Euro continua sob pressão e cada vez mais perto de atingir a paridade contra o dólar

Investidores estão a apostar na queda da moeda única europeia perante a perspetiva de uma recessão. Analistas falam em “tempestade perfeita” que se abate sobre o euro.

O euro continua sob enorme pressão e está cada vez mais perto de atingir a paridade contra o dólar. Com a economia europeia a encaminhar-se para uma recessão, penalizada pelos altos preços da energia, os investidores estão a apostar forte na desvalorização da moeda única, com os analistas a falarem numa “tempestade perfeita” que se abate sobre a divisa da Zona Euro.

Pela primeira vez desde 2002, o euro transacionou esta quarta-feira abaixo da fasquia dos 1,02 dólares, estando a recuar 0,87% para 1,0177 dólares. Está na iminência de atingir a paridade contra a divisa americana, isto é, um euro equivale a um dólar. Isto já não acontece há duas décadas.

Apostar na queda do euro virou uma moda por estes dias, segundo os analistas do Nomura e do HSBC. A agência Bloomberg antecipa que há uma probabilidade de 50% de o euro atingir a paridade contra o dólar no próximo mês.

Euro sob pressão

Fonte: Reuters

O que vai na mente dos investidores? A possibilidade de a Rússia cortar o fornecimento de gás à Europa poderá atirar a economia para uma recessão, originando um choque que tornará mais difícil ao Banco Central Europeu (BCE) para aumentar as taxas de juro e acompanhar assim as subidas promovidas pela Reserva Federal norte-americana para conter a inflação. Subir os juros tende a dar força à moeda. O BCE conta subir os juros em 25 pontos base na próxima reunião de 21 de julho, enquanto a Fed já aumentou as suas taxas em 1,5% desde março.

“Se assistirmos a um racionamento do petróleo na Europa por causa dos cortes da Rússia, vamos ter uma recessão significativa na Europa. Poderá ser um longo inverno”, disse Kaspar Hense, analista da Blue Asset Management, citado pela Bloomberg, apontando para uma queda do euro para os 90 cêntimos de dólar se os russos cortarem a energia aos europeus.

A Agência Internacional de Energia não excluía cortes nos fluxos de gás para a Europa dado o “comportamento imprevisível” da Rússia.

“A Europa está a reduzir a dependência da energia da Rússia, mas não a um ritmo acelerado o suficiente para evitar uma recessão se os pipelines forem fechados. Se isso acontecer, a taxa Euro/Dólar poderá cair outros 10% ou mais”, considera Kit Juckes, do Société Générale.

Van Luu, da Russel Investment, acrescentou outro fator que está a criar enorme perturbação no mercado cambial do euro: o aumento dos spreads da dívida italiana. “É a tempestade perfeita para o euro neste momento”, disse.

Desde que o BCE anunciou em junho que ia aumentar as taxas de referência, os investidores têm castigado mais a dívida de Itália e a aumentar os riscos de fragmentação na Zona Euro. O banco central anunciou uma ferramenta anti-crise que está longe de ser consensual.

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Hackathon da Henkel está de volta para acelerar ideias de negócios de mulheres empreendedoras

De 1 a 3 de setembro, o Xathon vai reunir, em Berlim, 100 mulheres empreendedoras, especialistas e mentoras. As inscrições estão abertas.

O hackathon empresarial para mulheres empreendedoras, o Xathon, criado e organizado pela Henkel dx Ventures, está de volta para a a sua quarta edição. De 1 a 3 de setembro, o Xathon vai reunir, em Berlim, 100 mulheres empreendedoras, especialistas e mentoras, para apoiá-las com ferramentas que promovam as suas novas ideias de negócios. As participantes podem ainda ganhar um prémio monetário de 25.000 euros. As inscrições estão abertas até 31 de julho.

“Para nós, diversidade, equidade e inclusão são de importância estratégica. E estou orgulhosa de que não sejam apenas palavras, mas que estejamos claramente reforçando o nosso compromisso com um plano de ação concreto. Com a igualdade de género na nossa empresa, e agora com a próxima edição do Xathon, queremos apoiar mulheres talentosas na criação dos seus modelos de negócios e no desenvolvimento de todo o seu potencial”, explica Sylvie Nicol, diretora de recursos humanos da Henkel, em comunicado.

