Chipre volta a impor uso obrigatório de máscara em espaços fechados

O governo do Chipre voltou a impor o uso obrigatório de máscara em espaços fechados, na sequência do aumento de casos de Covid no país. Medida entra em vigor na sexta-feira.

O governo do Chipre voltou a impor o uso obrigatório de máscara em espaços fechados para todos os cidadãos a partir dos 12 anos. A medida entra em vigor na sexta-feira e surge cerca de um mês depois de a obrigatoriedade ter sido abolida.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo ministro da Saúde do Chipre que justificou a decisão com o aumento de casos de infeção por Covid-19 nas últimas semanas, bem como com o aumento dos internamentos hospitalares. De acordo com o balanço divulgado por Michalis Hadjipantela, citado pela Forbes, entre 25 de junho e 5 de julho, foram registados quase 200 mil casos de infeção em todo o país.

O Chipre tinha levantado a obrigatoriedade de uso de máscara a 1 de junho, sendo, que, segundo o ministro, a abolição desta medida foi uma das razões a contribuir para o aumento de casos por Covid. No Chipre, cerca de 61% da população tem o esquema vacinal primário completo contra a Covid, segundo o site Our World in Data.

Desde o final de abril, que o uso de máscara deixou de ser obrigatório na generalidade dos espaços fechados em Portugal, continuando apenas a ser obrigatório nos estabelecimentos e serviços de saúde, estruturas residenciais de idosos (ou equiparados), bem como para o transporte coletivo de passageiros, incluindo TVDE e transporte aéreo.

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Problemas informáticos nos serviços de finanças “estão na sua maioria superados”, diz AT

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

"Houve constrangimentos temporários no acesso e na utilização de algumas daquelas aplicações internas por parte dos trabalhadores da AT, que estão na sua esmagadora maioria superados", indica a AT.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) reconheceu esta quarta-feira que houve “constrangimentos temporários” nos últimos dias nos serviços de finanças devido a uma atualização do sistema informático, mas garante que os problemas “estão na sua maioria superados”.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) denunciou na segunda-feira que os serviços de finanças estavam a viver “um verdadeiro caos” devido à entrada em vigor de uma nova página informática, numa altura de pressão dos serviços devido à falta de pessoal, conjugada com as férias de funcionários.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da AT explica que foi implementada uma nova versão do sistema informático de trabalho (‘backoffice’) “para acompanhar as melhores práticas quanto à proteção de dados”. “Em face desta atualização, conjugada com outras migrações tecnológicas, houve constrangimentos temporários no acesso e na utilização de algumas daquelas aplicações internas por parte dos trabalhadores da AT, que estão na sua esmagadora maioria superados”, garantiu a mesma fonte.

A atualização, segundo a AT, “foi programada para o início do mês de julho, não tendo sido realizada nos meses anteriores para evitar qualquer perturbação durante a campanha de entrega das declarações de IRS”. Ainda de acordo com a mesma fonte, “não houve quaisquer constrangimentos no acesso ao Portal das Finanças por parte dos contribuintes”.

Na segunda-feira, o STI denunciou que os serviços de finanças estavam a viver “um verdadeiro caos” devido às alterações ao sistema informático. “Vive-se, desde o início da tarde de hoje, um verdadeiro caos nos serviços da Autoridade Tributária com paragens efetivas de serviço, fruto da entrada em vigor de uma nova página informática de aplicações e alterações aos mecanismos de contextualização”, avançou o STI em comunicado.

Segundo o sindicato, “tendo em conta o ambiente de extrema carência de efetivos e de meios que se vive na AT” o incidente informático poderá prolongar-se “nos próximos dias”. Para o STI, “houve mais uma vez falta de planeamento na decisão de entrada e vigor dos novos produtos informáticos, sobretudo pelo facto de o lançamento ser feito numa altura de maior pressão nos serviços” num mês em que “há muitos funcionários em pleno gozo de férias, a somar à já existente escassez de recursos humanos”.

Na terça-feira, o STI emitiu novo comunicado a dizer que os constrangimentos continuavam “sem resolução à vista”, apontando novamente relatos de “autêntico caos” nos serviços.

