento de meios da Initiative, a MetLife vai estar presente em mupis na rede de autocarros urbanos de Lisboa e do Porto, e mupis digitais nas estações de Metro da capital, com um vídeo sobre a proposta de valor dos Seguros de Vida da MetLife.

O conceito criativo “O Melhor da Vida” recorre a imagens que remetem o público para momentos marcantes da vida: relações, experiências, viagens, hobbies. Em comunicado, explicam que “foi o feedback positivo que levou a MetLife a retomar a campanha”.

A primeira vaga, lançada em maio, teve como resultado um aumento significativo das visitas aos canais digitais da MetLife — os acessos mensais triplicaram — e dos pedidos de informação. Na área do recrutamento de agentes de seguros, a MetLife recebeu um número recorde de candidaturas, que chegaram de todo o país.

 

 

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Azambuja quer atribuir seguro de saúde à população

  • ECO Seguros
  • 28 Setembro 2022

Município quer atribuir seguro de saúde à população como medida para garantir acesso a cuidados de saúde primários no privado. Seguradoras já começaram a enviar propostas.

Silvino Lúcio, presidente da Câmara Municipal da Azambuja, recebeu duas propostas de seguradoras, que rondam, “cada uma, os 200 mil euros“, após expressar a intenção de atribuir seguros de saúde à população como forma de garantir acesso a cuidados de saúde básicos.

A publicação O Mirante escreve que o município de Azambuja está a equacionar a atribuição de um seguro de saúde a todos os munícipes para que possam recorrer ao sistema privado, uma vez que, atualmente, 85% da população do concelho não tem médico de família atribuído. Independentemente do valor, estamos a analisar para ver o que vamos fazer”, assegurou Silvino Lúcio.

O vereador Rui Corça disse à mesma publicação que “no concelho não existe oferta de serviços de medicina privados.” E indicou que isto levaria a que os utentes, mesmo beneficiando de um seguro de saúde, tivessem que se deslocar a concelhos vizinhos para serem atendidos. “As pessoas precisam é de um médico ao pé delas. A pouco e pouco, as pessoas têm cada vez mais problemas de saúde e provavelmente algumas irão falecer porque os cuidados primários não existem”, disse o vereador.

Silvino Lúcio defendeu que a atribuição de seguros de saúde à população poderá ser uma solução viável e que já foi adotada por outros municípios, nomeadamente por Porto de Mós. Referiu ainda que existem em Aveiras de Cima e Azambuja clínicas de saúde privadas.

Os utentes que não têm médico de família em Azambuja estão a ser encaminhados para as unidades de saúde de Benavente e Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira. A alteração tem causado indignação entre utentes que têm que fazer deslocações entre 30 a 40 quilómetros sem garantias de que serão atendidos.

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VCS é o novo nome da corretora Verspieren em Portugal

  • ECO Seguros
  • 28 Setembro 2022

A Verspieren Portugal adotou uma nova designação e imagem corporativa. A corretora centenária anunciou que irá simplificar a sua denominação para a sigla VCS.

A corretora Verspieren Portugal atualizou a sua identificação para VCS. Uma sigla para Verspieren Corretores de Seguros, pretende traduzir “de forma clara e simples quem somos e o que fazemos, tornando também mais percetível junto de todos os nossos stakeholders a expansão do negócio do grupo em Portugal“, explicam em comunicado.

Rogério Dias é o Diretor-Geral da Verspieren Portugal.

Rogério Dias, Administrador-Delegado da VCS, explicou que “com a colaboração da rede internacional do Grupo Verspieren, vamos continuar a oferecer soluções que nos diferenciam, permitindo o reforço da nossa posição nos próximos três anos, junto dos clientes nacionais e internacionais. Em paralelo, vamos solidificar o portefólio com novas parcerias com o canal de agentes e expandir, para outros setores de atividade, o valor acrescentado do notável trabalho já hoje desenvolvido nas áreas da Gestão de Património, Engenharia e Construção“.

O responsável acrescentou ainda que ambicionam “ser um corretor de referência em Portugal, disponibilizando as melhores soluções nacionais e internacionais aos nossos clientes, qualquer que seja a sua dimensão e setor de atividade”.

A corretora de seguros VCS cresceu com a fusão e aquisição de empresas de mediação e corretagem, somando mais de 140 anos de história em França e mais de 100 anos em Portugal.

Parte do Grupo Verspieren, o maior grupo corretor francês de capital exclusivamente familiar, com 22 empresas e mais de 2 mil colaboradores, presentes em mais de 140 países, e um volume de negócios em 2021 de 425 milhões de euros.

