DCIAP faz buscas na Douro Azul de Mário Ferreira

Em causa estarão indícios de alegada fraude fiscal e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida.

O DCIAP realizou esta quarta-feira buscas na Douro Azul, empresa de Mário Ferreira, avançam o Expresso e a RTP. Porém, contactada pelo ECO, a Procuradoria-Geral da República ainda não confirmou as diligências.

Em causa estarão indícios de alegada fraude fiscal e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida. Este processo, que envolve a empresa que se dedica ao negócio dos cruzeiros no Douro, está a ser conduzido pelo DCIAP e também pela Autoridade Tributária. As autoridades estarão a investigar suspeitas de eventual fraude fiscal na venda do ‘Atlântida’ por 17 milhões de euros a uma firma norueguesa.

O advogado de Mário Ferreira, Nuno Bizarro, diz que estão a colaborar com as autoridades e confirma as buscas: “Não posso confirmar mais porque está em segredo de Justiça”.

Numa publicação no Facebook, a propósito da manchete de hoje do Correio da Manhã, Mário Ferreira disse que “o Correio da Manhã uma vez mais lança um ataque feroz”, relembrando que “o meu ‘amigo’ Paulo Fernandes, em maio de 2020, prometeu-me que me destruiria a vida caso eu avançasse com a compra da Media Capital. Eles sabem que não estou acusado de nada, não sou arguido em nenhum processo”, diz.

Paralelamente, na passada sexta-feira, o Banco Português de Fomento anunciou que tinha aprovado as candidaturas de 12 empresas, entre as quais a Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros. Segundo o jornal “Público”, Mário Ferreira vai ficar com 40 milhões de euros para um “aumento de capital da empresa de navios turísticos Mystic Cruises”. Ao jornal, o empresário garantiu que se trata apenas de um empréstimo.

O empresário Mário Ferreira é um dos acionistas do ECO.

À luz da notícia das buscas, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, manifestou “tranquilidade e total disponibilidade” para esclarecer as autoridades e facultar o “pleno acesso” à documentação e a uma auditoria interna sobre o negócio do navio Atlântida.

Num comunicado, o grupo empresarial “confirma a realização de buscas às suas instalações no Porto pela Autoridade Tributária e Aduaneira e pelo DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal], no âmbito das dinâmicas de denúncia da Dra. Ana Gomes sobre a aquisição do navio Atlântida e a concretização de uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.

“Depois de meses de reiteradas suspeitas, denúncias e afins nos media e nas redes sociais da Dra. Ana Gomes (…), na sequência da compra do Grupo Media Capital, há finalmente uma oportunidade para o esclarecimento total das autoridades, com pleno acesso à documentação existente e a uma auditoria interna realizada aos processos em causa”, lê-se no comunicado.

A nota salienta que, “depois das campanhas negras”, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul está “totalmente disponível para esclarecer tudo” junto das autoridades.

“A auditoria realizada no quadro do rigor e exigência que norteiam as atividades das empresas do grupo comprometidas com o desenvolvimento regional e nacional, com a criação de emprego e com a valorização de ativos, certamente contribuirá para o cabal esclarecimento da campanha negra que alguns insistem em promover em relação a quem gera riqueza e desenvolvimento para o país”, sublinha o grupo empresarial.

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Duas novas demissões no Governo britânico aumentam pressão sobre Boris Johnson

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

O secretário de Estado das Crianças e da Família e uma assistente do Secretário de Estado dos Transportes são as mais recentes demissões do Governo britânico.

Mais dois membros do Governo britânico anunciaram esta quarta-feira a sua demissão, um dia depois das saídas dos ministros da Saúde e das Finanças, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro conservador, Boris Johnson, envolvido numa onda de escândalos.

O secretário de Estado das Crianças e da Família, Will Quince, disse não ter “escolha” depois de ter repetido “de boa fé” aos meios de comunicação social elementos fornecidos pelos serviços do primeiro-ministro “que se revelaram imprecisos”.

Por sua vez, Laura Trott renunciou ao cargo de assistente do Secretário de Estado dos Transportes, julgando que a confiança no Executivo liderado por Boris Johnson estava “perdida”.