A Henkel dx Ventures lançou o Xathon há quatro anos para promover conhecimento, experiência e capacitar uma nova geração de mulheres empreendedoras, inspirando, interligando e acelerando oportunidades de crescimento. No Xathon, a Henkel está à procura de mulheres empreendedoras em estágio inicial ou equipas mistas de mulheres e homens, especialmente, nas áreas de inovação sustentável e tecnologia empresarial que abranjam áreas como comércio eletrónico, IA, clima, saúde ou tecnologia educacional.

“A inovação baseia-se na diversidade: esta é a minha firme convicção. Embora esse número mostre que ainda há um longo caminho a percorrer, sabemos que a diversidade e o empoderamento feminino são fundamentais para construir um negócio de tecnologia forte e impulsionar o crescimento nos setores em que atuamos. Portanto, devemos lutar por mais equidade. O nosso Xathon visa criar equidade para as mulheres, apoiando-as a tornarem-se empreendedoras de sucesso”, reforça Michael Nilles, diretor de digital e informação da Henkel.

Destinado a mulheres com ambição e determinação, cada participante será agrupado com um empreendedor e líder relevante dentro da indústria que procure gerar disrupção, isto é, alguém com experiência e capacidade para oferecer suporte, orientação e aconselhamento personalizados. O foco do Xathon 2022 será acelerar os negócios dos participantes através do trabalho individual e em grupo intensivo, juntamente com sessões de especialistas e mentores.

Os participantes terão também a oportunidade de conhecer e apresentar-se a alguns dos investidores de capital de risco mais bem-sucedidos da Europa. Após uma apresentação em formato pitch perante um júri e o público, os vencedores serão anunciados numa cerimónia de entrega de prémios e receberão, entre outros, um prémio monetário que os ajudará a desenvolver e concretizar as suas ideias.

Como participar?

Todas as mulheres empreendedoras, ou equipas mistas, que pretendam fazer a diferença e estão nos estágios iniciais da sua startup estão convidadas a inscrever-se até 31 de julho de 2022 em henkel.com/xathon. A participação é gratuita.

Os participantes serão selecionados com base na capacidade de inovação, na projeção e escalabilidade do seu modelo de negócio, no tamanho e compreensão do mercado, no valor da empresa, no talento do candidato para atuar como empreendedor e nas razões para participar do Xathon. Os participantes serão informados até 5 de agosto de 2022.

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França quer renacionalizar energética EDF

A primeira-ministra francesa confirmou esta quarta-feira as intenções de o governo renacionalizar EDF, argumentando que "a emergência climática exige decisões fortes e radicais".

O governo francês quer renacionalizar a Electricite de France (EDF, na sigla em francês) numa altura de crise energética a nível europeu, provocada pela guerra na Ucrânia.

A emergência climática exige decisões fortes e radicais. Precisamos ter o controlo total da produção e do nosso futuro energético. Devemos garantir a nossa soberania diante das consequências da guerra e dos desafios colossais à frente”, cita a Bloomberg, esta quarta-feira, as declarações a primeira-ministra Elisabeth Borne. “Por isso, confirmo hoje, a intenção do Estado de deter 100% do capital da EDF”. O Estado francês detém 84% do capital da EDF.

A governante não avançou com detalhes mas a medida vai em linha com as intenções do presidente Emmanuel Macron que, durante a campanha eleitoral, em março, manifestou a intenção de nacionalizar a gigante para impulsionar a independência energética do país.

No início do ano, Macron já tinha sinalizado que seriam necessários milhares de milhões de euros de financiamento público para concretizar a construção de 14 novas centrais nucleares até 2050. Estas infraestruturas, juntamente com novos projetos de energia eólica e solar, fazem parte do plano francês de atingir a neutralidade carbónica até 2050.

(Notícia atualizada às 15h32)

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Bruxelas saúda reconhecimento “importante” do nuclear e do gás como sustentáveis

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

“A inclusão das atividades transitórias de gás e nuclear é uma pequena, embora necessária, parte de toda a taxonomia da UE, que se centra nas energias renováveis”, destaca a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia considerou esta quarta-feira “importante” o reconhecimento, pelos eurodeputados, da classificação “pragmática e realista” do nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental (taxonomia) na União Europeia (UE).

“Este voto foi um reconhecimento importante da nossa abordagem pragmática e realista que ajuda muitos Estados-membros no seu caminho de transição para a neutralidade climática”, segundo um comunicado do executivo comunitário.