“Os constrangimentos, assumidos pela própria Direção-Geral da AT, continuam assim sem resolução à vista, e a desesperar os trabalhadores da AT, que se sentem impedidos em fazer face às solicitações dos contribuintes”, criticou o sindicato.

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Mário Ferreira pede para ser constituído arguido no caso do navio Atlântida

Dono da Douro Azul quer ser ouvido “com brevidade” no processo que motivou as buscas do DCIAP, por ser “intolerável continuar a suportar as ignomínias de que tem sido alvo". PGR pode ou não aceitar.

Numa manobra jurídica inédita, Mário Ferreira pediu para ser constituído arguido e para ser ouvido “com brevidade” no processo relativo à venda do navio Atlântida, que esta manhã motivou a realização de buscas na sede da Douro Azul, no Porto.

Numa carta endereçada ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) a que o ECO teve acesso, o empresário diz que “não lhe resta outra alternativa” por considerar “intolerável continuar a suportar as ignomínias de que tem sido alvo e continuará a ser, e pela responsabilidade que lhe advém dos cargos que ocupa e do papel que assume no tecido empresarial” português. Agora, terá de ser o Ministério Público (MP) a dizer se aceita ou não este pedido, já que não está obrigado por lei a fazê-lo.

Esta quarta-feira foram realizadas buscas na Douro Azul. Em causa estarão indícios de alegada fraude fiscal e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida. Este processo, que envolve a empresa que se dedica ao negócio dos cruzeiros no Douro, está a ser conduzido pelo DCIAP e também pela Autoridade Tributária. As autoridades estarão a investigar suspeitas de eventual fraude fiscal na venda do ‘Atlântida’ por 17 milhões de euros a uma firma norueguesa.

O advogado de defesa de Mário Ferreira, Tiago Félix da Costa, sublinha que “pelo menos desde as buscas realizadas em 29 de Abril de 2016, inclusive na sua residência, que a existência destes processos tem sido utilizada por diversas pessoas para, na comunicação social lançarem suspeitas e, inclusivamente, proferirem verdadeiros atentados contra a sua honra , com especial destaque para as afirmações recorrentes da Senhora Dra. Ana Gomes“, diz o sócio da Morais Leitão, no mesmo requerimento.

Relembrar que Mário Ferreira já processou Ana Gomes por três vezes pelo crime de difamação. Um desses processos não chegou a ir a julgamento, tendo a imputação caído na instrução.

E explica que Mário Ferreira, em qualquer um destes processos, “nem sequer lhe foi dirigido qualquer pedido de informação ou de documentos, nem muito menos lhe foi movido a si e/ou às empresas agora buscadas qualquer processo pela Autoridade Tributária relacionado com a aquisição e posterior venda do navio Atlântida”.

E sublinha ainda que o empresário sempre “se manifestou disponível para colaborar com a Justiça e, embora respeite sem reservas a autonomia e independência do Ministério Público e dos órgãos de Polícia Criminal, não pode deixar de estranhar e de lamentar que, desde 2016 até ao presente, se tenha chegado a este ponto e que o seu nome esteja novamente a ser injustamente denegrido na Comunicação Social, sem que alguma vez tenha sido chamado a explicar o que quer que seja”.

O empresário Mário Ferreira é um dos acionistas do ECO.

À luz da notícia das buscas, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, manifestou “tranquilidade e total disponibilidade” para esclarecer as autoridades e facultar o “pleno acesso” à documentação e a uma auditoria interna sobre o negócio do navio Atlântida.

Num comunicado, o grupo empresarial “confirma a realização de buscas às suas instalações no Porto pela Autoridade Tributária e Aduaneira e pelo DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal], no âmbito das dinâmicas de denúncia da Dra. Ana Gomes sobre a aquisição do navio Atlântida e a concretização de uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.

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Costa anuncia medidas para atrair professores

  • Lusa e ECO
  • 6 Julho 2022

O primeiro-ministro adiantou ainda que na próxima sexta-feira será pago com retroativos a janeiro o aumento extraordinário de pensões.