Ao todo, nas últimas 24 horas demitiram-se 12 membros do Governo, segundo a estação pública britânica BBC, a maioria deputados que eram conselheiros e assistentes.

No entanto, Boris Johnson parece determinado em lutar pela sobrevivência e anunciou rapidamente uma remodelação, com o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, a passar para a pasta das Finanças, e Steve Barclay, chefe de gabinete, para a Saúde.

Além do debate semanal no Parlamento, ao fim da manhã desta quarta-feira, Boris Johnson vai ser questionado hoje à tarde pelos presidentes das principais comissões parlamentares, incluindo alguns dos críticos mais vocais dentro do Partido Conservador.

A mais recente crise foi causada pela admissão de Johnson de que cometeu um “erro” ao nomear Chris Pincher para o Governo em fevereiro como responsável pela disciplina parlamentar.

Pincher demitiu-se na semana passada após ter sido acusado de ter apalpado dois homens.

Na terça-feira, depois de alegar o contrário, Downing Street reconheceu que o primeiro-ministro tinha sido informado já em 2019 de antigas acusações contra Pincher, mas que teria esquecido o assunto.

Horas depois, no final do dia, os ministros da Saúde, Sajid Javid, e das Finanças, Rishi Sunak, anunciaram a demissão com poucos minutos de intervalo, cansados dos repetidos escândalos que abalam o Governo há meses, seguidos por outros membros menos graduados da equipa governativa.

Num texto publicado esta quarta-feira no jornal Daily Telegraph, o ex-secretário de Estado para o ‘Brexit’ (processo de saída do Reino Unido da União Europeia) David Frost, que também se demitiu em dezembro, avisou que se Boris Johnson continuar “corre o risco de arrastar o partido e o Governo com ele”.

Consideravelmente enfraquecido pelo escândalo das “festas” em Downing Street durante a pandemia de Covid-19 e uma série de escândalos sexuais no Partido Conservador, Boris Johnson sobreviveu a uma moção de censura interna no início de junho.

O contexto económico também é particularmente delicado, com a inflação no nível mais alto em 40 anos, 9,1% em maio, e uma crescente agitação social.

De acordo com uma sondagem do Instituto YouGov, divulgada na noite de terça-feira, 69% dos eleitores britânicos acreditam que Boris Johnson deveria demitir-se.

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ANA diz que responsabilidade por cancelamentos é das companhias aéreas e não do aeroporto

O presidente executivo da concessionária dos aeroportos diz que ranking que colocou Humberto Delgado em último é uma "montagem coxa realizada por uma empresa comercial".

O presidente da ANA justifica os constrangimentos no aeroporto com as dificuldades dos diferentes agentes que nele atuam, face à rápida recuperação do tráfego aéreo. Garante que a concessionária cumpre quase na íntegra os níveis de serviço e que situação no controlo de fronteiras está “normalizada”. Os cancelamentos são, sobretudo, responsabilidade das companhias aéreas, defende.

“Portugal é o país que lidera a recuperação de tráfego na Europa”, garante Thierry Ligonnière. Essa é também uma razão porque os aeroportos estão a enfrentar constrangimentos. “Passámos da situação em que todos os aviões estavam no chão, em 2020, para uma situação de retoma do tráfego muito dinâmica. Em alguns aeroportos estamos acima de 2019 e portanto esta evolução muito rápida do tráfego, acima das previsões do setor, acabou por surpreender uma parte dos atores do transporte aéreo”.

O CEO da ANA reconheceu que existiram “problemas graves com alguns subsistemas, um deles é o controlo de fronteiras, do SEF”. Mas salientou que “o trabalho que foi feito com o ministério e a direção nacional do SEF produziu resultados muito tangíveis durante as últimas semanas”. “Há uma melhoria notável no tempo de espera no controlo de fronteira desde 18 de junho. A situação está normalizada”, garantiu.

Defende, por isso, que os cancelamentos que têm existido no Humberto Delgado são responsabilidade sobretudo das companhias aéreas. “As dificuldades que temos observado no aeroporto de Lisboa, elas não têm a ver com a natureza da infraestrutura, ou seja com a questão do controlo de fronteiras ou o número de postos instalados”, afirmou o responsável. Os cancelamentos que temos visto agora, a resposta é mais do lado das companhias áreas, porque os cancelamentos são decididos pelas companhias aéreas“, acrescentou.