“A inclusão das atividades transitórias de gás e nuclear é uma pequena, embora necessária, parte de toda a taxonomia da UE, que se centra nas energias renováveis”, destaca ainda o comunicado, onde é sublinhado que “as energias renováveis continuarão a ser o foco para os investidores”.

O Parlamento Europeu validou esta quarta-feira a classificação de nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental, ao rejeitar uma moção de objeção à polémica proposta da Comissão Europeia.

Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos (maioria absoluta) na votação realizada no hemiciclo de Estrasburgo, França, mas teve apenas 278 votos a favor (328 contra e 33 abstenções), pelo que o ato delegado sobre a taxonomia (sistema de classificação para investimentos ‘verdes’) deverá entrar em vigor a partir de 01 de janeiro do próximo ano, caso o Conselho (Estados-membros) também não levante objeções até à próxima segunda-feira.

Em março passado, a Comissão Europeia propôs um regulamento delegado denominado “taxonomia climática da UE” para incluir atividades específicas nos domínios da energia nuclear e do gás, sob determinadas condições, na lista de atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental, o que desencadeou uma forte polémica e divisões, incluindo nas bancadas parlamentares.

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Moção de censura ao Governo chumbada no Parlamento

Moção de censura do Chega trouxe a debate as falhas na saúde e as medidas do Governo para lidar com o aumento do custo de vida, mas acabou chumbada.

O Governo enfrentou esta quarta-feira a primeira moção de censura, mas esta acabou chumbada. O documento apresentado pelo Chega serviu para o primeiro-ministro se tentar defender-se, na Assembleia da República, relativamente aos problemas nos serviços de saúde.

A moção de censura apontou ainda o dedo à subida do preço dos combustíveis e à “completa falta de articulação no seio do Governo e desautorização e fragilização extrema de alguns ministros”, sobretudo depois do mal-estar gerado pelo despacho relativo ao futuro do aeroporto de Lisboa.

A moção acabou chumbada com os votos a favor do Chega, a abstenção do PSD e Iniciativa Liberal e os votos contra do PS, PCP, Bloco de Esquerda e dos deputados únicos do PAN e do Livre.

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Presidente da Segurança Social nega corte no número de subsídios de educação especial

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A presidente do Instituto da Segurança Social diz que se registou um aumento de 20% nos processos pagos em comparação com o ano passado.

A presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Catarina Marcelino, negou hoje que haja menos crianças apoiadas com o subsídio de educação especial, garantindo que houve um aumento de 20% nos processos pagos em comparação com o ano passado.

A ser ouvida na Comissão de Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República, a presidente do ISS afirmou haver “um equívoco” em relação a notícias sobre a atribuição do subsídio de educação especial, uma prestação paga para assegurar a compensação de encargos relativos a apoio a crianças e jovens com deficiência, garantindo que “não houve cortes”.

Em meados de junho, vários órgãos de comunicação social noticiaram que um em cada quatro subsídios de educação especial tinha sido cortado entre janeiro e abril e que as famílias estariam a ser confrontadas com cortes indiscriminados, numa altura em que famílias e terapeutas organizaram um protesto frente à segurança social de Vila Nova de Gaia.

Segundo a presidente do ISS, trata-se de uma prestação que não é paga de forma mensal, mas sim com a apresentação da fatura pelo pagamento dos apoios, e que pode ser paga em várias parcelas consoante as faturas dão entrada nos serviços da segurança social.

Catarina Marcelino explicou que o reconhecimento do direito ao subsídio carece de uma declaração médica comprovativa da natureza da deficiência, sendo que quando há insuficiente justificação da necessidade do apoio, o ISS envia o pedido para ser avaliado por equipas multidisciplinares de avaliação médico-pedagógica.

De acordo com a responsável, no atual ano letivo 2021/2022 já entraram na segurança social 32 mil requerimentos, dos quais 22 mil até ao mês de outubro, “um incremento de 14% face ao ano letivo anterior, em que entraram 28 mil requerimentos”.

Adiantou que todos os processos foram enviados para as outras entidades responsáveis, a Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST), estabelecimentos do ensino profissional e equipas de intervenção precoce, para respetiva análise, tendo recebido de volta até hoje 20 mil processos devidamente analisados.

“Destes 20 mil processos recebidos, a segurança social procedeu ao diferimento de 17 mil apoios, ou seja, 85% dos apoios que vieram informados destas entidades têm direito ao subsídio”, salientou.