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira que na sexta-feira serão pagos os aumentos extraordinários de pensões previstos no Orçamento do Estado para 2022 e que, na quinta-feira, o Conselho de Ministros irá aprovar novas medidas para atrair professores.

No debate da moção de censura do Chega ao Governo, António Costa optou por responder em conjunto às cinco primeiras perguntas dos partidos.

Costa reconheceu que o país tem “um problema sério em matéria de professores” e anunciou a aprovação de um diploma no Conselho de Ministros de quinta-feira com “duas medidas da maior importância”.

“Uma fixação à escola de todos os professores que tenham sido contratados para preencher horários que estavam e continuam vagos e, em segundo lugar, permitir à escola abrir concursos para horários completos nos grupos de disciplinas e nos territórios onde se verificou carência, de forma a que, havendo horários completos, sejam mais atrativos”, disse.

Em resposta ao líder parlamentar do Bloco de Esquerda, o primeiro-ministro admitiu ainda que ninguém tinha imaginado que o país viveria tempos tão difíceis, em que, depois de uma pandemia, haveria um cenário de guerra na Europa.

“Mas mesmo nas circunstâncias difíceis, vamos cumprir o que foram as promessas fundamentais feitas aos portugueses. O Orçamento que o senhor chumbou – e que voltou recentemente a chumbar – e finalmente entrou em vigor, vai permitir que na próxima sexta-feira paguemos com retroativos a janeiro o aumento extraordinário de pensões com que nos tínhamos comprometido a todos os pensionistas até 1.068 euros”, afirmou.

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Lisboa na linha de água. Galp Energia e BCP travam ganhos

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão esta quarta-feira na linha de água, com a EDP Renováveis a ganhar mais de 2,5%. Quedas da Galp Energia e do BCP impediram ganhos mais expressivos. 

Depois do “tombo” de quase 3% na sessão anterior, a bolsa de Lisboa encerrou esta quarta-feira na linha de água, numa altura em que a escala dos preços da energia acentua os receios de uma recessão. A puxar pelo desempenho do PSI esteve o grupo EDP, mas a Galp Energia e o BCP impediram ganhos mais expressivos.

Pela Europa, o Stoxx 600 valorizou 1,68%, enquanto o francês CAC-40 somou 1,93%, o alemão DAX ganhou 1,60 e o britânico FTSE 100 subiu 1,1%. Em contrapartida, o espanhol IBEX-35 recuou 0,08%. Por cá, o PSI encerrou a sessão desta quarta-feira a valorizar 0,08% para 5.884,09 pontos, com nove das 15 cotadas em terreno positivo e as restantes seis no “vermelho”.

Nesta sessão, algumas das cotadas ligadas ao setor energético destacaram-se pela positiva. No grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis ganhou 2,55% para 23,77 euros, enquanto a “casa mãe” avançou 0,68%% para 4,569 euros. Ao mesmo tempo, a GreenVolt valorizou 1,04% para 7,77 euros, um dia depois de ter anunciado que concluiu “com sucesso” o aumento de capital no valor de quase 100 milhões de euros, sendo que os investidores portugueses ficaram com 42% das novas ações da companhia.

Nota positiva ainda para as ações da Jerónimo Martins e de duas das cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel. Os títulos da empresa dona do Pingo Doce somaram 0,95% para 21.36 euros. Já nas papeleiras, a Altri ganhou 1,64% e a Navigator valorizou 1,32%.

Em contraciclo, e a evitar ganhos mais expressivos do índice de referência nacional esteve a Galp Energia e o BCP. As ações da petrolífera portuguesa cederam 3,34% para 9,85 euros, penalizada pelas quedas de cotações do “ouro negro” nos mercados internacionais, enquanto os títulos do banco liderado por Miguel Maya cederam 1,55% para 14,65 cêntimos.

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Novo estatuto do SNS e construção de unidades de saúde. Governo aprova novas medidas para a saúde

Do novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até a concursos públicos, Governo vai aprovar esta quinta-feira várias medidas para a área da saúde.

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira no Parlamento um conjunto de medidas para a área da saúde que vão ser aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Entre as medidas incluem-se a abertura de novos concursos para a construção de unidades de saúde.