Thierry Ligonnière afirmou que a ANA está a cumprir os níveis de serviço, nomeadamente no controlo de segurança ou na entrega das bagagens (que tem intervenção também dos handlers). Só ficou abaixo na disponibilidade de tapetes rolantes, que foi de cerca de 96% em vez dos 98% a que está obrigada.

O responsável foi também muito crítico do ranking que considerou o Humberto Delgado como o pior aeroporto da Europa. “É uma montagem coxa realizada por uma empresa comercial que se alimenta de indemnizações reclamadas às companhias aéreas”, afirmou. Thierry Ligonnière considerou que a classificação feita pela AirHelp usa “fontes obscuras”, “sem indicação da amostragem ou discrição da metodologia”, que usa critérios ponderados de “forma arbitrária”. Salientou ainda que os aeroportos portugueses venceram vários prémios nos últimos anos, com o Sá Carneiro a ser já este ano considerado o melhor da Europa pela ACI, uma “entidade credível e independente”.

A solução para o novo aeroporto também foi abordada, com José Luís Arnault, chairman da concessionária, a dizer que “não cabe à ANA tomar opções sobre decisões aeroportuárias. É ao Governo. Não há nenhuma decisão. Não vamos entrar nesse debate. Vamos colaborar para que a decisão tomada seja a melhor para o país. Há um sentido de urgência grande”. “Estamos disponíveis para investir o mais rapidamente possível na expansão da capacidade aeroportuária na região de Lisboa”, disse, por sua vez, o CEO da ANA.

O presidente do conselho de administração da ANA, José Luís Arnault, e o CEO, Thierry Ligonnière, estão a ser ouvidos esta manhã na Comissão de Economia, Obras. Públicas, Planeamento e Habitação do Parlamento, a pedido do PSD.

A solicitação surgiu na sequência da divulgação de um ranking mundial dos aeroportos, elaborado pelo site alemão AirHelp, que se dedica à defesa dos passageiros aéreos, onde o Humberto Delgado surge na última posição em 132 aeroportos. O Sá Carneiro, no Porto, é o oitavo pior.

Nos últimos dias têm sido frequentes os cancelamentos no aeroporto de Lisboa. Entre sábado e terça-feira a ANA contabilizava cerca de 160 cancelamentos. Um cenário que não é exclusivo de Portugal e está a acontecer um pouco por toda a Europa.

Os constrangimentos têm sido justificados com as dificuldades operacionais sentidas por companhias áreas, empresas de handling e serviços de emigração devido à falta de pessoal, numa altura em que o tráfego aéreo está muito perto e em alguns casos mesmo acima dos níveis de 2019. Segundo cálculos da Oxford Economics, citados pelo Financial Times, em setembro de 2021 havia menos 2,3 milhões de trabalhadores na indústria da aviação do que no início da pandemia.

A exigência do trabalho, o salário pago e a concorrência de outros setores como a restauração e o turismo têm dificultado a contratação de pessoal. A sobrecarga sobre os que estão empregados no setor tem sido pretexto para greves em vários países europeus, que também provocam atrasos e cancelamentos.

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Atualizar pensões em Espanha pode custar 13 mil milhões com inflação

A inflação em Espanha pode levar a encargos adicionais de 13 mil milhões de euros com as pensões indexadas ao IPC, mas estimativas vão até aos 1.800 milhões extra por cada ponto adicional na inflação.

Com a inflação espanhola a ultrapassar os 10% em junho, um recorde desde os anos 80, a Autoridade Independente para a Responsabilidade Fiscal (AIReF) espanhola veio alertar para a despesa adicional com a atualização das pensões em 2023: quase 13 mil milhões de euros, avançou esta quarta-feira o El Economista.

O acelerar do Índice de Preços no Consumidor, especialmente em maio e junho, pode ter causado um desvio de cerca de 3.500 milhões de euros na fatura extra para manter o poder de compra dos pensionistas em Espanha no ano que vem, à luz das previsões daquele organismo. Estão em causa cerca de nove milhões de pessoas.