Acrescentou que após o deferimento, o pagamento do subsídio é feito assim que é apresentada a fatura pelo pagamento dos serviços feito pelas famílias, “o que muitas vezes só acontece muito tempo depois da notificação do deferimento”.

Catarina Marcelino revelou que neste ano letivo já foram pagos 9.300 pedidos, no valor global de 13,1 milhões de euros, enquanto no período homólogo, até junho, “haviam sido pagos 7.600 pedidos, num montante de 9,1 milhões de euros”. “no mesmo período, e um aumento de 40% do valor paEstamos a falar de um aumento de 20% no número de processos pagos este ano face ao ano anterior, go a título de subsídio de educação especial”, disse a presidente do ISS.

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Organizações ambientalistas prometem ações jurídicas contra classificação de nuclear e gás como ‘energias verdes’

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Greenpeace garantiu que irá analisar medidas jurídicas contra a Comissão sobre a inclusão do gás fóssil e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da União Europeia.

As organizações ambientalistas internacionais Greenpeace e WWF prometeram ações contra a inclusão do gás natural e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da UE, após os eurodeputados não terem, esta quarta-feira, conseguido vetar a medida.

Em comunicado, a Greenpeace anunciou que tomará medidas jurídicas contra a Comissão Europeia sobre a inclusão do gás fóssil e da energia nuclear na lista de investimentos sustentáveis da União Europeia (UE), a taxonomia, após o Parlamento Europeu não ter conseguido reunir votos suficientes para bloquear o controverso plano da Comissão.

Antes da ação judicial poder ter lugar, a Greenpeace apresentará um pedido formal de revisão interna da taxonomia à Comissão Europeia e, se o resultado foi negativo, apresentará uma queixa junto do Tribunal de Justiça da UE.

Por seu lado, a WWF anunciou que, em conjunto com outras organizações ambientalistas, irá “explorar todas as vias potenciais de ação futura para pôr termo a esta lavagem verde e proteger a credibilidade de toda a taxonomia da UE”.

O Parlamento Europeu validou esta quarta-feira a classificação do nuclear e do gás como fontes de energia economicamente sustentáveis do ponto de vista ambiental, ao rejeitar uma moção que se opunha à polémica proposta da Comissão Europeia.

Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos na votação realizada no hemiciclo de Estrasburgo, França, mas teve apenas 278 votos a favor (328 contra e 33 abstenções), pelo que o ato delegado sobre a taxonomia (sistema de classificação para investimentos ‘verdes’) deverá entrar em vigor a partir de 1 de janeiro do próximo ano, caso o Conselho (Estados-membros) também não levante objeções até à próxima segunda-feira.

Em março passado, a Comissão Europeia propôs um regulamento delegado denominado “taxonomia climática da UE” para incluir atividades específicas nos domínios da energia nuclear e do gás, sob determinadas condições, na lista de atividades económicas sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Uma vez que a Comissão Europeia considera que o investimento privado em atividades relacionadas com o gás e a energia nuclear tem um papel a desempenhar na transição ecológica, propôs a classificação de determinadas atividades nestes domínios como atividades de transição que contribuem para atenuar as alterações climáticas, podendo assim beneficiar de fundos.

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Preço dos combustíveis desce em maio, enquanto petróleo sobe

O preço médio de venda ao público do gasóleo e da gasolina em Portugal contrariam a tendência ascendente verificada no mercado internacional de petróleo e derivados durante o mês de maio.

Os preços de venda ao público (PVP) médio do gasóleo e da gasolina em Portugal, contrariaram o comportamento do barril de petróleo e seus derivados nos mercados internacionais, ao registarem, em maio, descidas de 4% e 1%, respetivamente, face ao mês anterior.

De acordo com o boletim de mercado de combustíveis e GPL divulgado, esta quarta-feira, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o PVP da gasolina simples 95 passou de 2,020 euros por litro em abril, para 2 euros por litro em maio, enquanto o gasóleo desceu de 1,980 euros para 1,893 euros por litro.

Esta desvalorização no preço dos combustíveis não se verificou no mercado internacional, uma vez que, de acordo com os dados do regulador, em maio, o preço do gasóleo e da gasolina no mercado North West Europe (NWE, na sigla em inglês) aumentaram face a abril refletindo, também, o aumento do preço do barril de petróleo. O aumentou mais acentuado verificou-se na cotação da gasolina, que subiu 21,6%, seguindo-se o jet fuel (+7%), o gasóleo (+2,8%) e o GPL Auto (+0,4%).