Esta quinta-feira serão aprovados dois diplomas, o da Lei de Saúde Mental e do novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, disse António Costa, é “absolutamente decisivo” para “assegurar que há um funcionamento em rede” e “dotar de maior autonomia os estabelecimentos de saúde”.

Além disso, através dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Governo vai lançar novos concursos para:

  • Construção de 58 das 100 novas unidade de saúde familiar;
  • Reabilitação de 194 de 360 instalações de cuidados de saúde primários até 2026;
  • Construção de 34 unidades de saúde móveis para territórios de baixa densidade;
  • Mais de 700 veículos para cuidados de saúde ao domicílio.

O primeiro-ministro disse ainda que o pagamento do aumento extraordinário das pensões será feito a 17 de julho. Os beneficiários da Caixa Geral de Aposentações vão receber até 70 euros em retroativos a 1 de janeiro.

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Gasóleo profissional extraordinário vai permitir redução de 17 cêntimos até agosto

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

O primeiro-ministro revelou que em julho e agosto haverá uma redução extraordinária de 17 cêntimos por litro para os transportes de mercadorias em veículos pesados.

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que o seu Governo já mobilizou 1,682 mil milhões de euros para combater os efeitos globais da inflação e adiantou que o gasóleo profissional extraordinário baixará em 17 cêntimos em julho e agosto.

António Costa falava na abertura do debate da moção de censura do Chega ao Governo, na Assembleia da República, na parte do seu discurso que dedicou ao combate à inflação.

“Entre medidas para travar o aumento dos preços e medidas de apoio às famílias mais vulneráveis e às empresas mais expostas aos custos energéticos, o Governo já mobilizou um total de 1,682 mil milhões de euros para combater os efeitos da inflação global.

De acordo com o primeiro-ministro, o país está perante uma inflação importada, fruto da pandemia, agravada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, que exige medidas de natureza global e medidas à escala da União Europeia, que atuem sobre as causas dos aumentos de preços.”.

Na sua intervenção, António Costa destacou em especial uma: “No que diz respeito aos transportes de mercadorias, reduziu-se em 50% o IUC dos pesados, procedeu-se a um aumento do limite anual do gasóleo profissional e foi concedido um apoio financeiro extraordinário de 54 milhões de euros”.

“Para os meses de julho e agosto, foi criado um gasóleo profissional extraordinário que permitirá uma redução de 17 cêntimos por litro”, completou.

Em primeiro lugar, segundo António Costa, o Governo adotou um conjunto de medidas para conter o aumento do preço final quer da eletricidade, quer dos combustíveis”.

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Portugal pela primeira vez sem diretor-geral desde adesão à UE

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Portugal está sub-representado nas instituições da UE, pelo que defende um "plano de ação nacional" para combater essa sub-representação.

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, disse esta quarta-feira que Portugal está “sub-representado” nas instituições europeias, não tendo diretor nem subdiretor geral pela primeira vez desde a adesão do país à União Europeia (UE).

“Pela primeira vez desde a adesão de Portugal à União Europeia que não tem nem diretor, nem subdiretor geral. Temos de trabalhar num plano de ação nacional para combater esta sub-representação”, referiu.

O governante disse que “o problema não é tão grave no Parlamento Europeu como é na Comissão e no Conselho Europeu”.

Tiago Antunes, que falava durante um seminário que o Parlamento Europeu está a promover com jornalistas portugueses, relacionado com a situação na Ucrânia, adiantou ter definido como “prioridade muito clara combater o défice de representação dos portugueses nas instituições europeias”.

“É preciso fazer mais formação para quem entra, e ajudar os nossos funcionários que já estão nas instituições a alcançar posições de maior destaque. Em breve vamos conseguir alargar as bolsas que atribuímos para o colégio da Europa, uma porta importante de acesso às instituições”, avançou.

Segundo Tiago Antunes, Portugal está “muito sub-representado na Comissão Europeia, em todas as categorias face ao que seria a quota ideal de funcionários”.