O valor avançado pela AIReF é, contudo, uma previsão otimista. Segundo o jornal, o Banco de Espanha estima que a despesa extra com a atualização das pensões possa atingir 1.800 milhões de euros por cada ponto percentual extra na taxa de inflação, enquanto a AIReF aponta para 1.500 milhões de euros.

É um tema que também está na ordem do dia em Portugal. Em junho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estimou que o ajuste das pensões e reformas pode refletir uma “subida histórica”, porventura, superior a 10% nas pensões dos portugueses, com encargos para o Estado no valor de dois mil milhões de euros, ou mais. Este aumento seria o equivalente a ter mais um mês de pensões ou reformas com base nos valores deste ano, esclareceu o Chefe de Estado.

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Siza Vieira é o novo sócio da PLMJ

O ex-ministro da Economia de António Costa vai coordenar, na PLMJ, uma equipa multidisciplinar dedicada à assessoria às empresas e ao setor financeiro.

Pedro Siza Vieira regressa à advocacia e junta-se ao colégio de sócios da PLMJ a partir de setembro, para coordenar uma equipa multidisciplinar dedicada à assessoria às empresas e ao setor financeiro. Entre 2017 e até ao início de 2022 foi ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital do Governo socialista de António Costa.

Esta integração foi aprovada por unanimidade esta quarta-feira em Assembleia Geral de Sócios da PLMJ. Os sócios lembraram que a vinda de Pedro Siza Vieira era algo que o escritório ambicionava há muitos anos, quando o ex-ministro estava ainda na Linklaters, e que agora “finalmente” aconteceu.

Com uma carreira de três décadas de advogado, tendo liderado operações relevantes da economia portuguesa e “contribuído para a modernização do setor da advocacia”, Pedro Siza Vieira vem reforçar a equipa da PLMJ, “trazendo um conhecimento profundo e ímpar do tecido empresarial português, bem como uma vasta experiência na assessoria a clientes portugueses e internacionais em grandes projetos, transações e arbitragens”, segundo fonte oficial do escritório.

Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ defende que esta contratação do Pedro Siza Vieira “deixa-nos especialmente entusiasmados. O Pedro tem uma carreira brilhante na advocacia, acompanhou alguns dos projetos mais estruturantes da economia portuguesa e tem um reconhecimento nacional e internacional assinaláveis, quer pela sua carreira de advogado, quer pela forma como se envolveu, ao longo das últimas décadas, em projetos de promoção do desenvolvimento económico e em particular do tecido empresarial português. Para a PLMJ, que assumiu em 2018 um posicionamento muito claro de um escritório que está ao lado das maiores empresas nacionais e dos principais investidores em projetos no nosso país, tê-lo connosco reafirma e consolida essa visão e vai seguramente representar um acelerador desta nossa missão”.

Pedro Siza Vieira explica que foi “com muito entusiasmo que aceitei o convite da PLMJ para me integrar na equipa como sócio. Na PLMJ encontrei uma equipa extremamente motivada e de elevadíssima qualidade, com uma visão sobre a nossa profissão e o modo de operar em sociedade muito alinhada com a minha. Nos últimos anos, a PLMJ operou uma grande transformação em termos de organização, de métodos e de equipas, e tendo assegurado um rejuvenescimento significativo da equipa, manteve-se no topo do seu mercado. Estou muito satisfeito com a perspetiva de regressar à profissão que é a minha há trinta anos e que interrompi nos últimos tempos, e de poder contribuir para melhor servir as empresas nacionais e os investidores estrangeiros que procuram o nosso país”.

Como advogado, Pedro Siza Vieira passou pela Morais Leitão, J. Galvão Teles, & Associados (como então se designava), onde foi sócio a partir de 1997. Fundou depois o escritório da Linklaters em Lisboa, onde foi managing partner entre 2006 e 2016.

Ao longo da sua carreira, desempenhou funções na direção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, foi presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem, integrou a Comissão Executiva da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas e foi Professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.

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Governo aponta eleições na ADSE para novembro

As eleições para os beneficiários titulares escolherem os seus representantes no Conselho Geral e de Supervisão da ADSE atrasaram-se devido à pandemia e à tomada de posse do novo Governo.