 

 

 

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Dois anos depois, Sonae termina parceria com Isabel dos Santos na Nos

Sonaecom colocou um ponto final no acordo com as sociedades da empresária angolana na Zopt, empresa que controlava mais de 50% da Nos e a qual também deixa de ser acionista.

Dois anos depois do anúncio, a Sonae desfez finalmente a parceria com Isabel dos Santos na Nos NOS 0,54% , na sequência do caso Luanda Leaks. A Sonaecom colocou um ponto final no acordo com as sociedades da empresária angolana na Zopt, empresa que controlava mais de 50% da telecom portuguesa e da qual também deixou de ser acionista.

“A Sonaecom torna público que procedeu à resolução do acordo parassocial que regia as relações entre as acionistas da Zopt – a própria Sonaecom, a Unitel International e a Kento Holding”, segundo informa em comunicado enviado ao mercado.

Acrescenta que a assembleia geral da Zopt, que teve lugar esta quarta-feira, aprovou a amortização da participação da Sonaecom naquela sociedade e à restituição das prestações acessórias (empréstimos do acionista) por si efetuadas, em troca das ações representativas de 26,075% da Nos “que não se encontram oneradas”, e ainda de “uma importância em dinheiro”.

Com esta decisão, além de deixar de ser acionista da Zopt, que passa a ser controlada integralmente pelas duas sociedades de Isabel dos Santos, a Sonaecom, controlada pelo grupo Sonae, passa a deter 26,075% da Nos.

“A Sonaecom reitera a sua intenção de continuar a assegurar um quadro de estabilidade acionista na Nos que permita desenvolver o seu importante projeto no setor das telecomunicações”, refere a Sonaecom em comunicado.

O grupo Sonae passa assim a deter uma participação de controlo de 36,8% na Nos, incluindo uma posição de mais de 9% da holding Sonae SGPS.

A operadora portuguesa liderada por Miguel Almeida encontra-se avaliada esta quarta-feira em cerca de 1,75 mil milhões de euros a preços de mercado.

A Zopt foi criada em 2012, agregando os interesses da Sonaecom e de Isabel dos Santos nas telecomunicações, no sentido de promover uma consolidação do setor, com a fusão da Zon e Optimus.

Esta separação surge depois da polémica criada em torno de Isabel dos Santos por causa do Luanda Leaks, no início de 2020, que expôs os esquemas financeiros da empresária angolana em Portugal e que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano utilizando paraísos fiscais.

(Notícia atualizada às 20h12)

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Reunião sobre acordo de rendimentos foi “muito produtiva”. Ministra antecipa “fase negocial muito intensa”

Ana Mendes Godinho faz um balanço positivo da primeira reunião de negociação do acordo de rendimentos, mas não foi capaz de afirmar se este será fechado a tempo de ser apresentado o OE2023.

Apesar de os parceiros sociais falarem num documento “insuficiente” e “desfasado da realidade”, a ministra do Trabalho afirma que a reunião de apresentação da proposta do Acordo de Rendimentos e Competitividade foi “muito produtiva”. Ana Mendes Godinho estima, contudo, uma “fase negocial muito intensa”, sendo incapaz de afirmar se o acordo será fechado a tempo da apresentação do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

“Foi uma reunião muito produtiva, em que se procurou identificar os objetivos que nos unem”, disse a ministra esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas à saída da reunião em que o Governo apresentou aos parceiros sociais a proposta de Acordo de Rendimentos e Competitividade. “A partir daqui temos uma fase negocial muito intensa, mas estamos completamente comprometidos”, acrescentou.

Após este encontro, os parceiros sociais destacaram que a proposta do Governo era “desfasada da realidade” e “insuficiente”, mas Ana Mendes Godinho explicou que o documento “assenta no objetivo” de se alcançar “uma valorização dos salários” de forma a que Portugal atinja uma “convergência com a média europeia do peso dos salários no PIB”. A meta é chegar a 2026 com um aumento de 20% dos salários face a 2022, disse.

A ministra apontou que, no caso dos jovens, a proposta é “poderosa”, “porque é um sinal claro de que Portugal é mesmo um país que cria condições para que os jovens queiram trabalhar aqui”, disse.

Quando questionada por duas vezes se será possível – como previsto – ter um acordo a tempo da apresentação do OE2023, que acontece a 10 de outubro, Ana Mendes Godinho foi incapaz de responder de forma clara. “Neste momento o meu objetivo é trabalhar muito aceleradamente nas negociações”, disse.

À saída da reunião, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse ter dúvidas de que seja possível alcançar um acordo dentro desse prazo, cerca de duas semanas. “Acho um prazo muito curto, mesmo que estejamos muito empenhados. Mas, como disse a ministra, teremos de trabalhar na 25ª hora”, disse António Saraiva, em declarações aos jornalistas.

(Notícia atualizada às 20h58 com mais informação)

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