“Há um objetivo claro, que a própria Comissão reconhece, de equilíbrio geográfico que não está a ser cumprido. Há Estados-membros que, de facto, não têm tantos funcionários quanto deveriam ter. Em Portugal, isso verifica-se por ter ocorrido uma leva grande de portugueses que entraram para as instituições europeias após a adesão e essas pessoas já se reformaram ou estão quase a reformar-se. Praticamente não temos pessoas que ocupem posições de mais destaque e relevo”, reforçou.

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Projeto da Feira Popular de Lisboa “desaparecia por si só” por falta de investidores, diz Carlos Moedas

  • Lusa
  • 6 Julho 2022

Carlos Moedas diz que projeto da Feira Popular de Lisboa “desaparecia por si só” por falta de investidores e critica "incapacidade do anterior executivo em cumprir promessa de um parque de diversões".

“Não é uma questão aqui de desistir do projeto. Mesmo que não desistisse, ele desaparecia por si só”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, indicando que “não há ninguém” interessado em investir no projeto da Feira Popular em Carnide, pelo que o anterior executivo, sob a presidência do socialista Fernando Medina, “nunca fez nada sobre isso”.

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma cerimónia nos Paços do Concelho, o presidente da Câmara de Lisboa considerou que, apesar das críticas de PS e BE no executivo municipal, “não houve surpresa” relativamente à sua posição de alterar o atual projeto da Feira Popular em Carnide para criar “um parque verde com equipamentos para as pessoas”, uma vez que a mesma constava do programa eleitoral da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), nas autárquicas de 2021.

“Hoje em dia não há, de certa forma, nem sequer há procura para este tipo de parques de diversão dentro das cidades, ou seja, nós nem estamos num cenário em que haja procura, com promotores que queiram fazer este tipo de coisas”, apontou o social-democrata, referindo que tem falado “muito” com o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa (PCP), sobre o projeto, que concorda com a criação de um parque verde, com equipamentos de lazer e desporto, incluindo uma piscina exterior natural.

Neste contexto, Carlos Moedas reforçou que a sua posição política é ter no espaço do projeto da Feira Popular em Carnide “um parque verde”, sublinhando que isso “é o que as pessoas que ali vivem querem. Portanto, isso é o que faz sentido”.

“Olhar para uma solução de um parque Feira Popular, que é uma solução que já não é da atualidade. Como se sabe, na maior parte das cidades europeias, estes parques são feitos longe da cidade, são parques temáticos, o caso de Madrid, o caso de Paris, portanto isso terá de ser repensado”, frisou.

Sobre o ponto de situação do atual projeto da Feira Popular, em que o anterior presidente Fernando Medina anunciou que o parque verde deveria abrir “antes do verão” de 2021, mas que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, os terrenos estão ao abandono, o autarca do PSD revelou que já deu ordem para fazer uma limpeza dos terrenos.

“Sei que tinha havido problemas com o encarregado de obra, portanto tem havido aqui também uns problemas técnicos […]. Mas aqui o ponto de situação é começar realmente a limpar os terrenos, que não estão em condições e não podem estar naquelas condições e, depois, realmente, pensarmos neste projeto de equipamentos para aquela zona da cidade. É isso que nós temos de fazer”, defendeu Carlos Moedas.

Questionado sobre quando apresentará uma proposta para alterar o projeto da Feira Popular em Carnide, o presidente da câmara disse que ainda não tem uma data para isso, ressalvando: “É uma prioridade, mas temos muitas prioridades, ou seja, este município vive de muitas prioridades”.

Esta prioridade aqui é ter um plano, ter realmente um projeto de equipamentos para aquelas pessoas e para a cidade. A cidade precisa de pulmões verdes, de zonas verdes e zonas que tenham vida. Portanto, temos ali uma zona que está parada há muito tempo”, frisou o social-democrata, comprometendo-se a dialogar com os vereadores da oposição no executivo camarário sobre o futuro destes terrenos em Carnide.

Carlos Moedas realçou ainda a incapacidade do anterior executivo de cumprir com a promessa de um parque de diversões em Carnide, anunciado em novembro de 2015.