As eleições para os representantes dos beneficiários titulares da ADSE no Conselho Geral e de Supervisão (CGS) têm vindo a arrastar-se devido à pandemia, bem como pela espera pela tomada de posse do atual Governo, mas deverão ser convocadas para o próximo mês de novembro. A previsão foi apontada pela secretária de Estado da Administração Pública à associação de beneficiários 30 de Julho.

A secretária de Estado que vai ficar responsável pela pasta do subsistema de saúde dos funcionários públicos reuniu com a associação esta terça-feira, num encontro onde foi analisado o projeto de “Regulamento do Processo Eleitoral dos Membros Representantes dos Beneficiários Titulares da ADSE, I.P., no Conselho Geral e de Supervisão” proposto, segundo indica a associação em comunicado.

“A Senhora Secretária de Estado garantiu que irão ser desenvolvidos todos os esforços possíveis para garantir uma ampla participação e anunciou a intenção de virem a ser convocadas as eleições para novembro próximo“, adiantam.

A associação vai dar um contributo escrito sobre o projeto, “tendo desde logo salientado a importância de se garantir condições de igualdade para todas as candidaturas, designadamente no que respeita aos candidatos que estão no ativo, e uma ampla divulgação do processo eleitoral por forma a permitir um aumento significativo da participação dos beneficiários no ato eleitoral”.

As eleições servem para os beneficiários titulares escolherem os seus quatro representantes no Conselho Geral e de Supervisão do instituto público. Foi já em setembro do ano passado que o CGS aprovou um documento com recomendações para o processo eleitoral. Nele, é indicado que a “pandemia Covid-19 e as consequentes dificuldades de deslocação e contactos provocaram o adiamento do ato eleitoral”, mas que no momento “existem condições para avançar com o processo eleitoral”.

Isto depois de numa reunião em junho do ano passado, o conselho diretivo informar que mantém como proposta o atual regulamento eleitoral, “ficando a aguardar as contribuições do CGS, antes de aprovar a proposta de regulamento eleitoral a submeter às tutelas”.

Após a aprovação das recomendações pelo CGS, foi publicada uma nota na página da ADSE onde se lê que o conselho diretivo “está a elaborar a proposta de regulamento eleitoral para a eleição dos representantes dos beneficiários titulares da ADSE no Conselho Geral e de Supervisão (CGS), considerando, para este efeito, as recomendações aprovadas por este órgão no passado dia 21 de setembro”. “O regulamento, que se destina a reger e organizar o processo de eleição, será posteriormente enviado às tutelas”, continuava a nota, sendo que “as eleições serão marcadas no prazo que vier a ser definido pelo regulamento, após a sua publicação em Diário da República“.

Na reunião foram também discutidos temas como a relação com os prestadores privados, as regras e valores das Tabelas do Regime Convencionado e atrasos nos reembolsos. A secretária de Estado e da Administração Pública “reiterou a sua intenção de promover as melhores soluções para os vários problemas referidos, tendo sempre em vista a sustentabilidade da ADSE e a criação das melhores condições de proteção da saúde dos beneficiários”, salienta a associação.

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Portugal empurra 793 milhões de dívida para 2028 e 2035

O IGCP recomprou 793 milhões de euros em dívida que vencia em 2023 e 2024, trocando-a por obrigações com maturidade em 2028 e 2035. Alivia as necessidades de reembolso nos próximos anos.

Portugal conseguiu recomprar 793 milhões de euros em obrigações do Tesouro que venciam nos próximos dois anos, trocando por dívida com prazos de seis anos e de 13 anos. Com esta operação, o IGCP “empurra” os reembolsos de dívida para mais tarde, aliviando as necessidades financeiras entre 2023 e 2024.

Como contrapartida para adquirir estes títulos, a agência que gere a dívida pública emitiu junto dos investidores um total de 763 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2028 e 2035. A diferença de 30 milhões entre o montante recomprado e emitido resultará de ajustamentos nos preços de recompra de antigos títulos e de venda dos novos.

De acordo com o IGCP, foram recomprados antecipadamente 538 milhões de euros em obrigações com maturidade em outubro de 2023 e 255 milhões de euros em obrigações com maturidade em fevereiro de 2024.