Já as cotações dos gases de petróleo liquefeito (butano e propano), na Europa, aumentaram, em maio, 4,7% e 0,4%, tendo o butano negociado, em média, 13,48% acima do propano. O aumento também se verificou no preço spot do WTI e o barril do Brent que aumentaram, ambos, 7,4%, para um valor médio de 109,51 dólares e 13,05 dólares, respetivamente, isto quando comparado com o barril negociado em abril.

O motivo prende-se com o sexto pacote de sanções da União Europeia que visa avançar com um embargo a produtos derivados de petróleo com origem russa, com a exceção das importações através de parte do oleoduto de Druhzba com destino à Hungria, República Checa e Eslováquia. Até ao final deste ano, a ambição é cortar por completo as as importações de petróleo e derivados com origem russa.

Hipermercados continuam a ser mais baratos para abastecer

Tal como no mês anterior, a ERSE conclui que os hipermercados continuam a apresentar as ofertas mais competitivas, tanto para o gasóleo como para a gasolina simples 95.

Segundo o boletim, a gasolina esteve 1,2% abaixo dos operadores do segmento low cost e 5,7% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma diferença de 9,3 cêntimos por litro (cent/l). No gasóleo, os hipermercados apresentaram, em maio, preços médios de cerca de 8,9 cent/l abaixo do PVP médio nacional enquanto o preço da oferta low cost esteve 0,4% acima do preço dos hipermercados.

Quanto à localidade Bragança, Beja e Faro foram os distritos onde a gasolina e gasóleo estiveram mais caros. Em sentido contrário, Castelo Branco e Braga são os distritos que apresentam combustíveis rodoviários mais baratos em Portugal Continental.

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Libra esterlina cai face ao dólar para mínimo desde março de 2020

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A moeda britânica estava a perder em relação à moeda americana devido às crescentes preocupações sobre uma crise económica global e também à fraqueza da economia britânica.

A libra esterlina caiu para o nível mais baixo face ao dólar em mais de dois anos, tendo sido negociada abaixo de 1,19 dólares, um mínimo desde março de 2020, quando o Reino Unido entrou em confinamento para conter a pandemia.

A moeda britânica estava a perder em relação à moeda americana, disseram os analistas, devido às crescentes preocupações sobre uma crise económica global devido ao aumento dos preços da energia e também à fraqueza da economia britânica.

A libra tocou 1,189 dólares na terça-feira, o valor mais baixo desde março de 2020, enquanto esta quarta-feira estava a ser negociada a 1,197 dólares.

A inflação anual no Reino Unido subiu para 9,1%, mas o Banco de Inglaterra advertiu que poderia atingir 11% até ao final do ano se a economia estagnar.

Os analistas também salientaram que existem preocupações em todo o mundo acerca de uma recessão nos EUA e na Europa, mas salientaram que a crise política no Reino Unido, na sequência das demissões na terça-feira de dois ministros (Rishi Sunak nas Finanças e Sajid Javid na Saúde) não pareceu ter impacto na libra.

Em junho, o Banco de Inglaterra aumentou as taxas de juro de 1% para 1,25%, o nível mais elevado em 13 anos, para combater a subida da inflação provocada pelo aumento dos preços da energia.

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Taxas Euribor caem a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Euribor a seis meses recuou para 0,226%, enquanto no prazo de três meses caiu para -0,152%. Euribor a 12 meses cai para 0,839%.

As taxas Euribor desceram esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, recuou hoje, pela quinta sessão consecutiva, para 0,226%, menos 0,008 pontos, contra 0,291% em 17 de junho, um máximo desde setembro de 2014.

A média da Euribor a seis meses subiu de -0,144% em maio para 0,162% em junho.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

No mesmo sentido, no prazo de três meses, a Euribor baixou esta quarta-feira, ao ser fixada em -0,152%, menos 0,007 pontos e contra o -0,145%, um novo máximo desde fevereiro de 2016 verificado em 05 de julho.

A média da Euribor a três meses, a única que está em terreno negativo, subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.

A Euribor a 12 meses também caiu hoje, ao ser fixada em 0,839%, menos 0,100 pontos e contra 1,124% em 17 de junho, um máximo desde agosto de 2012.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,287% em maio para 0,852% em junho.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Parlamento Europeu aprova classificação do gás e energia nuclear como verdes

Alguns projetos de gás e energia nuclear vão passar a poder ser considerados verdes, de acordo com as linhas guia europeias.