“Porque é que isso aconteceu? Eu penso que uma das razões é porque, hoje em dia, nas cidades já não faz sentido este tipo de soluções, porque se fizesse sentido alguém tinha, na altura, concorrido para fazer esse tipo de serviço, para fazer um parque de diversões. Ninguém concorreu, não há, eu pelo menos não tenho nota disso. Portanto, não vale a pena insistir numa coisa que não faz sentido”, conclui.

Sobre a proposta do PCP de uma outra localização para a Feira Popular de Lisboa, nomeadamente junto à frente ribeirinha, Carlos Moedas realçou que “é muito difícil” encontrar empresas que queiram investir num projeto desse tipo no centro da cidade, explicando que “não é a câmara que vai construir, fazer e gerir um parque de diversões”.

“Não posso ter um plano para fazer um parque de diversões no centro da cidade, quando isso hoje nas cidades europeias não acontece, gostasse eu ou não. Portanto aqui o ponto, neste momento, é que não há condições para realizar esse projeto”, insistiu.

O projeto foi anunciado em 03 de novembro de 2015 e as obras arrancaram um ano depois, com as demolições dos edifícios existentes no terreno localizado na freguesia de Carnide, para criar um parque urbano de 20 hectares.

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Trabalhadores acusam Governo de “brincar com dinheiro público” na Efacec

Após saber que Bruxelas pode travar acordo com DST por haver considerar auxílio de Estado, sindicato contesta negócio que “lesa claramente o interesse público” e a “desinformação” da administração.

A notícia de que a Direção Geral da Concorrência europeia (DGComp) considera que os termos da reprivatização da Efacec configuram um auxílio de Estado, o que deverá levar a uma mudança no acordo com a bracarense DST, “comprova que o Governo do PS não está a (…) zelar pelo interesse público”, enquanto acionista da empresa.

A posição é expressa pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE- Norte), em reação à notícia do ECO de que Bruxelas pode pôr em causa a venda por entender que o financiamento do Banco de Fomento à Efacec previsto no negócio — 60 milhões de capital e 100 milhões de linha de financiamento a 20 anos, com uma taxa de 1,5% e período de carência de sete anos — não está feito em condições de mercado.

“Os trabalhadores continuam apreensivos sem conhecer o rumo da empresa enquanto o governo insiste num negócio que claramente lesa o interesse público. (…) O Governo não pode brincar com o dinheiro público, com a vida dos trabalhadores e com uma empresa de grande relevância no tecido empresarial português”, reclama a estrutura sindical afeta à CGTP.

Ano e meio depois de ter nacionalizado mais de 71% da Efacec, a 2 de julho de 2020, o Governo reconduzido nas urnas anunciou a 24 de fevereiro o acordo de venda à DST. Um mês depois foi assinado o acordo formal entre o Estado e a empresa de engenharia liderada por José Teixeira e no início de maio o Executivo fez a “pré-notificação” da operação à DGComp, necessária à concretização do negócio

Num comunicado enviado esta tarde às redações, o SITE-Norte reafirma, pelo contrário, a “necessidade de o Estado assumir efetivamente a Efacec como sua, enquadrando-a no setor empresarial do Estado, por forma a garantir a produção, os compromissos com os clientes e os postos de trabalho”.

Estado deve enquadrar a Efacec no setor empresarial do Estado, por forma a garantir a produção, os compromissos com os clientes e os postos de trabalho.

Comunicado do SITE-Norte

Por outro lado, a estrutura sindical aproveita ainda para criticar “a constante desinformação por parte da atual administração” liderada por Ângelo Ramalho, que “continua a comprovar a desconfiança dos trabalhadores [em relação à gestão da empresa], assim como a falta de transparência na gestão de uma empresa pública”.

A operação de reprivatização já se arrasta praticamente há dois anos. Os resultados da Efacec em 2021 – um prejuízo consolidado de 183,9 milhões de euros, um prejuízo operacional de gestão de quase 40 milhões e uma dívida líquida de 193 milhões de euros – foram uma espécie de limpeza dos esqueletos no armário.

No entanto, os números do primeiro trimestre não antecipam uma correção da trajetória. Pelo contrário. Os números a que o ECO teve acesso mostram que os prejuízos atingiram 21,5 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, enquanto o resultado operacional foi de -18 milhões.