Em troca, os investidores aceitaram 531 milhões de euros em títulos com maturidade em 2028 e 232 milhões de euros em títulos com maturidade em 2035.

Portugal enfrenta um calendário de reembolsos desafiante nos próximos anos, também tendo em conta a pressão que o país já está a sentir com o aumento dos custos de financiamento. Já em outubro terá de devolver cerca de 8,4 mil milhões de euros aos investidores, sendo que Cristina Casalinho já disse ao ECO que o país “beneficia de uma posição confortável” para fazer esse pagamento daqui a três meses.

Em relação a 2023 e 2024, os reembolsos atingirão os 11,1 mil milhões de euros e os 10,7 mil milhões. Faz parte da estratégia do IGCP “alisar” as necessidades financeiras ao longo dos anos através de operações de troca de dívida como esta ou de recompra antecipada de títulos.

Esta operação surge numa altura em que os juros da dívida da periferia da Zona Euro têm acelerado com a perspetiva de subida das taxas do Banco Central Europeu (BCE). O banco central vai aumentar as taxas em 25 pontos na reunião de 21 deste mês e a subida prevista para a reunião de setembro poderá ser maior se as pressões inflacionistas persistirem, segundo admitiu Christine Lagarde na semana passada em Sintra.

Face ao agravamento dos juros da dívida de países como Itália e Portugal, o BCE anunciou um novo instrumento para “controlar” os diferenciais em relação à Alemanha. Os detalhes deste escudo anti-crise serão divulgados daqui a duas semanas.

(Notícia atualizada às 11h15)

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Amazon Prime aceita alterar práticas de cancelamento na UE

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A partir de 1 de julho, a Amazon comprometeu-se a fazer alterações ao serviço de cancelamento do serviço Amazon Prime, utilizando apenas dois cliques e um botão de cancelamento claro e visível.

A Amazon vai facilitar o cancelamento do serviço de subscrição Amazon Prime, que dá acesso a entregas grátis e ao serviço de streaming de vídeo, depois de dialogar com a Comissão Europeia no sentido de cumprir regras europeias.

A Direção-Geral do Consumidor (DGC), em comunicado publicado na sua página de internet, informa que a Amazon se comprometeu “a partir de” 1 de julho a fazer alterações ao serviço de cancelamento do serviço Amazon Prime, utilizando apenas dois cliques e um botão de cancelamento claro e visível e seguindo as regras de proteção do consumidor da União Europeia.

“A empresa comprometeu-se a implementar estas alterações em todos os seus websites disponíveis na União Europeia e para todos os dispositivos”, acrescenta.

Esta medida terá resultado de um diálogo desenvolvido pela Comissão Europeia e pelas autoridades nacionais de proteção do consumidor com a empresa, no âmbito de um processo iniciado em 2021, no seguimento de queixas apresentadas por várias entidades denunciando dificuldades dos utilizadores europeus no cancelamento daquele serviço, nomeadamente devido a “menus confusos e informações pouco claras”.

A DGC adianta que a situação vai continuar a ser monitorizada pela Comissão Europeia e pelas autoridades nacionais.

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José Luis Martín Zabala é o novo managing director da Sage para Portugal e Espanha

O profissional já ocupou cargos de responsabilidade em empresas internacionais como a SAP, a Lexmark, a Symantec e a Panda Software.

A Sage acaba de anunciar a nomeação de José Luis Martín Zabala como novo managing director para Portugal e Espanha. O executivo juntou-se à empresa que atua no mercado de soluções de gestão empresarial na Cloud em 2016 e, até ao momento, exercia funções de VP indirect sales & accountants.

“Para além de ser um desafio entusiasmante, para mim é um privilégio assumir este cargo num momento tão importante para a Sage a nível mundial. Com o lançamento da nova marca, há alguns meses, reforçámos a nossa ligação e proximidade com os clientes e parceiros, ao mesmo tempo que continuámos a construir uma rede digital de confiança e conhecimento – à qual queremos adicionar a maioria dos agentes que contribuem para o crescimento económico, a sustentabilidade e a melhoria social, tanto em Portugal como em Espanha”, comenta José Luis Martín Zabala, em comunicado.