O Parlamento Europeu votou esta quarta-feira a favor de classificar alguns projetos de gás natural e energia nuclear como verdes, ou seja, integrá-las na taxonomia europeia que lista os investimentos considerados alinhados com a transição energética e objetivos climáticos do bloco, avança o The New York Times.

Este resultado significa que alguns projetos nas áreas do gás ou de energia nuclear serão um alvo admissível para os investidores que se posicionem como respeitadores dos princípios ambientais, sociais e de governança, ou ESG, na sigla em inglês.

Esta proposta da Comissão Europeia teve luz verde em Estrasburgo, em França, através da não- aprovação de uma moção que se opunha à iniciativa de Bruxelas. Para a proposta do executivo comunitário ser vetada, a moção precisava de reunir 353 votos, mas teve apenas 278 votos a favor, abaixo dos 328 contra, registando-se ainda 33 abstenções.

De acordo com a Bloomberg, a regulação estará em vigor já no início do próximo ano, a não ser que o Conselho Europeu (Estados membros) levante objeções até à próxima segunda-feira, informa a Lusa.

De acordo com o NYT, tanto dentro do Parlamento como fora do edifício soaram protestos na altura da aprovação. Esta iniciativa não é consensual, sobretudo no que diz respeito ao gás natural.

O Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC), um grupo de investidores que gere um total de 50 biliões de dólares e inclui pesos pesados como o Blackrock, criticou a inclusão desta fonte de energia na taxonomia, mas não da energia nuclear, uma vez que têm impactos ambientais distintos.

Os ambientalistas apelaram ao chumbo da proposta. A portuguesa Zero, em comunicado, afirma que “é urgente reorientarmos o financiamento privado para garantirmos a independência energética da União Europeia”, respeitando a estratégia Repower EU, que ” exigirá, entre outros aspetos, uma enorme quantidade de investimentos para expandir os sistemas de energia renovável em todo o continente”.

A mesma associação indica que o gás natural traduz-se na emissão, aquando da sua queima, de grandes quantidades de gases com efeito de estufa nocivos para o clima, bem como ao longo de toda a cadeia de extração e transporte, nomeadamente metano.

No que diz respeito ao nuclear, a principal crítica é que “não oferece nenhuma solução de curto ou médio prazo para enfrentar tanto a atual crise energética quanto a crise climática”, já que as centrais nucleares levam 10 a 19 anos desde o respetivo planeamento até à data da operação. Ao mesmo tempo, consideram que não é uma energia neutra do ponto de vista ambiental tendo em conta os resíduos nucleares radioativos, e apontam que o risco de acidentes catastróficos permanece. No que toca à independência energética, a Zero ressalva que 20% do urânio da União Europeia é importado da Rússia.

(Notícia atualizada às 16h11 com mais informação sobre a moção)

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Controlauto da Brisa compra concorrente nortenha Globaltest

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Empresa de inspeção técnica de automóveis liderada por Eduardo Ramos passa a controlar os cinco centros da Globaltest instalados em Barcelos, Famalicão, Gaia e Oliveira de Azeméis.

A empresa de inspeção técnica de automóveis Controlauto, do grupo Brisa, anunciou hoje ter chegado a acordo para a aquisição da congénere Globaltest, que opera na região norte do país, por um valor não divulgado.

“Esta operação faz parte dos planos de crescimento da Controlauto e também do grupo Brisa”, refere a empresa em comunicado.

Segundo salienta, “a rede de centros de inspeção Controlauto será mais abrangente do ponto de vista geográfico, designadamente no norte do país, onde a Globaltest opera cinco centros de inspeção automóvel, com uma experiência de quase 30 anos”.

Ainda de acordo com a empresa, “a operação foi comunicada nos termos legais à Autoridade da Concorrência, aguardando a sua aprovação para a conclusão do negócio”.

Citado no comunicado, o presidente do conselho de administração da Controlauto, Eduardo Ramos, afirma que “a aquisição da Globaltest é relevante para a consolidação da liderança da Controlauto e do seu compromisso com a segurança rodoviária dos automobilistas portugueses”.

Constituída em 1993, a Controlauto presta serviços de inspeção técnica a veículos automóveis ligeiros e pesados em Portugal.

Com a operação agora anunciada, a empresa diz “aumenta[r] a capacidade de acesso dos portugueses a um serviço de inspeção automóvel de elevada qualidade, com impacto na segurança rodoviária e na redução da pegada de carbono do tráfego automóvel”.

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