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Grupo Alvic compra empresa francesa Stratagem

  • Servimedia
  • 6 Julho 2022

O Grupo Alvic adquiriu a empresa Stratagem, um fabricante francês líder em tampos compactos e laminados de alta pressão feitos à medida. O negócio estrangeiro tem sido a aposta do grupo.

O Grupo Alvic tem vindo a expandir-se internacionalmente com a compra de algumas empresas. A mais recente foi a aquisição da Stratagem, um dos principais produtores franceses de tampos e portas de feitos à medida, noticia a Servimedia.

Este compromisso com a França já havia sido demonstrado pelo grupo Alvic, uma vez que é neste país que a empresa concentra um dos seus principais mercados, onde abriu quatro centros de distribuição (Toulouse, Bayonne, Montpellier e Bordeaux) nos últimos anos.

A Stratagem foi fundada em 1987 em Bozouls, na região da Occitânia, e só em 2021 gerou 14 milhões de euros em receitas. A empresa tem cerca de uma centena de empregados e um local de produção de 10 mil metros quadrados.

De acordo com os peritos consultados, “os tampos laminados de alta pressão e personalizados são um segmento na moda e de alto valor para arquitetos, decoradores e o segmento de clientes de topo de gama”. Acrescentam que a Alvic “mais uma vez surpreende a indústria global com uma aquisição estratégica que reforça a sua marca e oferta”.

Com um volume de negócios de mais de 200 milhões de euros em 2021, o negócio estrangeiro parece ter cada vez mais peso para o grupo Alvic, uma vez que as vendas fora de Espanha já representam 65% do volume de negócios da empresa de Jaén.

Nos últimos anos, a empresa de superfícies tem concentrado grande parte dos seus esforços no seu desenvolvimento internacional, através do crescimento orgânico com os Centros Alvic e investimento na sua própria fábrica e centro de distribuição nos EUA, bem como através de aquisições de empresas em mercados selecionados.

Na primeira metade de 2021, as vendas para os EUA, França e Reino Unido, três dos principais mercados para Alvic, cresceram 76%, 75% e 73%, respetivamente. Além disso, a empresa também continua a crescer noutros mercados mais pequenos, tais como a Coreia do Sul, Equador e Colômbia, onde o volume de negócios duplicou nesse período.

Este crescimento levou a um elevado nível de criação de emprego, com um aumento de 30% da mão-de-obra nos últimos três anos, atingindo 840 trabalhadores diretos em Espanha.

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Petróleo abaixo dos 100 dólares pela primeira vez em dois meses

Desde 25 de abril que o barril de Brent negoceia acima da fasquia dos 100 dólares. Mais de dois meses depois, com a Europa a caminho de uma recessão, preços aliviam fortemente.

Os preços do petróleo voltam às quedas acentuadas esta quarta-feira, com o barril de Brent a ceder mais 3% para voltar a negociar abaixo dos 100 dólares, algo que já não acontecia há mais de dois meses. Os receios de uma recessão na Europa continuam a pressionar as cotações da matéria-prima.

O Brent para entrega a 29 de julho cede 3,2% para 99,53 dólares, o valor mais baixo desde 25 de abril. Em Nova Iorque, o crude WTI recua 2,91% para 96,69 dólares por barril. Os dois contratos afundaram mais de 8% na véspera.

Brent abaixo dos 100 dólares

O Citigroup adiantou que o Brent poderá cair para os 65 dólares por barril até final do ano se a economia deslizar para uma recessão, um cenário que será ainda mais provável caso a Rússia corte a energia à Europa.

Por outro lado, a valorização do dólar está também a pressionar as cotações do petróleo. A nota verde está em máximos de 20 anos contra o euro e perto de atingir a paridade. Um dólar forte torna o petróleo mais caro para os países com outras moedas, o que tenderá a reduzir a procura.

Os analistas pesam ainda os novos confinamentos na China por causa da Covid-19 que poderão limitar a procura global e ainda a expectativa de que as plataformas norueguesas voltem à normalidade nos próximos dias, depois de uma greve, de acordo com a Equinor.

(Notícia atualizada às 16h10)

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