Com uma longa carreira profissional, José Luis Martín Zabala já ocupou cargos de responsabilidade em empresas internacionais como a SAP, a Lexmark, a Symantec e a Panda Software.

A nível académico, o profissional é licenciado em Direito e diplomado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidad Complutense de Madrid. Mais tarde, especializou-se em Dealing & Negotiation de TI e concluiu ainda um mestrado em Innovation Management & IT Governance, ambos na IE Business School. Mais recentemente, frequentou o Programa PADDB+ de Digital Business pela The Valley Business School.

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PS inviabiliza audição de Pedro Nuno Santos no Parlamento

O Partido Socialista votou contra as propostas de partidos da oposição para ouvir o ministro das Infraestruturas a propósito da polémica que quase levou à sua demissão.

O PS votou contra os requerimentos dos partidos da oposição para ouvir o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação do Parlamento, a propósito da revogação do despacho sobre os novos aeroportos pelo primeiro-ministro.

Pedro Nuno Santos anunciou na quarta-feira passada um novo plano para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, com a construção de uma nova infraestrutura no Montijo, até 2026, e de um segundo aeroporto de raiz em Alcochete, no prazo de 10 a 15 anos. O plano chegou ao Diário da República sob a forma de um despacho, que seria revogado no dia seguinte pelo primeiro-ministro, António Costa.

“O primeiro-ministro reafirma que a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação prévia ao senhor Presidente da República”, dizia o comunicado enviado pelo gabinete de António Costa às redações.

A revogação quase levou à demissão do ministro das Infraestruturas, que acabou por manter-se no cargo após uma reunião em São Bento com António Costa. Pedro Nuno Santos assumiu ter-se tratado de uma “falha relevante”.

A decisão de inviabilizar a audição foi criticada pelos partidos da oposição, que acusaram o PS de usar a maioria absoluta para impedir que Pedro Nuno Santos esclarecesse a polémica no Parlamento.

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Critical Software quer recrutar pessoas neurodiversas. Candidaturas abertas até 9 de julho

O Programa Neurodiversidade pretende encontrar pessoas neurodiversas motivadas pela área tecnológica e que possam integrar as equipas de teste e de desenvolvimento de software.

A Critical Software decidiu avançar com a segunda edição do Programa de Neurodiversidade, desta vez em conjunto com a Critical TechWorks e a Critical Manufacturing. A iniciativa, que deu origem à contratação de sete profissionais na sua primeira edição, pretende encontrar pessoas neurodiversas motivadas pela área tecnológica e que possam integrar as equipas de teste e de desenvolvimento de software. As inscrições estão abertas até este sábado, 9 de julho.

“A Critical Software sempre recebeu profissionais com diferentes perfis e competências e vimos, na primeira edição do Programa de Neurodiversidade, que há muita vontade de aprender e integrar equipas de trabalho multidisciplinares. 85% das pessoas com diagnóstico confirmado de autismo estão numa situação de desemprego e nós, juntamente com os nossos parceiros neste projeto, queremos fazer a nossa parte para combater este problema”, explica Catarina Fonseca, coordenadora do Programa de Neurodiversidade da Critical Software, citada em comunicado.

São elegíveis pessoas com mais de 18 anos que tenham um diagnóstico de autismo/Asperger com claro interesse pela área de TI e um nível médio de inglês. Os candidatos deverão ter também conhecimentos de uma linguagem de programação para conseguirem integrar os projetos de engenharia.

As candidaturas já estão a decorrer e fecham no dia 9 de julho. Os interessados podem inscrever-se através do formulário de inscrição no website ou enviar o currículo para neurodiversidade@criticalsoftware.com. A fase de formação será em setembro e, em novembro, os novos colaboradores da Critical Software começarão a trabalhar na empresa.

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Comissão Europeia apresenta este mês plano de emergência para precaver corte do gás russo

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

A presidente da Comissão Europeia anunciou no Parlamento Europeu que o seu Executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para o caso de a Rússia fechar a torneira do gás à Europa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou esta quarta-feira perante o Parlamento Europeu que o seu Executivo vai apresentar este mês um plano de emergência europeu para precaver um eventual corte total de fornecimento de gás russo.

“Precisamos de nos preparar para novas perturbações no fornecimento de gás, até mesmo para um corte total da Rússia. Atualmente, no total, 12 Estados-membros são diretamente afetados por reduções parciais ou totais do fornecimento de gás. É óbvio: [o Presidente russo, Vladimir] Putin continua a utilizar a energia como uma arma”, afirmou, num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre a presidência semestral checa do Conselho da UE, que teve início em 1 de julho.

Von der Leyen anunciou então que “é por esta razão que a Comissão está a trabalhar num plano de emergência europeu”, que apresentará “em meados de julho”.

“Os Estados-membros já têm os seus planos nacionais de emergência em vigor. Isso é bom, mas precisamos de coordenação europeia e de ação comum. Precisamos de assegurar que, em caso de rutura total, o gás flui para onde é mais necessário. Temos de assegurar a solidariedade europeia. E precisamos de proteger o mercado único, bem como as cadeias de abastecimento da indústria”, disse.

A presidente do executivo comunitário sublinhou que os 27 não podem esquecer “a amarga lição” aprendida no início da pandemia da Covid-19, em 2020, comentando que “o egoísmo e o protecionismo conduzem apenas à desunião e à fragmentação”. “Como sempre, esperamos o melhor, mas preparamo-nos para o pior. Temos um trabalho árduo à nossa frente. Mas, tal como nas últimas semanas, a unidade trará sucesso”, disse.

Ainda em matéria de política energética, a presidente da Comissão observou que “alguns dizem que, no novo ambiente de segurança após a agressão da Rússia, é preciso abrandar a transição verde”, mas argumentou que “o oposto é que é verdade”.

“Se todos nós não fizermos mais do que competir com combustíveis fósseis limitados, os preços vão explodir ainda mais e encher o cofre de guerra de Putin. A melhor, mais limpa e mais segura maneira de sair da nossa dependência são as energias renováveis. Portanto, o novo ambiente de segurança é o melhor argumento para acelerar a implantação das energias renováveis. As energias renováveis são de origem caseira. Elas dão-nos independência dos combustíveis fósseis russos. São mais rentáveis. E são mais limpas”, defendeu.

Por seu lado, o primeiro-ministro checo, Petr Fiala, ao apresentar as prioridades de Praga para o segundo semestre do ano, destacou também a segurança energética, e indicou que “o caminho que a presidência checa quer seguir é principalmente trabalhar em projetos europeus comuns” que ajudem o bloco a libertar-se da sua dependência da Rússia, no que classificou como “desrussificação” do fornecimento de energia.

“Estamos prontos a trabalhar na coordenação dos ‘stocks’ de gás antes do próximo inverno e a promover a compra voluntária conjunta, seguindo o modelo que provou o seu valor durante a crise da Covid-19. Devemos ter sempre em mente que podemos encontrar-nos numa situação em que a solidariedade entre os Estados-Membros é mais do que nunca necessária”, disse.

Fiala defendeu, contudo, que, a fim de a UE se tornar independente da Rússia, é necessário “aproveitar todas as oportunidades que as condições geográficas permitam”, pelo que não deve ser imposta uma solução única para os 27.

“Devido à dimensão da União e ao número de Estados-membros, não existe uma solução única. Cada Estado-membro deve poder escolher o cabaz energético que melhor se adapte às suas próprias condições e que lhe permita tanto cumprir os seus objetivos climáticos, como libertar-se do abastecimento energético russo”, declarou.

A guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa do país no final de fevereiro passado, agravou a situação de crise energética em que a UE já se encontrava. As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

Na última cimeira de líderes da UE, celebrada em 23 e 24 de junho em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, também defendeu que a União Europeia deve chegar ao outono “com outra situação” energética, dada a dependência da Rússia, admitindo ainda “riscos globais” no fornecimento do gás, apesar da baixa dependência de Portugal.

“É fundamental chegarmos ao outono com outra situação porque nessa altura o consumo de energia vai aumentar, sobretudo nos países mais frios, que são também os mais dependentes do fornecimento de energia por parte da Rússia”, disse o chefe de Governo, falando em conferência de imprensa no final do Conselho Europeu.

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